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Biologia

Fixismo: defende que as espécies são rigorosamente iguais, até ao longo


do tempo, ou seja, não há evolução.
Evolucionismo: defende que a evolução das espécies. Lyell e Hutton
afirmam que as leis naturais são constantes tanto no espaço como no
tempo, portanto, os acontecimentos do passado devem ser explicados a
partir dos mesmos processos que ocorrem na atualidade, dado que as
causas que os provocaram são as mesmas. Assim, também defendem que
a maioria das alterações geológicas ocorrem de forma lenta e gradual.

Teorias Evolucionistas
 Lamarckismo: Lamark defendia que os seres vivos têm um impulso
interior que lhes permite adaptarem-se ao meio, visto que este é o
fator responsável pela mudança dos organismos, segunda Lamark.
Esta necessidade de adaptação levaria ao uso e
desenvolvimento de alguns órgãos (hipertrofia) ou ao desuso e
atrofia de outros. Estas adaptações seriam transmitidas à
descendência, lei da transmissão dos caracteres adquiridos.

 Darwinismo: Para Darwin, existe variabilidade intraespecífica. Os


indivíduos que não têm características favoráveis são eliminados, os
que possuem características favoráveis são considerados aptos e
sobrevivem, isto é a sobrevivência diferencial. Os indivíduos mais
aptos reproduzem-se, transmitindo as suas características aos
descendentes – reprodução diferencial.
Portanto, ele defende que o ambiente tem um papel
de selecionador, eliminando os menos aptos e obtendo uma
acumulação lenta e gradual de modificações nas características de
uma população, podendo mesmo levar à origem de uma nova
espécie. Podemos concluir que ocorre uma seleção natural quando
o meio ambiente afeta os indivíduos, selecionando os mais aptos.
Para Darwin defender os seus argumentos, ele
recorreu a dados da biogeografia, da geologia, da demografia, e da
seleção artificial.
 Neodarwinismo: Esta teoria veio explicitar a origem das variações
nas populações sujeitas à seleção natural, visto que Darwin não
conseguiu explicar o porquê da hereditação e da seleção natural,
por isso, esta perspetiva engloba mutações, recombinações
genéticas e a fecundação, que são fontes de variabilidade genética.
Segundo o neodarwinismo, a seleção natural vai
atuar na variabilidade genética. Nesta perspetiva, a unidade
evolutiva é a população e o conjunto de genes que existe numa
população é denominado por fundo genético. O conjunto de genes
que conferem adaptação vão ser transmitidos à descendência. Na
geração seguinte, o fundo genético altera-se visto que a frequência
dos genes adaptativos aumenta e a frequência de genes que não
conferem adaptação diminui.

Conclusão A população está a evoluir.

Fenómenos que promovem a evolução:

 Migração – a entrada ou saída de indivíduos numa população altera


o seu fundo genético, logo, promove a evolução;
 Deriva genética – a alteração do fundo genético devido ao acaso, e
não à seleção natural;
 Frequência alélica – se houver alteração da frequência alélica,
ocorre alteração do fundo genético e, consequentemente, a
população evolui.

Evolução Divergente
A evolução divergente corresponde a um processo de diversificação de
duas ou mais espécies diferentes a partir de um ancestral comum.
Argumentos de apoio:
 Anatomia comparada – esta baseia-se na comparação das formas e
de estruturas em diferentes organismos. Os órgãos homólogos são
evidências importantes de relações de parentesco evolutivo, ou
relações filogenéticas, entre espécies que evoluíram a partir de uma
ancestral comum. Estes órgãos possuem a mesma origem
embrionária, a mesma estrutura básica e posição idêntica no
organismo, podendo desempenhar funções distintas. Também
existem os órgãos vestigiais que constituem estruturas com
desempenho funcional irrelevante ou não funcionais, como por
exemplo o apêndice do intestino humano;
 Biogeografia – Uma situação de isolamento geográfico entre dois
ou mais grupos populacionais de uma espécie, sujeitos a pressões
seletivas diferentes, pode levar à acumulação progressiva de
variações entre essas populações, o que ainda pode levar à
formação de duas espécies diferentes;
 Paleontologia – Alguns fósseis, designados por formas sintéticas,
apresentam características de dois grupos distintos, levando a
inferir a divergência evolutiva entre eles;
 Bioquímica e genética – Atualmente, os dados bioquímicos e da
genética constituem um dos principais argumentos da evolução, na
medida em que reforçam a ideia de origem comum dos diferentes
grupos de seres vivos. De facto, todas as formas de vida usam a
mesma linguagem genética de DNA e RNA, traduzida num código
genético praticamente universal.
Evolução convergente
Este tipo de evolução é definida como o processo pelo qual organismos
não relacionados, ocupando ambientes semelhantes, desenvolvem, de
forma independente, características semelhantes, em resposta às mesmas
pressões seletivas.
Argumentos de apoio:
 Anatomia comparada – em muitas situações, organismos afastados
em termos evolutivos podem exibir semelhanças anatómicas. Os
órgãos análogos, por exemplo, possuem uma origem embrionária e
uma estrutura básica diferente, no entanto, têm semelhanças
morfológicas, permitindo o desempenho de uma mesma função;
 Bioquímica – o mesmo argumento que na evolução divergente.

Origem das células eucarióticas

Modelo Endossimbiótico Modelo Autogénico

Lynn Margulis sugeriu que as mitocôndrias e Os seres eucariontes são o resultado


os cloroplastos tivessem origem em de uma evolução gradual dos seres
estruturas procariontes diferentes. Este procariontes. Inicialmente, as células
Classificações Biológicas

Classificar consiste em agrupar uma multiplicidade de objetos ou ideias,


de acordo com critérios definidos, de modo a constituírem um sistema
coerente e organizado. A taxonomia é um agrupamento e classificação de
seres vivos, como um ramo essencial da Biologia. Consequentemente, os
táxons são grupos hierarquizados de animais.
Lineu agrupou os seres vivos em categorias muito abrangentes,
correspondentes aos reinos. Posteriormente, os organismos foram
separados em grupos de menores dimensões como o filo, a classe, a
ordem, a família, o género e, por fim, a espécie, sendo esta considerada a
unidade básica de classificação.
Assim, a partir do reino, as categorias taxonómicas subsequentes incluem
um número mais restrito de grupos e apresentam uma especificidade
crescente até à espécie.

Nota: De acordo com o conceito biológico, uma espécie corresponde a


um conjunto de populações naturais cujos indivíduos se podem cruzar entre
si, originando descendentes férteis.

Regras de nomenclatura
Lineu adotou uma nomenclatura mais simples, passando a designar as
espécies apenas por dois termos - nomenclatura binominal.

De entre as várias regras de nomenclatura, as que mais se destacam são:


 a designação dos taxa correspondentes às diferentes categorias
taxonómicas é feita em latim, uma vez que era a língua utilizada nos
trabalhos científicos, no século XVIII, altura em que a nomenclatura
foi estruturada;

 na designação binominal da espécie, o primeiro termo refere-se ao


género, sendo escrito com inicial maiúscula. O segundo termo,
escrito com inicial minúscula, constitui o restritivo específico, que
identifica a espécie dentro do género;
 o nome da espécie pode ser complementado com o nome do autor,
podendo ainda ser acompanhado da data da sua primeira
identificação, por exemplo: Vaccinium myrtillus Linnaeus, 1753
 os taxa superiores à espécie são designados apenas por uma palavra
com inicial maiúscula, o que corresponde, neste caso, a uma
designação uninominal (exemplo: Filo Chordata);
 sempre que se considera que uma espécie está subdividida em
subespécies utiliza-se uma nomenclatura trinominal para as
designar, acrescentando, ao nome da espécie, um terceiro termo
denominado restritivo subespecífico, por exemplo, Canis lupus
familiaris (cão doméstico);
 O nome científico de um género, de uma espécie ou de uma
subespécie deve ser escrito com uma letra diferente da utilizada no
texto envolvente. frequentemente em itálico. No caso de o texto
ser manuscrito, essas designações devem ser sublinhadas.

Nota: as classificações artificiais baseiam-se em usar critérios com um


reduzido número de características para organizar os seres vivos dentro
de cada um dos reino, o que cria grupos com indivíduos muito diferentes.

Sistemas de classificação fenéticos


 A taxonomia fenética propunha o uso de métodos quantitativos,
com recurso a computadores, para classificar os organismos. Nesta
área, conhecida como taxonomia numérica, utiliza-se o maior
número de características possível para a classificação, atribuindo-
lhes o mesmo grau de importância;
 Desta forma, procura-se definir o grau de afinidade entre os
organismos do modo mais objetivo possível, cruzando informação
relativa a centenas de características. Neste tipo de classificações, a
formação dos diferentes grupos resulta da análise de diagramas,
designados por fenogramas, que ilustram o grau de similaridade
entre os taxa estudados;

 São sistemas horizontais, uma vez que não refletem a evolução que
os diferentes grupos taxonómicos sofreram ao longo do tempo.

Sistema de classificação filogenéticos

 Quando se agrupam seres vivos de acordo com o seu grau de


parentesco, daí a importância dos ancestrais;
 Os sistemas de classificação surgidos no período pós-darwinista
passaram a organizar as espécies, e as restantes categorias
taxonómicas, de forma a refletirem a sua evolução a partir de
ancestrais comuns, designando-se, por isso, por sistemas de
classificação filogenéticos;
 Uma árvore filogenética pode representar a história evolutiva de
um conjunto de dimensão muito variável. Num cladograma, os taxa
são apresentados, geralmente, nas extremidades dos ramos que os
constituem. A conexão entre os ramos representa o ancestral
comum a partir do qual esses taxa evoluíram. Dessa forma,
representam também os eventos de divergência evolutiva que
deram origem a esses grupos;

 Este tipo de sistema é vertical pois aceita a hipótese dos


indivíduos evoluírem.

Vantagens e limitações dos sistemas de


classificação fenéticos e filogenéticos
Sistema de classificação de Whittaker modificado
O sistema de classificação de Whittaker modificado divide os seres vivos
em cinco reinos: Monera, Protista, Animalia, Plantae e Fungi.
Para esta classificação, Whittaker utilizou vários critérios, como:
 Nível de organização: celular, se forem procariontes ou
eucariontes, e estrutural, se forem unicelulares ou pluricelulares;
 Modo de nutrição: se os organismos são autotróficos,
fotossintéticos ou quimiossintéticos, ou se são heterotróficos, por
ingestão ou por absorção;
 Interações nos ecossistemas: se os organismos são produtores,
consumidores (microconsumidores ou macroconsumidores) ou
decompositores, que também podem ser chamados de
microconsumidores.
Muito IMPORTANTE

Novas perspetivas na classificação


Em 1990, uma equipa liderada por Carl Woese, baseando-se na
comparação das sequências nucleotídicas de RNA ribossómico, bem como
na natureza química da membrana celular, concluiu que os procariontes
não são um grupo homogéneo.
Assim, estes dados levaram à divisão deste grupo em Eubacteria e em
Archaebacteria, um grupo de procariontes extremófilos que apresentam
maiores semelhanças com os eucariontes do que com o grupo Eubacteria.

 Eukarya – do qual fazem parte todos os eucariontes;


 Archeabacteria – atualmente Archea, do qual fazem parte os
procariontes conhecidos como archeas;
 Eubacteria – atualmente bactéria, onde se integram as bactérias.

Acontecimentos por ordem cronológica:


1. Classificações práticas, ou primitivas;
2. O reino Protista foi o terceiro a ser formado;
3. O reino Fungi foi o quarto reino a ser formado;
4. As algas foram colocadas no reino Protista;
5. Foram formados três Domínios.

Existem vários grupos de características, nas quais se


destacam:
Apomórficas: características atuais que são derivadas de características
primitivas de uma espécie ancestral;
Sinapomórficas: o prefixo “sin” indica que uma determinada apomorfia é
compartilhada por um determinado grupo. Ex: as mamas nos mamíferos;
Plesiomórficas: são características primitivas. Ex: a ausência de coluna
vertebral, enquanto que a presença da mesma é uma característica
apomórfica.

Existem vários tipos de seleções


A seleção direcional favorece um único fenótipo, e nesse tipo de seleção o alelo mais
vantajoso aumenta de frequência. Ao longo das gerações a seleção direcional age
sobre fenótipos homozigotos. O alelo não tem de ser necessariamente dominante,
mesmo os alelos menos aptos também poderão ser fixados na população.
A seleção disruptiva é um tipo de seleção natural que apresenta um padrão bimodal,
que simultaneamente favorece os indivíduos nos extremos da distribuição normal.
Quando este processo ocorre, os indivíduos nos extremos da distribuição (em menor
quantidade) tendem a produzir mais descendentes do que aqueles no centro da
distribuição. Neste tipo de seleção, os fenótipos extremos são beneficiados ao longo
do tempo. 
Seleção estabilizadora também é um tipo de seleção natural em que a diversidade
genética diminui quando a população estabiliza num valor de determinado de uma
característica em particular. Dito de outra maneira, valores extremos da característica
são selecionados contra. 

Os diferentes tipos de seleções naturais,


direcional, estabilizadora e disruptiva:
 Este gráfico mostra os diferentes tipos de seleção genética. Em cada gráfico, a
variável do eixo X é o tipo de traço fenotípico e a variável do eixo Y é a
quantidade de organismos. O grupo A é a população original e o grupo B é a
população após a seleção. O gráfico 1 mostra uma seleção direcional, na qual é
favorecido apenas um dos fenótipos extremos. O gráfico 2 mostra uma seleção
estabilizante, em que se favorece o fenótipo intermediário em relação aos
traços extremas. O gráfico 3 mostra uma seleção disruptiva, na qual se
favorece os fenótipos extremos em detrimento dos intermediários.

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