Você está na página 1de 2

Neodarwinismo

Os trabalhos de Darwin desde sempre tiveram muita atenção, mas também várias
críticas. Uma delas era sobre a origem da variabilidade existente entre os organismos
de uma espécie. Na altura, Darwin não tinha recursos para compreender as diferenças
individuais existentes nos seres vivos. Só no século XX é que as mutações e a
recombinação génica foram reconhecidas como as duas fontes da variabilidade entre
indivíduos da mesma espécie, factos que Darwin não pôde usar como fundamentos
para a sua teoria.

Mais tarde, é que os investigadores puderam combinar as ideias de Darwin com os


dados de Genética, Etologia, entre outros. Surgiu então a o neodarwinismo ou teoria
sintética da evolução, que conjuga as causas da variabilidade com a selecção natural.

As mutações, para terem valor evolutivo, não podem ser letais e têm de ocorrer nas
células reprodutoras.

A recombinação génica, através da reprodução sexuada, leva à diversidade das


populações.

A selecção natural não atua só sobre os genes, mas também sobre os indivíduos com
toda a sua carga genética, sendo responsável pelo destino das novas características,
podendo dar origem a uma nova espécie.

Classificação de seres vivos


As primeiras classificações de seres vivos eram denominadas classificações práticas.
Desde então, os sistemas de classificação têm evoluído, devido à evolução dos
conhecimentos científicos. A Taxonomia é responsável pela descrição dos seres vivos.
A Nomenclatura pela denominação dos grupos taxonómicos, normas e regras. A
classificação é responsável pela ordenação dos seres vivos em taxa.

Atualmente, os sistemas são classificados em horizontais/fenéticos ou


verticais/filogenéticos.

Os sistemas de classificação horizontais permitem a identificação rápida de um


organismo. Nestes sistemas não se considera a evolução dos organismos nem o fator
tempo. São estatísticos e característicos do período pré-Darwin.

Os sistemas de classificação verticais baseiam-se nas semelhanças e diferenças


estruturais e na sua história evolutiva, considerando a dimensão tempo. As relações
são expressas sob a forma de árvore filogenéticas. A árvore filogenética fornece
informações sobre o ancestral comum, a semelhança entre os genes e o tempo em
que se separaram.
Categorias taxonómicas e regras de nomenclatura
Em 1753, Lineu classificou as espécies conhecidas em categorias imutáveis. A
classificação hierárquica de Lineu baseava-se no princípio que a espécie era a menor
unidade e que cada espécie estava dentro de uma categoria superior, o género. Por
sua vez, vários géneros relacionados estão integrados num grupo mais amplo, e assim
sucessivamente. Então, os grupos taxonómicos (ou taxa) actualmente considerados
são: reino, filo, classe, ordem, ordem, família, género e espécie.

Espécies semelhantes são agrupadas no mesmo género. Géneros semelhantes são


agrupados na mesma família. Famílias semelhantes são agrupadas na mesma ordem.
Ordens semelhantes são agrupadas na mesma classe. Classes semelhantes são
agrupadas no mesmo filo. Filos semelhantes são agrupados no mesmo reino.

Lineu designou que o nome científico das espécies é nomenclatura binominal. Assim,
a designação das espécies inclui:

 O nome do género
 O epíteto específico

A designação dos taxa superiores à espécie é uninominal, constando de uma única


palavra.

Sistemas de classificação
Ao longo dos tempos, foram sido apresentados cinco reinos pelos quais os organismos
vivos eram classificados: Animal, Planta, Protistas, Monera e Fungi. Em 1978,
Whittaker e Margulis mantêm os cinco reinos, porém, incluem as algas no Reino dos
Protistas.

Os critérios de classificação utilizados pela divisão em cinco reinos são: tipo de célula,
organização celular, modo de nutrição e interacções nos ecossistemas.

Atualmente, alguns cientistas consideram que a classificação de seres vivos pode ser
dividida em três domínios: Eukarya, Archae e Eubacteria.

Você também pode gostar