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Classificação dos seres vivos

A classificação biológica ou taxonomia é um sistema que organiza os seres vivos em categorias,


agrupando-os de acordo com suas características comuns, bem como por suas relações de parentesco
evolutivo.

Para classificar os seres vivos é usada a nomenclatura científica que facilita a identificação dos organismos
em qualquer parte do mundo.

Através desse sistema, os biólogos buscam conhecer a biodiversidade, descrevendo e nomeando as


diferentes espécies e organizando-as de acordo com os critérios que definem.

As Categorias Taxonômicas

No sistema de classificação biológica são usadas as categorias para agrupar os organismos segundo as suas
semelhanças.

A categoria básica é a espécie, que se define como os seres semelhantes que são capazes de se reproduzir
naturalmente e gerar descendentes férteis.

Animais da mesma espécie são reunidos em outra categoria, o gênero. Todos que pertencem ao mesmo
gênero são agrupados em famílias, que são agrupadas em ordens, que por sua vez se reúnem em classes,
reunidas em filos e por fim temos os reinos.

Os reinos são, portanto, a última categoria na hierarquia e se subdividem até chegar à espécie, categoria
mais básica. Então, temos:

As Primeiras Classificações: Aristóteles e Lineu

Aristóteles, pelo que se sabe, foi o primeiro a classificar os seres vivos. Ele dividiu-os em dois grupos:
animais e plantas.

O naturalista Lineu, definiu como critério de classificação as características estruturais e anatômicas. Assim,
os animais eram agrupados apenas de acordo com as semelhanças corporais e as plantas segundo a
estrutura das suas flores e frutos.

Lineu desenvolveu também um método para nomear as espécies, a Nomenclatura binomial, que é aceita
até hoje. Nomenclatura é a atribuição de nomes (nome científico) a organismos e às categorias nas quais
são classificados. O nome científico é aceito em todas as línguas, e cada nome aplica-se apenas a uma
espécie.
O sistema atual identifica cada espécie por dois nomes em latim: o primeiro, em maiúscula, é o gênero,
o segundo, em minúscula, é o epíteto específico. Os dois nomes juntos formam o nome da espécie. Os
nomes científicos podem vir do nome do cientista que descreveu a espécie, de um nome popular desta, de
uma característica que apresente, do lugar onde ocorre, e outros. Por convenção internacional, o nome do
gênero e da espécie é impresso em itálico, grifado ou em negrito, o dos outros táxons não. Subespécies
têm um nome composto por três palavras.

Ex.: Canis familiares, Canis lupus, Felis catus.

Nomenclatura popular

A nomeação dos seres vivos que compõe a biodiversidade constitui uma etapa do trabalho de classificação.
Muitos seres são "batizados" pela população com nomes denominados populares ou vulgares, pela
comunidade científica.

A nomenclatura popular varia bastante, mesmo num país como o Brasil, em que a população fala um
mesmo idioma. Imagine se considerarmos o mundo todo, com tantos idiomas e dialetos diferentes, a
grande quantidade de nomes de um mesmo ser vivo pode receber. Desse modo podemos entender a
necessidade de existir uma nomenclatura padrão, adotada internacionalmente, para facilitar a comunicação
de diversos profissionais e todos aqueles que estudam os seres vivos.

→ Exemplos de classificação taxonômica:

Sistemática

A Sistemática é uma área da Biologia que estuda a biodiversidade através de um sistema sintético de
classificação, chamado taxonomia. Ele utiliza hierarquias para agrupar os organismos formando grupos e
subgrupos.

Dessa forma, por exemplo, dentro do grupo das plantas há o subgrupo das plantas com frutos e outro das
plantas sem frutos.

Alguns objetivos da sistemática são:

● Conhecer melhor os seres vivos e, para tal, são agrupados em categorias taxonômicas ou táxons. Já
foram identificadas mais de 1,5 milhão de espécies e acredita-se que ainda haja muitas
desconhecidas;

● Usar a taxonomia para identificar, descrever, nomear e catalogar as espécies;

● Identificar os processos determinantes da biodiversidade ou diversidade biológica;

● Investigar as relações de parentesco evolutivo entre as espécies atuais e seus antepassados.

A Filogênese dos Seres Vivos

A filogenia ou filogênese consiste em definir hipóteses sobre as histórias evolutivas das espécies, desde os
seus ancestrais até os seres recentes.
Com os princípios da teoria da evolução de Darwin, a determinação da história de vida dos descendentes e
a elaboração de cladogramas são fundamentais para elaborar um sistema de classificação dos seres vivos.
Daí a importância da filogenia.

Filogenia e Cladística

A filogenia é a história genealógica de uma espécie e de suas hipotéticas relações de ancestrais e


descendentes. Baseia-se em estudos morfológicos, comportamentais e moleculares.

A cladística é o ramo da sistemática que reconstrói a filogenia. A sistemática é a área da Biologia que se
preocupa principalmente em compreender a filogenia, ou seja, a história evolutiva das espécies.

Os cladogramas são semelhantes às árvores filogenéticas, que apresentam as relações de parentesco entre
os seres vivos.

Surgimento dos Reinos

Em 1866, o biólogo alemão Ernst sugeriu que fossem criados os reinos Protista e Monera, além dos reinos já
existentes: Animal e Vegetal.

Em 1969, o biólogo Whittaker propôs a divisão dos vegetais em outro grupo, dos Fungos, criando portanto
os cinco reinos: Protista, Monera, Fungi, Plantae e Animalia.

A partir de 1977, com estudos de Woese, passaram a existir três Domínios: Archaea, Eubacteria e Eukarya.

Nos dois primeiros são distribuídos os procariotas (bactérias, protozoários e algas unicelulares), e no outro,
estão todos os eucariotas (fungos, plantas e animais).

Os Reinos dos Seres Vivos e as Relações Filogenéticas:

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