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E.E.

ANTÔNIO RUY CARDOSO PROFESSOR

KARINA CARDOSO DE OLIVEIRA


LARISSA DOS SANTOS COSTA
MICHELI MENESES CARVALHO
YASMIN ALVES LIMA

EVOLUÇÃO ANIMAL E EVOLUÇÃO VEGETAL

TABOÃO DA SERRA S.P


2022
EVOLUÇÃO
A Evolução é uma das partes mais importantes da Biologia. Segundo Stephen
Jay Gould, “de todos os conceitos fundamentais nas ciências da vida, a evolução é o
mais importante e também o mais mal compreendido”. É através do estudo dessa
área que conseguimos entender como as formas de vida encontradas na Terra
atualmente estão aqui e que processos elas sofreram durante o tempo,
fornecendo-nos, assim, a história da vida no planeta.
A evolução biológica pode ser definida como as modificações nos organismos
através do tempo. Segundo essa teoria, todos os organismos apresentam um
ancestral comum e todas as espécies hoje existentes são resultados de
contínuos processos de mudanças. Admite-se, portanto, que todas as
espécies não são fixas e estão em constante modificação.
Dentre as pioneiras e mais conhecidas ideias evolucionistas, destacaram-se as
propostas por Lamarck e Darwin. A teoria de Lamarck baseava-se em dois
pontos principais: a transmissão dos caracteres adquiridos e a lei do uso e
desuso. Segundo esse naturalista, estruturas utilizadas com frequência
desenvolvem-se e aquelas que não são utilizadas atrofiam-se. O pesquisador
também afirmava que aquelas características adquiridas durante a vida eram
passadas para os descendentes. Esse foi o ponto principal para a queda de
sua hipótese.
Darwin, por sua vez, propôs uma teoria em que a base era a ancestralidade
comum e a seleção natural. Segundo Darwin, os organismos mais aptos a
viver em um determinado ambiente sobrevivem e, com isso, têm mais chances
de reproduzir-se e transmitir suas características aos seus descendentes.
Sendo assim, o ambiente seleciona o mais adaptado.
Como a teoria de Darwin foi proposta quando os conhecimentos em Genética
eram inexistentes, muitos pontos ficaram sem explicação. O principal deles era
como essas características eram transmitidas. Após o entendimento de
mecanismos genéticos, tais como recombinação gênica e mutação, a teoria de
Darwin foi aperfeiçoada e surgiu o Neodarwinismo ou Teoria Moderna da
Evolução.

A Evolução Biológica compreende o conjunto de mudanças hereditárias as


quais os seres vivos estão sujeitos, gerando variedade genética e
diversidade. Essas modificações geram transformações hereditárias nos
organismos que estão relacionadas a processos adaptativos. Essa evolução
está relacionada com a sobrevivência e adaptação de uma espécie dentro de
um determinado meio ou ecossistema.

O termo evolução do ponto de vista popular está relacionado com a ideia


progressiva de melhoria. Esse progresso nem sempre é observado do ponto de
vista biológico. Dessa forma, Evolução Biológica é qualquer processo que
altere as características de uma espécie de modo que ela possa se tornar
mais adaptada ao habitat em que se encontra, não necessariamente através
de um progresso.

Os processos evolutivos visam, portanto, gerar maior adaptação das espécies


em um ambiente. Esse conceito de adaptação está relacionado com diversos
outros processos evolutivos, principalmente a especiação, quando espécies
novas de organismos são formadas a partir de alterações graduais em
espécies preexistentes.

Atualmente a ideia comum entre todos os estudiosos do assunto é a de que


todos os organismos descendem de um ancestral comum que, através de um
esquema conhecido como “Árvore da Vida” pode ser pelo menos
caracterizado.

Árvore
filogenética da vida que mostra o possível ancestral em comum entre todos os
domínios (Bacteria, Archaea e Eukarya).
 
Fixismo

Desde sempre estudiosos tentam buscar explicações para compreender a


origem da vida e dos organismos existentes no Planeta. Filósofos
como Aristóteles e Platão acreditavam que o planeta era estático e seus
organismos não apresentaram mudanças desde quando foram criados,
mantendo-se imutáveis. Esse conceito foi incorporado pela Igreja Católica que,
principalmente na era medieval, possuía grande poder político, científico e
religioso.

Essa visão de planeta e seres fixos foi chamada de Fixismo ou, devido a forte
influência da Igreja, de Criacionismo, já que defendia que as criaturas assim
como o planeta foram criados por um ser superior e se mantiveram
estáticos desde a criação. Essa ideia se manteve em predominância até
o Renascimento (do século XIII ao XVII), quando novas teorias e correntes de
pensamento divergiram dessa ideia de seres imutáveis. Ainda assim, a igreja
possuía grande poder para que as teorias não passassem de boatos.

Foi a partir do XVIII que surgiram as primeiras evidências de um planeta que


vive em constantes mudanças e transformações. Fósseis eram encontrados
mostrando formas de vidas desconhecidas na época, grandes mamutes
congelados eram encontrados em Icebergs mostrando formas de vida que
existiram no passado e de alguma foram extintas.

A partir do século XIX, utilizando como base os estudos


de Copérnico e Galileu no século XVIII, que estudiosos como Jean-Baptiste
Lamarck e, posteriormente, Charles Darwin propuseram o conceito
de Evolução, onde todos os organismos eram acometidos por processos
evolutivos que conferiam maior adaptação ao ambiente e até a formação de
novas espécies.

Evidências da Evolução

Diversos estudos são utilizados atualmente para evidenciar a evolução


biológica. As primeiras evidências surgiram com a descoberta dos primeiros
fósseis até estudos comparativos.

 Fósseis: Através da Paleontologia, diversos fósseis foram analisados


mostrando formas de vida passadas que não existem mais ou que se
assemelham com os seres vivos atuais. Apesar da dificuldade em
estudar organismos apenas com base nos seus registros fósseis, a
datação radioativa facilita algumas análises. Mamutes extremamente
conservados foram encontrados em geleiras, assim como organismos
menores que no passado ficaram presos em resinas vegetais;
 Comparação Anatômica: Comparar a anatomia de dois organismos
diferentes pode ajudar a evidenciar as teorias evolutivas. Um exemplo é
a análise do membro anterior de uma foca (nadadeira) e de um morcego
(asa) que mostra que embora sejam membros com funções diferentes
presentes em mamíferos que sobrevivem em habitats diferentes, ambos
os membros são similares em sua estrutura óssea. Com isso, através
das análises comparativas é possível classificar dois órgãos como:
 Órgãos Análogos: Com origem embrionária e estrutura anatômica
diferente, porém com a mesma função em cada indivíduo;
 Órgãos Homólogos: Com a mesma origem embrionária e estrutura
anatômica, porém com função diferente de acordo com cada organismo.
Homologia dos membros superiores de vertebrados.

 Comparação Embrionária: Comparar diferentes organismos com base


no seu desenvolvimento embrionário permite revelar possíveis
parentescos evolutivos. Por exemplo, diversos vertebrados possuem
desenvolvimento embrionário similar, mostrando que descendem de um
ancestral comum;
 Estruturas Vestigiais: Estruturas bem desenvolvidas em algumas
espécies e atrofiadas em outras. Por exemplo, o fêmur (osso da coxa)
dos lagartos são ligados a cintura pélvica enquanto que as serpentes
não possuem membros locomotores e os ossos da cintura pélvica são
reduzidos.
 Semelhanças Bioquímicas: Procedimentos que compara estruturas
moleculares (proteínas e ácidos nucléicos) entre organismos diferentes.
Um elevado grau de semelhança entre essas macromoléculas mostra
uma possível relação evolutiva entre os organismos comparados.
 Distribuição Geográfica: Comparar organismos da mesma espécie (ou
semelhantes), mas que estão localizados em habitats diferentes também
permite evidenciar a teoria da evolução. Organismos que vivem mais
próximos tendem a se assemelharem quando comparados com
organismos que vivem em regiões isoladas, mesmo sendo, em um
primeiro momento, da mesma espécie.
Evolucionismo

A partir dos primeiros pensamentos renascentistas e, posteriormente, com as


evidências por meio de fósseis e análises comparativas, a teoria da evolução
ganhou força e se tornou modelo de estudo para cientistas modernos.

Em 1809, O biólogo francês Jean-Baptiste Lamarck expõe idéias evolutivas em


seu livro “Filosofia Zoológica”. Para Lamarck, o meio em que um organismo
se encontra impõe necessidade de adaptação a esse indivíduo, de forma
que as partes do corpo mais utilizadas acabam se desenvolvendo mais
que as partes menos utilizadas que acabam atrofiando. Esse conceito
inicial, posteriormente chamado de “Lei do uso e desuso”, gerou toda uma
teoria evolutiva conhecida como Lamarckismo.

Cinquenta anos depois, em 1859, o naturalista britânico Charles Robert Darwin


propõe um segundo conceito evolutivo. Para Darwin, o ambiente promove
condições adversas e seleciona os organismos melhores adaptados a
essa condição. Esse conceito culminou na idéia de “Seleção Natural”, onde
organismos melhores adaptados sobrevivem enquanto os organismos menos
adaptados sucumbem às condições adversas impostas pelo ambiente. A
Seleção Natural é o principal conceito da teoria evolucionista proposta por
Darwin e conhecida como Darwinismo.

O Darwinismo ainda continha pontas soltas que Darwin não conseguia


responder. Foi apenas a partir de 1900, com os avanços genéticos e
divulgação dos estudos mendelianos, que o Darwinismo foi melhor elaborado e
hoje em dia é considerado a teoria evolutiva mais aceita. A união da teoria
darwinista com os estudos genéticos e mendelianos resultou na “Teoria
Sintética da Evolução”, também chamada de Neodarwinismo.

Mecanismos Evolutivos

Estudos darwinianos já propunham três mecanismos que agem como fatores


que contribuem para os processos evolutivos. Com o Neodarwinismo, foi
adicionado um quarto mecanismo chamado de variação genética.

Deriva Genética

Mudanças aleatórias nas frequências alélicas de uma população. Dessa forma,


ela pode alterar os alelos presentes em uma população, mas ocorre sempre ao
acaso, não trabalhando para produzir adaptações.

Fluxo Gênico

Troca de genes entre populações, geralmente da mesma espécie. Essa troca


de genes entre populações pode gerar espécies melhores adaptadas ou formar
híbridos (espécies geradas a partir da união de duas outras espécies).
Seleção Natural

Populações diferentes de indivíduos são acometidas por condições ambientais


que seleciona os organismos melhores adaptados para sobreviver naquele
ambiente.

Variação

Com o Neodarwinismo, além dos fatores citados acima, é considerado também


o mecanismo de variação genética o qual todos os indivíduos estão sujeitos.
Essa variação do material genético (DNA) pode ocorrer por alguns meios
específicos:

 Mutação: Alteração de pares de bases presentes no DNA que pode


alterar a proteína gerada e, com isso, alterar as características do
organismo mutado. Essa mutação pode ocorrer por erros na replicação
do material genético, por exemplo.
 Recombinação: Processo de troca de material genético entre
cromossomos homólogos, também chamado de Permutação ou
Crossing-Over, processo que pode ocorrer nas Meiose de organismos
com reprodução sexuada.
 Transferência de Genes: Ocorre quando um organismo transfere parte
do seu material genético para outro organismo que não
necessariamente é de sua prole ou da mesma espécie. Como exemplo
tem-se as Bactérias que podem passar informações genéticas de umas
para as outras através de seus Plasmídeos;
 Genética Populacional: Alelos diferentes podem apresentar variação
em características que ficam nítidas do ponto de vista populacional,
principalmente quando indivíduos de uma espécie são separados em
habitats diferentes. Um exemplo são as mariposas conhecidas como
Traças (Biston betularia) que possuem coloração branca nas asas,
porém uma variação dessa mesma mariposa apresenta coloração preta
nas asas.
EVOLUÇÃO VEGETAL
As plantas são os organismos constituintes do Reino Plantae, também
chamado de Metaphyta. São eucariontes e, na maioria das
vezes, pluricelulares, com células revestidas de parede celular a base
de celulose, nenhuma ou pouca motilidade, e que possuem organelas
especializadas na conversão de energia luminosa em energia bioquímica
(cloroplastos) para formação de moléculas orgânicas complexas, através do
processo de fotossíntese. 

Estima-se que as plantas foram os primeiros habitantes pluricelulares a


colonizar o ambiente terrestre e que, evolutivamente, todos os organismos do
Reino Plantae descendem de um único ancestral comum, fazendo do reino
vegetal um reino monofilético.

As plantas estão presentes em praticamente todos os biomas terrestres


e exercem importante papel ecológico devido à fotossíntese, sendo
chamadas de "produtores" e consideradas a base da cadeia alimentar de
qualquer ecossistema.

Além disso, através da fotossíntese, os vegetais absorvem o gás


carbônico ambiental que é metabolizado e para a produção de matéria
orgânica, gerando subprodutos como o oxigênio, que, em um primeiro
momento, não é utilizado pelo vegetal e pode ser liberado para o meio externo,
contribuindo para a manutenção da atmosfera terrestre e permitindo a
sobrevivência dos organismos aeróbicos.

O processo evolutivo das plantas

Teorias evolutivas mostram que as plantas teriam evoluído a partir


das algas verdes unicelulares, organismos fotossintetizantes que começaram
a colonizar o ambiente terrestre há, aproximadamente, 1.200 milhões de anos. 

Os primeiros registros fósseis, no entanto, mostram que, há cerca de 500


milhões de anos, as plantas, no significado mais moderno de seres
pluricelulares e eucariontes, apareceram no ambiente terrestre ainda no
período Ordoviciano (aproximadamente 450 milhões de anos atrás).

Outras evidências sugerem que as plantas terrestres tenham surgido de


algas pluricelulares aquáticas, que se desenvolveram a partir de algas
verdes unicelulares e, somente após, colonizaram o ambiente terrestre.

Independentemente da teoria, todos os estudos apontam que as plantas


têm como ancestral comum uma alga verde aquática e unicelular.

A evolução das plantas se deu, principalmente, após as alterações


atmosféricas em decorrência da liberação de oxigênio pelos organismos
autotróficos. Dessa forma, as primeiras espécies a colonizar o ambiente
terrestre foram as briófitas e os musgos, e a principal característica que
facilitou a colonização após a formação de organismos pluricelulares foi a
formação de tecido epidérmico e de estruturas que garantiram proteção contra
a perda de água e condições atmosféricas adversas.

No período Paleozóico, surgiram as primeiras plantas vasculares, que se


desenvolveram a partir dos primeiros grupos vegetais que colonizaram o
ambiente terrestre.

Há cerca de 400 milhões de anos, as plantas ancestrais passaram por diversos


eventos de irradiação adaptativa, e se diversificaram nas diversas espécies que
conhecemos atualmente. Esses eventos adaptativos foram fundamentais para
a colonização do ambiente terrestre, de modo que diversos ambientes com
condições adversas foram colonizados pelos vegetais. 

Após o aparecimento de vasos condutores de seiva, as plantas evoluíram


e surgiram espécies altas que constituíram as primeiras florestas, ainda
no fim do período Devoniano.

A maior parte dos vegetais sobreviveu aos eventos de extinção do período


Triássico, porém, as mudanças ambientais e atmosféricas podem ter
acarretado mais eventos evolutivos, principalmente com relação à formação de
flores e frutos, que aumentou exponencialmente a biodiversidade
da flora terrestre a partir do período Cretáceo. 

Além das mudanças morfológicas e fisiológicas ao longo dos eventos


evolutivos, outro processo importante na evolução de vegetais é
a reprodução e, indiretamente, a dependência de água para esse processo.

Algas e Briófitas

As algas, atualmente, são organismos pertencentes ao reino protista. São


seres autótrofos, dependentes de água ou de umidade em pelo menos um
dos estágios do seu ciclo de vida.

Apesar da necessidade de água, as algas podem ser encontradas nos mais


variados ambientes. As algas que evolutivamente deram origem aos vegetais
são pertencentes ao grupo das clorofíceas. Sua reprodução ocorre em
ambiente aquático e pode ser assexuada (sem variabilidade genética) ou
sexuada (com variabilidade genética).

As briófitas são consideradas os primeiros organismos vegetais que


colonizaram o ambiente terrestre. São, portanto, descendentes diretos das
algas verdes.

Ainda que sejam os primeiros indivíduos presentes no ambiente terrestre, as


briófitas são altamente dependentes de água, tanto para o transporte de
nutrientes quanto para reprodução. Por isso, são encontradas, geralmente, em
ambientes úmidos, próximos a locais de água-doce e com sombras.

A reprodução, assim como a das algas, pode ser assexuada, por


fragmentação, ou sexuada, através do encontro dos gametas masculino e
feminino, que ocorre na água, gerando uma estrutura diplóide (2n) que irá se
dividir por meiose, gerando indivíduos haplóides (n), que são considerados
a fase dominante desse grupo.

Pteridófitas

As pteridófitasformam o grupo de vegetais que evoluíram a partir das bríofitas.


São criptógamas, não possuindo sementes, e formam o primeiro grupo
contendo vasos condutores de seiva, conhecidos como xilema e floema.

Esses vasos condutores levam seiva bruta, nutrientes e água para os demais
pontos do vegetal, como caule e folhas, de forma mais eficiente, contribuindo
para a estatura do vegetal. Dessa forma, as pteridófitas possuem um porte
mais elevado quando comparadas às briófitas.

Outra principal diferença entre as pteridófitas e as briófitas é quanto à sua


geração, ou fase dominante: nas pteridófitas, a fase dominante é o
esporófito diplóide (2n), enquanto nas briófitas, a geração dominante é o
gametófito haplóide (n). Podem apresentar reprodução assexuada, por
brotamento, ou sexuada, que ainda é dependente de água para a locomoção
dos gametas.

Gimnospermas

As gimnospermas são plantas vasculares que surgiram possivelmente a partir


das pteridófitas. Sua principal característica é presença de sementes, além
da independência de água para a sua reprodução.

As estruturas contendo os gametas masculinos são, geralmente, dispersadas


pelo vento (Anemofilia) através do processo de polinização e, dessa forma,
encontram as estruturas femininas da espécie.

Além disso, as gimnospermas apresentam um sistema de vasos condutores


de seiva mais eficiente, o que contribuiu para o crescimento vegetal, fazendo
das gimnospermas, geralmente, plantas de grande porte, com espécimes
atingindo vários metros de altura. Não possuem flores, nem frutos, mas
estruturas foliares diferenciadas com funções reprodutivas (estróbilo).

Angiospermas

As angiospermas formam o maior e mais complexo grupo de vegetais


existentes. Têm como característica principal a presença de flores e frutos e
estão presentes em todos os biomas terrestres.

São traqueófitas, possuindo, assim como as gimnospermas, vasos condutores


de seiva. Outra semelhança entre os grupos é a independência de água para
a reprodução, além de serem heterosporadas (possuindo gametófito
masculino diferente do gametófito feminino), embora o gametófito masculino
seja bem reduzido.

Sua fase dominante é a diplóide (2n), assim como as gimnospermas,


podendo apresentar reprodução sexuada, através do encontro dos gametas,
sem a necessidade de água; ou assexuada, por fragmentação.Como
mencionado anteriormente, a característica principal das angiospermas é a
presença de estruturas especializadas na reprodução, como as flores e,
principalmente, os frutos, estruturas que envolvem e protegem as sementes e o
embrião. Os frutos podem ser classificados em:

 Carnoso do tipo baga: possuem várias sementes fáceis de separar do


fruto. Exemplo: Mamão;
 Carnoso do tipo drupa: possuem geralmente uma única semente,
chamada de caroço. Exemplo: Abacate;
 Secos do tipo deiscentes: Quando o pericarpo se abre após o
amadurecendo, liberando as sementes no solo. Exemplo: castanha;
 Secos do tipo indeiscentes: Quando o pericarpo não se abre
naturalmente, como o arroz;
 Compostos: Também chamados de frutos agregados, são originários do
desenvolvimento do receptáculo de uma flor que contém vários óvulos.
Exemplo: Morango;
 Múltiplos: Também chamados de infrutescência, são originários de uma
inflorescência com muitos óvulos que, quando fecundados, se fundem em
uma estrutura única. Exemplo: Abacaxi;

Pseudofrutos: Estruturas que não são derivadas do desenvolvimento dos


ovários, mas sim de outras estruturas do arranjo floral, como o pedúnculo floral
e o receptáculo floral. Exemplo: O caju se desenvolve a partir do pedúnculo
floral e a maçã se desenvolve a partir do receptáculo floral.
EVOLUÇÃO ANIMAL

Origem dos animais


A origem da vida é um processo complexo ligado, por sua vez, a uma dinâmica
de muitos aspectos, tais como químicos, físicos, geológicos, atmosféricos e,
evidentemente, biológicos. Assim, o acima exposto nos leva a argumentar que
a origem dos animais está inevitavelmente entrelaçada com o
próprio surgimento da vida no planeta.
Neste sentido, desde as primeiras formas de vida, que se caracterizavam por
serem unicelulares, anaeróbicas e procarióticas, após muitas transformações
ao longo do tempo, nasceram as formas celulares eucarióticas. Para isso, de
acordo com algumas posições [1], ocorreu um processo baseado na teoria
da endossimbiose, que geralmente se refere à possibilidade de novas
estruturas, organismos ou espécies se originarem através de associações
simbióticas que perduram ao longo do tempo. Isto levaria ao surgimento de
células eucarióticas, que posteriormente levariam aos primeiros organismos
multicelulares, dos quais surgiria o primeiro filo animal.
Os antepassados dos animais (metazoários) são encontrados nos protistas,
os primeiros tendo uma impressionante explosão de diversidade, que segundo
o registro fóssil [2] ocorreu em um evento conhecido como explosão cambriana,
que ocorreu entre aproximadamente 570 milhões e 530 milhões de anos atrás
(início do Cambriano). Durante este evento, aconteceu o que alguns chamam
de big bang zoológico, pois surgiram os vários grupos ou filos de animais que
conhecemos hoje, como anelídeos, moluscos, artrópodes, equinodermos,
cordados, entre outros que ainda existem, o que explica a origem dos animais,
além de muitos que desapareceram.
O início desta explosão de diversidade que aparece no Paleozóico (dentro do
qual se encontra o período Cambriano), acontece no desenvolvimento da
vida marinha, que se expande relativamente rápido no período Cambriano e
no Ordoviciano. Os animais marinhos extintos, como os trilobitas, foram
dominantes no primeiro período, enquanto os brachiopods (conchas de
lâmpadas) foram mais proeminentes no segundo, dando espaço à chamada
evolução dos animais.

Evolução dos animais


Se sua origem já é um processo altamente complexo, a futura evolução dos
animais não é diferente. Os desenvolvimentos evolutivos no reino animal estão
associados a mudanças genéticas e processos adaptativos, o que sem dúvida
levou ao surgimento das diversas formas de vida. Em seguida, ocorreram
processos de multiplicação e, assim, ocorreu uma diversificação evolutiva dos
diferentes grupos.
Nos ancestrais dos metazoários, já existiam certos genes que tinham influência
na multicelularidade e também no desenvolvimento dos animais. Neste sentido,
a função de certas proteínas que agora sugerem ser específicas dos animais
devem ter desempenhado um papel fundamental em sua evolução. Por outro
lado, estudos filogenômicos têm sugerido que, embora existam certas dúvidas
sobre toda a teia evolutiva, sabe-se que várias formas unicelulares e
eucarióticas, como os coanoflagelados, linhagens de Capsaspora e
Ichthyosporea, estão intimamente relacionadas aos animais, pois fazem parte
de seus ancestrais unicelulares.

Evolução dos animais aquáticos a terrestres


Uma vez que a vida animal no mar havia se diversificado, veio a conquista do
meio terrestre, já que este último é reportado como desprovido de formas de
vida simples no início da era Paleozóica. Assim, a evolução dos animais é
percebida pois foi depois disso que começou a adaptação à vida na terra. A
ocorrência de alguns eventos permitiu o desenvolvimento de animais do mar
para a terra, por exemplo, a presença de níveis de oxigênio similares aos
atuais e a proteção contra a radiação solar decorrente da formação da camada
de ozônio, proporcionando condições ecológicas para a transição.
Os primeiros animais terrestres foram invertebrados, depois os vertebrados
se juntaram a esta aventura, que foi iniciada pelos anfíbios. O registro fóssil
revela que os gêneros extintos identificados
como Ichthyostega e Acanthostega foram os primeiros vertebrados terrestres,
embora no caso do primeiro se trate de um híbrido intermediário entre um peixe
e um anfíbio que possuía patas, mas não tão eficientes para se deslocar em
terra.
Para todo este processo, a evolução sem dúvida desempenhou um papel
determinante, pois era necessário desenvolver adaptações que permitissem
aos animais viver em terra, para as quais exigiriam características anatômicas
particulares para respirar, se mover, reproduzir, se alimentar e, em suma,
poder viver fora do ambiente aquático.

Evolução dos animais invertebrados


Os animais invertebrados foram os primeiros a fazerem a transição da água
para a terra. Miriápodes como centopeias e milípedes, descendentes de
crustáceos, tornaram-se o primeiro grupo a conquistar a terra; na verdade,
eram animais enormes em comparação com seus parentes atuais, com
dimensões de cerca de dois metros. Por outro lado, os escorpiões marinhos
deram origem aos escorpiões terrestres, e estes últimos tiveram um papel
ecológico de predação sobre os miriápodes acima mencionados.
No período Carbonífero ocorreu outro evento particular relacionado à evolução
dos animais invertebrados, que foi o de que os animais terrestres podiam
voar a partir do desenvolvimento das asas pelos insetos, de modo que estes
foram os primeiros a realizar esta nova ação em terra.
A evolução dos invertebrados envolveu um processo complexo para o
desenvolvimento de uma grande diversidade de vida. Assim, com o tempo,
surgiram animais dentro do grupo com diferentes tipos de simetria, ausência de
esqueletos ósseos, estruturas hidrostáticas, em alguns casos revestimentos
endurecidos conhecidos como exosqueletos, em outros a formação de
carapaças, e assim por diante. Em suma, adaptações que lhes permitiram
conquistar praticamente todos os habitats do planeta.

Evolução dos animais vertebrados


Quanto aos vertebrados, eles tinham representantes no ambiente marinho com
os peixes ósseos, mas foi por meio da evolução dos anfíbios, que vêm de
peixes crossopterígios que respiravam ar no período Devoniano, que os
vertebrados começaram a se desenvolver em terra. Os animais vertebrados
tinham estruturas adaptadas para a vida marinha, depois tiveram que
desenvolver outras para um novo desafio: viver fora d'água.
Eles precisavam ser capazes de evitar a dessecação, de otimizar a respiração
em terra e de poder se movimentar neste ambiente. Entretanto, a
independência dos animais do ambiente úmido realmente ocorreu no período
Carbonífero, quando animais répteis desenvolveram ovos com casca, o que
proporcionou a proteção necessária para que os embriões ficassem longe da
água. A presença das escamas protegeu seus corpos da exposição ao vento e
ao sol.
Por outro lado, os registros indicam que a transformação das barbatanas
carnudas de peixes ancestrais, como os sarcopterígios, levou à formação de
patas, de modo que estes são considerados os ancestrais dos primeiros
tetrápodes (agora representados por animais de quatro patas que incluem
todos os anfíbios, répteis, aves e mamíferos). Isto foi entendido a partir da
identificação das espinhas dos peixes acima mencionados, que mostram a
homologia com o sistema de ossos das patas nos tetrápodes atuais. Além
disso, sabe-se que os mesmos genes envolvidos na formação dos ossos das
patas também estão envolvidos na formação dos ossos das barbatanas.
Outras características evolutivas nos animais vertebrados que suportaram a
transição da água para a terra, além das mencionadas acima, foram
a transformação do ouvido médio para perceber sons pelo ar, assim como a
independência da cabeça do resto do corpo, para que certos ossos não fossem
mais fundidos e a cabeça pudesse se mover mais livremente, um aspecto
relevante para o meio terrestre.

Exemplos da evolução dos animais


Além de alguns dos casos já mencionados, existem outros exemplos
particulares de evolução animal:
 Os primeiros peixes eram pequenos em tamanho, sem mandíbulas e
barbatanas. Sua proteção consistia em uma estrutura de placas ósseas. A
evolução induziu a formação de mandíbulas dentadas, transformação das
placas acima mencionadas em escamas, surgimento de barbatanas laterais e
bexiga natatória.
 As aves surgiram no período Jurássico a partir de répteis tetrápodes,
dinossauros caracterizados por serem bípedes e carnívoros. Entre outros
aspectos, as evidências fósseis destes répteis com penas comprovam esta
relação. Assim, de certa forma, os pássaros seriam os dinossauros de hoje.
 Acredita-se que os mamíferos são originários dos terapsídeos,
anteriormente chamados de répteis mamíferos, que variavam de tamanho
desde um rato até um hipopótamo.
 Os animais domésticos tiveram origem na interação prolongada com
humanos, por exemplo, o cachorro descendente do lobo, gatos do gato
selvagem, galinhas da galinha vermelha da selva, entre muitos outros
exemplos.
Quais foram os primeiros animais?
Embora existam posições conflitantes sobre a origem dos animais, algumas
evidências [3]sugerem que, como as esponjas (Filo Porifera) são os animais
mais básicos conhecidos e a presença de metazoários corresponde ao reino
Animalia, as esponjas marinhas são os primeiros animais a povoar a Terra,
fazendo deles os ancestrais do reino. Além disso, um aspecto que condiz com
a explosão da diversidade animal nos oceanos é que os fósseis mais antigos
de esponjas marinhas são provenientes do período Cambriano.
É da biota pré-cambriana, também conhecida como período Ediacarano, que
ocorreu a transformação de formas unicelulares para multicelulares, que mais
tarde dominou a dinâmica do planeta. Embora ainda haja muito a ser
conhecido, cerca de 140 gêneros foram identificados, mas ainda falta
determinar se eram animais, fungos, algas ou líquens, entre outros. Entretanto,
em alguns fósseis foi possível estabelecer vínculos com o grupo em questão,
como no caso do Dickinsonia, onde foi identificada a presença de um lipídeo
exclusivo de animais, como o colesterol. Outro caso é o da Kimberella, que
tinha simetria bilateral e é considerado um possível ancestral dos moluscos.

Curiosidades sobre a origem e a evolução dos animais


Como o acima mencionado este é um resumo da evolução dos animais,
terminamos com mais alguns fatos interessantes:
 Muitos grupos antigos se extinguiram sem deixar representantes,
dificultando em alguns casos a identificação de detalhes sobre a origem e
evolução dos animais.
 Com base em certos estudos [4]tornou-se possível constatar que 55% dos
genes presentes no genoma humano já estavam presentes no primeiro
animal, o qual, embora não se saiba como era, seu genoma foi identificado.
 Foi estimado que existem 7.770.000 espécies de animais terrestres e
2.150.000 espécies de animais nos oceanos, dos quais apenas
aproximadamente 953.434 espécies terrestres e 171.082 espécies marinhas
foram descritas, o que, sem dúvida, deixa claro o grande evento evolutivo que
ocorreu neste reino [5].
 Embora os animais não sejam caracterizados pela fotossíntese, a diversidade
deste reino é tal que existem certas exceções, devido à incorporação de
cloroplastos funcionais em seus organismos, um evento que sem dúvida se
deve à evolução.
 Por fim, a presença do homem na Terra teve um impacto significativo na
evolução dos animais, devido ao uso da ciência com manipulação genética e
domesticação de animais, de modo que o futuro dos animais é definitivamente
influenciado por nós.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.biologianet.com/evolucao

https://querobolsa.com.br/enem/biologia/evolucao

https://querobolsa.com.br/enem/biologia/evolucao-das-plantas

https://www.peritoanimal.com.br/origem-e-evolucao-dos-animais-24008.html

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