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Órgãos homólogos: os órgãos chamados de homólogos são aqueles que possuem origem embrionária

semelhante, apesar de nem sempre exercerem a mesma função. Observando os membros anteriores
de seres humanos, cães e baleias, por exemplo, percebe-se que todos apresentam o mesmo padrão de
ossos, porém esses membros desempenham diferentes funções, as quais se relacionam com o
ambiente em que cada animal vive. Essa semelhança indica que esses animais compartilharam um
ancestral comum.

• Órgãos vestigiais: são órgãos que perderam sua função ancestral e, muitas vezes, encontram-se
reduzidos. Um exemplo é o apêndice humano.

• Evidências celulares e moleculares: a nível molecular e celular, os seres vivos apresentam


características que permitem observar a ancestralidade. O macaco bonobo, por exemplo, apresenta
mapa genético 98,7% igual ao do homem, o que indica que eles compartilharam um ancestral comum.

 Adaptação: Corresponde ao ajustamento que todos os organismos apresentam em relação ao ambiente


em que vivem. Exemplo de adaptação mimetismo e a camuflagem.
Teorias da evolução
 Lamarckismo

Jean-Baptiste de Lamarck (1744–1829), o grande responsável pela teoria hoje conhecida como
Lamarckismo, acreditou que as espécies eram imutáveis até 1800. Ao estudar moluscos, no entanto,
percebeu que as espécies sofriam modificações, as quais, segundo o pesquisador, ocorriam de
maneira gradual e contínua.

Lamarck explicou suas ideias na obra Filosofia Zoológica (Philosophie Zoologique, 1809), a qual se
destaca como um marco na forma como entendemos a história de vida de cada espécie. Segundo
Lamarck, os seres vivos progrediam rumo a uma maior complexidade por meio de dois
processos:

 Uso e desuso: de acordo com essa ideia, o uso diferenciado dos órgãos fazia com que alguns fossem
mais desenvolvidos que outros. Aqueles que não eram usados de maneira constante tendiam a atrofiar.
Um exemplo seriam os peixes que vivem em águas profundas, que não necessitam de visão
desenvolvida em um ambiente desprovido de luz e, por isso, segundo o Lamarckismo, tiveram seus
olhos atrofiados.

 Transmissão dos caracteres adquiridos: de acordo com essa ideia, todas as características que o
indivíduo adquire durante a vida são passadas para as próximas gerações. Hoje sabemos que as ideias
de Lamarck, apesar de sua importância no entendimento da evolução das espécies, estavam
equivocadas. Uma pessoa que faz exercícios e apresenta músculos bastante desenvolvidos, por
exemplo, não passará essa característica aos seus filhos, uma vez que apenas alterações a nível
genético podem ser passadas de uma geração para a outra.
 Darwinismo

O Darwinismo é a teoria da evolução proposta por Charles Robert Darwin (1809–1882). Sua ideia
evolutiva foi publicada em um livro intitulado A origem das espécies por meio da seleção natural, o
qual até os dias atuais é considerado um dos livros mais influentes de todos os tempos.

Charles Darwin, assim como Lamarck, acreditava que os seres vivos sofriam mudanças ao longo do
tempo. Entretanto, a forma como essas mudanças ocorriam é entendida de maneira distinta pelos dois
pesquisadores. De acordo com Darwin, a evolução das espécies apoia-se em dois pontos principais:

 Ancestralidade comum: de acordo com o Darwinismo, as espécies atuais surgiram a partir de uma
sucessão de ancestrais, o que significa que diferentes espécies possuem ancestrais comuns. A
expressão utilizada pelo pesquisador para referenciar essa história evolutiva é “descendência com
modificação”.

 Variabilidade e seleção natural: de acordo com o Darwinismo, indivíduos de uma mesma espécie
apresentam diferenças entre si, as quais podem favorecer o desenvolvimento de um indivíduo e
prejudicar o desenvolvimento de outro. O ambiente natural atuaria nessa variabilidade, selecionando os
indivíduos mais aptos a sobreviver em determinado ambiente.

Imagine, por exemplo, o clássico exemplo das girafas. De acordo com a ideia de Lamarck, as girafas
conseguiram o pescoço longo devido ao ato constante de esticar seu pescoço para capturar as folhas
mais altas.

De acordo com a ideia de Darwin, existiam girafas com pescoço longo e girafas com pescoço curto
(variabilidade). As girafas com pescoço longo apresentavam chances aumentadas de conseguir
alimento nas plantas mais altas, aumentando a sua vantagem de conseguir alimento em relação às
outras.

Com maior chance de sucesso e sobrevivência, as girafas com pescoços longos apresentavam também
maior chance de reprodução. Com isso, elas foram passando suas características para seus
descendentes, e a presença de pescoço longo se tornou comum na população de girafas.

É importante salientar que a ideia de seleção natural proposta por Darwin também foi desenvolvida, de
maneira independente, por outro naturalista: Alfred Russel Wallace (1823–1913). Darwin e Wallace
apresentaram juntos os trabalhos em sessão da Sociedade Lineana de Londres. Entretanto, Darwin
rapidamente finalizou seu livro e o publicou, ficando reconhecido em todo o mundo como o
responsável pelo desenvolvimento da ideia de seleção natural.
 Neodarwinismo

O Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução é uma teoria evolucionista que se baseia no


Darwinismo, porém adiciona a essa ideia alguns conhecimentos científicos atuais, como os
conceitos de mutação, recombinação genética e deriva genética.
Essa teoria permite que lacunas existentes no Darwinismo sejam preenchidas a partir de
conhecimentos que não existiam na época e hoje são amplamente reconhecidos. Um exemplo é o
entendimento das mutações. Darwin sabia que a variabilidade genética existia entre os indivíduos,
porém não sabia que a fonte primária dessa variabilidade era a alteração aleatória e repentina do
material genético.

A teoria do neodarwinismo considera os seguintes mecanismos como fatores que contribuem para as
mudanças evolutivas.

 Mutações: Corresponde a qualquer alteração no material genético de um organismo, que pode originar
uma nova característica. Se essa nova características oferecer alguma vantagem ao indivíduo, o alelo
tende a ser preservado pela seleção natural.
 Deriva genética: Corresponde a um processo de mudança ao acaso das frequências alélicas de uma
população. A deriva genética altera a frequência alélica de uma população, de modo aleatório. Ela não
trabalha para produzir adaptações.
 Seleção natural: Os indivíduos mais adaptados a uma determinada condição são selecionados. Assim,
eles têm mais chances de sobreviver, se reproduzir e transmitir suas características aos descendentes.
Quando nos referimos à evolução das espécies, as teorias criadas baseiam-se em duas vertentes:
 Criacionismo: As forças divinas são responsáveis pelo surgimento do planeta e de todas as espécies
existentes. Nesse caso, não houve processo evolutivo nenhum e as espécies são imutáveis. Essa teoria
relaciona-se com questões religiosas.
 Evolucionista: Propõe a evolução das espécies por meio da seleção natural conforme ocorrem as
mudanças ambientais.
Teoria do criacionismo
A teoria da Criação ou “criacionismo” aponta para a origem do universo e da vida através das
explicações mítico-religiosas, as quais não estejam sujeitas às evoluções ou transformações ocorridas
na evolução das espécies e sim de um criador.
O criacionismo destaca-se como oposta à ciência evolutiva, sendo discutido por diversas civilizações e
gerando diversas hipóteses acerca da criação do mundo, sendo que cada religião o abordou de
maneiras diferentes.

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