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EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 11º ANO
FIXISMO EVOLUCIONISMO
Explicações para a existência da diversidade biológica
FIXISMO
As espécies permanecem imutáveis ao
longo do tempo.
Entre as várias correntes destacam-se:
Explicações para a existência da diversidade biológica
EVOLUCIONISMO
As espécies sofrem transformações que
podem levar ao aparecimento de novas
espécies.
EVOLUCIONISMO
Lamarckismo e Darwinismo
• O pensamento evolucionista – noção de que as espécies mudam ao longo do tempo e a compreensão dos
processos que levam a essas mudanças – foi formulado em 1809 por Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet,
cavaleiro de Lamarck, que desenvolveu a primeira teoria explicativa da evolução.
• Mais tarde, em 1858, Charles Darwin e Alfred Russel Wallace publicaram uma nova teoria da evolução,
detalhada no livro On the Origin of Species (1859) de Darwin.
Teoria evolutiva de Lamarck
Lamarck (1744-1829).
Teoria evolutiva de Lamarck
• Lei do uso e do desuso
O uso continuado de uma estrutura, de um órgão, ou de uma faculdade, leva ao seu desenvolvimento.
A falta de uso de uma dada estrutura ou órgão conduz à sua atrofia e, eventualmente,
ao seu desaparecimento.
Um dos locais que mais despertou o interesse de Darwin foram as ilhas Galápagos, um arquipélago de ilhas vulcânicas localizado na
zona equatorial, próximo do Equador.
• As condições existentes em cada ilha, particularmente a disponibilidade e a variedade de alimentos, teriam condicionado a evolução
destas espécies e, daí, apresentarem variações fenotípicas, como, por exemplo, no bico.
Teoria evolutiva de Darwin
Principais influências
• Geologia
Os avanços feitos por James Hutton e Charles Lyell na teoria do uniformitarismo ajudaram Darwin a compreender melhor
algumas das suas observações durante a viagem. Ao reconhecer que a Terra teria milhões de anos e que as suas formações
geológicas eram o resultado de processos lentos e graduais, Darwin estabeleceu uma relação com os processos da vida.
Assim, os seres vivos poderiam, igualmente, passar por modificações lentas e graduais que levariam à formação de espécies
diferentes.
Este conceito permitiu a Darwin compreender a sua observação de certos fósseis, como os de conchas de animais
marinhos, situados em locais de elevada altitude.
Teoria evolutiva de Darwin
Principais influências
• Demografia – estudo sobre a população humana de Malthus. Conceito de luta pela sobrevivência.
• Crescimento populacional: o economista Thomas Malthus afirmava que o tamanho da população humana tende a crescer de
forma exponencial, enquanto os recursos são produzidos de modo aritmético. Malthus acrescentou, ainda, que existem fatores
que limitam o crescimento populacional, e deste modo, o tamanho da população humana não ultrapassaria a sua capacidade de
produção de recursos alimentares.
Darwin observou que era possível selecionar características específicas, recorrendo a cruzamentos controlados e com isso, especulou
que, se era possível obter diversidade através de cruzamentos seletivos, então também na natureza deveria ocorrer um mecanismo
semelhante, determinado por diferentes fatores ambientais.
Teoria evolutiva
de Darwin
Comparação entre as teorias de Lamarck e de Darwin
Teoria
de Lamarck
Teoria
de Darwin
Comparação entre Lamarckismo e o Darwinismo
Lamarck admitia que a lei do uso e do desuso Darwin demonstrou que os organismos possuem
determinava as variações nas espécies e que variedade intraespecífica e que, através do
essas variações desenvolvidas ao longo da mecanismo de seleção natural, aqueles que
vida dos organismos eram transmitidas à possuem caracteres com vantagem adaptativa
descendência, através da lei da transmissão para a sua sobrevivência reproduzem-se mais,
dos caracteres adquiridos. transmitindo essa vantagem aos seus descendentes.
Teoria neodarwinista da evolução
Deste modo, o fóssil desta espécie sugere que os vertebrados tetrápodes terrestres terão evoluído a partir de peixes.
Evolução divergente - argumentos
A biogeografia é o estudo da distribuição geográfica dos seres vivos. Os padrões de evolução dos organismos podem ser relacionados com a sua
distribuição, sendo que espécies geograficamente mais próximas são mais semelhantes e espécies geograficamente isoladas apresentam
maiores diferenças.
Estas estruturas só fazem sentido em contexto evolutivo, como O fémur das serpentes é uma estrutura vestigial.
estruturas que outrora teriam sido funcionais e úteis em organismos
ancestrais.
Evolução divergente
• Homologias no desenvolvimento
Todos os seres vivos utilizam o mesmo código genético. Este facto sugere que:
• Todas as espécies descendem de um ancestral comum com este código, que depende da intervenção do DNA e do RNA no mecanismo de síntese
de proteínas.
• Sequências genéticas de diferentes organismos, revelam o mesmo tipo de genes. As sequências genéticas de espécies mais proximamente
relacionadas são mais semelhantes do que as de espécies filogeneticamente distantes.
• Existem mecanismos bioquímicos que se encontram em quase todos os seres vivos, com apenas pequenas mudanças estruturais e funcionais.
Processos de evolução - Evolução convergente
A convergência evolutiva ou evolução convergente é um processo evolutivo através
do qual organismos não relacionados, ocupando ambientes semelhantes,
desenvolvem características semelhantes em resultado de pressões seletivas
idênticas. Dos argumentos que apoiam a convergência evolutiva, destacam-se a:
A seleção artificial refere-se a um processo desenvolvido pelo ser humano em que se controla seletivamente a reprodução de
espécies, de modo a obter determinados caracteres específicos com interesse para o ser humano. A diferença principal entre a
seleção natural e a seleção artificial é o modo como os progenitores são escolhidos.
Columbia lívia (A): pombo papo-de-vento (B); pombo Fantail (C); pombo Jacobin (D)
Origem das células eucarióticas
- MODELO AUTOGÉNICO
- MODELO ENDOSSIMBIÓTICO
Dos procariontes aos eucariontes
Os seres vivos podem ser procariontes ou eucariontes, consoante a sua organização celular.
Eucarionte: organismo unicelular ou multicelular, estruturalmente complexo, cujas células possuem organelos envolvidos por
membranas e cujo material genético está encerrado num núcleo com membrana nuclear.
Destacam-se dois modelos que procuram explicar a origem dos organismos eucariontes a partir dos procariontes: o
modelo autogénico e o modelo endossimbiótico.
As mitocôndrias e os cloroplastos:
• possuem as suas próprias membranas internas, com enzimas e sistemas de transporte
semelhantes aos que se encontram em membranas plasmáticas de bactérias atuais.
• replicam-se através de um processo semelhante à fissão binária, que ocorre em
organismos procariontes.
• possuem o seu próprio material genético em que a molécula de DNA é circular, sem
histonas associadas e semelhante a cromossomas bacterianos.
• contêm o seu próprio sistema de transcrição e tradução de DNA, incluindo ribossomas que
são mais semelhantes aos presentes em bactérias do que aos que ocorrem no citoplasma
das células eucarióticas.
Atualmente, é possível encontrar associações simbióticas, temporárias e permanentes, entre
organismos eucariontes e bactérias, constituindo verdadeiras relações endossimbióticas.
Divisão de mitocôndria.
Da unicelularidade à multicelularidade
Os cientistas ainda não conseguiram determinar, exatamente, como aconteceu a transição de seres unicelulares para
seres multicelulares, mas existem vários indícios que ajudam a revelar este mistério.
Podem ser consideradas duas hipóteses sobre a origem dos organismos multicelulares.
À medida que os organismos multicelulares se tornaram mais complexos, terá ocorrido uma especialização das suas células
para desempenharem diferentes funções. Esta diferenciação celular, em que as células possuem determinadas funções e
trabalham em conjunto para garantir a sobrevivência do organismo, está na base do sucesso evolutivo dos organismos
eucariontes multicelulares.
Da unicelularidade à multicelularidade
Os cientistas procuram inferir sobre a origem da multicelularidade através da observação de organismos que existem na
atualidade. Um exemplo relevante é o grupo de algas verdes volvocales (família Volvocaceae).