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O que é a filosofia?
biológica
Como explicar a origem
da diversidade biológica?
Teorias Fixistas
• Até ao século XIX, o fixismo foi a conceção dominante para explicar a
origem da biodiversidade.
Esta conceção defendia que as espécies se mantinham inalteradas
desde a sua criação, ou seja, eram fixas e imutáveis. As teorias fixistas
foram fortemente influenciadas pela religião e pela filosofia.
No livro A origem das espécies, publicado por Charles Darwin, em 1859, foi apresentada uma teoria da evolução, de acordo
com a qual as espécies evoluem lenta e gradualmente por um mecanismo de seleção natural.
Charles Darwin
1809-1882
Teoria evolutiva de Darwin
Um dos locais que mais despertou o interesse de Darwin foram as ilhas Galápagos, um arquipélago de ilhas vulcânicas
localizado na zona equatorial, próximo do Equador.
Os tentilhões foram importantes na explicação da teoria de Darwin pois, embora vivessem em diferentes ilhas e
apresentarem variações no tamanho, cor e forma dos bicos, todos apresentavam uma elevada semelhança entre si,
sugerindo uma origem comum.
As condições existentes em cada ilha, particularmente a disponibilidade e a variedade de alimentos, teriam condicionado a
evolução destas espécies e, daí, apresentarem variações fenotípicas, como, por exemplo, no bico.
Os tentilhões de Darwin, do arquipélago das Galápagos, e as diferenças no bico conforme hábitos alimentares.
Mapa da expedição de Darwin a bordo do Beagle.
Principais influências
Charles Lyell
(1797-1832)
Principais influências
• Seleção artificial – obtenção de variedades domésticas de animais e de plantas através do cruzamento de indivíduos
selecionados.
Através da seleção artificial é possível obter descendência com características diferentes das populações iniciais, e que
essas características se perpetuaram, de geração em geração, dando origem a raças diferentes.
Darwin especulou que, se era possível obter diversidade através de cruzamentos seletivos, então também na natureza
deveria ocorrer um mecanismo semelhante, determinado por diferentes fatores ambientais.
Columbia lívia (A): pombo papo-de-vento (B); pombo Fantail (C); pombo Jacobin (D)
Teoria evolutiva de Darwin
Mecanismo darwinista da evolução
• Os indivíduos portadores de
características favoráveis tendem a
sobreviver mais tempo; os que possuem
características desfavoráveis são
eliminados – sobrevivência diferencial.
• A heterogeneidade (variabilidade
intraespecífica) das características
numa população não foi explicada por
Darwin.
Lamarck admitia que a lei do uso e do desuso Darwin demonstrou que os organismos possuem
vida dos organismos eram transmitidas à possuem caracteres com vantagem adaptativa
Cada gene ocupa um lugar definido no cromossoma. Esse lugar é denominado locus.
Genes que ocupam o mesmo lugar nos cromossomas são denominados genes alelos e correspondem, assim a diferentes
variantes de um determinado gene (par de alelos).
Migrações
Seleção natural
Deriva genética
Seleção natural
Efeito fundador
Acontece quando alguns indivíduos se separam da população, ficando isolados e formando uma nova população com um fundo genético
diferente da população original. Por exemplo, joaninhas arrastadas por uma tempestade até uma ilha.
A deriva genética refere-se a mudanças na frequência dos alelos numa
Deriva genética população, que ocorre em consequência de eventos aleatórios.
Podem considerar-se :
Efeito gargalo
• Toupeira
A convergência evolutiva ou evolução
convergente é um processo evolutivo
através do qual organismos não
relacionados, ocupando ambientes
semelhantes, desenvolvem
características semelhantes em resultado
de pressões seletivas idênticas
Evolução divergente
A evolução divergente é apoiada por vários argumentos, nomeadamente:
• Paleontologia
Fóssil
de Tiktaalik Deste modo, o fóssil desta espécie sugere que os
vertebrados tetrápodes terrestres terão evoluído a
partir de peixes.
Evolução divergente
A evolução divergente é apoiada por vários argumentos, nomeadamente:
• Biogeografia – A biogeografia é o estudo da distribuição geográfica dos seres vivos. Os padrões de evolução dos
organismos podem ser relacionados com a sua distribuição, sendo que espécies geograficamente mais próximas são
mais semelhantes e espécies geograficamente isoladas apresentam maiores diferenças.
Isolamento da Austrália relativamente aos outros continentes permitiu a evolução e diversificação dos marsupiais.
Evolução divergente
A evolução divergente é apoiada por vários argumentos, nomeadamente:
• Anatomia comparada
Homologias na anatomia
• Anatomia comparada
Homologias na anatomia
• Anatomia comparada
Homologias na anatomia
• Anatomia comparada
Homologias na anatomia
Cóccix
Apêndice
• Anatomia comparada
Homologias embriológicas
É possível encontrar evidências evolutivas no desenvolvimento embrionário dos animais. Ilustração do desenvolvimento embrionário.
Conseguimos observar grandes semelhanças nos estádios embrionários de espécies que,
em adultas, são muito diferentes.
Exemplo: numa fase inicial, todos os embriões de vertebrados apresentam uma cauda e
arcos faríngeos; no início do desenvolvimento embrionário do ser humano, tal como nos
restantes vertebrados, os embriões apresentam fendas branquiais.
Evolução divergente
A evolução divergente é apoiada por vários argumentos, nomeadamente:
• Anatomia comparada
Todos os seres vivos utilizam o mesmo código genético. Este facto sugere que:
• Todas as espécies descendem de um ancestral comum com este código, que depende da intervenção do DNA e do RNA no mecanismo de
síntese de proteínas.
• Sequências genéticas de diferentes organismos, revelam o mesmo tipo de genes. As sequências genéticas de espécies mais proximamente
relacionadas são mais semelhantes do que as de espécies filogeneticamente distantes.
• Existem mecanismos bioquímicos que se encontram em quase todos os seres vivos, com apenas pequenas mudanças estruturais e
funcionais.
Evolução divergente
A evolução divergente é apoiada por vários argumentos, nomeadamente:
• Anatomia comparada
• Anatomia comparada
eucariontes
Evolução convergente
Dos argumentos que apoiam a convergência evolutiva, destacam-se a:
Animais de grupos diferentes desenvolveram uma morfologia externa semelhante, adaptada à mesma forma
de alimentação (Probóscide da borboleta e o bico do colibri)
EXERCÍCIO
Observe, atentamente, as figuras 1 e 2.
a) As figuras 1 e 2 colocam em destaque estruturas de diversos grupos animais. Tendo por base a anatomia comparada, complete os
espaços em branco.
A) Analise a seguinte frase: “Tendo em conta os conceitos da anatomia comparada, a figura 1 representa estruturas__________”.
B) Analise a seguinte frase: “Tendo em conta os conceitos da anatomia comparada, a figura 2 representa estruturas__________”.
b) Compare as estruturas respondidas no item (A) com as estruturas respondidas no item (B), no que diz respeito às suas origens
embrionárias e funções.
EXERCÍCIO
Observe, atentamente, as figuras 1 e 2.
a) As figuras 1 e 2 colocam em destaque estruturas de diversos grupos animais. Tendo por base a anatomia comparada, complete os
espaços em branco.
A) Analise a seguinte frase: “Tendo em conta os conceitos da anatomia comparada, a figura 1 representa estruturas HOMÓLOGAS”.
B) Analise a seguinte frase: “Tendo em conta os conceitos da anatomia comparada, a figura 2 representa estruturas ANÁLOGAS”.
b) Compare as estruturas respondidas no item (A) com as estruturas respondidas no item (B), no que diz respeito às suas origens
embrionárias e funções. As estruturas homólogas (item A) apresentam a mesma origem embrionária, podendo apresentar ou não a
mesma função. As estruturas análogas (item B) apresentam a mesma função, porém, com diferente origem embrionária.
DOS PROCARIONTES AOS EUCARIONTES
Seres procariontes
Seres eucariontes
Origem das células eucarióticas
• A vida terá evoluído a partir de organismos simples, os
procariontes, dos quais terão surgido os eucariontes. Como?
Origem das células eucarióticas – modelo autogénico
O modelo autogénico considera que as estruturas e os organelos das células eucarióticas resultaram de invaginações
sucessivas da membrana celular em células procarióticas ancestrais.
Algumas destas invaginações terão sofrido especialização, originando novos sistemas endomembranares (por exemplo
retículo endoplasmático e complexo de Golgi). Uma dessas invaginações terá rodeado o material genético, dando origem
ao núcleo individualizado.
Origem das células eucarióticas – modelo autogénico
Alguns fragmentos de DNA teriam posteriormente abandonado o núcleo, alojando-se noutros sistemas membranares no
interior da célula. Estes resultariam nas mitocôndrias e nos cloroplastos.
Origem das células eucarióticas – modelo autogénico
Esta hipótese é apoiada pelo facto de as membranas dos organitos das células eucarióticas atuais manterem a mesma
posição da membrana plasmática: a face voltada para o interior dos organitos é semelhante à face externa da membrana
plasmática e a face voltada para o citoplasma é semelhante à face interna da membrana plasmática.
Mas a suposta origem comum do material genético do núcleo e dos organelos não é apoiada pelas observações – o DNA
mitocondrial e cloroplastidial possuem uma organização diferente do DNA nuclear, ou seja, possuem material genético
próprio, podendo gerir todas as suas atividades metabólicas de forma autónoma.
Origem das células eucarióticas – modelo endossimbiótico
De acordo com o modelo endossimbiótico, as células eucarióticas terão resultado da incorporação de células procarióticas
por parte de outras células procarióticas de dimensão superior, com as quais passaram a estabelecer relações de simbiose
intracelular (endossimbiose).
Origem das células eucarióticas – modelo endossimbiótico
O núcleo e os sistemas endomembranares (retículo endoplasmático e complexo de Golgi) resultaram de invaginações da
membrana plasmática, e que as mitocôndrias e os cloroplastos seriam, até há cerca de 2000 Ma, organismos
(procariontes) autónomos.
Origem das células eucarióticas – modelo endossimbiótico
Os ancestrais das mitocôndrias seriam organismos com a capacidade de produzir energia utilizando oxigénio.
Os ancestrais dos cloroplastos seriam semelhantes às atuais cianobactérias (seres procariontes fotossintéticos).
Estes organismos teriam sido então capturados por células procariontes de maiores dimensões e estabelecido com elas
uma relação de simbiose (endossimbiose).
Origem das células eucarióticas – modelo endossimbiótico
Essa relação de simbiose era benéfica para ambas as células (a célula hospedeira conferia proteção, suporte e nutrientes,
enquanto que as células englobadas especializaram-se em alguns processos metabólicos), tornando-se numa relação
obrigatória culminando numa evolução para células eucarióticas.
Célula eucariótica
Célula procariótica fotossintética
hospedeira ancestral
Origem das células eucarióticas – modelo endossimbiótico
Argumentos a favor do modelo endossimbiótico:
As mitocôndrias e os cloroplastos têm forma e dimensões muito semelhantes às dos procariontes atuais.
As mitocôndrias e os cloroplastos têm o seu próprio material genético: uma molécula de DNA circular, sem histonas
(semelhante ao DNA da maioria dos procariontes atuais).
As mitocôndrias e os cloroplastos replicam-se por um processo semelhante ao que ocorre nas bactérias.
Os ribossomas dos cloroplastos e das mitocôndrias são mais semelhantes aos ribossomas dos procariontes do que
aos ribossomas do citoplasma das células eucarióticas.