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Revisã o de Ciê ncias

O fixismo

A ideia de que as espécies foram criadas tal como são e não


mudam nem mudarão ao longo do tempo é conhecida como
fixismo.

O transformismo

No final do século XVIII e início do século XIX alguns naturalistas


– entre eles o francês Jean-Baptiste de Lamarck – apresentaram
a ideia de que as espécies poderiam se modificar ao longo do
tempo, a ponto de se transformarem em outras espécies. Essa
explicação para a modificação das espécies é conhecida como
transformismo (ou evolucionismo).

Com base nessas premissas, Lamarck procurou explicar como os


seres vivos se formavam, desenvolviam-se, reproduziam-se e se
transformavam, por meio do que fi cou conhecido como as leis
de Lamarck, duas das quais são apresentadas a seguir:

• Lei do uso e desuso – As necessidades impostas pelo ambiente


levam os organismos a mudar seus hábitos, e essas mudanças
alteram os padrões de uso e desuso dos órgãos. Se o uso de um
órgão for frequente, ele tende a se desenvolver cada vez mais.
Por outro lado, o órgão tende a diminuir (atrofiar) e até a
desaparecer quando seu uso for reduzido (desuso).

• Lei da herança dos caracteres adquiridos – Somente as


alterações provocadas pela adaptação ao ambiente são passadas
para os descendentes, transformando, assim, as espécies. As
mudanças provocadas por acidentes ou amputações não são
transmitidas às gerações seguintes.

Na época, Lamark defendia sua concepção de evolução para os


seres vivos, porém não sabia explicar muito bem como tais seres
evoluíam. Atualmente, as explicações evolutivas de Lamark não
são mais aceitas pelos cientistas. Entretanto, é importante
ressaltar que suas ideias, contrárias ao fixismo das espécies,
foram fundamentais para as discussões que as sucederam.

A teoria da seleção natural de Darwin

O pesquisador inglês Charles Darwin participou de uma


expedição pelo mundo que durou 5 anos. Durante a viagem,
Darwin coletou fósseis de animais que se assemelhavam com um
tatu e com uma preguiça, porém gigante. Darwin imaginou que,
provavelmente, as preguiças e os tatus atuais deveriam ter
algum parentesco com seus semelhantes gigantes já extintos.

Em Galápagos, um conjunto de ilhas da América do Sul, Darwin


observou que as ilhas eram habitadas por aves intituladas de
tentilhões, mas naquele momento ele não deu muita
importância. Foi somente ao voltar à Inglaterra, quando o
especialista em aves John Gould explicou a Darwin que todas
elas eram do mesmo gênero, que a situação dos tentilhões. Essas
espécies, apesar de aparentadas, apresentavam bicos com
diferentes formatos, dependendo da ilha em que se
encontravam. Logo, sugeriu que cada tipo de bico era adaptado
ao tipo de alimento disponível em cada ilha. Para ele, o fato de
cada espécie habitar somente uma ou poucas ilhas significava
que as espécies estariam adaptadas às condições específicas do
ambiente em que viviam, o que o ajudou a criar a teoria da
seleção natural.

Seleção natural: Teoria “criada” por Darwin que dizia que os


seres eram selecionados naturalmente pelo ambiente,
favorecendo as mais vantajosa e, assim, gradualmente, as
espécies iriam se adaptando ao ambiente.

De forma independente, o naturalista britânico Alfred Russel


Wallace, chegou as mesmas conclusões que Darwin sobre a
seleção natural. Em 1858, Wallace e Darwin apresentaram suas
teorias em uma reunião científica, em Londres. Wallace
reconheceu a prioridade de Darwin pela teoria, pois ela trazia
outras contribuições, além da ideia de seleção natural.
Atualmente, a proposta da teoria da seleção natural é atribuída
tanto a Wallace quanto a Darwin.

Limitações da teoria de Darwin

Darwin não sabia explicar como surgiam as variadas


características entre os indivíduos de uma mesma espécie. Ele
também não conseguiu explicar como essas variações eram
transmitidas ao longo das gerações. O conceito de gene e o
conceito de mutação não eram conhecidos nessa época. Por essa
razão, Darwin não sabia como podiam surgir indivíduos com
novas características.

Camuflagem
Animais que apesentam camuflagem têm características
corporais que os tornam parecidos com o ambiente onde vivem,
na cor ou aspecto. Dessa forma, eles conseguem se esconder de
possíveis predadores e presas. Há evidências de que os animais
que conseguem se camuflar são menos predados e, portanto,
vivem por mais tempo. Alguns exemplos de animais que se
camuflam são o camaleão e o bicho-pau.

Mimetismo

O mimetismo é um tipo de adaptação em que um organismo


apresenta características que o deixam parecido com um
indivíduo de uma espécie diferente da sua. Essa imitação pode
ser em relação à cor, à forma do corpo e até ao comportamento
e ajuda os organismos a despistarem predadores. Alguns
exemplos de animais que possuem mimetismo são as moscas
Myathropa florea, que imitam as vespas, e as lagartas da espécie
Hemeroplanes catepillar, que imitam serpentes.

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