Você está na página 1de 2

Teorias Evolucionistas: Lamarkismo e Darwinismo

Logo que começamos a estudar evolução, nos deparamos com as teorias evolutivas de Darwin e Lamarck. Sabemos
que Lamarck, o primeiro a aparecer nas aulas de evolução, se enganou. Sua teoria não estava certa mas foi utilizada
ao longo dos anos por diversos outros evolucionistas. Afinal, pela primeira vez alguém estava falando evolução a
partir de observações, e isto merece crédito!

Hoje, consideramos a teoria de Darwin! De uma forma diferente, ela explica a mesma coisa que Lamarck tentava
explicar: o conceito de adaptação dos indivíduos.

Quem foi Lamarck?

Jean Baptiste Lamarck começou a estudar botânica e medicina em 1763 e logo se tornou um expert no assunto.
Logo depois de lançar um livro sobre as plantas da frança, ele foi indicado para ser professor de invertebrados do
Museu Nacional de História Natural.
Assim que recebeu a indicação, Lamarck não possuía conhecimentos no assunto. Com muito trabalho duro e estudo,
ele se destacou no novo campo!
Aliás, ele não só se destacou, como foi o primeiro pesquisador a separar o filo dos artrópodes em crustáceos,
aracnídeos, anelídeos e insetos, que antes eram agrupados todos juntos.
Lamarck lutou contra a pobreza e morreu em 28 de dezembro de 1829, cego, em um
cemitério alugado.

Lamarckismo: o que Lamarck acreditava?

Lamarck defendia a Lei do Uso e Desuso (ou Primeira Lei). Nela, as partes do corpo
que não estivessem sendo usadas, desapareceriam gradualmente. Um exemplo? O
apêndice humano.
Na Teoria dos Caracteres Adquiridos, Lamarck dizia que se um organismo tivesse a
vontade ou a necessidade de mudar ao longo da vida, e mudasse para se adaptar ao
ambiente, essas mudanças seriam transmitidas para a sua prole.
Por exemplo, elefantes de troncos curtos poderiam adquirir troncos longos para poder
alcançar a água e os galhos altos. Além disso, esta característica – troncos longos – seria transmitida aos seus filhos.
Este conceito foi chamado de “Segunda Lei”.

Quem foi Darwin?

Antes de se tornar o evolucionista mais conhecido no mundo, Charles Darwin cursou medicina (ainda que não tenha
concluído a graduação). Sem uma ocupação fixa, aos 22 anos, em 1831, Darwin ingressou em uma viagem a bordo
do navio Beagle, como naturalista (apesar de não ter qualificação comprovada para isso).

Ao longo de 5 anos ele coletou rochas, fósseis e animais sempre que o navio fazia paradas. Seu material era enviado
para a Inglaterra e, paralelamente às coletas realizados, Darwin escreveu um diário.
Darwin voltou da sua viagem tendo a certeza de que as espécies poderiam sofrer
mudanças ao longo da vida.

O Darwinismo

Para Darwin, as mudanças de um indivíduo ao longo da vida não tinham relação


com os seus desejos e vontades. Ele considerava que organismos de uma mesma
espécie poderiam ser diferentes e que essas variações os ajudariam a sobreviver no
ambiente em que vivem.
Se tomarmos os elefantes como exemplo novamente, os que possuíssem troncos
longos sobreviveriam e se reproduziriam, transmitindo esses caracteres aos seus descendentes. Já os elefantes de
tronco curto morreriam, sem transmitir este traço à prole. Darwin acreditava que a evolução ocorre sem qualquer tipo
de plano, ao acaso.
Ou seja, o Darwinismo defendia dois conceitos importantes que estudamos hoje. O primeiro,  a ancestralidade
comum, afirmava que todos os seres vivos compartilham um ancestral comum, em algum lugar do passado. O
segundo, a seleção natural, diz que os indivíduos mais adaptados a um determinado ambiente possuem maiores chances de se
reproduzir e sobreviver.
O que Darwin e Lamarck tinham em comum?
Apesar da distinção das duas teorias, Darwin e Lamarck acreditavam que a vida estava mudando
com o passar do tempo e que os seres vivos precisavam se adaptar ao ambiente. Além disso,
compartilhavam a ideia de que a vida evoluiu de organismos mais simples para mais complexos.

Por que acreditamos em Darwin hoje?


Ainda que acreditemos em Darwin, suas ideias não eram totalmente modernas. Na sua teoria, ele
rejeitou vários conceitos que aprendemos hoje ao estudar sobre hereditariedade. De qualquer
forma, esta é a teoria aceita hoje e você deve tê-la em mente.

Quanto a Lamarck, é fácil entender que as alterações que são feitas em um indivíduo ao longo da
vida não são transmitidas para a prole. Se tivermos um órgão amputado, nossos filhos não virão
sem esse órgão, como acreditava Lamarck.

Após os estudos de Mendel, descobrimos que as características são transmitidas através de


genes. E que estes genes não são afetados pela nossa própria vontade, como pensava o
naturalista.

Darwin e Lamarck merecem créditos

Ainda que as teorias de Lamarck sobre Evolução tenham sido contestadas, sua importância na
construção dessas teorias na época foi fundamental! Além disso, ele dedicou a sua vida aos
estudos das ciências, em diversos campos, trazendo outros elementos importantes. Isso permitiu
que a comunidade científica da época construísse teorias e conceitos que são aceitos até hoje.

Você também pode gostar