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FACULDADE PIO DÉCIMO 1

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o
im
éc
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
NOTAS DE AULA
oD
Pi
de
lda

Engenharia Elétrica - 7º Período


Professor: Rômulo A. Oliveira
cu
Fa

Aracaju/SE
2002

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ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA

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CONTEÚDO

Páginas
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO ................................................................. 3

o
CAPÍTULO II – CENTRAIS HIDRELÉTRICAS ....................................... 15

im
GLOSSÁRIO TÉCNICO .................................................................... 15

éc
ESTUDO PARA IMPLANTAÇÃO ..................................................... 33

ESTUDO HIDRENERGÉTICO ........................................................... 44

oD
ESTRUTURAS E COMPONENTES ............................................ 54

SISTEMAS DE BAIXA PRESSÃO ............................................... 62


Pi

SISTEMAS DE ALTA PRESSÃO ................................................. 74


de

GRUPOS GERADORES .............................................................. 76


lda

CASA DE MÁQUINA .................................................................... 156

SISTEMA DE DESCARGA ................................................................ 164


cu

CAPÍTULO III – SISTEMA INTERLIGADO............................................. 166


Fa

LISTA DE SITES..................................................................................... 173

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CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

o
RECURSOS ENERGÉTICOS: Opções e Desafios

im
S.E.Fronterotta(*)

éc
A energia é um fator básico de produção para garantir o desenvolvimento
humano e deve ser considerada e conduzida com esse propósito. Existe uma
grande disparidade na produção e na utilização de energia, entre os países onde a

oD
energia desempenha um papel chave na economia e no bem-estar da sociedade.
Na natureza existe a energia primária sob as mais diversas formas. Algumas
formas de energia estão disponíveis para o seu uso imediato. Outras formas de
Pi
energia requerem um processamento adequado para disponibilizá-las para o uso.
Até o momento temos concentrado esforços primariamente na utilização de
combustíveis fósseis incluindo, também, a conversão e o uso de combustíveis
de

renováveis da madeira e do bagaço de cana, por exemplo.

FATORES QUE AFETAM A DEMANDA DE ENERGIA


lda

O crescimento da população é a principal força que acarreta o aumento do


consumo de energia. Duas questões levarão no futuro a um maior aumento no
cu

consumo de energia.
a) A crescente urbanização nos países em geral, principalmente, nos países em
desenvolvimento;
Fa

b) O crescimento do uso da energia elétrica percapita através do aumento no número


de sistemas dispositivos e equipamentos que integram a rotina da população nos
países em desenvolvimento.
c) O atendimento às populações que não contam com os serviços de energia.

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A crescente urbanização tem levado ao aumento de densidade demográfica
nas cidades. Mais do que 44% da população mundial, 2,6 bilhões de um total de 5,9
bilhões de habitantes, estão vivendo nos aglomerados urbanos. Nos próximos 35
anos, o crescimento projetado para a população, nas áreas urbanas, deve atingir
65% da população mundial, equivalente a 5,2 bilhões de habitantes. A projeção para

o
2035 está indicada na Tabela I.

im
Tabela I
População em bilhões/habitados

éc
SITUAÇÃO URBANA RURAL TOTAL
Atual 2,6 3,2 5,8
em 2035 5,2
oD
Garantir para a população os serviços adequados de energia que viverá,
predominantemente, nas áreas urbanas será o grande desafio no futuro. O consumo
Pi
percapita de energia nessas áreas já é hoje muito mais elevado do que nas áreas
rurais, devido à renda da população e suas necessidades para poder viver nas
cidades.
de

A segunda questão, refere-se tanto ao crescimento da população nos países


em desenvolvimento como a sua melhoria de qualidade de vida nesses países
acarretando um crescimento do consumo de energia, bem acima das taxas de
lda

crescimento verificadas nos países desenvolvidos. Nas últimas 3 décadas, os países


em desenvolvimento passaram a representar 87% de crescimento de população
mundial, aumentando sua participação de 68% em 1960 para 78% dessa população,
cu

em 1998.
Tabela II
Fa

% População / Mundial
ANO PAÍSES
em desenvolvimento desenvolvidos
1960 68 32
1998 78 22

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Outros dois fatores que influenciam o consumo de energia são:
a) Crescimento econômico e social;
b) Eficiência na produção e no consumo de energia.
O crescimento econômico e social é fundamental para o desenvolvimento das
sociedades e das nações. As economias dos países em desenvolvimento

o
representavam 26% da economia mundial em 1960 e hoje representam 34%.

im
Tabela III
% da Economia

éc
ANO PAÍSES
em desenvolvimento desenvolvidos
1960 26% 74%
1999 oD
34% 66%

O desenvolvimento tecnológico é um dos pilares para o aumento da


Pi
produtividade e do crescimento econômico das nações. A melhoria de desempenho,
incluindo a eficiência energética e as reduções nos custos têm, historicamente,
suportado o incremento da quantidade e de qualidade de energia produzida e
de

fornecida aos usuários, a custos menores.


Desde de 1973, tem se observado que uma crescente economia de energia
através do aumento da eficiência na produção e incluindo o uso eficiente de energia.
lda

As contribuições obtidas com a produção incremental de energia são, entretanto,


significativamente menores que as obtidas com o uso eficiente. Estudos têm
indicado que se pode obter ainda uma melhoria na eficiência na produção e no uso
cu

de energia de 25 a 30% para os próximos 25 anos, se todos os investimentos na


medição e na conservação de energia forem realizados.
Fa

Contudo, mesmo que se obtenha esse aumento de eficiência, haverá um


significativo aumento no consumo de energia nos próximos 15 ou 25 anos, para
garantir um desenvolvimento sustentado, se assumirmos a necessidade de
mantermos o desenvolvimento econômico, tal como conhecemos hoje.

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O CONSUMO DE ENERGIA ESPERADO

O consumo de energia em todo o mundo deverá crescer de 9,5 bilhões de tep


em 1998 para cerca de 13,6 bilhões de tep próximo do ano 2020, que representa

o
50% a mais sobre o consumo de energia de 1990. Este crescimento representa uma
taxa média de crescimento de 1,4% ao ano, tendo como premissas:

im
• A população mundial crescerá de 5,8 bilhões de habitantes para 8 bilhões em 2020;
• O Produto Interno Bruto de todos os países, em conjunto, crescerá numa média de

éc
2,2% ao ano, durante o mesmo período, esperando-se uma elevação maior nos
países em desenvolvimento;
• A Intensidade de Energia, em nível mundial, decrescerá na base de 0,8% ao ano.
oD
As reservas conhecidas atualmente de óleo, gás natural e carvão e a
produção anual estimada são as abaixo indicadas:
Pi
Tabela IV
Reservas em 1998 Esgotamento das
(bilhões tep) reservas (anos)
de

óleo 140 41
gás natural 130 64
carvão 690 298
lda

tep - toneladas equivalente de petróleo

Considerando esses dados, podemos concluir:


cu

• Que, durante muitas décadas, o mundo se utilizará da energia com base em


combustíveis fósseis;
Fa

• O consumo de óleo, gás natural e carvão deverá crescer nas próximas décadas;
• Enquanto o preço do óleo se mantiver em patamares inferiores a 30 US$/barril, o
desenvolvimento e utilização de fontes alternativas serão postergados;
• Nos países desenvolvidos, os recursos energéticos são escassos tendo em vista o
consumo exigido pela população.

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Entre as tecnologias disponíveis para produzir energia, e que não utiliza
recursos fósseis, destaca-se a produção de energia através de usinas hidroelétricas
que é uma das principais formas de gerar energia no mundo. A capacidade potencial
estimada para produzir energia elétrica através de usinas hidroelétricas em âmbito
mundial é de 34.000Twh por ano, dos quais 13.500 Twh por ano já estão

o
inventariados e têm a viabilidade técnica e econômica já constatada.
Os países em desenvolvimento têm 66,4% da capacidade total estimada das

im
usinas hidroelétricas possíveis de serem construídas.

éc
Tabela V
Capacidade Estimada: Usinas Hidroelétricas
Países Energia possível de

em desenvolvimento
oD
66,4%
produzir Twh
22.576
desenvolvidos 33,6% 11.424
Pi
TOTAL 100% 34.000
da África 11,5% 3.910
da América Latina 37,5% 12.750
de

Em 1998, estavam em operação no mundo 437 usinas nucleares para


produção de energia elétrica, com capacidade instalada de 352 GW. Estas usinas
lda

estão produzindo 2.276 Twh, que representam 17% de toda a produção de energia
elétrica mundial. Por outro lado, o número de reatores nucleares em construção é de
36 em 14 países com capacidade de 27GW.
cu

Com respeito às novas fontes de energia renovável, a maioria das projeções


indica que as mesmas representarão pequena parcela da produção mundial de
Fa

energia nos próximos 20 anos, mas terá uma participação crescente na matriz
energética. Entretanto, muitos especialistas em energia prevêem que as fontes
renováveis poderão suprir grande parcela das necessidades mundiais de energia em
determinadas situações, principalmente onde os sistemas elétricos não são viáveis
tecnicamente e economicamente e quando as restrições ambientais forem
determinantes.
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DESAFIOS

Atualmente, 34% da população mundial não têm acesso à energia e aos


serviços associados. Nos próximos 25 anos, estima-se um crescimento da
população mundial em 2,5 bilhões de habitantes, sendo que mais de 90% desse

o
crescimento será nos países em desenvolvimento, principalmente, nos mais pobres
economicamente.

im
O problema de carência de energia é visto como a pior e a mais perigosa
forma de inviabilizar as economias dos países desenvolvidos. Será necessário

éc
desenvolver e expandir o uso racional de todas as formas e fontes de energia
disponíveis (combustíveis fósseis, fontes de energia renováveis, energia nuclear),
para atender as demandas de uma população crescente em todo o mundo. Espera-

oD
se que, próximo do ano 2025, quando as tecnologias para a produção de energia
alternativa estiverem desenvolvidas e disponíveis, economicamente, para serem
aplicadas em larga escala, surgirá então uma esperança concreta para disponibilizar
Pi
os serviços de energia às populações mais carentes dos países em
desenvolvimento, de forma a possibilitar já a qualidade de vida das mesmas.
Em termos de investimentos e financiamentos, a taxa de poupança em escala
de

mundial está estimada em 22% do Produto Nacional Bruto - PNB - de todos os


países. Estima-se em 1,5% do PNB os investimentos que são realizados no Setor de
Energia no mundo.
lda

O grande desafio é fazer crescer os recursos financeiros para investir no


Setor de Energia, que só será possível através dos investimentos governamentais
e/ou dos investidores privados. Para atrair os investidores privados, há que se
cu

reduzirem os riscos que emergem da instabilidade política e econômica e de


inadequadas taxas de retorno dos investimentos nos empreendimentos energéticos.
Fa

OPORTUNIDADES

O desenvolvimento tecnológico de células combustíveis é uma oportunidade


para aperfeiçoamento dos Sistemas de Transporte, que hoje utiliza combustíveis
fósseis, e para possibilitar, também, a produção distribuída de energia elétrica.

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Os supercondutores possibilitarão a construção de geradores,
transformadores e linhas de transmissão e de distribuição com perdas de energia
desprezíveis possibilitando a transmissão de energia a longas distâncias.
Espera-se que o desenvolvimento de tecnologia que possibilite o controle da
fusão nuclear, seja uma das melhores opções em longo prazo para produção e

o
suprimentos de energia.
O potencial de produção de energia a partir das Usinas Hidroelétricas, nos

im
países Africanos e Sul Americanos, poderá atender as demandas desses países e
parte da demanda de energia dos países europeus e da América do Norte, através

éc
da exportação de energia excedente.
A energia solar e eólica, também, encontra oportunidades em muitos países,
principalmente, os situados nos trópicos, o que oferecerá outros meios para

oD
produção de energia elétrica. O desenvolvimento dessas tecnologias levará ao
atendimento das demandas por energia, e ao mesmo tempo, atenderá a urgente
necessidade de preservação ambiental.
Pi
Os países do Sul do Mediterrâneo, situados no chamado “cinturão solar”,
onde o nível de insolação é elevado, estão desenvolvendo projetos pilotos para
produção de energia. No Egito está sendo construído um empreendimento integrado
de

de energia solar e gás natural em uma usina de ciclo combinado. O sucesso


econômico deste empreendimento, devido aos mecanismos de financiamentos e
incentivos empregados para garantir a produção de energia sem prejuízo ao meio
lda

ambiente. Com base no sucesso esperado desse projeto piloto, a meta é realizar
novos empreendimentos desse porte no Egito, aumentando a capacidade de
produção de energia por esse sistema.
cu

O deserto, no norte da África, estende-se através de vários países


mediterrâneos, com elevados níveis de insolação, onde o valor da terra é muito
baixo, onde podem ser instalados uma rede de gasodutos e sistema de transmissão
Fa

de energia elétrica. Oferece a oportunidade de desenvolver empreendimentos de


produção de energia térmica usando a integração da energia solar e gás natural em
esquemas de ciclos combinados. Os recursos financeiros disponibilizados pelo
chamado mecanismo de incentivo, para a produção de energia limpa, garantirão a
viabilidade desses empreendimentos. A organização de um Sistema Interligado de

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Energia entre o norte da África e a Europa, possibilitará a transmissão dos
superávits de energia elétrica existentes no norte da África para a Europa.
Os inventários realizados na América do Sul, principalmente na Região
Amazônica, estão a indicar que 34% dos recursos hídricos mundiais estão nessa
região e que 37,5% do potencial de usinas hidroelétricas a construir estão nessa

o
região. Assim, a aquisição das usinas hidroelétricas já existentes na região será a
alavanca para a construção de novas usinas hidroelétricas na região, com a

im
utilização do incentivo para produção de energia limpa, o que pode tornar os
empreendimentos atrativos para o investidor privado, e permitirá a construção de um

éc
Sistema de Transmissão Interligado, integrando as Américas.
Os recursos de capital, governamental e privado, estarão disponíveis para
atender as demandas futuras requeridas pelo mercado de energia. O grande desafio

oD
será mobilizar a poupança privada necessária e suficiente para financiar os
empreendimentos energéticos em todos os países. A política atual dos Bancos de
Fomento é atrair o setor privado de capitais a investir no setor de energia,
Pi
estimulando aos diversos países a fazer melhorias institucionais no setor de energia,
de forma a reduzir o nível de risco a valores aceitáveis. Cabe a esses países orientar
para uma estratégia de ação que preserve o interesse da sua comunidade nacional.
de

(*) Sérgio Fronterotta - Presidente do “Chapter de Engeneering Manegement


Society” do IEEE - Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos - IEEE Brasil,
lda

organização não governamental, foi Diretor da CPFL - Cia. Paulista de Força e Luz,
da CESP. É professor do Mackenzie.
ENERGIA
cu

O vocábulo energia vem do grego "Energeia" significando força, potência,


faculdade que tem um corpo de produzir trabalho.
Fa

QUAIS SÃO AS FORMAS DE ENERGIA?

Existem várias formas de energia: Energia Química, Energia Potencial,


Energia Cinética, Energia Térmica, Energia Hídrica, Energia Solar, Energia Nuclear,

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Energia Magnética, Energia Gravitacional, Energia Elétrica, Energia Eólica, Energia
Geotérmica, Bioenergia, etc.

QUAL A ORIGEM DA ENERGIA?

o
Geralmente, definimos cada forma ou fonte de energia sem nos
preocuparmos com a sua origem, porém não resta dúvida de que a fonte única de

im
toda energia disponível na terra, tem como origem essa estrela de quinta grandeza
que chamamos de Sol.

éc
O sol nos envia energia luminosa sob a forma de fótons, que devidamente
processada ao ser captada pelas plantas, dão as biomassas, isto é: os vegetais que
alimentam os animais, que por sua vez, também alimentam as espécies mais bem

oD
dotadas, sendo também a forma de alimentação do homem.
A água da represa foi evaporada dos mares e lagos, graças ao calor do sol e
isso lhe dar energia potencial e cinética ao descer das montanhas, quando
Pi
precipitada sob a forma de chuva.
Os combustíveis fósseis de origem vegetal ou animal, ambos dependeram da
energia solar para a sua formação orgânica.
de

As demais formas de energia, até mesmo a nuclear, têm origem solar, pois
quando a terra se formou, acredita-se, que de uma explosão solar, a massa
desprendida do sol já continha tudo o que possui hoje, inclusive a atmosfera gasosa,
lda

composta de oxigênio e de nitrogênio na sua maior parte. Até mesmo a água, cuja
composição é oxigênio e hidrogênio, existia sob a forma vaporizada, precipitando-se
e permanecendo na superfície da terra, depois que ela perdeu temperatura, dando
cu

começo a todas as formas de vida.


Outras formas de energia como: a eólica, a das ondas do mar, e a das marés,
dependem das correntes térmicas e da rotação do planeta e tudo isso existe desde o
Fa

primeiro instante da origem da terra: portanto veio do Sol.


Civilizações antigas chegaram a apelar para máquinas rudimentares, como
forma de multiplicar a energia para livrarem-se do esforço físico baseado na energia
humana ou animal, sujeita a estafa e pouco produtiva.

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Tudo começou com a invenção ou descobrimento e utilização da roda pelos
Assírios, 3500 AC, depois Ctsébio de Alexandria 135 AC, roldanas, trenós
deslizando sobre toras e uso da alavanca, porém só a partir da Renascença, foi que
houve desenvolvimento, com predominância do uso da energia térmica, e
ultimamente da energia hidrelétrica, a partir da Roda de Belidor (1693 a 1761).

o
Na década de setenta, com a eclosão da crise mundial do petróleo, todos os
países dependentes daquela fonte de energia, inclusive o Brasil, que tirava do solo

im
próprio, apenas cento e setenta mil barris por dia daquele ouro negro, consumia
cerca de seiscentos mil, sua balança comercial exportava em torno de doze bilhões

éc
de dólares/ano, passou a despender com importação de petróleo, quase cinqüenta
porcento, dos doze bilhões, quando o preço internacional do barril de petróleo (cento
e sessenta litros) passou de três e meio, para quatorze dólares.

oD
Naquela época, na Europa, (Inglaterra, França, Holanda, etc) e no Japão, as
fábricas só funcionavam três dias por semana, nos Estados Unidos cuja Matriz
Energética, dependia do petróleo em sessenta e nove porcento, a preocupação era
Pi
enorme, pois os países que pertenciam a OPEP, diante daquelas informações
divulgadas pelo Clube dos Cientistas de Roma, de que as reservas conhecidas, só
durariam cerca de cinqüenta anos, e que a partir de 1983 a produção seria
de

insuficiente para atender a demanda, queriam aumentar demasiadamente o preço


do barril de petróleo, só não o conseguindo porque a Arábia Saudita, maior
produtora e detentora da maior reserva, teve o bom senso de constatar que a
lda

economia de alguns países importadores, não suportaria tal impacto, não obstante
tal freio, em 1973 o choque do petróleo, jogou sessenta e sete bilhões de dólares de
"superávit" nos cofres dos países membros da OPEP.
cu

No Brasil, o Ministério das Minas e Energia, incentivou (as distribuidoras de


petróleo) a promover uma campanha de racionalização no uso dos insumos
energéticos, pois o desperdício era da ordem de trinta porcento, porque o preço do
Fa

desperdiçado, era incorporado facilmente ao custo dos produtos produzidos e


repassado aos consumidores; não havia controle. Essa campanha, associada a
outras providências, como: contrato de risco, fechar os postos aos domingos, limitar
velocidade nas rodovias, desenvolver a produção de álcool hidratado

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(PROALCOOL), prevaleceu até começo de 1979, quando veio um corte compulsório
de dez porcento, nas quotas de todos os consumidores industriais ou frotistas.
O corte compulsório só foi adotado porque o contrato de fornecimento
celebrado com a Arábia Saudita, que vigorou por seis anos, terminou em dezembro
de 1978, com base no qual o Brasil recebia o barril de petróleo a dois dólares e

o
oitenta centavos, quando no mercado internacional já custava quatorze dólares, o
consumo diário, (excluindo álcool) andava em torno de um milhão de barris, nossa

im
produção de petróleo era cinqüenta porcento do consumo e os nossos
consumidores, embalados pelo "milagre brasileiro", não levavam a sério os apelos, e

éc
burlavam os controles do governo.
O segundo choque do petróleo ocorreu no ano de 1979, quando o barril
alcançou trinta e quatro dólares. Entre o primeiro e o segundo choque, muita coisa

oD
aconteceu, a Rússia instigava o sentimento anti-americano no oriente médio, como
forma de estrangular a economia dos Estados Unidos, já que a Rússia era auto
suficiente em petróleo e gás natural. A guerra entre o Irã e o Iraque, baixou dez
Pi
porcento na produção mundial da OPEP, que representava quarenta e sete porcento
do total produzido mundialmente.
O petróleo contribui com mais da metade do consumo de energia do mundo.
de

Imaginemos o mundo sem petróleo, os transportes paralisados, os geradores de


energia elétrica a petróleo entrariam em colapso, as cidades as escuras, a produção
industrial e agrícola paralisada, (provocaria falta de alimento), nas regiões mais frias
lda

do globo haveria mortes por falta de calefação, não haveria gás de cozinha e de
repente desapareceriam todos os derivados da petroquímica. Voltaríamos à lenha e
ao carvão mineral ? A lenha agora tão escassa.
cu

TIPOS DE FONTE DE ENERGIA


Fa

FONTES CONVENCIONAIS DE ENERGIA

As Energias Convencionais são aquelas mais conhecidas e utilizadas


atualmente, que surgiram quando não havia a preocupação com o meio ambiente, e
nem tecnologia para coletar energia de Fontes Alternativas.

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Elas são caracterizadas pelo baixo custo, grande impacto ambiental e
tecnologia difundida. E justamente por causa disto são amplamente utilizadas.
São exemplos:

1. Hidroelétrica

o
2. Petróleo
3. Fissão

im
4. Carvão

éc
FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA

As Energias Alternativas são aquelas surgidas como soluções para diminuir o

oD
impacto ambiental, e para contornar o uso de matéria prima que normalmente é não
renovável no caso da energia convencional, como o carvão e petróleo, por exemplo.
Existem algumas delas que já alcançaram grandes avanços e estão bastante
Pi
difundidas. A Energia Solar e a Energia Eólica vem tomando lugar antes ocupado
pela energia elétrica convencional com custo menor, e com a vantagem de ser
grátis, precisando apenas de um investimento inicial.
de

São exemplos:

1. Solar
lda

2. Eólica
3. Biomassa
4. Álcool
cu

5. Geotérmica
6. Fusão
7. Hidrogênio
Fa

8. Ondas
9. Térmica das Marés
10. Marés
11. Óleos Vegetais
12. Gás Natural

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CAPÍTULO II

CENTRAIS HIDRELÉTRICAS

GLOSSÁRIO TÉCNICO

o
1. Alta tensão - tensão cujo valor entre fases, no Brasil, é igual ou superior a 1 kV.

im
Quando a tensão é superior a 345 kV, é chamada de Extra-Alta Tensão (EHT) e
acima de 800 kV é chamada de Ultra-Alta Tensão (UHT).

éc
2. Área de drenagem - parte de uma bacia hidrográfica situada a montante de uma
determinada secção transversal de um rio ou lago.
3. Área de Empréstimo - local onde se retira material mineral destinado às obras.

oD
4. Área inundada - parte de uma bacia hidrográfica que fica abaixo de um nível
máximo de um reservatório.
5. Área do reservatório - superfície do terreno inundada pelas águas represadas,
Pi
na cota correspondente ao nível máximo operativo.
6. Autoprodutor - Pessoa física ou jurídica detentora de autorização ou concessão
federal para gerar energia elétrica, para seu próprio consumo.
de

7. Bacia de dissipação - conjunto de estruturas localizadas ao pé do vertedouro,


destinado a dissipar a energia cinética das águas vertidas, no retorno ao curso
d’água a jusante da represa.
lda

8. Bacia hidrográfica - parte da superfície terrestre que contribui para alimentar um


rio ou lago.
9. Baixa tensão - tensão cujos valores em corrente alternada entre as fases situa-
cu

se, no Brasil, abaixo de 1 kV, ou 1,5 kV em corrente contínua. Extra-Baixa Tensão é


igual ou inferior a 50 V em corrente alternada ou 120 V em corrente contínua.
10. Balanço Energético - valor estatístico de um certo sistema, processo, região ou
Fa

área econômica, em um dado período de tempo, da quantidade de energia ofertada


e a energia consumida, incluindo nesta a perda ocorrida na conversão,
transformação e transporte, assim como as forma de energia não empregadas nos
fins energéticos.

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11. Barragem - Tem por finalidade a concentração do desnível de um rio para
produzir uma queda, a criação de um grande reservatório capaz de regularizar o
deflúvio ou simplesmente o levantamento do nível d'água para possibilitar a entrada
da água num canal, num túnel ou numa tubulação que a aduza para a casa de força
(usinas de derivação). Pode ter finalidades múltiplas. Obras transversais aos álveos

o
dos rios, bloqueando a passagem da água. Funcionalmente, destina-se a represar
as águas do rio para permitir sua captação e desvio; elevar o nível das águas a fim

im
de proporcionar um desnível adequado a um aproveitamento hidrelétrico ou
condições de navegabilidade ao rio, garantindo profundidade adequada; e

éc
proporcionar o represamento do rio para formação de reservatórios regularizadores
de vazões para os diversos tipos de aproveitamentos ou para o amortecimento de
ondas de enchentes. Estrutura destinada a criar a acumulação da água,

oD
armazenando-a. Construção que retém água para controlar o nível e/ou a vazão de
um rio.
Pi
de
lda

Barragem e casa de força. (Relatório Chesf) – Xingo


12. Barragem (Tipologia) - De acordo com o tipo de material de construção: de
cu

terra, de enrocamento, de concreto ou do tipo misto. A barragem é denominada de


terra se a maior parte da seção transversal consistir de terra. A barragem é definida
Fa

como de enrocamento se a maior parte da seção transversal consiste de


enrocamento e a menor parte, em geral apenas a parte vedante, de outros materiais.
As barragens de terra e de enrocamento são construídas com a utilização dos
materiais disponíveis perto do local da obra, podendo ser rocha, areia, solos
arenosos, argilosos e mistos.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 17
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13. Barragem a arco - Tira proveito da propriedade de as estruturas em arco
resistirem com facilidade a cargas uniformemente distribuídas sobre seu dorso,
transmitindo-a para suas ombreiras. Nessas condições, as forças decorrentes do
empuxo hidrostático são transferidas para as margens e o fundo do rio. Daí, para
seu emprego, ser necessário haver condições naturais especialíssimas, ou sejam:

o
margens altas constituídas de rocha resistente e sã, fundo do rio igualmente em
rocha resistente e sã.

im
14. Barragem a arco-gravidade - Tem sua planimetria em forma de arco mas, por
outro lado, funciona parcialmente como barragem a arco e parcialmente gravidade.

éc
É menos exigente quanto ao material do local de sua construção e construída em
concreto ciclópico.
15. Barragem a gravidade - Aquela em que o equilíbrio estático da construção, sob

oD
a ação das forças externas (empuxo hidrostático), realiza-se pelo próprio peso da
estrutura, com o auxílio eventual da componente vertical do empuxo que atua sobre
seus paramentos. A resultante de todas forças atuantes é transmitida, através de
Pi
sua base, ao solo do leito do rio sobre o qual se apóia. Os seguintes tipos podem ser
considerados neste grupo: barragens maciças, barragens aliviadas a contrafortes e
barragens de placas planas ou em arco. Podem ser executadas com os seguintes
de

materiais: alvenaria de pedra, concreto ciclópico e concreto armado. Incluem-se


nesse grupo também as barragens de terra e enrocamento (pedras soltas).
16. Borda livre - distância vertical entre o nível da água e o nível do coroamento ou
lda

crista da barragem.
17. Borda livre seca - é a borda livre construída entre o nível máximo maximorum e
o do coroamento.
cu

18. Borda livre molhada - distância entre o nível máximo operativo e o nível
máximo maximorum
19. Caldeira - Equipamento térmico onde se produz vapor d'água, em condições
Fa

especificadas.
20. Canal de adução - Ver Conduto de adução
21. Canal de fuga - Em uma usina hidrelétrica, conduto de água imediatamente a
jusante dos tubos de sucção das turbinas, por onde flui a água turbinada.
22. Capacidade de acumulação - Ver Capacidade do reservatório.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 18
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23. Capacidade de geração - Potência ativa nominal de um gerador, ou dos
geradores de uma usina ou de um conjunto especificado de usinas.
24. Capacidade instalada - Em uma subestação transformadora, soma das
potências nominais de todos os seus transformadores de potência em que haja ou
possa haver alimentação externa de energia, exclusive os transformadores para

o
serviço interno e os que estão em reserva.
25. Capacidade do reservatório - volume d’água que pode haver entre os níveis de

im
operação mínimo e máximo, admitidos no aproveitamento normal, portanto,
disponíveis para geração.

éc
26. Casa de força - Aloja as máquinas e os equipamentos, possibilita sua
montagem ou eventual desmontagem e a sua operação e manutenção. Pode ser a
céu aberto ou subterrânea, em caverna ou aterrada. Local onde se encontram

oD
instaladas as unidades geradoras de uma usina.
Pi
de
lda

Interior da casa de força. (Acervo Cmel (I.f.118) - Fundo Mário Paulo Guimarães
cu

Ennes) – Paulo Afonso I


Fa

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FACULDADE PIO DÉCIMO 19
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o
im
éc
Abóboda da casa de força. (Acervo Chesf) – Paulo Afonso II
27. Chaminé - Em uma usina termelétrica, estrutura que faz a tiragem dos gases de

oD
combustão de uma caldeira, lançando-os na atmosfera.
28. Chaminé de equilíbrio - Bacia ao ar livre, intercalada em qualquer lugar do
sistema adutor, geralmente na transição do conduto horizontal para o inclinado, que
tem por finalidade diminuir os efeitos inconvenientes da diminuição da pressão da
Pi
água nas tubulações. Instalação destinada a amortecer as oscilações transitórias da
pressão no circuito hidráulico. Em uma usina hidrelétrica, estrutura que contém água
com superfície livre, destinada a amortecer os golpes de aríete num condutor
de

forçado.
29. Comissionamento - ensaios prévios para "colocação em serviço" de um
lda

determinado equipamento de geração.


30. Comporta - Serve para o fechamento da entrada da água aos órgãos adutores e
às turbinas, em caso de revisão ou de eventuais consertos. As comportas de
emergência são denominadas stop-logs. Equipamento mecânico móvel que controla
cu

um fluxo de água numa usina hidrelétrica ou num reservatório.


31. Concessionário - Pessoa física detentora de concessão federal para explorar a
Fa

prestação de serviços públicos de energia elétrica.


32. Conduto de adução - Construção que liga a tomada d'água às turbinas, que
pode ser efetuada por canais ou túneis com lâmina d'água livre, tubulações, túneis
sob pressão ou poços forçados, verticais ou inclinados. Destina-se à condução da
água da barragem às turbinas. Podem ser considerados dois grupos: condutos de
baixa pressão e condutos forçados. Uns como os outros podem ser executados em
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FACULDADE PIO DÉCIMO 20
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forma de galerias ou túneis escavados em rocha, como também a céu aberto. Os
condutos de baixa pressão caracterizam-se por apresentar, normalmente, baixa
declividade e, conseqüentemente, baixas velocidades de escoamento, o que
permite, quando em galerias através de rochas sãs, a dispensa de revestimento. Os
condutos forçados são condutos fechados, em que o escoamento se dá a pressões

o
crescentes de montante para jusante, estando sua parte inferior submetida à
pressão máxima do aproveitamento. Podem ser executados tanto em galerias como

im
a céu aberto. Em uma usina hidrelétrica, o conduto forçado é um tubo que liga uma
tomada d'água ou chaminé de equilíbrio a uma turbina hidráulica ou uma bomba ao

éc
reservatório de montante.

oD
Pi

Adutoras das duas principais unidades geradoras. (Relatório Chesf 1978) – Paulo
de

Afonso IV
lda
cu
Fa

Condutos forçados. (Acervo Itaipu) – Itaipu


33. Conduto forçado - Ver Conduto de adução
34. Consumidor - Pessoa física ou jurídica que ajusta, com o concessionário,
fornecimento de energia elétrica.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 21
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35. Consumo - Quantidade de energia elétrica absorvida em um dado intervalo de
tempo.
36. Corrente alternada - Polaridade e intensidade que variam periodicamente no
tempo. Corrente periódica cujo valor médio é igual a zero.
37. Corrente contínua - Polaridade e intensidade constantes. Corrente cujo valor é

o
independente do tempo
38. Cota de segurança - distância vertical entre o nível máximo maximorum de um

im
reservatório e o topo da barragem ou canal de adução.
39. Crista da barragem ou coroamento - parte superior de uma barragem ou dique

éc
vertedor, que a água deve atingir antes de passar sobre a estrutura.
40. Curva chave - gráfico que indica a relação entre a cota da superfície livre da
água em uma determinada seção transversal de um rio e a vazão correspondente.

oD
41. Curva cota-área - indica a relação entre a superfície livre da água e a supefície
que o reservatório teria naquela cota.
42. Curva cota-volume - indica a relação entre a cota da superfície livre da água e
Pi
o volume útil do reservatório.
43. Cumprimento do reservatório - distância da barragem à extremidade de
montante do reservatório, medida na cota correspondente do nível máximo operativo
de

e ao longo da linha de centro do curso do rio principal.


44. Demanda - Em um sistema elétrico de potência, média das potências elétricas
instantâneas solicitadas por consumidor ou concessionário, durante um período
lda

especificado.
45. Depleção - diferença entre o nível máximo operativo e o nível observado num
reservatório em um dado instante.
cu

46. Deplecionamento - é o abaixamento do nível da água armazenada durante um


intervalo de tempo específico.
47. Descarregador de fundo - Ver Descarregadores de vazão excedentes
Fa

48. Descarregador de vazão excedente - Em toda barragem deve haver


descarregadores das vazões excedentes decorrentes das cheias dos rios ou da
operação das unidades geradoras, depois que sua capacidade de armazenamento
foi completada, evitando seu transbordamento em locais impróprios. Os
descarrregadores são basicamento de dois tipos: de superfície e de fundo. O

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FACULDADE PIO DÉCIMO 22
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descarregador de fundo é uma estrutura submersa destinada a escoar água de um
reservatório, sob presão.
49. Distribuição - Transporte de energia elétrica a partir dos pontos onde se
considera terminada a transmissão (ou subtransmissão), até a medição da energia
inclusive.

o
50. Disjuntor - equipamento ou linha de transmissão sem energia elétrica.
51. Eletricidade - Manifestação de uma forma de energia associada a cargas

im
elétricas, estáticas ou dinâmicas.
52. Energia - Produto da descarga pela queda, multiplicado pelo tempo em que os

éc
dois fatores estão disponíveis, obtendo-se o trabalho, em kWh, produzido pela usina.
Grandeza escalar que caracteriza a aptidão de um sistema físico para realizar
trabalho.

oD
53. Energia disponível - é a quantidade máxima de energia que o fornecedor
coloca à disposição do consumidor em um determinado espaço de tempo.
54. Energia elétrica - Integral da potência elétrica instantânea em relação ao tempo,
Pi
entre os limites do intervalo de tempo considerado.
55. Energia firme de uma usina - quantidade de energia elétrica que a usina é
capaz de gerar, dentro do período crítico energético.
de

56. Energia hidráulica - Energia potencial e cinética das águas.


57. Energia primária - é a que não foi submetida a nenhum processo de
conservação.
lda

58. Energia térmica - Energia cinética interna de um corpo, relacionada com os


movimentos desordenados de suas partículas constituintes.
59. Energia secundária - é o procedimento de conservação de fonte de energia
cu

primária ou de outras energia secundária.


60. Engolimento - vazão através de uma turbina hidráulica.
61. Ensecadeira - Barragem provisória de rocha e terra que desvia o curso primitivo
Fa

do rio, permitindo secar, temporariamente, parte de seu leito. Geralmente usada nas
construções das partes definitivas do aproveitamento hidrelétrico. Diques
temporários construídos no curso d’água que se quer represar, a montante e a
jusante da obra, para ali, depois de seco o leito, ser edificada a barragem.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 23
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62. Estrutura de captação ou tomada - são projetadas para coletar e admitir a
água em um conduto ou sistema.
63. Estruturas para adução - são projetadas para conduzir a água de um local a
outro. O projeto normalmente enfatiza a exigência da adução com um mínimo de
perda de energia.

o
64. Estruturas para conversão de energia - são empregadas para converter
energia hidráulica em mecânica e esta, em elétrica. Tem grande importância, na

im
elaboração do projeto, o objetivo da obtenção de bom rendimento.
65. Estruturas para medição e controle - são usadas para determinar a descarga

éc
em um conduto. Funcionamento estável e uma relação unívoca entre o valor
indicado e a descarga correspondente são necessários.
66. Estruturas para sedimentação e piscicultura - são projetadas para orientar ou

oD
controlar o movimento de elementos não hidráulicos que possam existir na água.
67. Estudo de viabilidade - período antecedente ao projeto básico de uma usina,
em que é definida a concepção geral de um empreendimento específico, prevendo
Pi
seu dimensionamento e os serviços de infra-estrutura necessários para a sua
implantação.
68. Excitação - produto de fluxo magnético por meio de corrente elétrica. O gerador
de

que fornece a potência necessária à excitação de uma máquina elétrica chama-se


"excitatriz".
69. Excitatriz - Gerador que fornece a potência necessária à excitação de uma
lda

máquina elétrica.
70. Faixa de segurança - área sob uma linha de transmissão, pertencente ou não
ao órgão concessionário, que atende às distâncias de segurança definidas na
cu

Norma NB 182 da ABNT, visando garantir bom desempenho da linha de transmissão


e segurança de terceiros.
71. Faixa de servidão de uma linha de transmissão - área geralmente não
Fa

pertencente ao concessionário, necessária à implantação, operação e manutenção


de uma linha de transmissão, construída oficialmente por decreto do Poder
Executivo, cuja utilização é regida por contratos de servidão firmados entre
proprietários dos terrenos e o concessionário.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 24
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72. Fator de capacidade - é a razão entre a demanda média e a capacidade
instalada da usina, por um período de tempo.
73. Fator de carga - razão entre a demanda média e a demanda máxima em um
intervalo de tempo especificado.
74. Fator de utilização - razão entre a demanda máxima e a potência instalada por

o
intervalo de tempo definido.
75. Fornecimento - Energia elétrica entregue e demanda posta à disposição do

im
consumidor.
76. Freqüência - indica o número de ciclos da energia elétrica alternada. Sua

éc
unidade de medida é "ciclos por segundo"ou hertz, expressão européia (Hz).
77. Geração - Conversão de uma forma qualquer de energia para energia elétrica.
Quantidade de energia elétrica produzida a partir de outra forma de energia.

oD
78. Gerador - Transforma a energia mecânica produzida pela turbina em energia
elétrica. Composto de duas partes: o rotor (móvel) e o estator (fixo). Máquina que
converte energia mecânica em energia elétrica.
Pi
de
lda

Montagem do gerador nº 3. (Relatório Chesf 1976) – Apolônio chaves (Moxotó)


cu

79. Hertz - Freqüência de um fenômeno periódico cujo período é de 1 segundo


(símbolo: Hz).
Fa

80. Jusante - Posição longitudinalmente além de um ponto de referência.


81. Linha de transmissão - Linha elétrica destinada à transmissão de energia
elétrica.
82. Montante - Posição longitudinalmente aquém de um ponto de referência.
83. Operação - Série ininterrupta de ações, manuais ou automáticas, que
coordenam o funcionamento das diversas partes do sistema, visando a continuidade
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FACULDADE PIO DÉCIMO 25
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do atendimento ao mercado consumidor e a otimização técnica e econômica do
desempenho global do sistema.
84. Painel de controle - Quadro no qual são instalados os dispositivos necessários
ao controle e/ou à supervisão de uma usina, subestação ou sistema elétrico.

o
im
éc
oD
Painel de controle no interior da casa de força. (Acervo Eletrobrás) – Bernardo
Mascarenhas (Três Marias)
85. Pequena central hidrelétrica - Instalação de potência reduzida, aplicando-se
esta denominação às de poucos MW; minicentrais, às de centenas de kW; e
Pi
microcentrais, às de poucos kW.
86. Potência - Expressa pelo produto da descarga pela queda. Derivada em relação
de

tempo de uma energia transferida ou convertida, ou de um trabalho realizado.


87. Potência instalada - Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos
de mesma espécie da instalação.
lda

88. Potência nominal - Potência máxima em regime contínuo, para a qual a


instalação foi projetada.
89. Potencial hidráulico - Energia cinética ou potencial da água dos rios e lagos
cu

que se concentra nos aproveitamentos hidrelétricos e é transformada em energia


mecânica e, finalmente, em energia elétrica.
90. Represa - Conjunto constituído por uma ou mais barragens e o respectivo
Fa

reservatório.
91. Reservatório - Recipiente delimitado por uma certa área da superfície terrestre
e por uma ou mais barragens, no qual se armazena uma determinada quantidade de
água.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 26
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92. Subestação - Parte de um sistema de potência, concentrada em um dado local,
compreendendo primordialmente as extremidades de linhas de transmissão e/ou de
distribuição, com os respectivos dispositivos de manobra, controle e proteção,
incluindo as obras civis e estruturas de montagem, podendo incluir também
transformadores, equipamentos conversores e/ou outros equipamentos.

o
93. Suprimento - Entrega de energia elétrica por um concessionário a outro, nos
termos de contrato e/ou acordo.

im
94. Tomada d’água - Tem a finalidade de captar e conduzir a água aos órgãos
adutores e daí às turbinas, impedir a entrada de corpos flutuantes que possam

éc
danificar as turbinas e fechar a entrada da água quando necessário. Deve ter uma
forma que reduza as perdas de carga ao mínimo possível, em todos os seus
trechos. Os tipos principais podem ser classificados segundo sua posição em

oD
relação ao nível d'água na represa: tomadas em pequena e grande profundidade. As
primeiras são mais expostas ao afluxo de corpos flutuantes perto da superfície da
água. Por esse motivo, as grades que impedem a entrada desses corpos nas
Pi
turbinas devem ser limpas freqüentemente e calculadas para resistirem ao empuxo
d'água. Nas tomadas de grande profundidade a pressão d'água é maior e, assim, as
comportas devem ser mais pesadas. Por outro lado, geralmente, não existe o perigo
de

de entupimento das grades e os dispositivos de limpeza podem ser mais simples. É


o ponto onde se inicia a condução da água para as turbinas. Pode estar incorporado
à barragem ou pode constituir uma estrutura independente. Pode, outrossim, operar
lda

em pressão ou também com superfície livre, dependendo de se tratar de barragem


reservatório ou barragem de simples captação, respectivamente. Seu equipamento
consta, basicamente, do seguinte: grades de proteção - com a finalidade de
cu

interceptar material carregado pelo rio e que possa danificar ou travar as turbinas;
comportas - destina-se a abrir ou a fechar a admissão da água nos condutos.
Equipadas em geral com sistema de fechamento rápido para casos de emergência.
Fa

Além das comportas existe, em geral, um sistema de vigas de vedação (stop-logs)


para fins de manutenção das comportas; tubos de aeração - nas tomadas d'água em
pressão, imediatamente a jusante das comportas, deve haver um tubo ou galeria
vertical aberto em sua parte superior para permitir a entrada de ar na tubulação após
um fechamento rápido das comportas, para evitar a formação de depressões no

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FACULDADE PIO DÉCIMO 27
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interior das tubulações de adução que poderiam levar a seu esmagamento.
Estrutura destinada a captar a água da bacia de acumulação. Estrutura que controla
a captação de água numa usina hidrelétrica.
95. Transmissão - Deslocamento de energia elétrica entre subestações.
96. Tubulação - Ver Conduto de adução

o
97. Túnel de adução - Ver Conduto de adução
98. Turbina a vapor - Máquina motriz que converte a energia térmica do vapor em

im
energia cinética no seu eixo, e a transmite ao equipamento acionado.
99. Turbina hidráulica - Nas usinas hidrelétricas, são utilizadas as de tipo reação e

éc
a de tipo ação. Nas de reação, o trabalho mecânico é obtido pela transformação da
energia cinética e de pressão da água em escoamento, através das partes girantes,
e as de ação, transformam apenas a energia cinética da água. As de reação são do

oD
tipo Francis e de hélices, que podem ser de pás fixas ou ajustáveis, sendo
denominadas, neste caso, de turbinas Kaplan. As de ação são do tipo Pelton.
Máquinas com facilidade de transformar a maior parte da energia de escoamento
Pi
contínuo da água que a atravessa em trabalho mecânico. Consiste, basicamente, de
um sistema fixo hidráulico e de um sistema rotativo hidromecânico destinados,
respectivamente, à orientação da água em escoamento e à transformação em
de

trabalho mecânico. As turbinas hidráulicas são: de reação - aquela em que o


trabalho mecânico é obtido pela transformação das energia cinética e de pressão da
água em escoamento, através do elemento do sistema rotativo hidromecânico
lda

(rotor), sendo do tipo Francis e hélice (Kaplan), de eixo horizontal, vertical ou


inclinado, com um ou mais rotores, em caixa aberta ou fechada, com tubo de sucção
cônico reto ou em cotovelo; de ação - aquela em que o trabalho mecânico é obtido
cu

pela transformação da energia cinética da água em escoamento, através do


elemento do sistema rotativo hidromecânico (rotor), sendo do tipo Pelton, de eixo
horizontal ou vertical, com um ou mais rotores, e com um ou mais injetores. Máquina
Fa

motriz que converte energia hidráulica em energia cinética no seu eixo, e a transmite
ao equipamento acionado.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 28
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o
im
Montagem de turbina no interior da casa de força. (Acervo Itaipu) – Itaipu
100.Turbogerador - Gerador de corrente alternada projetado para funcionar em alta

éc
velocidade, e tendo um enrolamento de excitação embutido num rotor cilíndrico.
101.Unidade geradora - O eixo da unidade turbina-gerador pode ter posição
horizontal ou vertical, esta utilizada nas usinas modernas, de maior potência.

oD
Conjunto formado por gerador elétrico, motor primário e equipamentos auxiliares
pertinentes.
102.Usina hidrelétrica - Composta por barragem, captação e condutos de adução
Pi
de água, casa de máquinas e restituição de água. Instalação na qual a energia
potencial e cinética da água é transformada em energia elétrica. Instalação na qual a
energia mecânica da água é convertida em energia elétrica. Usina elétrica acionada
de

por energia hidráulica, podendo ser usina a fio d'água, que utiliza diretamente a
vazão natural do rio; usina com acumulação, que dispõe de reservatório de
regularização próprio; usina maremotriz, acionada pela energia das marés; e usina
lda

reversível, cujas unidades geradoras podem ser também operadas como grupos
motor-bomba, para elevar a água turbinada, de um reservatório a jusante para um
reservatório a montante da usina.
cu
Fa

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FACULDADE PIO DÉCIMO 29
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o
im
éc
1- RESERVATÓRIO 4- CASA DE FORÇA
2-
3-
BARRAGEM
TUBULAÇÃO DE ADUÇÃO oD 5- CANAL DE FUGA
Pi
de
lda
cu

1- RESERVATÓRIO
2- BARRAGEM
Fa

3- COMPORTA
4- GERADOR
5- TURBINA

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FACULDADE PIO DÉCIMO 30
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103.Usina hidrelétrica (bacia de acumulação) - Pode fornecer energia
constantemente. Alimentação regulada por grande depósito formado artificialmente,
fechando um vale mediante diques ou barragens e no qual se armazenam as águas
de um rio.
104.Usina hidrelétrica (construção) - Na área ensecada pelas ensecadeiras, são

o
concluídas as obras de concreto, da casa de força e do vertedouro. A ensecadeira é
removida, fazendo com que as águas passem pelo vertedouro e possibilitando o

im
fechamento definitivo do rio. Em paralelo, são concluídas as barragens de terra nas
duas margens do rio. Encerrada a obra, as comportas são fechadas para que as

éc
águas formem um reservatório. A água represada impulsiona as turbinas, que
movimentam os geradores. Quando a vazão do rio é superior ao consumo das
turbinas, as comportas do vertedouro são abertas, evitando-se o transbordamento
da represa. oD
105.Usina hidrelétrica (de bombeamento ou reversível) - Utilizada nas horas de
baixo consumo, quando sobra energia nas usinas térmicas e hidrelétricas a fio
Pi
d'água, que pode ser aproveitada para bombear água de um reservatório para outro
em nível superior. Durante as horas de consumo elevado, a água é retornada,
acionando as turbinas, gerando energia de ponta. O custo por kW é tanto menor
de

quanto maior for a queda disponível. Possui duas bacias de acumulação, uma a
montante e outra a jusante, bem como as respectivas instalações de bombagem e
de turbinagem, que permitem devolver à bacia de montante a água armazenada na
lda

bacia de jusante, após a sua utilização na produção de energia.


106.Usina hidrelétrica (de derivação) - A barragem represa um rio e a água é
conduzida por um canal ou túnel para a encosta do vale de outro rio, onde são
cu

construídos a chaminé de equilíbrio, a tubulação forçada e a casa de força. A ligação


entre a tomada d'água e a turbina é de grande percurso. Usina hidrelétrica a fio
d'água que utiliza caudais derivados das suas afluências, que são restituídos a
Fa

jusante da central.
107.Usina hidrelétrica (de desvio) - Da barragem sai um canal aberto, ou um túnel
adutor ou uma tubulação, que conduz a água à chaminé de equilíbrio e desta às
turbinas, na casa de força, por tubulações forçadas ou por túnel forçado. A ligação
entre a tomada d'água e a turbina é de grande percurso.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 31
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108.Usina hidrelétrica (de represamento) - A barragem represa o rio, efetuando a
concentração do desnível e a casa de força se encontra diretamente ao pé da
barragem. O arranjo depende da altura da barragem e da topografia local. A ligação
entre a tomada d'água e a turbina é muito curta.
109.Usina hidrelétrica (fio d’água) - Sem reservatório ou com reservatórios

o
pequenos. Não dispõe de um reservatório d'água significativo e sua produção é
inconstante, dependendo da oscilação da vazão do rio. Seu pequeno reservatório

im
não permite a regularização do deflúvio, podem aproveitar as descargas naturais do
rio, muito variáveis durante o ano, e sua produção de energia é conseqüentemente

éc
inconstante. Central hidrelétrica num curso de água, sem depósito regulador de
volume significativo.
110.Usina termelétrica - Produz eletricidade a partir da energia química ou nuclear

oD
de certos elementos denominados combustíveis, recebendo, respectivamente, a
denominação de central termelétrica convencional ou central termelétrica nuclear.
Os combustíveis utilizados nas convencionais são: petróleo e derivados, tais como
Pi
os óleos combustíveis, gasolina e óleo diesel, gás de alto-forno, gás natural, gases
de biodigestores, madeira, bagaço de cana, álcoois, derivados de xisto, carvão e
muitos outros que em determinadas condições de temperatura e pressão reagem
de

externamente com o oxigênio liberando energia calorífera. Os combustíveis das


nucleares são certos elementos pesados, tais como urânio, plutônio, tório e outros
que por processo de fissão liberam energia calorífera, sendo a energia elétrica
lda

obtida pela expansão do vapor d'água praticamente saturado. Nas centrais


convencionais, podem ser usados como elemento no circuito um vapor ou um gás.
No caso da utilização do vapor, temos as centrais a vapor de condensação, com
cu

máquina a vapor ou turbina a vapor. No caso de gás, temos as centrais a gás, com
motores a pistão diesel ou turbina a gás. Usina elétrica acionada por energia
térmica.
Fa

111.Usina termelétrica convencional - Instalação na qual a energia química,


contida em combustíveis fósseis, sólidos, líquidos ou gasosos, é convertida em
energia elétrica.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 32
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112.Usina termelétrica nuclear - Instalação na qual a energia libertada a partir de
combustível nuclear é convertida em energia elétrica. Usina termelétrica que utiliza
reação nuclear como fonte de energia.
113.Vertedouro - Estrutura a céu aberto destinada a escoar água de um
reservatório, por escoamento livre.

o
im
éc
oD
VERTEDOURO – ITAIPÚ

PRINCIPAIS HIDRELÉTRICAS DO BRASIL


Pi
USINA LOCALIZAÇÃO CAPACIDADE (MW)
REGIÃO NORTE
de

Tucuruí rio Tocantins 3.980


Balbina rio Uatumã 250
REGIÃO NORDESTE
lda

Paulo Afonso rio São Francisco 2.460


Sobradinho rio São Francisco 1.050
Moxotó rio São Francisco 439,2
cu

Itaparica rio São Francisco 1.500


Xingó rio São Francisco 3.000
Fa

REGIÃO SUDESTE
São Simão rio Paranaíba 1.715
Nova Ponte io Araguari 510
Água Vermelha rio Grande 1.380
Três Irmãos rio Tietê 808

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FACULDADE PIO DÉCIMO 33
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Emborcação rio Paranaíba 1.192
Ilha Solteira rio Paraná 3.230
Porto Primavera rio Paraná 1.854
Jaguara rio Grande 425,6
Três Marias rio São Francisco 387,6

o
REGIÃO SUL

im
Foz do Areia rio Iguaçu 2.511
Capivara rio Paranapanema 640

éc
Itaipu rio Paraná 12.600
Parigot de Souza rio Capivari 246,96
Itaúba rio Jacuí 625
Salto Osório
REGIÃO CENTRO-
rio Iguaçu oD 1.050

OESTE
Pi
Ilha Solteira rio Paraná 3.230
Itumbiara rio Paranaiba 2.080
Jupiá rio Paraná 1.411,2
de
lda

ESTUDOS PARA IMPLANTAÇÃO

O desenvolvimento mais recente do setor hidrelétrico no país estabeleceu,


cu

pela prática e pela estrutura vigente, critérios e etapas a serem seguidos para a
efetiva implantação de uma CH.
A tendência mundial é de uma grande abertura no nível da geração de
Fa

energia elétrica, passando de uma situação histórica de monopólio natural, onde


havia, em princípio, uma só empresa por região, para uma condição de uma efetiva
concorrência, onde diferentes produtores suprirão de energia elétrica uma
determinada região, não importando a fonte primária, mas unicamente o seu preço.
Dentro deste contexto, é necessária uma estrutura de regulação e fiscalização das
unidades produtoras e um sistema que permita a comercialização em curto e longo
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FACULDADE PIO DÉCIMO 34
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prazos. O planejamento, neste quadro, não é mais determinante, mas orientativo e
estratégico, permitindo ao governo sinalizar aos agentes interessados com as
tendências futuras. Assim, os estudos de implantação das CH têm de obedecer a
procedimentos fixos, como é o caso dos estudos ambientais e de outros estudos
variáveis que dependem dos interesses envolvidos. Por exemplo, o poder

o
concedente precisa inventariar seus recursos hídricos de maior porte para que
possam ser licitados. De outra parte, um autoprodutor irá buscar apenas um sítio

im
hidrológico que atenda às suas necessidades. Há, ainda, a figura do produtor
independente que pode se interessar por qualquer sítio, desde que economicamente

éc
atrativo. Vê-se que os interesses definirão, tanto as etapas, quanto as profundidades
de estudo. Entretanto, é necessário conhecer os procedimentos clássicos, não
devendo entende-los como normas, excetuados aqueles definidos por legislação
específica. oD
Para a implantação das PCH, cuja potência precisa está limitada, em geral,
em 30MW, deve-se buscar a simplificação dos procedimentos, conforme as
Pi
recomendações e legislação próprias, tanto ambientais como de concessão.
O ideal é se ter apenas dois níveis para implantação das PCH:
de

1. ESTUDOS DE IMPLANTAÇÃO: Neste nível são realizados os estudos para a


implantação com conteúdo suficiente, inclusive nos aspectos ambientais, de
modo a ser possível obter a contratação para fornecimento de equipamentos
lda

e serviços;
2. PROJETO EXECUTIVO/OBRA: O projeto executivo é realizado, em princípio,
paralelamente à execução da obra e ao comissionamento dos equipamentos.
cu

Dentro deste escopo, o período total para a implantação da PCH deve ser de
6 a 12 meses para as microcentrais com potência até 100KW e de 1 a 4 anos
Fa

para as de potência superiores. Para a implantação de grandes centrais


hidrelétricas – GCH, as recomendações atuas da Eletrobrás abrangem seis
etapas, a saber:

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FACULDADE PIO DÉCIMO 35
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1. ESTIMATIVA DO POTENCIAL HIDRELÉTRICO: Etapa dos estudos em que
se procede à análise preliminar das características das bacias hidrográficas,
especialmente quanto aos aspectos topográficos, hidrológicos e geológicos,
no sentido de verificar sua vocação para geração de energia elétrica. Essa
análise, exclusivamente pautada nos dados disponíveis, é feita em escritório

o
e permite a avaliação do potencial das bacias hidrográficas, levando à
primeira estimativa do custo do seu aproveitamento e à definição de

im
prioridades, prazos e custos dos estudos para a etapa seguinte.
2. INVENTÁRIO HIDRELÉTRICO: Etapa em que se determina o potencial

éc
hidrelétrico de uma bacia hidrográfica e se estabelece a melhor divisão de
queda, mediante a identificação dos aproveitamentos que, no conjunto,
propiciem um máximo de energia ao menor custo e com um mínimo de efeitos
sobre o meio ambiente. oD
3. ESTUDOS DE VIABILIDADE: Etapa de definição da concepção global de um
dado aproveitamento e da melhor alternativa para a divisão da queda
Pi
estabelecida na etapa anterior, visando à otimização técnico-econômica e à
obtenção dos benefícios e custos associados. Essa concepção compreende o
dimensionamento, as obras de infra-estrutura local e regional necessárias à
de

sua implantação, o seu reservatório e a respectiva área de influência, o uso


múltiplo da água e os efeitos sobre o meio ambiente.
4. PROJETO BÁSICO: Etapa em que o aproveitamento, como concebido nos
lda

estudos de viabilidade, é detalhado e tem definido seu orçamento, de forma a


permitir a elaboração dos documentos de licitação das obras civis e do
fornecimento e montagem dos equipamentos eletromecânicos. Nesta etapa
cu

se realizam, também, estudos ambientais visando à implantação do


aproveitamento.
5. PROJETO EXECUTIVO: Etapa em que se processa a elaboração dos
Fa

desenhos de detalhamento das obras civis e dos equipamentos


eletromecânicos necessários à execução da obra e à montagem de seus
equipamentos. Nesta etapa são tomadas as medidas pertinentes à
implantação do reservatório.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 36
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6. EXECUÇÂO DA OBRA: Etapa normalmente simultânea à anterior onde as
obras civis são executadas, os equipamentos instalados e testados, estando
no final desta etapa a CH pronta para operar com potência total ou com
potência aumentada gradativamente no decorrer da etapa.

o
No que se refere a estas recomendações, constata-se que:

im
1. Os estudos de inventário e de viabilidade eram considerados fontes de
informações essenciais para os estudos de planejamento e, portanto, a eles

éc
vinculados;
2. Em um cenário concorrencial, entretanto, vê-se que os estudos de inventário
ainda guardam esta importância, mas os de viabilidade devem ser vistos com

oD
reservas, pois cada interessado tem a sua ótica de computar custos e
benefícios. De qualquer maneira, o poder concedente necessita de
informações oriundas de um estudo de viabilidade para que possa promover
Pi
licitações, estabelecer preços limites e ter condições de sinalizar aos agentes
envolvidos, estabelecendo contratos de longo prazo.
de

INTERLIGAÇÃO DOS ESTUDOS E PROJETO

De um modo geral, tanto as PCH como as GCH seguem a mesma


lda

interligação para execução de seus estudos e projetos, variando com o grau de


complexidade exigido por cada uma. Pode-se dividir estes itens em três grandes
grupos: ESTUDOS GERAIS, PROJETO/ESPECÍFICAÇÕES e ANÁLISE
cu

ECONÔMICO-FINANCEIRA.
Nos estudos gerais, se enquadram os levantamentos/estudos topográficos,
geológicos e geotécnicos, hidrológicos e hidrenergéticos, sócio-ambientais e de
Fa

mercado. No grupo do projeto propriamente dito, junto com os aspectos


construtivos, encontram-se os componentes hidráulicos e as obras civis, além
dos equipamentos e sistemas elétricos e mecânicos. Finalmente, a análise
econômico-financeira inclui, além dos cronogramas físicos e financeiro, a análise

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FACULDADE PIO DÉCIMO 37
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econômica, de onde, com base nos custos e benefícios se obtém subsídios para
a tomada de decisão.

ESTUDOS GERAIS

o
Topográficos: Com maior ou menor detalhamento, devem ser realizados
levantamentos, preferencialmente em toda a área de influência da CH. Caso

im
trate-se de uma PCH, o estudo topográfico será realizado de uma só vez, com
curvas de nível de metro em metro, no local do arranjo, incluindo o pequeno lago.

éc
Para as GCH, os estudos topográficos terão maior abrangência, podendo ser
realizados nas etapas de inventário, de viabilidade, de projeto básico e mesmo
durante a execução da obra, aumentando, se necessário, o seu grau de
detalhamento. oD
Hidrológicos: Estes estudos permitem determinar, com certo risco, entre
outras, quatro vazões fundamentais ao projeto da CH: Vazão de projeto do
Pi
aproveitamento, vazão da cheia (utilizada para dimensionamento das obras de
desvio), vazão de cheia excepcional (utilizada para dimensionamento das obras
permanentes), vazão remanescente a jusante da barragem (não poderá ser
de

inferior a 80% da vazão mínima média mensal, tirada de uma série histórica de
pelo menos 10 anos).
Além destas vazões, estes estudos permitem determinar vazões
lda

máxima, mínima turbinada e do aproveitamento, níveis máximos e mínimos de


montante e jusante, áreas inundadas e, em primeira aproximação, as potências
da CH, que somente podem ser determinada em caráter definitivo quando
cu

estiverem concluídos, pelo menos, os estudos de mercado e o dimensionamento


hidráulico dos vários componentes da CH, desde a barragem até a entrada da
casa de máquinas.
Fa

Geológicos e Geotécnico: O projeto, a implantação e a utilização das


estruturas que compõem o arranjo exigem conhecimento local da geologia e das
cargas possíveis de serem suportadas. Logo, devem ser executados estudos
geológicos e geotécnicos, com maior ou menor precisão, dependendo do porte
da CH.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 38
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Ecológicos e Socioeconômicos: A lei nº 9433, de 8 de janeiro de 1997, que
institui a Política Nacional de Recursos Hídricos – PNRH e cria o Sistema
Nacional de Recursos Hídricos e a legislação do meio ambiente, estabelece,
entre outros, que para a geração primária de energia, acima de 10 MW, é
imprescindível a aprovação, por órgão estadual competente, do ESTUDO DE

o
IMPACTO AMBIENTAL – EIA e do RELATÒRIO DE IMPACTO DO MEIO
AMBIENTE – RIMA, que reflete as conclusões do EIA.

im
Mercado: A implantação da CH parte da necessidade presente e futura do
mercado onde a energia será consumida. Assim, seu perfeito delineamento e

éc
balizamento são indispensáveis, desde o início dos estudos, para a sua
implantação. Uma CH deve ser analisada segundo o mercado que vai atender.
Basicamente, tem-se três opções: autoprodução, produção para serviço público e

oD
produção independente. No primeiro caso, o mercado é a carga própria da
instalação interessada, podendo ser, por exemplo, uma indústria. Neste caso, a
CH pode estar diretamente ligada ao ponto de consumo, através de linha de
Pi
transmissão própria, ou pode usar a rede da concessionária, pagando um
pedágio. O benefício, no caso de autoprodutores, é a economia refletida na
fatura de energia elétrica da concessionária, sendo, portanto, necessário avaliar
de

este benefício em um horizonte de longo prazo (50 anos), para se fazer a análise
econômica. Sendo a CH de serviço público, existem duas maneiras de se fixar o
preço da energia vendida com base nas leis de mercado. Uma, seria o
lda

estabelecimento de licitações, e a outra, de uma bolsa de energia. No primeiro


caso, o produtor teria a garantia do preço a longo prazo, enquanto, no segundo,
pode-se ter contratos de longo prazo ou negociar a energia gerada no curto
cu

prazo. Preço da energia elétrica em um mercado concorrencial, em uma análise


teórica, é fixado pelo equilíbrio entre a oferta e a demanda. Portanto é
indispensável, não só o conhecimento do mercado consumidor, mas também do
Fa

comportamento da oferta, pois, somente assim pode-se estimar o preço de


equilíbrio. O preço de venda da energia elétrica produzida é um parâmetro
fundamental para se determinar a capacidade ótima da CH. Entretanto, a
incerteza inerente a este parâmetro é muito alta, acarretando incerteza em todo o
estudo de otimização da potência instalada. No caso de produtor independente,

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FACULDADE PIO DÉCIMO 39
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este pode vender sua energia ao grande mercado – energia para serviço público
– ou utilizar a rede, vendendo a consumidores específicos. Nesta última hipótese,
o preço de venda tem que ser mais atrativo que o preço estabelecido pelo
mercado para suprir esses consumidores.

o
PROJETO – ESPECIFICAÇÕES

im
Tipos de arranjos: Basicamente, há três tipos de arranjos para os componentes
das CH, associados às seguintes denominações:

éc
1. Centrais Hidrelétricas de Represamento – CHR;
2. Centrais Hidrelétricas de Desvio – CHD;

oD
3. Centrais Hidrelétricas de Derivação – CHV;

As três figuras abaixo representam, em corte, esquemas destes tipos de


Pi
arranjos, com seus respectivos componentes principais.
de
lda
cu
Fa

Corte longitudinal em CHR com seus principais equipamentos, destacando o


GG.
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FACULDADE PIO DÉCIMO 40
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o
im
éc
oD
Corte esquemático em CHD, mostrando seus principais equipamentos.
Pi
de
lda
cu
Fa

Corte esquemático em CHV, mostrando seus principais equipamentos.

Conforme pode ser observado, no que se refere a componentes, os arranjos


CHD e CHV em relação ao CHR acrescentam o sistema de baixa pressão que,
junto ao sistema de alta pressão, poderá gerar transientes hidráulicos a serem
criteriosamente considerados desde o início dos estudos para a implantação da
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FACULDADE PIO DÉCIMO 41
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CH, a fim de que seu projeto e construção sejam executados de modo que a
operação possa ser feita com grau de confiabilidade.
Os sistemas de baixa pressão podem ser compostos de tomada d’água,
conduto de baixa pressão e chaminé de equilíbrio, Fig. 2, ou de tomada d’água
de superfície, canal e câmara de carga com extravasor lateral, Fig. 3. A diferença

o
entre CHD e CHV é que esta última opera entre dois rios.

im
Obras Civis: Em princípio, as obras civis das CH que devem ser projetadas e
construídas compreendem:

éc
1. Vias de acesso;
2. Canteiro e acampamentos;
3. Ensecadeiras e desvio do rio;

oD
4. Barragem e extravasores (vertedores);
5. Tomada d’água;
6. Sistema de baixa pressão composto de canal e câmara de carga ou dos
Pi
suportes para o conduto de baixa pressão e a chaminé de equilíbrio;
7. Suportes para o conduto forçado;
8. Casa de máquinas e canal de fuga;
de

9. Fundações para a subestação e linha de transmissão.

Equipamentos Mecânicos: Os principais equipamentos mecânicos das CH


lda

são:
1. Grades e limpadores de grades;
2. Comportas permanentes e de manutenção – stop log;
cu

3. Válvulas;
4. Condutos e juntas de dilatação;
5. Turbinas hidráulicas, incluindo mancais e volantes;
Fa

6. Reguladores de velocidade;
7. Pórticos, talhas, pontes rolantes, bombas, ventiladores, exaustores e
compressores.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 42
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Equipamentos Elétricos: Os equipamentos e sistemas elétricos das CH
podem ser assim agrupados:
1. Geradores elétricos;
2. Sistema de excitação e regulador de tensão;
3. Cubículos de surto de tensão;

o
4. Cubículos de disjuntores;
5. Cubículos dos transformadores;

im
6. Grupo motor-gerador de emergência;
7. Sistema de corrente contínua com retificador e bateria;

éc
8. Quadros de medição, comando e proteção;
9. Sistemas de comunicação;
10. Subestação e linha de transmissão.

ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA
oD
Pi
A análise econômico-financeiro pode ser dividida, basicamente, nos seguintes
estudos: quantificação da obra, cálculos dos custos, cronograma físico-
financeiro, avaliação dos benefícios, cálculo dos índices econômicos e
de

financeiros.
Quantificação da obra – Aqui são calculados os volumes de concreto, de
escavação em terra e em rocha, de aterros e outros relativos às obras civis;
lda

número e tipos de comportas, de válvulas, de Turbinas e Geradores, de


condutos, de juntas de dilatação e de outros correspondentes aos equipamentos
e sistemas eletromecânicos.
cu

Cálculo de custos – baseado em valores obtidos de consultas aos fabricantes


e fornecedores, além de ser avaliado os custos de operação e manutenção, de
engenharia e gestão.
Fa

Cronograma Físico e Financeiro – O projetista programa a sua obra em


função da seqüência natural do pessoal e maquinaria disponíveis e de outros
parâmetros, como por exemplo, o período chuvoso. De posse deste cronograma,
é estabelecido o cronograma financeiro.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 43
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Avaliação dos Benefícios – È um dos pontos de maior incerteza na avaliação
da CH, pois depende do mercado e da hidrologia.
Cálculo dos Índices Econômicos – A tomada de decisão do empreendedor
será orientada por índice do tipo: Tempo de retorno, Taxa interna de retorno,
Índice custo benefício, Custo unitário de potência e Custo unitário de energia. As

o
análises devem ser feitas, primeiramente, considerando valores médios ou
típicos, mas torna-se recomendável utilizar técnicas que incorporem as

im
incertezas inerentes às varias estimativas.

éc
CRONOGRAMA LEGAL PARA IMPLANTAÇÃO
A atual legislação permite, em princípio, estabelecer o cronograma abaixo
para implantação de GCH.

oD
Pi
de
lda
cu
Fa

Cronograma legal para implantação de GCH no que se refere ao meio


ambiente

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FACULDADE PIO DÉCIMO 44
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Para PCH a legislação não obriga a apresentação nem do EIA nem do RIMA,
porém os Órgãos Ambientais podem solicitar um Relatório de Controle Ambiental
– RCA, para substituir o EIA/RIMA.

o
ESTUDO HIDRENERGÉTICO
O cálculo de cotas, volumes, riscos, quedas, potências e energias e o

im
estabelecimento de conceitos e convenções são os fundamentos básicos para o
estudo de implantação das CH.

éc
Reservatórios

oD
Uma parte da CH que exige especial atenção, pelos seus aspectos
energéticos e ambientais, é o reservatório.
As características do reservatório são uma conseqüência natural do
Pi
barramento do curso d’ água e da topografia a montante deste barramento.
O posicionamento da barragem, a fixação de sua altura e o conseqüente
volume do reservatório é um estudo técnico - econômico que envolve, entre outros,
de

os aspectos de meio ambiente, de mercado, volume de regularização e localização


da tomada d’ água.
Sob o ponto de vista de regularização, o volume útil de um reservatório pode
lda

servir para armazenar água, em um período de excesso hídrico, para que a mesma
seja utilizada no período de carência. Isto deve ser analisado segundo um ciclo de
interesse. Assim, a capacidade do reservatório deve ser dimensionada segundo o
cu

ciclo que se deseja regularizar. Com isto, pode-se fazer o seguinte esquema
segundo os ciclos mais conhecidos:
Regularização diária
Fa

Ciclos de carga Regularização semanal

Regularização anual
Ciclos hidrológicos Regularização plurianual

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FACULDADE PIO DÉCIMO 45
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Para que a capacidade reguladora de um reservatório possa ser determinada


é indispensável o conhecimento das características dos ciclos, que podem ser
obtidas através dos chamados tempo de regularização – tr e tempo de enchimento –
te. O tr é a duração do ciclo de interesse, podendo ser o número de horas de um dia,

o
os dias de uma semana, de um mês, de um ano, o número de meses do ano ou o
número de anos. Estes tempos podem ser calculados pelas seguintes relações,

im
respectivamente para ciclos de carga e hidrológicos:

éc
Ea Vu
tr =
P
oD te =
Q
Pi
Onde:
de

Ea (kWh) - capacidade energética de armazenamento do ciclo de carga;


P (kW ) - potência média do ciclo de carga;
Vu (m3) - volume útil do reservatório do ciclo hidrológico;
lda

Q (m3/s) - vazão média do ciclo hidrológico.


cu
Fa

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FACULDADE PIO DÉCIMO 46
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Estas grandezas permitem determinar a relação entre os tempos como
mostrado na figura abaixo para a região Sudeste do Brasil.

o
im
éc
oD
Pi
Curva de tr x te para região sudeste.
de

Para determinado reservatório, nesta região, pode-se calcular o valor de te e,


com auxílio da curva da figura acima, determinar o valor de tr. Pode-se também
proceder de modo inverso, obtendo-se pela curva o valor de te e calculando-se por
lda

(3.2) o Vu do reservatório, deste que conhecida à vazão Q. Os reservatórios que


apresentam capacidade regularizadora inferior à estabelecida, isto é, tr menor que o
valor estabelecido e/ou determinado, são denominados reservatórios a fio d’ água
cu

independentemente de seus volumes. Por exemplo, o reservatório da CH de Itaipu,


embora tenha um enorme Vu, tem capacidade regularizadora de aproximadamente
Fa

uma semana, isto devido ao fato de ter uma vazão média afluentemuito grande,
resultando um pequeno valor para te.
As PCH quase sempre são a fio d’água, tendo como conseqüência à
construção de uma barragem simplificada, dispensado, quase sempre, o uso de
comportas.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 47
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A figura abaixo define os principais níveis de operação dos reservatórios de
regularização sazonal.

o
im
éc
oD
Níveis de operação e volumes dos reservatórios de regularização sazonal.
Pi
Estes delineamentos, complementados com o que constará nos itens que se
seguem, permite conceituar os três principais volumes:
de

Ú Volume intermediário ou útil (Vu) – é o volume de reserva energética a ser


utilizada na regularização;
lda

Ú Volume inferior ou morto (Vm) – é o volume d’água que, em princípio, nunca será
utilizado, pois somente em casos excepcionais poderá o reservatório ter seu nível
cu

abaixo da cota do nível mínimo normal – hmm;

Ú Volume superior ou de espera (Ve) – limitado por hcn e pela cota do nível
Fa

correspondente à cheia excepcional ou máxima maximorum (hcM), necessitando ser


estabelecido antes de Vu.

O volume Ve é uma reserva para atenuar as cheias, principalmente a máxima


de projeto. Assim, Ve tem de ser suficiente para receber a onda de cheia e

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FACULDADE PIO DÉCIMO 48
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extravasá-la respeitando o hcM. Um ponto final a se observar é a relação biunívoca
existente entre a cota do reservatório e o volume acumulado, que dá origem a
denominada curva cota-volume, de fundamental importância na definição da altura
da barragem. Com base nas curvas de nível e no posicionamento da barragem,
como no exemplo da figura abaixo, é possível calcular e traçar a curva cota-volume,

o
bastando para tanto determinar as áreas limitadas pelas curvas de nível e o eixo da
barragem, o que pode ser feito por métodos gráficos, com planímetro, ou de forma

im
computacional.

éc
oD
Pi

Esquema mostrando a barragem e as curvas de nível que permitem determinar


de

os volumes do reservatório.
lda

Obtidas estas áreas (Ai), o volume armazenado (Va), associado a cada cota
(h), será calculado pela seguinte expressão:

n
Va = 0,5 × ∑ ( A i + A i −1 ) × (h i − h i −1 )
cu

i =1

O aspecto final é a denominada curva cota-volume, conforme figura abaixo:


Fa

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FACULDADE PIO DÉCIMO 49
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o
im
éc
Curva cota-volume.
oD
Pi
Nesta figura, estão indicados os principais volumes do reservatório, sendo
seu traçado de fundamental importância para os estudos de regularização, motivo
pelo qual deve ser feito com a maior precisão possível.
de

NÍVEIS - QUEDAS
lda

O dimensionamento dos componentes de uma CH depende das cargas


estáticas e dinâmicas, sejam elas hidráulicas ou de outra natureza e do
comportamento de todas as partes que compõem a CH durante sua vida física. Além
cu

disto, a operação do reservatório está restringida por condições de contorno sociais


e ambientais, que limitam a variação de seus níveis.
A figura abaixo mostra vários níveis d’água e quedas – diferença entre níveis
Fa

de montante e junsante – normalmente consideradas no reservatório da CH e em


seu sistema de descarga. Tais níveis e quedas estão associados, principalmente,
aos volumes dos reservatórios descritos anteriormente.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 50
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o
im
éc
Convenções para níveis, cotas e quedas.
oD
É sempre conveniente lembrar que um projeto de CH é iterativo, refinando os
Pi
valores a cada realimentação. A sistematização para a fixação dos níveis, aqui
exposta, não foge a esta regra, necessitando de várias revisões, à medida em que
os estudos forem aprofundados.
de

DEPLECIONAMENTO DO RESERVATÓRIO
lda

O deplecionamento do reservatório – d (m), isto é, o decréscimo normal de


hcn, é por vezes tomado com um terço do desnível entre hcn e o nível d’água original
do rio junto à barragem. Com base nele, calcula-se o volume útil – Vu (m³) que será
cu

utilizado nos estudos de regularização, como já exposto. Com isto, tem-se o nível de
montante mínimo normal – hmn (m):
Fa

h mn = h cn − d

Deve-se buscar sempre o menor deplecionamento, tendo em vista que, ao ser


diminuído o hmn, durante alguns meses do ano, reduz-se a energia especifica da

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água afluente, a denominada redução da queda. Conseqüentemente, também é
reduzida a potência turbinável, passando a TH a trabalhar com menor rendimento,
podendo surgir problemas ambientais em conseqüência da exposição de áreas
antes inundadas.
Voltando à fixação do deplecionamento, somente uma simulação, como a de

o
Conti-Varlet, pode indicar as vantagens de se aumentar o volume útil, que se reflete
em uma maior produção de energia, notadamente nos períodos secos. Entretanto,

im
variações muito grandes podem, restringir a produção de energia, em conseqüência
das reduções do rendimento das TH e da energia especifica.

éc
É interessante observar que as TH, geralmente podem operar com variações
de queda que chegam a alcançar até 50% da queda máxima para determinados
tipos de TH.

oD
A fixação do nível mínimo operativo – hmo (m) que corresponde à operação
em condições excepcionais, depende do posicionamento da tomada d’água.
Observando a figura acima, a1 pode ser preliminarmente fixado como maior ou igual
Pi
a altura da entrada da tomada d’água e a2 maior ou igual a duas vezes essa altura,
isto para tentar evitar entrada de ar, mesmo existindo tubo de aeração. Observa-se
que hmo não pode ser superior a hmn.
de

O posicionamento da tomada d’água depende fundamentalmente das


características de sedimentação do reservatório. O ideal é posicioná-la o mais
elevado possível, para reduzir o carregamento de sólidos em suspensão para o
lda

interior dos condutos e para deixar volume abaixo da mesma, para depósito do
material sedimentado.
Um critério para fixação da vida útil real de uma CH pode ser o tempo
cu

necessário para que a sedimentação alcance a tomada d’água. Em geral este tempo
é superior a 100 anos para GCH e bem menor para a maioria das PCH.
Fa

NÍVEL D’ÁGUA NORMAL DE MONTANTE

O nível d’água normal de montante – hn (m), valor entre hcn e hmn, pode ser
tomado, em primeira aproximação, como sendo a média ponderada entre estes

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níveis, sendo o fator de ponderação o volume armazenado (Va) a partir de hmn.

Vu
1
hn = × ∫ [h m (Va ) − h mn ] × d(Va ) = h cn − d r
Vu 0

Nesta expressão hm (Va) é a função que estabelece a variação de nível entre

o
hcn e hmn em relação a Va e dr é a depleção média.

im
Um estudo de simulação de longo prazo que pode ser o próprio estudo de
Conti-Varlet, fornecerá o comportamento do nível d’água de montante ao longo do
tempo. Neste caso, o seu valor médio deve ser assumido como sendo hn.

éc
NÍVEIS D’ÁGUA DE JUSANTE

oD
A cota do nível d’água máximo de jusante – hjM (m) é normalmente obtido, em
uma primeira etapa, pela observação dos níveis máximos no local onde se instalará
a casa de máquinas. Pode-se aprofundar este estudo, modelando a calha do rio e,
Pi
por meio da equação geral dos canais, determinar o nível alcançado ao escoar
Qvmáx. A cota do nível d’água mínimo de jusante – hmj (m) tem uma certa
independência do nível mínimo do rio, posto que se pode utilizar artifícios, como
de

uma soleira extravasora, de maneira que sejam garantidas as condições operativas


previstas para as TH. Quando não se pretende utilizar esses artifícios, é necessário
lda

conhecer o nível mínimo do rio no local. Este será aquele associado à vazão
mínima, sendo esta calculada com base em risco assumido, em geral de 10%. A
cota do nível d’água normal de jusante – hjn (m), em estudos preliminares, pode ser
calculada com base em uma vazão 10% acima da média do período crítico do ciclo
cu

completo. A partir desta vazão e modelada a calha do rio, chega-se a hjn.


Fa

QUEDAS

Estabelecidas às cotas, calculam-se respectivamente, as quedas bruta


máxima, normal e mínima (m) pelas expressões:

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H BM = hcn − h jn
H Bn = hn − h jn
H Bm = hmn − h jn

o
Em geral, adota-se, como queda líquida normal (Hn), aquela correspondente à

im
queda bruta normal menos as perdas no sistema de adução (Hp), quando é
turbinada a vazão do projeto. Estas perdas podem ser calculadas com expressões e
coeficientes, desde que fixado o arranjo, as características dos componentes da CH

éc
e as vazões a serem turbinadas para cada uma das quedas. Assim, calcula-se as
perdas HpM; Hpn; Hpm (m) e as correspondentes alturas disponíveis e líquidas – (m)
pelas expressões:
oD
H M = H BM − H pM
H n = H Bn − H pn
Pi

H m = H Bm − H pm
de

A potência nominal do GE não coincide com a da TH. Para estas, o ponto


nominal corresponde ao máximo rendimento, enquanto para os GE este é o de
lda

máximo carregamento em condições normais, o denominado limite térmico. Surge


daí um novo conceito: queda de referência da CH – Hr, que corresponde à queda
onde o GE produz sua potência nominal, com o distribuidor da TH totalmente aberto.
cu
Fa

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FACULDADE PIO DÉCIMO 54
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ESTRUTURAS E COMPONENTES

Barragens

CONCEITOS - Tipos

o
Barragem é uma obra de engenharia com o objetivo de reter água para

im
determinados fins, criando, artificialmente, um desnível local.
Ensecadeira é a barragem construída com a finalidade de desviar o rio, por

éc
tempo determinado, para que a obra permanente possa ser realizada, sendo depois
destruída ou ficando submersa.
Entre os muitos tipos de barragens destacam-se:

oD
→ Barragem à gravidade – quando sua estrutura resiste aos esforços de
tombamento, deslizamento, esmagamento e cizalhamento proveniente, em cada
Pi
caso, da pior situação de carregamento.

→ Barragem de enrocamento – quando construída com pedras lançadas e pedras


de

arrumadas, manual ou mecanicamente, cujas seções transversais possuem forma


intermediária entre a barragem à gravidade de concreto e a barragem de terra. Tais
barragens possuem uma membrana impermeabilizante, geralmente no paramento
lda

ou talude de montante, ligada a um diafragma colocado nas fundações.

→ Barragem de terra – quando construída com terra compactada, possuindo,


cu

geralmente, um núcleo de material impermeável com um filtro de drenagem a


jusante. Estas barragens possuem as seções transversais trapezoidais, sendo seus
Fa

paramentos recobertos por revestimento protetor que, normalmente, é de pedra ou


grama. Neste tipo de barragem a água não deve passar sobre sua crista devido ao
risco de erosão, motivo pelo qual são ditas barragens não galgáveis.

→ Barragem mista – quando sua estrutura é composta em um núcleo de terra


compactada, revestido com placas de concreto, o que a torna uma barragem
galgável.
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FACULDADE PIO DÉCIMO 55
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→ Barragem em arco – quando a geometria de sua estrutura é em arco de


concreto, constituída por uma só peça ou por várias vigas superpostas horizontal ou
verticalmente, sempre engastada nas margens e no fundo do rio.

o
→ Barragem com contrafortes – quando a estrutura de concreto ou de outro
material, com paramentos planos ou curvos, recebe os esforços apoiando-se em

im
contrafortes, com perfis usualmente triangulares que transmitem os esforços e seu
próprio peso às fundações.

éc
Além destes tipos, pode-se destacar as barragens de alvenaria comum e as
de pedra argamassada, as de madeira e as Ambursen.
oD
Uma barragem quando construída deve satisfazer duas condições:
Pi
1. Ter estabilidade para qualquer condição de carga; e
2. Apresentar grau de estanqueidade compatível com sua vida útil e riscos
assumidos.
de

Para que estas condições possam ser satisfeitas e controladas, na estrutura


da barragem ou em locais próprios, devem ser previstos sistemas que permitam
lda

escoar as vazões extremas, as de projeto e a remanescente. Estes sistemas


compreendem a tomada d’água, os extravasores, as comportas e todos os
complementos que venham garantir a estabilidade das estruturas em suas vidas
cu

úteis, desde que os riscos previstos não sejam ultrapassados.


Fa

Forças

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FACULDADE PIO DÉCIMO 56
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As forças que agem nas barragens, com maior ou menor importância, são as
seguintes:

→ ação da água sobre seus paramentos de montante e de jusante, podendo ser


estáticas ou dinâmicas;

o
→ ação da água por percolação, resultando em esforços, principalmente em sua
base;

im
→ resultantes de ondas na superfície líquida;
→ oriundas da desaceleração do escoamento;

éc
→ ação dos ventos sobre os paramentos fora d’água;
→ do peso de equipamentos fixos e móveis por ela sustentados;
→ resultantes do empuxo da terra;
→ efeitos térmicos internos e externos;
oD
→ resultante de escoamento em seu interior;
→ de abalos e/ou movimentos da terra;
Pi
→ resultante de choques provocados por material transportado pelo escoamento ou
por efeito do próprio escoamento;
→ oriunda da eventual solidificação da camada superficial da água, devido às baixas
de

temperaturas.
lda

Cálculo e Projeto

A seqüência a ser observada para elaboração do algoritmo para o cálculo e


cu

posterior projeto de barragens, parte da disponibilidade do seguinte:

→ levantamento plano-altimétrico do local, com curvas de nível de metro em metro,


Fa

incluindo o leito do rio;


→ características climáticas, geotécnicas e geológicas com tipos e avaliações da
quantidade de materiais disponíveis no local ou próximo dele;
→ vazões ou descargas de projeto, de cheias para obras de desvio permanente e a
vazão remanescente;
→ níveis d’água máximo, normal e mínimo, a montante e a jusante;
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→ eixo do arranjo da CH com indicação de seus componentes;
→ cargas previstas, fixas e móveis, bem como acessos existentes e/ou a serem
estabelecidos.

Com estes elementos é possível:

o
→ fixar o tipo de barragem;

im
→ preliminarmente, em planta e elevação, desenhar a barragem, em escala, com a
localização de seus componentes, inclusive as juntas de dilatação, se for o caso;

éc
→ escolher as seções transversais e longitudinais consideradas críticas, com o
carregamento mais desfavorável no que se refere à estabilidade;

oD
→ quantificar as forças para cada seção escolhida;
→ para cada seção escolhida e com as forças quantificadas, aplicar os critérios de
estabilidade indicados para o tipo de barragem fixado, permitindo definir,
quantitativamente, a geometria de cada setor, bem como especificar e caracterizar
Pi
materiais que serão utilizados na sua construção;
→ a partir das seções críticas e dos desenhos preliminares, projetar a barragem,
listando e quantificando materiais e demais componentes;
de

→ elaborar cronograma fase-tempo para implantação da barragem, estabelecendo,


para cada fase, programa para acompanhamento, supervisão e controle.
lda

Em função do tipo de barragem e do seu porte, cada item desta seqüência


apresenta particularidades próprias que devem ser consideradas por intermédio da
cu

análise da bibliografia específica.


Fa

EXTRAVASORES

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FACULDADE PIO DÉCIMO 58
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Extravasor de reservatório é uma obra projetada e construída com o objetivo
de escoar o excesso d’água acumulado pelo reservatório, evitando o risco do nível
d’água atingir a crista da barragem.
O cálculo do extravasor parte do conhecimento do valor da vazão
estabelecida para as obras permanentes Qcp (m³/s). Para seu dimensionamento

o
hidráulico, é necessário, além de Qcp o tipo de sua crista, bem como os limites
possíveis para Lex (m) e hex (m). Como expressão geral para este dimensionamento

im
pode-se considerar:

éc
1,5
Q cp = K ex × L ex × h ex

→ Lex é o comprimento útil da crista do extravasor. Caso existam pilares


oD
intermediários para suportar passadeira ou comporta, deve-se considerar suas
espessuras.
Pi
→ hex é o coeficiente que leva em conta a forma da crista e da parede de
escoamento do extravasor, podendo ter os seguintes valores: Kex = 2,20; Kex = 1,84
(crista fina); Kex = 1,51 (crista espessa).
de

A energia da lâmina vertente deve ser dissipada, utilizando-se para tanto


dissipadores que podem ser desde simples sistemas em degraus e conjunto de
lda

pedras colocadas logo a jusante do extravasor, para barragens com alturas que não
ultrapassem 10m e lâminas menores que 1m ou obras específicas para maiores
valores.
cu

Quando são usadas comportas nos extravasores, suas aberturas devem ser
relacionadas com a queda bruta, para que o sistema possa ser operacionalizado.
Fa

Neste caso, o extravasor com comporta passa o operar como um orifício de grandes
dimensões, devendo ser buscado na bibliografia os coeficientes respectivos, já que
permitem escoamento de vazões diferentes das correspondentes aos extravasores
de superfície livre.

TOMADA D’ÁGUA

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A tomada d’água é a obra destinada a captar a água necessária ao


funcionamento das TH. Ela deve conter dispositivos para eliminar ou reter o material
sólido transportado pela água, que poderiam danificar as TH, além de outros
sistemas usados na manutenção.

o
Basicamente, as tomadas d’água podem ser:

im
1. De superfície

éc
oD
Pi
de
lda

Tomada d’água de superfície.


cu
Fa

2. Afogadas

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o
im
éc
oD
Pi
de
lda
cu
Fa

Tomada d’água Afogadas.

A locação da tomada d’água deve considerar:

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→ escoamento, se possível isento de pertubarções e de baixa velocidade;
→ mínimo transporte de material sólido submerso e de superfície;
→ possibilidade de acesso para manutenção;
→ garantia de afogamento do conduto forçado ou do conduto de baixa pressão, de
modo a eliminar a possibilidade de aeração externa no escoamento.

o
im
A forma geométrica da tomada d’água e todos os componentes nela
mergulhados devem ser projetados considerando critérios nos quais resultem
mínimas as perdas de energia, aliadas a escoamento com um mínimo de

éc
pertubarções.

DESVIO DO RIO

Considerações
oD
Pi
Os estudos para desvio do rio, afim de que as obras permanentes possam ser
realizadas em seu leito ou calha, implicam no conhecimento, no mínimo, das
seguintes características:
de

→ Vazão da cheia para obras de desvio e curva chave;


→ Batimetrias na região onde será realizado o desvio, sendo seu número sempre
lda

maior que três, com pelo menos uma a montante e uma a jusante do eixo da futura
barragem. Deverão constar nas batimetrias os níveis correspondentes d’água, bem
como as respectivas vazões e datas em que as mesmas foram obtidas e ainda
cu

referências que permitam determinar a declividade média da calha do rio no local;


→ Estudos topográficos, geológicos e geotécnicos, no local do desvio, com
Fa

indicação das disponibilidades e qualidade de materiais existentes na região e que


possam, eventualmente, serem usados nas obras de desvio;

De posse destas características, além da realização de visitas ao local e da


previsão do tempo de duração para as obras a serem executadas durante a

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FACULDADE PIO DÉCIMO 62
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existência do desvio, este pode ser planejado, com o dimensionamento dos seus
componentes auxiliares – basicamente, ensecadeiras, condutos, canais e túneis.

Outros Componentes

o
Isolada ou simultaneamente, além de ensecadeiras, condutos, canais e
túneis, pode-se planejar usar parte das obras permanentes da CH como auxiliares

im
para o desvio do rio.
Assim, em muitos casos, podem ser usados, em uma da fase do desvio do

éc
rio, como auxiliares para escoar a vazão de desvio, a tomada d’água, as comportas
de fundo e mesmo os extravasores.
Quando necessário, o dimensionamento dos condutos, canais e túneis é feito

oD
a partir da carga máxima fixada. Esta carga é obtida pela diferença entre a cota do
nível máximo a montante e mínimo a jusante. Conhecida esta carga e a vazão para
obras de desvio, admitindo ser a carga igual a perda de carga do escoamento entre
Pi
o nível máximo de montante e mínimo de jusante, são determinados os diâmetros do
conduto ou túnel.
de

SISTEMAS DE BAIXA PRESSÃO

Questões ligadas à estabilidade operacional de todos os sistemas que


lda

compõem a CH são fatores decisivos na escolha do tipo de arranjo. Uma vez


definido que o arranjo deve ter um sistema de baixa pressão, serão analisados e
dimensionados hidraulicamente cada um dos componentes das possíveis
cu

combinações, canal – câmara de carga ou conduto de baixa pressão – chaminé de


equilíbrio.
Fa

OPERAÇÃO DE CH

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FACULDADE PIO DÉCIMO 63
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Regime Transitório

A estabilidade de um sistema energético elétrico exige que seu planejamento


operacional seja compatível com as características de cálculo, projeto, instalação,
operação e ajustes das centrais que o compõem, sejam elas hidráulicas ou térmicas.

o
Na figura abaixo está representada a modelagem de um sistema de geração
hidrelétrica com seus principais componentes

im
éc
oD
Pi
de
lda
cu
Fa

Modelagem de sistema de geração hidrelétrica.

e, na figura abaixo, esquematicamente, as variações das características


principais com os tempos.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 64
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o
im
éc
oD
Esquema da variação das características em função dos tempos.

Para fins conceituais, inicialmente será suposto um sistema onde o


Pi
fechamento possa ser feito atuando-se diretamente em uma válvula, ao contrário da
situação normal onde o regulador de velocidade atua no distribuidor da TH.
Admitindo que a CH esteja a plena carga com as características v (m/s), P,
de

Pc, Pc1, Pp (KW) e n igual a nn (rpm), no instante t = 0, e que esta carga,


representada por Pc1, seja retirada instantaneamente pela abertura da chave 09, que
conecta a CH com a linha de transmissão 10, obrigando o sistema de regulação,
lda

representado pela válvula 04, a atuar, porém devido a inércia do sistema girante e a
atritos, há um atraso no início do fechamento da válvula 04, definindo um tempo
morto tm (s) durante o qual há um crescimento na rotação n do GG, mantendo-se a
cu

abertura da válvula θ, constante, enquanto P, dependendo da rotação específica da


TH, também se manterá praticamente constante no mesmo período em que n e Pp
Fa

sofrem pequeno aumento. Decorrido tm, a válvula 04 começa a fechar, provocando,


inicialmente, um aumento em P devido às oscilações de pressão em 03. Já v, devido
à turbulência, ainda não varia no primeiro instante do início da abertura. Atingindo P
o seu valor máximo, Pm, a redução de v e o aumento de Pp, faz com que P vá
diminuindo até se igualar a Pp, quando n alcança seu valor máximo, nm. Fenômenos
locais e ao longo do conduto fazem com que v e P se anulem em um tempo tva
menor do que o tempo de fechamento da válvula tv (s). Os valores de n e Pp
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FACULDADE PIO DÉCIMO 65
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começam a cair a partir de seus valores máximos, anulando-se após decorrido o
tempo suplementar ts (s) que depende das massas girantes do GG, dos atritos e da
atuação de freio, caso exista.
O tempo total tt (s) – contado desde o instante da retirada da carga até a
parada total do GG é dado por:

o
tt = tm + t v + ts

im
Tecnicamente há interesse em que tm seja o menor possível para que a
rotação não cresça em demasia até que o sistema comece a fechar.

éc
O tempo tv, sob aspecto do golpe de aríete, deve ser o maior possível, porém
sem que a rotação máxima ultrapasse valores que possam prejudicar o GE. Este

correspondente à rotação nominal do GE. oD


valor máximo da rotação, normalmente não deve ultrapassar de 30 a 50% do

Observa-se, ainda, que tm, tv e ts, logo tt não têm, diretamente, qualquer
influência sobre os problemas ligados às características da linha de transmissão
Pi
e/ou do mercado, já que o GG e a linha, neste caso, não permanecem interligados.
Porém, para variação de carga, com o GG e a linha interligados, as variações de
rotação do GG, para sistema isolado ou sistema onde a potência do GG prepondera,
de

provocam variações na freqüencia do sistema, devendo sua estabilidade ser


analisada. Neste caso, é desejável variações mínimas na freqüencia, com
lda

correspondência na rotação.
Caso o sistema fosse com o regulador de velocidade 06, tudo ocorreria de
modo semelhante ao descrito, sendo que o ponto final seria aquele em que, outra
vez, P = Pp. O tempo decorrido desde tm até que tal fato tenha ocorrido é o tempo
cu

parcial de fechamento do distribuidor da TH td (s), que pode ser diferente de tv,


dependendo do que foi previsto no projeto e na operação da CH. Neste caso, escoa
Fa

através do sistema hidráulico uma vazão Qo com uma velocidade média vo estando
o distribuidor na posição θo, sendo que P é totalmente consumida para manter o GG
em funcionamento com nn.

GOLPE DE ARÍETE

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FACULDADE PIO DÉCIMO 66
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A Mecânica ensina que se um corpo de massa m está parado em relação a
um referencial colocado na Terra ou está em movimento retilíneo em relação a esse
mesmo referencial, a força ou a resultante de forças que atua sobre esse referido
corpo é nula. Assim:

f = m×a

o
im
em que f é a resultante das forças que atuam sobre o corpo, m é a sua massa e a
aceleração impressa pela referida força.

éc
Portanto, se a resultante das forças é nula e o corpo, em princípio, tem massa
de valor m e essa não é nula, resulta:

oD
a=0

Como a aceleração impressa a um corpo é a variação da velocidade com o


tempo, escreve-se:
Pi
dVel
a= =0
dt
de

Para que a variação da velocidade com o tempo seja nula, dois casos se
apresentam:
lda

a) O corpo sob análise está parado em relação ao referido referencial;


cu

ou

b) O corpo sob análise está em movimento retilíneo uniforme em relação ao


Fa

mencionado referencial.

Em ambos os casos, a velocidade, observada como vetor, é constante.


Levando esses ensinamentos da Mecânica Clássica para a Hidráulica, ou
melhor, para um escoamento em uma tubulação, poder-se-á dizer que sempre que o
fluido que flui por essa canalização mudar uma das condições acima, este ficará
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FACULDADE PIO DÉCIMO 67
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submetido a forças. Assim, quando uma válvula é acionada, seja para permitir que o
fluido escoe, seja para detê-lo, seja para variar a sua velocidade, o sistema é sede
de um conjunto de forças.
Quando o fluido viaja com uma velocidade Vel diferente de zero e,
subitamente, os órgãos reguladores da vazão de uma turbina, colocados a montante

o
do rotor e a jusante da tubulação forçada, atuam, tentando deter o fluido ou reduzir
sua vazão, todo o conjunto é submetido a enormes forças, gerando o denominado

im
GOLPE DE ARÍETE. O fenômeno pode ser facilmente aquilatado se o pesquisador
acionar uma válvula de descarga de uma bacia sanitária. O fechamento da válvula é

éc
acompanhado de todo o processo de deter bruscamente o fluido, advindo o GOLPE
DE ARÍETE.
Retornando ao órgão que, na turbina, ocasionou o aumento ou a redução da

oD
vazão, pode-se dizer que o aumento da vazão ocasiona redução da pressão interna
da tubulação forçada e da região lindante ao órgão ocasionador, e uma redução da
vazão ocasiona um aumento brusco da pressão nas referidas vizinhanças e na
Pi
tubulação forçada. Portanto, o dimensionamento da tubulação forçada envolve,
necessariamente, o conhecimento dos valores da sobrepressão e da depressão
ocasionadas, respectivamente, por redução ou por elevação bruscas da vazão do
de

fluido. Tanto os valores assumidos pela sobrepressão como os assumidos pela


depressão são necessários para o dimensionamento da tubulação forçada. Uma
depressão pode atingir valor tal que a tubulação, não resistindo aos esforços de fora
lda

para dentro, é esmagado. Os fenômenos envolvendo a variação da velocidade do


fluido em canalizações foram, em todos os tempos, profundamente analisados com
as ferramentas matemáticas disponíveis em cada época. Nas duas presentes
cu

décadas, importantes estudos são realizados com o emprego da técnica de


elementos finitos. Por outro lado, empregando equações que descrevem o
comportamento de ondas e programas simuladores para computadores, consegue-
Fa

se excelente acompanhamento das fases do fenômeno.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 68
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CANAIS

Características e Recomendações

Para CHD e CHV, o sistema de baixa pressão pode, no seu todo ou em parte,

o
ser em canal. Neste caso, o canal deve ser dimensionado para a vazão de projeto,
devendo suas paredes laterais estarem com cota maior de, pelo menos, 0,20m em

im
relação à cota correspondente ao nível d’água máximo fixado para todo o canal.
Esta garantia, normalmente é obtida do seguinte modo:

éc
→ No caso das reduções de carga da CH, através de extravasor junto à câmara de
carga;
oD
→ No caso de cheias, através do fechamento de comporta junto à tomada d’água ou
da colocação de extravasor em seguida à tomada d’água.
Pi
No que se refere à declividade do fundo do canal, esta deve ser constante e,
no máximo, igual a Ic = 1/2500 = 0,0004 para que a perda no canal seja inferior a 1%
da queda bruta. Preferencialmente, os canais, em sua maior extensão, devem ser
de

construídos em corte, com revestimento no fundo e nas paredes laterais. Na parte


superior da parede em corte, deverá ser previsto canal auxiliar para coletar as águas
que escorrem pelas encostas, conduzindo-as até pontos estratégicos onde, através
lda

de bueiros, atravessam o canal e retornam ao rio.


Na figura abaixo, está representada a seção transversal típica para canal e
os valores recomendados para taludes, velocidades médias máximas do
cu

escoamento, coeficiente de Bazin das paredes e valores de b/h que resultam em


máxima vazão para o escoamento. Esta relação foi obtida, impondo-se condição de
Fa

ângulo de taludes iguais, isto é, θ1 = θ2 = θ:

Seção transversal de canal com suas características geométricas.


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FACULDADE PIO DÉCIMO 69
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DESARENADOR

Características

No sistema de baixa pressão para as CHD e CHV e antes da entrada no

o
conduto forçado para as CHR, deve ser prevista uma região onde o escoamento
possua baixa velocidade de modo que os sedimentos em suspensão possam ser

im
depositados e posteriormente retirados. Esta região é denominada desarenador,
podendo, no caso do sistema de baixa pressão com canal, ser uma parte deste

éc
limitada por comportas desmontáveis que facilitarão sua limpeza.
Na figura abaixo, no detalhe F está representada a trajetória de uma partícula
em suspensão no interior do escoamento de diâmetro d (m) que, em cada um de

oD
seus pontos, está sujeita às seguintes velocidades:
→ v (m/s) – velocidade horizontal do escoamento;
→ vv (m/s) – velocidade vertical de sedimentação da partícula, em água parada;
Pi
→ va (m/s) – velocidade da partícula devido à turbulência do escoamento.

v a = a × v ≅ 0,04 × v
de
lda
cu
Fa

Elevação em corte e planta de um desarenador de fundo horizontal com suas


características, mostrando no detalhe F a trajetória de uma partícula solida.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 70
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CÂMARA DE CARGA

Conceitos – Objetivos

o
A câmara de carga é a estrutura que interliga o canal com o conduto forçado.
Sob o aspecto hidráulico, a câmara de carga deve ser dimensionada para

im
atender duas condições críticas de operação da CH:

éc
→ Em partida brusca, garantir que não entre ar no conduto forçado;
→ Em parada brusca, garantir a estabilidade funcional da câmara de carga e do
canal adutor.
oD
Para atender à primeira condição, é indispensável que o volume d’água útil
armazenado na câmara de carga seja compatível com a variação da vazão, desde
Pi
zero até seu valor máximo.
A segunda condição pode ser atendida com dimensionamento de um
extravasor lateral no canal adutor, o mais próximo possível da câmara de carga, que
de

absorva as oscilações do nível na câmara de carga oriundas das variações de carga


no GG, escoando a vazão em excesso.
O dimensionamento hidráulico a ser metodizado, procura determinar
lda

dimensões, objetivando a segurança operacional da CH e utiliza as seguintes


hipóteses gerais:
cu

→ Fluido isento de atrito;


→ Tempos nulos para as celeridades;
Fa

→ Canal e câmara de fundo plano, sendo esta de seção transversal retangular;


→ nível d’água de referência horizontal e coincidente com o nível da crista do
extravasor lateral, localizado no canal adutor junto à câmara de carga.

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CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO

Aspectos Gerais

Ao acionar uma válvula de abertura ou de fechamento ou de mudança de

o
regime em uma tubulação, estão se estabelecendo condições transitórias que,
notadamente, mudam as condições anteriores a que estava submetido o fluxo

im
hidráulico. Essas condições de transição são acompanhadas da geração de ondas
de energia que percorrem, fundamentalmente, a TUBULAÇÃO FORÇADA e

éc
alcançam a CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO, porém estão ligadas aos comprimentos e
às seções retas de toda a tubulação de adução. Essas ondas energéticas, que
percorrem a tubulação a elevadíssimas velocidades, são ondas de pressão e

oD
somente cessam quando um novo regime permanente é alcançado. A esse
fenômeno, típico de fechamento de válvulas de descarga em banheiros, dá-se o
nome de GOLPE DE ARÍETE. A CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO, colocada no início da
Pi
tubulação forçada, é o elemento extravasor dessa onda de pressão. O nível do
líquido na chaminé de equilíbrio se eleva, quando o órgão adutor da turbina é
bruscamente fechado ou reduzida a vazão dela, convertendo parte da energia de
de

pressão trazida pela onda de energia, em energia de posição. Em seguida, o nível


da chaminé se reduz e uma onda de retorno, nascendo na chaminé vai de encontro
à válvula que gerou a perturbação. Nova pressão intensa sobre o fluido. Nova onda
lda

de retorno em direção à chaminé, e assim a energia portada pelo fluido, nessas


condições transitórias, vai dissipando-se em atrito com a tubulação. Junto à válvula
que causou a mudança de regime, normalmente colocada a jusante da tubulação
cu

forçada ou na parte terminal da tubulação forçada, o aumento de pressão causado


por essas ondas de energia é elevadíssimo e exige do projetista toda a atenção.
Esse fenômeno, atualmente estudado por ferramenta matemática denominada
Fa

“elementos finitos”, pode ser estudado em toda sua extensão. Na presente obra,
usar-se-ão formulas estudadas por competentes pesquisadores para a determinação
dessa sobrepressão local e dimensionamento da espessura da tubulação para
suportar essas condições transitórias.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 72
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Na figura abaixo, mostram-se formas de apresentar uma CHAMINÉ DE
EQUILÍBRIO. Esses modelos são clássicos e suas variações se fazem presentes
nos aproveitamentos hidrelétricos. O modelo mostrado na figura (a) é bastante
representativo e muito interessante para a compreensão da forma de operar da
CHAMINÉ.

o
im
éc
oD
Pi
Figura 9.1: Chaminés de Equilíbrio.

Para a figura acima:


de

1: Chaminé de Equilíbrio com Câmara de Expansão.


2: Chaminé de Equilíbrio com Dupla Câmara de Expansão.
lda

3: Chaminé de Equilíbrio com Esmagamento.


4: Chaminé de Equilíbrio com Esmangulamento.
5: Chaminé de Equilíbrio com Seção Constante.
cu

NECESSIDADE DA INSTALAÇÃO DA CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO


Fa

A finalidade primacial da chaminé de equilíbrio é amortecer os efeitos


oriundos das manobras dos órgãos adutores das turbinas. A presença da chaminé
de equilíbrio na tubulação nem sempre é necessária, porém quase sempre é muito
eficaz. Segundo a obra: Manual de Minicentrais Hidrelétricas, do DNAEE –
Eletrobrás, a condição necessária para a presença da chaminé de equilíbrio esta
ligada ao comprimento relativo da tubulação de adução, segundo a equação:

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FACULDADE PIO DÉCIMO 73
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L TP + L TF
k CH =
H TOP
Assim, quando:

k CH > 5

o
existe a necessidade de colocação da chaminé de equilíbrio.

im
Quando:

k CH ≤ 5

éc
o projetista da tubulação de adução pode abrir mão do emprego da chaminé de
equilíbrio.

oD
Pi
de

Elevação e redução do nível da água na chaminé de equilíbrio.


Para a figura acima:
lda

1: Reservatório superior / 2: Barragem / 3: Tomada de água / 4: Grade e limpa-


grade / 5: Tubulação de pressão / 6: Chaminé de equilíbrio / 7: Tubulação forçada
8: Apoio da tubulação de pressão / 9: Ancoragem da chaminé de equilíbrio
cu

10: Ancoragem da tubulação forçada


Fa

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FACULDADE PIO DÉCIMO 74
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SISTEMAS DE ALTA PRESSÃO

O sistema de alta pressão das CH, composto dos condutos forçados com
seus pertences e dos blocos de apoio – selas – e de ancoragem. O
dimensionamento dos condutos forçados será feito considerando o custo mínimo e o

o
benefício máximo, enquanto os blocos, tanto de apoio como de ancoragem, por
meio de fixação de geometrias, serão padronizados, permitindo elaborar programa

im
computacional para dimensioná-los rápida e seguramente.

éc
CONDUTO FORÇADO

Tipos e Limitações

oD
No que se refere ao material utilizado, os condutos forçados das CH podem
ser de chapas de aço soldadas, aço laminado sem costura, ferro fundido, cimento-
Pi
amianto, PVC ou madeira, dependendo das condições técnicas e econômicas
existentes.
Quanto à instalação dos condutos, pode ser feita a céu aberto ou podem ser
de

enterrados, quando não necessitarem de juntas de dilatação, apresentando, porém,


neste caso, maiores problemas de manutenção.
O número de condutos forçados por CH depende principalmente de fatores
lda

econômicos, já que, em princípio, o custo cresce com o aumento do seu número ou


do seu diâmetro. Assim, para diâmetro maior do que 4m, estudo técnico e
econômico deverá recomendar um conduto forçado para alimentar cada TH e não o
cu

uso de um só conduto forçado de maior diâmetro com bifurcações para cada TH.

BLOCOS DE APOIO – SELAS – E DE ANCORAGEM


Fa

Esquemas e Convenções

Na figura abaixo representa-se, em projeção vertical, o trecho de um conduto


forçado com seus blocos de apoio – selas – e de ancoragem.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 75
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o
im
éc
Projeção vertical de trecho de conduto forçado com seus blocos e selas.

BLOCOS DE APOIO – SELAS oD


As selas devem ser dimensionadas para, adequadamente, suportar os
Pi
esforços, apresentar custo e ter uma geometria que facilite sua construção. Na figura
abaixo, está representada uma sela com suas principais características geométricas.
Para que facilmente as águas pluviais possam escoar e a manutenção ser feita, a
de

distância mínima do conduto em relação ao solo deve ser de:


E min = 0,25 × D
lda

A base da sela, de seção C·B, deve assentar em rocha ou terreno firme


formado por areia grossa ou argila compacta.
cu
Fa

Características geométricas das selas.


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FACULDADE PIO DÉCIMO 76
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GRUPOS GERADORES

Os GG são o coração das CH, uma vez que respondem, diretamente, pelas
transformações e qualidade das energias, pela estabilidade e segurança operacional

o
dos sistemas que conduzem e suportam as massas energéticas, além de serem o
ponto de partida para o dimensionamento físico da casa de máquinas e de todos os

im
pertences utilizados na montagem, operação e manutenção. Tais encargos mostram
a importância de serem realizados estudos minuciosos que levem, em condições

éc
otimizadas, à escolha, dimensionamento e especificação de seus componentes, de
suas instalações e interligações, afim de que a operação e a manutenção possam
ocorrer dentro de planejamentos específicos.

Tipos – Componentes
oD
Pi
Nas figuras abaixo são representados os tipos de GG, com eixo horizontal,
acoplamento direto e com amplificador de rotação, bem como seus componentes,
incluindo quadro de comando e proteção, indicando simbologia e denominação das
de

potências e das rotações.

P – potência hidráulica disponível. Pe – potência no eixo da TH. Pel – potência


lda

elétrica nos bornes de saída do GG. nT e nG – rotações da TH e do GE.


cu
Fa

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FACULDADE PIO DÉCIMO 77
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o
im
éc
Componentes de GG de eixo horizontal e acoplamento direto.

oD
Pi
de

Componentes de GG de eixos horizontais e sistema de amplificação de rotação.


lda

As disposições da TH e do GE com eixos horizontais, são as mais usadas em


PCH. As GCH, normalmente, usam acoplamento direto e eixo vertical, o que implica
cu

na necessidade de mancais de guia e de escora. Também como as massas


rotativas, na GCH, geralmente possuem grandes inércias, particularmente a do GE,
pode ser dispensada a massa adicional concentrada no volante.
Fa

O dimensionamento e a especificação dos componentes dos GG, do quadro


de comando e proteção, partem da determinação do número de GG mais
conveniente para a CH e da caracterização das TH.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 78
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TURBINAS HIDRÁULICAS – TH

Classificação – Tipos

As TH, segundo a ABNT, são classificadas em dois tipos:

o
→ TH de ação, quando o escoamento através do rotor ocorre sem variação de

im
pressão;
→ TH de reação, quando o escoamento através do rotor ocorre com variação de

éc
pressão;

TURBINAS DE AÇÃO

FUNDAMENTOS:
oD
Pi
Turbinas de ação são conversores hidrodinâmicos que operam com a energia
cinética da água, recebendo energia na forma mecânico-hidráulica e fornecendo na
forma mecânico-motriz. Toda energia potencial do aproveitamento, a menos das
de

perdas na tomada de água e nas canalizações de pressão e forçada, é transformada


em energia cinética antes de chegar às conchas do rotor da turbina. Na atualidade, a
turbina de ação mais conhecida e empregada é a Pelton que é uma turbina de ação,
lda

de jato livre ou de livre desviação.


cu
Fa

Vista simplificada de uma turbina Pelton dotada de um injetor.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 79
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Para a figura acima:

1: Tubulação forçada. 6: Jato de água.


2: Flanges. 7: Rotor Pelton.
3: Válvula borboleta 8: Aletas do rotor.

o
4: Injetor Pelton. 9: Desviador
5: Eixo do servomotor. 10: Comando do desviador

im
éc
AS TURBINAS PELTON:

Aspectos Gerais

oD
Segundo A. J. Macintyre, em sua obra Máquinas Motrizes Hidráulicas, no
Brasil, existem poucas localidades que oferecem possibilidade de implantação de
Pi
parques geradores que empreguem turbinas Pelton, porque, tradicionalmente, elas
devem operar com quedas suficientemente elevadas. Em geral, somente na Serra
do Mar existem encostas com diferenças de altura concentradas de 300m ou mais.
de

Esses locais, porém, possuem mananciais geralmente muito pequenos. É na região


da Serra do Mar que estão localizadas as poucas usinas que operam turbinas
Pelton, usinas que podem ser classificadas como de grande potência. A Usina de
lda

Cubatão, no estado de São Paulo, tem queda de cerca de 700m e deriva seu
abastecimento da bacia hidrográfica do Rio Tietê. A de Itatinga, da Companhia
Docas de Santos, tem, aproximadamente, 660m; a de Macabu, da Companhia
cu

Brasileira de Energia Elétrica, com 350m de queda, tem derivação do Rio Macabu
para a bacia do Rio Macaé. Essas quedas encontram-se muito perto ou acima do
limite tradicional de aplicação das turbinas Francis. Na Usina de Fontes, do Sistema
Fa

Rio-Light, com cerca de 340m de queda, foram instaladas, no começo do século,


turbinas Pelton, porém, na ampliação da referida usina, que começou no ano de
1939, foram instalados três grupos de turbina-gerador, operando turbinas Francis. A
filosofia Francis, certamente, indicaria para esse aproveitamento, hoje, turbinas
Francis.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 80
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Operação de uma Turbina Pelton

As Pelton são turbinas de ação e operam com injetor ou injetores que dirigem
um jato de água contra as pás de um rotor, que se denominará “RODA PELTON”. O
número de pás da roda Pelton, seu diâmetro e a sua velocidade angular estão

o
imediatamente ligados à altura topográfica do aproveitamento e à potência mecânica
da turbina. A roda Pelton pode receber água vinda de um ou mais injetores, cujo

im
número depende do tamanho das pás da roda ou do rotor e da vazão total firme do
aproveitamento. Uma turbina que possua um só injetor ganha em simplicidade e em

éc
preço, porém, as pás do rotor assumem dimensões tais que acabam permitindo a
colocação de um número limitado delas do perímetro do corpo da roda. Quando a
vazão firme cresce, o número de injetores deve crescer, conseguindo-se assim, pás

oD
menores para o rotor e um número maior de pás. Com base em inúmeras
experiências realizadas com rotores Pelton, nos mais variados aproveitamentos,
estabeleceu-se relação entre o Raio do Rotor Pelton, que é determinado pela
Pi
distância entre o centro do jato que chega do injetor e o centro do eixo da turbina e o
Diâmetro do Jato, e essa relação não deve ser menor do que 8:
Rrotor
m= ≥8
de

d jato
lda
cu

Jato de água deixando o injetor e rotor Pelton.


Fa

Para a figura abaixo:


1: Eixo do servomotor de controle. 5: Concha ou pá Pelton.
2: Tubulação forçada. 6: Rotor Pelton.
3: Injetor de água. 7: Desviador do jato.
4: Jato de água. 8: Comando de desviador.
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FACULDADE PIO DÉCIMO 81
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O pesquisador Gerber determinou, experimentalmente, relação entre a queda
ou altura topográfica HTOP e o mínimo valor para o coeficiente m. Esta relação é vista
no quadro abaixo:

Valores mínimos para o coeficiente m, função da altura topográfica.

o
H(m) 400 500 600 750 1000 1500 2000
M(mínimo) 8 9 10 11 14 19 24

im
O quadro acima tem seu início em uma queda ou altura topográfica de 400m.

éc
Isso não quer dizer que não se possam empregar turbinas Pelton em alturas
inferiores e sim que, para alturas inferiores, existem turbinas com comportamentos
mais adequados, por exemplo, com rendimentos melhores. As turbinas Francis, por
oD
exemplo, podem ser uma boa opção para quedas inferiores a 400m.
Com a finalidade de elevar a velocidade angular da turbina e reduzir o
diâmetro do rotor, foram construídas rodas Pelton dotadas de dois rotores operando
Pi
no mesmo eixo. Dessa forma, os rotores são menores, mais velozes, a descarga é
repartida sobre o dobro do número de injetores e, consequentemente, ocorre a
redução do diâmetro de cada jato e, portanto, de cada rotor, guardada a relação m
de

de Gerber.

ÓRGÂOS COMPONENTES DE UMA TURBINA PELTON


lda

Com o desenvolvimento tecnológico e com o aumento da potência individual


das máquinas geradoras, a turbina Pelton foi aumentando em complexidade. Na
cu

atualidade, essas turbinas podem operar com eixo horizontal, trabalhando com um
ou dois rotores colocados um em cada ponta mecânica do eixo, ou podem trabalhar
Fa

com eixo vertical e muitos injetores ao redor do rotor.

O ROTOR DA TURBINA PELTON

O rotor ou rotores de uma turbina Pelton são constituídos de uma coroa


circular ao redor da qual são fixadas, por parafusos ou arrebites, as pás ou conchas.
Essas conchas têm formato de uma colher dupla. Tudo se passa como se duas
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FACULDADE PIO DÉCIMO 82
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colheres fossem moldadas lado a lado, formando um septo central. O jato de água é
recebido exatamente nessa linha divisória entre as duas colheres e se divide em
duas metades, desenhando, cada um, um arco de pouco mais de 120º,
contrabalançando, mutuamente, os empuxos axiais provenientes de cada ramo do
jato, pela mudança de direção de cada metade do referido. A figura abaixo mostra,

o
em vista transversal superior, uma concha Pelton e a direção tomada por cada
metade do jato. Observar que, se a roda Pelton estiver freada, as metades oriundas

im
do jato fundamental, praticamente, voltam-se para trás.

éc
oD
Vista transversal superior de uma concha.

Para a figura acima:


Pi

1: Bico injetor. 4: Jato bipartido.


de

2: Jato de água. 5: Sentido de movimento da pá.


3: Pá do rotor (concha).
lda

Quando a roda ganha movimento, ela viaja para frente com velocidade VR e
os jatos formados, com velocidades VS, como mostra a referida figura e a água,
ganhando uma velocidade que é a composição vetorial das velocidades, entrega o
cu

máximo de energia às conchas e deixa a roda, praticamente, na direção axial.

O INJETOR DA TURBINA PELTON:


Fa

Denomina-se injetor o elemento que está colocado à saída da tubulação


forçada e tem por finalidade:

a) Orientar o jato de água em direção tangencial ao rotor Pelton, de forma que ele
toque as conchas na linha divisória entre as duas colheres;
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FACULDADE PIO DÉCIMO 83
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b) Como a velocidade do jato é praticamente constante, o injetor, por meio do
movimento de uma “agulha reguladora”, adequa a vazão modificando o diâmetro do
referido e ajustando à potência da turbina;
c) Um potente servomotor hidráulico, atuando diretamente na “agulha reguladora”,
movimenta a referida para frente ou para trás, modificando o diâmetro do jato e,

o
consequentemente, a vazão da turbina.

im
O FUNCIONAMENTO DO INJETOR DA TURBINA PELTON:

éc
O injetor Pelton possui internamente a “agulha reguladora” que permite
ajustar o diâmetro do jato de água às condições de potência e, consequentemente,
de vazão da turbina. A agulha reguladora é movimentada por um servomotor

oD
hidráulico. No eixo da agulha, existe um pistão cuja finalidade é equilibrar as forças
de arrasto que atuam sobre a agulha, reduzindo a potência necessária para que o
servomotor faça a sua tarefa. Juntamente com o injetor e fazendo parte do conjunto,
Pi
existe um desviador do jato, que pode atuar rapidamente, desviando o jato em parte
ou no todo e impedindo que ele atinja as conchas. Com essa operação a potência
da turbina é cortada numa emergência, típica de um curto-circuito no gerador ou nas
de

proximidades dele, ou retirada brusca da carga da turbina, ocasionada pela atuação


da proteção do sistema elétrico. A figura abaixo mostra a construção de um
INJETOR PELTON e dos elementos que o compõem.
lda
cu
Fa

O injetor Pelton e seus componentes.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 84
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Para a figura acima:

1: Tubulação forçada. 6: Desviador do jato.


2: Flanges. 7: Suporte do desviador.
3: Pistão de equilíbrio. 8: Eixo de comando do desviador.

o
4: Agulha reguladora. 9: Eixo do servomotor.
5: Jato de água.

im
O SERVOMOTOR DO INJETOR DA TURBINA PELTON:

éc
O servomotor é um sistema hidráulico que, por meio da movimentação de um
fluido, no caso, um óleo hidráulico, desempenha um trabalho mecânico. O

oD
servomotor hidráulico pode ser muito simples, formado por um pistão dotado de uma
camisa no interior da qual se movimenta, impulsionado pela pressão do óleo, um
êmbolo. O pistão é dotado de duas tampas, que possuem orifícios pelos quais o óleo
Pi
pode entrar ou sair. O eixo do pistão está ligado diretamente à agulha reguladora e,
por meio deste, transmite à agulha os esforços oriundos do êmbolo, o qual pode se
movimentar nos dois sentidos, trazendo a agulha reguladora para frente e para trás.
de

Na figura abaixo, pode-se acompanhar a forma de operar dessa máquina de força. A


bomba, acionada por um motor elétrico, transmite energia para o fluido que a conduz
ao pistão. A válvula reguladora de fluxo, colocada a meio caminho entre o
lda

reservatório de óleo e o pistão, sob comando do controlador de velocidade da


turbina, coloca o óleo hidráulico na parte anterior ou na parte posterior do pistão,
movendo o êmbolo em um ou no outro sentido.
cu
Fa

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FACULDADE PIO DÉCIMO 85
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o
im
éc
Servomotor hidráulico.
Para a figura acima:
1: Pistão.
2: Camisa.
oD 6: Válvula reguladora do fluido.
7: Eixo de comando do regulador.
3: Êmbolo. 8: Depósito de óleo.
Pi
4: Eixo de movimento. 9: Filtro de óleo.
5: Tubulação de óleo. 10: Bomba de óleo.
de

DISPOSIÇÃO DE EIXO DAS TURBINAS PELTON


lda

Aspectos Gerais

As turbinas Pelton, no passado, somente operavam a eixo horizontal devido


cu

às limitações construtivas dos geradores eletromecânicos. Atualmente, podem-se


encontrar grupos turbina-gerador Pelton operando a eixo horizontal e a eixo vertical.
Fa

Na operação a eixo horizontal, a turbina pode operar com um ou com dois rotores ou
pode operar um gerador acionado por duas turbinas, uma colocada em cada ponta
do eixo motor. O número de injetores que atuam sobre cada rotor, pode ir de um a
seis, dependendo da vazão, da potência ou da altura topográfica a ser vencida.
Como um aumento da vazão leva a um aumento do tamanho das conchas do rotor,
passou-se a adotar um número maior de injetores por rotor. O aumento do número

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FACULDADE PIO DÉCIMO 86
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de injetores aumenta a complexidade da distribuição da água aos injetores, porque
estes ficam distribuídos ao redor da circunferência do rotor. Dessa forma, uma das
soluções foi adotar a posição vertical para o eixo das turbinas Pelton. Com a adoção
do eixo vertical outros problemas surgiram, tal como a exaustão do fluido que
demanda a turbina. Nesse ponto, adotou-se a técnica de pressurização da turbina a

o
partir do uso de ar comprimido, criando-se a turbina pneumática.
Na figura abaixo, um rotor Pelton opera o eixo vertical e recebe o fluido a

im
partir de quatro injetores distribuídos ao longo da circunferência do referido.

éc
oD
Pi
Rotor Pelton acionado por quatro injetores.
de

Turbinas a Eixo Vertical


lda

Com a colocação da turbina a operar a eixo vertical e com a retirada da água


a pressão de ar, a turbina Pelton tornou-se mais complexa, porém a casa de
cu

máquinas tornou-se mais baixa, porque a turbina fica abaixo da linha do piso
acabado e o conjunto gerador-turbina ganha a forma de conjuntos outros que
Fa

operam com turbinas de reação, como Francis, Kaplan ou Hélice. Atualmente,


existem as turbinas Dériaz, que funcionando o fluxo diagonal, formam uma evolução
das turbinas Francis Ultra-Velozes.
O rendimento das turbinas Pelton modernas é grande, podendo equiparar-se
às modernas turbinas a reação tipo Francis e Kaplan.

CONCLUSÕES
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FACULDADE PIO DÉCIMO 87
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As turbinas Pelton podem ser analisadas como turbinas modernas, atuais.


Com esse tipo de turbina tem-se conseguido vencer alturas topográficas superiores
a 1500m e vazões relativamente grandes, de forma que uma turbina Pelton de eixo
vertical pode atingir potências na casa dos 100.000cv ou mais. No quadro abaixo,

o
apresentam-se alguns aproveitamentos brasileiros e algumas de suas
características.

im
éc
oD
Alguns aproveitamentos hidrelétricos Pelton, no Brasil.
Pi

TURBINAS DE REAÇÃO
de

Definição
lda

Turbina de reação é uma máquina hidráulica que converte energia mecânico-


hidráulica, das formas cinéticas e de pressão, em energia mecânico-motriz. A água,
à saída do rotor, pode estar a pressão positiva, negativa ou nula em relação à
cu

pressão atmosférica. A base fundamental da operação de uma turbina hidráulica de


reação pode ser analisada a partir da forma de operar de um “torniquete hidráulico”.
Fa

Os torniquetes hidráulicos são dispositivos usados na irrigação de jardins e


trabalham aspergindo a água em regime rotativo. A movimentação em torno do eixo
do torniquete hidráulico se deve à energia cedida pela própria água ao torniquete,
num processo de conversão de energia. O torniquete endereça a água, de forma
tangencial, num sentido, produzindo uma ação. As forças oriundas da reação dessa
ação movimentam o torniquete em sentido contrário à saída da água. Na figura

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abaixo, mostra-se um torniquete hidráulico. Observar que a água chega ao
torniquete de forma axial e deixa-o, de forma tangencial.

o
im
Torniquete hidráulico.

éc
Rotor de uma turbina de reação é o membro móvel que, recebendo energia
mecânico-hidráulica do fluido, converte-a em energia mecânico-motriz e, por meio

oD
de um eixo motor, leva esta a uma máquina elétrica que, recebendo energia
mecânico-motriz, converte-a em energia elétrica. Uma turbina, na maioria das vezes,
possui um único rotor, porém existem projetos, normalmente usando o rotor Francis,
que operam com dois rotores colocados no mesmo eixo, recebendo energia do
Pi
mesmo caracol da turbina e acionando um único gerador. Por outro lado, é bastante
conhecida a montagem na qual é colocada uma turbina individual em cada ponta
mecânica do gerador. São duas turbinas acionando um único gerador. A figura
de

abaixo mostra uma turbina Francis a eixo horizontal operando com dois rotores.
lda
cu
Fa

Turbina Francis a eixo horizontal operando com dois rotores.

Para a figura acima:

1: Caracol da turbina. 4: Eixo motriz.


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2: Tubo de aspiração. 5: Flanges do acoplamento.
3: Canal de fuga. 6: Gerador.

O ROTOR DE FOUNEYRON

o
Desde remotas eras, observam-se, com muita atenção, o comportamento da
água e os fenômenos produzidos por ela. Civilizações muito anteriores à Era Cristã

im
já faziam obras hidráulicas vinculadas à irrigação e ao armazenamento de água. Os
gregos conceberam as primeiras máquinas hidráulicas para bombeamento, com

éc
finalidade de retirar água dos porões dos navios.
No século XVII, apareceram as primeiras máquinas hidráulicas concebidas
segundo as teorias físicas e os fundamentos matemáticos que são empregados na

oD
atualidade. Muitas turbinas foram concebidas nessa época e algumas alcançaram o
nosso tempo.
Em 1833, apresentou-se, na Europa, a turbina Fourneyron que foi uma das
Pi
primeiras a ser fabricada em escala comercial. Era empregada, inicialmente, no
acionamento de moinhos de grãos, serrarias e nos nascentes processos industriais.
Essa turbina recebia água de forma axial e a remetia de forma radial. O rotor da
de

referida turbina possuía a forma mostrada na figura abaixo.


lda
cu
Fa

Rotor de uma turbina Fourneyron.


Para a figura acima:

1: Eixo do rotor. 3: Aletas do rotor.


2: Receptor da água. 4: Pivô de apoio.

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O rotor fourneyron possuía um tubo receptor vertical pelo qual a água era
recebida e conduzida ao conversor propriamente dito. Na parte inferior desse tubo
de recepção, ficava o conversor de energia e era formado por dois discos paralelos
que serviam de apoio para as aletas do rotor. Essas aletas, inclinadas em relação
aos raios do rotor, interceptavam a água. Uma composição de forças atuando sobre

o
as aletas resultava numa força, de direção tangencial, que produzia um movimento
em torno do eixo do rotor, movimentando-o. Esse eixo motriz passava ao longo de

im
todo o rotor. Na sua parte inferior, formava um pivô de apoio que, assentado
rigidamente no canal de fuga, era o ponto de descarga das forças axiais portadas

éc
pelo eixo do rotor. Na parte superior do rotor, saindo pelo tubo receptor, o eixo
motriz portava energia mecânica-motriz para realização de trabalho. As máquinas
elétricas só alcançaram escala industrial no final do século XIX (por volta de 1985).

oD
Por essa razão, a energia mecânico-motriz desenvolvida pelas nascentes turbinas
não era convertida em energia elétrica e sim utilizada de forma mecânica, direta, por
meio de eixos, correias e polias. Essa transmissão direta de energia é ainda
Pi
empregada em instalações hidráulicas acionadas por rodas d’água.

O ROTOR FRANCIS
de

Por volta de 1847, o engenheiro americano Francis, observando a forma de


operar das turbinas fourneyron e receber e de exaurir a água que chega a um rotor
lda

de uma máquina hidráulica. Sua proposta era entregar água ao rotor da turbina de
forma radial centrípeta e retirar água de forma axial. Seguindo essa proposta,
construir seu primeiro rotor que, posteriormente, denomina-se, evoluindo e
cu

ganhando outras formas para atender às solicitações muito díspares. Na atualidade,


os ROTORES FRANCIS, associados a variados dispositivos de controle de vazão e
de rotação, formam as TURBINAS FRANCIS. Na figura abaixo, mostra-se um
Fa

fundamental rotor da filosofia Francis, associado a dispositivos reguladores e


direcionadores da água que chega ao rotor.

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o
im
Rotor Francis e alguns dispositivos acessórios.
Para a figura acima:

éc
1: Pá Diretora fixa. 3: Rotor Francis.
2: Pá Diretora Móvel . 4: Eixo do Rotor

oD
Dessa forma, pode-se dizer que a FILOSOFIA FRANCIS trouxe:

a) Entrada da água: axial.


Pi
b) Saída da água: Axial.

O pivô de apoio existe nos rotores Fourneyron foi, inicialmente, incorporado


de

por Francis e, posteriormente, abandonado em face de dificuldade inerentes à sua


manutenção e em face de outras soluções e encontradas para descarregar os
esforços axiais presentes no rotor das referidas turbinas.
lda

O ROTOR OBLÏQUO

Desenvolvimento por Lawaczeck no início do século XX, o Rotor OBLÏQUO


cu

pode ser visto como uma evolução do rotor Francis. As aletas do ROTOR OBLIQUO
abrem-se, gradativamente, para baixo e ganham o desenho de pás propulsoras de
um motor de popa usado em pequenas embarcações. Essas aletas são fixas e
Fa

autoportadas. Pela geometria que apresentam e pelas características quando


comparados com outros, os rotores oblíquos podem ser classificados como
conversores de elevada velocidade específica, adequados a turbinas desenhadas
pra pequenas alturas disponíveis (inferiores a 60m). Por possuírem pás fixas são
indicados para vazão nominal, ponto em que o rendimento da turbina que porta o
rotor oblíquo é máximo. A figura abaixo mostra um rotor oblíquo com:
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1: Cubo Hidrodinâmico. 3: Pá ou Aleta do Rotor .


2: Eixo Motor. 4: Ponta de Eixo e sistema de fixação.

o
im
éc
oD
Pi
O Rotor Oblíquo
de
lda

O ROTOR HËLICE FIXA

Proposto por volta de 1910, o rotor HÉLICE fixa pode ser visto como uma
evolução do rotor oblíquo. As aletas do rotor hélice fixa prendem-se ao cubo
cu

hidrodinâmico e abrem-se radicalmente, ganhando o desenho de pás propulsores de


um navio de grande porte. Essas aletas do rotor são fixas e autoportadas. Pela
Fa

geometria e pelas características que apresentam quando comparadas com outros


rotores, podem ser classificados como conversores de elevada velocidade
específica, adequados a turbinas desenhadas para pequenas alturas disponíveis (
inferiores a 50 m) . Por possuírem pás fixas são indicados para tarefas nas quais a

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vazão da água é praticamente constante e próxima de 70% da vazão nominal,
ponto em que o rendimento da fixas são indicadas para tarefas nas quais a vazão da
água é praticamente constate da turbina, dotada de rotor hélice fixa , é máximo . A
figura 6.6 mostra um rotor hélice fixa, com:
O Rotor Hélice Fixa.

o
1: Cubo Hidrodinâmico . 3: Pá ou Aleta do Rotor .

im
2: Eixo Motor . 4: Ponta de Eixo e Sistema de Fixação

éc
Em item posterior, observar-se-á que a turbina hélice fixa tem curva
Rendimento versus Vazão muito aguda, fazendo com que, a ema vazão de 30% da
vazão nominal, o rendimento da turbina seja praticamente nulo, como mostra a

oD
figura abaixo. Na mesma figura, para afeito de comparação, coloca-se a curva do
rendimento de uma turbina que opera com rotor kaplan, que também é um rotor da
família hélice, porém suas pás são móveis, podendo ajustar-se muito rio do estado
Pi
São Paulo, todas as turbinas em operação são da família Kaplan. No Salto de
Avanhandava, a permissionária Companhia paulista de força e Luz – CPFL -
possuía um apequena usina com duas turbinas hélice ( de pás fixas) que
de

acionavam dois geradores síncronos operado a eixo vertical. Com a construção da


usina de Nova Avanhandava, no Rio Tietê, essa pequena usina ficou sob as águas
do referido rio. Rio Tietê, trabalha com três turbinas que empregam rotores Kaplan,
lda

acionando geradores síncronos e gerando uma potência total de 300 MW.


cu
Fa

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Curva rendimento versus vazão percentual para o Rotor Hélice Fixa

Para a figura acima:

1: Hélice. 2: Kaplan.

o
O ROTOR KAPLAN

im
Desenvolvido por volta de 1912, pelo professor Kaplan, esse rotor só se
tornou comercial por volta 1920. As turbinas que empregam esses rotores são

éc
classificados dentro de 1920. As turbinas que empregam esses rotores são
classificados dentro da grande família das turbinas hélices. Porém, os rotores

forma como foram


oD
Kaplan já não podem ser encarados como uma evolução do rotor Francis, da
os rotores oblíquos e hélice fixa. As aletas do rotor Kaplan
prendem-se ao cubo hidrodinâmico e abrem-se radialmente, ganhando o desenho
das helices propulsoras de um avião de motor a combustão, com passo ajustável.
Pi
Essas aletas giram ao redor de seus eixos e são acionados por um sistema
mecânico colocado na metade do rotor exige grande força que é suprida por um
servomotor hidráulico colocado no interior do eixo motor da turbina, eixo que é
de

vazado longitudinalmente. A canalização de óleo, que tem um furo axial ao longo de


todo seu comprimento. Dessa forma, as aletas do rotor Kaplan são ajustadas à
lda

vazão da turbina. Na maioria dos casos, as turbinas acionam geradores síncronos.


Como os geradores síncronos têm velocidade angular vinculada à freqüência, e
como a freqüência dos sistemas geradores de energia elétrica é constante. Assim, a
cu

movimentação das aletas do rotor permitem ajustar a potência gerada pela turbina à
potência solicitada pelo gerador, e isso se faz ajustando a vazão da referida turbina.
A equação abaixo permite observar a relação existente entre a velocidade angular
Fa

do conjunto turbina- gerador e a freqüência do sinal de tensão gerado:

120. f
Ns =
p

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Pela geometria e pelas características que apresentam, quando comparados
com outras rotores, podem, também, ser classificados como conversores de energia
de elevada velocidade específica, adequados a turbinas desenhadas para pequenas
alturas disponíveis ( inferiores a 50m ). Por possuírem pás ou aletas móveis no rotor,
essas turbinas são indicadas para tarefas nas quais a vazão de água apresenta uma

o
banda de variação bastante larga. Em vazões próximas de 70% da vazão nominal, o
rendimento da turbina é máximo e é o ponto ótimo e operação dela. A figura 6.7

im
mostra curvas de rendimento versus vazão para genéricas turbinas hélice fixa e
Kaplan. A figura abaixo mostra um rotor Kaplan, em que:

éc
1: Cubo Hidrodinâmico
2: Pás ou Aletas Móveis.
3: Ogiva.
4: Perfil de Entrada para a Água .
oD
5: Furo Central para o eixo de Comando das Pás.
Pi
6: Haste de Comando.
7: Eixo do Servomotor Hidráulico.
de
lda
cu

O Rotor Kaplan

O ROTOR DÉRIAZ
Fa

No rotor Francis, a água entra de forma radial centrípeta, percorre as aletas


do rotor e o deixa de forma axial, caminhando para o TUDO DE ASPIRAÇÃO e,
consequentemente, para o CANAL DE FUGA. Diga-se que essa seja a Filosofia
Francis. Nos rotores da grande família hélice, a água chega ao rotor de forma axial e
o deixa de forma axial, podendo caracterizar-se com uma filosofia, que pode ser
chamada de filosofia Hélice, e nela estão enquadrados os rotores: obliquo, hélice

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fixa e Kaplan. Assim, pode-se admitir uma outra filosofia de operação na qual o fluxo
hidráulico é trazido de forma diametral ou diagonal, e essa filosofia está presente
nos ROTORES DÉRIAS. Esses rotores têm um cubo hidrodinâmico que é sede das
pás ou aletas do rotor e essas aletas formam, praticamente, um ângulo de 45 ° com
a direção axial. Nos rotores Dériaz, a pás ou aletas são móveis e podem adaptar-se

o
ao fluxo ‘’engolido” pela turbina.
Como foi ressaltado em item anterior, a velocidade da turbina é constante se

im
o gerador acionado for síncrono. Pode-se, portanto, admitir que o rotor Dériaz veio
ocupar um vazio que existia em termos de possibilidades operacionais para um

éc
rotor. Dada a sua forma e operar, esses rotores são indicados para turbinas que
operam em altura disponíveis iguais ou menores do que 300 m; Operam a eixo
vertical e são indicados para grandes vazões. Sempre resguardando o Princípio da
oD
Reversibilidade, conhecido do estudo das máquinas hidráulicas e elétricas, uma
máquina hidráulica pode operar como turbina ou como bomba hidráulica. Essa é
uma importante característica desse rotor, porque, tendo bom desempenho como
Pi
bomba hidráulica, pode ser empregado em APROVEITAMENTOS DE
ACUMULAÇÃO, nos quais a água é feita transitar na tubulação, nos dois sentidos.
Quando o fluido vem do reservatório superior pra o canal de fuga, que é um
de

reservatório colocado em cota inferior ao anterior, ele está fornecendo energia


mecânico - hidráulica para a máquina hidráulica que está convertendo a energia
recebida em energia mecânico - motriz e alimentando a máquina elétrica. Uma
lda

máquina elétrica, recebendo energia mecânico - motriz e alimentando a máquina


elétrica. Uma máquina elétrica, recebendo energia mecânico - motriz, converte-a em
energia elétrica. É A OPRAÇÃO COMO GERADOR ENERGIA ELÉTRICA. Nessa
cu

situação, a máquina hidráulica está OPERANDO COMO TURBINA.


Quando o fluido é levado do reservatório inferior para o reservatório superior,
Fa

a máquina elétrica recebe energia elétrica e a converte em energia mecânico –


motriz, isto é, é a OPERAÇÃO COMO MOTOR ELÉTRICO. Nessa condição, a
máquina hidráulica, recebendo energia mecânico - motriz, converte –a em energia
de pressão, a máquina hidráulica, recendo energia mecânico- motriz, converte a em
energia de pressão, que é a forma como o fluido pode receber energia, e este é
recalcado para o reservatório superior. É a operação da máquina hidráulica como
BOMBA HIDRÁULICA.
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Como se pode observar, o conjunto máquina elétrica – máquina hidráulica
operou nos dois sentidos energéticos, e a água, em determinado período de tempo,
cedeu energia ao sistema, a qual foi entregue ao gerador e convertida em energia
elétrica. Em outro período de tempo, normalmente mais longo, a máquina elétrica,
operando como motor, recebeu energia elétrica. Em outro período de tempo

o
normalmente mais longo, a máquina elétrica, operando como motor, recebeu
energia elétrica e acionou a bomba, cedendo energia ao fluido que ganhou, dessa

im
forma, energia potencial. Na figura abaixo, mostra–se o ROTOR DÉRIAZ. O seu eixo
possui um furo axial percorrendo esse furo existe um eixo interior, responsável pela

éc
movimentação do mecanismo das pás do rotor. O movimento desse eixo de
comando é ascendente e descendente, acionado por um servomotor, tem sua
tubulação passando pelo eixo do gerador, que também é vazado axialmente, à

oD
semelhança do eixo da turbina Kaplan. A figura abaixo mostra um rotor DÉRIAZ, em
que :
Pi
de
lda

O Rotor Dériaz
cu

Para a figura acima:


1: Cubo Hidrodinâmico.
Fa

2: Pás ou Aletas Móveis.


3: Ogiva.
4: Perfil de Entrada para a água.
5: Furo Central para o eixo de Comando das Pás.
6: Haste de comando.
7: Eixo do Servomotor Hidráulico.

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A TURBINA FRANCIS

ASPECTOS GERAIS

A turbina Francis, isto é, a turbina que opera com o rotor Francis, pode ser

o
analisada como oriunda da filosofia proposta na turbina de Fourneyron, já

im
apresentada. O rotor básico Francis, com sua filosofia de receber água na forma
radial centrípeta e liberá-la de forma axial, pode ser visto em figura anterior.
À medida que o rotor Francis foi sendo empregado, suas excelentes

éc
propriedades foram sendo visualizadas e este de desenhado para atender a
particulares situações. Assim, o rotor Francis foi ‘’ evoluindo”. Na figura 6.10, vota-se

coroas” D1 e D2
oD
a representar o rotor Francis básico fundamental. Na referida figura, mostra-se as ‘’
que estão localizadas à entrada e à saída do fluido
respectivamente. À medida que a turbina foi sendo empregada e
Ensaios começaram a ser realizados com ela, pôde-se notar que ela
Pi
apresentava resultados satisfatórios em aproveitamentos dotados de alturas
disponíveis bem díspares, porém o rotor deveria passar por alterações para atender
ao aumento da vazão e da velocidade específica, que foram acontecendo como
de

resultado natural das variações existentes nos mais diversos aproveitamentos


hidráulicos.
lda
cu
Fa

O Rotor Francis Básico.

Com o crescimento da vazão o diâmetro do TUBO DE ASPIRÃO e o diâmetro


D; da coroa inferior do rotor foram crescendo, de forma a fazer com que a água

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permanecesse o menor tempo possível no interior do rotor. Com o crescimento das
potências disponíveis por aumento da vazão e com a redução das alturas
disponíveis, para que a turbina Francis da categoria VELOZ tem velocidade
especifica em torno de 250 rpm. Para atender às grandes potências envolvidas em
uma única máquina, deve-se Ter grande capacidade de engolimento de água.

o
Dessa forma, o tempo que a água deve permanecer no interior do rotor deve ser
muito pequeno, o que faz com o desenho básico do rotor Francis deva ser realizado

im
para cada aproveitamento. A equação abaixo permite avaliar a VELOCIDADE
ESPECIFICA de um rotor Francis a partir da altura disponível do aproveitamento

éc
hidráulico.

AFRA
ns =
oD
H

A partir da velocidade específica obtida em função da altura disponível do


aproveitamento, pelo emprego da equação acima, resulta o ‘’desenho” do rotor e
Pi
sua classificação ou ‘’ categoria”. Na atualidade, para atender às mais variadas
solicitações, os rotores têm desenhos bem típicos e são classificados em diversas
de

categorias. O quadro abaixo apresenta as categorias presentes na atualidade.

Categorias dos Rotores Francis


lda
cu
Fa

EVOLUÇÃO DO ROTOR FRANCIS

À medida que as vazões cresceram e decresceram as alturas disponíveis dos


aproveitamentos, os rotores tiveram que adaptar-se a novas exigências, sempre
oferecendo rendimentos elevados. Para tanto, o “desenho“ do rotor Francis foi
evoluindo e podendo atender às varias características dos aproveitamentos
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hidráulicos. Em face dessas exigências, o diâmetro da coroa D1 permaneceu
imutável ou decresceu, e o diâmetro da coroa D2 foi crescente. As pás ou aletas do
rotor foram crescendo em direção ao TUBO DE ASPIRÇÃO e a coroa D2 passou a
segurar as referias aletas pelas pontas, como mostra a figura abaixo. O rotor Francis
da figura abaixo, pelo seu desenho, pode ser classificado como um rotor Francis

o
Ultraveloz. Possui grande velocidade específica e adapta-se a aproveitamentos de
pequenas alturas disponíveis. As dimensões do rotor estão ligadas à vazão nominal

im
para a qual o referido é projetado.

éc
oD
Pi

Rotor Francis Ultraveloz


de

Para a figura acima:


lda

1: Rotor Francis Ultraveloz. 4: Cubo Hidrodinâmico.


2: Eixo Motriz da Turbina. 5: Coroa D1.
cu

3: Aleta do Rotor. 6: Coroa D2.

À medida que a altura disponível foi decrescendo, as pás ou aletas do rotor


Fa

foram ganhando uma parte inferior, junto à coroa D2, mais pronunciada e como se
estivesse, entrando para o interior do tubo de aspiração. É a evolução do rotor
Francis. Este processo de desenvolvimento termina quando o desenho das pás
ganha tal curvatura inferior que, assemelhando-se a hélices de motores de popa,
perdem a coroa D2 e tornam-se autoportantes. Nesse ponto termina a evolução do
rotor Francis e começa a família dos rotores oblíquos. Na figura abaixo apresenta-se
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FACULDADE PIO DÉCIMO 101
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um Rotor Francis de elevada velocidade específica, classificado como um rotor
velocíssimo e adequado a pequenas alturas disponíveis (ver equação acima). As
dimensões do rotor estão legadas à vazão da turbina e a geometria do rotor à sua
velocidade específica.

o
im
éc
Rotor Francis Velocíssimo
Neste ponto, pode-se fazer uma comparação entre os Rotores Francis Básico
e o Velocíssimo.
oD
TURBINA EM CARACOL EMPREGADO ROTOR FRANCIS
Pi
O caracol de uma turbina é o prolongamento da TUBULAÇÃO FORÇADA
ou “penstock”. Como o próprio nome indica, o seu formato é o de um caracol e a
água, ao percorrê-lo, forma um espiral e é lançada, por meio das pás diretoras fixas
de

ao caracol, no rotor da turbina, no caso, no rotor Francis. O caracol, em turbinas de


portes pequeno e médio, normalmente é executado em chapas de aço- carbono. Em
turbinas de grande porte, grande engolimento, o caracol é executado em concreto e
lda

sua seção reta, normalmente, não é circular. O diâmetro do caracol vai


gradativamente diminuindo, assim como a sua seção reta, guardando, em tudo, o
formato de um caracol criado pela natureza. Na direção radial, votada para a parede
cu

interna do caracol, estão colocadas pás diretora fixas. Essas pás dão à água o
sentido radial centrípeto. A água, deixando as pás diretoras fixas dá de encontro a
Fa

um conjunto de pás diretora móveis. Essas pás diretoras movimentam-se em torno


de um eixo e podem ir da posição tangencial (fechando o fluxo hidráulico) a uma
posição quase radial (vazão máxima). Saindo das pás diretoras móveis, a água
encontra o rotor Francis (na turbina denominada Francis).

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FACULDADE PIO DÉCIMO 102
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PÁS DIRETORAS FIXAS

Estão colocadas e rigidamente fixas ao caracol da turbina. Nas turbinas


com caracol feito em aço – carbono, essa pás diretoras adquirem dupla finalidade: a
de dirigir a água no sentido radial centrípeto e a de dar rigidez à estrutura do caracol,
pois, como nessa direção o caracol é aberto para a passagem da água, sua

o
estrutura é apoiada em dois anéis, sendo um superior e um inferior, e nesses anéis

im
são fixadas as pás diretoras fixas.

éc
oD
Pi
Pá diretora fixa
Para a figura acima:
1: Diretora fixa. 4: Conjunto Biela –Manivela
de

2: Pás Diretoras Móveis. 5: Caracol


3: Servomecanismo 6: Pá do Rotor Kaplan
lda

PÁS DIRETORAS MÓVEIS OU DISTRBUIDOR DE PÁS MÓVEIS

As pás diretoras móveis, desenvolvidas por Fink, são construídas de aço


cu

fundido e exaustivamente trabalhadas para ganharem um formato dinâmico de


baixas perdas hidráulicas. Ressalta que a velocidade da água nessas pás está
Fa

ligada à altura disponível do aproveitamento e segue a equação abaixo:

VC = K . 2.g .H AD

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FACULDADE PIO DÉCIMO 103
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em que HAD é a diferença de nível entre os pontos A e D, estando o ponto a
na superfície do reservatório superior e o ponto D na saída do distribuidor móvel. K é
um fator menor do que a unidade.
Como foi ressaltado anteriormente, as pás diretoras móveis podem ir de um
aposição tangencial ao rotor a uma posição que fica, praticamente, radial a ele. Essa

o
movimentação é feita por formidável servomotor acionado a óleo hidráulico. Existem
turbinas em que cada pá móvel do distribuidor é acionada por um servomotor. A

im
usina de Barra Bonita, situada no rio Tietê, trabalha com quatro turbinas dotadas de
rotores Kaplan, fabricadas pela casa Escherwyss e nessas turbinas, cada pá do

éc
distribuidor móvel é acionado por um servomotor hidráulico. Porém, na maior parte
das turbinas, o distribuidor de pás móveis é comandado por um ou dois
servomotores que atuam simultaneamente sobre um anel rotativo, que, por meio de

oD
bielas , manivelas, aciona os eixos das pás diretoras móveis. Com essa operação
de girar as pás do distribuidor, consegue-se ajustar a vazão da turbina à potência
demandada em seu eixo mecânico-motriz. Como as pás diretoras móveis podem
Pi
alcançar a posição tangencial ao rotor, a ponta de uma pá encosta-se ao corpo da
adjacente, reduzindo a vazão do caracol a níveis tão pequenos que o rotor da
turbina pára de girar.
de
lda
cu

Distribuidor móvel e mecanismo de movimento das pás FINK.


Fa

Para a figura acima:


1: Coroa Reguladora Móvel. 3: Local do Rotor.
2: Pás diretoras Móveis. 4: Comando da coroa Reguladora.

VELOCIDADE ESPECÍFICA DO ROTOR FRANCIS


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FACULDADE PIO DÉCIMO 104
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Em itens anteriores, discorreu-se sobre a VELOCIDADE ESPEÍFICA de um


rotor, ressaltado-se que ela não depende da potência colocada à disposição da
turbina e sim da altura disponível do aproveitamento em estudo. Assim, uma turbina
Francis que trabalha com altura disponível muito pequena terá um rotor dotado de

o
elevada velocidade específica, o que faz com que seu “desenho” seja muito díspar
do desenho apresentado por um rotor Francis padrão. A VELOCIDADE

im
ESPECÍFICA de rotores Francis é determinada segundo a equação abaixo:

éc
AFRA
ns =
H
CONSIDERAÇÕES
oD
Portanto, tendo o rotor dotado de aletas fixa, a turbina Francis possui um
única forma de ajustar a vazão à demanda de energia solicitada ao eixo motriz, e
Pi
isso é conseguido com a atuação do DISTRIBUIIDOR MÓVEL sobre o fluxo
hidráulico. As turbinas de médio e grande portes possuem reguladores de
de

velocidade que atuam sobre o óleo hidráulico que é mandado para o


servomecanismo. Seguindo uma malha fechada de controle, a velocidade angular
da turbina é pilotada pelo regulador de velocidade atuando sobre um servomotor
lda

Hidráulico.
cu
Fa

Turbina dotada de rotor Francis Lento.

Para a figura acima:

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1: Eixo da Turbina. 6: Coroa Inferior D2.
2: Ponta de Eixo e fixação do Rotor 7: Tubo de Aspiração.
3: Cubo Hidrodinâmico. 8: Pás diretoras Móveis.
4: Aletas do rotor. 9: Pás diretoras Fixas
5: Coroa Superior D1. 10: Caracol.

o
im
A TORBINA HÉLICA FIXA

éc
ASPECTOS GERAIS

Essa turbina trabalha com o rotor hélice fixa, família de rotores à qual

oD
pertencem, também os rotores oblíquo, Kaplan e Dériaz. O rotor hélice fixa é
empregado em turbinas que trabalham com pouco variável e próxima da vazão
nominal, porque o máximo rendimento dessa turbina ocorre quando a vazão está em
torno de 70%da vazão nominal.
Pi
A turbina que trabalha com rotor hélice é indicada para alturas disponíveis
menores do que a turbina que opera com rotor Francis. Como o rotor hélice fixa não
possui movimentação de passo de hélice, o ajuste entre vazão operacional e
de

potência é feito sempre por outro órgão que não pertence ao rotor. Em turbinas
muito pequenas, em que o fator predominante é gerar energia a partir de uma queda
lda

de água e o rendimento é relegado a um plano posterior, o ajuste da vazão é feito


por uma VÁLVULA BORBOLETA colocada entre a TUBULAÇÃO FORÇADA e a
turbina propriamente dita. Quando, porém, a totalmente aberta começam a Ter
importância singular no processo, manter uma regulagem de vazão a partir desse
cu

dispositivo é insustentável. Dessa forma, outro modo de regular a vazão deve ser
encontrado. O DESTRIBIIDOR MÓVEL, dotado de PÁS FINK, é a solução que se
Fa

apresenta, mas exige que a turbina seja provida de caracol, o que leva,
praticamente, a um tipo de turbina ou a uma concepção de turbina. Na figura abaixo,
uma turbina que opera com rotor hélice fixa e caracol de distribuição é mostrada.
Observar que, dessa forma, o ajuste de vazão para atender à demanda de potência
feita ao eixo motriz da turbina é executado por um DISTRIBUIDOR DE PÁS MÓVEIS
colocado na chegada ao rotor.

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Para a figura abaixo:


1: Caracol. 5: Cubo Hidrodinâmico.
2: Pás Diretoras Fixas. 6: Pás Fixas do Rotor
3: Pás do Distribuidor Móvel. 7: Tubo de Aspiração.

o
4: Eixo Motriz.

im
éc
oD
Pi
Turbina dotada de caracol e operando com Rotor Hélice Fixa.

TURBINAS HÉLICE FIXA OPEANDO SEM CARACOL


de

O caracol é sempre necessário quando se deseja uma regulagem de vazão


com redução da área de vazão com redução da área de vazão por estrangulamento
lda

do veio líquido progressivo, que é o caso da regulação oferecida pelo


DISTRIBUIDOR DE PÁS MÓVEIS. No caso do rotor hélice fixa trabalhar sem o
caracol, duas soluções existem: a primeira envolve um distribuidor operando em
cu

caixa aberta. Essa solução é aplicável em turbinas de pequena potência e de


pequena altura disponível. Na segunda que, em princípio, não teria restrição de
potência, a turbina é um prolongamento da tubulação forçada, interceptada por um
Fa

trecho que contém a válvula borboleta. Em seqüência vem o tudo de aspiração


conduzido ao canal de fuga. Uma análise cuidadosa, usando como ferramenta a
Equação de Bernoulli, mostra que a pressão à saída do rotor hélice fixa pode ser
menor do que a pressão atmosférica. Tomando-se a pressão o canal de fuga como
atmosférica e atribuindo-lhe o valor relativo P=0, a pressão à saída do rotor pode
resultar negativa em relação ao valor rendimento da turbina diminui, assim como as
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pás da hélice são corroídas em face do fenômeno denominado CAVITAÇÃO. A
cavitação está ligada, entre outros fatores, à pressão do fluido na superfície
cavitada, à sua temperatura, à velocidade específica do rotor em análise e à
existência de partículas em suspensão na água.

o
im
éc
oD
Turbina dotada de Rotor Hélice Fixa operando com Válvula Borboleta.

Para a figura acima:


1: Tubulação Forçada 6: Eixo Motriz.
Pi
2: Junção ou União. 7: Cubo Hidrodinâmico.
3: Válvula borboleta. 8: Tubo Aspiração .
4: Gerador e Excitatriz Mecânica 9: Canal de Fuga.
de

5: Mancal de Apoio.

VÁLVULA BORBOLETA
lda

A válvula borboleta tem várias finalidades numa turbina sem


DISTRIBUIDOR DE PÁS MÓVEIS. Ela pode ser usada para fechar completamente a
cu

adução, tirando a hélice de operação. Se houver comporta de jusante, essa pode ser
fechada, dessa forma a manutenção da turbina pode ser feita a seco. Como a
demanda de energia de um gerador não é constante, principalmente, quando o
Fa

gerador trabalha como unidade isolada, porém, a rotação o é, se a máquina


acionada for síncrona. Assim, a segunda função da válvula borboleta, na turbina
adapte-se à demanda do gerador, mantendo rotação constante. Observe que a
válvula borboleta encontra-se como “atrapalhando” a passagem do fluxo líquido e,
portanto, é submetida a enormes esforços mecânicos e, paralelamente, é fonte de

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enormes perdas energéticas. O controle da válvula borboleta se faz por motores
hidráulicos que atuam sobre o eixo dela.
O perfil da válvula borboleta é cuidadosamente estudado de forma que não
venha a incentivar o aparecimento de regiões de baixa pressão que podem ser
deterioradas pelos fenômenos da CAVITAÇÃO.

o
im
TURBINAS HÉLICE FIXA OPERADA COM CARACOL

éc
ASPECTOS GERAIS

oD
O CARACOL é o elemento que propicia a distribuição da água ao redor da
entrada do rotor. Na turbina hélice fixa, o rotor recebe água na direção axial e a
entrega na mesma direção, portanto existe um “vazio” na turbina hélice fixa
operando com caracol, “vazio” esse formado à saída da água das pás diretoras
Pi
móveis. Diversos autores fazem referência a esse “vazio” formado entre as pás
diretoras móveis. Diversos autores fazem referência a esse “vazio” formado entre as
pás diretoras móveis e a entrada das pás do rotor hélice e garantem que essa curva
de

descrita pela água, de, praticamente, 90º, não produz significativa redução do
rendimento de turbina. Observar, com detalhes, a turbina hélice fixa mostrada na
figura abaixo. Com a adoção do caracol a turbina pode receber as pás diretoras
lda

fixas, que providenciam certo direcionamento ao fluxo e o DISTRIBUIDOR DE PÁS


MÓVEIS, eu, como o próprio nome indica, possui pás que giram sobre um eixo. A
amplitude dessa rotação é de tal monta que a turbina pode passar da condição
cu

de máxima vazão (pás diretoras na direção radial) para a condição de vazão


insignificante (pás na direção tangencial). Dessa forma, a turbina ganhou um
Fa

potente regulador da vazão. Como a maioria dos geradores è síncrona, consegue-se


ajustar a potência mecânica desenvolvida pela turbina a partir da atuação sobre as
pás móveis do distribuidor. Mais adiante, serão apresentas as curvas
RENDIMENTO versus ROTAÇAO para os diversos tipos de rotores e turbinas. Onde
Pode-se ver que a turbina hélice fixa tem uma curva característica bastante estreita
e, para uma vazão de 30% da vazão normal, o rendimento da referida turbina é

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nulo. Assim, essa turbina se caracteriza como uma máquina hidráulica que deve
operar com vazões pouco variadas e próximas de um valor que está em torno de
70% da sua vazão normal.
A colocação do TUBO DE ASPIRAÇÃO à saída do rotor pode trazer um
aumento no rendimento da turbina, porque o referido tubo atua como um

o
prolongamento da TUBULAÇÃO FORÇADA da turbina e, indiretamente, converte
energia potencial em energia de pressão.

im
A turbina hélice fixa operando com caracol pode operar com o eixo motriz da

éc
turbina nas posições horizontal e vertical.

oD
Pi
de

Turbina Hélice Fixa operando com caracol e Eixo Vertical.


lda

Para a figura acima:

1:Caracol. 5:Cubo Hidrodinâmico.


2 Pás Diretoras Fixas. 6: Pás Fixas do Rotor.
cu

3: Pás do Distribuidor Móvel. 7: Tubo de Aspiração.


4: Eixo Motriz.
Fa

CONSIDERAÇÕES

As turbinas que operam a eixo vertical trazem um melhor visual à CASA DAS
MÁQUINAS, porque o conjunto turbina gerador é colocado numa vertical só. Como
os geradores atuais trabalham com excitação do estado sólido, o piso da casa das
máquinas pode passar pelo topo dos geradores e essa distribuição torna-a mesma
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desimpedida. Por ouro lado , como os geradores trabalham com seus eixos na
posição vertical, podem Ter potências muito elevadas, pois o crescimento deles, em
função da potência , se dá no aumento do diâmetro do rotor. Á medida que a
potência cresce, normalmente, os rotores da turbina e, conseqüentemente, do
gerador tornam-se mais lentos. A relação entre potência mecânica - motriz da

o
turbina e rotação é estabelecida pela equação abaixo:

im
( PMT( CV ) )0,5
ns = nt .
( H )1, 25

éc
A equação acima permite ao leitor observar como é complexo a relação entre
oD
a velocidade angular da turbina e, conseqüentemente, do gerador e a potência
desenvolvida pelo referida máquina hidráulica.
Pi
A TURBINA KAPLAN

ASPECTOS GERAIS
de

O rotor Kaplan, que completa a turbina de mesmo nome, tem pás móveis
comandadas por um servomotor hidráulico colocado no interior do eixo da turbina.
lda

O eixo do gerador é vazado no sentido longitudinal e por esse furo passam os tubos
que levam e trazem o óleo hidráulico do comando do servomotor. Essa propriedade,
possuir pás de passo ajustável, traz à turbina kaplan um importante meio de
controle para compensar as variações impostas à vazões. Tendo as pás de
cu

passo ajustável, a curva característica RENDIMENTO versus VAZÃO torna-se mito


mais plana que aquela descrita pela turbina hélice fixa.
Fa

A versatilidade do vetor Kaplan é de tal monta que permite que ele opere com
seu eixo motriz na posição horizontal, na posição vertical e inclinada em relação à
vertical. Por outro lado, o rotor pode trabalhar com ou sem caracol, gerando
inúmeras variantes de turbinas. Existe uma variante de turbina, denominada
TURBINA BULBO em que o gerador é colocado no interior de um “casulo” que é
colocado no eixo do veio líquido. O gerador, para poder atender à grande potência

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gerada pela turbina que tem velocidade angular bastante baixa, deve possuir
velocidade angular elevada e, portanto, à ponta do eixo do gerador existe um
REDUTOR DE ROTAÇÀO mecânica que, recebendo energia do eixo da turbina,
girando a baixa velocidade, eleva a velocidade do sistema e entrega energia ao
gerador. Dessa maneira, o gerador torna-se uma máquina veloz, seu volume

o
diminui e o casulo ou bulbo pode melhor adaptar-se às dimensões do CANAL DE
ADUÇÃO do aproveitamento. A equação abaixo é do seio da teoria de projeto de

im
máquinas elétricas rotativas e ela dá ao leitor exata dimensão da relação da relação
existe entre potência de uma máquina elétrica (Pm), velocidade angular do rotor da

éc
referida máquina (ωm) e volume do seu rotor (∀):

Pm = K máquina .ω m .∀
oD
A figura abaixo traz um rotor Kaplan acionado um conjunto ou TURBINA
BULBO. Essas turbinas têm um campo de aplicação bastante restrito, dada as suas
Pi
particularidades. São empregadas na Europa, em USINAS MAREMOTRIZES. Como
o passo das pás do rotor é ajustável, podem, girando num sentido único, Ter o fluido
de

ora fluindo em um sentido ora em outro.


lda
cu

Grupo bulbo operando com Rotor Kaplan.


Fa

Para a figura acima:


1: Reservatório Superior. 5. Rotor Kaplan.
2: Barragem. 6: Canal de Fuga.
3: Casa das Máquinas. 7: Acesso ao Gerador
4: Casulo do Gerador.

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É interessante ressaltar que a concepção BULBO pode admitir um rotor de


pás fixas, como um ROTOR HÉLICE FIXA. Essa adoção limita, em muito, as
possibilidades do conjunto bulbo. Por outro lado, é necessário ressaltar que os
projetistas de turbinas vão ao extremo das possibilidades e desenvolvem turbinas

o
que melhor se adaptam a particulares casos, e num desses casos pode estar aquele
em que uma turbina bulbo de hélice fixa se enquadre perfeitamente:

im
a) Vazão constante e próxima da nominal.

éc
b) Sentido único para o fluxo hidráulico.
c) Custo relativo ao rotor Kaplan, menor.
d) Manutenção menor freqüente.

oD
Os rotores e as diversas peças que compõem a turbina são sujeitos ao
fenômeno da CAVITAÇÃO. Sua incidência é decorrente de diversos fatores e o
Pi
preponderante é o nível de pressão na superfície das pás. Outro caso também
assistido pelo autor envolvia uma turbina dotada de ROTOR FRANCIS e caracol de
distribuição. Os ROTORES KAPLAN, por apresentarem mais recursos, trazem furo
de

na OGIVA e esses permitem que a água faça a compensação das diferentes


pressões nas suas regiões mais críticas.
lda

TURBINAS KAPLAN OPERANDO COM CARACOL

De forma semelhante ao rotor hélice fixa, o rotor Kaplan pode operar com ou
cu

sem o caracol. A existência ou presença do caracol permite a presença das pás


diretoras fixas e móveis. Com o distribuidor de pás móveis a turbina que opera com
rotor Kaplan ganha dois sistemas para o controle da potência em presença da
Fa

variação da vazão. Esses dois sistemas podem atuar concomitantemente,


produzindo um substancial aumento do rendimento da turbina em presença de
vazões muito variadas. AS do ri Tietê são turbinas Kaplan que operam com caracol
e distribuidor de pás móveis. As referidas usinas são classificadas dentro de duas
grandes famílias – USINAS DE REPRESAMENTO E REGULARIZAÇÃO e USINAS
A FIO DE ÁGUA.

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Com a colocação do caracol, do distribuidor de pás móveis e do TUBO DE
ASPIRAÇÃO, a turbina, operando com rotor Kaplan, ganha melhor controle,
elevação do rendimento em presença de vazões muito variadas e elevação do
rendimento global do aproveitamento. Com a colocação do TUDO DE ASPIRAÇÃO
controla-se o nível de pressão nas pás e à saída do rotor, atuando de forma

o
enérgica sobre o fenômeno da CAVITAÇÃO.

im
CONSIDERAÇÕES

Pelo o que foi apresentado acima, pode-se observar que o ROTOR

éc
KAPLAN trazer ou veio caracterizar uma evolução na família hélice e dizer que essa
evolução nasceu no ROTOR OBLÍQUO e terminou no ROTOR DÉRIAZ. As turbinas

oD
que daí derivaram formam uma particular família adequada a alturas disponíveis
pequenas (inferiores a 70 m) e vazões pequenas, medidas e grandes. Para
aproveitamentos de potência relativamente pequena, o pesquisador deve cuidar
para que o seu particular problema tenha a melhor relação custo / benefício e isto é
Pi
conseguido com a análise particular de cada tipo de rotor e da posição do eixo do
rotor em relação à vertical. Portanto, seja nos grandes, médios e pequenos
aproveitamentos, o problema é sempre agudo, com maior predominância para os
de

pequenos, em face das limitações existentes nos recursos que uma turbina de
pequena potência pode trazer, dado o elevado custo de soluções técnicas que
lda

podem ser implementadas em unidades de grande porte.

RENDIMENTO COMPARATIVO DAS TURBINAS DA FAMÍLIA HÉLICE


cu

ASPECTOS GERAIS

Rendimento de uma turbina é a relação estabelecida entre a potência


Fa

mecânica que turbina coloca, ponta de seu eixo mecânico, à disposição do gerador,
denominada mecânico-motriz, e a potência que o fluido coloca à disposição da
turbina na entrada de seu rotor, determinada potência mecânico-hidráulica. Em
termos matemáticos, escreve-se:

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PMT( CV )
nT =
PH ( CV )
O rendimento de uma turbina é uma função de muitas variáveis que vão
desde a potência nominal da turbina até a porcentagem de fluido turbinada, em

o
relação ao valor nominal, passado por tipo de turbina, fabricante, montagem ou
posição física do eixo em relação à relação à vertical, etc. Uma turbina de grande

im
porte, porte, da família das turbinas de ação ( Pelton), pode chegar apresentar um
rendimento de 93% a uma vazão entre 70% e 80% da sua vazão nominal.

éc
REDIMENTO COMPARATIVO DAS TURBINAS DA FAMÍLIA HÉLICE

oD
O rotor hélice fixa, operando em uma turbina que não possua o distribuidor de
pás móveis, é uma máquina hidráulica extremamente interessante. Essa associação
denominada turbina, é reversível podendo também trabalhar como uma bomba que
é muito empregada em sistemas de irrigação de lavouras. Por outro lado, por
Pi
possuir pás fixas e não possuir distribuidor com pás móveis, quando operam como
turbinas, a adução é provida de uma válvula que pode Ter feitio esférico ou um feitio
de

planar, denominada assim de VÁLVULA BORBOLETA. Essa válvula planar tem um


perfil trabalhado, um perfil hidrodinâmico que acaba reduzindo as perdas
energéticas introduzidas por um dispositivo de controle “atrapalha” a passagem de
lda

fluido e, por essa razão, sua superfície deve ser estudada para minimizar a presença
da referida válvula de controle da vazão. Assim quando um rotor hélice fixa é
substituído por um rotor da mesma família, porém de pás móveis, como é o rotor
cu

Kaplan, ganho energético é trazido à turbina, principalmente naquelas condições em


que a vazão, deixando de ser constante e próxima do nominal, começa a sofrer uma
gama muito ampla de variações. Isso ocorre nas turbinas que operam em usinas
Fa

denominadas de USINAS A FIO DE ÁGUA. Essas usinas “turbinam” a água que


chega às suas máquinas hidráulicas e é nesse ponto que a turbina necessita de todo
tipo de controle de geometria que o ser projetista possa conseguir. Diversas Usinas
do Rio Tietê que praticamente atravessa o Estado de São Paulo, em operação, são
USINAS A FIO DE ÁGUA. São assim chamadas porque turbinam a quantidade de
água que chega de montante. É nesse instante que o usuário de turbinas deve ter
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uma “cesta” bastante ampla que lhe permita encontrar aquela turbina que melhor se
adapte às suas necessidades. É aqui que o rotor Kaplan mostra as suas fenomenais
propriedades. Tendo suas pás com passo ajustável, ele pode mudar o ângulo de
ataque oferecido à água e, dessa forma, ajustar-se à vazão pretendida.
Outra possibilidade extremamente positiva é trabalhar com o DISRIBUIDOR

o
DE PÁS MÓVEIS e rotor de pás móveis, como o rotor Kaplan. Agora, o usuário da
máquina pode atuar rapidamente sobre as pás móveis do distribuidor e ajustar

im
dinamicamente a potência hidráulica da turbina, em função da potência demandada
pelo gerador, tendo sempre em mente que a rotação da turbina, operando com

éc
máquina síncrona, deve permanecer constante.

Sintetizando, quatro particulares casos, dentro da família hélice, se


apresentam: oD
1) O rotor tem pás fixas e a turbina não possui um distribuidor de pás
móveis.
Pi
2) O rotor tem pás fixas e a turbina possui um distribuidor de pás móveis.
3) O rotor tem pás móveis e a turbina não possui um distribuidor de pás
móveis.
de

4) O rotor tem pás móveis e a turbina possui um distribuidor de pás


móveis.
lda
cu
Fa

Curvas características Rendimento versus Vazão para as turbinas da Família


Hélice.
Para a figura acima:
1: Turbinas Kaplan.
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2: Turbinas Hélice Fixa.

RENDIMENTO COMPARATIVO DAS TURBINAS

No item anterior, traçou-se um paralelo ente turbinas de uma mesma família

o
de turbinas é aconselhável para operação em aproveitamentos com alturas

im
disponíveis inferior a 70 m e essa gama de alturas pode não atender a um
aproveitamento particular, sob análise. Assim, as exigências de um determinado
aproveitamento hidrelétrico podem conduzir a outra família de turbinas – FRANCIS

éc
ou PELTON. As turbinas Francis, por possuírem rotores com pás fixas,
praticamente, exigem distribuidores de pás móveis e essa combinação traz à turbina

oD
Francis uma curva característica menos acentuada, mais plana, que a curva
característica de turbina que opera com rotor hélice e distribuidor de pás móveis. A
turbina que opera com rotor Kaplan e distribuidor de pás móveis. A turbina que
opera com rotor Kaplan e distribuidor de pás móveis têm uma curva mais plana que
Pi
a da turbina Francis dotada de distribuidor de pás móveis. Porém, não é muito
objetiva a comparação entre famílias de turbinas, principalmente entre turbinas de
ação e de reação, porque as alturas disponíveis, propostas para essas famílias, são
de

muito dispares. Somente na atualidade as turbinas Francis começaram a ser


propostas para alturas pouco superiores a 400 m e, dessa forma, vieram sobrepor-
lda

se, em uma grande faixa, às turbinas Pelton que são de ação. Porém, é bastante
válida a comparação de curvas características para turbina hélice, possui pá móveis
e é indicada para uma banda de alturas disponíveis muito ampla, podendo, em
cu

parte, sobrepor-se às turbinas Francis. Na figura abaixo, apresentam-se curvas


características rendimento versus porcentagem de vazão em relação à vazão
nominal para turbinas da família hélice fixa, Francis e Kaplan, todas operando com
Fa

distribuidores de pás móveis. Essa comparação é simplesmente acadêmica em face


das alturas disponíveis operacionais das turbinas Francis em relação às turbinas
hélice fixa e Kaplan.

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Para a figura abaixo:

1: Turbinas kaplan.

o
2: Turbinas Francis.
3: Turbinas Hélice

im
éc
oD
Pi
Curvas características para as Turbinas Kaplan (1), Francis (2) e Hélice Fixa
(3).
de

Por outro lado, a figura abaixo apresenta curvas características rendimento


lda

versus porcentagem de vazão da vazão nominal para as turbinas Francis e Dériaz.


Traçar comparação entre essas duas turbinas, operando com alturas disponíveis e
vazões semelhantes, é elemento muito seguro porque elas podem, realmente, ser
concorrentes.
cu

Para a figura abaixo:


Fa

1: Francis.
2: Dériaz.

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o
im
éc
oD
Curvas características para as Turbinas Francis (1) e Dériaz (2).
Pi
CONCLUSÕES

Examinando os itens que compuseram este capítulo, o leitor, sem dúvida


encontrará uma certa dificuldade em assimilar as particularidades inerentes a cada
de

rotor, a cada turbina e às particulares características de cada turbina. Essa é uma


tendência bastante previsível, porque as variantes de cada família e rotores e os
lda

aspectos construtivos envolvidos em cada particular turbina tornam o assunto muito


abrangente, em todos os aspectos. Dessa forma, propõe-se que o leitor caminha em
direção aos capítulos seguintes e depois volte a reprisar aquele assuntos que por
cu

ventura, possam Ter apresentado maior complexidade. Antes, porém, é importante


ressaltar que, para pequenos aproveitamentos, o projetista e o leitor devem fixar-se
nos rotores Pelton, Francis e Kaplan e nas turbinas Banki por serem os mais
Fa

freqüentemente encontrados na prática usual.

GERADORES ELÉTRICOS – GE

CLASSIFICAÇÃO – TIPOS

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FACULDADE PIO DÉCIMO 119
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Os GE para CH, ou hidrogeradores, em princípio, podem ser síncronos ou
assíncronos. Os GE síncronos, de, maior aceitação e historicamente utilizados, são
máquinas elétricas que trabalham com velocidade constante igual à velocidade
síncrona, que é uma função da freqüência da tensão gerada e do número de pares
de pólos do rotor do GE.

o
Estes GE são capazes de produzir tanto energia ativa como energia reativa
mediante o fornecimento de energia no eixo por intermédio de uma máquina

im
primária e a excitação de um enrolamento de campo localizado no rotor dos
mesmos. Devido à versatilidade operativa e aos elevados rendimentos na conversão

éc
de energia, cujos valores podem ultrapassar os 95%, são estes amplamente
utilizados em GG de CH. Os GE síncronos podem ser de pólos lisos ou de pólos
salientes, definindo o formato do rotor. Normalmente, os rotores dos GE síncronos

oD
são de pólos salientes e apresentam um enterro irregular. Isso implica em um
projeto adequado do sistema de fixação dos pólos para que possam suportar os
esforços decorrentes da velocidade de disparo. Rotores de pólos lisos são muito
Pi
difundidos em geração térmica, onde o GE passa a ser chamado Turbogerador. No
entanto, GE síncronos com 2 a 3 pares de pólos lisos, pode também ser
encontrados no mercado.
de

Os GE assíncronos, ou GE de indução, por outro lado, possuem a


característica básica de trabalharem com rotações levemente diferentes da rotação
síncrona. Na realidade, esta é uma das condições básicas para que a conversão de
lda

energia útil possa ser efetuada. Estes GE de indução podem possuir um rotor
bobinado, provido de anéis e escovas, ou rotor do tipo gaiola de esquilo. Em termo
de robustez e questão de manutenção, prefere-se utilizar o GE de indução com rotor
cu

em gaiola, que possuem, por exemplo, a vantagem de Ter um entreferro mais


regular e melhor resistência a esforços decorrentes de velocidades disparo. Por não
possuírem um enrolamento de campo propriamente dito, os GE de indução são
Fa

capazes de produzir somente potência ativa, convertendo a energia fornecida em


seu eixo através de uma máquina primária. Porém, para que esta conversão de
energia possa ser realizada, deve-se prover uma quantidade de energia reativa pode
ser fornecida pela rede, se o GE estiver interligado, ou por um banco de capacitores
conectado aos seus terminais. Neste caso, deve-se também fornecer potência
reativa suficiente para por outro lado, os GE de indução com rotor bobinado também
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podem ser excitados, injetando-se corrente nos enrolamentos do rotor através de
seus anéis e escovas. Entanto, para aplicações convencionais, esta não é uma
prática muito recomendada, já que os GE síncronos são máquinas especialmente
desenvolvidas para este fim e possuem um custo relativamente menor.
No caso em que é desejada a operação com velocidade variável com tensão

o
e freqüência constante, pode ser utilizado o GE de indução com rotor bobinado,
tendo o seu enrolamento do rotor excitado através de um cicloconversor.

im
ESPECIFICAÇÃO MÏNIMA

éc
POTÊNCIA NOMINAL

oD
A potência nominal do GE é defina como sendo a potência elétrica
continuamente disponível em seus bornes, sem que a temperatura limite defina pla
sua classe de isolamento seja ultrapassada. Sendo assim a potência de GE é
Pi
especifica em termos de sua potência elétrica aparente PS (VA) – e não de sua
potência ativa –PP ( W) – com é feito para a TH, e irá depender ainda do fator de
potência nominal – fpn - desejado. Naturalmente além do limite térmico, a potência
de

ativa disponível está também restringida pela capacidade da máquina primária, no


caso, uma TH. Dessa forma, a potência elétrica nominal – Peln = PSn (VA) – de um
GE poderá ser calculada através da seguinte expressão:
lda

Pe .ηel
PSn =
cu

fpn
Fa

Deve ser observado que a potência no eixo da TH- Pe (W), é calculada


tomando-se como base a queda de referência, conforme mostrado no Capítulo3.
Juntamente com Psn deve-se, também, especificar as características de
elevação de temperatura, defina pela classe de isolamento que podem por exemplo
ser de 600 C para GE com capacidade de sobrecarga – fsc - de 15%, 80º C quando
não há capacidade de sobrecarga, ou 75º C de acordo com normas mais recentes,
quando também não há capacidade de sobrecarga.
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A tabela abaixo define os limites térmicos operativos para cada classe de
isolamento.

o
im
éc
oD
A vida útil do GE está intimamente ligada à elevação de temperatura durante
a sua operação e ao limite imposto pela sua classe de isolamento. Existem vários
modelos complexos para se determinar a redução de vida útil em função da
elevação de temperatura, porém, de maneira simplificada, ainda hoje é aceita a
Pi
chamada Lei de Montisinger que preconsiza que a operação com 8 a 10°C acima da
temperatura limite reduz a vida útil pela metade.
Ao especificar a Pel n dos GE, além da temperatura de operação top (0 C ), deve
de

–se também atentar para a altitude local - Zb ( m ), em que o mesmo irá opera.
Posto que a eficiência das técnicas de resfriamento diminuem com a altitude, deve –
lda

se esperar que a potência máxima possível de ser extraída também sofra uma
redução. O diagrama da figura abaixo, quantifica esta redução.
cu
Fa

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o
im
éc
oD
Limites de carregamento em função da altitude.

Nesta figura as várias curvas são construídas para cada top . Observe –se que
Pi
os GE podem ser operados à Psn , nas diversas Zb , desde que as seguintes top da
tabela abaixo não sejam excedidas.
de
lda
cu
Fa

TENSÃO NOMINAL

A seleção da tensão nominal é baseada em critérios econômicos e de


confiabilidade operacional. Para uma mesma potência elétrica do GE, existe uma
relação de compromisso entre os níveis de corrente aos níveis de tensão. Observe-
se que estes objetivos são conflitantes, ou seja, quanto menor a corrente maior será
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a tensão de geração, implicando em maiores investimentos em isolação,
equipamentos com menores capacidades e menores bitolas para os condutores.
Note-se que a recíproca também é verdadeira. Em termos de projetos otimizados de
GE, pode-se conseguir a maximização da utilização dos recursos elétricos e
magnéticos por meio do relaxamento de restrições relacionadas à tensão nominal,

o
deixando-a ser escolhida livremente, procurando-se obter um enrolamento com um
número mínimo de condutores. GE médicos e grandes freqüentemente são ligados a

im
transformadores de mesma potência. Neste caso, se a flexibilidade de substituição
do transformador não for limitante, pode-se selecionara tensão de geração dentro de

éc
considerações ótimas. Por outro lado, se deseja-se um valor de tensão específico
para ligar o GE diretamente a um barramento ou sistema, deve-se esperar um
aumento no custo do GE, assim como uma redução as eficiência em função do

oD
desvio do ponto ótimo. A figura abaixo mostra a faixa da tensão ótima de projeto em
função da potência elétrica nominal.
Pi
de
lda
cu
Fa

Faixa de tensão ótima de projeto.

Dentro desta faixa de tensão ótima de projeto, alguma tensões nominais são
mais comuns, tais como: 220, 380, 460, 760, 2200, 2400, 4150, 6600, 13800 e
18000 volts.

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Fator Potência Nominal

Para uma mesma potência aparente, que corresponde a um par de potência


elétrica ativa - Pp (W ) e potência elétrica reativa – PQ (var), quanto menor o fator
de potência nominal, maior a flexibilidade de operação do GE e também mais caro e
mais pesado será. Isso se deve principalmente ao fato de que o rotor deverá ser

o
sobredimensionado para suportar maiores correntes de excitação.

im
Considerando-se que há um compromisso entre o Fpn dos GE e os custos
deve-se determinar um fpn que possa atender às necessidades de potência elétrica
relativa do sistema ao qual a CH irá integrar-se, garantindo-se, por exemplo, um

éc
valor de tensão especificado em uma dada barra de carga.
A influência do fpn sobre o desempenho do GE pode ser ilustrada à luz da

oD
carta de capacidade, ou curva de capacibilidade, da máquina síncrona.

Influência do fator de potência nominal.


Pi
de
lda

Nesta figura, observa-se que, considerando-se uma potência aparente


constate, quanto menor for o fpn, maior será a potência reativa disponível para uma
cu

mesma potência ativa.

Reatância de Eixo Direto


Fa

Na prática, para pequenas e medias CH, não é comum se estabelecer o valor


da reatância de eixo direito – Xd - a um fabricante, a fim de não encarecer o projeto
do GE. Posto que o valor desta grandeza também influencia sobremania o custo e o
desempenho do GE, o que se faz é permitir que este seja escolhido dentro de uma

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FACULDADE PIO DÉCIMO 125
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faixa pré-determinada, durante a fase da concepção do GE, objetivando minimizar
os custos.
No entanto, para grandes CH, este valor poderá ser especificado para atender
condições de operação previstas durante a fase de planejamento. Valores reduzidos
de Xd implicam em uma pequena imitação da capacidade de geração de potência

o
reativa em condições de baixa carga, mas oferecem melhor desempenho do ponto
de vista de estabilidade e melhor regulação de tensão. Na verdade, pode-se

im
demostrar que o limite de estabilidade prática é sempre respeitado na operação de
GE síncronos quando o valor de Xd for menor do que 1 (pu ). Por outro lado,

éc
reatâncias muito baixas acarretam altas correntes de curto –circuito – elevada
relação de curto-circuito (RCC)-, Esbarrando em limitações do projeto, tornando o
GE mais pesado, aumentando o seu custo e o de seus componentes associados.

oD
Para GE de pólos salientes, a reatância de eixo em quadratura - Xq- é da
ordem de 60 a 80% de Xd, e no caso de pólos lisos esta diferença fica baste
reduzida, obtendo-se valores de Xq em torno de 94 a 98% de Xd.
Pi
Rotação Nominal

A rotação do GE deverá ser compatível com a da TH e com a


de

freqüência do sistema, verificando-se a necessidade de se instalar


ou não um multiplicador de velocidade, e são relacionadas por
meio da seguinte expressão:
lda

60. f
nn =
Zp
cu

nn (rpm)- rotação ; f( Hz) – freqüência da tensão gerada; Zp –


Fa

número de pares de pólos do GE.

No entanto, existem algumas combinações de números de


pólos que restringem o projetista na definição do número de
circuitos de corrente de campo, dificultando o projeto e
encarecendo o GE. O projeto ganha grande flexibilidade quando o
número de pólos pode ser dividido por vários números de circuitos
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possíveis. Na prática, preferencialmente deve-se procurar Ter um
número de pólos divisível por quatro.
Durante a fase de especificação, os valores da rotação
nominal e da máxima velocidade de disparo deverão ser
precisamente informados aos fabricantes, já que podem ser fatores

o
limitantes, por questões de esforços mecânicos, impondo restrições
sobre o diâmetro do rotor.

im
Os GE, operando em sua rotação nominal, ficam sujeitos,
normalmente, a esforços alcançam até 65% dessa tensão. A

éc
sobrevelocidade usual é de 30% acima da rotação nominal, mas se
admite, em projetos específicos, que esta possa chegar até aos
50%. Na velocidade de disparo, esses esforços alcançam 80% da

oD
tensão de ruptura. Por ser esta uma situação rara e em virtude do
grande esforço mecânico, todas as vezes que ocorrer o disparo
exige–se uma revisão completa do GE. A sobrevelocidade, no
Pi
entanto, é uma situação operativa que poderá ocorrer com mais
freqüência. Para análises preliminares, a indicação do tipo de TH
utilizada é suficiente, já que as velocidades de disparo para cada
de

uma delas são bem definidas.


lda

Características Físicas

Nos GE conceitua-se como GD2n natural aquele que resulta


cu

do sue dimensionamento em condição ótimas de projeto elétrico e


magnético. Este deixa de ser natural quando o GE é
sobredimensionado com objetivo de atender a um valor de GD2
Fa

especificado diferente geralmente maior que o natural. Por


exemplo, em altas velocidades (600 a 1800 rpm) somente se
consegue altos valores de GD2 pelo sobredimensionamento do GE.
Nos estudos de implantação de CH, um dos passos de maior
importância é a determinação do GD2 do seu sistema, uma vez que
é ele que comandará em última instância a variação da freqüência
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FACULDADE PIO DÉCIMO 127
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do GG. Por outro lado quem domina o GD2 do sistema girante é o
G D 2 do GE. Assim para o atendimento de uma boa regulação de velocidade é
necessário que o G D 2 do GE tenha valor compatível com a necessidade do sistema
girante. Caso este seja menor que o necessário deve-se estudar o s e u a u m e n t o
possível até um limite próximo a 50% observando no entanto que

o
cada 1% no aumento de inércia natural do GE seu custo fica
acrescido de aproximadamente 0,1%. No caso de PCH, é comum

im
aumentar o GD2 do sistema girante por intermédio de volantes,
tornando praticamente inviável em grupos verticais.

éc
Arranjos de Montagens

oD
Em GCH, onde são típicos os GG de eixo vertical, é possível
usar vários arranjos de montagem, definidos, basicamente, pelo
posicionamento dos mancais de escora (axial) e de guia (radial).
Pi
O arranjo convencional, apresentado na figura (a) abaixo,
possui um mancal combinado guia-escora, posicionado acima do
rotor do GE, e um mancal guia colocado abaixo do rotor.
de
lda
cu
Fa

Arranjos convencionais.

Neste arranjo, a TH tem seu próprio mancal de guia. Para


garantir um funcionamento suave, este arranjo é utilizado em GG
com velocidades elevadas.
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FACULDADE PIO DÉCIMO 128
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Existem casos, porém, onde o mancal de guia inferior do GE
pode ser dispensado, caso fecha na velocidade crítica não seja
elevada. Nestas situações o mancal guia da TH é suficiente desde
que garantida a rigidez do acoplamento TH-GE. Este arranjo é
mostrado na figura (b) acima permitindo sensível redução da altura

o
da casa de máquinas.
Para GE de baixa velocidade o arranjo conhecido como

im
umbrella. Figura (a) abaixo traz um a grande redução na altura do
GG, como uma conseqüente economia na casa de máquinas.

éc
oD
Pi

Arranjos tipo umbrella e semi-umbrella.


de
lda

Neste caso, um mancal combinado guia-escora fica localizado


próximo ao plano horizontal que passa pelo centro de gravidade do
cu

GE. Dispensa-se, assim o mancal guia superior, permanecendo,


entretanto, o mancal guia da TH este arranjo exige um
Fa

balanceamento mais fino, mas traz sensível economia na


montagem e na construção.
Outros arranjos, conhecidos como semi-umbrella. Figura (b)
acima. Podem ser utilizados para velocidades médias. Neste tipo, o
mancal combinado fica sob o rotor do GE, mas distante do plano do
seu centro de gravidade o que exige um mancal guia colocado
acima do seu rotor.
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No caso de PCH, os GG têm, em geral, eixo horizontal. Assim
a concepção dos mancais é totalmente diferente. Esses GE podem
possuir mancais radiais na tampa ou em pedestais. Mancais axiais
ou de ação axial ficam reservados ao mancal da TH.
De acordo com as normas da ABNT e IEC, há dois sistemas-

o
códigos pra símbolos e abreviações das formas para montagem
para montagem de GE, a saber:

im
Sistemas - código I: vale apenas para máquinas elétricas com
mancais nas tampas, com uma ponta de eixo livre e abrangem

éc
somente as construções mais comuns: A simbologia para
identificação consiste do código IM (International Mounting),
seguida de um número.

oD
Sistema - Código II: vale para todas as máquinas rotativas
para uso geral e para casos especiais de aplicação.
Pi
O sistema – Código I segue a seguinte regra:
de
lda
cu

O significado dos dois primeiros algarismos da abreviação


para tipo de construção segundo o Sistema - Código I, é
apresentado na tabela abaixo:
Fa

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FACULDADE PIO DÉCIMO 130
================================================================================

o
im
éc
O segundo e o terceiro algarismos fornecem o sistema de

oD
instalação e o tipo de montagem da máquina. O significado do
quarto algarismo da abreviação para tipo de construção, segundo o
Sistema - Código II é representado na continuação da tabela
abaixo:
Pi
de
lda
cu
Fa

Normalmente, outros tipos construtivos podem ser obtido aos


fabricantes.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 131
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Para o dimensionamento da casa de máquina é fundamental
estabelecer criteriosamente o tipo de construção do GE, pois isto
implica em maiores ou menores volumes de obras civis e trabalho
de montagem. Assim por exemplo, embora o tipo IM7001 seja
semelhante ao tipo IM 7011 verifica-se que, no primeiro caso, o

o
eixo estará mais baixo em relação ao piso. A opção entre os dois
dependerá do posicionamento da TH em relação ao piso e de suas

im
dimensões.

éc
oD
Pi
de
lda
cu

A definição do número e do arranjo dos mancais é


extremamente importante, e função de acordos entre fabricantes da
TH e do GE. Assim, por exemplo, pode-se Ter um GE com um só
Fa

mancal, desde que rigidamente acoplado à TH e esta possua o


outro mancal, que não deve ser apenas radial, mas também, axial.
Para casos onde haja a necessidade de volantes, é comum o GE
ter dois mancais radiais de pedestal e a TH ter um mancal
combinado entre o volante e o rotor.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 132
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Graus de Proteção

Os graus de proteção representam os níveis de proteção


relacionados à carcaça da máquina. As condições operacionais e o
local de instalação do GE determinam o tipo e grau de proteção

o
adequados. A designação utilizada e apresentada na publicação
IEC 34-5/1968 é formado pelas letras IP seguidas de dois

im
algarismos característicos que indicam o grau de proteção, como
segue:

éc
Primeiro algarismo, que varia de 0 a 5, indica a proteção de
pessoas contra o contato com partes sob tensão ou em movimento
dentro da carcaça e proteção da máquina contra a penetração de
corpos sólidos estranhos. oD
Segundo algarismo, que varia de 0 a 8, revela a proteção da
máquina contra a penetração prejudicial de água.
Pi
Adicionalmente, a inclusão da letra W entre as letras IP e os
algarismos indicam que a máquina tem proteção contra
intempéries. Nas duas tabelas abaixo, são apresentados os
de

significados de cada algarismo significativo.


lda
cu
Fa

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FACULDADE PIO DÉCIMO 133
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o
im
éc
oD
Pi
de
lda
cu
Fa

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FACULDADE PIO DÉCIMO 134
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o
im
éc
oD
Pi

Circuitos de Refrigeração
de

A IEC 34-6/1969 estabelece designações e define simbologias


lda

para vários circuitos de resfriamento de máquinas elétricas


rotativas.
O método de resfriamento é designado pelas letras IC
(Internacional Cooling) e por um grupo de uma letra e dois
cu

algarismos característicos para cada circuito de resfriamento.


Os tipos mais comuns de refrigeração de máquinas elétricas
Fa

são identificados de forma simplificada pelas letras IC e dois


algarismos característicos.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 135
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o
im
O primeiro algarismo significativo define o tipo de arranjo do
circuito de refrigeração, enquanto o segundo representa o modo de

éc
suprimento de energia para a circulação do meio refrigerante, como
mostra nas duas tabelas abaixo.

oD
Pi
de
lda
cu
Fa

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FACULDADE PIO DÉCIMO 136
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Embora o número de combinações possíveis entre os
algarismo característicos seja bastante grande, somente algumas
delas são encontradas na prática.

Sistemas de Excitação

o
Os sistemas de excitação se prestam a fornecer energia em

im
corrente contínua para o circuito campo dos GE síncronos e
podem se enquadrar dentro de seguinte classificação:

éc
Excitação rotativa; ou
Excitação estática.

oD
As excitatrizes estáticas podem utilizar a própria tensão e
corrente da armadura do GE principal para prover a excitação.
Pi
Estas grandezas alternadas são retificadas por meio de tiristores
disparados convenientemente pelo regulador de tensão. A energia
gerada é levada ao campo do GE por meio de anéis e escovas.
de

Já as excitatrizes rotativas podem ser com ou sem


comutação. As excitatrizes com comutação são GE de corrente
contínua com excitação shun ou compound acionadas pelo próprio
lda

eixo do GE principal diretamente ou acopladas por correia, ou


ainda, em alguns casos, acionadas por uma pequena TH própria. A
energia gerada é levada ao campo do GE também por meio de
cu

anéis e escovas. Este sistema de excitação consome cerca de


0,5% a 2% da potência do GE principal e foi uma das primeiras
soluções encontradas para a excitação de grandes GE.
Fa

As excitatrizes rotativas sem comutação – Sistema Brushless


– por sua vez, dispensam o emprego de anéis e escovas, já que
nesta concepção a excitação é feita por um GE de pólos fixos e
com sua armadura montada no mesmo eixo d GE principal. Sendo
assim, a tensão induzida pode ser retificada e entregue
diretamente ao circuito de campo. Observe-se que os diodos giram
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FACULDADE PIO DÉCIMO 137
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conjuntamente com o eixo e o controle é feito por meio da
excitação dos pólos fixos.
Todos estes sistemas podem ser usados em microcentrais,
PCH, médias centrais e GCH. A tendência, no entanto é atilização
somente das exitatrizes estáticas brushless.

o
Para GE com potência superior a 50 MVA, a excitatriz
brushless tem sido preterida em relação à excitatriz estática. Isto

im
se dá por outro lado, o por ser a excitatriz estática extremamente
rápida – 0,01 contra 0,5 a 5s – e, por outro lado, o sistema

éc
brushless encontra com principal barreira a sua operação em
rotação inferiores a 600 rpm, quando crescem muito em peso e
custo.

oD
Para GE de microcentrais, tem-se uma variante simplificada
da esticaria estática. Neste sistema compound, a tensão e a
corrente da armadura são retificadas e levadas diretamente ao
Pi
campo do GE, empregando anéis e escovas. Sendo assim, estando
o GE em vazio ajusta-se a tensão da armadura a partir da
componente de excitação e, estando o GE em operação , a
de

componente de corrente trata de compensar a reação da


armadura . Por estas razões estes GE são denominados GE
autoregulados.
lda

Ao se escolher um sistema de excitação deve-se ter em mente


as situações operacionais previstas e os distúrbios dinâmicos aos
quais os GE estarão submetidos como por exemplo: partida de
cu

grandes motores de indução, rejeições de carga, sustentação de


corrente de curto-circuito, perturbações da rede etc. Sendo assim,
os principais fatores de seleção são: capacidade de sustentação d
Fa

correntes de curto-circuito, tempo de resposta, potência do GE


principal e da excitação, entre outros.
Com relação à sustentação da corrente de curto-circuito, os
GE devem manter uma corrente, no mínimo, duas vezes a normal,
visando à seletividade da proteção.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 138
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O sistema de excitação deve contemplar também dispositivos
de escorvamento e de desexcitação, tais como disjuntores de
campo, resistores de descarga e demais equipamentos e controles
necessários à rápida desexcitação dos GE.

o
Dimensionamento das Fundações dos GE

im
Durante a operação normal de um GE, além do seu peso
próprio, existe também uma força de regime contínuo solicitando as

éc
bases do mesmo.
Estas solicitações são agravadas na ocorrência de faltas -
curtos-circuitos de diversas naturezas - e de perda de sincronismo
ou paralelismo errôneo.
Sendo assim, as
oD
estruturas e bases devem ser
cuidadosamente calculadas, considerando tais eventualidades a fim
Pi
de suportar os esforços em todas as condições operativas
possíveis, figura abaixo.
de
lda
cu

Esforços em GE.
Fa

No intuito de obter equações simplificadas e analisar sempre


a ocorrência do pior caso, são consideradas as seguintes
suposições: resistência da armadura, impedância de falta,
saturação, harmônicos espaciais e resposta da excitatriz
desprezos; a tensão interna da máquina não se altera; variação
gradual e não abrupta do ângulo de carga; e, finalmente, que os

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FACULDADE PIO DÉCIMO 139
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efeitos da redução de corrente e do torque unidirecional se
anulam.

Especificações Adicionais

o
No momento da especificação do GE e nos termos
contratuais, deve-se solicitar do fabricante uma série de ensaios

im
que visam fornecer dados importantes relativos ao seu
desempenho e verificar as garantias do fabricante. Estes ensaios

éc
são prescritos na norma ABNT NBR 5052 e devem seguir
rigorosamente sua orientação, podendo ser subdivididos em dois
tipos:

Ensaios de Rotina
oD
Pi
Nestes ensaios objetiva-se:

1. Medição de resistências ôhmicas;


de

2. Medição de resistências de isolamento;


3. Determinação de centro magnético;
4. Medição de tensão de eixo e isolação de mancais;
lda

5. Verificação do equilíbrio de tensão entre fases;


6. Verificação da seqüência de fases;
7. Medição do nível de vibração;
cu

8. Tensão aplicada com duração de um minuto.

Ensaios de Tipo
Fa

Os objetivos destes ensaios são:

1. Levantamento da curva de saturação em vazio;


2. Levantamento da curva de curto-circuito permanente;

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3. Determinação da reatância de eixo direto e da relação de
curto-circuito;
4. Ensaio de aquecimento;
5. Ensaio de separação de perdas;
6. Determinação do rendimento a 25, 50, 75 e 100% de carga,

o
com fatores de potência 0,8 e 1,0;
7. Determinação da corrente de excitação sob carga e

im
regulação;
8. Verificação da forma de onda gerada;

éc
9. Determinação do fator de interferência telefônica;
10. Ensaio de curto-circuito trifásico instantâneo;
11. Determinação das reatâncias e constantes de tempo

12.
transitório e subtransitório;
Medição do nível de ruído;
oD
13. Determinação do momento de inércia;
Pi
14. Determinação de sobrevelocidade.

É comum, também, especificar no contrato um ou mais jogos


de

de peças reserva, além de equipamentos e ferramentas especiais


associados para futuras manutenções. Documentos, desenhos,
manuais de operação e manutenção também devem ser
lda

contratualmente exigidos.
cu

NÚMERO DE GG – CARACTERÍSTICAS DAS TH

Critérios - Limitações
Fa

A fixação do número de GG, as características das TH e dos


GE têm como critério básico às necessidades da CH em atender
técnica e economicamente, uma programação especifica de carga
estabelecida pelo mercado, com, alto grau de confiabilidade e
durante toda a sua vida útil.
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FACULDADE PIO DÉCIMO 141
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Para tanto, é indispensável conhecer, além desta


programação do estudo de implantação, o seguinte:

1. Vazão e queda nominal do aproveitamento;

o
2. Níveis máximo e mínimo no canal de fuga;
3. Vazões e respectivas quedas máxima e mínima do

im
aproveitamento;
4. Potência máxima e mínima exigidas pelo mercado;

éc
5. Análise físico-química da água;
6. Topografia, geologia e geotécnica da região onde será
implantada a casa de máquinas, incluindo batimetrias do
rio no local da descarga; oD
7. Características dos sistemas de baixa e da alta pressão,
tais como seções transversais e comprimentos dos
Pi
condutos de baixa e alta pressão dimensões hidráulicas de
extravasores, tomada d’água, câmara de carga e/ou haminé
de equilíbrio.
de

Uma análise destas necessidades permite fixar:


lda

1. Vazão máxima do aproveitamento e quda nominal;


2. Alturas máximas possíveis de sucção através de análise
técnico econômico para implantação da casa de máquinas,
cu

particularmente cotas de seu piso e dos correspondentes


níveis no canal de fuga ou descarga;
3. Com a potência mínima necessária para atender o mercado,
Fa

vazão do rio com 100% de duração, fixação de vazão para


atendimento ao ecossistema no trecho do rio abrangido
pela CH e queda mínima, determina-se a vazão mínima a
ser turbinada;

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FACULDADE PIO DÉCIMO 142
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4. Estado da arte aliado à energia gerada permite limitar
superiormente os rendimentos desejados em função das
cargas.

Fixadas estas características será estabelecido um algoritmo

o
que permitirá elaborar programa computacional que determinará o
número de GG e as características das TH, sendo elas de reação

im
com rotor simples, seja ele do tipo Francis ou axial e este hélice ou
Kaplan, com distribuidor fixo ou móvel. O programa, indicará,

éc
ainda, o posicionamento dos eixos, se horizontal ou vertical e o
tipo de acoplamento, se direto ou com amplificador , bem como as
dimensões de montagem, para o caso das TH terem caixa espiral.

Volantes
oD
Pi
São as massas girantes do GG que, com sua inércia, mantêm
suas rotações dentro de limites de modo que seu tempo
transitório- tg (s)- não seja ultrapassado.
de

Reguladores de Velocidade – RV
lda

A função original dos RV é manter o GG em rotação constante


a fim de que a freqüência da tensão gerada seja mantida em seu
valor normal, atuando, para tanto, sobre a vazão da TH. Como a
cu

potência gerada é função direta da vazão turbinada, RV


desempenha também o papel fundamental de controle da potência
ativa, notadamente quando o GG está operando em paralelo com a
Fa

rede ou com outra máquina. Na prática, há basicamente dois tipos


de RV, a saber: RV isócrono e RV com estatismo permanente.
O RV isócrono tem a característica principal de, em regime
permanente, manter uma velocidade de rotação constante e igual à
velocidade de referência, apresentando, no entanto, péssimas
características de estabilidade em regime transitório. A figura (a)
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abaixo apresenta a característica estática do RV isócrono,
enquanto a figura (b) mostra a sua representação em diagrama de
blocos para análise de seu comportamento dinâmico.

o
im
éc
RV isócrono.

Como este RV mantém


oD
a velocidade constante, a sua
aplicação è fortemente indicada para controle em sistemas
isolados. Esta característica, no entanto, o torna inadequado para
Pi
trabalhar com outras máquinas em paralelo, acarretando problemas
de estabilidade.
de

A fim de permitir a operação de GE em paralelo, pode-se


adicionar ao RV isócrono uma malha de realimentação. O preço
que se paga por esta melhoria é uma pequena queda de velocidade
lda

na ocorrência de um impacto positivo de carga, ou um aumento,


caso o impacto de carga seja negativa. Esta variação de
velocidade é chamada queda ou drop. Na realidade, o estatismo é
cu

definido pela variação percentual da velocidade quando da


ocorrência de um impacto de carga igual à potência normal do GE.
Dessa forma, este novo RV passa a ser chamado RV com queda de
Fa

velocidade ou RV com estatismo permanente.

Reguladores de Tensão - RT

Os RT têm como função principal manter a tensão da


armadura em seu valor ajustado, atuando sobre a corrente de
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excitação do GE síncrono. Sendo assim, tem-se que os mesmos
são fundamentais no controle da potência reativa gerada,
principalmente quando se deseja obter uma repartição apropriada
da potência entre GG conectadas, a um mesmo barramento, por
meio da alteração do ponto de regulagem, ou para controlar a

o
tensão em um ponto distante dos terminais do GE.
Adicionalmente, os RT possuem papel muito importante na

im
estabilização de transitórios elétricos do sistema, aumentando a
margem de estabilidade dos GE síncronos. A partir da década de

éc
70, circuitos estabilizadores - PSS, começaram a ser adicionados
aos RT visando justamente melhorar o desempenho dinâmico do
sistema elétrico.

oD
Além disto, os RT são fundamentais ao funcionamento correto
dos GE, assegurando a operação dentro dos limites impostos pela
sua curva de capacidade. Há limites operativos que são função da
Pi
corrente de excitação, tais como o limite de aquecimento dos
enrolamentos do rotor, limites de sobreexcitação e de
subexcitação, de modo que os RT prevêem esquemas especiais de
de

compensação e limitação da corrente de campo.


Uma característica que pode ser incorporada aos RT,
principalmente aos de pequeno porte que operam em paralelo com
lda

um grande sistema, é o controle do fator de potência ao invés dos


níveis de tensão. Nestes casos, como a tensão é controlada pelo
sistema, esta característica é desejável, garantindo sempre uma
cu

quantidade de potência reativa proporcional à potência ativa


gerada.
Fa

Supervisão de CH

Dentro de uma visão mais ampla, a supervisão de CH será


abordada considerando três níveis básicos: sistemas de proteção,
sistemas de medição e de monitoramento.

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Os sistemas de proteção desempenham o papel fundamental
de detecção e isolamento de faltas, visando à operação
normatizada, prevenção contra falhas e limitação de defeitos
resultantes das falhas, trabalhando da seguinte forma:

o
1. Remover do serviço, total ou parcialmente,
equipamentos, dispositivos ou circuitos que estejam

im
operando em condições anormais;
2. Retirar componentes defeituosos, que não interfiram

éc
desordenadamente na operação dos demais que se
encontram em boas condições de continuidade de
operação;
3. oD
Supervisionar a operação do sistema, de forma a
assegurar a continuidade e a qualidade de
fornecimento.
Pi
Para atender a estes requisitos, um sistema de proteção deve
possuir as seguintes características desejáveis:
de

1. Sensibilidade: capacidade de detecção de pequenas


lda

grandezas de defeito ou anormalidade;


2. Confiabilidade: capacidade do equipamento de
proteção estar sempre disponível quando solicitado;
cu

3. Velocidade: tomada de decisão, no menor espaço de


tempo possível, após a sua atuação;
4. Seletividade: capacidade de discernimento entre
Fa

regiões faltosas e sadias, e tomada de decisão sem


interferir em zonas de proteção que não estejam sob
sua responsabilidade.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 146
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Durante a concepção e análise dos fundamentos básicos de
sistemas de proteção, deve-se Ter sempre em mente que, devido à
natureza aleatória das diversas faltas possíveis em um sistema,
estes estudos são feitos com base em determinadas filosofias de
proteção que se apoiam no equilíbrio dos recursos técnicos e

o
econômicos, cuja solução permitirá a execução do projeto, uma vez
que a previsão de proteção de todas as faltas possíveis o torna

im
economicamente inviável.
Em nível de medição, os instrumentos necessários à

éc
supervisão das grandezas elétricas do GE são, na armadura,
wattímetro e varímetro trifásico, medidos trifásicos de energia ativa
e reativa, voltímetro com chave comutadora de fase e amperímetro
nas três fases. oD
No caso das grandezas de campo, deve-se medir a tensão e a
corrente de excitação. É indispensável, também, a existência da
Pi
coluna de sincronismo, mostrando as freqüências e tensões do GE
e do sistema, além do dispositivo de indicação de concordância de
fase, o sincronoscópio. Uma evolução dos sistemas de medição
de

são os sistemas de monitoramento que, por sua vez, fornecem


subsídios à automação e ao controle da CH, tais como o sistema
SCDA-Supervisory Control And Data Acquisition System. Nesta
lda

filosofia, grandezas elétricas e mecânicas são tomadas em pontos


estratégicos, permitindo traçar um completo diagnóstico do
desempenho da CH. As características mínimas exigidas para um
cu

sistema de monitoramento deste tipo são o baixo custo, a


confiabilidade, a repetibilidade das medidas, a compatibilidade
eletromagnético, a fácil instalação e manutenção, a transparência
Fa

para a máquina e a reinicialização automática - watch-dog.


Medidas de grandezas analógicas, tais como temperatura,
vibração axial e radial de diversos componentes, deslocamento de
mancais, abertura de válvulas e comportas, pressão, vazão
potências ativa e reativa, bem como de grandezas digitais, tais
como estado de disjuntores, relés de proteção e de abertura de
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válvulas, são feitas por transdutores que convertem estas
grandezas em sinais elétricos, tipicamente de corrente - 4 a 20 mA
– tensão – 0 a 5 V – ou óptico, de modo que possam ser
transmitidos e medidos por um sistema automatizado de aquisição
de dados, permitindo a análise on-line ou futura, para avaliações

o
de cavitação, desgaste de equipamentos, defeitos iminentes e
outros.

im
Todas as medidas podem ser sintetizadas utilizando-se uma
interface homem - máquina – IHM, representação sinótica da CH,

éc
mostrando no monitor de vídeo de um computador o estado atual
do GG e dos pontos monitorados. No caso de uma semi -
automatização da CH, o operador poderá analisar estes dados e
tomar decisões
utilizando o mouse.
atuando-se na oD tela do computador apenas

Além das medições, um sistema de monitoramento, já com


Pi
funções de controle, também pode ser utilizado para cumprir
certas tarefas dentro da CH, como por exemplo, comando,
sinalização, alarme, registro de seqüência de eventos,
de

intertravamento e bloqueio de funções, controle de potências ativa


e reativa, sincronização, autor diagnose, partida e paradas
automáticas. No entanto, podem existir casos onde o emprego
lda

deste sistema não seja economicamente viável. A tabela abaixo


serve como indicativo quando se deseja saber até que ponto se
deve monitorar e automatizar uma CH.
cu
Fa

================================================================================
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================================================================================

o
im
éc
SUBESTAÇÕES

oD
Nas CH, as subestações cumprem a importante função de
ligar o GE, por intermédio de seu transformador, caso exista, ao
sistema de transmissão, distribuição ou industrial, dependendo de
sua localização, finalidade e porte.
Pi
Este objetivo é alcançado pela conveniente comutação ou
manobra de disjuntores e chaves seccionadoras, energizando ou
desligando os barramentos e linhas ou cargas conectadas. Além
de

destes, outros componentes auxiliares garantem o cumprimento


seguro desta tarefa, tais como, TC, TP, relés, pára - raios, malha
lda

de terra, chaves de aterramento, entre outros.


Ao projetar uma subestação, o parâmetro de maior interresse
é a sua confiabilidade, resultado da interação da confiabilidade de
cu

cada um de seus componentes com a maneira como eles são


dispostos, definindo o arranjo da subestação.
Naturalmente, como fator restritivo, tem-se os custos e, sendo
Fa

assim, da mesma forma como nos sistemas de proteção, há alguns


arranjos de subestação já consagrados que, de certa forma,
atendem ao binômio confiabiliade - custo dentro de aplicações
específicas e são classificados em função do arranjo dos seus
barramentos. A figura abaixo mostra alguns destes arranjos. Nesta
figura, há duas alternativas de construção com barramentos únicos,

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================================================================================
barramento singelo (a), cuja principais características são o baixo
custo, a operação em tensões até 13,8 kV, boa visibilidade da
instalação, diminuindo os riscos de manobra, e a reduzida
flexibilidade operativa, que poderá ser melhorada com
seccionamento do barramento, resultando no arranjo barramento

o
singelo com acoplamento longitudinal, que tem sido aplicado a
tensões até 34,5(kV).

im
éc
oD
Pi

Barramento singelo.
de

Uma melhoria deste arranjo consiste em, juntamente com o


barramento principal, introduzir um barramento auxiliar, ou de
lda

transferência, que resulta em uma alta segurança de operação,


permite a comutação sem tensão ou interrupção e, por isso, tem
sido aplicado a tensões de 13,8 a 138 kV. A figura abaixo ilustra
cu

tal alternativa.
Fa

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FACULDADE PIO DÉCIMO 150
================================================================================

o
im
éc
oD
Subestação com barramento auxiliar.

No caso de instalações de grande porte, um arranjo que


Pi
permite a operação contínua mesma durante a manutenção de
equipamentos, é o arranjo com barramento duplo, mostrado na
figura abaixo.
de
lda
cu
Fa

Arranjos típicos de barramento duplo.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 151
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A figura a, b e c mostra o arranjo de barramento duplo com
três, quatro e cinco chaves, respectivamente. O primeiro é
normalmente aplicado em tensão de 138 kV, o segundo é muito
pouco usado e o terceiro é o mais usado, principalmente em tensão
de 230 kV.

o
O arranjo de disjuntor e meio permite que, para cada dois
circuitos, haja um disjuntor de reserva resultando em grande

im
segurança de serviço. Por isso é aplicado em tensões de 345 a 550
kV. Já o arranjo em anel permite a saída de serviço de um

éc
disjuntor, sem prejuízo da operação normal. Existindo, no entanto
tantos disjuntores quantos forem o número de circuitos, os quais
devem ser dimensionados para a maior corrente, em geral, o dobro

oD
da maior corrente dos circuitos derivados. A figura abaixo mostra
estes arranjos.
Pi
de
lda
cu

Arranjos de subestações.
Fa

As subestações podem ainda ser classificadas em função do


local de sua construção, ou seja, subestações abrigadas e não
abrigadas.
Normalmente, em médias e GCH, devido ao porte da
subestação, ela deverá ser construída fora da casa de máquinas.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 152
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Para PCH, a subestação poderá ser construída dentro da casa
de máquinas. O uso de disjuntores removíveis contribui para a
redução do espaço necessário e economiza a utilização de chaves
seccionadoras. A partir do início da década de 90, uma nova
tecnologia de construção de subestações abrigadas tem sido

o
desenvolvida a partir da utilização de equipamentos modular, tais
como disjuntores, chaves, incluindo a medição e a proteção com

im
recursos de comunicação de dados para um eventual
monitoramento e automação.

éc
Sistemas Auxiliares

A partida,
necessariamente,
operação
pelo bom
e oD parada
funcionamento
de uma
de seus
CH passa,
sistemas
auxiliares, Estes, por sua vez dependem de um sistema de
Pi
alimentação eficiente e continuado, tanto em corrente contínua
como em corrente alternada, mesmo em condições de parada total
ou interrupção de fornecimento externo. Esta energia é entregue
de

aos diversos pontos de consumo dentro da CH por um sistema


interno de distribuição que pode ser radial ou em anel.
Normalmente este sistemas é projetado em anel, mas opera na sua
lda

forma radial, por meio da configuração de chaves localizadas em


pontos estratégicos, permitindo a alimentação de um mesmo ponto
por vários caminhos e aumentando a confiabilidade do sistema. É
cu

importante observar que um sistema auxiliar completo em uma CH


pode vir a consumir em torno de 0,5% de toda a capacidade de
geração da CH.
Fa

Um os componentes mais importantes dos sistemas auxiliares


é o sistema de óleo hidráulico. Há vários equipamentos dentro de
uma CH que dependem da aplicação de óleo sob pressão para o
seu bom funcionamento. Um bom exemplo é o servo motor do RV
da TH, cuja atuação é necessária independente da concepção do
RV, ou seja, desde os antigos eletro-hidráulicos até os modernos
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FACULDADE PIO DÉCIMO 153
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reguladores digitais. Também no caso de mancais de escova e d
guia, utiliza-se óleo sob pressão, principalmente nas etapas da
partida de grandes GG de eixo vertical, onde, depois de atingida
uma certa velocidade e em sua operação normal, as próprias
características hidrostáticas do projeto se encarregam de manter

o
uma fina película de óleo lubrificante.
Durante os procedimentos de parada de grandes GG, cujas

im
inércias podem acarretar em tempos de desaceleração
excessivamente longos - de 3 a 4 horas -, pode-se aplicar freios

éc
hidráulicos com o intuito de reduzir o tempo de desaceleração. É
importante observar, no entanto, que este procedimento se aplica
quando a velocidade de rotação do GG estiver em torno de 25% de

oD
seu valor inicial ocasião em que a lubrificação dos mancais fica
prejudicada, comprometendo a vida útil do metal patente que
reveste a parede interior dos mancais. Estes freios são
Pi
normalmente acionados por ar comprimido. Assim sendo, deve-se
manter sempre cheio um reservatório com capacidade suficiente
para dar continuidade ao processo de frenagem, mesmo na falta de
de

fornecimento de energia elétrica. Esta mesma observação se aplica


ao sistema de ar comprimido que atende o sistema de combate a
incêndios, ou seja, o sistema deve sempre manter uma pressão de
lda

água adequada na saída das mangueiras.


Outros sistemas auxiliares não menos importantes são
sistema de resfriamento de GE e transformadores, o que implica,
cu

em alguns casos, na existência de um sistema de bombeamento de


óleo para refrigeração; sistema de bombas de drenagem,
principalmente em casos de máquinas submersas e sistema de
Fa

controle de comportas e de stop-logs.


Para tanto, o fornecimento de energia em corrente contínua
se utiliza de retificadores, inversores e baterias. Quando a tensão
em corrente contínua está disponível, as baterias ficam
continuamente sendo carregadas, permitindo a sua posterior
utilização. Sendo assim, não só o atendimento de cargas em
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FACULDADE PIO DÉCIMO 154
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corrente contínua fica garantido, mas também o atendimento de
cargas prioritárias em corrente alternada, que poderá ser feita com
o emprego de inversores.
O fornecimento da tensão alternada necessária aos sistemas
auxiliares normalmente é derivada de um sistema de alta tensão,

o
ou preferencialmente dois, visando assegurar a sua operação. A
seguir são apresentadas algumas filosofias mais comumente

im
empregadas:

éc
Conexão aos terminais do GE à tensão de geração: Este
arranjo convencional e provavelmente de mais baixo custo, faz uso
de um transformador abaixo e garante elevado grau de segurança,

oD
contudo não pode ser usado para a partida, sendo necessária a
alimentação por um sistema externo. Nestas condições, os níveis
de curto-circuito são muitos elevados, sendo por vezes necessário
Pi
aplicação de reatores para limitação das correntes de falta. Outro
fator importante é a variação da tensão no barramento que será
uma função da filosofia de operação da CH, figura (a) abaixo.
de

Conexão dos terminais do GE através de disjuntor:


Neste caso, a partida será viabilizada pelo sistema externo, já que
o paralelismo do GE será efetuado pelo seu disjuntor. As
lda

desvantagens com relação à regulação de tensão e níveis de faltas


são similares às do sistema anterior figura (b) abaixo. Em termos
de custos, no entanto, esta alternativa é mais cara.
cu

Conexão a partir do sistema principal de alta tensão:


Este arranjo implica em maiores gastos com a introdução de um
vão adicional à subestação incluindo transformador e disjuntor
Fa

figura (c) abaixo.


Fontes de geração auxiliares: Embora apresente custos
adicionais em obras civis, elétricas e mecânicas, esta é uma
alternativa bastante confiável, pois faz uso de um GG auxiliar
independente, hidráulico ou Diesel - elétrico, acionado em casos
de emergência, partidas ou paradas figura (d) abaixo.
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FACULDADE PIO DÉCIMO 155
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o
im
éc
Fontes de energia para sistemas elétricos auxiliares.

oD
Pi
de
lda
cu
Fa

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FACULDADE PIO DÉCIMO 156
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Casa de Máquinas

A casa de máquinas e o sistema de descarga abordados neste


capítulo, são componentes das CH cujos projetos devem

o
considerar, além dos objetivos técnicos, inserções harmônicas com
o meio ambiente local e todo o ecossistema a sua jusante. Isto

im
sendo observado, seus projetos podem ser executados, partindo-
se, no caso da casa de máquinas, das características

éc
estabelecidas para os GG e o sistema de descarga da TH e dos
extravasores.

Tipos – Estrutura oD
O projeto da casa de máquinas localizado no arranjo geral da
Pi
CH, como qualquer projeto de engenharia civil, compreende a parte
estrutural e a arquitetônica.
Para que a parte estrutural possa ser executada é
de

indispensável à listagem completa e instalados, com suas maiores


dimensões e respectivos pesos, cargas estáticas e dinâmicas
deles oriundos, bem como estarem previstos os sistemas de
lda

admissão e descarga dos equipamentos, inicialmente, são


otimizados os arranjos internos básicos, em planta e elevação. De
posse destes arranjos e considerando a inserção da casa de
cu

máquinas com o meio ambiente é elaborado o projeto arquitetônico,


que deverá ser considerado no cálculo e no projeto da infra-
estrutura que suportará o equipamento pesado e da superestrutura
Fa

para abrigar os demais equipamentos listados e as áreas para


manutenção e as instalações de conforto a serem utilizadas pelo
pessoal de operação e de manutenção.
De um modo geral, a casa de máquinas pode fazer parte
integrante da estrutura da barragem ou estar isolada. O primeiro
caso ocorreu na maioria das CHR e nas CHBQ, enquanto nas CHD
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FACULDADE PIO DÉCIMO 157
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as casas de máquinas são isoladas e a céu aberto e nas CHV são
isoladas e, normalmente, subterrâneas.
A figura abaixo mostra um corte longitudinal em CHBQ com
casa de máquinas isoladas, no caso a CHBQ Bortolan, do
Departamento Municipal de Eletricidade –Poços de Caldas- Minas

o
Gerais –Brasil, com GG de Psn = 900 KVA e TH tipo S que opera
com as características: Hn =12,0m, Q=7,0m3/s, n=450rpm. O GG

im
deste CH está ligado à tomada d’água incorporada à barragem
através de um condutor forçado de chapas de aço soldada de

éc
71,38\m de comprimento e 1700 mm de diâmetro.

oD
Pi
de
lda
cu

Corte longitudinal na casa de náquinas da CHBQ BORTOLAN


Fa

– rio das Antas – Poços de Caldas – MG.

A figura abaixo mostra um corte transversal na casa de


máquinas incorporada à barragem da GCH Tucuruí, no Rio
Tocantins- Brasil. As caraterísticas constante na Figura referem-se

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FACULDADE PIO DÉCIMO 158
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à primeira fase de sua implantação, já concluída e em operação
comercial.

o
im
éc
oD
Pi
de
lda

Corte transversal na casa de máquinas da GCH Tucurui – rio


Tocantins.
cu

As figuras abaixo mostram planta e corte na casa de


máquinas isolada da PCH Xavantina a ser implantada no rio
Fa

Galheiro da bacia do rio Araguaia no município de Barra do graças


–Mato Grosso- Brasil, com dois GG, totalizando Psn = 2593 KVA, Th
Francis de eixo horizontal que operam cada com: Hn = 63,60m,
q=2,35 M3 / s, n = 720rpm.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 159
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o
im
éc
oD
Planta da casa de máquinas da PCH Nova Xavantina a ser
implantada no rio Galheiro – Mato Grosso.
Pi
de
lda
cu
Fa

Corte A-A na PCH representada em planta na figura anterior.

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FACULDADE PIO DÉCIMO 160
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O custo da superestrutura pode ser reduzido, no caso de


GCH, construindo a casa de máquina com abrigos individuais para
cada GE, substituindo a ponte rolante por um pórtico que se
desloca sobre longarinas paralelas longitudinalmente a estes

o
abrigos. Tal disposição, conhecida como casa de máquinas
externa, apresenta como principal desvantagem não permitir a

im
desmontagem dos GG com mau tempo.

éc
Projeto

De um modo geral, para que o projeto da casa de máquinas

oD
possa ser realizado, devem estar disponíveis, entre outros, os
seguintes dados:
Pi
1. Planta do posicionamento da casa de máquinas no
arranjo geral da CH, com cotas do terreno de metro
de

em metro;
2. Esta planta deverá conter as vias de acesso
existentes e/ou previstas;
lda

3. Batimetrias do rio, na área prevista para a descarga


das TH, contendo as altitudes dos níveis d’água
mínimo e máximo do rio e também o mínimo da
cu

descarga das TH e/ ou do canal de fuga;


4. Mapa geológico e geotécnico do local onde será
implantada a casa de máquinas, com amarração dos
Fa

pontos de sondagem e as características das


camadas do solo para cada furo correspondente. No
caso da casa de máquina estar ligada estruturalmente
à barragem, o mapa deve incluir características de
trechos do rio a montante e a jusante do eixo da
barragem. Sendo a casa de máquinas interna, isto é,
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FACULDADE PIO DÉCIMO 161
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estando ela no interior de maciço rochoso,
características relativas à descompressão da rocha sã
de fundamental importância para seu projeto e
construção;
5. Características do meio ambiente no local e da

o
arquitetura da região;
6. Plana e seções transversais do sistema de alta

im
pressão junto a casa de máquinas contendo
posicionamento e características dimensionais do

éc
sistema de apoio e ancoragem, diâmetro, material e
espessura dos condutos e seus acessórios;
7. Esquemas em planta e elevação com as dimensões

oD
externas previstas par os GG, para cada um de seus
componentes e das partes que serão montadas no
local, incluindo a máxima altura de sucção prevista
Pi
para as TH;
8. Pesos de cada componentes dos GG e das partes que
serão montadas no local;
de

9. Esforços concentrados e distribuídos, estáticos e


dinâmicos, oriundos do escoamento e dos
componentes dos GG;
lda

10. Características dimensionais externas e peso de


todos os componentes elétricos a serem instalados no
interior da casa de máquinas;
cu

11. Características dimensionais externas e peso de


todos os auxiliares que funcionarão no interior da
casa de máquinas;
Fa

12. Características do uso funcional da casa de


máquinas, por exemplo, para treinamento;

Com estes dados o seguinte roteiro permite elaborar o projeto


da casa de máquinas da CH:

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FACULDADE PIO DÉCIMO 162
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1. Com a planta e dimensões do sistema de alta pressão
junto a casa de máquinas, esquemas e dimensões
externas, em planta, dos GG e de seus componentes,
procura-se otimizar um arranjo para os GG,
considerando espaços para descarga, montagem e

o
desmontagem;
2. Acrescenta-se a esta planta os espaços com

im
respectivas dimensões para os componentes
elétricos, os auxiliares e conforto, tais como,

éc
vestiário, copa cozinha. Sala de reuniões e outros,
conforme o porte de CH e as necessidades previstas
para serem nela realizadas. Obtendo-se, assim, as

oD
dimensões internas, em um só piso de planta básica
da casa de máquinas;
3. Nesta planta. Procura-se dispor os equipamentos de
Pi
modo a se obter uma áreas para descarga, montagem
e desmontagem. A largura deste retângulo definirá o
vão máximo da ponte rolante, sendo o seu
de

deslocamento máximo o comprimento do retângulo;


4. Em função das características do terreno, cortes e
aterros necessários serão posicionadas às demais
lda

áreas definidas na planta básica em um ou mais


pisos;
5. Com as dimensões verticais dos GG, de seus
cu

componentes do equipamento elétrico, dos auxiliares,


da altura máxima de sucção, das altitudes dos níveis
mínimo e máximo do rio, bem como do nível mínimo
Fa

de jusante, serão definidos os respectivos pés


direitos, principalmente o correspondente ao
retângulo a ser varrido pela ponte rolante.
Dependendo do porte do equipamento elétrico e dos
auxiliares pode ser necessário outra ponte rolante de
menor porte e/ou outro sistema para levantamento do
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porte do equipamentos. \no caso da casa de máquinas
externa, a ponte rolante principal será substituída por
um pórtico;
6. Com as dimensões do retângulo, seu pé direito
definido e o maior peso de componente do GG a ser

o
montado, desmontado e transportado, poderá a ponte
rolante principal e/ou o pórtico ser especificado para

im
fabricação, ou mesmo, se for o caso, poderá ser feito
ara a ponte de menos porte e/ou do sistema adotado

éc
para levantamento e transporte;
7. Com as plantas, os pés direitos respectivos, as
dimensões dos GG e todo o restante que a casa de
máquinas
dimensionalmente
oD
abrigara,
os
serão
cortes
projetados
transversais e
longitudinais com posicionamento de componentes;
Pi
8. Nas plantas e nos cortes serão posicionados e
especificados os circuitos elétricos, hidráulicos e de
refrigeração, se for o caso;
de

9. Com as plantas, os cortes, os circuitos citados nelas


posicionados, as características do meio ambiente no
local e a arquitetura da regional, será elaborado o
lda

projeto arquitetônico;
10. Com as plantas, os cortes, o projeto arquitetônico, os
pesos, as cargas e sua distribuição, serão calculadas
cu

e projetadas a infra-estrutura e a superestrutura;


11. Com todos estes elementos o custo da casa de
máquinas será determinado no seu cronograma de
Fa

construção elaborado para ser inserido no


cronograma geral de implantação da CH.

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SISTEMA DE DESCARGA

O sistema de recarga da CH compreende a descarga da THJ,


dos extravasores, das válvulas e das comportas.

o
Descarga das TH

im
A descarga das TH, normalmente feita coletivamente em
tanque legado a canal individualmente em poços legados a um

éc
canal ou diretamente no rio através dos tubos de sucção, deve ser
projetada observando algumas particularidades, tais como:
1. Sendo as TH de ação, a descarga deve ocorrer

afogados pois
oD
sempre livre. O poço e o canal jamais devem ser
o escoamento ocasionaria um
abaixamento da pressão na região após o rotor e
Pi
bloquear o funcionamento normal do GG. Se os
estudos de implantação da CH indicarem que poderá
ocorrer este afogamento, deverá ser previsto um
de

sistema de injeção de ar comprimido de modo a


garantir sempre o funcionamento do rotor com
descarga livre. Sob o aspecto do meio ambiente no
lda

que se refere à aeração da água após sua passagem


pelo rotor neste tipo de TH, os prejuízos são mínimos
já que a descarga livre provoca alta turbulência no
cu

meio, acarretando a aeração desejada no


escoamento;
2. Sendo as TH de reação, suas descargas ocorrem
Fa

através dos respectivos tubos de sucção que deverão


estar sempre afogados, devendo a parte afogada ser
tal que não permita refluxos que dariam origem a
transitórios que prejudicariam o bom funcionamento
de todo o GG. Conforme o posicionamento do piso da
casa de máquinas em relações ao nível mínimo do
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rio, pode ser que a altura máxima de sucção parta as
TH imponha a necessidade de ser mantido um nível
mínimo no tanque ou poço de descarga mais elevado
que o mínimo do rio. Neste caso, deve ser projetada
uma soleira. No caso de tubos de sucção com

o
descarga direta no rio deve-se projetar sua seção
transversal de saída de modo que a velocidade do

im
escoamento fique sempre um pouco maior do que a
do rio no local, evitando refluxo e águas paradas que

éc
modificam o sistema aquático e consequentemente
toda a fauna. De um modo geral, a descarga das TH
de reação reduzem a aeração do rio a jusante. Esta

oD
redução, que sempre traz prejuízos ambientqais, é
praticamente nula no caso de CHBQ submersível,
pequena nas CHR com extravasores na barragem em
Pi
seqüência da casa de máquinas, como é o caso da
maioria das GCH e grande para CHD, já que a vazão
remanescente é pequena em presença da turbina,
de

particularmente nos períodos secos . Para este tipo


de arranjo da casa de máquinas deve ser considerada
nos estudos de implantação em geral e,
lda

particularmente, na fixação do valo da vazão


remanescente. Nas CHV, resultados de análises da
água dos rios a montante poluído vir a poluir o de
cu

jusante com conseqüências para o meio ambiente e


para os usuários desta água.
Fa

Descarga de Extravasores, Válvulas e Comportas

De um modo geral, o problema de descarga de extravasores,


válvulas e comporta consiste em reduzir a energia cinética da água
a valores que evitem erosão em toda região da descarga, feita
através de dissipadores de energia. Esta redução pode ocorrer
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naturalmente, como no caso em que a energia cinética é pequena e
a calha do rio formada por material resistente à erosão dentro da
gama de variação da velocidade do escoamento. Caso a gama de
redução da velocidade na descarga seja pouco maior do que a
tolerada pelo material que reveste a calha do rio, pode esta ser

o
consolidada por meio de pedras rochosas disponíveis na própria
calha do rio ou próximo as suas margens, que são lançadas no

im
local da descarga, constituindo um dissipador natural. Quando
estes recursos são insuficiente, há a necessidade de ser

éc
construído um dissipador com características específicas para cada
caso. Estas características específicas, em última análise, são
obtidas a partir de ensaios de modelos.

CAPÍTULO III
oD
Pi
SISTEMA INTERLIGADO

ONS e o setor elétrico


de

Com tamanho e características que permitem considerá-lo


singular em âmbito mundial, o atual sistema brasileiro de produção
lda

e transmissão de energia elétrica, Sistema Interligado Nacional


(SIN), pode ser classificado como hidrótérmico de grande porte,
com forte predominância de usinas hidrelétricas e pequena
cu

complementação termelétrica , com múltiplos proprietários.


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) foi criado, em
1998, com a responsabilidade de operar o SIN e administrar a rede
Fa

básica de transmissão, para assegurar a manutenção dos ganhos


sinérgicos da operação coordenada a garantir a qualidade do
suprimento de energia, criado condições para a justa competição
entre os agentes. Esses ganhos representam um adicional de mais
de 20% na disponibilidade de energia do sistema e, com base nas
tarifas de supromento praticadas em 2000, somam mais de R$4,5
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bilhões por ano na energia comercializada. A operação coordenada
e centralizada do SIN assegura a otimização dos recursos de
geração dos recursos de geração e a confiabilidade no uso da
transmissão. Para tanto, o ONS vem se pautando pela integridade,
equidade, transparência e excelência - conceitos que lhe conferem

o
requisitos de gestão bastante específicos, próprios de
organizações cujo maior ativo é a relação de confiança entre seus

im
associados.

éc
Integridade

O ONS foi instituído pela lei 9.648/98 e pelo decreto 2.655/98

351/98, tendo assumido o


oD
e teve seu funcionamento autorizado pela Aneel com a Resolução
controle da operação do Sistema
Interligado Nacional em 1o de março de 1999.
Pi
Desde a sua criação, o Operador Nacional do Sistema Elétrico
assumiu como missão: assegurar aos usuários do Sistema
Interligado Nacional a continuidade, a qualidade e a economicidade
de

do suprimento de energia elétrica, por meio da otimização dos


recursos de geração de energia elétrica e da confiabilidade no uso
da rede de transmissão do SIN, administrando e garantido o livre
lda

acesso à rede básica.


O cotidiano do ONS é fundamentado numa conduta ética
pautada pela atenção aos marcos legais, pela responsabilidade
cu

social por seus empregados e clientes e pelo respeito ao meio


ambiente. Parâmetros próprios de uma entidade de excelência,
comprometida com desenvolvimento das pessoas, das
Fa

o r g a n i z a ç õ e s e d a s o c i e d a d e , c o n t r i b u i n d o p a r a o desenvolvimento
sustentável do País.

Equidade

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A estrutura organizacional do ONS possibilita a participação
dos agentes de forma aberta e democrática. Tendo como membros
associados os agentes de geração, transmissão, distribuição,
importadores e exportadores de energia elétrica, e cosumidores
livres; e como membros participantes o Ministério de Minas e

o
Energia (MME) e os Conselhos de Consumidores, o Operador
Nacional conta com uma estrutura de regência onde todos estão

im
representados.
Na Assembléia Geral, sua instância superior de decisão,

éc
estão representadas as três categorias de membros associados:
produção , consumo e transporte de energia, além dos membros
participantes. O conselho de Administração é constituído por sete

oD
membros que representam a categoria produção de energia, sete
do consumo, quatro do transporte e um representante do MME.
A Diretoria Executiva é composta por um diretor - presidente
Pi
e quatro diretores, com atribuições específicas em suas áreas :
Administração dos Serviços de Transmissão, planejamento e
Programação da Operação, Operação do Sistema a Assuntos
de

Corporativos.
No exercício de suas atividades, o ONS promove a sinergia
todas as áreas da organização, com o objetivo de atingir metas de
lda

qualidade e excelência de forma evolutiva na condução do


relacionamento com os agentes, com as entidades setoriais e a
sociedade.
cu

Transparência
Fa

O ONS é uma organização da era do conhecimento e, como


tal atribuir especial valor ao desenvolvimento do capital intelectual
de seus integrantes. Para operacionalizar as estratégias comuns e
abrangentes a toda a empresa, a gestão corporativa do NOS não
se restringe apenas às atividades tradicionais de gestão
financeira, administrativas e de recursos humanos. O Operador
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Nacional tem investido na automação dos processos para
assegurar a transparência, principalmente visando à divulgação de
informações aos agentes, de forma extremamente ágil e com
grande capacidade de adaptação às necessidades do momento.
Devido à heterogeneidade de seus públicos, o NOS está

o
sempre buscando a linguagem e os instrumentos adequados à
manutenção de um canal aberto de comunicação. Para isso, vem

im
utilizado diversas mídias impressas e eletrônica, num esforço
concentrado e permanente de concepção, desenvolvimento e

éc
aprimoramento, resultando na consolidação do bom relacionamento
com os seus públicos.

Excelência oD
Responsável pela administração da transmissão do SIN, o
Pi
NOS vem desempenhando seu papel por meio de três grandes
linhas de ação: contratação e administração dos encargos e
serviços; definição de ampliações e reforços da rede; e definição
de

dos requisitos mínimos e acompanhamento dos padrões de


desempenho da rede básica.
No que diz respeito ao planejamento e á programação da
lda

operação do sistema, o NOS tem buscado otimizar o uso dos


recursos energéticos e da rede de transmissão. Seus processos
envolvem a análise energética, elétrica e hidrológica da operação
cu

futura, em diferentes horizontes temporais plurianual, anual,


mensal, semanal e diário.
A operação propriamente dita tem como ponto de partida as
Fa

atividades pré-operativas de ajuste da programação diária às


modificações na previsão de carga e na disponibilidade efetiva das
instalações. O ONS também desenvolve atividades de controle
preventivo e corretivo na operação em tempo real do SIN. Além
disso, procede à análise pós-operativa imediata e de estatística,
incluindo a determinação dos índices de desempenho do sistema.
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Estas atividades são executadas pelas equipes do Centro
Nacional de Operação do Sistema (CNOS), localizada em Brasília,
e dos Centros Regionais de Operação do ONS, todos certificados
pela Norma ISSO 9002. Além de seus centros próprios, o NOS tem
centros de operação contratados de outras empresas do setor.

o
im
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lda
cu
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FACULDADE PIO DÉCIMO 171
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FACULDADE PIO DÉCIMO 172
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Usinas com mais de 30 MW – 1999

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SITES RELACIONADOS COM O CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA,


ESPECIALMENTE, COM AS DISCIPLINAS GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E
FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA.

[1] http://www.cnpq.br/ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

o
Tecnológico);

im
[2] http://www.eletrobras.gov.br/ (Eletrobrás);
[3] http://www.aneel.gov.br/ (Agência Nacional de Energia Elétrica);
[4] http://www.capes.gov.br/ (Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de

éc
Pessoal de Nível Superior);
[5] http://www.pea.usp.br/gepea/ Grupo de Energia – Departamento de
Engenharia de Energia e Automação – Escola Politécnica da Universidade

[6]
de São Paulo;
oD
http://www.coep.ufrj.br/ (COPPE/UFRJ);
[7] http://www.iis.com.br/~mporto/nuclear.htm (Informações sobre Energia
Nuclear);
Pi
[8] http://www.eletronuclear.gov.br/ (Informações sobre Energia Nuclear);
[9] http://www.compuland.com.br/gasnatural/ (Informações sobre Gás Natural);
[10] http://www.itg.pt/ (instituto Tecnológico do Gás);
de

[11] http://www.furnas.com.br/ (Furnas Centrais Elétricas S.A.);


[12] http://www.eolica.com.br/ (Centro Brasileiro de Energia Eólica);
[13] http://www.abrage.com.br/ (Associação Brasileira das Grandes Empresas
lda

Geradoras de Energia Elétrica);


[14] http://www.cerpch.efei.br/index2.html (Centro Nacional de Referência em
Pequenos Aproveitamentos Hidroenergéticos);
[15] http://www.ilumina.org.br/ (Instituto de Desenvolvimento Estratégico do
cu

Setor Elétrico);
[16] http://www.itaipu.gov.br/ (Usina Binacional de Itaipu);
Fa

[17] http://www.domain.com.br/clientes/cmel/ (Centro da Memória da


Eletricidade no Brasil – Memória da Eletricidade);
[18] http://www.ons.org.br/ons/ (Operador Nacional do Sistema Elétrico);
[19] http://www.furnas.com.br/ (Furnas Centrais Elétricas S.A.);
[20] http://www.canalenergia.com.br/ (Informações gerais sobre o setor Elétrico);

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ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA

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FACULDADE PIO DÉCIMO 174
==============================================================================

[21] http://www.cepel.br/~per/fontes.htm (Centro de Pesquisas de Energia


Elétrica);
[22] http://www.cresesb.cepel.br/ (Centro de Referência para Energia Solar e
Eólica Sérgio de Salvo Brito);
[23] http://www.energiabrasil.gov.br/ (Site oficial da Câmara de Gestão da Crise

o
de Energia Elétrica);

im
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Você também pode gostar