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GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
NOTAS DE AULA
oD
Pi
de
lda
Aracaju/SE
2002
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ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
CONTEÚDO
Páginas
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO ................................................................. 3
o
CAPÍTULO II – CENTRAIS HIDRELÉTRICAS ....................................... 15
im
GLOSSÁRIO TÉCNICO .................................................................... 15
éc
ESTUDO PARA IMPLANTAÇÃO ..................................................... 33
oD
ESTRUTURAS E COMPONENTES ............................................ 54
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INTRODUÇÃO
o
RECURSOS ENERGÉTICOS: Opções e Desafios
im
S.E.Fronterotta(*)
éc
A energia é um fator básico de produção para garantir o desenvolvimento
humano e deve ser considerada e conduzida com esse propósito. Existe uma
grande disparidade na produção e na utilização de energia, entre os países onde a
oD
energia desempenha um papel chave na economia e no bem-estar da sociedade.
Na natureza existe a energia primária sob as mais diversas formas. Algumas
formas de energia estão disponíveis para o seu uso imediato. Outras formas de
Pi
energia requerem um processamento adequado para disponibilizá-las para o uso.
Até o momento temos concentrado esforços primariamente na utilização de
combustíveis fósseis incluindo, também, a conversão e o uso de combustíveis
de
consumo de energia.
a) A crescente urbanização nos países em geral, principalmente, nos países em
desenvolvimento;
Fa
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o
2035 está indicada na Tabela I.
im
Tabela I
População em bilhões/habitados
éc
SITUAÇÃO URBANA RURAL TOTAL
Atual 2,6 3,2 5,8
em 2035 5,2
oD
Garantir para a população os serviços adequados de energia que viverá,
predominantemente, nas áreas urbanas será o grande desafio no futuro. O consumo
Pi
percapita de energia nessas áreas já é hoje muito mais elevado do que nas áreas
rurais, devido à renda da população e suas necessidades para poder viver nas
cidades.
de
em 1998.
Tabela II
Fa
% População / Mundial
ANO PAÍSES
em desenvolvimento desenvolvidos
1960 68 32
1998 78 22
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representavam 26% da economia mundial em 1960 e hoje representam 34%.
im
Tabela III
% da Economia
éc
ANO PAÍSES
em desenvolvimento desenvolvidos
1960 26% 74%
1999 oD
34% 66%
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50% a mais sobre o consumo de energia de 1990. Este crescimento representa uma
taxa média de crescimento de 1,4% ao ano, tendo como premissas:
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• A população mundial crescerá de 5,8 bilhões de habitantes para 8 bilhões em 2020;
• O Produto Interno Bruto de todos os países, em conjunto, crescerá numa média de
éc
2,2% ao ano, durante o mesmo período, esperando-se uma elevação maior nos
países em desenvolvimento;
• A Intensidade de Energia, em nível mundial, decrescerá na base de 0,8% ao ano.
oD
As reservas conhecidas atualmente de óleo, gás natural e carvão e a
produção anual estimada são as abaixo indicadas:
Pi
Tabela IV
Reservas em 1998 Esgotamento das
(bilhões tep) reservas (anos)
de
óleo 140 41
gás natural 130 64
carvão 690 298
lda
• O consumo de óleo, gás natural e carvão deverá crescer nas próximas décadas;
• Enquanto o preço do óleo se mantiver em patamares inferiores a 30 US$/barril, o
desenvolvimento e utilização de fontes alternativas serão postergados;
• Nos países desenvolvidos, os recursos energéticos são escassos tendo em vista o
consumo exigido pela população.
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o
inventariados e têm a viabilidade técnica e econômica já constatada.
Os países em desenvolvimento têm 66,4% da capacidade total estimada das
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usinas hidroelétricas possíveis de serem construídas.
éc
Tabela V
Capacidade Estimada: Usinas Hidroelétricas
Países Energia possível de
em desenvolvimento
oD
66,4%
produzir Twh
22.576
desenvolvidos 33,6% 11.424
Pi
TOTAL 100% 34.000
da África 11,5% 3.910
da América Latina 37,5% 12.750
de
estão produzindo 2.276 Twh, que representam 17% de toda a produção de energia
elétrica mundial. Por outro lado, o número de reatores nucleares em construção é de
36 em 14 países com capacidade de 27GW.
cu
energia nos próximos 20 anos, mas terá uma participação crescente na matriz
energética. Entretanto, muitos especialistas em energia prevêem que as fontes
renováveis poderão suprir grande parcela das necessidades mundiais de energia em
determinadas situações, principalmente onde os sistemas elétricos não são viáveis
tecnicamente e economicamente e quando as restrições ambientais forem
determinantes.
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o
crescimento será nos países em desenvolvimento, principalmente, nos mais pobres
economicamente.
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O problema de carência de energia é visto como a pior e a mais perigosa
forma de inviabilizar as economias dos países desenvolvidos. Será necessário
éc
desenvolver e expandir o uso racional de todas as formas e fontes de energia
disponíveis (combustíveis fósseis, fontes de energia renováveis, energia nuclear),
para atender as demandas de uma população crescente em todo o mundo. Espera-
oD
se que, próximo do ano 2025, quando as tecnologias para a produção de energia
alternativa estiverem desenvolvidas e disponíveis, economicamente, para serem
aplicadas em larga escala, surgirá então uma esperança concreta para disponibilizar
Pi
os serviços de energia às populações mais carentes dos países em
desenvolvimento, de forma a possibilitar já a qualidade de vida das mesmas.
Em termos de investimentos e financiamentos, a taxa de poupança em escala
de
OPORTUNIDADES
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o
suprimentos de energia.
O potencial de produção de energia a partir das Usinas Hidroelétricas, nos
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países Africanos e Sul Americanos, poderá atender as demandas desses países e
parte da demanda de energia dos países europeus e da América do Norte, através
éc
da exportação de energia excedente.
A energia solar e eólica, também, encontra oportunidades em muitos países,
principalmente, os situados nos trópicos, o que oferecerá outros meios para
oD
produção de energia elétrica. O desenvolvimento dessas tecnologias levará ao
atendimento das demandas por energia, e ao mesmo tempo, atenderá a urgente
necessidade de preservação ambiental.
Pi
Os países do Sul do Mediterrâneo, situados no chamado “cinturão solar”,
onde o nível de insolação é elevado, estão desenvolvendo projetos pilotos para
produção de energia. No Egito está sendo construído um empreendimento integrado
de
ambiente. Com base no sucesso esperado desse projeto piloto, a meta é realizar
novos empreendimentos desse porte no Egito, aumentando a capacidade de
produção de energia por esse sistema.
cu
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o
região. Assim, a aquisição das usinas hidroelétricas já existentes na região será a
alavanca para a construção de novas usinas hidroelétricas na região, com a
im
utilização do incentivo para produção de energia limpa, o que pode tornar os
empreendimentos atrativos para o investidor privado, e permitirá a construção de um
éc
Sistema de Transmissão Interligado, integrando as Américas.
Os recursos de capital, governamental e privado, estarão disponíveis para
atender as demandas futuras requeridas pelo mercado de energia. O grande desafio
oD
será mobilizar a poupança privada necessária e suficiente para financiar os
empreendimentos energéticos em todos os países. A política atual dos Bancos de
Fomento é atrair o setor privado de capitais a investir no setor de energia,
Pi
estimulando aos diversos países a fazer melhorias institucionais no setor de energia,
de forma a reduzir o nível de risco a valores aceitáveis. Cabe a esses países orientar
para uma estratégia de ação que preserve o interesse da sua comunidade nacional.
de
organização não governamental, foi Diretor da CPFL - Cia. Paulista de Força e Luz,
da CESP. É professor do Mackenzie.
ENERGIA
cu
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Geralmente, definimos cada forma ou fonte de energia sem nos
preocuparmos com a sua origem, porém não resta dúvida de que a fonte única de
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toda energia disponível na terra, tem como origem essa estrela de quinta grandeza
que chamamos de Sol.
éc
O sol nos envia energia luminosa sob a forma de fótons, que devidamente
processada ao ser captada pelas plantas, dão as biomassas, isto é: os vegetais que
alimentam os animais, que por sua vez, também alimentam as espécies mais bem
oD
dotadas, sendo também a forma de alimentação do homem.
A água da represa foi evaporada dos mares e lagos, graças ao calor do sol e
isso lhe dar energia potencial e cinética ao descer das montanhas, quando
Pi
precipitada sob a forma de chuva.
Os combustíveis fósseis de origem vegetal ou animal, ambos dependeram da
energia solar para a sua formação orgânica.
de
As demais formas de energia, até mesmo a nuclear, têm origem solar, pois
quando a terra se formou, acredita-se, que de uma explosão solar, a massa
desprendida do sol já continha tudo o que possui hoje, inclusive a atmosfera gasosa,
lda
composta de oxigênio e de nitrogênio na sua maior parte. Até mesmo a água, cuja
composição é oxigênio e hidrogênio, existia sob a forma vaporizada, precipitando-se
e permanecendo na superfície da terra, depois que ela perdeu temperatura, dando
cu
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Na década de setenta, com a eclosão da crise mundial do petróleo, todos os
países dependentes daquela fonte de energia, inclusive o Brasil, que tirava do solo
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próprio, apenas cento e setenta mil barris por dia daquele ouro negro, consumia
cerca de seiscentos mil, sua balança comercial exportava em torno de doze bilhões
éc
de dólares/ano, passou a despender com importação de petróleo, quase cinqüenta
porcento, dos doze bilhões, quando o preço internacional do barril de petróleo (cento
e sessenta litros) passou de três e meio, para quatorze dólares.
oD
Naquela época, na Europa, (Inglaterra, França, Holanda, etc) e no Japão, as
fábricas só funcionavam três dias por semana, nos Estados Unidos cuja Matriz
Energética, dependia do petróleo em sessenta e nove porcento, a preocupação era
Pi
enorme, pois os países que pertenciam a OPEP, diante daquelas informações
divulgadas pelo Clube dos Cientistas de Roma, de que as reservas conhecidas, só
durariam cerca de cinqüenta anos, e que a partir de 1983 a produção seria
de
economia de alguns países importadores, não suportaria tal impacto, não obstante
tal freio, em 1973 o choque do petróleo, jogou sessenta e sete bilhões de dólares de
"superávit" nos cofres dos países membros da OPEP.
cu
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o
oitenta centavos, quando no mercado internacional já custava quatorze dólares, o
consumo diário, (excluindo álcool) andava em torno de um milhão de barris, nossa
im
produção de petróleo era cinqüenta porcento do consumo e os nossos
consumidores, embalados pelo "milagre brasileiro", não levavam a sério os apelos, e
éc
burlavam os controles do governo.
O segundo choque do petróleo ocorreu no ano de 1979, quando o barril
alcançou trinta e quatro dólares. Entre o primeiro e o segundo choque, muita coisa
oD
aconteceu, a Rússia instigava o sentimento anti-americano no oriente médio, como
forma de estrangular a economia dos Estados Unidos, já que a Rússia era auto
suficiente em petróleo e gás natural. A guerra entre o Irã e o Iraque, baixou dez
Pi
porcento na produção mundial da OPEP, que representava quarenta e sete porcento
do total produzido mundialmente.
O petróleo contribui com mais da metade do consumo de energia do mundo.
de
do globo haveria mortes por falta de calefação, não haveria gás de cozinha e de
repente desapareceriam todos os derivados da petroquímica. Voltaríamos à lenha e
ao carvão mineral ? A lenha agora tão escassa.
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1. Hidroelétrica
o
2. Petróleo
3. Fissão
im
4. Carvão
éc
FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA
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impacto ambiental, e para contornar o uso de matéria prima que normalmente é não
renovável no caso da energia convencional, como o carvão e petróleo, por exemplo.
Existem algumas delas que já alcançaram grandes avanços e estão bastante
Pi
difundidas. A Energia Solar e a Energia Eólica vem tomando lugar antes ocupado
pela energia elétrica convencional com custo menor, e com a vantagem de ser
grátis, precisando apenas de um investimento inicial.
de
São exemplos:
1. Solar
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2. Eólica
3. Biomassa
4. Álcool
cu
5. Geotérmica
6. Fusão
7. Hidrogênio
Fa
8. Ondas
9. Térmica das Marés
10. Marés
11. Óleos Vegetais
12. Gás Natural
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CENTRAIS HIDRELÉTRICAS
GLOSSÁRIO TÉCNICO
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1. Alta tensão - tensão cujo valor entre fases, no Brasil, é igual ou superior a 1 kV.
im
Quando a tensão é superior a 345 kV, é chamada de Extra-Alta Tensão (EHT) e
acima de 800 kV é chamada de Ultra-Alta Tensão (UHT).
éc
2. Área de drenagem - parte de uma bacia hidrográfica situada a montante de uma
determinada secção transversal de um rio ou lago.
3. Área de Empréstimo - local onde se retira material mineral destinado às obras.
oD
4. Área inundada - parte de uma bacia hidrográfica que fica abaixo de um nível
máximo de um reservatório.
5. Área do reservatório - superfície do terreno inundada pelas águas represadas,
Pi
na cota correspondente ao nível máximo operativo.
6. Autoprodutor - Pessoa física ou jurídica detentora de autorização ou concessão
federal para gerar energia elétrica, para seu próprio consumo.
de
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o
dos rios, bloqueando a passagem da água. Funcionalmente, destina-se a represar
as águas do rio para permitir sua captação e desvio; elevar o nível das águas a fim
im
de proporcionar um desnível adequado a um aproveitamento hidrelétrico ou
condições de navegabilidade ao rio, garantindo profundidade adequada; e
éc
proporcionar o represamento do rio para formação de reservatórios regularizadores
de vazões para os diversos tipos de aproveitamentos ou para o amortecimento de
ondas de enchentes. Estrutura destinada a criar a acumulação da água,
oD
armazenando-a. Construção que retém água para controlar o nível e/ou a vazão de
um rio.
Pi
de
lda
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o
margens altas constituídas de rocha resistente e sã, fundo do rio igualmente em
rocha resistente e sã.
im
14. Barragem a arco-gravidade - Tem sua planimetria em forma de arco mas, por
outro lado, funciona parcialmente como barragem a arco e parcialmente gravidade.
éc
É menos exigente quanto ao material do local de sua construção e construída em
concreto ciclópico.
15. Barragem a gravidade - Aquela em que o equilíbrio estático da construção, sob
oD
a ação das forças externas (empuxo hidrostático), realiza-se pelo próprio peso da
estrutura, com o auxílio eventual da componente vertical do empuxo que atua sobre
seus paramentos. A resultante de todas forças atuantes é transmitida, através de
Pi
sua base, ao solo do leito do rio sobre o qual se apóia. Os seguintes tipos podem ser
considerados neste grupo: barragens maciças, barragens aliviadas a contrafortes e
barragens de placas planas ou em arco. Podem ser executadas com os seguintes
de
crista da barragem.
17. Borda livre seca - é a borda livre construída entre o nível máximo maximorum e
o do coroamento.
cu
18. Borda livre molhada - distância entre o nível máximo operativo e o nível
máximo maximorum
19. Caldeira - Equipamento térmico onde se produz vapor d'água, em condições
Fa
especificadas.
20. Canal de adução - Ver Conduto de adução
21. Canal de fuga - Em uma usina hidrelétrica, conduto de água imediatamente a
jusante dos tubos de sucção das turbinas, por onde flui a água turbinada.
22. Capacidade de acumulação - Ver Capacidade do reservatório.
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serviço interno e os que estão em reserva.
25. Capacidade do reservatório - volume d’água que pode haver entre os níveis de
im
operação mínimo e máximo, admitidos no aproveitamento normal, portanto,
disponíveis para geração.
éc
26. Casa de força - Aloja as máquinas e os equipamentos, possibilita sua
montagem ou eventual desmontagem e a sua operação e manutenção. Pode ser a
céu aberto ou subterrânea, em caverna ou aterrada. Local onde se encontram
oD
instaladas as unidades geradoras de uma usina.
Pi
de
lda
Interior da casa de força. (Acervo Cmel (I.f.118) - Fundo Mário Paulo Guimarães
cu
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o
im
éc
Abóboda da casa de força. (Acervo Chesf) – Paulo Afonso II
27. Chaminé - Em uma usina termelétrica, estrutura que faz a tiragem dos gases de
oD
combustão de uma caldeira, lançando-os na atmosfera.
28. Chaminé de equilíbrio - Bacia ao ar livre, intercalada em qualquer lugar do
sistema adutor, geralmente na transição do conduto horizontal para o inclinado, que
tem por finalidade diminuir os efeitos inconvenientes da diminuição da pressão da
Pi
água nas tubulações. Instalação destinada a amortecer as oscilações transitórias da
pressão no circuito hidráulico. Em uma usina hidrelétrica, estrutura que contém água
com superfície livre, destinada a amortecer os golpes de aríete num condutor
de
forçado.
29. Comissionamento - ensaios prévios para "colocação em serviço" de um
lda
o
crescentes de montante para jusante, estando sua parte inferior submetida à
pressão máxima do aproveitamento. Podem ser executados tanto em galerias como
im
a céu aberto. Em uma usina hidrelétrica, o conduto forçado é um tubo que liga uma
tomada d'água ou chaminé de equilíbrio a uma turbina hidráulica ou uma bomba ao
éc
reservatório de montante.
oD
Pi
Adutoras das duas principais unidades geradoras. (Relatório Chesf 1978) – Paulo
de
Afonso IV
lda
cu
Fa
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o
independente do tempo
38. Cota de segurança - distância vertical entre o nível máximo maximorum de um
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reservatório e o topo da barragem ou canal de adução.
39. Crista da barragem ou coroamento - parte superior de uma barragem ou dique
éc
vertedor, que a água deve atingir antes de passar sobre a estrutura.
40. Curva chave - gráfico que indica a relação entre a cota da superfície livre da
água em uma determinada seção transversal de um rio e a vazão correspondente.
oD
41. Curva cota-área - indica a relação entre a superfície livre da água e a supefície
que o reservatório teria naquela cota.
42. Curva cota-volume - indica a relação entre a cota da superfície livre da água e
Pi
o volume útil do reservatório.
43. Cumprimento do reservatório - distância da barragem à extremidade de
montante do reservatório, medida na cota correspondente do nível máximo operativo
de
especificado.
45. Depleção - diferença entre o nível máximo operativo e o nível observado num
reservatório em um dado instante.
cu
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o
50. Disjuntor - equipamento ou linha de transmissão sem energia elétrica.
51. Eletricidade - Manifestação de uma forma de energia associada a cargas
im
elétricas, estáticas ou dinâmicas.
52. Energia - Produto da descarga pela queda, multiplicado pelo tempo em que os
éc
dois fatores estão disponíveis, obtendo-se o trabalho, em kWh, produzido pela usina.
Grandeza escalar que caracteriza a aptidão de um sistema físico para realizar
trabalho.
oD
53. Energia disponível - é a quantidade máxima de energia que o fornecedor
coloca à disposição do consumidor em um determinado espaço de tempo.
54. Energia elétrica - Integral da potência elétrica instantânea em relação ao tempo,
Pi
entre os limites do intervalo de tempo considerado.
55. Energia firme de uma usina - quantidade de energia elétrica que a usina é
capaz de gerar, dentro do período crítico energético.
de
do rio, permitindo secar, temporariamente, parte de seu leito. Geralmente usada nas
construções das partes definitivas do aproveitamento hidrelétrico. Diques
temporários construídos no curso d’água que se quer represar, a montante e a
jusante da obra, para ali, depois de seco o leito, ser edificada a barragem.
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o
64. Estruturas para conversão de energia - são empregadas para converter
energia hidráulica em mecânica e esta, em elétrica. Tem grande importância, na
im
elaboração do projeto, o objetivo da obtenção de bom rendimento.
65. Estruturas para medição e controle - são usadas para determinar a descarga
éc
em um conduto. Funcionamento estável e uma relação unívoca entre o valor
indicado e a descarga correspondente são necessários.
66. Estruturas para sedimentação e piscicultura - são projetadas para orientar ou
oD
controlar o movimento de elementos não hidráulicos que possam existir na água.
67. Estudo de viabilidade - período antecedente ao projeto básico de uma usina,
em que é definida a concepção geral de um empreendimento específico, prevendo
Pi
seu dimensionamento e os serviços de infra-estrutura necessários para a sua
implantação.
68. Excitação - produto de fluxo magnético por meio de corrente elétrica. O gerador
de
máquina elétrica.
70. Faixa de segurança - área sob uma linha de transmissão, pertencente ou não
ao órgão concessionário, que atende às distâncias de segurança definidas na
cu
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o
intervalo de tempo definido.
75. Fornecimento - Energia elétrica entregue e demanda posta à disposição do
im
consumidor.
76. Freqüência - indica o número de ciclos da energia elétrica alternada. Sua
éc
unidade de medida é "ciclos por segundo"ou hertz, expressão européia (Hz).
77. Geração - Conversão de uma forma qualquer de energia para energia elétrica.
Quantidade de energia elétrica produzida a partir de outra forma de energia.
oD
78. Gerador - Transforma a energia mecânica produzida pela turbina em energia
elétrica. Composto de duas partes: o rotor (móvel) e o estator (fixo). Máquina que
converte energia mecânica em energia elétrica.
Pi
de
lda
o
im
éc
oD
Painel de controle no interior da casa de força. (Acervo Eletrobrás) – Bernardo
Mascarenhas (Três Marias)
85. Pequena central hidrelétrica - Instalação de potência reduzida, aplicando-se
esta denominação às de poucos MW; minicentrais, às de centenas de kW; e
Pi
microcentrais, às de poucos kW.
86. Potência - Expressa pelo produto da descarga pela queda. Derivada em relação
de
reservatório.
91. Reservatório - Recipiente delimitado por uma certa área da superfície terrestre
e por uma ou mais barragens, no qual se armazena uma determinada quantidade de
água.
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o
93. Suprimento - Entrega de energia elétrica por um concessionário a outro, nos
termos de contrato e/ou acordo.
im
94. Tomada d’água - Tem a finalidade de captar e conduzir a água aos órgãos
adutores e daí às turbinas, impedir a entrada de corpos flutuantes que possam
éc
danificar as turbinas e fechar a entrada da água quando necessário. Deve ter uma
forma que reduza as perdas de carga ao mínimo possível, em todos os seus
trechos. Os tipos principais podem ser classificados segundo sua posição em
oD
relação ao nível d'água na represa: tomadas em pequena e grande profundidade. As
primeiras são mais expostas ao afluxo de corpos flutuantes perto da superfície da
água. Por esse motivo, as grades que impedem a entrada desses corpos nas
Pi
turbinas devem ser limpas freqüentemente e calculadas para resistirem ao empuxo
d'água. Nas tomadas de grande profundidade a pressão d'água é maior e, assim, as
comportas devem ser mais pesadas. Por outro lado, geralmente, não existe o perigo
de
interceptar material carregado pelo rio e que possa danificar ou travar as turbinas;
comportas - destina-se a abrir ou a fechar a admissão da água nos condutos.
Equipadas em geral com sistema de fechamento rápido para casos de emergência.
Fa
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o
97. Túnel de adução - Ver Conduto de adução
98. Turbina a vapor - Máquina motriz que converte a energia térmica do vapor em
im
energia cinética no seu eixo, e a transmite ao equipamento acionado.
99. Turbina hidráulica - Nas usinas hidrelétricas, são utilizadas as de tipo reação e
éc
a de tipo ação. Nas de reação, o trabalho mecânico é obtido pela transformação da
energia cinética e de pressão da água em escoamento, através das partes girantes,
e as de ação, transformam apenas a energia cinética da água. As de reação são do
oD
tipo Francis e de hélices, que podem ser de pás fixas ou ajustáveis, sendo
denominadas, neste caso, de turbinas Kaplan. As de ação são do tipo Pelton.
Máquinas com facilidade de transformar a maior parte da energia de escoamento
Pi
contínuo da água que a atravessa em trabalho mecânico. Consiste, basicamente, de
um sistema fixo hidráulico e de um sistema rotativo hidromecânico destinados,
respectivamente, à orientação da água em escoamento e à transformação em
de
motriz que converte energia hidráulica em energia cinética no seu eixo, e a transmite
ao equipamento acionado.
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o
im
Montagem de turbina no interior da casa de força. (Acervo Itaipu) – Itaipu
100.Turbogerador - Gerador de corrente alternada projetado para funcionar em alta
éc
velocidade, e tendo um enrolamento de excitação embutido num rotor cilíndrico.
101.Unidade geradora - O eixo da unidade turbina-gerador pode ter posição
horizontal ou vertical, esta utilizada nas usinas modernas, de maior potência.
oD
Conjunto formado por gerador elétrico, motor primário e equipamentos auxiliares
pertinentes.
102.Usina hidrelétrica - Composta por barragem, captação e condutos de adução
Pi
de água, casa de máquinas e restituição de água. Instalação na qual a energia
potencial e cinética da água é transformada em energia elétrica. Instalação na qual a
energia mecânica da água é convertida em energia elétrica. Usina elétrica acionada
de
por energia hidráulica, podendo ser usina a fio d'água, que utiliza diretamente a
vazão natural do rio; usina com acumulação, que dispõe de reservatório de
regularização próprio; usina maremotriz, acionada pela energia das marés; e usina
lda
reversível, cujas unidades geradoras podem ser também operadas como grupos
motor-bomba, para elevar a água turbinada, de um reservatório a jusante para um
reservatório a montante da usina.
cu
Fa
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o
im
éc
1- RESERVATÓRIO 4- CASA DE FORÇA
2-
3-
BARRAGEM
TUBULAÇÃO DE ADUÇÃO oD 5- CANAL DE FUGA
Pi
de
lda
cu
1- RESERVATÓRIO
2- BARRAGEM
Fa
3- COMPORTA
4- GERADOR
5- TURBINA
================================================================================
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o
concluídas as obras de concreto, da casa de força e do vertedouro. A ensecadeira é
removida, fazendo com que as águas passem pelo vertedouro e possibilitando o
im
fechamento definitivo do rio. Em paralelo, são concluídas as barragens de terra nas
duas margens do rio. Encerrada a obra, as comportas são fechadas para que as
éc
águas formem um reservatório. A água represada impulsiona as turbinas, que
movimentam os geradores. Quando a vazão do rio é superior ao consumo das
turbinas, as comportas do vertedouro são abertas, evitando-se o transbordamento
da represa. oD
105.Usina hidrelétrica (de bombeamento ou reversível) - Utilizada nas horas de
baixo consumo, quando sobra energia nas usinas térmicas e hidrelétricas a fio
Pi
d'água, que pode ser aproveitada para bombear água de um reservatório para outro
em nível superior. Durante as horas de consumo elevado, a água é retornada,
acionando as turbinas, gerando energia de ponta. O custo por kW é tanto menor
de
quanto maior for a queda disponível. Possui duas bacias de acumulação, uma a
montante e outra a jusante, bem como as respectivas instalações de bombagem e
de turbinagem, que permitem devolver à bacia de montante a água armazenada na
lda
jusante da central.
107.Usina hidrelétrica (de desvio) - Da barragem sai um canal aberto, ou um túnel
adutor ou uma tubulação, que conduz a água à chaminé de equilíbrio e desta às
turbinas, na casa de força, por tubulações forçadas ou por túnel forçado. A ligação
entre a tomada d'água e a turbina é de grande percurso.
================================================================================
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o
pequenos. Não dispõe de um reservatório d'água significativo e sua produção é
inconstante, dependendo da oscilação da vazão do rio. Seu pequeno reservatório
im
não permite a regularização do deflúvio, podem aproveitar as descargas naturais do
rio, muito variáveis durante o ano, e sua produção de energia é conseqüentemente
éc
inconstante. Central hidrelétrica num curso de água, sem depósito regulador de
volume significativo.
110.Usina termelétrica - Produz eletricidade a partir da energia química ou nuclear
oD
de certos elementos denominados combustíveis, recebendo, respectivamente, a
denominação de central termelétrica convencional ou central termelétrica nuclear.
Os combustíveis utilizados nas convencionais são: petróleo e derivados, tais como
Pi
os óleos combustíveis, gasolina e óleo diesel, gás de alto-forno, gás natural, gases
de biodigestores, madeira, bagaço de cana, álcoois, derivados de xisto, carvão e
muitos outros que em determinadas condições de temperatura e pressão reagem
de
máquina a vapor ou turbina a vapor. No caso de gás, temos as centrais a gás, com
motores a pistão diesel ou turbina a gás. Usina elétrica acionada por energia
térmica.
Fa
================================================================================
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o
im
éc
oD
VERTEDOURO – ITAIPÚ
REGIÃO SUDESTE
São Simão rio Paranaíba 1.715
Nova Ponte io Araguari 510
Água Vermelha rio Grande 1.380
Três Irmãos rio Tietê 808
================================================================================
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o
REGIÃO SUL
im
Foz do Areia rio Iguaçu 2.511
Capivara rio Paranapanema 640
éc
Itaipu rio Paraná 12.600
Parigot de Souza rio Capivari 246,96
Itaúba rio Jacuí 625
Salto Osório
REGIÃO CENTRO-
rio Iguaçu oD 1.050
OESTE
Pi
Ilha Solteira rio Paraná 3.230
Itumbiara rio Paranaiba 2.080
Jupiá rio Paraná 1.411,2
de
lda
pela prática e pela estrutura vigente, critérios e etapas a serem seguidos para a
efetiva implantação de uma CH.
A tendência mundial é de uma grande abertura no nível da geração de
Fa
o
concedente precisa inventariar seus recursos hídricos de maior porte para que
possam ser licitados. De outra parte, um autoprodutor irá buscar apenas um sítio
im
hidrológico que atenda às suas necessidades. Há, ainda, a figura do produtor
independente que pode se interessar por qualquer sítio, desde que economicamente
éc
atrativo. Vê-se que os interesses definirão, tanto as etapas, quanto as profundidades
de estudo. Entretanto, é necessário conhecer os procedimentos clássicos, não
devendo entende-los como normas, excetuados aqueles definidos por legislação
específica. oD
Para a implantação das PCH, cuja potência precisa está limitada, em geral,
em 30MW, deve-se buscar a simplificação dos procedimentos, conforme as
Pi
recomendações e legislação próprias, tanto ambientais como de concessão.
O ideal é se ter apenas dois níveis para implantação das PCH:
de
e serviços;
2. PROJETO EXECUTIVO/OBRA: O projeto executivo é realizado, em princípio,
paralelamente à execução da obra e ao comissionamento dos equipamentos.
cu
Dentro deste escopo, o período total para a implantação da PCH deve ser de
6 a 12 meses para as microcentrais com potência até 100KW e de 1 a 4 anos
Fa
================================================================================
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o
e permite a avaliação do potencial das bacias hidrográficas, levando à
primeira estimativa do custo do seu aproveitamento e à definição de
im
prioridades, prazos e custos dos estudos para a etapa seguinte.
2. INVENTÁRIO HIDRELÉTRICO: Etapa em que se determina o potencial
éc
hidrelétrico de uma bacia hidrográfica e se estabelece a melhor divisão de
queda, mediante a identificação dos aproveitamentos que, no conjunto,
propiciem um máximo de energia ao menor custo e com um mínimo de efeitos
sobre o meio ambiente. oD
3. ESTUDOS DE VIABILIDADE: Etapa de definição da concepção global de um
dado aproveitamento e da melhor alternativa para a divisão da queda
Pi
estabelecida na etapa anterior, visando à otimização técnico-econômica e à
obtenção dos benefícios e custos associados. Essa concepção compreende o
dimensionamento, as obras de infra-estrutura local e regional necessárias à
de
================================================================================
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o
No que se refere a estas recomendações, constata-se que:
im
1. Os estudos de inventário e de viabilidade eram considerados fontes de
informações essenciais para os estudos de planejamento e, portanto, a eles
éc
vinculados;
2. Em um cenário concorrencial, entretanto, vê-se que os estudos de inventário
ainda guardam esta importância, mas os de viabilidade devem ser vistos com
oD
reservas, pois cada interessado tem a sua ótica de computar custos e
benefícios. De qualquer maneira, o poder concedente necessita de
informações oriundas de um estudo de viabilidade para que possa promover
Pi
licitações, estabelecer preços limites e ter condições de sinalizar aos agentes
envolvidos, estabelecendo contratos de longo prazo.
de
ECONÔMICO-FINANCEIRA.
Nos estudos gerais, se enquadram os levantamentos/estudos topográficos,
geológicos e geotécnicos, hidrológicos e hidrenergéticos, sócio-ambientais e de
Fa
================================================================================
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ESTUDOS GERAIS
o
Topográficos: Com maior ou menor detalhamento, devem ser realizados
levantamentos, preferencialmente em toda a área de influência da CH. Caso
im
trate-se de uma PCH, o estudo topográfico será realizado de uma só vez, com
curvas de nível de metro em metro, no local do arranjo, incluindo o pequeno lago.
éc
Para as GCH, os estudos topográficos terão maior abrangência, podendo ser
realizados nas etapas de inventário, de viabilidade, de projeto básico e mesmo
durante a execução da obra, aumentando, se necessário, o seu grau de
detalhamento. oD
Hidrológicos: Estes estudos permitem determinar, com certo risco, entre
outras, quatro vazões fundamentais ao projeto da CH: Vazão de projeto do
Pi
aproveitamento, vazão da cheia (utilizada para dimensionamento das obras de
desvio), vazão de cheia excepcional (utilizada para dimensionamento das obras
permanentes), vazão remanescente a jusante da barragem (não poderá ser
de
inferior a 80% da vazão mínima média mensal, tirada de uma série histórica de
pelo menos 10 anos).
Além destas vazões, estes estudos permitem determinar vazões
lda
================================================================================
ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
o
IMPACTO AMBIENTAL – EIA e do RELATÒRIO DE IMPACTO DO MEIO
AMBIENTE – RIMA, que reflete as conclusões do EIA.
im
Mercado: A implantação da CH parte da necessidade presente e futura do
mercado onde a energia será consumida. Assim, seu perfeito delineamento e
éc
balizamento são indispensáveis, desde o início dos estudos, para a sua
implantação. Uma CH deve ser analisada segundo o mercado que vai atender.
Basicamente, tem-se três opções: autoprodução, produção para serviço público e
oD
produção independente. No primeiro caso, o mercado é a carga própria da
instalação interessada, podendo ser, por exemplo, uma indústria. Neste caso, a
CH pode estar diretamente ligada ao ponto de consumo, através de linha de
Pi
transmissão própria, ou pode usar a rede da concessionária, pagando um
pedágio. O benefício, no caso de autoprodutores, é a economia refletida na
fatura de energia elétrica da concessionária, sendo, portanto, necessário avaliar
de
este benefício em um horizonte de longo prazo (50 anos), para se fazer a análise
econômica. Sendo a CH de serviço público, existem duas maneiras de se fixar o
preço da energia vendida com base nas leis de mercado. Uma, seria o
lda
================================================================================
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o
PROJETO – ESPECIFICAÇÕES
im
Tipos de arranjos: Basicamente, há três tipos de arranjos para os componentes
das CH, associados às seguintes denominações:
éc
1. Centrais Hidrelétricas de Represamento – CHR;
2. Centrais Hidrelétricas de Desvio – CHD;
oD
3. Centrais Hidrelétricas de Derivação – CHV;
o
im
éc
oD
Corte esquemático em CHD, mostrando seus principais equipamentos.
Pi
de
lda
cu
Fa
o
entre CHD e CHV é que esta última opera entre dois rios.
im
Obras Civis: Em princípio, as obras civis das CH que devem ser projetadas e
construídas compreendem:
éc
1. Vias de acesso;
2. Canteiro e acampamentos;
3. Ensecadeiras e desvio do rio;
oD
4. Barragem e extravasores (vertedores);
5. Tomada d’água;
6. Sistema de baixa pressão composto de canal e câmara de carga ou dos
Pi
suportes para o conduto de baixa pressão e a chaminé de equilíbrio;
7. Suportes para o conduto forçado;
8. Casa de máquinas e canal de fuga;
de
são:
1. Grades e limpadores de grades;
2. Comportas permanentes e de manutenção – stop log;
cu
3. Válvulas;
4. Condutos e juntas de dilatação;
5. Turbinas hidráulicas, incluindo mancais e volantes;
Fa
6. Reguladores de velocidade;
7. Pórticos, talhas, pontes rolantes, bombas, ventiladores, exaustores e
compressores.
================================================================================
ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
o
4. Cubículos de disjuntores;
5. Cubículos dos transformadores;
im
6. Grupo motor-gerador de emergência;
7. Sistema de corrente contínua com retificador e bateria;
éc
8. Quadros de medição, comando e proteção;
9. Sistemas de comunicação;
10. Subestação e linha de transmissão.
ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA
oD
Pi
A análise econômico-financeiro pode ser dividida, basicamente, nos seguintes
estudos: quantificação da obra, cálculos dos custos, cronograma físico-
financeiro, avaliação dos benefícios, cálculo dos índices econômicos e
de
financeiros.
Quantificação da obra – Aqui são calculados os volumes de concreto, de
escavação em terra e em rocha, de aterros e outros relativos às obras civis;
lda
================================================================================
ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
o
análises devem ser feitas, primeiramente, considerando valores médios ou
típicos, mas torna-se recomendável utilizar técnicas que incorporem as
im
incertezas inerentes às varias estimativas.
éc
CRONOGRAMA LEGAL PARA IMPLANTAÇÃO
A atual legislação permite, em princípio, estabelecer o cronograma abaixo
para implantação de GCH.
oD
Pi
de
lda
cu
Fa
================================================================================
ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
Para PCH a legislação não obriga a apresentação nem do EIA nem do RIMA,
porém os Órgãos Ambientais podem solicitar um Relatório de Controle Ambiental
– RCA, para substituir o EIA/RIMA.
o
ESTUDO HIDRENERGÉTICO
O cálculo de cotas, volumes, riscos, quedas, potências e energias e o
im
estabelecimento de conceitos e convenções são os fundamentos básicos para o
estudo de implantação das CH.
éc
Reservatórios
oD
Uma parte da CH que exige especial atenção, pelos seus aspectos
energéticos e ambientais, é o reservatório.
As características do reservatório são uma conseqüência natural do
Pi
barramento do curso d’ água e da topografia a montante deste barramento.
O posicionamento da barragem, a fixação de sua altura e o conseqüente
volume do reservatório é um estudo técnico - econômico que envolve, entre outros,
de
servir para armazenar água, em um período de excesso hídrico, para que a mesma
seja utilizada no período de carência. Isto deve ser analisado segundo um ciclo de
interesse. Assim, a capacidade do reservatório deve ser dimensionada segundo o
cu
ciclo que se deseja regularizar. Com isto, pode-se fazer o seguinte esquema
segundo os ciclos mais conhecidos:
Regularização diária
Fa
Regularização anual
Ciclos hidrológicos Regularização plurianual
================================================================================
ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
o
os dias de uma semana, de um mês, de um ano, o número de meses do ano ou o
número de anos. Estes tempos podem ser calculados pelas seguintes relações,
im
respectivamente para ciclos de carga e hidrológicos:
éc
Ea Vu
tr =
P
oD te =
Q
Pi
Onde:
de
================================================================================
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o
im
éc
oD
Pi
Curva de tr x te para região sudeste.
de
uma semana, isto devido ao fato de ter uma vazão média afluentemuito grande,
resultando um pequeno valor para te.
As PCH quase sempre são a fio d’água, tendo como conseqüência à
construção de uma barragem simplificada, dispensado, quase sempre, o uso de
comportas.
================================================================================
ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
o
im
éc
oD
Níveis de operação e volumes dos reservatórios de regularização sazonal.
Pi
Estes delineamentos, complementados com o que constará nos itens que se
seguem, permite conceituar os três principais volumes:
de
Ú Volume inferior ou morto (Vm) – é o volume d’água que, em princípio, nunca será
utilizado, pois somente em casos excepcionais poderá o reservatório ter seu nível
cu
Ú Volume superior ou de espera (Ve) – limitado por hcn e pela cota do nível
Fa
================================================================================
ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
o
bastando para tanto determinar as áreas limitadas pelas curvas de nível e o eixo da
barragem, o que pode ser feito por métodos gráficos, com planímetro, ou de forma
im
computacional.
éc
oD
Pi
os volumes do reservatório.
lda
Obtidas estas áreas (Ai), o volume armazenado (Va), associado a cada cota
(h), será calculado pela seguinte expressão:
n
Va = 0,5 × ∑ ( A i + A i −1 ) × (h i − h i −1 )
cu
i =1
================================================================================
ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
o
im
éc
Curva cota-volume.
oD
Pi
Nesta figura, estão indicados os principais volumes do reservatório, sendo
seu traçado de fundamental importância para os estudos de regularização, motivo
pelo qual deve ser feito com a maior precisão possível.
de
NÍVEIS - QUEDAS
lda
================================================================================
ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
o
im
éc
Convenções para níveis, cotas e quedas.
oD
É sempre conveniente lembrar que um projeto de CH é iterativo, refinando os
Pi
valores a cada realimentação. A sistematização para a fixação dos níveis, aqui
exposta, não foge a esta regra, necessitando de várias revisões, à medida em que
os estudos forem aprofundados.
de
DEPLECIONAMENTO DO RESERVATÓRIO
lda
utilizado nos estudos de regularização, como já exposto. Com isto, tem-se o nível de
montante mínimo normal – hmn (m):
Fa
h mn = h cn − d
================================================================================
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o
Conti-Varlet, pode indicar as vantagens de se aumentar o volume útil, que se reflete
em uma maior produção de energia, notadamente nos períodos secos. Entretanto,
im
variações muito grandes podem, restringir a produção de energia, em conseqüência
das reduções do rendimento das TH e da energia especifica.
éc
É interessante observar que as TH, geralmente podem operar com variações
de queda que chegam a alcançar até 50% da queda máxima para determinados
tipos de TH.
oD
A fixação do nível mínimo operativo – hmo (m) que corresponde à operação
em condições excepcionais, depende do posicionamento da tomada d’água.
Observando a figura acima, a1 pode ser preliminarmente fixado como maior ou igual
Pi
a altura da entrada da tomada d’água e a2 maior ou igual a duas vezes essa altura,
isto para tentar evitar entrada de ar, mesmo existindo tubo de aeração. Observa-se
que hmo não pode ser superior a hmn.
de
interior dos condutos e para deixar volume abaixo da mesma, para depósito do
material sedimentado.
Um critério para fixação da vida útil real de uma CH pode ser o tempo
cu
necessário para que a sedimentação alcance a tomada d’água. Em geral este tempo
é superior a 100 anos para GCH e bem menor para a maioria das PCH.
Fa
O nível d’água normal de montante – hn (m), valor entre hcn e hmn, pode ser
tomado, em primeira aproximação, como sendo a média ponderada entre estes
================================================================================
ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
Vu
1
hn = × ∫ [h m (Va ) − h mn ] × d(Va ) = h cn − d r
Vu 0
o
hcn e hmn em relação a Va e dr é a depleção média.
im
Um estudo de simulação de longo prazo que pode ser o próprio estudo de
Conti-Varlet, fornecerá o comportamento do nível d’água de montante ao longo do
tempo. Neste caso, o seu valor médio deve ser assumido como sendo hn.
éc
NÍVEIS D’ÁGUA DE JUSANTE
oD
A cota do nível d’água máximo de jusante – hjM (m) é normalmente obtido, em
uma primeira etapa, pela observação dos níveis máximos no local onde se instalará
a casa de máquinas. Pode-se aprofundar este estudo, modelando a calha do rio e,
Pi
por meio da equação geral dos canais, determinar o nível alcançado ao escoar
Qvmáx. A cota do nível d’água mínimo de jusante – hmj (m) tem uma certa
independência do nível mínimo do rio, posto que se pode utilizar artifícios, como
de
conhecer o nível mínimo do rio no local. Este será aquele associado à vazão
mínima, sendo esta calculada com base em risco assumido, em geral de 10%. A
cota do nível d’água normal de jusante – hjn (m), em estudos preliminares, pode ser
calculada com base em uma vazão 10% acima da média do período crítico do ciclo
cu
QUEDAS
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o
Em geral, adota-se, como queda líquida normal (Hn), aquela correspondente à
im
queda bruta normal menos as perdas no sistema de adução (Hp), quando é
turbinada a vazão do projeto. Estas perdas podem ser calculadas com expressões e
coeficientes, desde que fixado o arranjo, as características dos componentes da CH
éc
e as vazões a serem turbinadas para cada uma das quedas. Assim, calcula-se as
perdas HpM; Hpn; Hpm (m) e as correspondentes alturas disponíveis e líquidas – (m)
pelas expressões:
oD
H M = H BM − H pM
H n = H Bn − H pn
Pi
H m = H Bm − H pm
de
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Barragens
CONCEITOS - Tipos
o
Barragem é uma obra de engenharia com o objetivo de reter água para
im
determinados fins, criando, artificialmente, um desnível local.
Ensecadeira é a barragem construída com a finalidade de desviar o rio, por
éc
tempo determinado, para que a obra permanente possa ser realizada, sendo depois
destruída ou ficando submersa.
Entre os muitos tipos de barragens destacam-se:
oD
→ Barragem à gravidade – quando sua estrutura resiste aos esforços de
tombamento, deslizamento, esmagamento e cizalhamento proveniente, em cada
Pi
caso, da pior situação de carregamento.
o
→ Barragem com contrafortes – quando a estrutura de concreto ou de outro
material, com paramentos planos ou curvos, recebe os esforços apoiando-se em
im
contrafortes, com perfis usualmente triangulares que transmitem os esforços e seu
próprio peso às fundações.
éc
Além destes tipos, pode-se destacar as barragens de alvenaria comum e as
de pedra argamassada, as de madeira e as Ambursen.
oD
Uma barragem quando construída deve satisfazer duas condições:
Pi
1. Ter estabilidade para qualquer condição de carga; e
2. Apresentar grau de estanqueidade compatível com sua vida útil e riscos
assumidos.
de
Forças
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FACULDADE PIO DÉCIMO 56
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As forças que agem nas barragens, com maior ou menor importância, são as
seguintes:
o
→ ação da água por percolação, resultando em esforços, principalmente em sua
base;
im
→ resultantes de ondas na superfície líquida;
→ oriundas da desaceleração do escoamento;
éc
→ ação dos ventos sobre os paramentos fora d’água;
→ do peso de equipamentos fixos e móveis por ela sustentados;
→ resultantes do empuxo da terra;
→ efeitos térmicos internos e externos;
oD
→ resultante de escoamento em seu interior;
→ de abalos e/ou movimentos da terra;
Pi
→ resultante de choques provocados por material transportado pelo escoamento ou
por efeito do próprio escoamento;
→ oriunda da eventual solidificação da camada superficial da água, devido às baixas
de
temperaturas.
lda
Cálculo e Projeto
o
→ fixar o tipo de barragem;
im
→ preliminarmente, em planta e elevação, desenhar a barragem, em escala, com a
localização de seus componentes, inclusive as juntas de dilatação, se for o caso;
éc
→ escolher as seções transversais e longitudinais consideradas críticas, com o
carregamento mais desfavorável no que se refere à estabilidade;
oD
→ quantificar as forças para cada seção escolhida;
→ para cada seção escolhida e com as forças quantificadas, aplicar os critérios de
estabilidade indicados para o tipo de barragem fixado, permitindo definir,
quantitativamente, a geometria de cada setor, bem como especificar e caracterizar
Pi
materiais que serão utilizados na sua construção;
→ a partir das seções críticas e dos desenhos preliminares, projetar a barragem,
listando e quantificando materiais e demais componentes;
de
EXTRAVASORES
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FACULDADE PIO DÉCIMO 58
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Extravasor de reservatório é uma obra projetada e construída com o objetivo
de escoar o excesso d’água acumulado pelo reservatório, evitando o risco do nível
d’água atingir a crista da barragem.
O cálculo do extravasor parte do conhecimento do valor da vazão
estabelecida para as obras permanentes Qcp (m³/s). Para seu dimensionamento
o
hidráulico, é necessário, além de Qcp o tipo de sua crista, bem como os limites
possíveis para Lex (m) e hex (m). Como expressão geral para este dimensionamento
im
pode-se considerar:
éc
1,5
Q cp = K ex × L ex × h ex
pedras colocadas logo a jusante do extravasor, para barragens com alturas que não
ultrapassem 10m e lâminas menores que 1m ou obras específicas para maiores
valores.
cu
Quando são usadas comportas nos extravasores, suas aberturas devem ser
relacionadas com a queda bruta, para que o sistema possa ser operacionalizado.
Fa
Neste caso, o extravasor com comporta passa o operar como um orifício de grandes
dimensões, devendo ser buscado na bibliografia os coeficientes respectivos, já que
permitem escoamento de vazões diferentes das correspondentes aos extravasores
de superfície livre.
TOMADA D’ÁGUA
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FACULDADE PIO DÉCIMO 59
================================================================================
o
Basicamente, as tomadas d’água podem ser:
im
1. De superfície
éc
oD
Pi
de
lda
2. Afogadas
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FACULDADE PIO DÉCIMO 60
================================================================================
o
im
éc
oD
Pi
de
lda
cu
Fa
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ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
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FACULDADE PIO DÉCIMO 61
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→ escoamento, se possível isento de pertubarções e de baixa velocidade;
→ mínimo transporte de material sólido submerso e de superfície;
→ possibilidade de acesso para manutenção;
→ garantia de afogamento do conduto forçado ou do conduto de baixa pressão, de
modo a eliminar a possibilidade de aeração externa no escoamento.
o
im
A forma geométrica da tomada d’água e todos os componentes nela
mergulhados devem ser projetados considerando critérios nos quais resultem
mínimas as perdas de energia, aliadas a escoamento com um mínimo de
éc
pertubarções.
DESVIO DO RIO
Considerações
oD
Pi
Os estudos para desvio do rio, afim de que as obras permanentes possam ser
realizadas em seu leito ou calha, implicam no conhecimento, no mínimo, das
seguintes características:
de
maior que três, com pelo menos uma a montante e uma a jusante do eixo da futura
barragem. Deverão constar nas batimetrias os níveis correspondentes d’água, bem
como as respectivas vazões e datas em que as mesmas foram obtidas e ainda
cu
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ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
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FACULDADE PIO DÉCIMO 62
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existência do desvio, este pode ser planejado, com o dimensionamento dos seus
componentes auxiliares – basicamente, ensecadeiras, condutos, canais e túneis.
Outros Componentes
o
Isolada ou simultaneamente, além de ensecadeiras, condutos, canais e
túneis, pode-se planejar usar parte das obras permanentes da CH como auxiliares
im
para o desvio do rio.
Assim, em muitos casos, podem ser usados, em uma da fase do desvio do
éc
rio, como auxiliares para escoar a vazão de desvio, a tomada d’água, as comportas
de fundo e mesmo os extravasores.
Quando necessário, o dimensionamento dos condutos, canais e túneis é feito
oD
a partir da carga máxima fixada. Esta carga é obtida pela diferença entre a cota do
nível máximo a montante e mínimo a jusante. Conhecida esta carga e a vazão para
obras de desvio, admitindo ser a carga igual a perda de carga do escoamento entre
Pi
o nível máximo de montante e mínimo de jusante, são determinados os diâmetros do
conduto ou túnel.
de
OPERAÇÃO DE CH
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FACULDADE PIO DÉCIMO 63
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Regime Transitório
o
Na figura abaixo está representada a modelagem de um sistema de geração
hidrelétrica com seus principais componentes
im
éc
oD
Pi
de
lda
cu
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 64
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o
im
éc
oD
Esquema da variação das características em função dos tempos.
representado pela válvula 04, a atuar, porém devido a inércia do sistema girante e a
atritos, há um atraso no início do fechamento da válvula 04, definindo um tempo
morto tm (s) durante o qual há um crescimento na rotação n do GG, mantendo-se a
cu
o
tt = tm + t v + ts
im
Tecnicamente há interesse em que tm seja o menor possível para que a
rotação não cresça em demasia até que o sistema comece a fechar.
éc
O tempo tv, sob aspecto do golpe de aríete, deve ser o maior possível, porém
sem que a rotação máxima ultrapasse valores que possam prejudicar o GE. Este
Observa-se, ainda, que tm, tv e ts, logo tt não têm, diretamente, qualquer
influência sobre os problemas ligados às características da linha de transmissão
Pi
e/ou do mercado, já que o GG e a linha, neste caso, não permanecem interligados.
Porém, para variação de carga, com o GG e a linha interligados, as variações de
rotação do GG, para sistema isolado ou sistema onde a potência do GG prepondera,
de
correspondência na rotação.
Caso o sistema fosse com o regulador de velocidade 06, tudo ocorreria de
modo semelhante ao descrito, sendo que o ponto final seria aquele em que, outra
vez, P = Pp. O tempo decorrido desde tm até que tal fato tenha ocorrido é o tempo
cu
através do sistema hidráulico uma vazão Qo com uma velocidade média vo estando
o distribuidor na posição θo, sendo que P é totalmente consumida para manter o GG
em funcionamento com nn.
GOLPE DE ARÍETE
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FACULDADE PIO DÉCIMO 66
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A Mecânica ensina que se um corpo de massa m está parado em relação a
um referencial colocado na Terra ou está em movimento retilíneo em relação a esse
mesmo referencial, a força ou a resultante de forças que atua sobre esse referido
corpo é nula. Assim:
f = m×a
o
im
em que f é a resultante das forças que atuam sobre o corpo, m é a sua massa e a
aceleração impressa pela referida força.
éc
Portanto, se a resultante das forças é nula e o corpo, em princípio, tem massa
de valor m e essa não é nula, resulta:
oD
a=0
Para que a variação da velocidade com o tempo seja nula, dois casos se
apresentam:
lda
ou
mencionado referencial.
o
do rotor e a jusante da tubulação forçada, atuam, tentando deter o fluido ou reduzir
sua vazão, todo o conjunto é submetido a enormes forças, gerando o denominado
im
GOLPE DE ARÍETE. O fenômeno pode ser facilmente aquilatado se o pesquisador
acionar uma válvula de descarga de uma bacia sanitária. O fechamento da válvula é
éc
acompanhado de todo o processo de deter bruscamente o fluido, advindo o GOLPE
DE ARÍETE.
Retornando ao órgão que, na turbina, ocasionou o aumento ou a redução da
oD
vazão, pode-se dizer que o aumento da vazão ocasiona redução da pressão interna
da tubulação forçada e da região lindante ao órgão ocasionador, e uma redução da
vazão ocasiona um aumento brusco da pressão nas referidas vizinhanças e na
Pi
tubulação forçada. Portanto, o dimensionamento da tubulação forçada envolve,
necessariamente, o conhecimento dos valores da sobrepressão e da depressão
ocasionadas, respectivamente, por redução ou por elevação bruscas da vazão do
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 68
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CANAIS
Características e Recomendações
Para CHD e CHV, o sistema de baixa pressão pode, no seu todo ou em parte,
o
ser em canal. Neste caso, o canal deve ser dimensionado para a vazão de projeto,
devendo suas paredes laterais estarem com cota maior de, pelo menos, 0,20m em
im
relação à cota correspondente ao nível d’água máximo fixado para todo o canal.
Esta garantia, normalmente é obtida do seguinte modo:
éc
→ No caso das reduções de carga da CH, através de extravasor junto à câmara de
carga;
oD
→ No caso de cheias, através do fechamento de comporta junto à tomada d’água ou
da colocação de extravasor em seguida à tomada d’água.
Pi
No que se refere à declividade do fundo do canal, esta deve ser constante e,
no máximo, igual a Ic = 1/2500 = 0,0004 para que a perda no canal seja inferior a 1%
da queda bruta. Preferencialmente, os canais, em sua maior extensão, devem ser
de
Características
o
conduto forçado para as CHR, deve ser prevista uma região onde o escoamento
possua baixa velocidade de modo que os sedimentos em suspensão possam ser
im
depositados e posteriormente retirados. Esta região é denominada desarenador,
podendo, no caso do sistema de baixa pressão com canal, ser uma parte deste
éc
limitada por comportas desmontáveis que facilitarão sua limpeza.
Na figura abaixo, no detalhe F está representada a trajetória de uma partícula
em suspensão no interior do escoamento de diâmetro d (m) que, em cada um de
oD
seus pontos, está sujeita às seguintes velocidades:
→ v (m/s) – velocidade horizontal do escoamento;
→ vv (m/s) – velocidade vertical de sedimentação da partícula, em água parada;
Pi
→ va (m/s) – velocidade da partícula devido à turbulência do escoamento.
v a = a × v ≅ 0,04 × v
de
lda
cu
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 70
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CÂMARA DE CARGA
Conceitos – Objetivos
o
A câmara de carga é a estrutura que interliga o canal com o conduto forçado.
Sob o aspecto hidráulico, a câmara de carga deve ser dimensionada para
im
atender duas condições críticas de operação da CH:
éc
→ Em partida brusca, garantir que não entre ar no conduto forçado;
→ Em parada brusca, garantir a estabilidade funcional da câmara de carga e do
canal adutor.
oD
Para atender à primeira condição, é indispensável que o volume d’água útil
armazenado na câmara de carga seja compatível com a variação da vazão, desde
Pi
zero até seu valor máximo.
A segunda condição pode ser atendida com dimensionamento de um
extravasor lateral no canal adutor, o mais próximo possível da câmara de carga, que
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 71
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CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO
Aspectos Gerais
o
regime em uma tubulação, estão se estabelecendo condições transitórias que,
notadamente, mudam as condições anteriores a que estava submetido o fluxo
im
hidráulico. Essas condições de transição são acompanhadas da geração de ondas
de energia que percorrem, fundamentalmente, a TUBULAÇÃO FORÇADA e
éc
alcançam a CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO, porém estão ligadas aos comprimentos e
às seções retas de toda a tubulação de adução. Essas ondas energéticas, que
percorrem a tubulação a elevadíssimas velocidades, são ondas de pressão e
oD
somente cessam quando um novo regime permanente é alcançado. A esse
fenômeno, típico de fechamento de válvulas de descarga em banheiros, dá-se o
nome de GOLPE DE ARÍETE. A CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO, colocada no início da
Pi
tubulação forçada, é o elemento extravasor dessa onda de pressão. O nível do
líquido na chaminé de equilíbrio se eleva, quando o órgão adutor da turbina é
bruscamente fechado ou reduzida a vazão dela, convertendo parte da energia de
de
“elementos finitos”, pode ser estudado em toda sua extensão. Na presente obra,
usar-se-ão formulas estudadas por competentes pesquisadores para a determinação
dessa sobrepressão local e dimensionamento da espessura da tubulação para
suportar essas condições transitórias.
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FACULDADE PIO DÉCIMO 72
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Na figura abaixo, mostram-se formas de apresentar uma CHAMINÉ DE
EQUILÍBRIO. Esses modelos são clássicos e suas variações se fazem presentes
nos aproveitamentos hidrelétricos. O modelo mostrado na figura (a) é bastante
representativo e muito interessante para a compreensão da forma de operar da
CHAMINÉ.
o
im
éc
oD
Pi
Figura 9.1: Chaminés de Equilíbrio.
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FACULDADE PIO DÉCIMO 73
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L TP + L TF
k CH =
H TOP
Assim, quando:
k CH > 5
o
existe a necessidade de colocação da chaminé de equilíbrio.
im
Quando:
k CH ≤ 5
éc
o projetista da tubulação de adução pode abrir mão do emprego da chaminé de
equilíbrio.
oD
Pi
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 74
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SISTEMAS DE ALTA PRESSÃO
O sistema de alta pressão das CH, composto dos condutos forçados com
seus pertences e dos blocos de apoio – selas – e de ancoragem. O
dimensionamento dos condutos forçados será feito considerando o custo mínimo e o
o
benefício máximo, enquanto os blocos, tanto de apoio como de ancoragem, por
meio de fixação de geometrias, serão padronizados, permitindo elaborar programa
im
computacional para dimensioná-los rápida e seguramente.
éc
CONDUTO FORÇADO
Tipos e Limitações
oD
No que se refere ao material utilizado, os condutos forçados das CH podem
ser de chapas de aço soldadas, aço laminado sem costura, ferro fundido, cimento-
Pi
amianto, PVC ou madeira, dependendo das condições técnicas e econômicas
existentes.
Quanto à instalação dos condutos, pode ser feita a céu aberto ou podem ser
de
uso de um só conduto forçado de maior diâmetro com bifurcações para cada TH.
Esquemas e Convenções
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FACULDADE PIO DÉCIMO 75
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o
im
éc
Projeção vertical de trecho de conduto forçado com seus blocos e selas.
GRUPOS GERADORES
Os GG são o coração das CH, uma vez que respondem, diretamente, pelas
transformações e qualidade das energias, pela estabilidade e segurança operacional
o
dos sistemas que conduzem e suportam as massas energéticas, além de serem o
ponto de partida para o dimensionamento físico da casa de máquinas e de todos os
im
pertences utilizados na montagem, operação e manutenção. Tais encargos mostram
a importância de serem realizados estudos minuciosos que levem, em condições
éc
otimizadas, à escolha, dimensionamento e especificação de seus componentes, de
suas instalações e interligações, afim de que a operação e a manutenção possam
ocorrer dentro de planejamentos específicos.
Tipos – Componentes
oD
Pi
Nas figuras abaixo são representados os tipos de GG, com eixo horizontal,
acoplamento direto e com amplificador de rotação, bem como seus componentes,
incluindo quadro de comando e proteção, indicando simbologia e denominação das
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 77
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o
im
éc
Componentes de GG de eixo horizontal e acoplamento direto.
oD
Pi
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 78
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TURBINAS HIDRÁULICAS – TH
Classificação – Tipos
o
→ TH de ação, quando o escoamento através do rotor ocorre sem variação de
im
pressão;
→ TH de reação, quando o escoamento através do rotor ocorre com variação de
éc
pressão;
TURBINAS DE AÇÃO
FUNDAMENTOS:
oD
Pi
Turbinas de ação são conversores hidrodinâmicos que operam com a energia
cinética da água, recebendo energia na forma mecânico-hidráulica e fornecendo na
forma mecânico-motriz. Toda energia potencial do aproveitamento, a menos das
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 79
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Para a figura acima:
o
4: Injetor Pelton. 9: Desviador
5: Eixo do servomotor. 10: Comando do desviador
im
éc
AS TURBINAS PELTON:
Aspectos Gerais
oD
Segundo A. J. Macintyre, em sua obra Máquinas Motrizes Hidráulicas, no
Brasil, existem poucas localidades que oferecem possibilidade de implantação de
Pi
parques geradores que empreguem turbinas Pelton, porque, tradicionalmente, elas
devem operar com quedas suficientemente elevadas. Em geral, somente na Serra
do Mar existem encostas com diferenças de altura concentradas de 300m ou mais.
de
Cubatão, no estado de São Paulo, tem queda de cerca de 700m e deriva seu
abastecimento da bacia hidrográfica do Rio Tietê. A de Itatinga, da Companhia
Docas de Santos, tem, aproximadamente, 660m; a de Macabu, da Companhia
cu
Brasileira de Energia Elétrica, com 350m de queda, tem derivação do Rio Macabu
para a bacia do Rio Macaé. Essas quedas encontram-se muito perto ou acima do
limite tradicional de aplicação das turbinas Francis. Na Usina de Fontes, do Sistema
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 80
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Operação de uma Turbina Pelton
As Pelton são turbinas de ação e operam com injetor ou injetores que dirigem
um jato de água contra as pás de um rotor, que se denominará “RODA PELTON”. O
número de pás da roda Pelton, seu diâmetro e a sua velocidade angular estão
o
imediatamente ligados à altura topográfica do aproveitamento e à potência mecânica
da turbina. A roda Pelton pode receber água vinda de um ou mais injetores, cujo
im
número depende do tamanho das pás da roda ou do rotor e da vazão total firme do
aproveitamento. Uma turbina que possua um só injetor ganha em simplicidade e em
éc
preço, porém, as pás do rotor assumem dimensões tais que acabam permitindo a
colocação de um número limitado delas do perímetro do corpo da roda. Quando a
vazão firme cresce, o número de injetores deve crescer, conseguindo-se assim, pás
oD
menores para o rotor e um número maior de pás. Com base em inúmeras
experiências realizadas com rotores Pelton, nos mais variados aproveitamentos,
estabeleceu-se relação entre o Raio do Rotor Pelton, que é determinado pela
Pi
distância entre o centro do jato que chega do injetor e o centro do eixo da turbina e o
Diâmetro do Jato, e essa relação não deve ser menor do que 8:
Rrotor
m= ≥8
de
d jato
lda
cu
o
H(m) 400 500 600 750 1000 1500 2000
M(mínimo) 8 9 10 11 14 19 24
im
O quadro acima tem seu início em uma queda ou altura topográfica de 400m.
éc
Isso não quer dizer que não se possam empregar turbinas Pelton em alturas
inferiores e sim que, para alturas inferiores, existem turbinas com comportamentos
mais adequados, por exemplo, com rendimentos melhores. As turbinas Francis, por
oD
exemplo, podem ser uma boa opção para quedas inferiores a 400m.
Com a finalidade de elevar a velocidade angular da turbina e reduzir o
diâmetro do rotor, foram construídas rodas Pelton dotadas de dois rotores operando
Pi
no mesmo eixo. Dessa forma, os rotores são menores, mais velozes, a descarga é
repartida sobre o dobro do número de injetores e, consequentemente, ocorre a
redução do diâmetro de cada jato e, portanto, de cada rotor, guardada a relação m
de
de Gerber.
atualidade, essas turbinas podem operar com eixo horizontal, trabalhando com um
ou dois rotores colocados um em cada ponta mecânica do eixo, ou podem trabalhar
Fa
o
em vista transversal superior, uma concha Pelton e a direção tomada por cada
metade do jato. Observar que, se a roda Pelton estiver freada, as metades oriundas
im
do jato fundamental, praticamente, voltam-se para trás.
éc
oD
Vista transversal superior de uma concha.
Quando a roda ganha movimento, ela viaja para frente com velocidade VR e
os jatos formados, com velocidades VS, como mostra a referida figura e a água,
ganhando uma velocidade que é a composição vetorial das velocidades, entrega o
cu
a) Orientar o jato de água em direção tangencial ao rotor Pelton, de forma que ele
toque as conchas na linha divisória entre as duas colheres;
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FACULDADE PIO DÉCIMO 83
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b) Como a velocidade do jato é praticamente constante, o injetor, por meio do
movimento de uma “agulha reguladora”, adequa a vazão modificando o diâmetro do
referido e ajustando à potência da turbina;
c) Um potente servomotor hidráulico, atuando diretamente na “agulha reguladora”,
movimenta a referida para frente ou para trás, modificando o diâmetro do jato e,
o
consequentemente, a vazão da turbina.
im
O FUNCIONAMENTO DO INJETOR DA TURBINA PELTON:
éc
O injetor Pelton possui internamente a “agulha reguladora” que permite
ajustar o diâmetro do jato de água às condições de potência e, consequentemente,
de vazão da turbina. A agulha reguladora é movimentada por um servomotor
oD
hidráulico. No eixo da agulha, existe um pistão cuja finalidade é equilibrar as forças
de arrasto que atuam sobre a agulha, reduzindo a potência necessária para que o
servomotor faça a sua tarefa. Juntamente com o injetor e fazendo parte do conjunto,
Pi
existe um desviador do jato, que pode atuar rapidamente, desviando o jato em parte
ou no todo e impedindo que ele atinja as conchas. Com essa operação a potência
da turbina é cortada numa emergência, típica de um curto-circuito no gerador ou nas
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 84
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Para a figura acima:
o
4: Agulha reguladora. 9: Eixo do servomotor.
5: Jato de água.
im
O SERVOMOTOR DO INJETOR DA TURBINA PELTON:
éc
O servomotor é um sistema hidráulico que, por meio da movimentação de um
fluido, no caso, um óleo hidráulico, desempenha um trabalho mecânico. O
oD
servomotor hidráulico pode ser muito simples, formado por um pistão dotado de uma
camisa no interior da qual se movimenta, impulsionado pela pressão do óleo, um
êmbolo. O pistão é dotado de duas tampas, que possuem orifícios pelos quais o óleo
Pi
pode entrar ou sair. O eixo do pistão está ligado diretamente à agulha reguladora e,
por meio deste, transmite à agulha os esforços oriundos do êmbolo, o qual pode se
movimentar nos dois sentidos, trazendo a agulha reguladora para frente e para trás.
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 85
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o
im
éc
Servomotor hidráulico.
Para a figura acima:
1: Pistão.
2: Camisa.
oD 6: Válvula reguladora do fluido.
7: Eixo de comando do regulador.
3: Êmbolo. 8: Depósito de óleo.
Pi
4: Eixo de movimento. 9: Filtro de óleo.
5: Tubulação de óleo. 10: Bomba de óleo.
de
Aspectos Gerais
Na operação a eixo horizontal, a turbina pode operar com um ou com dois rotores ou
pode operar um gerador acionado por duas turbinas, uma colocada em cada ponta
do eixo motor. O número de injetores que atuam sobre cada rotor, pode ir de um a
seis, dependendo da vazão, da potência ou da altura topográfica a ser vencida.
Como um aumento da vazão leva a um aumento do tamanho das conchas do rotor,
passou-se a adotar um número maior de injetores por rotor. O aumento do número
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FACULDADE PIO DÉCIMO 86
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de injetores aumenta a complexidade da distribuição da água aos injetores, porque
estes ficam distribuídos ao redor da circunferência do rotor. Dessa forma, uma das
soluções foi adotar a posição vertical para o eixo das turbinas Pelton. Com a adoção
do eixo vertical outros problemas surgiram, tal como a exaustão do fluido que
demanda a turbina. Nesse ponto, adotou-se a técnica de pressurização da turbina a
o
partir do uso de ar comprimido, criando-se a turbina pneumática.
Na figura abaixo, um rotor Pelton opera o eixo vertical e recebe o fluido a
im
partir de quatro injetores distribuídos ao longo da circunferência do referido.
éc
oD
Pi
Rotor Pelton acionado por quatro injetores.
de
máquinas tornou-se mais baixa, porque a turbina fica abaixo da linha do piso
acabado e o conjunto gerador-turbina ganha a forma de conjuntos outros que
Fa
CONCLUSÕES
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FACULDADE PIO DÉCIMO 87
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o
apresentam-se alguns aproveitamentos brasileiros e algumas de suas
características.
im
éc
oD
Alguns aproveitamentos hidrelétricos Pelton, no Brasil.
Pi
TURBINAS DE REAÇÃO
de
Definição
lda
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FACULDADE PIO DÉCIMO 88
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abaixo, mostra-se um torniquete hidráulico. Observar que a água chega ao
torniquete de forma axial e deixa-o, de forma tangencial.
o
im
Torniquete hidráulico.
éc
Rotor de uma turbina de reação é o membro móvel que, recebendo energia
mecânico-hidráulica do fluido, converte-a em energia mecânico-motriz e, por meio
oD
de um eixo motor, leva esta a uma máquina elétrica que, recebendo energia
mecânico-motriz, converte-a em energia elétrica. Uma turbina, na maioria das vezes,
possui um único rotor, porém existem projetos, normalmente usando o rotor Francis,
que operam com dois rotores colocados no mesmo eixo, recebendo energia do
Pi
mesmo caracol da turbina e acionando um único gerador. Por outro lado, é bastante
conhecida a montagem na qual é colocada uma turbina individual em cada ponta
mecânica do gerador. São duas turbinas acionando um único gerador. A figura
de
abaixo mostra uma turbina Francis a eixo horizontal operando com dois rotores.
lda
cu
Fa
O ROTOR DE FOUNEYRON
o
Desde remotas eras, observam-se, com muita atenção, o comportamento da
água e os fenômenos produzidos por ela. Civilizações muito anteriores à Era Cristã
im
já faziam obras hidráulicas vinculadas à irrigação e ao armazenamento de água. Os
gregos conceberam as primeiras máquinas hidráulicas para bombeamento, com
éc
finalidade de retirar água dos porões dos navios.
No século XVII, apareceram as primeiras máquinas hidráulicas concebidas
segundo as teorias físicas e os fundamentos matemáticos que são empregados na
oD
atualidade. Muitas turbinas foram concebidas nessa época e algumas alcançaram o
nosso tempo.
Em 1833, apresentou-se, na Europa, a turbina Fourneyron que foi uma das
Pi
primeiras a ser fabricada em escala comercial. Era empregada, inicialmente, no
acionamento de moinhos de grãos, serrarias e nos nascentes processos industriais.
Essa turbina recebia água de forma axial e a remetia de forma radial. O rotor da
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 90
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O rotor fourneyron possuía um tubo receptor vertical pelo qual a água era
recebida e conduzida ao conversor propriamente dito. Na parte inferior desse tubo
de recepção, ficava o conversor de energia e era formado por dois discos paralelos
que serviam de apoio para as aletas do rotor. Essas aletas, inclinadas em relação
aos raios do rotor, interceptavam a água. Uma composição de forças atuando sobre
o
as aletas resultava numa força, de direção tangencial, que produzia um movimento
em torno do eixo do rotor, movimentando-o. Esse eixo motriz passava ao longo de
im
todo o rotor. Na sua parte inferior, formava um pivô de apoio que, assentado
rigidamente no canal de fuga, era o ponto de descarga das forças axiais portadas
éc
pelo eixo do rotor. Na parte superior do rotor, saindo pelo tubo receptor, o eixo
motriz portava energia mecânica-motriz para realização de trabalho. As máquinas
elétricas só alcançaram escala industrial no final do século XIX (por volta de 1985).
oD
Por essa razão, a energia mecânico-motriz desenvolvida pelas nascentes turbinas
não era convertida em energia elétrica e sim utilizada de forma mecânica, direta, por
meio de eixos, correias e polias. Essa transmissão direta de energia é ainda
Pi
empregada em instalações hidráulicas acionadas por rodas d’água.
O ROTOR FRANCIS
de
de uma máquina hidráulica. Sua proposta era entregar água ao rotor da turbina de
forma radial centrípeta e retirar água de forma axial. Seguindo essa proposta,
construir seu primeiro rotor que, posteriormente, denomina-se, evoluindo e
cu
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FACULDADE PIO DÉCIMO 91
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o
im
Rotor Francis e alguns dispositivos acessórios.
Para a figura acima:
éc
1: Pá Diretora fixa. 3: Rotor Francis.
2: Pá Diretora Móvel . 4: Eixo do Rotor
oD
Dessa forma, pode-se dizer que a FILOSOFIA FRANCIS trouxe:
O ROTOR OBLÏQUO
pode ser visto como uma evolução do rotor Francis. As aletas do ROTOR OBLIQUO
abrem-se, gradativamente, para baixo e ganham o desenho de pás propulsoras de
um motor de popa usado em pequenas embarcações. Essas aletas são fixas e
Fa
o
im
éc
oD
Pi
O Rotor Oblíquo
de
lda
Proposto por volta de 1910, o rotor HÉLICE fixa pode ser visto como uma
evolução do rotor oblíquo. As aletas do rotor hélice fixa prendem-se ao cubo
cu
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FACULDADE PIO DÉCIMO 93
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vazão da água é praticamente constante e próxima de 70% da vazão nominal,
ponto em que o rendimento da fixas são indicadas para tarefas nas quais a vazão da
água é praticamente constate da turbina, dotada de rotor hélice fixa , é máximo . A
figura 6.6 mostra um rotor hélice fixa, com:
O Rotor Hélice Fixa.
o
1: Cubo Hidrodinâmico . 3: Pá ou Aleta do Rotor .
im
2: Eixo Motor . 4: Ponta de Eixo e Sistema de Fixação
éc
Em item posterior, observar-se-á que a turbina hélice fixa tem curva
Rendimento versus Vazão muito aguda, fazendo com que, a ema vazão de 30% da
vazão nominal, o rendimento da turbina seja praticamente nulo, como mostra a
oD
figura abaixo. Na mesma figura, para afeito de comparação, coloca-se a curva do
rendimento de uma turbina que opera com rotor kaplan, que também é um rotor da
família hélice, porém suas pás são móveis, podendo ajustar-se muito rio do estado
Pi
São Paulo, todas as turbinas em operação são da família Kaplan. No Salto de
Avanhandava, a permissionária Companhia paulista de força e Luz – CPFL -
possuía um apequena usina com duas turbinas hélice ( de pás fixas) que
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 94
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Curva rendimento versus vazão percentual para o Rotor Hélice Fixa
1: Hélice. 2: Kaplan.
o
O ROTOR KAPLAN
im
Desenvolvido por volta de 1912, pelo professor Kaplan, esse rotor só se
tornou comercial por volta 1920. As turbinas que empregam esses rotores são
éc
classificados dentro de 1920. As turbinas que empregam esses rotores são
classificados dentro da grande família das turbinas hélices. Porém, os rotores
movimentação das aletas do rotor permitem ajustar a potência gerada pela turbina à
potência solicitada pelo gerador, e isso se faz ajustando a vazão da referida turbina.
A equação abaixo permite observar a relação existente entre a velocidade angular
Fa
120. f
Ns =
p
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FACULDADE PIO DÉCIMO 95
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Pela geometria e pelas características que apresentam, quando comparados
com outras rotores, podem, também, ser classificados como conversores de energia
de elevada velocidade específica, adequados a turbinas desenhadas para pequenas
alturas disponíveis ( inferiores a 50m ). Por possuírem pás ou aletas móveis no rotor,
essas turbinas são indicadas para tarefas nas quais a vazão de água apresenta uma
o
banda de variação bastante larga. Em vazões próximas de 70% da vazão nominal, o
rendimento da turbina é máximo e é o ponto ótimo e operação dela. A figura 6.7
im
mostra curvas de rendimento versus vazão para genéricas turbinas hélice fixa e
Kaplan. A figura abaixo mostra um rotor Kaplan, em que:
éc
1: Cubo Hidrodinâmico
2: Pás ou Aletas Móveis.
3: Ogiva.
4: Perfil de Entrada para a Água .
oD
5: Furo Central para o eixo de Comando das Pás.
Pi
6: Haste de Comando.
7: Eixo do Servomotor Hidráulico.
de
lda
cu
O Rotor Kaplan
O ROTOR DÉRIAZ
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 96
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fixa e Kaplan. Assim, pode-se admitir uma outra filosofia de operação na qual o fluxo
hidráulico é trazido de forma diametral ou diagonal, e essa filosofia está presente
nos ROTORES DÉRIAS. Esses rotores têm um cubo hidrodinâmico que é sede das
pás ou aletas do rotor e essas aletas formam, praticamente, um ângulo de 45 ° com
a direção axial. Nos rotores Dériaz, a pás ou aletas são móveis e podem adaptar-se
o
ao fluxo ‘’engolido” pela turbina.
Como foi ressaltado em item anterior, a velocidade da turbina é constante se
im
o gerador acionado for síncrono. Pode-se, portanto, admitir que o rotor Dériaz veio
ocupar um vazio que existia em termos de possibilidades operacionais para um
éc
rotor. Dada a sua forma e operar, esses rotores são indicados para turbinas que
operam em altura disponíveis iguais ou menores do que 300 m; Operam a eixo
vertical e são indicados para grandes vazões. Sempre resguardando o Princípio da
oD
Reversibilidade, conhecido do estudo das máquinas hidráulicas e elétricas, uma
máquina hidráulica pode operar como turbina ou como bomba hidráulica. Essa é
uma importante característica desse rotor, porque, tendo bom desempenho como
Pi
bomba hidráulica, pode ser empregado em APROVEITAMENTOS DE
ACUMULAÇÃO, nos quais a água é feita transitar na tubulação, nos dois sentidos.
Quando o fluido vem do reservatório superior pra o canal de fuga, que é um
de
o
normalmente mais longo, a máquina elétrica, operando como motor, recebeu
energia elétrica e acionou a bomba, cedendo energia ao fluido que ganhou, dessa
im
forma, energia potencial. Na figura abaixo, mostra–se o ROTOR DÉRIAZ. O seu eixo
possui um furo axial percorrendo esse furo existe um eixo interior, responsável pela
éc
movimentação do mecanismo das pás do rotor. O movimento desse eixo de
comando é ascendente e descendente, acionado por um servomotor, tem sua
tubulação passando pelo eixo do gerador, que também é vazado axialmente, à
oD
semelhança do eixo da turbina Kaplan. A figura abaixo mostra um rotor DÉRIAZ, em
que :
Pi
de
lda
O Rotor Dériaz
cu
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FACULDADE PIO DÉCIMO 98
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A TURBINA FRANCIS
ASPECTOS GERAIS
A turbina Francis, isto é, a turbina que opera com o rotor Francis, pode ser
o
analisada como oriunda da filosofia proposta na turbina de Fourneyron, já
im
apresentada. O rotor básico Francis, com sua filosofia de receber água na forma
radial centrípeta e liberá-la de forma axial, pode ser visto em figura anterior.
À medida que o rotor Francis foi sendo empregado, suas excelentes
éc
propriedades foram sendo visualizadas e este de desenhado para atender a
particulares situações. Assim, o rotor Francis foi ‘’ evoluindo”. Na figura 6.10, vota-se
coroas” D1 e D2
oD
a representar o rotor Francis básico fundamental. Na referida figura, mostra-se as ‘’
que estão localizadas à entrada e à saída do fluido
respectivamente. À medida que a turbina foi sendo empregada e
Ensaios começaram a ser realizados com ela, pôde-se notar que ela
Pi
apresentava resultados satisfatórios em aproveitamentos dotados de alturas
disponíveis bem díspares, porém o rotor deveria passar por alterações para atender
ao aumento da vazão e da velocidade específica, que foram acontecendo como
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 99
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permanecesse o menor tempo possível no interior do rotor. Com o crescimento das
potências disponíveis por aumento da vazão e com a redução das alturas
disponíveis, para que a turbina Francis da categoria VELOZ tem velocidade
especifica em torno de 250 rpm. Para atender às grandes potências envolvidas em
uma única máquina, deve-se Ter grande capacidade de engolimento de água.
o
Dessa forma, o tempo que a água deve permanecer no interior do rotor deve ser
muito pequeno, o que faz com o desenho básico do rotor Francis deva ser realizado
im
para cada aproveitamento. A equação abaixo permite avaliar a VELOCIDADE
ESPECIFICA de um rotor Francis a partir da altura disponível do aproveitamento
éc
hidráulico.
AFRA
ns =
oD
H
o
Ultraveloz. Possui grande velocidade específica e adapta-se a aproveitamentos de
pequenas alturas disponíveis. As dimensões do rotor estão ligadas à vazão nominal
im
para a qual o referido é projetado.
éc
oD
Pi
foram ganhando uma parte inferior, junto à coroa D2, mais pronunciada e como se
estivesse, entrando para o interior do tubo de aspiração. É a evolução do rotor
Francis. Este processo de desenvolvimento termina quando o desenho das pás
ganha tal curvatura inferior que, assemelhando-se a hélices de motores de popa,
perdem a coroa D2 e tornam-se autoportantes. Nesse ponto termina a evolução do
rotor Francis e começa a família dos rotores oblíquos. Na figura abaixo apresenta-se
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FACULDADE PIO DÉCIMO 101
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um Rotor Francis de elevada velocidade específica, classificado como um rotor
velocíssimo e adequado a pequenas alturas disponíveis (ver equação acima). As
dimensões do rotor estão legadas à vazão da turbina e a geometria do rotor à sua
velocidade específica.
o
im
éc
Rotor Francis Velocíssimo
Neste ponto, pode-se fazer uma comparação entre os Rotores Francis Básico
e o Velocíssimo.
oD
TURBINA EM CARACOL EMPREGADO ROTOR FRANCIS
Pi
O caracol de uma turbina é o prolongamento da TUBULAÇÃO FORÇADA
ou “penstock”. Como o próprio nome indica, o seu formato é o de um caracol e a
água, ao percorrê-lo, forma um espiral e é lançada, por meio das pás diretoras fixas
de
interna do caracol, estão colocadas pás diretora fixas. Essas pás dão à água o
sentido radial centrípeto. A água, deixando as pás diretoras fixas dá de encontro a
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 102
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PÁS DIRETORAS FIXAS
o
estrutura é apoiada em dois anéis, sendo um superior e um inferior, e nesses anéis
im
são fixadas as pás diretoras fixas.
éc
oD
Pi
Pá diretora fixa
Para a figura acima:
1: Diretora fixa. 4: Conjunto Biela –Manivela
de
VC = K . 2.g .H AD
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FACULDADE PIO DÉCIMO 103
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em que HAD é a diferença de nível entre os pontos A e D, estando o ponto a
na superfície do reservatório superior e o ponto D na saída do distribuidor móvel. K é
um fator menor do que a unidade.
Como foi ressaltado anteriormente, as pás diretoras móveis podem ir de um
aposição tangencial ao rotor a uma posição que fica, praticamente, radial a ele. Essa
o
movimentação é feita por formidável servomotor acionado a óleo hidráulico. Existem
turbinas em que cada pá móvel do distribuidor é acionada por um servomotor. A
im
usina de Barra Bonita, situada no rio Tietê, trabalha com quatro turbinas dotadas de
rotores Kaplan, fabricadas pela casa Escherwyss e nessas turbinas, cada pá do
éc
distribuidor móvel é acionado por um servomotor hidráulico. Porém, na maior parte
das turbinas, o distribuidor de pás móveis é comandado por um ou dois
servomotores que atuam simultaneamente sobre um anel rotativo, que, por meio de
oD
bielas , manivelas, aciona os eixos das pás diretoras móveis. Com essa operação
de girar as pás do distribuidor, consegue-se ajustar a vazão da turbina à potência
demandada em seu eixo mecânico-motriz. Como as pás diretoras móveis podem
Pi
alcançar a posição tangencial ao rotor, a ponta de uma pá encosta-se ao corpo da
adjacente, reduzindo a vazão do caracol a níveis tão pequenos que o rotor da
turbina pára de girar.
de
lda
cu
o
elevada velocidade específica, o que faz com que seu “desenho” seja muito díspar
do desenho apresentado por um rotor Francis padrão. A VELOCIDADE
im
ESPECÍFICA de rotores Francis é determinada segundo a equação abaixo:
éc
AFRA
ns =
H
CONSIDERAÇÕES
oD
Portanto, tendo o rotor dotado de aletas fixa, a turbina Francis possui um
única forma de ajustar a vazão à demanda de energia solicitada ao eixo motriz, e
Pi
isso é conseguido com a atuação do DISTRIBUIIDOR MÓVEL sobre o fluxo
hidráulico. As turbinas de médio e grande portes possuem reguladores de
de
Hidráulico.
cu
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 105
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1: Eixo da Turbina. 6: Coroa Inferior D2.
2: Ponta de Eixo e fixação do Rotor 7: Tubo de Aspiração.
3: Cubo Hidrodinâmico. 8: Pás diretoras Móveis.
4: Aletas do rotor. 9: Pás diretoras Fixas
5: Coroa Superior D1. 10: Caracol.
o
im
A TORBINA HÉLICA FIXA
éc
ASPECTOS GERAIS
Essa turbina trabalha com o rotor hélice fixa, família de rotores à qual
oD
pertencem, também os rotores oblíquo, Kaplan e Dériaz. O rotor hélice fixa é
empregado em turbinas que trabalham com pouco variável e próxima da vazão
nominal, porque o máximo rendimento dessa turbina ocorre quando a vazão está em
torno de 70%da vazão nominal.
Pi
A turbina que trabalha com rotor hélice é indicada para alturas disponíveis
menores do que a turbina que opera com rotor Francis. Como o rotor hélice fixa não
possui movimentação de passo de hélice, o ajuste entre vazão operacional e
de
potência é feito sempre por outro órgão que não pertence ao rotor. Em turbinas
muito pequenas, em que o fator predominante é gerar energia a partir de uma queda
lda
dispositivo é insustentável. Dessa forma, outro modo de regular a vazão deve ser
encontrado. O DESTRIBIIDOR MÓVEL, dotado de PÁS FINK, é a solução que se
Fa
apresenta, mas exige que a turbina seja provida de caracol, o que leva,
praticamente, a um tipo de turbina ou a uma concepção de turbina. Na figura abaixo,
uma turbina que opera com rotor hélice fixa e caracol de distribuição é mostrada.
Observar que, dessa forma, o ajuste de vazão para atender à demanda de potência
feita ao eixo motriz da turbina é executado por um DISTRIBUIDOR DE PÁS MÓVEIS
colocado na chegada ao rotor.
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FACULDADE PIO DÉCIMO 106
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o
4: Eixo Motriz.
im
éc
oD
Pi
Turbina dotada de caracol e operando com Rotor Hélice Fixa.
o
im
éc
oD
Turbina dotada de Rotor Hélice Fixa operando com Válvula Borboleta.
5: Mancal de Apoio.
VÁLVULA BORBOLETA
lda
adução, tirando a hélice de operação. Se houver comporta de jusante, essa pode ser
fechada, dessa forma a manutenção da turbina pode ser feita a seco. Como a
demanda de energia de um gerador não é constante, principalmente, quando o
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 108
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enormes perdas energéticas. O controle da válvula borboleta se faz por motores
hidráulicos que atuam sobre o eixo dela.
O perfil da válvula borboleta é cuidadosamente estudado de forma que não
venha a incentivar o aparecimento de regiões de baixa pressão que podem ser
deterioradas pelos fenômenos da CAVITAÇÃO.
o
im
TURBINAS HÉLICE FIXA OPERADA COM CARACOL
éc
ASPECTOS GERAIS
oD
O CARACOL é o elemento que propicia a distribuição da água ao redor da
entrada do rotor. Na turbina hélice fixa, o rotor recebe água na direção axial e a
entrega na mesma direção, portanto existe um “vazio” na turbina hélice fixa
operando com caracol, “vazio” esse formado à saída da água das pás diretoras
Pi
móveis. Diversos autores fazem referência a esse “vazio” formado entre as pás
diretoras móveis. Diversos autores fazem referência a esse “vazio” formado entre as
pás diretoras móveis e a entrada das pás do rotor hélice e garantem que essa curva
de
descrita pela água, de, praticamente, 90º, não produz significativa redução do
rendimento de turbina. Observar, com detalhes, a turbina hélice fixa mostrada na
figura abaixo. Com a adoção do caracol a turbina pode receber as pás diretoras
lda
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FACULDADE PIO DÉCIMO 109
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nulo. Assim, essa turbina se caracteriza como uma máquina hidráulica que deve
operar com vazões pouco variadas e próximas de um valor que está em torno de
70% da sua vazão normal.
A colocação do TUBO DE ASPIRAÇÃO à saída do rotor pode trazer um
aumento no rendimento da turbina, porque o referido tubo atua como um
o
prolongamento da TUBULAÇÃO FORÇADA da turbina e, indiretamente, converte
energia potencial em energia de pressão.
im
A turbina hélice fixa operando com caracol pode operar com o eixo motriz da
éc
turbina nas posições horizontal e vertical.
oD
Pi
de
CONSIDERAÇÕES
As turbinas que operam a eixo vertical trazem um melhor visual à CASA DAS
MÁQUINAS, porque o conjunto turbina gerador é colocado numa vertical só. Como
os geradores atuais trabalham com excitação do estado sólido, o piso da casa das
máquinas pode passar pelo topo dos geradores e essa distribuição torna-a mesma
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FACULDADE PIO DÉCIMO 110
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desimpedida. Por ouro lado , como os geradores trabalham com seus eixos na
posição vertical, podem Ter potências muito elevadas, pois o crescimento deles, em
função da potência , se dá no aumento do diâmetro do rotor. Á medida que a
potência cresce, normalmente, os rotores da turbina e, conseqüentemente, do
gerador tornam-se mais lentos. A relação entre potência mecânica - motriz da
o
turbina e rotação é estabelecida pela equação abaixo:
im
( PMT( CV ) )0,5
ns = nt .
( H )1, 25
éc
A equação acima permite ao leitor observar como é complexo a relação entre
oD
a velocidade angular da turbina e, conseqüentemente, do gerador e a potência
desenvolvida pelo referida máquina hidráulica.
Pi
A TURBINA KAPLAN
ASPECTOS GERAIS
de
O rotor Kaplan, que completa a turbina de mesmo nome, tem pás móveis
comandadas por um servomotor hidráulico colocado no interior do eixo da turbina.
lda
O eixo do gerador é vazado no sentido longitudinal e por esse furo passam os tubos
que levam e trazem o óleo hidráulico do comando do servomotor. Essa propriedade,
possuir pás de passo ajustável, traz à turbina kaplan um importante meio de
controle para compensar as variações impostas à vazões. Tendo as pás de
cu
A versatilidade do vetor Kaplan é de tal monta que permite que ele opere com
seu eixo motriz na posição horizontal, na posição vertical e inclinada em relação à
vertical. Por outro lado, o rotor pode trabalhar com ou sem caracol, gerando
inúmeras variantes de turbinas. Existe uma variante de turbina, denominada
TURBINA BULBO em que o gerador é colocado no interior de um “casulo” que é
colocado no eixo do veio líquido. O gerador, para poder atender à grande potência
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FACULDADE PIO DÉCIMO 111
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gerada pela turbina que tem velocidade angular bastante baixa, deve possuir
velocidade angular elevada e, portanto, à ponta do eixo do gerador existe um
REDUTOR DE ROTAÇÀO mecânica que, recebendo energia do eixo da turbina,
girando a baixa velocidade, eleva a velocidade do sistema e entrega energia ao
gerador. Dessa maneira, o gerador torna-se uma máquina veloz, seu volume
o
diminui e o casulo ou bulbo pode melhor adaptar-se às dimensões do CANAL DE
ADUÇÃO do aproveitamento. A equação abaixo é do seio da teoria de projeto de
im
máquinas elétricas rotativas e ela dá ao leitor exata dimensão da relação da relação
existe entre potência de uma máquina elétrica (Pm), velocidade angular do rotor da
éc
referida máquina (ωm) e volume do seu rotor (∀):
Pm = K máquina .ω m .∀
oD
A figura abaixo traz um rotor Kaplan acionado um conjunto ou TURBINA
BULBO. Essas turbinas têm um campo de aplicação bastante restrito, dada as suas
Pi
particularidades. São empregadas na Europa, em USINAS MAREMOTRIZES. Como
o passo das pás do rotor é ajustável, podem, girando num sentido único, Ter o fluido
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 112
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o
que melhor se adaptam a particulares casos, e num desses casos pode estar aquele
em que uma turbina bulbo de hélice fixa se enquadre perfeitamente:
im
a) Vazão constante e próxima da nominal.
éc
b) Sentido único para o fluxo hidráulico.
c) Custo relativo ao rotor Kaplan, menor.
d) Manutenção menor freqüente.
oD
Os rotores e as diversas peças que compõem a turbina são sujeitos ao
fenômeno da CAVITAÇÃO. Sua incidência é decorrente de diversos fatores e o
Pi
preponderante é o nível de pressão na superfície das pás. Outro caso também
assistido pelo autor envolvia uma turbina dotada de ROTOR FRANCIS e caracol de
distribuição. Os ROTORES KAPLAN, por apresentarem mais recursos, trazem furo
de
De forma semelhante ao rotor hélice fixa, o rotor Kaplan pode operar com ou
cu
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FACULDADE PIO DÉCIMO 113
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Com a colocação do caracol, do distribuidor de pás móveis e do TUBO DE
ASPIRAÇÃO, a turbina, operando com rotor Kaplan, ganha melhor controle,
elevação do rendimento em presença de vazões muito variadas e elevação do
rendimento global do aproveitamento. Com a colocação do TUDO DE ASPIRAÇÃO
controla-se o nível de pressão nas pás e à saída do rotor, atuando de forma
o
enérgica sobre o fenômeno da CAVITAÇÃO.
im
CONSIDERAÇÕES
éc
KAPLAN trazer ou veio caracterizar uma evolução na família hélice e dizer que essa
evolução nasceu no ROTOR OBLÍQUO e terminou no ROTOR DÉRIAZ. As turbinas
oD
que daí derivaram formam uma particular família adequada a alturas disponíveis
pequenas (inferiores a 70 m) e vazões pequenas, medidas e grandes. Para
aproveitamentos de potência relativamente pequena, o pesquisador deve cuidar
para que o seu particular problema tenha a melhor relação custo / benefício e isto é
Pi
conseguido com a análise particular de cada tipo de rotor e da posição do eixo do
rotor em relação à vertical. Portanto, seja nos grandes, médios e pequenos
aproveitamentos, o problema é sempre agudo, com maior predominância para os
de
pequenos, em face das limitações existentes nos recursos que uma turbina de
pequena potência pode trazer, dado o elevado custo de soluções técnicas que
lda
ASPECTOS GERAIS
mecânica que turbina coloca, ponta de seu eixo mecânico, à disposição do gerador,
denominada mecânico-motriz, e a potência que o fluido coloca à disposição da
turbina na entrada de seu rotor, determinada potência mecânico-hidráulica. Em
termos matemáticos, escreve-se:
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FACULDADE PIO DÉCIMO 114
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PMT( CV )
nT =
PH ( CV )
O rendimento de uma turbina é uma função de muitas variáveis que vão
desde a potência nominal da turbina até a porcentagem de fluido turbinada, em
o
relação ao valor nominal, passado por tipo de turbina, fabricante, montagem ou
posição física do eixo em relação à relação à vertical, etc. Uma turbina de grande
im
porte, porte, da família das turbinas de ação ( Pelton), pode chegar apresentar um
rendimento de 93% a uma vazão entre 70% e 80% da sua vazão nominal.
éc
REDIMENTO COMPARATIVO DAS TURBINAS DA FAMÍLIA HÉLICE
oD
O rotor hélice fixa, operando em uma turbina que não possua o distribuidor de
pás móveis, é uma máquina hidráulica extremamente interessante. Essa associação
denominada turbina, é reversível podendo também trabalhar como uma bomba que
é muito empregada em sistemas de irrigação de lavouras. Por outro lado, por
Pi
possuir pás fixas e não possuir distribuidor com pás móveis, quando operam como
turbinas, a adução é provida de uma válvula que pode Ter feitio esférico ou um feitio
de
fluido e, por essa razão, sua superfície deve ser estudada para minimizar a presença
da referida válvula de controle da vazão. Assim quando um rotor hélice fixa é
substituído por um rotor da mesma família, porém de pás móveis, como é o rotor
cu
o
DE PÁS MÓVEIS e rotor de pás móveis, como o rotor Kaplan. Agora, o usuário da
máquina pode atuar rapidamente sobre as pás móveis do distribuidor e ajustar
im
dinamicamente a potência hidráulica da turbina, em função da potência demandada
pelo gerador, tendo sempre em mente que a rotação da turbina, operando com
éc
máquina síncrona, deve permanecer constante.
o
de turbinas é aconselhável para operação em aproveitamentos com alturas
im
disponíveis inferior a 70 m e essa gama de alturas pode não atender a um
aproveitamento particular, sob análise. Assim, as exigências de um determinado
aproveitamento hidrelétrico podem conduzir a outra família de turbinas – FRANCIS
éc
ou PELTON. As turbinas Francis, por possuírem rotores com pás fixas,
praticamente, exigem distribuidores de pás móveis e essa combinação traz à turbina
oD
Francis uma curva característica menos acentuada, mais plana, que a curva
característica de turbina que opera com rotor hélice e distribuidor de pás móveis. A
turbina que opera com rotor Kaplan e distribuidor de pás móveis. A turbina que
opera com rotor Kaplan e distribuidor de pás móveis têm uma curva mais plana que
Pi
a da turbina Francis dotada de distribuidor de pás móveis. Porém, não é muito
objetiva a comparação entre famílias de turbinas, principalmente entre turbinas de
ação e de reação, porque as alturas disponíveis, propostas para essas famílias, são
de
se, em uma grande faixa, às turbinas Pelton que são de ação. Porém, é bastante
válida a comparação de curvas características para turbina hélice, possui pá móveis
e é indicada para uma banda de alturas disponíveis muito ampla, podendo, em
cu
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FACULDADE PIO DÉCIMO 117
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1: Turbinas kaplan.
o
2: Turbinas Francis.
3: Turbinas Hélice
im
éc
oD
Pi
Curvas características para as Turbinas Kaplan (1), Francis (2) e Hélice Fixa
(3).
de
1: Francis.
2: Dériaz.
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FACULDADE PIO DÉCIMO 118
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o
im
éc
oD
Curvas características para as Turbinas Francis (1) e Dériaz (2).
Pi
CONCLUSÕES
GERADORES ELÉTRICOS – GE
CLASSIFICAÇÃO – TIPOS
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FACULDADE PIO DÉCIMO 119
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Os GE para CH, ou hidrogeradores, em princípio, podem ser síncronos ou
assíncronos. Os GE síncronos, de, maior aceitação e historicamente utilizados, são
máquinas elétricas que trabalham com velocidade constante igual à velocidade
síncrona, que é uma função da freqüência da tensão gerada e do número de pares
de pólos do rotor do GE.
o
Estes GE são capazes de produzir tanto energia ativa como energia reativa
mediante o fornecimento de energia no eixo por intermédio de uma máquina
im
primária e a excitação de um enrolamento de campo localizado no rotor dos
mesmos. Devido à versatilidade operativa e aos elevados rendimentos na conversão
éc
de energia, cujos valores podem ultrapassar os 95%, são estes amplamente
utilizados em GG de CH. Os GE síncronos podem ser de pólos lisos ou de pólos
salientes, definindo o formato do rotor. Normalmente, os rotores dos GE síncronos
oD
são de pólos salientes e apresentam um enterro irregular. Isso implica em um
projeto adequado do sistema de fixação dos pólos para que possam suportar os
esforços decorrentes da velocidade de disparo. Rotores de pólos lisos são muito
Pi
difundidos em geração térmica, onde o GE passa a ser chamado Turbogerador. No
entanto, GE síncronos com 2 a 3 pares de pólos lisos, pode também ser
encontrados no mercado.
de
energia útil possa ser efetuada. Estes GE de indução podem possuir um rotor
bobinado, provido de anéis e escovas, ou rotor do tipo gaiola de esquilo. Em termo
de robustez e questão de manutenção, prefere-se utilizar o GE de indução com rotor
cu
o
e freqüência constante, pode ser utilizado o GE de indução com rotor bobinado,
tendo o seu enrolamento do rotor excitado através de um cicloconversor.
im
ESPECIFICAÇÃO MÏNIMA
éc
POTÊNCIA NOMINAL
oD
A potência nominal do GE é defina como sendo a potência elétrica
continuamente disponível em seus bornes, sem que a temperatura limite defina pla
sua classe de isolamento seja ultrapassada. Sendo assim a potência de GE é
Pi
especifica em termos de sua potência elétrica aparente PS (VA) – e não de sua
potência ativa –PP ( W) – com é feito para a TH, e irá depender ainda do fator de
potência nominal – fpn - desejado. Naturalmente além do limite térmico, a potência
de
Pe .ηel
PSn =
cu
fpn
Fa
o
im
éc
oD
A vida útil do GE está intimamente ligada à elevação de temperatura durante
a sua operação e ao limite imposto pela sua classe de isolamento. Existem vários
modelos complexos para se determinar a redução de vida útil em função da
elevação de temperatura, porém, de maneira simplificada, ainda hoje é aceita a
Pi
chamada Lei de Montisinger que preconsiza que a operação com 8 a 10°C acima da
temperatura limite reduz a vida útil pela metade.
Ao especificar a Pel n dos GE, além da temperatura de operação top (0 C ), deve
de
–se também atentar para a altitude local - Zb ( m ), em que o mesmo irá opera.
Posto que a eficiência das técnicas de resfriamento diminuem com a altitude, deve –
lda
se esperar que a potência máxima possível de ser extraída também sofra uma
redução. O diagrama da figura abaixo, quantifica esta redução.
cu
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 122
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o
im
éc
oD
Limites de carregamento em função da altitude.
Nesta figura as várias curvas são construídas para cada top . Observe –se que
Pi
os GE podem ser operados à Psn , nas diversas Zb , desde que as seguintes top da
tabela abaixo não sejam excedidas.
de
lda
cu
Fa
TENSÃO NOMINAL
o
deixando-a ser escolhida livremente, procurando-se obter um enrolamento com um
número mínimo de condutores. GE médicos e grandes freqüentemente são ligados a
im
transformadores de mesma potência. Neste caso, se a flexibilidade de substituição
do transformador não for limitante, pode-se selecionara tensão de geração dentro de
éc
considerações ótimas. Por outro lado, se deseja-se um valor de tensão específico
para ligar o GE diretamente a um barramento ou sistema, deve-se esperar um
aumento no custo do GE, assim como uma redução as eficiência em função do
oD
desvio do ponto ótimo. A figura abaixo mostra a faixa da tensão ótima de projeto em
função da potência elétrica nominal.
Pi
de
lda
cu
Fa
Dentro desta faixa de tensão ótima de projeto, alguma tensões nominais são
mais comuns, tais como: 220, 380, 460, 760, 2200, 2400, 4150, 6600, 13800 e
18000 volts.
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FACULDADE PIO DÉCIMO 124
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Fator Potência Nominal
o
sobredimensionado para suportar maiores correntes de excitação.
im
Considerando-se que há um compromisso entre o Fpn dos GE e os custos
deve-se determinar um fpn que possa atender às necessidades de potência elétrica
relativa do sistema ao qual a CH irá integrar-se, garantindo-se, por exemplo, um
éc
valor de tensão especificado em uma dada barra de carga.
A influência do fpn sobre o desempenho do GE pode ser ilustrada à luz da
oD
carta de capacidade, ou curva de capacibilidade, da máquina síncrona.
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FACULDADE PIO DÉCIMO 125
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faixa pré-determinada, durante a fase da concepção do GE, objetivando minimizar
os custos.
No entanto, para grandes CH, este valor poderá ser especificado para atender
condições de operação previstas durante a fase de planejamento. Valores reduzidos
de Xd implicam em uma pequena imitação da capacidade de geração de potência
o
reativa em condições de baixa carga, mas oferecem melhor desempenho do ponto
de vista de estabilidade e melhor regulação de tensão. Na verdade, pode-se
im
demostrar que o limite de estabilidade prática é sempre respeitado na operação de
GE síncronos quando o valor de Xd for menor do que 1 (pu ). Por outro lado,
éc
reatâncias muito baixas acarretam altas correntes de curto –circuito – elevada
relação de curto-circuito (RCC)-, Esbarrando em limitações do projeto, tornando o
GE mais pesado, aumentando o seu custo e o de seus componentes associados.
oD
Para GE de pólos salientes, a reatância de eixo em quadratura - Xq- é da
ordem de 60 a 80% de Xd, e no caso de pólos lisos esta diferença fica baste
reduzida, obtendo-se valores de Xq em torno de 94 a 98% de Xd.
Pi
Rotação Nominal
60. f
nn =
Zp
cu
o
limitantes, por questões de esforços mecânicos, impondo restrições
sobre o diâmetro do rotor.
im
Os GE, operando em sua rotação nominal, ficam sujeitos,
normalmente, a esforços alcançam até 65% dessa tensão. A
éc
sobrevelocidade usual é de 30% acima da rotação nominal, mas se
admite, em projetos específicos, que esta possa chegar até aos
50%. Na velocidade de disparo, esses esforços alcançam 80% da
oD
tensão de ruptura. Por ser esta uma situação rara e em virtude do
grande esforço mecânico, todas as vezes que ocorrer o disparo
exige–se uma revisão completa do GE. A sobrevelocidade, no
Pi
entanto, é uma situação operativa que poderá ocorrer com mais
freqüência. Para análises preliminares, a indicação do tipo de TH
utilizada é suficiente, já que as velocidades de disparo para cada
de
Características Físicas
o
cada 1% no aumento de inércia natural do GE seu custo fica
acrescido de aproximadamente 0,1%. No caso de PCH, é comum
im
aumentar o GD2 do sistema girante por intermédio de volantes,
tornando praticamente inviável em grupos verticais.
éc
Arranjos de Montagens
oD
Em GCH, onde são típicos os GG de eixo vertical, é possível
usar vários arranjos de montagem, definidos, basicamente, pelo
posicionamento dos mancais de escora (axial) e de guia (radial).
Pi
O arranjo convencional, apresentado na figura (a) abaixo,
possui um mancal combinado guia-escora, posicionado acima do
rotor do GE, e um mancal guia colocado abaixo do rotor.
de
lda
cu
Fa
Arranjos convencionais.
o
da casa de máquinas.
Para GE de baixa velocidade o arranjo conhecido como
im
umbrella. Figura (a) abaixo traz um a grande redução na altura do
GG, como uma conseqüente economia na casa de máquinas.
éc
oD
Pi
o
códigos pra símbolos e abreviações das formas para montagem
para montagem de GE, a saber:
im
Sistemas - código I: vale apenas para máquinas elétricas com
mancais nas tampas, com uma ponta de eixo livre e abrangem
éc
somente as construções mais comuns: A simbologia para
identificação consiste do código IM (International Mounting),
seguida de um número.
oD
Sistema - Código II: vale para todas as máquinas rotativas
para uso geral e para casos especiais de aplicação.
Pi
O sistema – Código I segue a seguinte regra:
de
lda
cu
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FACULDADE PIO DÉCIMO 130
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o
im
éc
O segundo e o terceiro algarismos fornecem o sistema de
oD
instalação e o tipo de montagem da máquina. O significado do
quarto algarismo da abreviação para tipo de construção, segundo o
Sistema - Código II é representado na continuação da tabela
abaixo:
Pi
de
lda
cu
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 131
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Para o dimensionamento da casa de máquina é fundamental
estabelecer criteriosamente o tipo de construção do GE, pois isto
implica em maiores ou menores volumes de obras civis e trabalho
de montagem. Assim por exemplo, embora o tipo IM7001 seja
semelhante ao tipo IM 7011 verifica-se que, no primeiro caso, o
o
eixo estará mais baixo em relação ao piso. A opção entre os dois
dependerá do posicionamento da TH em relação ao piso e de suas
im
dimensões.
éc
oD
Pi
de
lda
cu
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FACULDADE PIO DÉCIMO 132
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Graus de Proteção
o
adequados. A designação utilizada e apresentada na publicação
IEC 34-5/1968 é formado pelas letras IP seguidas de dois
im
algarismos característicos que indicam o grau de proteção, como
segue:
éc
Primeiro algarismo, que varia de 0 a 5, indica a proteção de
pessoas contra o contato com partes sob tensão ou em movimento
dentro da carcaça e proteção da máquina contra a penetração de
corpos sólidos estranhos. oD
Segundo algarismo, que varia de 0 a 8, revela a proteção da
máquina contra a penetração prejudicial de água.
Pi
Adicionalmente, a inclusão da letra W entre as letras IP e os
algarismos indicam que a máquina tem proteção contra
intempéries. Nas duas tabelas abaixo, são apresentados os
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 133
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o
im
éc
oD
Pi
de
lda
cu
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 134
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o
im
éc
oD
Pi
Circuitos de Refrigeração
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 135
================================================================================
o
im
O primeiro algarismo significativo define o tipo de arranjo do
circuito de refrigeração, enquanto o segundo representa o modo de
éc
suprimento de energia para a circulação do meio refrigerante, como
mostra nas duas tabelas abaixo.
oD
Pi
de
lda
cu
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 136
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Embora o número de combinações possíveis entre os
algarismo característicos seja bastante grande, somente algumas
delas são encontradas na prática.
Sistemas de Excitação
o
Os sistemas de excitação se prestam a fornecer energia em
im
corrente contínua para o circuito campo dos GE síncronos e
podem se enquadrar dentro de seguinte classificação:
éc
Excitação rotativa; ou
Excitação estática.
oD
As excitatrizes estáticas podem utilizar a própria tensão e
corrente da armadura do GE principal para prover a excitação.
Pi
Estas grandezas alternadas são retificadas por meio de tiristores
disparados convenientemente pelo regulador de tensão. A energia
gerada é levada ao campo do GE por meio de anéis e escovas.
de
o
Para GE com potência superior a 50 MVA, a excitatriz
brushless tem sido preterida em relação à excitatriz estática. Isto
im
se dá por outro lado, o por ser a excitatriz estática extremamente
rápida – 0,01 contra 0,5 a 5s – e, por outro lado, o sistema
éc
brushless encontra com principal barreira a sua operação em
rotação inferiores a 600 rpm, quando crescem muito em peso e
custo.
oD
Para GE de microcentrais, tem-se uma variante simplificada
da esticaria estática. Neste sistema compound, a tensão e a
corrente da armadura são retificadas e levadas diretamente ao
Pi
campo do GE, empregando anéis e escovas. Sendo assim, estando
o GE em vazio ajusta-se a tensão da armadura a partir da
componente de excitação e, estando o GE em operação , a
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 138
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O sistema de excitação deve contemplar também dispositivos
de escorvamento e de desexcitação, tais como disjuntores de
campo, resistores de descarga e demais equipamentos e controles
necessários à rápida desexcitação dos GE.
o
Dimensionamento das Fundações dos GE
im
Durante a operação normal de um GE, além do seu peso
próprio, existe também uma força de regime contínuo solicitando as
éc
bases do mesmo.
Estas solicitações são agravadas na ocorrência de faltas -
curtos-circuitos de diversas naturezas - e de perda de sincronismo
ou paralelismo errôneo.
Sendo assim, as
oD
estruturas e bases devem ser
cuidadosamente calculadas, considerando tais eventualidades a fim
Pi
de suportar os esforços em todas as condições operativas
possíveis, figura abaixo.
de
lda
cu
Esforços em GE.
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 139
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efeitos da redução de corrente e do torque unidirecional se
anulam.
Especificações Adicionais
o
No momento da especificação do GE e nos termos
contratuais, deve-se solicitar do fabricante uma série de ensaios
im
que visam fornecer dados importantes relativos ao seu
desempenho e verificar as garantias do fabricante. Estes ensaios
éc
são prescritos na norma ABNT NBR 5052 e devem seguir
rigorosamente sua orientação, podendo ser subdivididos em dois
tipos:
Ensaios de Rotina
oD
Pi
Nestes ensaios objetiva-se:
Ensaios de Tipo
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 140
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3. Determinação da reatância de eixo direto e da relação de
curto-circuito;
4. Ensaio de aquecimento;
5. Ensaio de separação de perdas;
6. Determinação do rendimento a 25, 50, 75 e 100% de carga,
o
com fatores de potência 0,8 e 1,0;
7. Determinação da corrente de excitação sob carga e
im
regulação;
8. Verificação da forma de onda gerada;
éc
9. Determinação do fator de interferência telefônica;
10. Ensaio de curto-circuito trifásico instantâneo;
11. Determinação das reatâncias e constantes de tempo
12.
transitório e subtransitório;
Medição do nível de ruído;
oD
13. Determinação do momento de inércia;
Pi
14. Determinação de sobrevelocidade.
contratualmente exigidos.
cu
Critérios - Limitações
Fa
o
2. Níveis máximo e mínimo no canal de fuga;
3. Vazões e respectivas quedas máxima e mínima do
im
aproveitamento;
4. Potência máxima e mínima exigidas pelo mercado;
éc
5. Análise físico-química da água;
6. Topografia, geologia e geotécnica da região onde será
implantada a casa de máquinas, incluindo batimetrias do
rio no local da descarga; oD
7. Características dos sistemas de baixa e da alta pressão,
tais como seções transversais e comprimentos dos
Pi
condutos de baixa e alta pressão dimensões hidráulicas de
extravasores, tomada d’água, câmara de carga e/ou haminé
de equilíbrio.
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 142
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4. Estado da arte aliado à energia gerada permite limitar
superiormente os rendimentos desejados em função das
cargas.
o
que permitirá elaborar programa computacional que determinará o
número de GG e as características das TH, sendo elas de reação
im
com rotor simples, seja ele do tipo Francis ou axial e este hélice ou
Kaplan, com distribuidor fixo ou móvel. O programa, indicará,
éc
ainda, o posicionamento dos eixos, se horizontal ou vertical e o
tipo de acoplamento, se direto ou com amplificador , bem como as
dimensões de montagem, para o caso das TH terem caixa espiral.
Volantes
oD
Pi
São as massas girantes do GG que, com sua inércia, mantêm
suas rotações dentro de limites de modo que seu tempo
transitório- tg (s)- não seja ultrapassado.
de
Reguladores de Velocidade – RV
lda
o
im
éc
RV isócrono.
Reguladores de Tensão - RT
o
tensão em um ponto distante dos terminais do GE.
Adicionalmente, os RT possuem papel muito importante na
im
estabilização de transitórios elétricos do sistema, aumentando a
margem de estabilidade dos GE síncronos. A partir da década de
éc
70, circuitos estabilizadores - PSS, começaram a ser adicionados
aos RT visando justamente melhorar o desempenho dinâmico do
sistema elétrico.
oD
Além disto, os RT são fundamentais ao funcionamento correto
dos GE, assegurando a operação dentro dos limites impostos pela
sua curva de capacidade. Há limites operativos que são função da
Pi
corrente de excitação, tais como o limite de aquecimento dos
enrolamentos do rotor, limites de sobreexcitação e de
subexcitação, de modo que os RT prevêem esquemas especiais de
de
Supervisão de CH
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FACULDADE PIO DÉCIMO 145
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Os sistemas de proteção desempenham o papel fundamental
de detecção e isolamento de faltas, visando à operação
normatizada, prevenção contra falhas e limitação de defeitos
resultantes das falhas, trabalhando da seguinte forma:
o
1. Remover do serviço, total ou parcialmente,
equipamentos, dispositivos ou circuitos que estejam
im
operando em condições anormais;
2. Retirar componentes defeituosos, que não interfiram
éc
desordenadamente na operação dos demais que se
encontram em boas condições de continuidade de
operação;
3. oD
Supervisionar a operação do sistema, de forma a
assegurar a continuidade e a qualidade de
fornecimento.
Pi
Para atender a estes requisitos, um sistema de proteção deve
possuir as seguintes características desejáveis:
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 146
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Durante a concepção e análise dos fundamentos básicos de
sistemas de proteção, deve-se Ter sempre em mente que, devido à
natureza aleatória das diversas faltas possíveis em um sistema,
estes estudos são feitos com base em determinadas filosofias de
proteção que se apoiam no equilíbrio dos recursos técnicos e
o
econômicos, cuja solução permitirá a execução do projeto, uma vez
que a previsão de proteção de todas as faltas possíveis o torna
im
economicamente inviável.
Em nível de medição, os instrumentos necessários à
éc
supervisão das grandezas elétricas do GE são, na armadura,
wattímetro e varímetro trifásico, medidos trifásicos de energia ativa
e reativa, voltímetro com chave comutadora de fase e amperímetro
nas três fases. oD
No caso das grandezas de campo, deve-se medir a tensão e a
corrente de excitação. É indispensável, também, a existência da
Pi
coluna de sincronismo, mostrando as freqüências e tensões do GE
e do sistema, além do dispositivo de indicação de concordância de
fase, o sincronoscópio. Uma evolução dos sistemas de medição
de
o
de cavitação, desgaste de equipamentos, defeitos iminentes e
outros.
im
Todas as medidas podem ser sintetizadas utilizando-se uma
interface homem - máquina – IHM, representação sinótica da CH,
éc
mostrando no monitor de vídeo de um computador o estado atual
do GG e dos pontos monitorados. No caso de uma semi -
automatização da CH, o operador poderá analisar estes dados e
tomar decisões
utilizando o mouse.
atuando-se na oD tela do computador apenas
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FACULDADE PIO DÉCIMO 148
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o
im
éc
SUBESTAÇÕES
oD
Nas CH, as subestações cumprem a importante função de
ligar o GE, por intermédio de seu transformador, caso exista, ao
sistema de transmissão, distribuição ou industrial, dependendo de
sua localização, finalidade e porte.
Pi
Este objetivo é alcançado pela conveniente comutação ou
manobra de disjuntores e chaves seccionadoras, energizando ou
desligando os barramentos e linhas ou cargas conectadas. Além
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 149
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barramento singelo (a), cuja principais características são o baixo
custo, a operação em tensões até 13,8 kV, boa visibilidade da
instalação, diminuindo os riscos de manobra, e a reduzida
flexibilidade operativa, que poderá ser melhorada com
seccionamento do barramento, resultando no arranjo barramento
o
singelo com acoplamento longitudinal, que tem sido aplicado a
tensões até 34,5(kV).
im
éc
oD
Pi
Barramento singelo.
de
tal alternativa.
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 150
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o
im
éc
oD
Subestação com barramento auxiliar.
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FACULDADE PIO DÉCIMO 151
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A figura a, b e c mostra o arranjo de barramento duplo com
três, quatro e cinco chaves, respectivamente. O primeiro é
normalmente aplicado em tensão de 138 kV, o segundo é muito
pouco usado e o terceiro é o mais usado, principalmente em tensão
de 230 kV.
o
O arranjo de disjuntor e meio permite que, para cada dois
circuitos, haja um disjuntor de reserva resultando em grande
im
segurança de serviço. Por isso é aplicado em tensões de 345 a 550
kV. Já o arranjo em anel permite a saída de serviço de um
éc
disjuntor, sem prejuízo da operação normal. Existindo, no entanto
tantos disjuntores quantos forem o número de circuitos, os quais
devem ser dimensionados para a maior corrente, em geral, o dobro
oD
da maior corrente dos circuitos derivados. A figura abaixo mostra
estes arranjos.
Pi
de
lda
cu
Arranjos de subestações.
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 152
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Para PCH, a subestação poderá ser construída dentro da casa
de máquinas. O uso de disjuntores removíveis contribui para a
redução do espaço necessário e economiza a utilização de chaves
seccionadoras. A partir do início da década de 90, uma nova
tecnologia de construção de subestações abrigadas tem sido
o
desenvolvida a partir da utilização de equipamentos modular, tais
como disjuntores, chaves, incluindo a medição e a proteção com
im
recursos de comunicação de dados para um eventual
monitoramento e automação.
éc
Sistemas Auxiliares
A partida,
necessariamente,
operação
pelo bom
e oD parada
funcionamento
de uma
de seus
CH passa,
sistemas
auxiliares, Estes, por sua vez dependem de um sistema de
Pi
alimentação eficiente e continuado, tanto em corrente contínua
como em corrente alternada, mesmo em condições de parada total
ou interrupção de fornecimento externo. Esta energia é entregue
de
o
uma fina película de óleo lubrificante.
Durante os procedimentos de parada de grandes GG, cujas
im
inércias podem acarretar em tempos de desaceleração
excessivamente longos - de 3 a 4 horas -, pode-se aplicar freios
éc
hidráulicos com o intuito de reduzir o tempo de desaceleração. É
importante observar, no entanto, que este procedimento se aplica
quando a velocidade de rotação do GG estiver em torno de 25% de
oD
seu valor inicial ocasião em que a lubrificação dos mancais fica
prejudicada, comprometendo a vida útil do metal patente que
reveste a parede interior dos mancais. Estes freios são
Pi
normalmente acionados por ar comprimido. Assim sendo, deve-se
manter sempre cheio um reservatório com capacidade suficiente
para dar continuidade ao processo de frenagem, mesmo na falta de
de
o
ou preferencialmente dois, visando assegurar a sua operação. A
seguir são apresentadas algumas filosofias mais comumente
im
empregadas:
éc
Conexão aos terminais do GE à tensão de geração: Este
arranjo convencional e provavelmente de mais baixo custo, faz uso
de um transformador abaixo e garante elevado grau de segurança,
oD
contudo não pode ser usado para a partida, sendo necessária a
alimentação por um sistema externo. Nestas condições, os níveis
de curto-circuito são muitos elevados, sendo por vezes necessário
Pi
aplicação de reatores para limitação das correntes de falta. Outro
fator importante é a variação da tensão no barramento que será
uma função da filosofia de operação da CH, figura (a) abaixo.
de
o
im
éc
Fontes de energia para sistemas elétricos auxiliares.
oD
Pi
de
lda
cu
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 156
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Casa de Máquinas
o
considerar, além dos objetivos técnicos, inserções harmônicas com
o meio ambiente local e todo o ecossistema a sua jusante. Isto
im
sendo observado, seus projetos podem ser executados, partindo-
se, no caso da casa de máquinas, das características
éc
estabelecidas para os GG e o sistema de descarga da TH e dos
extravasores.
Tipos – Estrutura oD
O projeto da casa de máquinas localizado no arranjo geral da
Pi
CH, como qualquer projeto de engenharia civil, compreende a parte
estrutural e a arquitetônica.
Para que a parte estrutural possa ser executada é
de
o
Gerais –Brasil, com GG de Psn = 900 KVA e TH tipo S que opera
com as características: Hn =12,0m, Q=7,0m3/s, n=450rpm. O GG
im
deste CH está ligado à tomada d’água incorporada à barragem
através de um condutor forçado de chapas de aço soldada de
éc
71,38\m de comprimento e 1700 mm de diâmetro.
oD
Pi
de
lda
cu
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ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
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FACULDADE PIO DÉCIMO 158
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à primeira fase de sua implantação, já concluída e em operação
comercial.
o
im
éc
oD
Pi
de
lda
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ENG. ELÉTRICA – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA RÔMULO A. OLIVEIRA
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FACULDADE PIO DÉCIMO 159
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o
im
éc
oD
Planta da casa de máquinas da PCH Nova Xavantina a ser
implantada no rio Galheiro – Mato Grosso.
Pi
de
lda
cu
Fa
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FACULDADE PIO DÉCIMO 160
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o
abrigos. Tal disposição, conhecida como casa de máquinas
externa, apresenta como principal desvantagem não permitir a
im
desmontagem dos GG com mau tempo.
éc
Projeto
oD
possa ser realizado, devem estar disponíveis, entre outros, os
seguintes dados:
Pi
1. Planta do posicionamento da casa de máquinas no
arranjo geral da CH, com cotas do terreno de metro
de
em metro;
2. Esta planta deverá conter as vias de acesso
existentes e/ou previstas;
lda
o
arquitetura da região;
6. Plana e seções transversais do sistema de alta
im
pressão junto a casa de máquinas contendo
posicionamento e características dimensionais do
éc
sistema de apoio e ancoragem, diâmetro, material e
espessura dos condutos e seus acessórios;
7. Esquemas em planta e elevação com as dimensões
oD
externas previstas par os GG, para cada um de seus
componentes e das partes que serão montadas no
local, incluindo a máxima altura de sucção prevista
Pi
para as TH;
8. Pesos de cada componentes dos GG e das partes que
serão montadas no local;
de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 162
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1. Com a planta e dimensões do sistema de alta pressão
junto a casa de máquinas, esquemas e dimensões
externas, em planta, dos GG e de seus componentes,
procura-se otimizar um arranjo para os GG,
considerando espaços para descarga, montagem e
o
desmontagem;
2. Acrescenta-se a esta planta os espaços com
im
respectivas dimensões para os componentes
elétricos, os auxiliares e conforto, tais como,
éc
vestiário, copa cozinha. Sala de reuniões e outros,
conforme o porte de CH e as necessidades previstas
para serem nela realizadas. Obtendo-se, assim, as
oD
dimensões internas, em um só piso de planta básica
da casa de máquinas;
3. Nesta planta. Procura-se dispor os equipamentos de
Pi
modo a se obter uma áreas para descarga, montagem
e desmontagem. A largura deste retângulo definirá o
vão máximo da ponte rolante, sendo o seu
de
o
montado, desmontado e transportado, poderá a ponte
rolante principal e/ou o pórtico ser especificado para
im
fabricação, ou mesmo, se for o caso, poderá ser feito
ara a ponte de menos porte e/ou do sistema adotado
éc
para levantamento e transporte;
7. Com as plantas, os pés direitos respectivos, as
dimensões dos GG e todo o restante que a casa de
máquinas
dimensionalmente
oD
abrigara,
os
serão
cortes
projetados
transversais e
longitudinais com posicionamento de componentes;
Pi
8. Nas plantas e nos cortes serão posicionados e
especificados os circuitos elétricos, hidráulicos e de
refrigeração, se for o caso;
de
projeto arquitetônico;
10. Com as plantas, os cortes, o projeto arquitetônico, os
pesos, as cargas e sua distribuição, serão calculadas
cu
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FACULDADE PIO DÉCIMO 164
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SISTEMA DE DESCARGA
o
Descarga das TH
im
A descarga das TH, normalmente feita coletivamente em
tanque legado a canal individualmente em poços legados a um
éc
canal ou diretamente no rio através dos tubos de sucção, deve ser
projetada observando algumas particularidades, tais como:
1. Sendo as TH de ação, a descarga deve ocorrer
afogados pois
oD
sempre livre. O poço e o canal jamais devem ser
o escoamento ocasionaria um
abaixamento da pressão na região após o rotor e
Pi
bloquear o funcionamento normal do GG. Se os
estudos de implantação da CH indicarem que poderá
ocorrer este afogamento, deverá ser previsto um
de
o
descarga direta no rio deve-se projetar sua seção
transversal de saída de modo que a velocidade do
im
escoamento fique sempre um pouco maior do que a
do rio no local, evitando refluxo e águas paradas que
éc
modificam o sistema aquático e consequentemente
toda a fauna. De um modo geral, a descarga das TH
de reação reduzem a aeração do rio a jusante. Esta
oD
redução, que sempre traz prejuízos ambientqais, é
praticamente nula no caso de CHBQ submersível,
pequena nas CHR com extravasores na barragem em
Pi
seqüência da casa de máquinas, como é o caso da
maioria das GCH e grande para CHD, já que a vazão
remanescente é pequena em presença da turbina,
de
o
consolidada por meio de pedras rochosas disponíveis na própria
calha do rio ou próximo as suas margens, que são lançadas no
im
local da descarga, constituindo um dissipador natural. Quando
estes recursos são insuficiente, há a necessidade de ser
éc
construído um dissipador com características específicas para cada
caso. Estas características específicas, em última análise, são
obtidas a partir de ensaios de modelos.
CAPÍTULO III
oD
Pi
SISTEMA INTERLIGADO
o
requisitos de gestão bastante específicos, próprios de
organizações cujo maior ativo é a relação de confiança entre seus
im
associados.
éc
Integridade
o r g a n i z a ç õ e s e d a s o c i e d a d e , c o n t r i b u i n d o p a r a o desenvolvimento
sustentável do País.
Equidade
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FACULDADE PIO DÉCIMO 168
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A estrutura organizacional do ONS possibilita a participação
dos agentes de forma aberta e democrática. Tendo como membros
associados os agentes de geração, transmissão, distribuição,
importadores e exportadores de energia elétrica, e cosumidores
livres; e como membros participantes o Ministério de Minas e
o
Energia (MME) e os Conselhos de Consumidores, o Operador
Nacional conta com uma estrutura de regência onde todos estão
im
representados.
Na Assembléia Geral, sua instância superior de decisão,
éc
estão representadas as três categorias de membros associados:
produção , consumo e transporte de energia, além dos membros
participantes. O conselho de Administração é constituído por sete
oD
membros que representam a categoria produção de energia, sete
do consumo, quatro do transporte e um representante do MME.
A Diretoria Executiva é composta por um diretor - presidente
Pi
e quatro diretores, com atribuições específicas em suas áreas :
Administração dos Serviços de Transmissão, planejamento e
Programação da Operação, Operação do Sistema a Assuntos
de
Corporativos.
No exercício de suas atividades, o ONS promove a sinergia
todas as áreas da organização, com o objetivo de atingir metas de
lda
Transparência
Fa
o
sempre buscando a linguagem e os instrumentos adequados à
manutenção de um canal aberto de comunicação. Para isso, vem
im
utilizado diversas mídias impressas e eletrônica, num esforço
concentrado e permanente de concepção, desenvolvimento e
éc
aprimoramento, resultando na consolidação do bom relacionamento
com os seus públicos.
Excelência oD
Responsável pela administração da transmissão do SIN, o
Pi
NOS vem desempenhando seu papel por meio de três grandes
linhas de ação: contratação e administração dos encargos e
serviços; definição de ampliações e reforços da rede; e definição
de
o
im
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de
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FACULDADE PIO DÉCIMO 171
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FACULDADE PIO DÉCIMO 172
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Usinas com mais de 30 MW – 1999
o
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Pi
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FACULDADE PIO DÉCIMO 173
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o
Tecnológico);
im
[2] http://www.eletrobras.gov.br/ (Eletrobrás);
[3] http://www.aneel.gov.br/ (Agência Nacional de Energia Elétrica);
[4] http://www.capes.gov.br/ (Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de
éc
Pessoal de Nível Superior);
[5] http://www.pea.usp.br/gepea/ Grupo de Energia – Departamento de
Engenharia de Energia e Automação – Escola Politécnica da Universidade
[6]
de São Paulo;
oD
http://www.coep.ufrj.br/ (COPPE/UFRJ);
[7] http://www.iis.com.br/~mporto/nuclear.htm (Informações sobre Energia
Nuclear);
Pi
[8] http://www.eletronuclear.gov.br/ (Informações sobre Energia Nuclear);
[9] http://www.compuland.com.br/gasnatural/ (Informações sobre Gás Natural);
[10] http://www.itg.pt/ (instituto Tecnológico do Gás);
de
Setor Elétrico);
[16] http://www.itaipu.gov.br/ (Usina Binacional de Itaipu);
Fa
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o
de Energia Elétrica);
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