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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL – CAMPUS ERECHIM


CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA MECÂNICA

CHRISTOFER GOSTINSKI BIESEKI

DESENVOLVIMENTO DE UMA BANCADA DE ENSAIOS PARA


BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO APLICADA A UMA
INDÚSTRIA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Erechim-RS
Junho, 2018
CHRISTOFER GOSTINSKI BIESEKI

DESENVOLVIMENTO DE UMA BANCADA DE ENSAIOS PARA


BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO APLICADA A UMA
INDÚSTRIA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Trabalho de conclusão de curso


realizado no campus Erechim do Instituto
Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Sul, como
parte dos requisitos para a obtenção do
título de Bacharel em Engenharia
Mecânica.

ORIENTADOR: PROF. DR. ALISSON DALSASSO CORRÊA DE SOUZA

Erechim-RS
Junho, 2018
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Tipos de bombas....................................................................................... 12

Figura 2 - Aplicações de bombas de deslocamento positivo de acordo com a vazão e


altura de elevação manométrica. ........................................................... 13

Figura 3 - Principais tipos de bombas rotativas. ........................................................ 14

Figura 4 - Principais componentes de bombas rotativas. .......................................... 15

Figura 5 - Câmara de bombeamento em uma bomba de lóbulos. ............................ 15

Figura 6 - Montagem rotativa de uma bomba de lóbulos. ......................................... 16

Figura 7 - Dispositivos de vedação em bombas rotativas. ........................................ 17

Figura 8 - Efeito da sobrepressão na carcaça de uma bomba de engrenagens. ...... 17

Figura 9 - Válvula de alívio incorporada em uma bomba de engrenagens. .............. 18

Figura 10 – Representação do fluxo em bombas rotativas. ...................................... 18

Figura 11 - Efeitos da cavitação em uma bomba de lóbulos. .................................... 25

Figura 12 - Pulsação de pressão para diferentes geometrias de rotores em uma


bomba de lóbulos. .................................................................................. 26

Figura 13 - Exemplo de curvas características vazão x rotação (a) e potência x


rotação (b) de bombas de engrenagens. ............................................... 27

Figura 14 – Representação de curvas características de vazão, rendimento


volumétrico e potência de acionamento para bombas de deslocamento
positivo. .................................................................................................. 28

Figura 15 - Processo, macro fases, fases e saídas para a metodologia de


desenvolvimento de produtos proposta por Back. .................................. 34
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Tipos de teste e parâmetros de controle segundo a Norma ANSI – HI 3.6-


2010 ....................................................................................................... 32
LISTA DE SÍMBOLOS

𝑄𝑒 Vazão efetiva na saída m³/h


𝑄𝑑 Vazão teórica na saída m³/h
𝑄𝑆 Vazão perdida por fugas m³/h
PD Diferencial de pressão Pa
POut Pressão de saída Pa
PIn Pressão de entrada Pa
PNi Pressão liquida de entrada Pa
PV Pressão de vapor do fluido à dada temperatura Pa
KwHyd Potência de saída kW
KwIn Potência de acionamento kW
KwAt Potência perdida por atrito do fluido kW
KwF Potência perdida por fugas kW
KwMl Potência perdida mecanicamente kW
EVol Eficiência volumétrica 1
EMech Eficiência mecânica 1
EO Eficiência total 1
LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


HI Hydraulic Institute
ISO International Organization for Standardization
ANSI American National Standards Institute
API American Petroleum Institute
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 8
2 OBJETIVOS ..................................................................................... 11
2.1 Objetivo Geral ............................................................................................... 11
2.2 Objetivos Específicos................................................................................... 11

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................. 12


3.1 Bombas.......................................................................................................... 12
3.2 Bombas de deslocamento positivo rotativas ............................................. 14
3.2.1 Principais componentes .......................................................................... 14
3.2.1.1 Câmara de bombeamento ............................................................... 15
3.2.1.2 Montagem rotativa ........................................................................... 16
3.2.1.3 Mecanismos de vedação ................................................................. 16
3.2.3 Funcionamento ........................................................................................ 18
3.2.4 Características operacionais ................................................................... 19
3.2.3.1 Deslocamento volumétrico ............................................................... 19
3.2.3.2 Vazão ............................................................................................... 20
3.2.3.3 Fugas ............................................................................................... 20
3.2.3.4 Pressão ............................................................................................ 21
3.2.3.5 Potência ........................................................................................... 22
3.2.3.6 Eficiência.......................................................................................... 23
3.2.3.7 Cavitação ......................................................................................... 24
3.2.3.8 Pulsação .......................................................................................... 25
3.2.5 Curvas características ............................................................................. 27
3.2.6 Testes convencionais para bombas ........................................................ 28
3.2.7 Normas para ensaios de Bombas de deslocamento positivo rotativas .... 30
3.2.7.1 Norma ISO 4409 .............................................................................. 30
3.2.7.2 Norma API 676 ................................................................................ 31
3.2.7.3 Norma ANSI – HI 3.6-2010 .............................................................. 31
3.2.7.3.1 Testes de bombas segundo a norma Norma ANSI – HI 3.6-2010. 32
3.3 Desenvolvimento de produtos .................................................................... 33
3.3.1 Modelo de desenvolvimento de Produtos ................................................ 33
3.3.1.1 Planejamento de projeto .................................................................. 34
3.3.1.2 Projeto do produto ........................................................................... 35
3.3.1.2.1 Projeto Informacional ..................................................................... 35
3.3.1.2.2 Projeto Conceitual ......................................................................... 35
3.3.1.2.3 Projeto Preliminar .......................................................................... 36
3.3.1.2.4 Projeto Detalhado .......................................................................... 37

4 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................ 38


REFERÊNCIAS .................................................................................... 40
8

1 INTRODUÇÃO

Desde os primórdios da humanidade, o estudo e utilização da energia contida


nos fluidos foi um fator decisivo no surgimento e desenvolvimento das civilizações.
Há registros de 3000 a.C. que indicam que grandes sistemas de irrigação já eram
usados na antiga Mesopotâmia. No entanto, foi a partir do séc. XIX, com o avanço
dos estudos em termodinâmica e aerodinâmica, o desenvolvimento de novos
materiais e dos motores elétricos, que as máquinas de fluido evoluíram de maneira
mais acelerada (HEHN, 2012).

Atualmente, as máquinas de fluidos são utilizadas em inúmeras áreas e tipos


de aplicações, que vão desde sistemas simples de bombeamento de água em
reservatórios domésticos até a indústria petrolífera. Segundo Araújo (2015), no
mundo, aproximadamente 90% dos poços de petróleo utilizam algum tipo de método
de elevação artificial. No Brasil, a atividade agrícola e de irrigação representa uma
importante parcela das aplicações de bombas. De acordo com Lima et al. (2009), a
irrigação, por exemplo, ocupa uma área de aproximadamente 710500 ha, tendo um
consumo estimado de energia de 1928 GWh em sistemas de irrigação por pivô
central.

Dentre as máquinas de fluidos geradoras (bombas e compressores), as


máquinas de deslocamento positivo ganham destaque por manter o domínio de um
significativo grupo de aplicações, apesar de serem oriundas de tecnologias mais
antigas e das vantagens operacionais de máquinas de fluxo (bombas centrífugas, de
rotores radiais, axiais ou mistos). Essas aplicações consistem de sistemas que
demandam, principalmente, operação em vazões constantes, independentemente
do diferencial de pressão do sistema que atuam, por exemplo, sistemas de
refrigeração e sistemas de controle e transmissões hidráulicas (HEHN, 2012).

Para o desenvolvimento tecnológico dos projetos de máquinas de fluido, a


evolução dos sistemas de simulação e cálculo computadorizados têm sido bastante
9

representativa. Isto pode ser verificado, por exemplo, pelo trabalho de Pessoa
(2009), que consiste na simulação computacional do escoamento em bombas de
cavidades progressivas, e por estudos mais recentes, como o de Coelho e Andrade-
Campos (2016), onde foi desenvolvida uma metodologia para prever a influência da
variação da velocidade de rotação no rendimento de bombas operadas com
inversores de frequência. Porém, por mais avançados que tenham se tornado, os
cálculos dessas máquinas sempre dependem de aproximações sucessivas e
constantes adimensionais que podem ser determinadas através de testes em
bancadas de ensaio (WARRING apud NETO, 1999).

Devido a essa necessidade da engenharia de testar conceitos e aplicações, e


com a evolução da instrumentação e da eletrônica, o uso de bancadas
experimentais teve um aumento expressivo nas últimas décadas, tanto em projetos
quanto nas áreas de ensino e pesquisa, principalmente por serem meios eficientes
de validar modelos teóricos e desenvolver projetos baseados em sistemas reais
(AMORIM, 2006). Vieira (2017), demonstrou a relevância desses experimentos ao
analisar o desempenho de um compressor alternativo de pistão medido
experimentalmente frente ao desempenho estimado pelo fabricante.

Segundo Neto (1999), testes podem ser realizados tanto em laboratórios de


órgãos governamentais, no próprio local de instalação dos equipamentos ou em
laboratórios pertencentes aos fabricantes, e com diversas finalidades. Alguns dos
principais órgãos regulamentadores possuem normas para ensaios de máquinas de
deslocamento positivo, para que se possa obter informações confiáveis e evitar erros
de medição em parâmetros de funcionamento. Todavia, tais normas são em sua
maioria dedicadas à análise de circuitos de potência hidráulica, e existem poucos
estudos tratando de sua utilização em outras aplicações.

O trabalho de Lima et al. (2009) enfatiza a importância desse tipo de estudo,


pois ao avaliar e caracterizar sistemas de irrigação de uma propriedade e determinar
uma configuração de funcionamento de melhor eficiência energética, levou a mesma
aumentar de 14,9 para 25,9%, representando uma economia de R$118800,00 por
ano em 7200 ha.

Por nem sempre possuírem tecnologia e recursos suficientes para cálculos


aprofundados e simulações computadorizas no dimensionamento de máquinas de
fluido, pequenas e médias indústrias brasileiras se veem estagnadas no processo de
10

aprimoramento de seus produtos. Dessa forma, acabam por oferecer aos clientes
geradores de fluxo dos quais não possuem dados precisos ou meios para garantir
seu funcionamento nas condições desejadas, o que pode acarretar gastos
desnecessários e prejudicar a credibilidade e consequentemente o crescimento da
empresa.

Com meios próprios para ensaios e caracterização de suas bombas, essas


empresas podem fornecer produtos de melhor qualidade, reduzir custos, despesas
com assistência técnica, e ainda, aumentar a eficiência energética para operação do
equipamento pelo cliente final. Além disso, a caracterização de bombas de
deslocamento positivo permite avaliar o impacto de melhorias de projeto no
funcionamento das máquinas para que se possa aumentar continuamente a
competitividade dos produtos oferecidos frente ao mercado.

Dalla Lana (2005), observou em sua dissertação como esse tipo de estudo
pode trazer bons resultados, pois ao contrário das metodologias praticadas ate a
época, envolvendo variáveis de medição complexa e altos custos, possibilitou a
medição da perda de rendimento em bombas de engrenagens a partir do uso de
termopares simples e da análise de temperaturas, comparando os dados simulados
no modelo com os resultados obtidos em uma bancada experimental.
11

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Desenvolver uma bancada de ensaios que permita a caracterização e o


controle de qualidade de bombas de deslocamento positivo aplicada a uma indústria
de máquinas agrícolas.

2.2 Objetivos Específicos

• Analisar as normas existentes sobre ensaios de bombas de deslocamento


positivo e as medições envolvidas;

• Identificar os parâmetros relevantes para a caracterização do funcionamento das


bombas em questão;

• Projetar uma bancada que permita o ensaio das bombas e a leitura dos
parâmetros;

• Monitorar e instrumentar a bancada de ensaios.


12

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Bombas

Segundo Mackay (2004), bombas são itens de uma instalação mecânica que
movem líquido por meio do aumento da pressão do mesmo até a quantidade
necessária para superar os efeitos combinados de atrito, gravidade e pressões de
operação do sistema.
Bombas são produzidas em uma grande variedade de tipos e tamanhos e
aplicadas a uma extensa gama de serviços. Dessa forma, podem ser classificadas
de acordo com sua aplicação, construção, fluido de trabalho, entre outros
parâmetros. Entretanto, tais classificações são limitadas e tendem a se sobrepor, por
isso o sistema de classificação mais difundido leva em conta o princípio de
transmissão de energia para o líquido, o meio de aplicação desse princípio e as
geometrias envolvidas (PLATT; LITTLE, 2001).

Figura 1 - Tipos de bombas.

Fonte: Adaptado de Eletrobrás (2008)


13

De acordo com Hehn (2006), nas bombas dinâmicas, também chamadas


bombas de fluxo ou turbobombas, a energia é adicionada ao fluido por meio de
efeitos dinâmicos, não se encontrando o mesmo confinado em momento algum
durante sua passagem pelo equipamento. Sua utilização é preferível para aplicações
com necessidade de grandes vazões, conforme indica a Figura 2.

Forsthoffer (2005) define bombas de deslocamento positivo como


“dispositivos de vazão constante e pressão variável”. Conforme Hehn (2006),
bombas de deslocamento positivo operam por meio do confinamento do fluido em
câmaras que se formam e se extinguem no decorrer de cada ciclo de trabalho
realizado pela bomba, sendo a energia transmitida ao fluido proveniente do aumento
da pressão pela redução do volume das câmaras. Sua utilização é preferível em
aplicações de baixas vazões e altos diferenciais de pressão, como observado na
Figura 2.

Figura 2 - Aplicações de bombas de deslocamento positivo de acordo com a


vazão e altura de elevação manométrica.

Fonte: Hehn (2006)


14

3.2 Bombas de deslocamento positivo rotativas

Bombas rotativas são definidas como mecanismos que transportam fluido


pela ação de palhetas, engrenagens, ressaltos ou lóbulos, estreitamente encaixados
em uma carcaça. Em seu movimento rotativo, elas deslocam um volume definido de
fluido para cada rotação. (PLATT; LITTLE, 2001). A Figura 3 ilustra os principais
tipos de bombas rotativas, sendo (a) bomba de engrenagem interna, (b) bombas de
engrenagens externas, (c) bomba de palhetas e (d) bomba de lóbulos.

Figura 3 - Principais tipos de bombas rotativas.

Fonte: Adaptado do Site Arroyo Process Equipment.

3.2.1 Principais componentes

Apesar das características específicas de cada tipo de bombas rotativas, de


modo geral podemos dividir sua construção em 3 conjuntos principais: a câmara de
bombeamento, a montagem rotativa e os mecanismos de vedação, como ilustra a
Figura 4.
15

Figura 4 - Principais componentes de bombas rotativas.

Fonte: Adaptado do Site Wastecorp Pumps.

3.2.1.1 Câmara de bombeamento

Conforme Platt e Little (2001), a câmara de bombeamento de uma bomba


rotativa é a área que aloja o fluido enquanto a bomba opera. O fluido adentra a
câmara de bombeamento por um ou mais orifícios de entrada e é expelido por um ou
mais orifícios de saída. O corpo, ou carcaça, é a parte da bomba que encobre as
fronteiras da câmara de bombeamento, podendo ser ou não unida com as tampas
da câmara. Na Figura 5 se pode observar a carcaça (a), a tampa traseira (b) e os
orifícios de entrada (c) e saída (d) da câmara de bombeamento de uma bomba de
lóbulos.

Figura 5 - Câmara de bombeamento em uma bomba de lóbulos.

Fonte: O autor.
16

3.2.1.2 Montagem rotativa

A montagem rotativa, também chamada de rotor, se refere às partes que


giram quando a bomba está operando. A forma do rotor é a principal característica
de uma bomba rotativa e define boa parte de seus parâmetros de funcionamento.
Todas as bombas rotativas possuem um eixo para receber o torque de acionamento,
sendo na maioria delas o acoplamento realizado mecanicamente, sendo que
acionamentos magnéticos têm se tornado comuns nos últimos anos (PLATT;
LITTLE, 2001).
A Figura 6 ilustra a montagem rotativa de uma bomba com rotores lobulares.
Observa-se a presença de engrenagens que promovem o sincronismo no
movimento dos rotores e evitam que os mesmos se toquem durante a rotação.

Figura 6 - Montagem rotativa de uma bomba de lóbulos.

Fonte: O autor.

3.2.1.3 Mecanismos de vedação

De acordo com Platt e Little (2001), a cavidade através da qual o eixo adentra
a câmara é chamada câmara de selo ou de vedação, e sua folga geralmente é
controlada por selos mecânicos ou gaxetas. Na Figura 7 se pode observar a câmara
de vedação de uma bomba rotativa montada com selos mecânicos.
17

Figura 7 - Dispositivos de vedação em bombas rotativas.

Fonte: O autor.

Segundo Dalla Lana (2005), uma elevação repentina de pressão para


níveis muito acima dos apropriados de operação da bomba (sobrepressão) pode
danificá-la internamente, diminuindo seu rendimento ou até mesmo provocando sua
quebra instantânea e consequente inutilização, como mostra Figura 8.

Figura 8 - Efeito da sobrepressão na carcaça de uma bomba de engrenagens.

Fonte: Palmieri apud. Dalla Lana (2005)

Assim, Hehn (2006) ressalta que bombas de deslocamento positivo sempre


devem funcionar acompanhadas de uma válvula de alívio ou by-pass, para evitar
colapso da própria bomba ou da tubulação em caso de obstrução no fluxo ou picos
de pressão excessivos. A Figura 9 exemplifica uma bomba de engrenagens
construída com uma válvula de alívio embutida em sua carcaça.
18

Figura 9 - Válvula de alívio incorporada em uma bomba de engrenagens.

Fonte: adaptado de Miller et al. (2004)

3.2.3 Funcionamento

Na entrada da bomba, o movimento relativo do rotor em à carcaça ocasiona a


criação de cavidades, inicialmente abertas para a entrada da bomba, mas isoladas
da saída. A depressão causada pela expansão desses vãos juntamente com as
pressões externas do sistema faz o fluido adentrar à bomba e ser transportado pelas
cavidades em direção à saída. Ao se aproximarem da saída, os volumes são
extinguidos pelas superfícies dos rotores e o fluido é forçado para fora da bomba.
Simultaneamente, outras cavidades estão sendo formadas na entrada da bomba ou
percorrendo seu interior (PLATT; LITTLE, 2001). Esse processo é ilustrado pela
Figura 10.

Figura 10 – Representação do fluxo em bombas rotativas.

Fonte: Site Taflo Pumps


19

Um ponto a ser destacado no funcionamento de bombas rotativas é a relação


entre a capacidade, o número de cavidades e a continuidade do fluxo. Por exemplo,
bombas de engrenagens que possuem um maior número de cavidades conseguem
proporcionar um fluxo mais contínuo e causam menor ruído, porém tem sua
capacidade afetada pelo menor volume transportado em cada rotação. Já bombas
de dois lóbulos possuem capacidades volumétricas muito maiores, porém seu fluxo
é mais pulsante e seu nível de ruído é maior (HEHN, 2006).

3.2.4 Características operacionais

Assumindo que o fluido possa ser considerado incompressível e que sua


viscosidade independa do cisalhamento, como geralmente se caracterizam os
fluidos utilizados em testes, podemos destacar algumas características importantes
sobre o funcionamento de bombas rotativas.

3.2.3.1 Deslocamento volumétrico

O deslocamento teórico ou geométrico 𝐷 pode ser definido como o volume


deslocado pela bomba a cada revolução de seus rotores, ou de seu eixo de
acionamento no caso de bombas com mais de um rotor, e seu valor depende
apenas das dimensões físicas dos componentes da bomba (HI, 2010).
Esse parâmetro pode ser calculado pela geometria interna da bomba, porém
segundo Platt e Little (2001), esse método se mostra pouco prático devido à
complexidade dos cálculos para algumas geometrias de rotores e carcaças. De
acordo com o Hydraulic Institute, pode-se determinar o deslocamento de forma
empírica medindo-se o volume bombeado por revolução em um diferencial de
pressão nulo.
O conhecimento do deslocamento teórico de uma bomba é necessário para
que se possa conhecer sua vazão teórica Q𝑑 e, consequentemente, sua eficiência
para várias condições de operação, sendo assim geralmente fornecido pelos
fabricantes. No caso, a norma ISO 8426 trata da determinação do deslocamento por
meio de testes.
20

3.2.3.2 Vazão

A definição de vazão em bombas rotativas pode ser dividida entre vazão


teórica e vazão efetiva.
Segundo o HI (2010), a vazão efetiva Q𝑒 é a quantidade de fluido, incluindo o
líquido e possíveis gases presentes que é transportada em certa quantidade de
tempo nas condições de operação determinadas. No caso de fluidos
incompressíveis e sem a presença de gases ou vapores, é igual à vazão teórica Q𝑑
menos as perdas por fugas:

Q𝑒 = Q𝑑 − 𝑄𝑠 (3.1)

Onde:
𝑄𝑒 : vazão efetiva na saída [m³/h];
𝑄𝑑 : vazão teórica na saída [m³/h];
𝑄𝑠 : vazão perdida por fugas [m³/h].

A vazão teórica Q𝑑 depende do deslocamento teórico e do número de


revoluções por unidade de tempo, e, assim como o deslocamento teórico, pode ser
calculada/simulada computacionalmente ou determinada por meio de testes.

3.2.3.3 Fugas

Fugas são uma característica muito significativa no funcionamento de bombas


rotativas, sendo definidas pelo Hydraulic Institute como “A quantidade de fluido por
unidade de tempo que escapa pelas folgas de uma bomba rotativa”. As fugas
dependem das próprias dimensões dos componentes da bomba, do diferencial de
pressão, da viscosidade do fluido de trabalho, e em raros casos, da velocidade
rotacional (API, 2009).

As dimensões das folgas responsáveis pela ocorrência de fugas dependem


da posição das superfícies dos rotores dentro da carcaça. Porém, os maiores
caminhos para essas perdas geralmente se encontram entre as extremidades dos
rotores e as tampas das carcaças e entre as faces radiais externas dos rotores e as
faces radiais internas da câmara. Sendo assim, a taxa de retorno de líquido por
21

fugas 𝑄𝑠 , e consequentemente a vazão efetiva 𝑄𝑒 variam durante uma mesma


rotação, e isso se mostra umas das principais causas para pulsação de vazão,
principalmente no bombeamento de líquidos de baixa viscosidade em altas pressões
(FORSTHOFFER, 2005).

3.2.3.4 Pressão

A pressão de saída ou de descarga P𝑜𝑢𝑡 é medida logo após a saída da


bomba, geralmente expressa como manométrica. Já a pressão de entrada 𝑃𝑖𝑛 é a
pressão total medida imediatamente antes do orifício de entrada, e pode ser
indicada como pressão absoluta ou como pressão manométrica, neste caso indicada
se positiva ou negativa.
De posse dos dados de pressão de entrada e de saída, pode-se definir o
diferencial de pressão como a diferença algébrica entre a pressão de saída e a de
entrada. A determinação do diferencial de pressão é essencial para a avaliação das
perdas por fugas e a determinação da potência de acionamento da bomba.

P𝑑 = P𝑜𝑢𝑡 − 𝑃𝑖𝑛 (3.2)

Onde:
P𝑑 : diferencial de pressão [Pa];
P𝑜𝑢𝑡 : pressão de saída [Pa];
P𝑖𝑛 : pressão de entrada [Pa].

A pressão líquida de entrada, ou P𝑛𝑖 (net inlet pressure) é a diferença entre a


pressão absoluta de entrada e a pressão de vapor do fluido bombeado, sendo
também conhecido como pressão positiva líquida de entrada NPIP (net positive inlet
pressure). Seu valor mínimo requerido para a operação da bomba NPIPR é
fornecido pelo fabricante para diferentes condições de trabalho e está associado
com a prevenção de ruídos e mau funcionamento devido à cavitação (PLATT;
LITTLE, 2001).

P𝑛𝑖 = P𝑖𝑛 − 𝑃𝑣 (3.3)


22

Onde:
P𝑛𝑖 : pressão liquida de entrada [Pa];
P𝑖𝑛 : pressão de entrada [Pa];
P𝑣 : pressão de vapor do fluido à dada temperatura [Pa].

Há de se conhecer também as pressões máximas à qual a bomba pode ser


submetida, tanto na admissão, no interior ou o próprio diferencial de pressão,
principalmente devido à sua característica de operar em altas pressões. De acordo
com o API (2009), seus valores são limitados pelas dimensões e materiais de
construção dos componentes empregados na bomba e pelo limite de operação dos
dispositivos de vedação.

3.2.3.5 Potência

A potência necessária para operar uma bomba nas condições determinadas é


denominada potência total, e pode ser definida como a potência de acionamento
kW𝑚𝑜𝑡 . Dessa potência, são subtraídas as perdas no acionamento e transmissão,
sendo que a potência que chega ao eixo da bomba é então chamada potência de
entrada kW𝑖𝑛 .
Segundo HI (2010), da potência de entrada, parte é perdida por fugas e parte
pelo atrito do fluido com os elementos internos da bomba, dessa forma, a potência
efetivamente transmitida ao fluido, medida a partir da pressão e vazão na saída da
bomba, é chamada potência hidráulica kWℎ𝑦𝑑 .

kW𝑖𝑛 = kW𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 + kW𝑚𝑙 + kW𝑓 + kWℎ𝑦𝑑 (3.4)

Onde:
𝑘𝑊ℎ𝑦𝑑 : potência de saída [kW];
𝑘𝑊𝑖𝑛 : potência de acionamento [kW];
𝑘𝑊𝑎𝑡 : potência perdida por atrito do fluido [kW];
𝑘𝑊𝑓 : potência perdida por fugas [kW];
𝑘𝑊𝑚𝑙 : potência perdida mecanicamente [kW].
23

De acordo com o Hydraulic Institute (2010), a potência de saída necessária


para a operação da bomba pode ser calculada conforme a Equação 3.5:

𝑄𝑑𝑒 ×𝑃𝑑
kWℎ𝑦𝑑 = (3.5)
36

Onde:
𝑘𝑊ℎ𝑦𝑑 : potência de saída [kW];
P𝑑 : diferencial de pressão [Pa];
Q𝑒 : vazão efetiva [Pa].

3.2.3.6 Eficiência

Segundo Platt e Litte (2001), para o conhecimento completo do desempenho


de uma bomba rotativa, deve-se conhecer sua eficiência geral, mecânica e
volumétrica.
A eficiência volumétrica leva em conta principalmente as perdas por fuga, e
representa a relação entre a vazão efetiva e a vazão teórica para uma determinada
condição de funcionamento.

𝑄𝑑 −𝑄𝑠
𝐸𝑣𝑜𝑙 = { } (3.6)
𝑄𝑑

Onde:
𝐸𝑣𝑜𝑙 : eficiência volumétrica [1];
𝑄𝑑 : vazão teórica na saída [m³/h];
𝑄𝑠 : vazão perdida por fugas [m³/h].

Já a eficiência mecânica expressa a relação entre a potência real utilizada


para o funcionamento da bomba e a potência teórica estimada para o mesmo ponto
de funcionamento. De acordo com Platt e Little (2001), a diferença entre esses dois
valores se deve principalmente devido a perdas por atrito das partes rotativas da
bomba, perdas por fugas e perdas pelo próprio atrito do fluido.
24

𝑘𝑊 𝑘𝑊ℎ𝑦𝑑
𝐸𝑚𝑒𝑐ℎ = { 𝑘𝑊ℎ𝑦𝑑 } = {𝑘𝑊 } (3.7)
𝑖𝑛 𝑖𝑛 +𝑘𝑊𝑙𝑜𝑠𝑠

Onde:
𝐸𝑚𝑒𝑐ℎ : eficiência mecânica [1];
𝑘𝑊ℎ𝑦𝑑 : potência de saída [kW];
𝑘𝑊𝑖𝑛 : potência de acionamento [kW];
𝑘𝑊𝑙𝑜𝑠𝑠 : potência perdida [kW].

Conhecendo-se as duas eficiências anteriores, pode-se determinar a


eficiência geral de uma bomba rotativa pelo produto entre as mesmas. De forma
simplificada:

𝐸𝑜 = 𝐸𝑚𝑒𝑐ℎ × 𝐸𝑣𝑜𝑙 (3.8)

Onde:
𝐸𝑜 : eficiência total [1];
𝐸𝑚𝑒𝑐ℎ : eficiência mecânica [1];
𝐸𝑣𝑜𝑙 : eficiência volumétrica [1].

3.2.3.7 Cavitação

NELIK (1999) define cavitação como um rápido processo de formação e


posterior colapso de bolhas durante o fluxo de um líquido. Ela se inicia sempre que a
pressão se tornar igual ou menor à pressão de vaporização para a temperatura na
qual o líquido de encontra. À medida que a pressão volta a ser superior à pressão de
vaporização do líquido as bolhas implodem, e a movimentação das partículas
circundantes para ocupar o espaço antes preenchido pelo vapor ocasiona a
propagação de ondas de choque.
De acordo com Mackay (2004), o impacto causado às proximidades promove
a erosão de superfícies dos componentes da bomba e até mesmo a quebra de eixos
e rotores. Além disso, a presença de cavitação está associada a ruídos agudos,
vibrações, perda de eficiência e pulsações de pressão. Métodos estão sendo
desenvolvidos para prever através de simulações numéricas os efeitos da cavitação
25

na operação de bombas, como demonstra o trabalho de Fivel et. al (2015), porém,


como concluído pelos mesmos, muito há de ser estudado e desenvolvido nesse
campo para que esses métodos sejam aplicados e validados de forma prática.
A Figura 11 exemplifica a erosão na superfície de um rotor causada pela
operação contínua na presença de cavitação.

Figura 11 - Efeitos da cavitação em uma bomba de lóbulos.

Fonte: (FIVEL; FRANC; ROY, 2015)

Para que se evite a ocorrência de cavitação, define-se a pressão líquida


mínima de sucção requerida (NPIPR) que garanta o completo preenchimento das
cavidades de bombeamento e evite a vaporização do líquido, de forma semelhante
ao que ocorre com o NPSH para bombas centrífugas. A principal diferença entre o
NPSH e o NPIP é a unidade na qual são expressos, sendo o primeiro em metros de
coluna d’água e o segundo em bar ou Pa (HI, 2010; HEHN,2006).
Segundo o Hydraulic Institute (2010), o valor do NPIPR é difícil de ser
estabelecido com precisão pois depende de influências do sistema e de
propriedades do fluido bombeado, principalmente no que diz respeito à presença de
gases dissolvidos. Portanto, testes são conduzidos em ambientes controlados para
prever as condições que indiquem o início da ocorrência de cavitação.

3.2.3.8 Pulsação

Vetter e Kozmiensky (1999) discorrem que todas as bombas de deslocamento


positivo rotativas apresentam algum tipo de pulsação no fluxo tanto na tubulação de
entrada quanto na de saída. As únicas exceções são bombas de parafuso e alguns
modelos de bombas de pistões circunferenciais, porém dependendo das condições
26

de operação, essas também podem apresentar variações consideráveis em sua


vazão.
As causas de pulsações podem estar relacionadas a diversas características
tanto da bomba quanto do sistema. Conforme citado acima, a cavitação é um dos
grandes responsáveis por esse fenômeno, portando a correta determinação da
NPIPR é primordial para evitá-lo. Todavia, o princípio de funcionamento, o formato
dos rotores e a dinâmica de formação das folgas responsáveis por fugas são
determinantes na frequência e amplitude de pulsação do fluxo de bombeamento
(VETTER e KOZMIENSKY 1999; VOGELSANG, 1999).
Vogelsang (1999) demonstra a diferença de pulsação existente em uma
bomba com rotor lobular oval e uma bomba com rotor helicoidal de 3 lóbulos,
denominado HiFlo, desenvolvida especialmente para evitar variações no fluxo. Isso
pode ser constatado pela diferença de amplitude de oscilação do torque de
acionamento das bombas comparadas na Figura 12.

Figura 12 - Pulsação de pressão para diferentes geometrias de rotores em


uma bomba de lóbulos.

Fonte: adaptado de Vogelsang (1999)


27

3.2.5 Curvas características

As curvas características representam de forma gráfica o funcionamento da


bomba durante sua vida útil. Elas são geradas por meio de testes e fornecidas pelo
fabricante em seus catálogos e materiais técnicos para auxiliar o consumidor na
seleção de bombas com base no sistema de bombeamento desejado
(FORSTHOFFER, 2005).
Os parâmetros a serem representados nos diagramas dependem da norma
ou metodologia adotada pelo fabricante, porém as curvais mais comuns relacionam
vazão, pressão e potência de acionamento. Um mesmo diagrama pode representar
também as curvas para mais de um modelo ou tamanho de bombas, para diferentes
rotações ou para o bombeamento de fluidos de diferentes viscosidades. A Figura 13
ilustra um exemplo de curvas características fornecidas por um fabricante de
bombas.

Figura 13 - Exemplo de curvas características vazão x rotação (a) e potência


x rotação (b) de bombas de engrenagens.

Fonte: Site Rexroth Bosch

A observação das curvas características de bombas de deslocamento positivo


enfatiza suas diferenças operacionais com relação a bombas de fluxo. Em bombas
28

de fluxo as curvas características representam a variação da vazão com relação à


altura de elevação, ou diferencial de pressão do sistema, enquanto para bombas de
deslocamento positivo a vazão teoricamente é constante, sendo representada por
uma reta paralela ao eixo das pressões (HEHN, 2006).

Como explanado anteriormente, as perdas por fuga influenciam a vazão


efetiva recalcada pela bomba, resultando na discrepância do desempenho real com
relação ao comportamento teórico e na redução de seu rendimento volumétrico. Isso
pode ser observado na inclinação apresentada pela curva da vazão efetiva
representada na Figura 14, o que, segundo HEHN (2006), pode ser acentuado pela
presença de cavitação e inclusão de gases ou vapores no sistema.

Figura 14 – Representação de curvas características de vazão, rendimento


volumétrico e potência de acionamento para bombas de deslocamento positivo.

Fonte: Hehn (2006)

3.2.6 Testes convencionais para bombas

Conforme observado por Warring apud Neto (1999) e constatado na definição


dos principais parâmetros funcionais, testes em bombas são realizados com
diversos objetivos, desde a determinação das características operacionais de
protótipos até a determinação da vida útil de equipamentos. Todavia, a maioria dos
testes trata puramente de estabelecer as propriedades hidrodinâmicas das bombas.
Enquanto alguns testes podem demandar sistemas de instrumentação e controle
29

sofisticados, outros podem ser realizados a partir de circuitos e procedimentos


simples.

Neste cenário, os principais tipos de testes podem ser definidos como:


• Testes de laboratório: Realizados em laboratórios de fabricantes ou
órgãos governamentais, que auxiliam no desenvolvimento de trabalhos
de pesquisa e desenvolvimento onde medidas de grande precisão são
requeridas nos experimentos (PUELL NETO, 1999);
• Testes de rotina: Utilizados para controle de qualidade em linhas de
produção em série. Podem envolver características além das
hidrodinâmicas, como vibração e temperatura (LAZARKIEWICZ, 1965
apud PUELL NETO, 1999);
• Testes de recepção: Destinados à validação de protótipos segundo
contratos de venda, geralmente validados por normas específicas,
podendo ser executados em laboratórios ou nas próprias instalações
do usuário final (WARRING, 1984 apud PUELL NETO, 1999);
• Testes de garantia: Semelhantes aos testes de recepção, porém não
exigem que seja seguida nenhuma norma, embora seja desejável a
normatização para definição da garantia (WARRING, 1984 apud
PUELL NETO, 1999);
• Testes no local: Esse é o caso de testes para conferência das
condições de operação das bombas durante sua vida útil, geralmente
são testes simples e realizados regularmente. (WARRING, 1984 apud
PUELL NETO, 1999);
• Ensaios de modelos reduzidos: Testes realizados com o objetivo de
determinar as características de grandes máquinas a partir da
aplicação das leis de semelhança em protótipos reduzidos, os quais
devem ser elaborados com a maior semelhança geométrica e
superficial possível para evitar discrepâncias nos dados obtidos
(WARRING, 1984 apud PUELL NETO, 1999).

Puell Neto (1999) indica que, independentemente do tipo de teste a ser


realizado, as principais medidas a serem monitoradas são:
• Vazão
30

• Pressão
• Rotação
• Potência de Entrada

3.2.7 Normas para ensaios de Bombas de deslocamento positivo rotativas

A fim de tornar os testes confiáveis e relevantes e permitir a validação e a


repetibilidade dos resultados, Puell Neto (1999) afirma que os testes devem ser
referenciados por normas apropriadas, evitando dessa forma erros nas medidas,
sejam eles por seleção de localização equivocada de instrumentos de medida, pela
imprecisão na seleção do procedimento de ensaio ou por obtenção insuficiente de
dados. Assim, a seguir são relacionadas algumas normas para testes de bombas
rotativas:

3.2.7.1 Norma ISO 4409

A ISO (International Organization for Standardization) é um órgão mundial


independente, responsável pela elaboração e publicação de normas, sendo
reconhecida por 161 conjuntos de normas nacionais, entre eles a Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A norma ISO 4409: Hydraulic fluid power — Positive- displacement pumps,
motors and integral transmissions — Methods of testing and presenting basic steady
state performance foi elaborada pelo comitê técnico ISO/TC 131, referente a
sistemas de potência de fluidos e pelo subcomitê SC 8, referente a testes de
produtos.
Segundo a ISO (2007), o objetivo da norma é “especificar métodos de teste
que permitam determinar o desempenho e eficiência de bombas de deslocamento,
motores e transmissões integrais utilizadas em circuitos hidráulicos de potência”.
Ainda, a norma é voltada para componentes rotativos, e estabelece as condições
necessárias para a realização dos procedimentos de teste considerados em regime
permanente, as instalações de teste e até mesmo a apresentação dos resultados
obtidos.
Dessa forma, busca-se padronizar os métodos de teste para os equipamentos
envolvidos, principalmente para que seja possível comparar o desempenho de
31

diferentes componentes, tanto para controle interno dos fabricantes quanto para
auxiliar os consumidores na seleção de equipamentos.

3.2.7.2 Norma API 676

O Instituto Americano do Petróleo (API - American Petroleum Institute) é o


principal representante americano da indústria de petróleo e gás natural, sendo
responsável por mais de 10 milhões de empregos e 8% da economia dos Estados
Unidos. O API possui ainda cerca de 700 normas e práticas recomendadas, sendo
muitas delas utilizadas em legislações estaduais e federais e frequentemente citadas
nos órgãos normatizadores internacionais. A adesão às normas API é voluntária e o
Instituto não certifica ou garante a confiabilidade dos produtos fabricados conforme
elas, porém sua utilização facilita a construção e enfatiza a qualidade de
equipamentos para sua melhor consolidação no mercado.
A norma API 676: Positive Displacement Pumps—Rotary foi construída a
partir das experiências e conhecimentos acumulados por fabricantes e usuários de
bombas de deslocamento positivo rotativas. Sendo assim, seu objetivo é estabelecer
requerimentos mínimos para auxiliar na fabricação e seleção de bombas rotativas,
especialmente para aplicações nas indústrias químicas, de gás natural e de petróleo.
Dentre as especificações expressas pela norma, que vão desde o projeto inicial das
bombas até os detalhes contratuais recomentados na sua venda, estão presentes as
condições para testes, inspeções e construção de datasheets.

3.2.7.3 Norma ANSI – HI 3.6-2010

O Instituto Nacional Americano de Normas (ANSI - American National


Standards Institute) promove o desenvolvimento de normas de consenso voluntário
por meio de órgãos desenvolvedores credenciados. A aprovação ANSI indica que a
norma cumpre os requerimentos mínimos de transparência e aceitação do Instituto.
Atualmente o órgão possui mais de 237 desenvolvedores credenciados que
acumulam mais de 11500 normas nacionais americanas. O ANSI é uma entidade
membro da ISO e vinculada ao IAF (International Accreditation Forum), sendo assim
as normas são desenvolvidas sempre buscando coerência com as normas
32

internacionais, sendo inclusive substituídas por elas quando conveniente para o


usuário.
O HI (Hydraulic Institute) é uma organização sem fins lucrativos que
desenvolve e publica normas ANSI referentes a bombas. Entre os membros ativos
do HI estão os principais fabricantes de bombas dos Estados Unidos. Dessa forma
as normas são desenvolvidas de acordo com as necessidades e experiências da
indústria e da avaliação dos consumidores.
A norma ANSI/HI 3.6-2010 – Rotary Pump Tests auxilia na escolha de
métodos de teste, precisão e tolerâncias apropriadas e equipamentos necessários
para diferentes tipos de testes de bombas rotativas, bem como para a expressão dos
resultados de desempenho mecânico e hidráulico, de acordo com as exigências do
cliente final. Os testes são definidos para serem utilizados em qualquer tipo de
instalação, porém limitados ao bombeamento de líquidos.

3.2.7.3.1 Testes de bombas segundo a norma Norma ANSI – HI 3.6-2010

São reconhecidos quatro tipos de testes para bombas rotativas, os quais são
selecionados pelo fabricante ou acordados entre o cliente final e o fabricante. O
Quadro 1 indica os testes definidos pela norma e os parâmetros a serem
monitorados de acordo com cada tipo de teste.

Quadro 1 - Tipos de testes e parâmetros de controle segundo a Norma ANSI


– HI 3.6-2010

Fonte: Adaptado de HI (2010)

Também podem ser realizados testes de cavitação e testes hidrostáticos de


acordo com as necessidades do fabricante, porém os equipamentos necessários são
correspondentes aos utilizados nos tipos B, C e D.
33

3.3 Desenvolvimento de produtos

O desenvolvimento de produtos é um conceito amplo, podendo ser definido


como todo o processo de conversão das informações necessárias para a definição
da demanda, a produção e o uso de um produto. Dessa forma, compreende todos
os aspectos de planejamento e projeto de etapas que vão desde as pesquisas de
mercado até o descarte do produto (BACK et al., 2008).
De acordo com Back et al. (2008), para que um produto seja desenvolvido de
forma eficiente e eficaz, é necessário saber o que fazer, para quem fazer, quando
fazer, com que fazer e como fazer. A organização das ferramentas, conhecimentos e
métodos correspondentes a essa problemática é então denominada metodologia de
desenvolvimento de produtos, ou metodologia de projeto.
Ao mesmo ritmo que as indústrias crescem e se modernizam, aumenta o
número de metodologias propostas para o desenvolvimento de produtos. Farina
(2010) discorre que na área industrial, cada vez mais se busca apresentar
ferramentas que possibilitem projetar produtos em tempos menores, a custos
menores e com qualidade maior, apresentando soluções para o desenvolvimento de
produtos com forte adequação as necessidades dos clientes, como os realizados por
Fonseca (2000), Romano (2003) e Rozenfeld et al. (2006).

3.3.1 Modelo de desenvolvimento de Produtos

A adoção de um modelo de referência permite que as empresas realizem o


processo de desenvolvimento de produtos de maneira formal e sistemática,
possibilitando a integração aos demais processos empresariais, aos fornecedores e
aos clientes finais. Dentre os modelos de referência existentes, destaca-se o
Processo de Desenvolvimento Integrado de Produtos – PRODIP, proposto por Back
et al. (2008) com base no modelo desenvolvido por Romano (2003).
O modelo, representado de forma simplificada na Figura 15 é composto por
três macro fases subdivididas em fases decompostas em atividades e tarefas, a
partir das quais são obtidas as saídas que permitem a evolução do projeto no
decorrer do processo de desenvolvimento.
34

Figura 15 - Processo, macro fases, fases e saídas para a metodologia de


desenvolvimento de produtos proposta por Back.

Fonte: Adaptado de Back et al. (2008)

3.3.1.1 Planejamento de projeto

O planejamento do projeto, também denominado pré-desenvolvimento por


algumas metodologias, compreende o planejamento de um novo projeto a partir da
delimitação de funções e organização do trabalho subsequentes. Seu
desenvolvimento é baseado nas estratégias de negócio da empresa frente ao
mercado e na própria organização do trabalho a ser adotada. O principal resultado
esperado dessa fase é o plano do projeto do produto (BACK et al., 2008; ROMANO,
2003 apud FARINA, 2010).
Segundo Romano (2003), as atividades a serem desenvolvidas durante a fase
de planejamento de projeto são:
• carta do projeto;
• partes envolvidas no projeto;
• declaração do escopo do projeto;
• plano do projeto; plano de qualidade;
• plano de segurança;
• aprovação do plano do projeto.
35

3.3.1.2 Projeto do produto

Na fase de projeto do produto ocorre o desenvolvimento do produto em si, a


partir do plano de projeto aprovado na fase anterior. Segundo Back et al. (2008), um
projeto de engenharia é o “uso de princípios científicos, informações técnicas e
imaginação na definição de estruturas, máquinas ou sistemas para desempenhar
funções especificadas com máxima economia e eficiência.
O projeto do produto é geralmente subdividido em atividades parciais, sendo
estas definidas pela metodologia de Back et al. (2008) como:
• Projeto informacional;
• Projeto conceitual;
• Projeto preliminar;
• Projeto detalhado.

3.3.1.2.1 Projeto Informacional

A fase de projeto informacional é destinada à definição das especificações a


partir dos fatores de influência do projeto do produto. As especificações obtidas são
as bases para as decisões a serem tomadas nas fases seguintes do projeto. Dessa
forma, deve-se buscar grande precisão, pois qualquer erro nessa fase acarretará em
inconformidades, tendo como consequência o aumento de tempo de
desenvolvimento do projeto e dos custos (REZENDE, 2008 apud DE BORTOLI,
2016).
Para o estabelecimento das especificações de projeto, primeiramente se
define as necessidades dos clientes ou usuários, e a partir desses são determinados
os requisitos de projeto frente aos diferentes atributos funcionais relacionados. De
posse dos requisitos de projeto, podem ser estabelecidas as especificações que o
produto a ser projeto deve atender, e assim o projeto pode ser aprovado para a
próxima fase (BACK et al., 2008).

3.3.1.2.2 Projeto Conceitual

De acordo com Fonseca (2000), esta fase busca desenvolver a concepção do


produto a partir de tarefas que buscam transformar as especificações do produto,
36

traduzidas em uma estrutura funcional, em soluções conceituais que atendam às


necessidades do cliente ou usuário. Também fazem parte dessa as etapas
avaliações das soluções encontradas segundo critérios técnicos econômicos.
Para atingir este propósito, primeiramente define-se a estrutura funcional do
produto, na qual estará contida sua função global e seu desdobramento em
subfunções. Estuda-se, então, as possíveis soluções que atendam a estrutura
funcional desejada, e, dentre estas, é selecionada a solução mais adequada e
segundo os requisitos de projeto. A elaboração desses estudos é feita a partir de
pesquisa bibliográfica, análise de sistemas já existentes e métodos de criatividade
diversos (BACK et al., 2008).
Diversas ferramentas podem auxiliar o projetista ou a equipe de projeto
durante a fase de projeto conceitual, conforme Pahl e Beitz (1996) apud Farina
(2010), as principais ferramentas a serem apontadas são:
• Brainstorming;
• Matriz Morfológica;
• Matriz de Decisão;
• Quadros de Avaliação.

3.3.1.2.3 Projeto Preliminar

Nesta fase, procura-se estabelecer o leiaute final do produto e determinar sua


viabilidade tanto econômica quanto técnica. Para a definição do leiaute final, as
tarefas a serem realizadas incluem: identificação dos requisitos dimensionais e de
posição, materiais, segurança e ergonomia, questões relacionadas à manufatura e
aquisição de componentes junto aos fornecedores, revisão das patentes e aspectos
legais e por fim, submissão da viabilidade econômica à aprovação (ROMANO,
2003).
O projeto preliminar utiliza diferentes tipos de ferramentas para atender seus
objetivos, entre eles modelos icônicos e computacionais, conhecidos como
protótipos visuais, os quais auxiliam na visualização dos resultados do projeto
conceitual e na avaliação das soluções definidas para o funcionamento do produto
(BACK et al., 2008).
37

3.3.1.2.4 Projeto Detalhado

Conforme Back et al. (2008), o projeto detalhado finaliza o projeto preliminar e


destina-se a vários propósitos, como aprovação do protótipo, finalização das
especificações de componentes, detalhamento do plano de manufatura e elaboração
da solicitação de investimento, preparando o produto para o início do processo de
produção.
Nessa fase são estabelecidas as descrições detalhadas e definitivas de
disposição, formas, medidas, acabamentos e materiais dos elementos construtivos
do produto. Também são verificados os custos de fabricação e elaborados os
documentos finais do projeto na forma de desenhos que possibilitarão a fabricação
do produto. Os desenhos e seleção dos métodos de produção são realizados
conforme as normas e procedimentos-padrão definidos pela empresa onde o projeto
será executado (BACK et al., 2008).
38

4 MATERIAIS E MÉTODOS

Para alcançar os objetivos propostos, este trabalho considera a bancada de


testes de bombas como um produto a ser desenvolvido. Dessa forma, a metodologia
de desenvolvimento utilizada será baseada na metodologia de desenvolvimento
integrado do projeto de produtos sintetizada por Back et al. (2008), com algumas
adaptações e simplificações realizadas para melhor adequação à problemática em
questão.
Iniciando pelo projeto informacional, será feito um levantamento dos requisitos
dos interessados na bancada de testes, por meio de uma entrevista realizada com
os principais representantes da empresa, composta de perguntas com respostas
abertas direcionadas à definição dos desejos da organização frente ao projeto. Tal
levantamento possibilitará a construção da matriz de requisitos dos usuários e a
definição do grau de importância dos mesmos segundo a empresa. Então, os
requisitos dos usuários serão sintetizados junto aos requisitos de normatização, para
que se possa elaborar a lista de especificações do produto, permitindo o início do
projeto conceitual.
Dentre as normas pertinentes ao assunto, constata-se que a norma ANSI/HI
3.6-2010 é a que melhor se aplica ao contexto referido, visto que é voltada para
testes de bombas rotativas e não se restringe à avaliação de circuitos hidráulicos de
potência, da forma que ocorre na ISSO 4409. Dessa forma, ela será utilizada como
referência na definição dos requisitos da bancada.
O projeto conceitual terá início com a definição da função global da bancada e
sua distribuição em funções parciais, que por sua vez definirão as funções
elementares a serem consideradas em uma matriz morfológica. Serão propostas
soluções para a concepção da bancada segundo as funcionalidades necessárias, e
as soluções viáveis mais coerentes serão comparadas de acordo sua avaliação
frente ao grau de importância dos requisitos dos usuários.
39

A concepção mais adequada será correlacionada com os requisitos e


limitações referentes à definição do leiaute final. A partir da definição das dimensões
principais e materiais dos componentes, dos processos de fabricação e das
aquisições à serem solicitadas junto os investidores, um protótipo virtual será
gerado. O protótipo será utilizado para a apresentação do conceito aos investidores
e à geração de uma estimativa de custos, a qual será elaborada de acordo com a
metodologia já utilizada pela empresa.
Se aprovado, o protótipo passará para a fase de projeto detalhado, onde
serão finalizadas as especificações e detalhamentos dos componentes e do
processo de fabricação, e então o projeto será encaminhado para a diretoria da
empresa e ficará à disposição para ser dirigido ao setor de produção.
O protótipo gerado no projeto preliminar, bem como os detalhamentos de
componentes serão realizados com o auxílio do software Solidworks na sua versão
2017, disponibilizado pela própria empresa.
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