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INSTITUTO DE QUÍMICA
Departamento de Operações e Processos Industriais
Práticas de Engenharia Química II
Profº. André Luis Alberton
CONDUÇÃO EM REGIME
TRANSIENTE
Grupo
Francesco Sica
Guilherme Nobrega
Nathália Basílio
Data
31/10/2014
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE QUÍMICA
Departamento de Operações e Processos Industriais
Práticas de Engenharia Química II
Profº. André Luis Alberton
Sumário
Lista de símbolos ........................................................................................................................................................................ 4
1. Introdução ........................................................................................................................................................................... 5
2. Objetivo .............................................................................................................................................................................. 5
3. Revisão bibliográfica .......................................................................................................................................................... 6
3.1. Formas de transferência de calor ............................................................................................................................... 6
3.2. Analise da transferência de calor combinada ............................................................................................................ 7
4. Procedimento experimental ................................................................................................................................................ 7
5. Tratamento de dados ........................................................................................................................................................... 9
5.1. Balanço de Energia .......................................................................................................................................................... 9
5.2. Cálculo do coeficiente de convecção experimental ........................................................................................................10
5.3. Cálculo do h através de correlações empíricas obtidas na literatura ...............................................................................10
6. Resultados ..........................................................................................................................................................................12
6.1. Valores encontrados na literatura para a execução dos cálculos ..............................................................................12
6.2. Cálculos efetuados para os cilindros ........................................................................................................................13
6.3. Cálculos efetuados para as placas ............................................................................................................................16
6.4. Cálculos efetuados para as esferas – aquecimento ...................................................................................................18
6.5. Cálculos efetuados para as esferas – resfriamento ...................................................................................................20
6.6. Gráficos para as temperaturas obtidas no experimento para os diferentes corpos de prova em função do tempo ...22
6.7. Gráficos obtidos que relacionam a temperatura calculada pela temperatura experimental ......................................23
7. Discussões .........................................................................................................................................................................27
7.1. Comparação entre corpos de prova de diferentes materiais e mesma forma: ...........................................................28
7.2. Comparação entre corpos de prova de mesmo material e diferentes formas:..........................................................28
7.3. Analise do resfriamento da esfera de alumínio ........................................................................................................29
7.4. Comparação entre os valores calculados e os valores obtidos experimentalmente ..................................................29
8. Conclusão ..........................................................................................................................................................................30
9. Bibliografia ........................................................................................................................................................................30
Índice de figuras
Figura 1 - Esquema do material utilizado ................................................................................................................................... 8
Figura 2 - Gráfico Temperatura X Tempo para os cilindros ......................................................................................................15
Figura 3 - Gráfico Temperatura X Tempo para as placas ..........................................................................................................18
Figura 4 - Gráfico Temperatura X Tempo para as esferas ao serem aquecidas .........................................................................20
Figura 5 - Gráfico Temperatura X Tempo para a esfera de alumínio ao ser resfriada ...............................................................22
Figura 6 - Gráfico Temperatura X Tempo para os corpos de prova de cobre ............................................................................22
Figura 7 - Gráfico Temperatura X Tempo para os corpos de prova de alumínio ......................................................................23
Figura 8 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para o cilindro de aço ..............................................23
Figura 9 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para o cilindro de cobre...........................................24
Figura 10 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para o cilindro de alumínio ...................................24
Figura 11 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para a placa de cobre .............................................25
Figura 12 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para a placa de alumínio........................................25
Figura 13 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para a esfera de cobre ............................................26
Figura 14 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para a esfera de alumínio ......................................26
Figura 15 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental Esfera com resfriamento com convecção natural 27
Figura 16 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental Esfera com resfriamento com convecção forçada 27
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Índice de tabelas
Tabela 1 - Propriedades físicas dos materiais ............................................................................................................................12
Tabela 2 – Parâmetros utilizados ...............................................................................................................................................12
Tabela 3 - Dimensões do corpo de prova...................................................................................................................................13
Tabela 4 – Cálculos efetuados para os cilindros ........................................................................................................................13
Tabela 5 - Parâmetros calculados para os cilindros ...................................................................................................................14
Tabela 6 - Resultados calculados a partir do experimento para os cilindros .............................................................................14
Tabela 7 - Dimensões das placas ...............................................................................................................................................16
Tabela 8 - Cálculos efetuados para as placas .............................................................................................................................16
Tabela 9 - Parâmetros calculados para as placas .......................................................................................................................17
Tabela 10 - Resultados calculados a partir do experimento para as placas ................................................................................17
Tabela 11 - Dimensões encontradas para as esferas ..................................................................................................................18
Tabela 12 - Cálculos efetuados para esferas- aquecimento .......................................................................................................18
Tabela 13 - Parâmetros calculados para as esferas ....................................................................................................................19
Tabela 14 - Resultados calculados a partir do experimento para as esferas - aquecimento .......................................................19
Tabela 15 - Cálculos efetuados para esferas - resfriamento .......................................................................................................20
Tabela 16 - Parâmetros calculados para as esferas - resfriamento .............................................................................................21
Tabela 17 - Resultados calculados a partir do experimento para as esferas - resfriamento ......................................................21
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Lista de símbolos
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1. Introdução
2. Objetivo
O experimento realizado tem como objetivo objetivo a analise do fenômeno de transferência de
calor, sob a ótica da variação da mesma ao longo do tempo. Com isso, será efetuada a estimativa do
coeficiente de convecção de calor em regime transiente em diferentes formas tais como, placa plana,
cilindro e esfera em função do tempo e do material do sólido.
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3. Revisão bibliográfica
3.1.Formas de transferência de calor
A transferência de calor pode se dar em três mecanismos distintos, sendo eles condução,
convecção e radiação.
• Condução
Chama-se condução a transferência de energia em um meio sólido devido à existência de um
gradiente de temperatura no mesmo.
• Convecção
• Radiação
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A análise da transferência de calor combinada, ou seja, condução e convecção simultâneas pode ser
realizada mediante duas abordagens distintas: parâmetros agrupados ou distribuídos.
Conforme mencionado, no primeiro caso, considera-se que a temperatura varia apenas com o
tempo, desconsiderando-se a variação do mesmo com a posição ao longo do sólido. Esta situação é ideal
para valores de Biot menores que 1. Para os casos em que o valor de Biot é superior ao valor unitário,
utiliza-se os parâmetros distribuídos, que levam em conta a variação da temperatura com o tempo e a
posição, sendo então, uma resolução matemática mais completa, porém, mais complexa.
O número adimensional de Biot é definido como a razão entre as resistências térmicas condutiva
e convectiva. Para casos em quem Bi < 1, a resistência condutiva é muito menor do que a convectiva, o
que torna o parâmetro agrupado satisfatório. Já nas situações em que Bi > 1, a diferença de temperatura
ao longo do sólido não pode ser desprezada, uma vez que o gradiente existente ao longo do sólido é
maior que o da superfície e o fluido.
Dessa forma, definimos o número de Biot da seguinte fórmula:
(1)
Sendo que:
(2)
4. Procedimento experimental
O experimento é realizado utilizando dois reservatórios A (tanque de aquecimento) e B (tanque
de imersão dos corpos) interligados por uma tubulação de escoamento e outra de retorno de água, no
reservatório A continha uma bomba centrífuga responsável por manter a água aquecida circulando entre
os reservatório. Vale destacar que na base do reservatório B havia uma placa perfurada para assegurar
que a água circulante se mantivesse distribuída de forma homogenia ao longo do reservatório. Após o
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5. Tratamento de dados
5.1. Balanço de Energia
Deve ser realizado um balanço de energia para avaliar como se dá a variação da temperatura nos
corpos de prova. Sendo assim, tem-se:
0 0
{entra} – {sai} + {gerado} = {acúmulo}
{entra} = {acúmulo}
( )
=( ) (3)
= (4)
A energia que entra no sistema pode ser representada pela Lei de Resfriamento de Newton. Isso
pois a parte mais representativa de energia que é transferida para o sistema se dá por meio da convecção,
uma vez que Logo, tem-se:
− . ℎ. ( − )= (5)
. %
,
− #$ = (
)*+ #' (6)
!" ( &
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.
ln / (
)*+
0
1= − . $ (7)
( 0 !"
?.@
:; :0 .< (8)
=> AB CD
:<*=
; :0
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Além disso, a geometria do corpo de prova a ser analisado é parte determinante para o processo.
Sendo assim, para o caso de aquecimento dos cilindros, utiliza-se a correlação de Churchill e Thelen,
mostrada a seguir:
(10)
Sendo que:
(8) (11)
(12) (13)
g.β.(Ts−T∞).L³
Gr= (14)
ν²
Para este caso, considerando-se um cilindro vertical, temos que Nu O equivale a 0,68 e o
comprimento característico utilizado é a altura do cilindro.
Para a placa plana vertical, utiliza-se a correlação de Bennet, descrita a seguir:
(15)
Já para esferas, a correlação de Churchill apresentada a seguir é a mais recomendada, sendo que
o comprimento característico utilizado será o volume da esfera dividido pela sua área.
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(16)
É importante ressaltar que a esfera de alumínio passou por dois processos distintos: aquecimento
e resfriamento. Enquanto no resfriamento o fluido utilizado foi o ar a temperatura ambiente (25ºC), no
aquecimento utilizou água a 60ºC, aproximadamente.
Além disso, também podemos destacar que para cada diferença de temperatura encontrada em
relação à temperatura T∞ calculou-se um novo valor de Gr, o que consequentemente, leva a distintos
valores de Nu. Dessa forma, determinou-se inúmeros coeficientes de convecção, a partir dos quais, fez-
se uma média.
Por fim, é importante ressaltar que desconsiderou-se os diferentes tipos de material no cálculo do
coeficiente de convecção a partir de fórmulas da literatura, uma vez que as fórmulas utilizadas neste
relatório não levam em conta essa informação, mas apenas o formato do corpo que é aquecido (ou
resfriado).
6. Resultados
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ʋ 0,000000462 Lc 0,1519
Pr 2,88
Ar (25ºC)
Β 0,00336
µ 0,000019 Lc 0,008
k 0,0262
ʋ 0,000016
Pr 0,707
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0,0109
54 35 22 35 20 36
35,677 0,459 34,533 0,218 35,895 4803
0,0607
63 37 27 37 24 38
37,320 0,102 36,606 0,155 37,754 22623
0,8975
72 39 31 39 27 40
38,852 0,022 38,142 0,737 39,053 39496
0,9000
83 41 37 41 32 42
40,584 0,173 40,259 0,549 41,051 24444
0,6405
95 43 43 43 38 44
42,312 0,473 42,171 0,687 43,200 85448
0,8021
108 45 51 45 44 46
44,011 0,978 44,435 0,319 45,104 08141
0,4727
124 47 59 47 52 48
45,880 1,254 46,412 0,346 47,312 08352
0,1458
145 49 72 49 62 50
48,005 0,989 49,103 0,011 49,618 38861
0,0994
171 51 88 51 77 52
50,199 0,641 51,696 0,484 52,315 36864
1,3340
204 53 111 53 100 54
52,416 0,342 54,380 1,905 55,155 55449
3,6605
264 55 151 55 142 56
55,241 0,058 57,151 4,625 57,913 6198
3,9389
384 57 271 57 387 58
58,127 1,269 59,629 6,909 59,985 2173
24,074 18,45881 25,703
Soma: 80146 Soma: 763 Soma: 76219
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Cilindros
60
55
50
Temperatura (°C)
45
40 Aço
35 Cobre
30 Alumínio
25
20
0 2 4 6 8
Tempo (min)
15
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Placas
60
55
50
Temperatura (°C)
45
40
Alumínio
35
Cobre
30
25
20
0
Tempo (min)
18
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Esfera - Aquecimento
60
55
50
Temperatura (°C)
45
40
Alumínio
35
Cobre
30
25
20
0 1 2 3
Tempo (min)
20
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55
Temperatura (°C)
50
45
Convecção Natural
40 Convecção Forçada
35
30
0 10 20 30 40
Tempo (min)
Cobre
60
50
Temperatura (°C)
40
30 Cilindro
20 Placas
Esfera
10
0
0 1 2 3 4 5
Tempo (min)
22
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Alumínio
70
60
50
Temperatura (°C)
40
Cilindro
30
Placa
20 Esfera
10
0
0 2 4 6 8
Tempo (min)
Cilindro de Aço
70
Temperatura Calculada (°C)
60 y = 0,9343x + 2,9366
50 R² = 0,9918
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Temperatura experimental (°C)
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Cilindro de Cobre
70
Temperatura Calculada (°C)
60
y = 1,0372x - 1,2356
50
R² = 0,993
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Temperatura experimental (°C)
Cilindro de Alumínio
70
Temperatura calculada (°C)
60 y = 0,9917x + 0,7186
50 R² = 0,9881
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Temperatura experimental (°C)
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Placa de Cobre
70
Temperatura calculada (°C)
60 y = 0,9694x + 1,5596
50 R² = 0,9887
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Temperatura experimental (°C)
Placa de Alumínio
70
60
y = 1,0129x - 0,2988
50 R² = 0,9937
Título do Eixo
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Título do Eixo
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Esfera de Cobre
70
Temperatura calculada (°C)
60
y = 1,0759x - 3,2132
50
R² = 0,9945
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Temperatura experimental (°C)
Esfera de Alumínio
70
Temperatura calculada (°C)
60
y = 0,9952x + 0,3593
50
R² = 0,9955
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Temperatura experimental (°C)
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60
50 y = 1,107x - 4,6382
40 R² = 0,9925
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Temperatura experimental (°C)
Figura 15 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental – Esfera com resfriamento com convecção
natural
50 y = 0,9279x + 3,2477
R² = 0,9908
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Temperatura experimental (°C)
Figura 16 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental – Esfera com resfriamento com convecção
forçada
7. Discussões
Através do experimento realizado, são possíveis alguns comentários mediante aos resultados
obtidos.
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Para o caso dos cilindros, é possível notar que o aço apresenta um aquecimento um pouco mais
demorado quando comparado ao alumínio ou ao cobre. Isso se justifica pelo menor valor de
condutividade térmica do aço (apenas 48,9 W/m.K) e, consequentemente, pior transferência de calor por
condução ao longo da superfície do material. Além disso, no cálculo do número de Biot, o valor
encontrado para o aço é o maior de todos (mais próximo de 1), ou seja, demonstrando que para este tipo
de material a resistência por convecção não é tão superior a resistência por condução, como ocorre com
o alumínio e o cobre (cujos valores de Bi são bem menores que 1 resistência por convecção é
superior). Ou seja, para se obter um resultado com maior confiabilidade seria necessário utilizar o
método de analise de parâmetros distribuídos a fim de observar a transferência de calor ao longo do
cilindro de aço.
Quanto as placas e as esferas, os dois materiais analisados foram o alumínio e o cobre. Apesar da
condutividade do cobre ser maior que a do alumínio, é possível notar através dos gráficos que o período
transiente de ambos os materiais é muito próximo, o que pode ser corroborado pelo número de Biot
calculado (valores próximos e bem menores que 1), confirmando que a abordagem de parâmetros
agrupados se mostra válida para tais tipos de material.
Analisando primeiramente a figura 6 (gráfico referente aos diferentes corpos de prova de cobre),
pode-se observar que a placa apresenta um leve aumento aquecimento mais acentuado, atingindo o valor
final de temperatura de maneira mais rápido. Tal fato era de se esperar, uma vez que o comprimento
característico (Lc) da placa é o menor dentre os três presentes. Como o Lc é uma relação entre volume e
área, quanto menor o valor do Lc, menor a relação volume/área, e consequentemente, maior a
transferência de calor (o que gera um maior coeficiente de convecção).Sendo assim, assim como o
identificado no gráfico, era de se esperar que o corpo de prova esférico alcançasse a temperatura final
em um tempo inferior ao cilindro, que possui maior comprimento característico. Em resumo, temos que:
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Por fim, pode-se observar que no cálculo do h para a convecção natural, uma vez que a
convecção forçada é totalmente descartada, observa-se valores similares entre os obtidos
experimentalmente e os advindo da correlação. Tal fato torna a correlação empírica utilizada um método
eficaz para esta situação.
8. Conclusão
A partir da prática realizada e dos resultados apresentados, podemos concluir que a análise
transiente depende do tipo de material bem como da geometria utilizada.
A partir de gráficos e comparações, podemos determinar se os valores experimentais se
encontram próximos do esperado, e se, portanto, podem ser utilizados com segurança na indústria ou na
área de pesquisa.
Além disso, podemos concluir que a parte experimental, bem como o coeficiente de convecção, é
extremamente sensível a pequenos erros (de leitura, por exemplo), o que corrobora o fato de que uma
análise rigorosa dos dados sempre deve ser feita, para que se possa concluir se os dados podem ser
utilizados com segurança.
9. Bibliografia
. INCROPERA, F.P., DEWITT, D.P., BERGMAN, T.L. & LAVINE, A.S - Fundamentos de
Transferência de Calor e de Massa. - LTC Editora Ltda – 6ª Edição – 2008
. Foust, Alan S., and Leonard A. Wenzel.- 2ª ed. - Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois S.A., 1982.
Print.
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