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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE QUÍMICA
Departamento de Operações e Processos Industriais
Práticas de Engenharia Química II
Profº. André Luis Alberton

CONDUÇÃO EM REGIME
TRANSIENTE

Grupo
Francesco Sica
Guilherme Nobrega
Nathália Basílio

Data
31/10/2014
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Práticas de Engenharia Química II
Profº. André Luis Alberton

Sumário
Lista de símbolos ........................................................................................................................................................................ 4
1. Introdução ........................................................................................................................................................................... 5
2. Objetivo .............................................................................................................................................................................. 5
3. Revisão bibliográfica .......................................................................................................................................................... 6
3.1. Formas de transferência de calor ............................................................................................................................... 6
3.2. Analise da transferência de calor combinada ............................................................................................................ 7
4. Procedimento experimental ................................................................................................................................................ 7
5. Tratamento de dados ........................................................................................................................................................... 9
5.1. Balanço de Energia .......................................................................................................................................................... 9
5.2. Cálculo do coeficiente de convecção experimental ........................................................................................................10
5.3. Cálculo do h através de correlações empíricas obtidas na literatura ...............................................................................10
6. Resultados ..........................................................................................................................................................................12
6.1. Valores encontrados na literatura para a execução dos cálculos ..............................................................................12
6.2. Cálculos efetuados para os cilindros ........................................................................................................................13
6.3. Cálculos efetuados para as placas ............................................................................................................................16
6.4. Cálculos efetuados para as esferas – aquecimento ...................................................................................................18
6.5. Cálculos efetuados para as esferas – resfriamento ...................................................................................................20
6.6. Gráficos para as temperaturas obtidas no experimento para os diferentes corpos de prova em função do tempo ...22
6.7. Gráficos obtidos que relacionam a temperatura calculada pela temperatura experimental ......................................23
7. Discussões .........................................................................................................................................................................27
7.1. Comparação entre corpos de prova de diferentes materiais e mesma forma: ...........................................................28
7.2. Comparação entre corpos de prova de mesmo material e diferentes formas:..........................................................28
7.3. Analise do resfriamento da esfera de alumínio ........................................................................................................29
7.4. Comparação entre os valores calculados e os valores obtidos experimentalmente ..................................................29
8. Conclusão ..........................................................................................................................................................................30
9. Bibliografia ........................................................................................................................................................................30

Índice de figuras
Figura 1 - Esquema do material utilizado ................................................................................................................................... 8
Figura 2 - Gráfico Temperatura X Tempo para os cilindros ......................................................................................................15
Figura 3 - Gráfico Temperatura X Tempo para as placas ..........................................................................................................18
Figura 4 - Gráfico Temperatura X Tempo para as esferas ao serem aquecidas .........................................................................20
Figura 5 - Gráfico Temperatura X Tempo para a esfera de alumínio ao ser resfriada ...............................................................22
Figura 6 - Gráfico Temperatura X Tempo para os corpos de prova de cobre ............................................................................22
Figura 7 - Gráfico Temperatura X Tempo para os corpos de prova de alumínio ......................................................................23
Figura 8 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para o cilindro de aço ..............................................23
Figura 9 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para o cilindro de cobre...........................................24
Figura 10 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para o cilindro de alumínio ...................................24
Figura 11 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para a placa de cobre .............................................25
Figura 12 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para a placa de alumínio........................................25
Figura 13 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para a esfera de cobre ............................................26
Figura 14 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para a esfera de alumínio ......................................26
Figura 15 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental Esfera com resfriamento com convecção natural 27
Figura 16 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental Esfera com resfriamento com convecção forçada 27

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Índice de tabelas
Tabela 1 - Propriedades físicas dos materiais ............................................................................................................................12
Tabela 2 – Parâmetros utilizados ...............................................................................................................................................12
Tabela 3 - Dimensões do corpo de prova...................................................................................................................................13
Tabela 4 – Cálculos efetuados para os cilindros ........................................................................................................................13
Tabela 5 - Parâmetros calculados para os cilindros ...................................................................................................................14
Tabela 6 - Resultados calculados a partir do experimento para os cilindros .............................................................................14
Tabela 7 - Dimensões das placas ...............................................................................................................................................16
Tabela 8 - Cálculos efetuados para as placas .............................................................................................................................16
Tabela 9 - Parâmetros calculados para as placas .......................................................................................................................17
Tabela 10 - Resultados calculados a partir do experimento para as placas ................................................................................17
Tabela 11 - Dimensões encontradas para as esferas ..................................................................................................................18
Tabela 12 - Cálculos efetuados para esferas- aquecimento .......................................................................................................18
Tabela 13 - Parâmetros calculados para as esferas ....................................................................................................................19
Tabela 14 - Resultados calculados a partir do experimento para as esferas - aquecimento .......................................................19
Tabela 15 - Cálculos efetuados para esferas - resfriamento .......................................................................................................20
Tabela 16 - Parâmetros calculados para as esferas - resfriamento .............................................................................................21
Tabela 17 - Resultados calculados a partir do experimento para as esferas - resfriamento ......................................................21

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Lista de símbolos

g - aceleração da gravidade (= 10 m/s²)


β - coeficiente de dilatação térmica (K-1)
Ts - temperatura da superfície (K)
T∞ - temperatura da vizinhança (K)
Lc - comprimento característico (m)
ʋ - viscosidade cinemática (m²/s)
h - Coeficiente de convecção(W°m².K)
Q - Taxa de calor (W)
m - Vazão mássica (kg/m³)
k - Condutividade térmica (W/m.K)
µ - Viscosidade (Pa.s)
Cp - Calor específico
ρ - massa específica (kg/m³)
V - Volume (m³)
As - Área superficial (m²)
Bi - Número de Biot
Gr - Número de Grashof
Nu - Número de Nusselt
Re - Número de Reynolds
Ra - Número de Rayleigh

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1. Introdução

Transferência de Calor é a energia em trânsito devido a uma diferença de temperatura. Sempre


que existir uma diferença de temperatura em um meio ou entre meios ocorrerá tal processo. O mesmo é
empregado em vários equipamentos de processo, podendo citar trocadores de calor e fornos. Sendo
assim, o controle da temperatura em tais equipamentos é de suma importância para o correto
funcionamento do mesmo.
Dentro dos vários problemas de transferência de calor existentes na indústria química, alguns
deles são dependentes do tempo. Tipicamente, tais problemas não-estacionários, como por exemplo, um
reator CSTR nos momentos iniciais de operação, enquanto não foi atingida a temperatura correta para
que a operação ocorra de maneira adequada, são processos que estão ligados à alterações nas condições
de contorno dos sistemas.
Paralelo a isso, a natureza do procedimento está intimamente relacionada às hipóteses feitas para
o processo estudado. Se, por exemplo, gradientes de temperatura no interior do reator citado acima
como exemplo podem ser desprezados, o parâmetros agrupados pode ser usado para determinar a
variação da temperatura com o tempo. Caso o gradiente de temperatura ao longo do reator seja
considerável e pertinente ao processo, o método de analise da variação da temperatura com o tempo
deve considerar tal variação, optando-se pelo uso do método dos parâmetros distribuídos.

2. Objetivo
O experimento realizado tem como objetivo objetivo a analise do fenômeno de transferência de
calor, sob a ótica da variação da mesma ao longo do tempo. Com isso, será efetuada a estimativa do
coeficiente de convecção de calor em regime transiente em diferentes formas tais como, placa plana,
cilindro e esfera em função do tempo e do material do sólido.

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3. Revisão bibliográfica
3.1.Formas de transferência de calor
A transferência de calor pode se dar em três mecanismos distintos, sendo eles condução,
convecção e radiação.
• Condução
Chama-se condução a transferência de energia em um meio sólido devido à existência de um
gradiente de temperatura no mesmo.

• Convecção

A transferência de calor por convecção está atrelada à fluidos em movimento e superfícies


estagnadas em diferentes temperaturas, gerando assim um gradiente propício para o fenômeno. Quanto
maior for a velocidade do fluido em relação a outra superfície, maior será a taxa de calor transferida de
um sistema para o outro. Ainda na convecção, a mesma pode ser subdividida em dois grupos, a
convecção forçada e a convecção natural. A convecção forçada utiliza um promotor de velocidade
externa, o que possibilita uma maior taxa de troca térmica. Já na convecção natural, a própria
transferência de calor com o meio propaga o movimento (alterações nas propriedades físicas do fluido
devido à mudança de temperatura), gerando movimento do fluido e uma maior taxa de transferência de
calor, se comparado com apenas à condução.

• Radiação

A radiação é um fenômeno superficial em que o calor é emitido de acordo com a temperatura


superficial do material. A energia do campo de radiação é transportada por ondas longas
eletromagnéticas. Enquanto a transferência de calor por condução e convecção requer a presença de um
meio material (sólido ou fluído), a radiação ocorre no vácuo, sem precisar de meio.

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3.2. Analise da transferência de calor combinada

A análise da transferência de calor combinada, ou seja, condução e convecção simultâneas pode ser
realizada mediante duas abordagens distintas: parâmetros agrupados ou distribuídos.
Conforme mencionado, no primeiro caso, considera-se que a temperatura varia apenas com o
tempo, desconsiderando-se a variação do mesmo com a posição ao longo do sólido. Esta situação é ideal
para valores de Biot menores que 1. Para os casos em que o valor de Biot é superior ao valor unitário,
utiliza-se os parâmetros distribuídos, que levam em conta a variação da temperatura com o tempo e a
posição, sendo então, uma resolução matemática mais completa, porém, mais complexa.
O número adimensional de Biot é definido como a razão entre as resistências térmicas condutiva
e convectiva. Para casos em quem Bi < 1, a resistência condutiva é muito menor do que a convectiva, o
que torna o parâmetro agrupado satisfatório. Já nas situações em que Bi > 1, a diferença de temperatura
ao longo do sólido não pode ser desprezada, uma vez que o gradiente existente ao longo do sólido é
maior que o da superfície e o fluido.
Dessa forma, definimos o número de Biot da seguinte fórmula:

(1)

Sendo que:

(2)

4. Procedimento experimental
O experimento é realizado utilizando dois reservatórios A (tanque de aquecimento) e B (tanque
de imersão dos corpos) interligados por uma tubulação de escoamento e outra de retorno de água, no
reservatório A continha uma bomba centrífuga responsável por manter a água aquecida circulando entre
os reservatório. Vale destacar que na base do reservatório B havia uma placa perfurada para assegurar
que a água circulante se mantivesse distribuída de forma homogenia ao longo do reservatório. Após o

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banho atingir a temperatura de equilíbrio de aproximadamente 60ºC os corpos (esferas de alumínio e


cobre, placas de alumínio e cobre e cilindros de alumínio, aço e cobre) são submersos no banho com o
auxílio de um suporte no reservatório B, as tomadas de temperatura do centro de cada corpo são
verificadas com o auxílio de um termopar antes e ao longo do tempo de submersão até que a
temperatura do corpo fosse equilibrada com a temperatura do banho.

Figura 1 - Esquema do material utilizado

Para a análise e comparação do fenômeno de transferência de calor por convecção forçada e


natural foram realizados os seguintes experimentos, a esfera de alumínio foi aquecida até a temperatura
de aproximadamente 60ºC e resfriada naturalmente, após o resfriamento a esfera foi aquecida
novamente e resfriada com o auxílio de um ventilador, sendo as tomadas de temperaturas tanto de
aquecimento quanto de resfriamento realizadas com o auxílio de um termopar.

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5. Tratamento de dados
5.1. Balanço de Energia

Deve ser realizado um balanço de energia para avaliar como se dá a variação da temperatura nos
corpos de prova. Sendo assim, tem-se:

{entra} – {sai} + {gerado} = {acúmulo}


Como não há geração de calor no sistema (não há reação química). Pode-se considerar o único
fluxo de energia advem do banho para os corpos de prova, ou seja, uma modificação abrupta na
condição de temperatura externa ao corpo, não considerando possíveis perdas de temperatura para o
ambiente. Contudo, simplifica-se a equação restando os seguintes termos:

0 0
{entra} – {sai} + {gerado} = {acúmulo}
{entra} = {acúmulo}
( )
=( ) (3)

Como a derivada da temperatura de referência utilizada é 0 e substituindo a massa do sólido pelo


produto entre a massa específica e o volume do mesmo, temos:

= (4)

A energia que entra no sistema pode ser representada pela Lei de Resfriamento de Newton. Isso
pois a parte mais representativa de energia que é transferida para o sistema se dá por meio da convecção,
uma vez que Logo, tem-se:

− . ℎ. ( − )= (5)

Substituindo − por θ, e aplicando a integral, chegamos a seguinte expressão:

. %
,
− #$ = (
)*+ #' (6)
!" ( &

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Que após de resolvida e de volta as variáveis iniciais apresenta a seguinte forma:

.
ln / (
)*+
0
1= − . $ (7)
( 0 !"

?.@
:; :0 .< (8)
=> AB CD
:<*=
; :0

5.2. Cálculo do coeficiente de convecção experimental

Para um cálculo inicial do coeficiente de convecção, h, é necessário aplicar o método dos


mínimos quadrados, onde serão substituídos os pontos obtidos experimentalmente (temperatura X
tempo). Sendo assim, após isolar a temperatura do sólido no tempo determinado, Ts, tem-se:
)*+
2 = + (
5.6
0
(9)
.)
7 89
4
Após a aplicação do mínimos quadrados o quadrado da diferença da temperatura calculada pela
temperatura obtida foi minimizado através da ferramenta Solver do Excel, obtendo-se assim a estimativa
do coeficiente de película.

5.3. Cálculo do h através de correlações empíricas obtidas na literatura

Para a obtenção do coeficiente de convecção lança-se mão de correlações teóricas que


representam os casos a serem analisados. Para essas correlações, é necessário o cálculo de diversas
grandezas admensionais, dentre eles o número de Nusselt, um parâmetro adimensional dependente de
Prandtl (Pr), Grashof (Gr) e Reynolds (Re).
Para casos de convecção natural, a influência do número de Reynolds pode ser desconsiderada,
enquanto que em situações de convecção forçada, o número de Grashof é desprezível. Para casos em
que ambas as situações estão presentes, devemos analisar cada situação separadamente.

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Além disso, a geometria do corpo de prova a ser analisado é parte determinante para o processo.
Sendo assim, para o caso de aquecimento dos cilindros, utiliza-se a correlação de Churchill e Thelen,
mostrada a seguir:

(10)

Sendo que:

(8) (11)

(12) (13)

g.β.(Ts−T∞).L³
Gr= (14)
ν²

Para este caso, considerando-se um cilindro vertical, temos que Nu O equivale a 0,68 e o
comprimento característico utilizado é a altura do cilindro.
Para a placa plana vertical, utiliza-se a correlação de Bennet, descrita a seguir:

(15)

Já para esferas, a correlação de Churchill apresentada a seguir é a mais recomendada, sendo que
o comprimento característico utilizado será o volume da esfera dividido pela sua área.

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(16)
É importante ressaltar que a esfera de alumínio passou por dois processos distintos: aquecimento
e resfriamento. Enquanto no resfriamento o fluido utilizado foi o ar a temperatura ambiente (25ºC), no
aquecimento utilizou água a 60ºC, aproximadamente.
Além disso, também podemos destacar que para cada diferença de temperatura encontrada em
relação à temperatura T∞ calculou-se um novo valor de Gr, o que consequentemente, leva a distintos
valores de Nu. Dessa forma, determinou-se inúmeros coeficientes de convecção, a partir dos quais, fez-
se uma média.
Por fim, é importante ressaltar que desconsiderou-se os diferentes tipos de material no cálculo do
coeficiente de convecção a partir de fórmulas da literatura, uma vez que as fórmulas utilizadas neste
relatório não levam em conta essa informação, mas apenas o formato do corpo que é aquecido (ou
resfriado).

6. Resultados

6.1. Valores encontrados na literatura para a execução dos cálculos

Tabela 1 - Propriedades físicas dos materiais


Propriedades Físico-Químicas
Massa Específica (kg/m³) Calor Específico (J/kg.K) Condutividade Térmica (W/m.K)
Alumínio 2701 Alumínio 932 Alumínio 237
Cobre 8932 Cobre 386 Cobre 401
Aço 7836 Aço 442 Aço 48,9

Tabela 2 – Parâmetros utilizados


Água (60º)
Β 0,000536
µ 0,000453 f4 0,568833182
k 0,656 Nuo 0,68

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ʋ 0,000000462 Lc 0,1519
Pr 2,88

Ar (25ºC)
Β 0,00336
µ 0,000019 Lc 0,008
k 0,0262
ʋ 0,000016
Pr 0,707

6.2.Cálculos efetuados para os cilindros

Tabela 3 - Dimensões do corpo de prova


Cilindros
Área de troca térmica
Material Diâmetro (m) Comprimento (m) Volume (m³)
(m²)
Alumínio 0,0489 0,1496 0,022970482 0,000280814
Aço 0,0489 0,15 0,0230319 0,000281565
Cobre 0,0489 0,15 0,0230319 0,000281565

Tabela 4 – Cálculos efetuados para os cilindros


Cilindros
Aço Cobre Alumínio Aço Cobre Alumínio
Temperatura Temperatura Temperatura
do banho (°C): do banho do banho
60 (°C): 60 (°C): 60 h médio: 328,94 h médio: 715,63 h médio: 617,20
Temperatura Temperatura Temperatura
ambiente (°C): ambiente ambiente Temperatura (Tcalc - Temperatura (Tcalc - Temperatura (Tcalc -
23 (°C): 23 (°C): 23 calculada Texp)² calculada Texp)² calculada Texp)²
t(s) T(°C) t(s) T(°C) t(s) T(°C) T calc (°C) T calc (°C) T calc (°C)
0 23 0 23 0 24 23,000 0,000 23,000 0,000 24,000 0
4,3328
16 25 4 25 6 26
27,325 5,404 25,429 0,184 28,082 15704
6,4623
24 27 8 27 10 28
29,294 5,261 27,699 0,489 30,542 66513
1,2702
31 29 12 29 11 30
30,919 3,682 29,820 0,673 31,127 03805
0,6609
38 31 15 31 14 32
32,458 2,126 31,319 0,102 32,813 86565
0,0139
45 33 18 33 16 34
33,916 0,839 32,743 0,066 33,882 38183

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0,0109
54 35 22 35 20 36
35,677 0,459 34,533 0,218 35,895 4803
0,0607
63 37 27 37 24 38
37,320 0,102 36,606 0,155 37,754 22623
0,8975
72 39 31 39 27 40
38,852 0,022 38,142 0,737 39,053 39496
0,9000
83 41 37 41 32 42
40,584 0,173 40,259 0,549 41,051 24444
0,6405
95 43 43 43 38 44
42,312 0,473 42,171 0,687 43,200 85448
0,8021
108 45 51 45 44 46
44,011 0,978 44,435 0,319 45,104 08141
0,4727
124 47 59 47 52 48
45,880 1,254 46,412 0,346 47,312 08352
0,1458
145 49 72 49 62 50
48,005 0,989 49,103 0,011 49,618 38861
0,0994
171 51 88 51 77 52
50,199 0,641 51,696 0,484 52,315 36864
1,3340
204 53 111 53 100 54
52,416 0,342 54,380 1,905 55,155 55449
3,6605
264 55 151 55 142 56
55,241 0,058 57,151 4,625 57,913 6198
3,9389
384 57 271 57 387 58
58,127 1,269 59,629 6,909 59,985 2173
24,074 18,45881 25,703
Soma: 80146 Soma: 763 Soma: 76219

Tabela 5 - Parâmetros calculados para os cilindros


Aço Cobre Alumínio
h médio 265,3141876 595,3265225 531,4328398
k 48,9 401 237
Comp.
Característico 0,1519 0,1519 0,1519
Biot 0,824155932 0,225511468 0,340610331

Tabela 6 - Resultados calculados a partir do experimento para os cilindros


Temperatura (ºC) Gr Ra Nu h h médio
20 3520579465 10139268860 295,5638907 1276,431286 967,1053821
22 3344550492 9632305417 290,7927195 1255,826359
24 3168521519 9125341974 285,8489617 1234,476095
26 2992492545 8618378531 280,7162184 1212,309672

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28 2816463572 8111415088 275,3754515 1189,244873


30 2640434599 7604451645 269,8043631 1165,185399
32 2464405626 7097488202 263,976575 1140,017335
34 2288376652 6590524759 257,8605284 1113,604388
36 2112347679 6083561316 251,417973 1085,781371
38 1936318706 5576597873 244,6018502 1056,345054
40 1760289733 5069634430 237,3532405 1025,040986
42 1584260759 4562670987 229,5968253 991,5438933
44 1408231786 4055707544 221,2338794 955,4274188
46 1232202813 3548744101 212,1309464 916,1152129
48 1056173840 3041780658 202,1004682 872,7972818
50 880144866,3 2534817215 190,8651633 824,2761496
52 704115893 2027853772 177,9858821 768,6552906
54 528086919,8 1520890329 162,6942474 702,6163679
56 352057946,5 1013926886 143,4142112 619,353012
58 176028973,3 506963443 115,7557527 499,9063446
59 88014486,63 253481721,5 93,60819733 404,2592327

Cilindros
60

55

50
Temperatura (°C)

45

40 Aço

35 Cobre

30 Alumínio

25

20
0 2 4 6 8
Tempo (min)

Figura 2 - Gráfico Temperatura X Tempo para os cilindros

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6.3.Cálculos efetuados para as placas

Tabela 7 - Dimensões das placas


Placas
Área de troca
Material Espessura (m) Comprimento (m) Largura (m) Volume (m³)
térmica (m²)
Alumínio 0,0092 0,15 0,1014 0,03504576 0,000139932
Cobre 0,015 0,153 0,1014 0,0386604 0,000232713

Tabela 8 - Cálculos efetuados para as placas


Placas
Alumínio Cobre Alumínio Cobre
Temperatura Temperatura
do banho do banho
(°C): 60 (°C): 60 h médio: 315,0486805 h médio: 1050,90954
Temperatura Temperatura
ambiente ambiente Temperatura Temperatura
(°C): 25 (°C): 25 calculada (Tcalc - Texp)² calculada (Tcalc - Texp)²
t(s) T(°C) t(s) T(°C) T calc (°C) T calc (°C)
0 25 0 25 25 0 25 0
2 27 2 28 27,12672921 0,016060293 28,37106335 0,137688008
5 29 4 30 30,07699353 1,159915061 31,41743904 2,009133423
7 31 5 32 31,89522587 0,801429356 32,82876291 0,686847965
9 33 7 34 33,6029757 0,363579694 35,44579038 2,090309832
11 35 9 36 35,20695635 0,042830929 37,81075599 3,27883724
13 37 10 38 36,71347321 0,082097603 38,90639643 0,821554493
16 39 11 40 38,80335984 0,038667354 39,94793733 0,002710521
19 41 13 42 40,70568625 0,086620586 41,87927372 0,014574834
22 43 15 44 42,43728532 0,316647806 43,62459133 0,140931672
26 45 17 46 44,50679057 0,243255543 45,20180676 0,637112456
30 47 20 48 46,33243534 0,445642579 47,28742539 0,507762579
36 49 23 50 48,67558553 0,105244745 49,07910239 0,848052415
42 51 27 52 50,61702899 0,146666793 51,08150795 0,84362765
53 53 32 54 53,35335972 0,124863092 53,0763868 0,853061344
73 55 43 56 56,44899811 2,099595515 56,03335069 0,001112269
129 57 98 57 59,38617108 5,693812437 59,75516198 7,590917563
Soma: 11,76692939 Soma: 20,46423426

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Tabela 9 - Parâmetros calculados para as placas


Material Alumínio Cobre
h médio 473,1914813 449,1502343
k 237 401
Comp. Característico 0,003992837 0,006019415
Biot 0,007972052 0,006742199

Tabela 10 - Resultados calculados a partir do experimento para as placas


Temperatura Gr Nu h h médio
20 219080,5059 8,173292729 890,7310492 710,342951
22 208126,4806 8,069153087 879,3818395
24 197172,4553 7,960817739 867,575379
26 186218,43 7,847869723 855,2662267
28 175264,4047 7,729823017 842,4014157
30 164310,3794 7,606105929 828,9186425
32 153356,3541 7,476039092 814,7438694
34 142402,3288 7,338805754 799,788086
36 131448,3035 7,193410859 783,9428507
38 120494,2782 7,038623351 767,0740019
40 109540,2529 6,872892557 749,0125462
42 98586,22764 6,694223099 729,5410261
44 87632,20235 6,499980465 708,3723306
46 76678,17706 6,286574473 685,1151991
48 65724,15176 6,048913405 659,2147329
50 54770,12647 5,779390714 629,8419651
52 43816,10118 5,465810273 595,6677535
54 32862,07588 5,086509599 554,3313058
56 21908,05059 4,596180265 500,8948786
58 10954,02529 3,864911508 421,2007078
59 5477,012647 3,249990233 354,1861653

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Placas
60
55
50
Temperatura (°C)

45
40
Alumínio
35
Cobre
30
25
20
0
Tempo (min)

Figura 3 - Gráfico Temperatura X Tempo para as placas

6.4.Cálculos efetuados para as esferas – aquecimento

Tabela 11 - Dimensões encontradas para as esferas


Esferas
Área de troca
Material Diâmetro (m) Volume (m³)
térmica (m²)
Alumínio 0,0473 0,007028654 5,54092E-05
Cobre 0,048 0,007238229 5,79058E-05

Tabela 12 - Cálculos efetuados para esferas- aquecimento


Esferas
Alumínio Cobre Alumínio Cobre
Temperatura
Temperatura do
do banho (°C):
banho (°C): 60
60 h médio: 511,8888525 h médio: 641,5059178
Temperatura
Temperatura
ambiente (°C): Temperatura Temperatura
ambiente (°C): 23
29 calculada (Tcalc - Texp)² calculada (Tcalc - Texp)²
t(s) T(°C) t(s) T(°C) T calc (°C) T calc (°C)
0 23 0 29 23 0 29 0
2 25 2 30 24,86038488 0,019492381 30,40897936 0,167264113

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5 27 3 32 27,47705124 0,227577888 31,08926915 0,829430677


8 29 7 34 29,89886792 0,80796354 33,65758588 0,117247427
11 31 10 36 32,14034437 1,300385284 35,43295341 0,321541839
13 33 13 38 33,54114659 0,292839633 37,08866865 0,830524826
16 35 16 40 35,51140129 0,261531275 38,63279568 1,869247656
19 37 22 42 37,33494125 0,112185641 41,41586052 0,341218932
22 39 25 43 39,02269157 0,000514908 42,66835308 0,10998968
25 41 28 44 40,58476381 0,17242109 43,83643293 0,026754187
29 43 30 45 42,48810153 0,262040049 44,57108236 0,183970345
33 45 33 46 44,20484895 0,632265189 45,61092628 0,151378358
39 47 41 48 46,46963189 0,281290335 48,05390836 0,002906111
45 49 50 50 48,40967961 0,348478164 50,31012952 0,096180317
52 51 63 52 50,32437766 0,456465542 52,83845699 0,703010122
65 53 82 54 53,08092235 0,006548427 55,39648047 1,95015769
85 55 117 56 55,86951578 0,756057684 57,96033246 3,842903339
133 57 153 57 58,8024667 3,248886197 59,11706668 4,481971334
Soma: 9,186943228 Soma: 16,02569695

Tabela 13 - Parâmetros calculados para as esferas


Alumínio Cobre
h médio 440,2325396 476,2039473
k 237 401
Comp. Característico 0,007883333 0,008
Biot 0,014643459 0,009500328

Tabela 14 - Resultados calculados a partir do experimento para as esferas - aquecimento


Temperatura Gr Ra Nu h h médio
20 514293,2104 1481164,446 19,9216242 1633,573185 1335,959767
22 488578,5499 1407106,224 19,69327663 1614,848684
24 462863,8894 1333048,001 19,45572912 1595,369788
26 437149,2288 1258989,779 19,20806738 1575,061525
28 411434,5683 1184931,557 18,94922571 1553,836508
30 385719,9078 1110873,334 18,67795057 1531,591946
32 360005,2473 1036815,112 18,39275229 1508,205688
34 334290,5868 962756,8899 18,09183999 1483,530879
36 308575,9262 888698,6676 17,7730318 1457,388608
38 282861,2657 814640,4453 17,43362838 1429,557527
40 257146,6052 740582,223 17,07022955 1399,758823

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42 231431,9447 666524,0007 16,67846004 1367,633723


44 205717,2842 592465,7784 16,25254314 1332,708538
46 180002,6236 518407,5561 15,78460664 1294,337744
48 154287,9631 444349,3338 15,2634859 1251,605844
50 128573,3026 370291,1115 14,672502 1203,145164
52 102858,6421 296232,8892 13,98491244 1146,76282
54 77143,98156 222174,6669 13,15321775 1078,563855
56 51429,32104 148116,4446 12,0780699 990,4017322
58 25714,66052 74058,2223 10,47461286 858,9182541
59 12857,33026 37029,11115 9,126271571 748,3542688

Esfera - Aquecimento
60
55
50
Temperatura (°C)

45
40
Alumínio
35
Cobre
30
25
20
0 1 2 3
Tempo (min)

Figura 4 - Gráfico Temperatura X Tempo para as esferas ao serem aquecidas

6.5.Cálculos efetuados para as esferas – resfriamento

Tabela 15 - Cálculos efetuados para esferas - resfriamento


Resfriamento – Esfera de alumínio
Convecção Natural Convecção Forçada Convecção Natural Convecção Forçada
Temperatura ambiente Temperatura Ambiente
(°C): 25 (°C): 25 h médio: 11,7058309 h médio: 54,2532692
t (s) T (°C) t(s) T(°C) T calc (°C) (Tcalc - Texp)² T calc (°C) (Tcalc - Texp)²
0 57 25 58 57 0 55,81991829 4,752756269
43 55 37 56 56,19855416 1,436532072 54,82523702 1,380068066
137 53 45 54 54,5157654 2,297544736 54,18001544 0,03240556

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259 51 73 52 52,46633679 2,150143586 52,02969627 0,000881869


392 49 100 50 50,3939062 1,942974503 50,10638083 0,011316881
567 47 130 48 47,9033466 0,816035081 48,12944245 0,016755347
767 45 162 46 45,35466753 0,125789059 46,19198408 0,036857887
985 43 199 44 42,89855362 0,010291369 44,15321055 0,023473472
1245 41 238 42 40,35368142 0,417727704 42,21618616 0,046736454
1496 39 287 40 38,24075303 0,57645596 40,05772407 0,003332068
1812 37 343 38 35,98908398 1,021951209 37,92024149 0,006361421
Soma: 10,79544528 Soma: 6,310945293

Tabela 16 - Parâmetros calculados para as esferas - resfriamento


Conv. Natural Conv. Forçada
h médio 11,7058309 54,2532692
k 237 401
Comp.
Característico 0,007883333 0,007883333
Biot 0,000389371 0,001066575

Tabela 17 - Resultados calculados a partir do experimento para as esferas - resfriamento


Temperatura Gr Ra Nu h h médio (conv. natural)
58 134,4 95,0208 3,4183276 11,19502289 14,2860659
56 268,8 190,0416 3,686685273 12,07389427
54 403,2 285,0624 3,866624096 12,66319391
52 537,6 380,0832 4,005818127 13,11905437
50 672 475,104 4,120894448 13,49592932
48 806,4 570,1248 4,219802656 13,8198537
46 940,8 665,1456 4,307018431 14,10548536
44 1075,2 760,1664 4,385333189 14,36196619
42 1209,6 855,1872 4,456615465 14,59541565
40 1344 950,208 4,522182767 14,81014856
38 1478,4 1045,2288 4,583001898 15,00933122
36 1612,8 1140,2496 4,639805112 15,19536174
34 1747,2 1235,2704 4,693161467 15,37010381
32 1881,6 1330,2912 4,743522732 15,53503695
30 2016 1425,312 4,791254067 15,69135707
28 2150,4 1520,3328 4,836655199 15,84004578
26 2284,8 1615,3536 4,879975442 15,98191957

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Esfera de alumínio - Resfriamento


60

55
Temperatura (°C)

50

45
Convecção Natural
40 Convecção Forçada

35

30
0 10 20 30 40
Tempo (min)

Figura 5 - Gráfico Temperatura X Tempo para a esfera de alumínio ao ser resfriada

6.6. Gráficos para as temperaturas obtidas no experimento para os diferentes corpos de


prova em função do tempo

Cobre
60

50
Temperatura (°C)

40

30 Cilindro

20 Placas
Esfera
10

0
0 1 2 3 4 5
Tempo (min)

Figura 6 - Gráfico Temperatura X Tempo para os corpos de prova de cobre

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Alumínio
70

60

50
Temperatura (°C)

40
Cilindro
30
Placa
20 Esfera

10

0
0 2 4 6 8
Tempo (min)

Figura 7 - Gráfico Temperatura X Tempo para os corpos de prova de alumínio

6.7.Gráficos obtidos que relacionam a temperatura calculada pela temperatura


experimental

Cilindro de Aço
70
Temperatura Calculada (°C)

60 y = 0,9343x + 2,9366
50 R² = 0,9918
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Temperatura experimental (°C)

Figura 8 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para o cilindro de aço

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Cilindro de Cobre
70
Temperatura Calculada (°C)

60
y = 1,0372x - 1,2356
50
R² = 0,993
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Temperatura experimental (°C)

Figura 9 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para o cilindro de cobre

Cilindro de Alumínio
70
Temperatura calculada (°C)

60 y = 0,9917x + 0,7186
50 R² = 0,9881

40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Temperatura experimental (°C)

Figura 10 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para o cilindro de alumínio

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Placa de Cobre
70
Temperatura calculada (°C)

60 y = 0,9694x + 1,5596
50 R² = 0,9887

40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Temperatura experimental (°C)

Figura 11 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para a placa de cobre

Placa de Alumínio
70
60
y = 1,0129x - 0,2988
50 R² = 0,9937
Título do Eixo

40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Título do Eixo

Figura 12 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para a placa de alumínio

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Esfera de Cobre
70
Temperatura calculada (°C)

60
y = 1,0759x - 3,2132
50
R² = 0,9945
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Temperatura experimental (°C)

Figura 13 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para a esfera de cobre

Esfera de Alumínio
70
Temperatura calculada (°C)

60
y = 0,9952x + 0,3593
50
R² = 0,9955
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Temperatura experimental (°C)

Figura 14 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental para a esfera de alumínio

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Resfriamento - Convecção Natural


70
Temperatura calculada (°C)

60
50 y = 1,107x - 4,6382
40 R² = 0,9925

30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Temperatura experimental (°C)

Figura 15 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental – Esfera com resfriamento com convecção
natural

Resfriamento - convecção forçada


60
Temperatura Calculada (°C)

50 y = 0,9279x + 3,2477
R² = 0,9908
40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70
Temperatura experimental (°C)

Figura 16 - Gráfico Temperatura Calculada X Temperatura experimental – Esfera com resfriamento com convecção
forçada

7. Discussões
Através do experimento realizado, são possíveis alguns comentários mediante aos resultados
obtidos.

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7.1. Comparação entre corpos de prova de diferentes materiais e mesma forma:

Para o caso dos cilindros, é possível notar que o aço apresenta um aquecimento um pouco mais
demorado quando comparado ao alumínio ou ao cobre. Isso se justifica pelo menor valor de
condutividade térmica do aço (apenas 48,9 W/m.K) e, consequentemente, pior transferência de calor por
condução ao longo da superfície do material. Além disso, no cálculo do número de Biot, o valor
encontrado para o aço é o maior de todos (mais próximo de 1), ou seja, demonstrando que para este tipo
de material a resistência por convecção não é tão superior a resistência por condução, como ocorre com
o alumínio e o cobre (cujos valores de Bi são bem menores que 1 resistência por convecção é
superior). Ou seja, para se obter um resultado com maior confiabilidade seria necessário utilizar o
método de analise de parâmetros distribuídos a fim de observar a transferência de calor ao longo do
cilindro de aço.
Quanto as placas e as esferas, os dois materiais analisados foram o alumínio e o cobre. Apesar da
condutividade do cobre ser maior que a do alumínio, é possível notar através dos gráficos que o período
transiente de ambos os materiais é muito próximo, o que pode ser corroborado pelo número de Biot
calculado (valores próximos e bem menores que 1), confirmando que a abordagem de parâmetros
agrupados se mostra válida para tais tipos de material.

7.2. Comparação entre corpos de prova de mesmo material e diferentes formas:

Analisando primeiramente a figura 6 (gráfico referente aos diferentes corpos de prova de cobre),
pode-se observar que a placa apresenta um leve aumento aquecimento mais acentuado, atingindo o valor
final de temperatura de maneira mais rápido. Tal fato era de se esperar, uma vez que o comprimento
característico (Lc) da placa é o menor dentre os três presentes. Como o Lc é uma relação entre volume e
área, quanto menor o valor do Lc, menor a relação volume/área, e consequentemente, maior a
transferência de calor (o que gera um maior coeficiente de convecção).Sendo assim, assim como o
identificado no gráfico, era de se esperar que o corpo de prova esférico alcançasse a temperatura final
em um tempo inferior ao cilindro, que possui maior comprimento característico. Em resumo, temos que:

LcPLACA < LcESFERA < LcCILINDRO


hPLACA > hESFERA > hCILINDRO

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Um comportamento similar deveria ser observado no gráfico representado na figura 7. Uma


explicação para essa distorção é o alto valor de condutividade térmica do material (alumínio). Sendo
assim, a ordem de grandeza das diferenças entre os valores de Lc não são significativas frente ao alto
valor de k, o que faz com que os corpos de prova atinjam sua temperatura final em tempos similares e
inferiores aos corpos de prova de diferentes materiais.

7.3. Analise do resfriamento da esfera de alumínio

O resfriamento da esfera de alumínio identifica as diferenças entre a transferência de calor de


através de convecção forçada ou natural. Na convecção natural, a esfera é resfriada mediante sua
exposição ao ar, de forma que a velocidade de escoamento deste fluido é significativamente baixa. Já na
convecção forçada, há um agente externo (nesse caso o ventilador) causador de turbulência e
velocidade, o que gera um coeficiente de película superior. A analise teórica pode ser evidenciada no
gráfico representado na figura 5, onde percebe-se que, embora atinjam o mesmo valor final, a convecção
forçada é deveras mais eficiente, pois leva um tempo de resfriamento consideravelmente menor.

7.4.Comparação entre os valores calculados e os valores obtidos experimentalmente

Comparando-se os valores experimentais com os obtidos a partir das correlações encontradas na


literatura, nota-se um erro significativo entre ambos. Essa discrepância entre os valores pode ser
explicada mediante uma junção de vários fatores, como o fato das correlações empíricas utilizadas nesse
trabalho levarem em apenas a convecção natural, considerando-se que este é o único mecanismo
presente no aquecimento dos diferentes materiais, além dos fato que tais correlações não levam em
consideração o tipo de material, diferentemente da parte experimental, onde percebeu-se que o material
de constituição dos corpos de prova impacta consideravelmente na distribuição da temperatura ao longo
do tempo.
Há também os eventuais erros de medição ao longo da prática, como o tempo de resposta para a
tomada de dados ou a calibração da medição do instrumento de medida, nesse caso o termopar.

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Por fim, pode-se observar que no cálculo do h para a convecção natural, uma vez que a
convecção forçada é totalmente descartada, observa-se valores similares entre os obtidos
experimentalmente e os advindo da correlação. Tal fato torna a correlação empírica utilizada um método
eficaz para esta situação.

8. Conclusão

A partir da prática realizada e dos resultados apresentados, podemos concluir que a análise
transiente depende do tipo de material bem como da geometria utilizada.
A partir de gráficos e comparações, podemos determinar se os valores experimentais se
encontram próximos do esperado, e se, portanto, podem ser utilizados com segurança na indústria ou na
área de pesquisa.
Além disso, podemos concluir que a parte experimental, bem como o coeficiente de convecção, é
extremamente sensível a pequenos erros (de leitura, por exemplo), o que corrobora o fato de que uma
análise rigorosa dos dados sempre deve ser feita, para que se possa concluir se os dados podem ser
utilizados com segurança.

9. Bibliografia

. INCROPERA, F.P., DEWITT, D.P., BERGMAN, T.L. & LAVINE, A.S - Fundamentos de
Transferência de Calor e de Massa. - LTC Editora Ltda – 6ª Edição – 2008
. Foust, Alan S., and Leonard A. Wenzel.- 2ª ed. - Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois S.A., 1982.
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