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DIVISÃO DE AGRICULTURA
DEDICATÓRIA ............................................................................................................................. ix
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................... xi
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 1
iii
2.9. Impactos da colheita florestal ............................................................................................. 17
3. MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................................... 18
5. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 35
6. RECOMENDAÇÕES................................................................................................................ 36
8. ANEXOS ................................................................................................................................... 43
iv
ÍNDICE DE TABELAS Páginas
Tabela 1: Caracterização das máquinas avaliadas ........................................................................ 20
Tabela 2: Materiais e equipamentos utilizados ............................................................................ 20
Tabela 3: Número de ciclos (viagens completas) necessários para as máquinas ......................... 24
v
ÍNDICE DE FIGURAS Páginas
vi
ÍNDICE DE ANEXOS Páginas
vii
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÓNIMOS
cm3 Centímetro cúbico
CV Coeficiente de variação
db Diâmetro da base
DM Disponibilidade mecânica
DNAL Direcção Nacional de Administração Local
dt Diâmetro do topo
EO Eficiência operacional
FAO Food and Agriculture Organization for the United Nations
GPS Sistema de Posicionamento Global
H Horas
Há Hectare
He Horas efectivamente trabalhadas
Hp Horas de paradas operacionais
HT Horas totais
IFLOMA Indústrias Florestais de Manica
ISPG Instituto Superior Politécnico de Gaza
Kg Quilograma
Kw Quilo watts
m3 Metro cúbico
MAE Ministério de Administração Estatal
MONAP Nordic Agricultural Programme
Pág. Página
Prod Produtividade
V Volume
viii
ix
DEDICATÓRIA
DEDICO
x
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus todo-poderoso pela saúde e forças para enfrentar todos
obstáculos que encontrei durante a longa caminhada que tive para aqui chegar;
Agradeço aos meus pais Luís & Isabel pelo apoio incondicional que a mim deram;
Agradeço aos meus avós Simone e Emília (In memorium) pelo aprendizado mesmo que não tenham
me visto conseguir obter o grau de licenciatura em Engenharia Florestal;
Agradeço aos meus irmãos José Baéta, Jacob, Pedro, Maria Rosa, Izaquel, Inácio, António, Lina,
Sara, Isabel, Simão, Marta, Márcia, , Zacarias e Laurinda pela força, igualmente á Francisco David
Lázaro, Rosa Tomé Mairosse e Esperança Colar Tomo;
Agradeço aos meus segundos pais (tios) Pedro Simone, Ana Macheme Alberto e Rosalina Antunes
de sousa pela força durante o nível médio;
Agradeço aos meus primos Isabel Pedro Simone, Fátima Maibeque, Helen Pedro Simone, Gabriel
Mandanda, Sara Mandanda, Rosita Mandanda, Simone Pedro Simone, Lina Pedro Simone, Joe de
Jesus, Carina Cabral, Rogério Gomes, Felisberto Gomes e em especial á Érica Gomes por ter
acreditado em mim;
Agradeço aos meus colegas de Engenharia Florestal 2016 e aos mazas de 2015, especialmente para
Nélia Helena Raúl Muendane, Iolanda Greedes Macolino, Heldivânio A.O Gauene, Engº Jeremias
Madabula, Inocêncio Daniel, João Chibue, Engº Silva Rassul, Edson Machava, Edimilson Otávio,
Denilson Matsinhe, Lídia Mandlate, Saíde Balane, Justino Natalino, Valter Rungo, Samuel Tiago,
Sara Israel, Zélia Zitha, Ana Chingueleze, Ivan Camisa, José Joaquim e outros;
Agradeço aos meus companheiros de batalha Arão Maúnze, Márcio de Jesus Mateus, Emerson Jó,
Fernando Robert, Delito King, Laura Nhandzime, Edilson Chale, Vasco Lisboa e Elton Picane, em
especial a João David Muando Raposo;
xi
RESUMO
xii
ABSTRACT
The present research aimed to analyze the operational performance of Chainsaw and Telelogger in
the cutting and extraction of Pinus spp at IFLOMA in Penhalonga, Machipanda Administrative
Post, Manica District, Province of the same name. The study consisted of monitoring the activities
related to cutting and extraction of logs using chainsaw and Telelogger, respectively, which was
done separately for the Chainsaw and Telelogger, where the study of times and movements was
also carried out based on the collection of data related to time and production in each operational
cycle, by the multimomenty and continuous method making its due classification in effective
working hours and interruptions, data were also collected regarding the diameter and length of logs
to determine the volume/production for each cycle. The samples were collected in 69 and 89
operational cycles for The Chainsaw and Telelogger for the error limit of 10%. The data were
grouped and used to identify the main interruptions and determine the mechanical availability,
utilization rate, operational efficiency and productivity of the machines, from Microsoft Excel. The
interruptions of Chainsaw and Telelogger occupied about 56.9% and 44%, respectively, where
these were marked by stops that occupied about 36% and 37.9%. The mechanical availability was
satisfactory for the two technologies, which presented percentages in the range of 90% to 96% for
The Chainsaw and 96% to 100% for Telelogger. The Utilization Rate was around 54.2% to 68.3%
for The Chainsaw, and for Telelogger was obtained 38.1% and 82.5% for the two rounds. The
operational efficiency rates obtained for The Chainsaw were in the range of 52% to 64%, and for
Telelogger the percentage of efficiency obtained was 37 and 82% for the two days. Chainsaw's
productivity was in the range of 7.7 m3/he at 10.9 m3/he, and the Telelogger registered 19.5 m3/he
and 11 m3/he in both rounds. The results obtained were below the recommended in the literature
for the variables of Degree of Mechanical Use and Operational Efficiency. For the variable
Mechanical Availability, the percentages obtained were satisfactory for both technologies, being
in the range of the recommended percentages. Productivity depends on the conditions and needs
of the company and this may vary for each team, however it proved satisfactory, being able to meet
the needs of the company, being among the values of production per hour effective obtained in
similar studies.
xiii
Análise operacional da Motosserra e do Tractor Florestal Telelogger no corte e extracção de Pinus spp.
1. INTRODUÇÃO
As áreas de florestas plantadas no mundo somam 264 milhões de hectares nos cinco continentes,
equivalentes a 7% do total de áreas com cobertura florestal na qual a África possui cerca de 6 %
de tais plantações, uma percentagem equivalente a 16 milhões de ha onde estima-se que no geral o
foco de 76% das plantações florestais no mundo seja a produção madeireira (FAO, 2015 e
LEXTERRA, 2016).
Segundo MINAG (2015), Moçambique possui cerca de 5 % da área total ocupada por plantações
em África, o equivalente a 756 mil ha. De referir que as empresas no ramo de plantações florestais
no país geralmente desenvolvem actividades que compreendem o viveiro florestal, plantio e
maneio silvicultural, colheita florestal e por fim a transformação dos toros em madeira.
As empresas do sector florestal tem dado maior importância à etapa da colheita florestal e
transporte florestal, devido a sua alta representatividade nos custos de produção, à elevada demanda
de mão-de-obra e, também, pela natureza desgastante do trabalho juntamente com o elevado nível
de riscos de acidentes, por isso deve ser bem planeada e gerida para garantir a qualidade de produtos
e serviços bem como optimização das operações maximizando a utilização do tempo de execução
das actividades, porque pode comprometer a produtividade e elevar os custos de produção que em
alguns casos representam mais de 50% do custo total da madeira posta na fábrica (MACHADO, et
al., 2014; RODRIGUES, 2018).
A colheita florestal é entendida como um conjunto de operações que visa cortar e extrair árvores
do local de abate até as margens das estradas, esta é uma actividade complexa, dada à ocorrência
de vários fenómenos climáticos e biológicos e um grande número de variáveis que afectam a
produtividade (MACHADO, 2008).
A operacionalização das actividades constitui um dos itens com grande importância para o sucesso
da colheita florestal porque permite conhecer o nível de operacionalidade das máquinas e
equipamentos empregues em determinada actividade. Segundo MALINOVSKI, et al., (2006) &
BURLA (2008), a análise dos equipamentos permite a escolha dos equipamentos, garantindo a
execução das actividades com a qualidade requerida, conforto e segurança dos trabalhadores tal
como a optimização dos recursos disponíveis e maximização do tempo produtivo. Estudos de
operações consistem na análise das variáveis disponibilidade mecânica, grau ou taxa de utilização
das máquinas, eficiência e produtividade operacional das mesmas.
No entanto, a pressão aos produtos da empresa, deve-se ao facto de que esta é actualmente principal
fonte de matéria-prima para abastecer o mercado e indústria local e regional. LINHARES (2002),
sugere que para o atendimento das necessidades no mercado é necessária uma produção mais
intensa que é possível através de uma ampla mecanização.
Desta forma, a empresa não dispõe de uma base de dados referente ao nível de operacionalidade
das tecnologias empregues na colheita florestal como também não possui dados referentes á
distribuição de tempos entre as operações e estudos de análise operacional ainda não foram
realizados na empresa.
No entanto, para que estas tecnologias alcancem o nível de produção ideal é necessário que se faça
uma análise das operações das máquinas de modo a permitir o planeamento operacional que
segundo SILVA (1987), estabelece os padrões de controlo, antecipa os problemas e selecciona as
melhores soluções durante a colheita florestal e LINHARES (2002), sugere que se façam estudos
de análise operacional para servir de base na planificação das actividades de colheita com vista o
aumento da produção e a diminuição de perdas operacionais na colheita.
Por esta actividade ser a que têm mais perdas operacionais na produção da madeira, merece atenção
especial da empresa e uma análise detalhada das operações deve ser feita de modo que a
optimização das actividades, racionalização do tempo e a melhoria da qualidade seja alcançada em
todas as etapas do processo, de forma contínua (BIRRO, et al., 2002; MACHADO, 2002;
JACOVINE, et al., 2005; MOREIRA, 1992; REZENDE, et al., 1997).
1.2. Objectivos
1.2.1. Geral
Analisar o desempenho operacional da Motosserra e do Telelogger no corte e extracção
florestal de Pinus spp.
1.2.2. Específicos
Efectuar o estudo de tempos e movimentos nas actividades de corte e extracção;
Avaliar a disponibilidade mecânica da Motosserra e do Telelogger para nas actividades de
corte e extracção;
Determinar o grau de utilização da Motosserra e do Telelogger nas actividades de corte e
extracção;
Determinar a eficiência operacional e produtividade operacional da Motosserra e do
Telelogger em função do tempo de trabalho nas actividades de corte e extracção.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Sector florestal de Moçambique
Moçambique é um dos países da SADC que ainda possui consideráveis recursos florestais e
faunísticos. Estes recursos são de especial importância para o país, pela sua dimensão ambiental,
social e económica. A exploração e utilização dos recursos florestais e faunísticos, da forma como
vem sendo realizada, ameaça a conservação e a perpetuação destes recursos a médio e longo prazo,
o que tem dado origem á ideias de estabelecimento de plantações florestais com vista a reduzir a
pressão contra os produtos florestais oriundos da floresta nativa (BLIB, 2014).
Para o uso dos recursos de uma forma sustentável é necessário o maneio das florestas e este requer
planeamento e aplicação de técnicas adequadas para minimizar os impactos na estrutura e função
das mesmas, mantendo ou aumentando seu valor económico para a colheita. Nesse sentido, o
macroplaneamento da actividade como um todo, seguido das actividades pré-exploratórias, são
bases para planear a entrada na floresta para retirada de seus produtos (REIS, COUTO, PINHEIRO,
ESPADA VIOLATO, LIMA, & LENTINI, 2013).
Os sistemas de colheita podem variar de acordo com diversos factores, dentre eles a topografia do
terreno, o rendimento volumétrico do povoamento, tipo de floresta, uso final de madeira, máquinas,
equipamentos e recursos disponíveis, volume a ser produzido entre outros (MACHADO, 2002).
De acordo com a classificação da FAO, os sistemas de colheita podem ser classificados quanto à
forma da madeira na fase de extracção, ao local onde é realizado o processamento final e ao grau
de mecanização. Em muitos trabalhos adoptam-se critérios quanto à forma da madeira na fase de
extracção, que classifica os sistemas em toros curtos, compridos e árvores inteiras (MACHADO,
1984).
Neste sistema, a árvore é processada no local de abate, sendo extraída e transportada para a margem
da estrada ou para o pátio temporário em forma de pequenos toros podendo medir até 6 metros de
comprimento. Este, é largamente empregado por requerer menor grau de mecanização e pela
facilidade de deslocamento a pequenas distâncias, possui baixa agressão ao meio ambiente e têm
possibilidade de ser utilizado em desbastes (ZAGONEL, 2005).
O sistema de toros curtos é mais utilizado em Moçambique para o caso de florestas nativas devido
a natureza das florestas compostas geralmente com árvores de baixa altura.
Neste sistema é efectuado o desrame e destopo da árvore no local de abate e levada para a margem
da estrada ou para o pátio temporário em forma de fuste, com mais de 6 metros de comprimento
(SALMERON, 1980; MACHADO, 1984; NOVAIS, 2006). A traçagem é realizada nas estradas
que circundam o talhão, em pátios intermediários de processamento ou nas indústrias. Esse sistema
é muito utilizado na América do Norte, onde cerca de 90 a 95% de toda a madeira colhida até 1996
foi por esse método. Por esse sistema ser um dos mais baratos, quando mecanizados, maior parte
das empresas no mundo optam a sua utilização (ZAGONEL, 2005).
As árvores neste sistema são abatidas e posteriormente levadas para a margem da estrada ou para
o pátio intermediário, onde são processadas, ou seja, o desrame, destopo e seccionamento são
efectuados na margem ou pátio intermediário (MALINOVSKI; MALINOVSKI, 1998).
O sistema Wholw-tree consiste em arrancar a árvore com seu sistema radicular, ou parte dele e
levá-la para a margem da estrada ou para o pátio temporário, onde será processada. Porém esse
sistema só demanda maior interesse nos casos em que as raízes sejam de valor comercial, que é o
caso das árvores com alta concentração de resina nos potenciais tocos ou quando são árvores
consideradas medicinais (CECHIN, 2000).
A escolha do tipo de sistema a ser utilizado deve contar com algumas variáveis que se não forem
levadas em consideração podem resultar em problemas operacionais e ineficiência, tais como, a
experiência e a habilidade da mão-de-obra disponível, as características morfológicas da espécie
florestal para adaptação da máquina a aquelas características, o produto primário, a distância de
arraste e transporte, a eficiência da máquina, o capital requerido e as características do terreno de
acordo com tipo de solo e topografia (SALMERON, 1980; MACHADO, 1984; NOVAIS, 2006).
A primeira operação do corte é o abate das árvores, sendo considerada uma das actividades
florestais mais perigosas. O abate pode ser realizado de forma semi-mecanizada (motosserras),
empregando-se um ou dois homens (operador e ajudante) ou mecanizada, com a utilização de
máquinas do tipo Harvester e Feller – Buncher entre outras. Na sequência tem-se o desrame que
se resume em retirar os galhos e a copa das árvores, podendo ser manual com machado ou catana,
com motosserras (semi-mecanizado) ou mecanizado com a utilização de Harvester (CANTO,
2006).
De acordo com o mesmo autor, a traçagem dos toros nas dimensões estabelecidas, pode ser
realizada de maneira semi-mecanizada ou mecanizada, e a produtividade se dá em função do
diâmetro das árvores, do comprimento dos toros, tipo de ferramenta utilizada, disposição das
árvores na queda, treinamento dos operadores e topografia.
MALINOVSKI & MALINOVSKI (1998), citam que os processos de extracção podem se diferir
com a forma de como a carga é extraída, dependendo da forma como é realizada ou tipo de
equipamento empregue, podendo ser:
Arraste: quando a carga é removida por tractores agrícolas adaptados, Skidders, guinchos,
extracção manual e animal, estando a carga em total ou parcialmente apoiada sobre o solo;
Baldeio: quando o transporte é feito por veículos com plataforma de carga e os principais
equipamentos empregues nesta actividade compreendem os Forwarders e tractores
autocarregáveis (SALMERON, 1980; CANTO, 2006; ZAGONEL, 2005).
A extracção da madeira pode ser realizada por métodos bastante variados, dos mais rústicos aos
altamente mecanizados, e exigem um planeamento detalhado com o emprego dos equipamentos
apropriados.
Cada empresa adopta o sistema de extracção em função de suas características ou limitações como,
por exemplo, a topografia, a disponibilidade de capital, entre outros (SANT’ANNA, 2002). Alguns
factores podem influenciar no processo de extracção da madeira, tais como a densidade do talhão,
de acordo com o número de árvores colhidas por área e o volume de madeira; a topografia, pela
inclinação do terreno que pode delimitar a eficiência do equipamento, influenciando no
rendimento; o solo, pois a capacidade de sustentação e tracção do equipamento está condicionada
ao tipo de solo o volume por árvore, pois quanto menor a árvore, maior o custo operacional por
unidade de produção e quanto maiores, significam menor número para completar uma carga,
reduzindo os custos operacionais variáveis. Árvores que estão acima da média podem dificultar as
actividades exigindo maior potência do equipamento e também a distância de extracção, que é
determinada pelo planeamento inicial feito na floresta, em termos da dimensão dos talhões e
densidade de estradas, condicionando a selecção dos equipamentos mais adequados para cada
situação (ZAGONEL, 2005; SEIXAS, 2002; MACHADO, 2008).
O carregamento é a colocação da madeira no veículo pelo qual será transportada até o destino final
ou pátios intermediários.
Descarregamento
Segundo CANTO (2006), os sistemas de carga e descarga podem ser realizados de forma:
O conjunto do motor que é formado por um motor de dois tempos, sendo este alimentado
por um carburador de membranas que transmite sua força através de uma embraiagem de
pesos centrífugos;
O conjunto de corte que é composto pelo pinhão, sabre e corrente, a qual corre sobre este e
é lubrificada através de uma bomba de óleo automática.
Figura 1: Motosserra
Fonte: O Autor
Segundo SARAIVA (2005), o abate de árvores compreende três actividades: Actividades pré-corte,
corte de abate e actividades pós-corte:
a. Actividades pré-corte
As árvores devem ser preparadas para o corte observando os seguintes casos (SARAIVA, 2005):
Limpar o tronco a ser cortado, eliminando cipós caso existam, removendo eventuais casa
de cupins ou murches, ramos quebrados ou outros obstáculos situados próximos à árvore;
Preparar dois caminhos de fuga, onde a equipe deve se afastar no momento da queda da
árvore, sendo estes no sentido contrário à direcção de queda da árvore;
b. Corte
Para o corte, é comum a utilização da técnica padrão de corte quando se observa que o toro da
árvore seleccionada para o abate é de boa qualidade, ou seja, com pouca inclinação, sem sapopemas
e direcção natural de queda favorável à operação de arraste, caso haja existe uma técnica especial
para o abate. Entretanto, para o caso de plantações a ocorrência de defeitos é de pouca
possibilidade, o que leva a utilização da técnica padrão de abate, e esta consiste em uma sequência
de três cortes (SARAIVA, 2005):
No final, é realizado o corte de abate, no lado oposto ao corte direccional (boca), sendo a
uma altura de 30 cm em relação ao solo e a profundidade atinge metade do tronco.
c. Actividades pós-corte
Segundo WADOUSKI (1987), as variáveis que podem afectar a produtividade das máquinas são
aquelas passíveis de identificação imediata e directa, e as variáveis indirectas. As variáveis directas
compreendem os volumes a serem extraídos da floresta, a extensão da área a explorar, as
características dos fustes, a percentagem e o diâmetro dos galhos, a topografia, a natureza dos solos
e a sua distribuição geográfica, a malha viária, a distância média de arraste, a intensidade e a
distribuição das chuvas e as necessidades de sortimentos diversos.
Segundo MACHADO & MALINOVSKI (1988), foi TAYLOR no século XX, quem realizou em
uma empresa as primeiras averiguações sobre o trabalho e a produtividade, bem como o estudo dos
tempos e movimentos. Através deste primeiro estudo ele descobriu falhas no desenrolar e no
processo do trabalho. Com base nas informações obtidas, estabeleceu mudanças correctivas e
alcançou um considerável aumento de produtividade, evidenciando a importância da
cronometragem do tempo no trabalho.
WADOUSKI (1987), enfatiza que cada vez mais as diferenças de eficiência observadas entre as
empresas, especialmente no que se refere às fases de colheita, extracção e transporte florestal, terão
como causa a qualidade da organização, a precisão e objectividade do planeamento das operações.
Segundo MACHADO (1989), o índice mínimo de eficiência operacional das máquinas florestais
utilizadas na colheita e extracção de madeira deve ser de 70%, e para manter elevado o índice de
disponibilidade mecânica, ou seja, o aproveitamento do tempo disponível para a realização da
actividade florestal, a empresa deve ter um programa de manutenção preventiva eficiente.
O dia da semana.
Além da necessidade de redução contínua dos custos de manutenção, torna-se necessário o aumento
da disponibilidade e confiabilidade das máquinas e equipamentos, pois são factores fundamentais
para o melhor rendimento dos processos produtivos dentro das empresas. A disponibilidade
mecânica é um indicador que auxilia o produtor na verificação de possíveis entraves e atrasos que
poderá ocorrer nas operações (BERTIN, 2010).
Para SANT'ANNA JR. (2002), o planeamento operacional é importante para que uma empresa
florestal possa elevar o seu nível de mecanização e abordar as fases a serem seguidas, buscando
demonstrar a necessidade do conhecimento das variáveis de produção, fornecendo à fase de
execução o maior volume de subsídios para a realização da mesma. Antes de começar a colheita
de madeira a empresa deve esclarecer o propósito de sua colheita, através da formulação e da
ordenação de objectivos numa sequência lógica no tempo, para que a sua meta possa ser cumprida
(KANTOLA & HARSTELA, 1994).
As primeiras aferições de trabalho e produtividade com o estudo de tempos foi feito por Taylor, no
ano de 1881, ele efectuou pela primeira vez o estudo de tempos e movimentos em sua empresa.
Com esse estudo ele detectou algumas falhas dentro dos processos de trabalho. Após isso foram
aplicadas providencias para a correcção dessas falhas, obtendo um aumento considerável em sua
produtividade (MINETTE, 1988).
A actividade de colheita florestal e suas etapas apresenta potencial de alteração do meio ambiente,
principalmente no meio biofísico, tal etapa ocasiona impactos adversos, onde se pode relatar: no
meio biótico, os prejuízos às cepas, no meio antrópico, o aspecto estético e da paisagem () e no
meio físico, o encadeamento da compactação do solo (FENNER, 2002; SOUZA & MACHADO,
1985; MACHADO & LOPES, 2002). Segundo ANDRADE (1998), a colheita florestal planeada e
executada com rigorosos critérios técnicos causa baixo impacto ambiental nos meios físico, biótico
e antrópico, como também proporciona significativa redução nos custos totais da colheita de
madeira.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Localização da área de estudo
O estudo foi realizado nas plantações de Pinus na unidade de Penhalonga, Posto administrativo de
Machipanda, distrito de Manica. O distrito localiza-se a Oeste da Província de Manica, com
formato alongado e estreito, limitado a Norte pelo distrito de Bárue, a sul pelo distrito de
Sussundenga, a este pelo distrito de Gondola e a Oeste, em toda a sua extensão pela República de
Zimbabwe (MAE, 2005). A figura 3 mostra a localização da localidade de Penhalonga.
A temperatura média anual é de 21,2 ˚C. A média dos valores máximos e de 28,4 com os valores
extremos de 30,9 em Outubro e 24,4 ˚C Julho, a média anual dos valores mínimos e de 14.0 ˚C
com valores mensais extremos de 18,5 ˚C em Fevereiro e no verão e 7,3 ˚C em Julho no inverno
(MAE, 2005).
A estação das chuvas tem início no mês de Novembro e seu término no mês de Abril. O balanço
hídrico permite apurar que o período de excesso de água ocorre no mês de Novembro a Março, no
qual a precipitação é maior em relação a quantidade de evapotranspiração (MAE, 2005).
A região de Manica é drenada pelo rio Revuè e seus afluentes. Por sua vez, este drena as suas águas
no rio Búzi que é a bacia hidrográfica principal (MAE, 2005).
Em geral, os solos são desenvolvidos sobre materiais do soco do pré-câmbrico, rochas ácidas como
granito e gnaisse. Sendo basicamente solos argilosos vermelhos óxidos ou castanhos avermelhados,
profundos, drenados, e a topografia é suavemente ondulada; nos declives superior e os cumes das
montanhas e nos afloramentos rochosos os solos são líticos, com textura franco arenoso, pouco
profundos e drenagem excessiva (DNAL, 2014).
3.1.3. Geologia
O Distrito de Manica é constituído por rochas eruptivas e terciárias e pré-câmbricas, com
predominância nas zonas de encostas montanhosas estendendo-se no sentido Norte – Sul, devido
a estas características geológicas (DNAL, 2014).
Fez-se a análise operacional da Motosserra husqvarna e Bell Telelogger 220A nas actividades de
corte e extracção. A tabela 1 apresenta as características das máquinas que foram avaliadas:
3.1. Materiais
Na tabela 2 encontram-se descritos materiais e equipamentos utilizados na colecta de dados e sua
finalidade.
3.2. Métodos
3.2.1. Colecta de dados
Foram acompanhadas actividades referentes ao corte e extracção de toros por meio da motosserra
e tractor Telelogger 220A durante 4 jornadas de trabalho onde foram colectados dados referentes
ao tempo com recurso ao cronómetro e produção (volume dos toros) com recurso a uma fita métrica
para cada tecnologia de forma separada. No âmbito das observações foram colectados dados em
89 ciclos operacionais da Motosserra e 69 do tractor Telelogger 220A.
O ciclo operacional do tractor florestal Telelogger foi dividido segundo o modelo proposto por
LACERDA, et al., (2015), que considera o deslocamento vazio, carregamento, deslocamento
carregado e descarregamento.
Durante o período das observações foram utilizados pela empresa dois sistemas de colheita que
compreenderam o sistema de toros curtos e o sistema de toros compridos.
a) Corte
Foram acompanhadas actividades de corte de acordo com as orientações da empresa e esta foi
realizada com recurso à motosserra. Fez-se primeiro o abate seguido do processamento que
consistiu no destopo, desrame e seccionamento. O corte de abate obedece a técnica padrão que
consistiu na abertura do ângulo da queda seguido do corte para a queda ou seja, abate.
b) Extracção
A extracção foi realizada pelo método de baldeio que consistiu no deslocamento da madeira do
interior do talhão para a margem sem contacto com o solo, por meio do Telelogger de carga, sendo
a madeira suspensa através do braço hidráulico.
Fez-se a cronometragem pelo método multimomento com recurso a um (1) cronómetro que girava
continuamente sem parar, e o tempo foi observado em intervalos de 2 minutos, em actividades
parciais que foram sendo desenvolvidas e fez-se a marcação no formulário de tempos de trabalho
que consta no anexo 1.
O método de tempos contínuos foi utilizado para acumular o tempo total por cada ciclo, o
correspondente ao tempo em que decorre todo o trabalho e serviu de controlo entre o tempo total
passado durante a observação e o somatório dos tempos correspondentes a cada elemento do ciclo
(BATISTA, 2008). O tempo foi registado em minutos e a unidade de observação foi o elemento do
ciclo representado por todas as actividades desenvolvidas no corte e extracção de cada árvore.
As horas paradas das máquinas analisadas resultaram da adição das horas em que a máquina esteve
parada, tempo de deslocamento das máquinas, interrupção por chuva, reparos (Manutenção
correctiva), manutenção preventiva, trocas de operador ou turnos e outros, e foram obtidas a partir
da equação 1, proposta por CECHIN (2000):
𝑃𝐴 = 𝐷𝐸 + 𝐶𝐻 + 𝐹𝑂 + 𝑅𝐸 + 𝑀𝐴 + 𝑇𝑅 + 𝑂𝑈 Equação [1]
Onde:
PA = horas em que a máquina esteve parada;
CH = chuva;
OU = outros.
b) Horas efectivas
As horas do trabalho efectivo foram obtidas a partir do somatório das horas em que a máquina
esteve a trabalhar directamente com a matéria-prima ou seja, da adição do tempo de trabalho nos
elementos do ciclo operacional para cada tecnologia.
As horas totais foram determinadas através da equação 2 proposta por LINHARES, et al., (2012):
HT = HE + PA Equação [2]
Onde:
O volume foi determinado a partir da cubagem de SMAILAN utilizada pela empresa, expressa pela
equação 3.
𝜋
𝑉= (𝑑𝑏2 + 𝑑𝑡 2 ) 𝐿 Equação [3]
8
Onde:
Para a presente pesquisa foram considerados ciclos completos, viagem para abate e/ou
processamento (Motosserra) e viagem para carregamento (tractor Telelogger 220A).
Inicialmente foi realizado um estudo de tempos e movimentos piloto das máquinas na actividade
de colheita, procurando definir o número de ciclos necessários para compor a amostra, de modo a
proporcionar um erro de amostragem máximo de 10%, determinado a partir da equação 4, e a
fórmula resultou em 71 ciclos para a Motosserra e 31 ciclos para o tractor Telelogger 220A.
t2 +CV2 𝑆𝑥
n> ,e 𝐶𝑉 = Equação [4]
E2 𝑋̅
Onde:
𝐻−𝑇𝑃𝑀
𝐷𝑀 = × 100 Equação [5]
𝐻
Onde:
ℎ𝑒
𝐺𝑈 = × 100 Equação [6]
(ℎ𝑒+ℎ𝑝)
Onde:
GU = grau de utilização das máquinas avaliadas (%); He = horas efectivas do turno de trabalho (h);
Hp = horas paradas operacionais (h).
𝐷𝑀×𝐺𝑈
𝐸𝑂 = Equação [7]
100
Onde:
No decorrer das observações foram medidos cerca de 385 toros durante as observações do trabalho
da Motosserra e 353 durante o trabalho do Telelogger, e uma média de volume igual á 0,4041 m3
e 0,3494 m3 respectivamente.
O tempo trabalhado foi considerado como o número total de horas sem interrupções mecânicas e
operacionais. Para o efeito foi utilizada a equação 8, para a determinação.
(𝑛𝑡×𝑣𝑡)
𝑃𝑟𝑜𝑑 = Equação [8]
ℎ𝑒
Onde:
prod = produtividade (m3.h-1); na = número de toros (unidades); Va = volume médio por toro (m3);
he = horas do trabalho efectivo (h).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Corte e
Parada Processamento
Parada 38.6% 37.9%
Manutenção
Deslocamento
Limpeza
Corte e processamento Limpeza Manutenção
Deslocamentos 6.5%
5.4%
7.1%
Durante as observações verificou-se que o tempo trabalhado foi estimado em cerca de 56% do
tempo total programado para o trabalho resultantes das etapas de deslocamento vazio,
carregamento, deslocamento carregado e descarregamento.
Observa-se na figura 5 que, 44% do tempo programado para as actividades foi gasto pelas
interrupções de carácter operacional e não operacional compostas por Tempo ocioso, Manutenção
e Paradas. O destaque das interrupções foi para as “Paradas” que tomaram cerca de 36% do tempo
total, as demais interrupções começam a reduzir seu percentual até 3%.
As interrupções registadas para o Telelogger no presente estudo foram iguais se comparadas aos
de ALVES, SCHELBAUER, SANTOS, & ROBERT (2014), que registaram 44% do tempo total
gasto pelas interrupções referentes á pausas e manutenção correctiva na extracção de madeira
através de um Skidder e superaram os registo obtido por SILVA, et al., (2018), que obteve 31% do
tempo total gasto pelas interrupções de interrupções em uma avaliação operacional.
Os registos obtidos no presente estudo e no estudo referenciado acima são menores em relação aos
de FIEDLER, ROCHA, & LOPES (2008), que registaram cerca de 67% do tempo total gasto pelas
interrupções.
Porém, fazendo uma análise do período de observações verifica-se que houve aproveitamento do
tempo programado para as actividades mas, tal aproveitamento não esteve muito distante das
interrupções, ou seja, houve um equilíbrio entre o tempo produtivo e não produtivo, o que indica a
razão da ineficiência das máquinas durante a execução das actividades.
Algumas das causas das interrupções foi em algumas jornas o cumprimentos de metas, dependência
de transporte para ida e volta do campo e itens como manutenção das máquinas e tempo ocioso.
Os itens descritos foram os que mais contribuíram na redução do tempo efectivo.
4.2. Análise técnica das máquinas avaliadas
A análise técnica foi efectuada para a Motosserra e o Telelogger nas variáveis de Disponibilidade
Mecânica, Taxa de Utilização, Eficiência e produtividade operacional da Motosserra e Telelogger,
na qual segundo MACHADO (1989), as linhas óptimas de aceitação para estas variáveis, devem
ser sempre iguais ou superiores à 70%.
Os equipamentos em análise estão com maior tempo de uso e tiveram registos de disponibilidade
mecânica no intervalo de 90% á 96.3% para a Motosserra, e no intervalo de 96% á 100%, para o
Telelogger como é referenciado na figura 6. Os percentuais obtidos são classificados como
satisfatórios se comparados com a recomendação de MACHADO (2002), que sugere que a
disponibilidade Mecânica dos equipamentos florestais esteja em torno de 92% para equipamentos
novos e 85% para equipamentos com maior tempo de uso. A média dos percentuais de
disponibilidade obtidos para a Motosserra e o Telelogger são supeiores á média obtida por
FIEDLER et al., (2008), que foi de 90% e também foi superior aos percentuais de disponibilidade
Mecânica obtidos por CARMO, SILVA, FIEDLER, PAULA, & MORAES (2012), que obteve
registros entre 82% á 88.15%.
De modo geral, o bom estado de conservação dos equipamentos influenciou na obtenção dos altos
percentuais de disponibilidade mecânica obtidos tanto para a Motosserra quanto para o Telelogger.
Como indica a figura 7, os registos do Grau de Utilização obtidos para a Motosserra encontram-se
no intervalo entre 52.8% á 68.3%. A percentagem dos graus de utilização obtidos parara a
Motosserra foram inferiores em relação aos recomendados por MACHADO (1989), para os
equipamentos florestais que deve ser igual ou superior a 70%, revelando uma insatisfação nesta
variável. No entanto, na jornada 4 registou-se um Grau de Utilização muito próximo ao mínimo
recomendado registando uma diferença de cerca de 1.7%. O baixo Grau de Utilização Mecânica
para o trabalho da motosserra deve-se ao elevado esforço físico que o operador exerce nesta
actividade pela actividade estar sendo executada de forma semi-mecanizada (CANTO, 2006).
Para o Telelogger os registos foram de 38.1% e 82.5% nas jornas 1 e 2, respectivamente. O Grau
de Utilização mecânica superior foi observado na segunda jornada de trabalho do Telelogger, um
registo que ultrapassou a taxa mínima chegando a 82.5%, um registo superior ao obtido por
CANTO et al., (2001), que tiveram registos entre 70% á 78%. Este registo também esteve entre os
registos obtidos por CARMO, et al., (2012), que obtiveram graus de utilização entre 72.13% á
85.42%, revelando-se desta forma um registo alto.
É importante ressaltar que uma das causas deste baixo grau de utilização mecânica são as paradas
operacionais e não disponibilidade de matéria-prima para o decorrer do trabalho visto que o
Telelogger depende do trabalho da Motosserra para que as suas actividades prossigam.
80%
70% 64%
60% 52% 52%
48%
50% Motosserra
37%
40% Telelogger
30%
20%
10%
0 1 2 3 4
Jornadas de trabalho (8h/Jorna)
A eficiência operacional para a Motosserra encontrada foi baixa em relação a obtida pelos autores
referenciados acima mas, ela varia para cada equipe e pode ser explicada pelo desgaste do operador
na realização da operação de limpeza manual e o desrame pela motosserra devido ao elevado
comprimento que as árvores apresentam. Quanto mais esforço físico a actividade exige, maior é o
tempo de pausa durante o ciclo de trabalho, prejudicando assim a eficiência da operação. Outro
factor é o grau de depreciação das máquinas utilizadas na actividade, causando aumento do tempo
de paradas operacionais.
Para o Telelogger, os registos de eficiência obtidos foram de 37% e 82% na primeira e segunda
jornada, respectivamente e segundo a literatura recomenda para a extracção mecanizada uma taxa
mínima de eficiência operacional em torno de 70% pelo método de baldeio (MACHADO 1989).
Como indica a figura 8 entre as percentuais de eficiência operacional do Telelogger, apenas foi
obtida uma percentagem aceitável na segunda jornada com 82% acima do mínimo estabelecido
para esta variável, e encontra-se acima do valor obtido por LOPES, et al., (2016), que na extracção
através do FORWARDER no desbaste comercial de Pinus tiveram 62% e SANTOS, et al., (2013),
que num sistema mecanizado de extracção de Eucalipto usando CLAMBUNK SKIDDER tiveram
78.30% .
A baixa eficiência operacional da extracção na primeira jorna pode ser explicada pelas poucas
horas em que as actividades decorreram devido á dependência por transporte e cumprimento de
metas.
19.5
20.0
Produtividade (m3/he)
11.0
15.0 10.9 10.6
9.1 7.7
10.0 Motosserra
5.0 Telelogger
0.0
1 2 3 4
Jornadas de trabalho (8h/Jorna)
A produtividade operacional obtida para a motosserra não teve grande variação entre as três
primeiras jornas observadas, na qual a jorna 4 teve uma ligeira variação em relação às restantes.
Desta forma, os registos da Motosserra estiveram entre 7,7 m3/he á 10,9 m3/he e encontram-se
acima da produtividade mínima de 2.7 m3/he estabelecida por MACHADO (2008).
A produtividade operacional média obtida no presente estudo foi superior a de ANDREON (2011),
que no estudo sobre análise de custos do corte florestal semi-mecanizado de Eucalipto através da
Motosserra Stihl em região declivosa no sul do espírito santo teve 7.59 m3/he e LEITE,
FERNANDES, GUEDES, & AMARAL (2014), obtiveram Produtividade Operacional nos valores
entre 4.69 m3/he á 5.73 m3/he no estudo sobre análise técnica e de custos do corte florestal semi-
mecanizado em povoamentos de Eucalipto em diferentes espaçamentos.
A Motosserra apresentou uma produtividade operacional aceitável e satisfaz as metas da empresa.
Entretanto, é eficaz no que diz respeito á produção ideal para a tecnologia em plantações florestais,
para o ritmo de realização das actividades.
Para o Telelogger, a produtividade obtida por cada hora efectiva em cada jorna foi de 19.5 m3/he e
11 m3/he nas jornas I e II, respectivamente. Tais resultados são maiores que os obtidos por LOPES
& DINIZ (2015), que no estudo de produtividade do tractor florestal chocker skidder na extracção
de madeira nas mesmas condições do sistema florestal e terreno obtiveram 17,56 m³/he e 11,92
m3/he.
5. CONCLUSÃO
De acordo com os resultados obtidos no presente estudo é possível concluir que os elementos
parciais das actividades apresentaram alto tempo de pausas operacionais e não operacionais onde
as interrupções ocuparam maior percentual do tempo durante as observações da Motosserra e
Telelogger, na qual as paradas marcaram o trabalho da Motosserra e o tempo ocioso marcou o
trabalho do Telelogger. No que diz respeito a utilização do tempo, alerta-se que as operações
necessitam de melhorias, de forma a atender todas as frentes de serviço.
6. RECOMENDAÇÕES
De acordo com os resultados obtidos e conclusões, recomenda-se o seguinte:
O planeamento das actividades e a sua alocação devem ser antecipadas para aumentar a
produção horária, grau de utilização e a sua eficiência na execução do trabalho florestal;
A planificação das actividades deve ser de acordo com a real condição de trabalho das
máquinas e operadores tanto como as condições do terreno;
Maior controlo das equipes alocadas para o trabalho, de forma a garantir a diminuição do
elevado percentual de paradas operacionais durante a jornada;
Definição do tempo total a ser trabalhado por cada jorna;
Aumentar o numero de trabalhadores nas actividades de corte (abate e processamento) e
extracção;
Aos investigadores:
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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8. ANEXOS
Amostragem Multimomento
Empresa:__________
Observador:__________________
Amostragem Multimomento
Empresa:__________ Data:__/__/____
Observador__________________
Hora Obs. #Código Hora Obs. #Código Hora Obs. #Código Hora Obs. #Código
11h01 13h01 14h01 15h01
11h03 13h03 14h03 15h03
11h05 13h05 14h05 15h05
11h07 13h07 14h07 15h07
11h09 13h09 14h09 15h09
11h11 13h11 14h11 15h11
11h13 13h13 14h13 15h13
11h15 13h15 14h15 15h15
11h17 13h17 14h17 15h17
11h19 13h19 14h19 15h19
11h21 13h21 14h21 15h21
11h23 13h23 14h23 15h23
11h25 13h25 14h25 15h25
11h27 13h27 14h27 15h27
11h29 13h29 14h29 15h29
11h31 13h31 14h31 15h31
11h33 13h33 14h33 15h33
11h35 13h35 14h35 15h35
11h37 13h37 14h37 15h37
11h39 13h39 14h39 15h39
11h41 13h41 14h41 15h41
11h43 13h43 14h43 15h43
11h45 13h45 14h45 15h45
11h47 13h47 14h47 15h47
11h49 13h49 14h49 15h49
11h51 13h51 14h51 15h51
11h53 13h53 14h53 15h53
11h55 13h55 14h55 15h55
11h57 13h57 14h57 15h57
11h59 13h59 14h59 15h59