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Coordenação Geral:
Hugo Caruso
Coordenação Editorial:
Karina Fontes Coelho Leandro
1.1 Introdução........................................................................................................................7
3.6. Responsabilidades..................................................................................................... 51
3.7. Credenciamento......................................................................................................... 53
3.9.4. Homogeneizador........................................................................................................ 59
3.9.5. Lupa.................................................................................................................................. 60
3.9.10. Pinça.............................................................................................................................. 62
Bibliografia consultada........................................................................................................... 87
Apresentação
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1.1 Introdução
Os resultados promissores alcançados pelos setores da economia ligados à indústria, tecnologia,
construção civil, que têm a certificação como passaporte para o mercado externo ou ainda como
requisito para participação em licitações públicas, vêm se tornando modelo para o setor primário,
em especial para as cooperativas e empresas agrícolas, permitindo a consolidação de mercados já
conquistados e a abertura de novas oportunidades de comercialização.
E quando o assunto é certificação, é quase consenso entre o empresariado, excetuando-se aqueles
que atuam no setor primário, que a adequação a uma norma ISO é extremamente relevante, pelo
significado que tal selo representa, sendo associado automaticamente a: agilidade, eficiência e garantia
de qualidade do produto ou serviço.
A busca por qualidade na produção de alimentos tem mostrado um crescimento constante na última
década, impulsionada pelas mudanças nas preferências dos consumidores, os quais estão dispostos a
pagar mais por produtos que apresentem atributos desejáveis.
Tais possibilidades de segmentação e diferenciação estão entre os fatores mais relevantes que
influenciam a competitividade dos produtos agroindustriais.
A adoção orientada de programas de qualidade na agroindústria é um processo irreversível e visa
atender às recentes exigências dos mercados, que vêm trabalhando no monitoramento da cadeia
produtiva, com enfoque na segurança alimentar e energética voltada, sobretudo, para a preservação
da saúde dos consumidores.
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A missão da empresa deve ser definida, em função dos contratos com os fornecedores e clientes,
cujos termos orientarão e delimitarão a ação proposta. A partir daí, mediante o gerenciamento dos
processos, deve-se buscar a racionalização e o aperfeiçoamento dos produtos e serviços.
Os princípios básicos que norteiam os programas de qualidade incluem parâmetros importantes
como organização, limpeza, higiene e segurança. Para que possam ser implementados, tais programas
requerem delegação de competência, gerência participativa, contínuo aperfeiçoamento dos envolvidos
e busca constante de informações.
As atividades devem ser multidisciplinares e interinstitucionais com o objetivo de produzir soluções
sob medida para problemas específicos, mediante a aplicação de tecnologias que otimizem as
oportunidades e os recursos existentes.
A base estratégica do processo de decisão deve levar em consideração as percepções dos
consumidores, avaliação de risco e exigências de qualidade da sociedade, contextos socioeconômicos
locais, regionais, nacionais e internacionais, regulamentos existentes e pretendidos, normas de
qualidade, padronização e legislação e respeito aos regulamentos internacionais pertinentes.
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1.3. Importância da classificação no controle de qualidade
Quando manuseamos produtos agrícolas, a identificação da qualidade requer o conhecimento de
atributos físicos, químicos e biológicos, sendo que neste contexto a classificação vegetal constitui-se
uma ferramenta importante e imprescindível, quando adequadamente utilizada.
Portanto, faz-se necessário um entendimento claro dos termos PADRÃO, CLASSIFICAÇÃO
e TIPO.
Tais termos indicam a qualidade de um produto, podendo representar vantagens ou limitações da
condição do grão, associadas à sua tipificação.
Sempre que mencionamos aspectos relacionados ao controle ou à manutenção da qualidade dos
produtos agrícolas, devemos lembrar que, neste contexto, a classificação vegetal, sem dúvida, assume
um papel relevante.
E, ao aceitarmos a classificação como sendo um dos instrumentos disponíveis ao controle de
qualidade, devemos considerar principalmente a destinação do produto, ou seja, o armazenamento
por períodos de tempo variáveis, ou o processamento, que poderá ser para fins de consumo humano
ou animal.
Nas duas situações mencionadas, é imprescindível que se tenha um “diagnóstico”, um raio X do
produto, obtido pela análise minuciosa de uma amostra representativa do lote a ser manuseado.
A esse procedimento chamamos de CLASSIFICAÇÃO, que nada mais é do que a determinação
das características intrínsecas e extrínsecas de um produto, com base em PADRÕES
QUALITATIVOS previamente elaborados.
Vem a ser um serviço auxiliar da comercialização que objetiva aproximar os diferentes agentes do
mercado e estabelecer parâmetros de qualidade a serem praticados pelos diversos segmentos
envolvidos.
A classificação inicia-se com a amostragem e neste ponto temos a identificação do lote, quanto à
sua uniformidade ou à presença de pontos de deterioração ou de focos de infestação por insetos.
O documento expedido após a classificação do produto visa proteger ambas as partes envolvidas na
comercialização, ou seja, o comprador e o vendedor.
A análise de um produto tem como função básica verificar a sua QUALIDADE, com a consequente
avaliação do processo de manipulação e de controle pelos quais o produto foi submetido, permitindo
ainda o conhecimento do seu potencial de armazenamento ou de utilização.
Por sua vez, a QUALIDADE pode ser entendida como sendo o atendimento das necessidades ou
aspirações do usuário, seja ele uma pessoa ou uma empresa.
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As diversas etapas do controle de qualidade incluem a interpretação de uma “norma” ou de uma
“especificação” aplicável ao produto objeto da inspeção.
Á luz destes parâmetros, cabe ao profissional responsável pelo controle de qualidade o conhecimento
das normas e das especificações a serem seguidas, a informação de como medir ou analisar os
parâmetros a serem trabalhados, e ainda como interpretar os resultados obtidos.
O trabalho de interpretação dos resultados da inspeção do produto final deve ser realizado por um
técnico que tenha inclusive conhecimentos sobre a elaboração do produto e de como as variáveis
referentes à matéria-prima e processo interferem na sua qualidade.
É através da classificação que preços diferenciados, de acordo com a qualidade do produto, são
estabelecidos no mercado, exercendo assim uma arbitragem entre compradores e vendedores. É
uma atividade que requer normatização sistematizada para sua execução, bem como equipamentos
específicos e a especialização técnica de seus executores, dadas a sua importância no mercado, a
diversificação da produção agrícola e a sua amplitude de ação.
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1.4. Adequação das empresas às normas de certificação
Ainda que ciente das vantagens advindas com a certificação, a dificuldade das empresas reside
principalmente na identificação do momento e na escolha do procedimento adequados para iniciar
um processo de certificação.
Tal decisão requer o conhecimento pleno de todos os objetos e processos de uma organização para
que as alternativas possam ser pensadas e criadas.
O conhecimento de toda a empresa inicia-se com investimentos em capacitação do pessoal,
implementado pelo setor de recursos humanos, podendo contar ainda com a contratação de
assessorias especializadas.
Faz-se necessário o envolvimento de todos, inclusive dos dirigentes máximos, para garantir que os
princípios da nova norma sejam realmente aplicados.
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Cada membro interessado em uma matéria, para qual um comitê técnico foi estabelecido, tem o
direito de ser representado neste comitê. As organizações internacionais, governamentais e não
governamentais ligadas à ISO também participam deste trabalho.
Os registros de estandardizações internacionais adotados pelos comitês técnicos são circulados pelos
membros para aprovação antes de serem aceitos como Normas Internacionais pelo Conselho ISO.
Eles são aprovados mediante os procedimentos necessários ISO, através de votação dos membros
com aprovação de no mínimo 75% dos votos.
Todas as Normas Internacionais são revistas periodicamente para adequação dos procedimentos
entre os participantes.
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1.6. Programas de certificação e rastreabilidade de
produtos agrícolas
As atuais iniciativas voltadas para a reorientação da política agrária mundial têm retratado as tendên-
cias futuras favoráveis à proposição de políticas nacionais e internacionais visando apoiar iniciativas
que orientem esforços para propiciar programas de redução de contaminações nos alimentos e o
desenvolvimento da agricultura sustentável.
As decisões de compra de alimentos, tradicionalmente baseadas em aspectos como variedade,
conveniência, estabilidade de preço e valor, receberam parâmetros adicionais relacionado à qualidade,
nutrição, sustentabilidade ambiental e segurança.
Os conceitos de segurança relacionados aos alimentos vêm sendo percebidos de maneira diferente
no mercado globalizado, sendo que, para os países desenvolvidos, o enfoque está voltado para a
saúde pública (“food safety”), enquanto, para os países em desenvolvimento, esse conceito relaciona-
se a problemas de acesso a padrões nutricionais suficientes do alimento (“food security”);
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permitir ao cliente parâmetros de avaliação da conformidade e segurança do produto adquirido.
A busca pelo controle e conhecimento dos fatores explicativos de origem e produção dos bens
e serviços, aliada à qualidade ambiental como base do desenvolvimento sustentável, criaram uma
demanda espontânea para os processos de certificação.
De forma equivocada, a certificação vem sendo associada a processos puramente burocráticos e
onerosos, como se todo o processo objetivasse simplesmente ao pagamento de mais uma taxa e à
obtenção de mais um selo ou carimbo.
Entretanto, face à implementação do livre comércio consolidado pelos acordos e blocos recepciona-
dos pela OMC, esses procedimentos de controle e qualidade são a garantia de segurança das partes
envolvidas.
A incorporação de atributos de qualidade, passíveis de certificação, é apresentada como um
instrumento de concorrência do produto final, que sobretudo permite a agregação de valores ao
segmento agroindustrial.
Tais atributos incluem uma ampla gama de conceitos, que vão desde as características físicas, como
origens, variedades, cor e tamanho, até preocupações de ordem ambiental e social, como os sistemas
de produção e as condições da mão de obra sob as quais o produto é obtido.
Toda e qualquer certificação requer projeto específico, com definição de responsabilidades e de
direitos, devidamente documentados em contratos, devendo atender às diretrizes estabelecidas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
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Comumente o processo de certificação tem início com a inspeção prévia dos locais onde os
produtos serão cultivados e continua nas demais fases de plantio, desenvolvimento vegetativo,
floração, maturação, colheita e em todos os processos de pós-colheita, até a emissão do respectivo
documento de certificação.
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Os principais produtos agrícolas certificados, disponíveis no mercado na-
cional, são o açúcar (branco e mascavo), algodão, cacau, café (verde, tor-
rado e moído, solúvel), castanha de caju, cereais e farinhas (arroz, trigo),
erva mate, extratos fitoterápicos de ervas medicinais e frutas, fécula de
mandioca, feijão, frutas (abacaxi, acerola, banana, citrus, coco, goiaba, man-
ga, maracujá, melão, morango, uva), frutas desidratadas, polpa de frutas,
suco de laranja, gado de corte, gado de leite e laticínios, geleias, gengibre,
guaraná, mel, óleo de babaçu, óleo de girassol, palma de dendê (óleo cru,
oleína), palmito, soja (grão, farinha, leite e óleo) e urucum.
O segmento de cafés especiais representa um setor importante do agronegócio nacional,
correspondendo atualmente a cerca de 12% do mercado internacional da bebida.
Os atributos de qualidade do café cobrem uma ampla gama de conceitos,
que vão desde características físicas, como origens, variedades, cor e
tamanho, até preocupações de ordem ambiental e social, como os
sistemas de produção e as condições da mão de obra sob as quais o café
é produzido, com destaque para os programas Café Gourmet, Selo de
Origem, Café Orgânico e Café Fair Trade, que além do monitoramento,
incorporaram ainda a prática da rastreabilidade.
Nos cafés certificados como orgânico e fair trade, que além de atributos
físicos, como aroma e sabor, também incorporam preocupações de ordem ambiental e social, o
problema de mensuração das informações pelo consumidor é muito mais complexo.
Também conhecidos como cafés conscientes, esses segmentos estão ampliando sua parcela no
mercado de cafés especiais, dado o aumento da preocupação com as dimensões ambientais e sociais
nos padrões de consumo, o que tem estimulado as preferências por bens produzidos de forma
sustentável.
O consumidor, contudo, não consegue distinguir, mesmo após saborear a bebida, se ela possui os
atributos por ele desejados. São os chamados bens de crença.
Nesses casos, o fortalecimento da confiança no organismo certificador estimula a comprovação dos
atributos contidos no selo impresso na embalagem.
Para isso, é necessário criar uma reputação, ou seja, relações de confiança, que só se estabelecem no
longo prazo. Além disso, é preciso monitorar - ou rastrear - todo o caminho do produto ao longo
do sistema produtivo, para reduzir perdas de informação ao longo do processo.
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Dentro do Sistema Nacional de Classificação, incluindo a conformidade dos pro-
dutos, serviços e processos, cabe ao Ministério da Agricultura a responsabilidade
pela supervisão técnica e fiscalização daqueles envolvidos que venham a optar
pela certificação voluntária, conforme estabelecido no artigo 29 do Decreto
6.268 de 22.11.07, observando-se que as definições, os conceitos, os objetivos,
os campos de aplicação, a forma de certificação e as condições gerais para a
adoção dessas ações previstas ainda serão fixadas pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
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Unidade 2: Procedimentos operacionais da
classificação de produtos vegetais
2.1. Amostragem
A amostragem dos grãos é a prática que consiste em se obter uma porção representativa de um lote
ou volume do qual se origina, objetivando o conhecimento da sua qualidade, devendo ser observadas
determinações contidas no Capítulo IV do Decreto 6.268, de 22 de novembro de 2007.
A metodologia, os critérios e os procedimentos necessários à amostragem, confecção, guarda,
conservação, autenticação e identificação das amostras serão fixados pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, cabendo ao proprietário, possuidor, detentor ou transportador arcar com
a identificação e com a movimentação do produto a ser amostrado, independentemente da forma
em que se encontrem, propiciando as condições necessárias à sua adequada amostragem.
As amostras coletadas, que servirão de base à realização da classificação, deverão conter os dados
necessários à identificação do interessado ou solicitante da classificação e do produto, observando-
se as seguintes condições:
A) Nas operações de compra e venda ou doação pelo Poder Público, a amostragem e a confecção
das amostras para a classificação serão realizadas por entidade credenciada;
B) Na classificação de produtos importados, a amostragem e a confecção das amostras serão
realizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou pela entidade credenciada
que prestar apoio operacional;
C) Na classificação de produtos destinados diretamente à alimentação humana, a amostragem e
a confecção das amostras serão de responsabilidade da entidade credenciada ou do interessado,
devendo ser observados os mesmos critérios e procedimentos de amostragem fixados pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A finalidade da amostragem é obter uma amostra de tamanho adequado para os testes, na qual
estejam presentes os mesmos componentes do lote a ser classificado e em proporções semelhantes.
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É uma quantidade do produto, identificado por número, letra ou uma combinação dos
Lote dois, com especificações de identidade, qualidade e apresentação perfeitamente definidas;
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Figura 1 – Denominação e esquema de obtenção das amostras
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Figura 2 – Homogeneizador e divisor de amostras tipo Boerner
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2.1.3 Amostragem de produtos ensacados
Introduzir o calador de baixo para cima, Fazer um “X” com a ponta do calador no
e fazer um movimento de vai-e-vem, local perfurado para recompor as malhas
para facilitar o escoamento do produto; da sacaria.
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Em veículos de 30 a 500 toneladas, retirar amostras em, no mínimo, onze pontos.
Tabela 1 – Número de pontos a serem amostrados em veículos com mais de 500 toneladas
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Figura 3. Amostragem complementar na descarga do produto
Em silos ou graneleiros
• Nos silos, marque na superfície dos grãos cinco pontos para amostragem, sendo um deles
no centro;
• Em graneleiros ou piscinas, deve-se aumentar o número de pontos de coleta e distribuí-los
uniformemente em toda a superfície de grãos;
• Colete as amostras nas regiões marcadas, a cada metro de profundidade do silo ou grane-
leiro.
• A coleta poderá ainda ser efetuada em cada válvula de descarga ou esteira da célula, durante
a transilagem, com a duração mínima de 30 (trinta) minutos, variando-se o tempo em
função do fluxo de descarga.
Em armazém graneleiro
• Lote com até 100 (cem) toneladas: 10 (dez) coletas;
• Lote acima de 100 (cem) toneladas e até 500 (quinhentas) toneladas: 30 (trinta) coletas;
• Lote acima de 500 (quinhentas) toneladas: 30 (trinta) coletas, mais 15 (quinze) coletas para
cada série de 500 (quinhentas) toneladas ou fração excedente.
Em transportadores
• Coleta-se no mínimo 50 (cinquenta) quilos de amostra, em intervalo de tempo constante,
obedecendo os seguintes critérios:
• Lote com até 100 (cem) toneladas: 10 (dez) coletas, no mínimo;
• Lote acima de 100 (cem) toneladas e até 500 (quinhentas) toneladas: 30 (trinta) coletas, no
mínimo;
• Lote acima de 500 (quinhentas) toneladas: 30 (trinta) coletas, mais 15 (quinze) coletas para
cada série de 500 (quinhentas) toneladas ou fração excedente.
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• As amostras devem ser coletadas com caneco, na saída dos dutos de descarga ou nas es-
teiras.
Em navios
Recomenda-se a adoção dos procedimentos especificados a seguir, regulamentados pela Instrução
Normativa Nº 39/2017 do Ministério da Agricultura, que aprovou o funcionamento do Sistema
de Vigilância Agropecuária Internacional - VIGIAGRO, suas regras e os procedimentos técnicos,
administrativos e operacionais de controle e fiscalização executados nas operações de comércio e
trânsito internacional de produtos de interesse agropecuário, constante no “Manual do VIGIAGRO”,
disponível para livre consulta mediante acesso ao link:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/vigilancia-agropecuaria/manual-do-vigiagro
A Empresa Paranaense de Classificação de Produtos/CLASPAR adota o seguinte procedimento na
coleta de amostras no Porto de Paranaguá/PR: utilizando uma sonda de 1,85 m, são coletados 40 kg
de produto, em 36 (trinta e seis) tomadas ao acaso, em cada porão com capacidade aproximada de
7.000 toneladas.
À medida que o produto vai sendo descarregado, o procedimento deverá ser repetido, devido à
profundidade da massa de grãos e o cumprimento da sonda, sendo que nesse caso as amostras são
coletadas a cada 1,80 m de profundidade, o que corresponde a aproximadamente 1.000 toneladas
de produto.
Considerando que a capacidade dos porões varia de 3.500 a 7.000 t, recomenda-se a amostragem
ponderada, para que a amostra final represente o lote de todo o navio.
Para fins de orientação, as determinações da Umidade e do Peso Hectolitro, quando tratar-se do
trigo, deverão ser efetuadas separadamente, para cada porão.
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Figura 4 – Sonda manual e Caladores simples
b) Sondas manuais
São extratores metálicos utilizados na amostragem de grãos a granel. São providos de divisões
(septos) no seu interior, permitindo a retirada de muitas pequenas amostras de uma só vez, em várias
profundidades. São dotados de dupla tubulação, sendo que a tubulação interna pode ser movimentada
regulando a abertura dos orifícios da tubulação externa. Esse tipo de amostrador permite a adaptação
de um “T” na extremidade superior e um helicoide na ponta, facilitando a introdução na massa de
grãos pela torção, à semelhança de um parafuso (Figuras 4 e 5).
c) Sondas pneumáticas
São utilizadas em veículos, silos e graneleiros, retirando as amostras através da sucção dos grãos
(Figura 6). A utilização desses equipamentos na recepção de grãos é polêmica, visto que pode favo-
recer a retirada de grandes quantidades de impurezas leves, interferindo no resultado da avaliação
da amostra. Para contornar este problema, os fabricantes vêm aperfeiçoando os equipamentos de
sucção, dotando a extremidade das sondas com dispositivos de contrafluxos, de forma que simulta-
neamente à sucção o excesso de partículas leves é expelido pela parte central da tubulação.
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Figura 6 – Sonda pneumática
d) Sondas a vácuo
Foram desenvolvidas para atender ao sistema de amostragem observado principalmente nos portos,
quando os grãos estão acondicionados em compartimentos com grandes profundidades como os
porões de navios e barcaças, ou ainda armazenados em silos ou armazéns graneleiros. O sistema a
vácuo permite atingir profundidade de até 15 metros (Figura 7).
e) Sondas torpedo
São extratores utilizados para a coleta de amostras de produto a granel a grandes profundidades.
Possuem um cilindro metálico, cuja capacidade varia de 125 a 254 gramas, dotado de uma ponta na
extremidade inferior para facilitar a introdução na massa de grãos; na extremidade superior é acoplada
uma peça com rosca para encaixe de extensões para diferentes profundidades de amostragem. O
cilindro permanece fechado durante a sua introdução na massa de grãos, sendo que um movimento
em sentido contrário provoca a sua abertura e a consequente coleta da amostra (Figura 8).
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Figura 8 – Sonda torpedo
f ) Canecos
São coletores de amostras de produtos a granel em queda livre (dutos de descarga) ou na saída dos
transportadores como correias transportadoras, elevadores de caneca, rosca sem fim, dentre outros.
A caneca tipo Elis (Figura 9) pode ser utilizada na coleta manual de produtos em movimentação
pelas correias transportadoras. Os canecos são constituídos do bico onde é coletada a amostra e
de um cabo de extensão variável. Os canecos pelicanos geralmente são acoplados a cabos de maior
cumprimento (Figura 9). Podem ainda serem utilizados baldes plásticos para depósito de amostras
simples à medida que elas vão sendo retiradas, visando a posterior homogeneização.
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- 1 (uma) para o responsável pelo produto;
- 3 (três) para o órgão classificador/fiscalizador.
As três amostras recebidas pelo laboratório devem ser numeradas e codificadas, sendo a primeira
destinada às análises, a segunda arquivada pelo prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da
emissão do documento de classificação, de forma a garantir o direito de contestação mediante a
realização de arbitragens e a terceira, uma amostra de segurança ou para fins de análises adicionais.
Importante ressaltar que, na classificação de produtos vegetais importados, a arbitragem deverá ser
solicitada no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas contados a partir da data de emissão do
Certificado de Classificação de Produto Vegetal Importado.
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4) Dispensar cuidados especiais com as amostras, de forma a se evitar a trocas, identificando-as e
autenticando-as corretamente no momento e no local de amostragem;
5) Arquivar adequadamente as amostras em local apropriado quanto às condições de ventilação e
umidade do ar, utilizando armários abertos, tipo prateleiras, observando ainda:
a) as condições de segurança do local, que não deve ser acessível às pessoas estranhas ao
serviço;
b) a organização das amostras de acordo com a espécie e a época de amostragem, de forma
a facilitar a sua localização, quando requisitada;
c) a não exposição das amostras aos raios solares, à chuva ou ao vento, em qualquer fase do
seu manuseio;
d) a não exposição das amostras a pássaros ou roedores;
e) a realização do expurgo das amostras ao menor sinal de infestação, durante o período
recomendado para o seu arquivamento.
A umidade contida nos grãos em base seca é determinada pela razão entre o peso da água (Pa) e o
peso da matéria seca (Pms):
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onde:
Pa = Peso da água;
Pms = Peso da matéria seca;
Pt = Peso total = Pa + Pms.
Pelas equações, vê-se claramente que o teor de água expresso em base seca é numericamente maior
que o teor de água em base úmida. Isto porque, no segundo caso, com apenas Pms, o denominador é
menor que no primeiro caso, em que ele representa o peso total do grão (Pa + Pms) e, em ambos
os casos, o numerador permanece constante, ou seja representa sempre o peso da água (Pa).
Geralmente a porcentagem em base úmida é usada em designações comerciais e no estabelecimento
de preços.
Por outro lado, o teor de água em base seca (decimal) é comumente usado em trabalhos de pesquisa.
U bs = [U bu / (1 – U bu )] × 100
U bu = [U bs / (1 + U bs )] × 100
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a) Métodos Diretos
a.1) Estufa:
É o método reconhecido internacionalmente para a determinação de umidade, e baseia-se na
secagem, em estufa de uma amostra de peso conhecido. Considerando que para cada tipo de grão
existe um procedimento específico, recomenda-se a utilização das normas descritas no manual
“Regras para Análise de Semente”, editado pelo Ministério da Agricultura do Brasil, ou a adoção dos
métodos reconhecidos pela comunidade científica, tais como aqueles recomendados pela AACC
(American Association of Cereal Chemists), AOAC (Association of Official Analytical Chemists),
AOCS (American Oil Chemists Society) ou USDA (United States Department of Agriculture), dentre
outros. Os processos usuais de determinação de umidade usando a estufa são:
Estufa a vácuo
As amostras são inicialmente moídas, colocadas em estufa a aproximadamente 100oC e mantidas
sob pressão de 25 mm de Hg durante aproximadamente cinco horas. A seguir, elas são retiradas e,
como nos processos anteriores, são pesadas após atingirem a temperatura ambiente. A perda de
peso representará a quantidade de água da amostra.
As seguintes recomendações devem ser seguidas para aumentar a precisão na determinação da
umidade, utilizando-se o método em estufa:
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Amostra representativa Proteção da amostra Precisão da pesagem da amostra
Para as amostras que necessitam de Esse parâmetro é crítico na Tanto as estufas de convecção natural
moagem, deve-se escolher moinhos em determinação da umidade, devido como as de convecção forçada podem
que a amostra fique o mínimo período principalmente à densidade das várias ser usadas, sendo que essa última é
de tempo possível exposto ao ar espécies de grãos. De um modo geral, o mais recomendável. As estufas devem
ambiente, e que sejam de fácil limpeza. tamanho da amostra varia de 2 a 5 ser operadas continuamente quando
Utilizar peneiras de malhas adequadas gramas, para o produto moído, ou de 25 estão em uso para garantir o
à granulometria que se deseja obter de a 30 gramas, quando se utiliza o produto aquecimento uniforme e uma maior
acordo com o produto e a inteiro. estabilidade da temperatura. Cada
recomendação do método; estufa deve ser conferida quanto à
estabilidade da temperatura,
uniformidade de aquecimento,
Ventilação
ventilação, taxa de fluxo de ar, taxa de
Estabilidade da temperatura Uniformidade de aquecimento
recuperação da temperatura após a
inserção das amostras e precisão do
A temperatura da estufa deve Deve ser verificada mediante a termômetro.
permanecer constante, ou com uma distribuição de uma mesma amostra em
variação em torno de ± 1ºC; diversos pontos da estufa;
Ventilação
Deve ser regulado a uma taxa tal que não A estufa deverá voltar à temperatura
sopre o produto; ajustada dentro de 15 a 20 minutos após
a inserção das amostras. A marcação do
período de secagem deverá ser iniciada
quando o termômetro estiver marcando Precisão do termômetro
uma diferença de 1ºC em relação à
temperatura ajustada; O termômetro deve ser conferido
utilizando-se um termômetro padrão, a
cada seis meses de uso contínuo.
a.2) Destilação
Nesse método a umidade é removida pelo aquecimento dos grãos inteiros ou moídos, em banho
de óleo, cuja temperatura de ebulição é muito superior à da água. Assim, o vapor d’água oriundo da
amostra é condensado, recolhido e medido, ou pela diferença de peso da amostra, obtém-se o teor
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de água do produto. Os métodos de destilação mais utilizados são: Destilação em Tolueno: utiliza-
se de 5 a 20 gramas da amostra moída, que deve ser aquecida, em 75 ml de tolueno, à temperatura
aproximada de 110oC. Essa operação dura em média duas horas, e necessita de um equipamento
laboratorial adequado.
Método Brown-Duvel: é o método padrão adotado nos Estados Unidos, e assemelha-se ao método
do tolueno, não necessitando porém da moagem da amostra. O equipamento utilizado funciona
mediante a imersão do grão em óleo vegetal, e possui um sistema termométrico que desliga
automaticamente a fonte de aquecimento.
O tamanho da amostra, a temperatura e o tempo de exposição variam com o tipo do grão, sendo
aconselhável, portanto, consultar o manual do aparelho antes de executar a determinação da umidade
(Figura 10).
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Figura 11 – Determinador de umidade por destilação (a) e por infravermelho (b)
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b) Métodos Indiretos
Os métodos indiretos baseiam-se em determinadas propriedades físicas dos grãos, as quais variam
com o seu teor de água.
Tais métodos são calibrados em relação a um dos métodos diretos, e são geralmente empregados em
transações comerciais e unidades armazenadoras, devido à rapidez na determinação. Os resultados
são sempre expressos em base úmida.
b.1) Método da Resistência Elétrica
A resistência ou a condutividade elétrica de um material varia segundo o seu teor de água, e é este
o princípio aplicado na construção de eterminadores de umidade. Considerando o caso dos grãos, o
teor de água (U) é inversamente proporcional ao logaritmo da resistência elétrica.
Numa determinada faixa, a umidade contida no grão equivale a:
onde:
U = teor de água;
K = constante que depende do material;
R = resistência elétrica.
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Figura 12 - Esquema do método da resistência elétrica.
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A leitura é obtida diretamente em uma régua de conversão, utilizando-se a indicação da temperatura
e o valor obtido no galvanômetro.
Amplamente utilizado pelas empresas credenciadas para a execução dos serviços de classificação, o
“Universal”, não são recomendados para a medição de umidade dos produtos recebidos diretamente
da lavoura, devido ao grande movimento observado durante a safra e ao alto conteúdo de água
presente nestes produtos, geralmente superior a 25-28%.
Testes recentes realizados pela empresa Gehaka, representante desse equipamento no Brasil,
indicaram que o medidor de umidade Universal teve um desempenho “bastante sofrível” quando
comparado aos demais instrumentos disponíveis no mercado.
Essas informações são de suma importância e devem ser corretamente utilizadas em um trabalho
contínuo de conscientização dos responsáveis técnicos pelas unidades armazenadoras, cooperativas
e agroindústrias, para que o Universal seja de uma vez por todas substituído por equipamentos mais
precisos e exatos.
Sabemos que não se trata de uma tarefa fácil, principalmente pelo fato de que durante muito tempo
foram alardeadas aos produtores e industriais as inúmeras vantagens deste equipamento, o que
resultou em uma ampla aquisição do mesmo por todos os segmentos envolvidos na comercialização
de grãos.Tais vantagens incluíam o fato do Universal ser um equipamento robusto, de fácil manuseio,
preciso e por atender de forma satisfatória às determinações de umidade de vários produtos.
Entretanto, devemos observar que com a evolução tecnológica observada na agricultura na-
cional, alguns fatores contribuíram para a identificação das principais desvantagens atualmente
atribuídas ao Universal:
1. O equipamento mostra uma tendência de, em altas umidades, indicar um valor de umidade
inferior ao valor real observado no produto: esse comportamento, ao indicar leituras errôneas,
pode acarretar grandes prejuízos aos compradores, cooperativas e armazenadores, uma vez
nas transações comerciais são aplicados ágios ou deságios em função do conteúdo de água
presente no produto recebido. Muitos usuários do Universal somente se deram conta desse
problema, no momento da expedição do produto, quando o quantitativo disponível estava
muito aquém do total esperado e os responsáveis não conseguiam explicações plausíveis para
tamanha “quebra técnica”;
2. O equipamento apresenta uma alta dependência do operador: esse é um fator de difícil
controle, uma vez que a medição é executada em várias etapas, sendo que em todas existem
chances de erros humanos e que de forma cumulativa podem resultar em um erro grave na
leitura final;
38
3. Alta interferência do operador: devido às várias etapas a serem executadas em uma medição,
o operador acaba sendo submetido a um estresse físico, o que compromete a confiabilidade da
leitura. Isso ocorre principalmente durante os períodos de safra, em que o classificador chega a
realizar 150 medições, em jornadas de trabalho de até vinte horas ininterruptas;
4. Posicionamento inadequado do termômetro no equipamento: como nesse método
de medição faz-se necessária a utilização da temperatura do produto para a obtenção do
resultado, observa-se que, na posição em que o termômetro se encontra inserido no corpo
do aparelho, lemos, na verdade, a temperatura do ambiente. Para que o termômetro possa
realmente registrar a temperatura do produto, o seu tempo de permanência na cuba de
medição teria que ser bastante prolongado, o que inviabilizaria a utilização do equipamento.
Para tentar agilizar a medição, a maioria das empresas fixam a temperatura entre 25 e 28ºC, o
que também não resolve o problema, pois se a temperatura do grão for maior do que o valor
fixado ocorre favorecimento ao comprador e se for menor implicará em prejuízo para quem
estiver comprando.
39
b.2) Método Dielétrico (Capacitância Elétrica)
A propriedade dielétrica do grão é dependente do seu teor de água.
A capacidade de um condensador é afetada pela propriedade dielétrica do grão colocado entre as
suas placas, sendo que os grãos úmidos possuem elevada constante dielétrica, enquanto em materiais
secos essa constante é baixa.
Assim, determinando as variações da capacidade elétrica do condensador, cujo dielétrico é
representado por uma massa de grãos, podemos indiretamente determinar o seu teor de água.
A Figura 15 mostra o esquema básico de determinadores que utilizam as propriedades dielétricas
dos grãos.
A relação entre a capacidade dielétrica e o teor de água dos grãos é dada pela seguinte equação:
onde:
D = dielétrico;
U = teor de água.
C = constante (depende de aparelho, material)
Os aparelhos que utilizam esse princípio podem apresentar algumas vantagens em relação àqueles
baseados na resistência elétrica, tais como:
40
Podem testar com Os modelos
Estão menos sujeitos maior precisão os automáticos são
aos erros resultantes grãos que possuem autônomos e não
da má distribuição de elevado ou baixo teor permitem a
umidade dos grãos; de água; interferência do
operador durante a
medição.
Para operar corretamente esses determinadores, as seguintes recomendações devem ser observadas:
41
Figura 16 – Determinadores de umidade por capacitância
42
Tais legislações se encontram disponíveis mediante livre acesso ao link:
http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/rtac002013.pdf
Embora a umidade não seja um parâmetro de tipificação do produto e também não sejam os padrões
oficiais, instrumentos de determinação direta de ágio ou deságio, quando da comercialização de
tais produtos, devemos reconhecer a importância das informações obtidas na classificação para o
conhecimento das características qualitativas do lote e por conseguinte, como ferramenta auxiliar na
tomada de decisão quanto aos procedimentos de conservação ou utilização do produto.
Sendo assim, reveste-se de suma importância a adoção dos cuidados necessários à determinação
eficiente e correta do teor de umidade dos produtos vegetais, apurado no momento da classificação.
A conformidade analítica dos resultados obtidos na avaliação da qualidade dos produtos vegetais é
fundamental para garantir a credibilidade e a transparência das ações que visam assegurar a qualidade
dos alimentos disponibilizados ao consumo ou processamento.
Neste contexto, temos que o RTM para os medidores de umidade atende aos anseios dos agentes
envolvidos no processo de classificação ao longo de toda a cadeia produtiva, os quais poderão
dispor de equipamentos aprovados pelo INMETRO e devidamente calibrados pelos laboratórios
acreditados pela Rede Metrológica nacional, eliminando assim as discrepâncias e as inconsistências
observadas pela utilização de aparelhos obsoletos ou tecnicamente incompatíveis.
De maneira complementar, temos que o disciplinamento metrológico poderá permitir ao MAPA
ampliar as exigências relacionadas à utilização de equipamentos calibrados, incluindo os medidores
de umidade, cuja calibração não seria aplicável pela ausência da competente norma regulatória.
43
Classificação vegetal: Legislação e procedimentos
44
Apesar do desgaste causado por tal polêmica, o resultado foi positivo, uma vez
que culminou com uma ampla reforma de todo o sistema nacional de classificação,
mediante a publicação da Lei 9.972, de 25 de maio de 2000, revogando
a Lei 6.305/74, e do Decreto 3.664, de 17 de novembro de 2000, os
quais, ao estabelecerem novas diretrizes, permitiram a abertura da execução da
atividade às empresas privadas, cooperativas, universidades e centros de pesquisa.
No intuito de adequar a legislação ao dinamismo do agronegócio brasileiro, o
Ministério da Agricultura, através do seu órgão técnico competente, promoveu
a reformulação da legislação, o que resultou na publicação, no dia 23 de
novembro de 2007, do Decreto 6.268 de 22.11.07 regulamentando
a Lei 9.972/00 e revogando o Decreto 3.664/00.
45
mercadológico, e ainda pelos setores ligados à pesquisa, de forma a se obter os subsídios necessários
à reformulação de cada padrão.
46
Entre outras, podem ser consideradas como principais as seguintes condições:
Os padrões devem abranger a maior parte
das safras, evitando grandes faixas
desclassificadas, ou outras classificadas
injustamente;
3.4.2. Subgrupo
Especificação prevista para poucos produtos poderá significar a forma de preparo quando tratar-se
de arroz cujos subgrupos são: “Natural”, “Parboilizado”, “Integral” e “Polido”; ou indicar o método de
preparo ou limpeza quando tratar-se de amendoim.
47
3.4.3. Classe
Identifica o produto de acordo com os seguintes aspectos:
a) Cor: refere-se geralmente à coloração da película para produtos como o milho, sorgo e feijão. Na
classificação de algumas frutas a cor pode referir-se à casca (abacate) ou à polpa (abacaxi).
b) Tamanho, forma ou peso: estes fatores podem ser considerados separadamente ou agrupados,
dependendo do produto analisado. Para o amendoim considera-se o tamanho e o peso dos grãos,
e para o arroz as - dimensões-comprimento, largura e espessura - e a relação comprimento/largura
dos grãos. O algodão em pluma ou em caroço será enquadrado em classes de acordo com o
cumprimento da fibra.
3.4.4. Tipo
Refere-se à qualidade do produto, podendo ser representado por números ou letras. Na tipificação
final do produto classificado poderão ser encontrados ainda os seguintes termos:
a) Fora de Tipo ou Abaixo do padrão: refere-se ao produto que pelas suas características não se
enquadre nas tolerâncias mínimas estabelecidas pelas normas de padronização;
b) Desclassificado: refere-se ao produto que, devido a condições inadequadas de transporte,
armazenagem ou manuseio, apresenta-se com características atípicas quanto ao aspecto físico-
químico, estando prevista em lei a proibição da sua comercialização para consumo humano e animal,
ou outra destinação, que será definida após ouvido o órgão competente do Ministério da Agricultura.
A classificação por tipos ou categoria é realizada em função da sua natureza, da sua perecibilidade ou
do sistema de comercialização do mesmo. Alguns produtos ou grupo de produtos vegetais podem
atender apenas a determinados requisitos ou parâmetros estabelecidos em legislação.
48
Grão manchado
Quando apresentar qualquer tipo de mancha no grão ou na película de revestimento sem contudo
afetar a polpa;
Grão descolorido
Quando houver alteração na cor original do grão;
Grão quebrado
Quando ocorre separação dos cotilédones, ou quebras em qualquer parte do grão.
Grão mofado
Quando apresentar sinal visível de fungo (bolor);
Grão ardido
Quando apresentar coloração escura proveniente do processo de fermentação;
Grão preto
Quando houver escurecimento total do grão por ação excessiva do calor ou umidade;
Grão carunchado
Grão que se apresentar prejudicado por caruncho;
Matéria estranha
É todo e qualquer detrito estranho ao produto, como grãos ou sementes de outras espécies vegetais,
sujidades e restos de insetos;
49
Impurezas
São fragmentos de grãos ou de partes da planta como cascas, folha, talos etc.
A presença de matéria estranha e impurezas em uma massa de grãos poderá interferir na umidade
de equilíbrio do produto, favorecendo a infestação e propagação de fungos. Poderá ainda prejudicar
a aeração dos grãos devido ao preenchimento do espaço intergranular por materiais finos que
impedem a distribuição uniforme do fluxo de ar.
São considerados como destinados diretamente à alimentação humana, aqueles que, a granel ou
embalados, estejam em condições de serem oferecidos ao consumidor final.
A informação das características dos produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor eco-
nômico que não possuam padrão oficial de classificação estabelecido pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento será de responsabilidade do seu fornecedor.
Nas operações de compra, venda ou doações pelo Poder Público de produtos vegetais, seus
subprodutos e resíduos de valor econômico, caberá ao órgão ou instituição que coordena o processo
competente adquirir, comercializar ou doar produtos devidamente classificados e acompanhados
dos correspondentes documentos comprobatórios da classificação.
50
Nos portos, aeroportos, terminais alfandegários e demais postos de fronteira e
estações aduaneiras, a classificação tem como objetivo aferir a conformidade dos
produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico importados
com os padrões oficiais de classificação estabelecidos pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, podendo ser dispensadas da classificação
obrigatória, observadas orientações legais, as pequenas quantidades de produtos
vegetais.
A legislação estabelece, ainda, que fica sujeito à nova classificação o produto que por qualquer
motivo perder a característica de apresentação ou rotulagem original, alterar as especificações de
identidade e qualidade que constavam no documento de classificação original ou for misturado ou
mesclado para formação, aumento ou composição de novo lote.
3.6. Responsabilidades
A competência para normatizar, supervisionar tecnicamente, fiscalizar e controlar a atividade, em
todos os seus níveis, cabe ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, através dos órgão
competentes devidamente instituídos, conforme demonstrado na Figura 17.
51
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/acesso-a-informacao/lei-de-acesso-a-informacao/organograma
(Acessado em 23/02/2021)”
Nos casos de produtos importados, ficou estabelecido que classificação obrigatória nos portos,
aeroportos, terminais alfandegados e demais postos de fronteira será executada diretamente pelo
Ministério da Agricultura, que poderá utilizar, além de sua própria estrutura, entidades credenciadas
para o apoio operacional e laboratorial, a qual responde solidariamente pela prestação do serviço.
52
3.7. Credenciamento
Consiste no procedimento administrativo que objetiva conceder autorização para que as pessoas
jurídicas executem a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor
econômico, devendo obedecer aos seguintes aspectos:
53
A relação completa e atualizada das empresas credenciadas junto ao Ministério da
Agricultura encontra-se disponível no sítio eletrônico institucional, no endereço
www.agricultura.gov.br, mediante acesso ao link (aba Credenciadas):
http://indicadores.agricultura.gov.br/qualidadevegetal/index.htm
Serão estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, sob a forma de emolumentos,
os valores a serem pagos pelos interessados quando do credenciamento inicial,
suas atualizações e demais serviços solicitados.
54
3.9. Equipamentos e materiais utilizados na análise e
classificação de produtos
• Especificações:
55
Manuseio: inseri-lo no saco com a ponta voltada para cima, num ângulo de 30 graus com a
horizontal, com a abertura para baixo, até atingir o centro da massa; a seguir, gira-se a abertura
para cima e se vai retirando em velocidade decrescente, para que a quantidade retirada do produto
aumente do centro para a periferia do saco.
Calador tipo duplo
Consiste em dois cilindros ocos de metal, perfeitamente ajustados um dentro do outro, com uma
extremidade sólida e afilada. Ambos os cilindros são providos de aberturas ou janelas iguais que
podem ser justapostas por meio da rotação do cilindro interno.
Estes amostradores variam em comprimento, diâmetro e número de aberturas de acordo com as
diferentes espécies de grãos e com os vários tamanhos dos recipientes, e podem ou não apresentar
divisões internamente.
Os amostradores para produtos acondicionados em sacos devem ter o comprimento mínimo
aproximado da diagonal das embalagens, com o diâmetro variando de 1,25 a 2,50cm e com seis a
nove aberturas.
Os amostradores para produtos a granel são bem maiores, chegando até a 2 metros de comprimento,
4,0cm de diâmetro e com seis a nove aberturas, podendo ser usado tanto no sentido horizontal
como vertical. Para serem usados verticalmente devem ser providos de septos transversais internos,
que os dividem em compartimentos, cada um dos quais correspondendo a uma das aberturas.
Manuseio: o calador deve ser inserido na embalagem com as aberturas desencontradas e em
posição fechada, no sentido diagonal (produto ensacado) ou vertical (produto à granel). Uma vez
aberto no interior da massa, deve ser girado ou levemente agitado até se encher de produto, e a
seguir fechado e retirado cuidadosamente.
Sonda
Em latão com cabeçote em “T”, medindo 1,8 a 1,7m de comprimento, com 8 aberturas em formas de
janelas, 7,5cm de diâmetro interno em toda sua extensão, com ponta aguda na extremidade inferior.
A capacidade de extração pode variar de 125 a 264g por operação.
Manuseio: inserir a sonda na massa do produto mantendo-a fechada. Alcançado o ponto desejado,
movimentar o cilindro com cuidado para abertura das janelas e retirada da amostra.
56
• Cuidados gerais
57
GAC-2100 e GAC 2500, da DICKEY-John
Equipamento totalmente automatizado, com autocarregamento e pesagem automática da amostra.
Ajustes para compensação da temperatura e da umidade superficial do grão.
Recomendações importantes:
* Manter próximo ao equipamento uma cópia do manual, que deve ser lido pelo
operador;
* Consultar periodicamente o manual;
* Manter o plano de sustentação do aparelho nivelado;
* Limpar regularmente o aparelho;
* Utilizar rigorosamente a quantidade de amostra especificada no manual;
*Verificar o aparelho antes de utilizá-lo e realizar manutenções técnicas periódicas;
* Efetuar, quando necessário, as correções do teor de umidade conforme as
tabelas de cada aparelho;
* Não efetuar ajustes ou consertos não autorizados pelo fabricante ou não
contidos no manual de uso;
* Evitar contato manual com o produto;
* Transportar o equipamento de forma adequada;
* Observar, com quais produtos o determinador de umidade tem condições de
trabalhar;
* Efetuar a calibração periódica do aparelho com um método direto (estufa,
destilação);
* Contatar o fabricante sempre que surgirem dúvidas no funcionamento do
equipamento.
58
3.9.4. Homogeneizador
Equipamento indispensável para homogeneizar a amostra e reduzir o tamanho da amostra dividindo-a
em duas subamostras iguais.
• Especificação e funcionamento:
• Cuidados no manuseio:
59
3.9.5. Lupa
60
Figura 21 – Mesa/prancheta de classificação
61
• Especificação
Constituída de madeira e chapa metálica com crivos circulares ou cilíndricos cuja densidade de furos
por área varia de acordo com a norma de classificação de cada produto.
3.9.10. Pinça
Equipamento para uso manual usado para facilitar a separação e análise dos grãos.
• Especificação
Em aço inoxidável, medindo em torno de 16cm de comprimento, com ranhuras na ponta e na parte
interna para facilitar a aderência ao grão (Figura 24).
62
3.9.11. Bandeja de amostras
Acessório utilizado para transporte da amostra dentro do laboratório, facilitando as operações de
manuseio nos diversos equipamentos (Figura 25).
• Especificação
Em madeira com fundo liso, largura interna de 16cm, comprimento de 26cm, saída afunilada medindo
5cm e borda protetora de 3cm de altura.
63
Figura 26 – Balança de peso hectolitro Dalle Molle
Algodão em pluma
Para o algodão em pluma as exigências são maiores, iniciando-se com a utilização de uma sala
especial e exclusiva (Figura 27).
A sala deve atender aos requisitos de iluminação, coloração das paredes e móveis, temperatura,
umidade relativa e sistema de exaustão, observados os seguintes aspectos:
a) Ar-condicionado;
b) Iluminação artificial mediante a instalação de luminárias com lâmpadas fluorescentes, para que
se tenha o efeito da luz do dia, com intensidade de luz entre 80 e 90 lumens, aferida por meio do
aparelho luxímetro (Figura 28), posicionado sobre qualquer ponto da mesa de classificação;
64
Figura 28 – Luxímetro digital
c) A distância entre as luminárias e as paredes mais próximas, e a altura entre a luminária e a banca
de classificação devem garantir a uniformidade da intensidade de luz exigida;
d) A tonalidade das paredes deve ser de cor cinza muito claro ou branco acinzentado (fosco);
e) Teto falso igual à cor das paredes;
f) Piso preferencialmente preto ou em cor que não interfira na classificação visual;
g) Móveis com a mesma cor das paredes ou pretos;
h) Bancada ou mesa de cor preta fosca ou cinza escuro para exposição da pluma de algodão possuindo
as seguintes dimensões:
- Comprimento mínimo de 4,00 m;
- Largura de 0,90 a 1,00 m;
- Altura de 0,80 a 0,90 m
i) Temperatura ambiente em tomo de 22º C;
j) Umidade relativa do ar em tomo de 75%;
k) Altura do piso ao teto de 2,80 a 3, 10 m;
I) Exaustores instalados a uma altura de 0,60 a 1,00 m em relação ao piso, ou de forma que se
garanta a salubridade do ambiente;
m) Conjunto completo do Padrão Físico (Figura 29);
n) Estante ou balcão para os padrões físicos;
o) O uniforme do classificador deverá ser de textura leve, de preferência de algodão, na cor cinza
neutra;
p) Equipamentos facultativos Fibrógrafo, Shirley Analyser e HVI;
65
q) Sala de aclimatação das amostras;
r) Sala de recepção das amostras.
Todos os equipamentos acima mencionados devem estar devidamente calibrados por métodos
oficiais e atestados por laboratórios acreditados pelo INMETRO/RBC.
O HVI (High Volume Instrument) vem sendo exigido de forma OBRIGATÓRIA
em todos os laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura para a classificação de algodão
em pluma.
Tal aparelho é utilizado para medir propriedades essenciais da fibra do algodão, importantes tanto
para o mercado cotonicultor, quanto para as empresas têxteis.
Dentre as principais características analisadas pelo teste HVI estão:
• Comprimento da fibra
• Uniformidade do comprimento
• Resistência da fibra
• Micronaire (finura da fibra)
• Reflectância
• Grau de amarelamento
• Trash (o que não é fibra)
66
Entretanto, a utilização do HVI não exclui a obrigatoriedade da classificação física da fibra, que
consiste na análise das características extrínsecas da pluma de algodão, visando enquadrá-lo nos
tipos apresentados pelo Padrão Universal da USDA. A classificação visual inclui as seguintes análises:
• Tipo
• Cor
• Comprimento
• Impurezas
• Contaminantes (materiais estranhos)
• Beneficiamento
Frutas
a) Refratômetro
Nas frutas, o conteúdo de açúcares é usado como referência de ponto de colheita e consumo.
Na prática, medimos o conteúdo de sólidos solúveis, que são os compostos dissolvidos no suco
da fruta. Como a maior parte dos sólidos solúveis é açúcar, sua medida é referência para o teor de
açúcar. A unidade de medida do conteúdo de sólidos solúveis é o grau Brix (ºBrix), sendo 1º Brix
igual a um grama de sólidos dissolvidos em 100 gramas. Uma uva, com 15 ºBrix, possui 15 gramas de
sólidos solúveis dissolvidos em 100 gramas de suco, ou seja, 15% de concentração de sólidos solúveis.
O modo mais prático e confiável de se medir o conteúdo de sólidos solúveis das frutas e hortaliças
é através do uso de refratômetro. Ele mede o índice de refração, a diminuição da velocidade da luz
quando ela passa através do suco de fruta e é expresso em graus Brix (°Brix).
Na aquisição do equipamento, é preciso verificar se o aparelho permite a calibração com água
destilada e se tem compensação automática de temperatura, bem como a sua escala de abrangência
(0 a 32 °Brix), além de se tem boa visibilidade, leitura fácil e ajuste de foco.
O conteúdo de sólidos solúveis varia dentro da fruta. Normalmente, a uva é mais doce próximo ao
pedúnculo, o abacaxi na sua base e o melão amarelo próximo às sementes.
A medição ficará mais eficiente organizando uma caixa com o refratômetro, pisseta (encontrada
em casas de artigos para laboratório e de artigos de cabeleireiro), água destilada, papel macio, faca,
tesoura ou furador, caderneta, lápis. A operação de medição é simples:
1. calibre o refratômetro para 0°Brix com água destilada e o seque com papel macio.
Consulte o manual do seu aparelho.
67
2.Antes de cada medida, lave o prisma com água destilada e o seque com cuidado, usando
papel macio.
3. Coloque 2 ou 3 gotas do suco da fruta sobre o prisma
4- Leia a escala através da ocular, com o refratômetro voltado contra a luz. Ajuste o foco
se necessário e anote o valor lido.
5. Lave e seque o prisma com cuidado após cada medição. Cuidado para não riscar o
prisma.
6. A densidade dos líquidos varia com a temperatura e, por isso, a medição dos sólidos
solúveis também varia. A variação é de 0,5% de açúcar para cada 5,6 ºC de variação de
temperatura.
7. Evite medir o conteúdo de sólidos solúveis quando a temperatura estiver muito alta
ou a fruta estiver gelada, para evitar erros.
Fonte: hortibrasil.org.br
68
Figura 30 – Refratômetro
“b) Penetrometro
A firmeza da polpa das frutas é dada pelas substâncias pécticas que compõem as paredes celulares.Com a
maturação,tais substâncias vão sendo solubilizadas,o que ocasiona o amolecimento dos tecidos das frutas.
A medida da firmeza da polpa é feita com um aparelho denominado penetrômetro (Figura 31), cuja
leitura indica o grau de resistência da polpa. Recomenda-se a realização de duas ou mais leituras em
cada fruta, em posições opostas, devido ao fato de que a maturação não ocorre de maneira uniforme
na fruta.
69
3.10. Cadastro geral de classificação – CGC/MAPA
É o procedimento administrativo para registro, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, das pessoas físicas ou jurídicas processadoras, beneficiadoras, industrializadoras e
embaladoras de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico padronizados
sujeitos à classificação e das pessoas físicas ou jurídicas autorizadas a executar a classificação desses
produtos, ou seja, todos aqueles que de uma forma ou de outra estejam envolvidas no processo de
classificação.
70
Tabela 3 - Taxas De Classificação de Produtos Vegetais - (Anexo da Portaria
Interministerial MF Nº 531 de 13.10.94 e 233 de 8.9.98)
VALOR EM REAL POR
PRODUTO
TONELADA OU FRAÇÃO
I - CLASSIFICAÇÃO
Alpiste 0,43
Aveia 0,43
castanha-do-brasil 0,65
Centeio 0,43
Cevada 0,72
Coco-da-baía 0,36
71
VALOR EM REAL POR
PRODUTO
TONELADA OU FRAÇÃO
I - CLASSIFICAÇÃO
Cumaru 1,12
Feijão 1,27
Girassol 0,61
Guaraná 2,25
Linter 1,27
Mamona 0,91
Milho 0,76
Piaçava 0,36
72
VALOR EM REAL POR
PRODUTO
TONELADA OU FRAÇÃO
I - CLASSIFICAÇÃO
Pimenta-do-reino 1,89
Rami 0,76
Sisal 0,76
Soja 0,76
73
3.12. Documento de classificação
O embalador ou responsável pela garantia das indicações qualitativas do produto vegetal, subproduto
ou resíduo de valor econômico deverá manter em arquivo e à disposição das autoridades fiscalizadoras
os documentos comprobatórios da classificação, por um período mínimo de cinco anos, cabendo a
eles a responsabilidade por fazer constar nos documentos fiscais emitidos o número do documento
de classificação, as especificações qualitativas do produto e a identificação do lote.
Quando a comprovação da classificação por meio desses documentos não for possível ou sendo
desconhecida a procedência, o detentor do produto responderá isolada ou solidariamente pela
qualidade dele.
A emissão e a assinatura do certificado de classificação de produtos importados serão realizadas
pela autoridade fiscalizadora do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento habilitada
tecnicamente como classificador, conforme estabelecido no § 3o, artigo 1o.do Decreto 6.268/07.
Os demais requisitos e os critérios para utilização do documento de classificação, bem como as in-
formações mínimas obrigatórias que devem nele constar estão estabelecidas na Instrução Normativa
MAPA nº 8, de 22 de abril de 2014.
74
3.13. Vantagens da padronização e da classificação
A padronização e a classificação dos produtos vegetais são imprescindíveis à comercialização e
apresentam as seguintes vantagens:
75
• Portaria Interministerial Ministério da Agricultura/Ministério da Fazenda
Nº 531 de 13.10.94: Fixa os valores das taxas de classificação de produtos vegetais;
• Instrução Normativa MAPA Nº 46, de 29.10.2009: Aprova o Regulamento
Técnico de Cursos de capacitação e qualificação de classificadores de produtos de origem
vegetal
• Instrução Normativa MAPA Nº 54, de 24.11.11: Aprova os requisitos, critérios
e prazos para autorizar por meio de credenciamento as pessoas jurídicas de direito público
ou privado a prestar ou executar serviços de classificação de produtos vegetais, seus sub-
produtos e resíduos de valor econômico, com base nos Padrões Oficiais de Classificação.
• Orientação Técnica CGQV/DIPOV Nº 01/2012, de 17.02.2012: estabeleceu
procedimentos complementares visando dirimir dúvidas e padronizar os entendimentos na
aplicação da IN MAPA 54/2011.
•
76
3.14.2. Legislação específica
Os trabalhos de elaboração de projetos objetivando a definição dos padrões dos produtos agrícolas,
muitas vezes resultam na separação de alguns subprodutos, do produto básico, adotando critérios da
natureza do produto e da finalidade a que se destina.
A soja, por exemplo, tem o seu padrão estabelecido por uma Portaria diferente
daquela que aprova o padrão para o óleo e o farelo de soja. Assim como o
tomate para consumo “in natura” e tomate para indústria, a amêndoa de babaçu,
a torta, o farelo e o óleo de babaçu. Daí a necessidade de que sejam elaboradas
legislações específicas e adequadas a cada caso.
A observação e o estudo comparativo da legislação específica de cada produto,
no decorrer dos anos, permite o conhecimento da evolução histórica e técnica
da padronização, retratando inclusive aspectos interessantes com relação à
evolução tecnológica da agricultura de um País.
Veja na tabela de Relação dos padrões oficiais estabelecidos pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento para a classificação. Atualizado em 15/05/2020.
77
3.15. Procedimentos corretos na classificação
A amostra destinada à análise deverá ser homogeneizada e dividida com o auxílio do homogeneizador
ou manualmente sobre uma superfície limpa e seca, para obtenção das amostras de trabalho.
Os métodos analíticos utilizados na classificação compreendem basicamente as operações de
determinação do teor de água, de matérias estranhas e impurezas, e de exame visual do produto
para identificação dos defeitos.
Análises químicas de rotina são previstas para produtos como farinhas e óleos vegetais devido às
informações qualitativas necessárias para definição do tipo, e ainda para o amendoim que apresenta
grande susceptibilidade à contaminação por micotoxinas.
Para os demais produtos poderão ser solicitadas análises nos casos de suspeita de contaminação
por resíduos químicos ou substâncias tóxicas, ou quando tratar-se de produto desclassificado, cuja
destinação final poderá ser decidida pela autoridade competente em função do resultado analítico
complementar.
O tamanho da amostra destinada à determinação do teor de água será definido em função do
método e do equipamento disponível no local de classificação.
Para a caracterização dos defeitos e dos demais parâmetros, tais como grupo, classe, subclasse, o
tamanho da amostra é definido pelas normas oficiais de classificação.
Tais normas definem ainda o roteiro de classificação que estabelece a sequência racional a
ser adotada na análise do produto. Tal roteiro deve ser didático, de forma a justificar os critérios
observados, e permitir que o classificador visualize a razão das prioridades adotadas.
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De modo geral, a classificação da amostra de trabalho obedece à seguinte sequência:
Verificações gerais da amostra média;
Homogeneização da amostra;
Determinação do teor de água;
Iniciar o preenchimento do Laudo de Classificação;
Determinação do tamanho da amostra de trabalho;
Determinação das matérias estranhas e impurezas;
Identificação e separação dos defeitos;
Avaliação quantitativa e percentual dos defeitos;
Enquadramento do produto em tipo;
Completar o preenchimento do Laudo de Classificação;
Emissão do Certificado de Classificação, quando se tratar de classificação oficial.
a) Laudo de Classificação:
Constitui-se um documento de uso interno das empresas ou entidades executoras da classificação, e o
seu preenchimento é efetuado gradativamente pelo classificador durante os trabalhos de classificação
de um determinado produto, facilitando o enquadramento em tipo, e o posterior preenchimento do
certificado de classificação. O laudo de classificação permite o conhecimento detalhado das etapas
de classificação, bem como as quantidades exatas de cada defeito, que são anotadas separadamente.
É um documento de suma importância aos trabalhos de revisão de amostras, e imprescindível à
avaliação do desempenho de cada técnico classificador.
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3.16.1. Procedimentos especiais
a) PGPM (Política de Garantia de Preços Mínimos)
Ocorre em período de safra agrícola, normalmente de abril a agosto. São efetuadas classificações
para o produtor em operações de EGF (Empréstimo do Governo Federal) e AGF (Aquisição do
Governo Federal). Nesses procedimentos existe a interveniência do Banco do Brasil, das unidades
armazenadoras e de órgãos governamentais responsáveis pela execução da PGPM.
b) Classificação prévia ou com amostra apresentada
Efetuadas para o produtor rural ou para os demais usuários do sistema, apenas para fins educativos
ou informativos, resultando apenas na emissão do laudo de classificação.
c) Classificação quando da desova de estoques reguladores do Governo Federal
São operações maciças, acertadas entre o Órgão executor, o Banco do Brasil e a CONAB, visando à
classificação dos produtos a serem ofertados através das Bolsas de Mercadorias.
d) Controle de estoques governamentais
Mediante solicitação da autoridade competente, no âmbito federal, o Órgão executor poderá
proceder à lacração, marcação, vistoria periódica e classificação dos produtos estocados (estoques
reguladores).
e) Perícias
São classificações específicas previstas na legislação, tais como a classificação fiscal, arbitragem, e ain-
da classificações periciais efetuadas mediante solicitação de empresas, públicas ou privadas, unidades
armazenadoras, exportadores, importadores, Polícia Federal etc.
f ) Fiscalização do trânsito de produtos
Efetuada em unidades ou postos de barreiras, em operações especiais de controle e fiscalização com
a adoção dos procedimentos normais de classificação.
g) Classificação de produtos e matérias-primas
Consiste no trabalho executado pelas cooperativas, unidades armazenadoras, agroindústrias
e outras empresas afins, as quais efetuam a classificação dos produtos recebidos ou expedidos
como mecanismo de controle de qualidade. Esse procedimento vem sendo efetuado para fins de
comercialização privada, prestação de serviços de armazenagem ou processamento de produtos
agrícolas, nas situações em que a legislação não determina a obrigatoriedade da classificação.
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3.17. Qualificação técnica e profissional
CLASSIFICAR AMOSTRAS
Identificar tipos de amostras, enviar amostras para laboratório, identificar padrões de qualidade,
determinar umidade das amostras, peneirar amostras, separar manualmente impurezas e matérias
estranhas (sujidade), identificar defeitos, avaliar amostras de acordo com padrões de qualidade
preestabelecidos, preparar ligas (blends) e lacrar veículo transportador.
COLETAR AMOSTRAS
Selecionar equipamentos, aferir equipamentos, verificar estado de conservação do lote, inspecionar
condições fitossanitárias das unidades armazenadoras e veículos transportadores, homogeneizar
amostras e quartear amostra.
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PREPARAR AMOSTRAS
Acondicionar amostras, lacrar amostras, identificar amostras, pesar amostras, moer amostras, medir
volume de amostras, torrar amostras, preparar veículos líquidos para testes de degustação, codificar
copos, xícaras e taças para degustação, controlar temperatura das amostras, preparar infusão de amos-
tras, controlar maceração e decantação de amostras e realizar teste de poder germinativo (cevada).
REALIZAR ANÁLISE SENSORIAL DA AMOSTRA
Degustar amostras, testar, visualmente, as amostras, identificar aroma e odor das amostras, interpretar
dados de análises físico-químicas e microbiológicas e reanalisar contraprova para rastreamento.
PREPARAR AMBIENTE PARA ANÁLISES
Orientar limpeza do ambiente, higienizar equipamentos e ambientes, eliminar odores do ambiente,
controlar temperatura e umidade do ambiente, controlar luminosidade do ambiente, identificar
necessidades de manutenção e correções no ambiente, solicitar manutenção e correções no
ambiente e propor melhorias no ambiente.
ELABORAR DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
Documentar resultados de análises sensoriais, registrar dados e informações técnicas das amostras,
apresentar resultados de análises sensoriais, emitir laudo, emitir certificado e interpretar dados
climáticos
TRABALHAR COM SEGURANÇA
Participar de ações preventivas contra incêndios e acidentes, manter asseio e higiene pessoal, utilizar
equipamentos de proteção individual, prever situações de risco, adequar-se às condições ergonômicas
do trabalho e passar por consultas e exames médicos frequentes.
Quanto ao nível de instrução, para o exercício das ocupações listadas requer-se ensino médio concluído
e curso básico de qualificação profissional na área de atuação ou áreas correlatas, observando-se que
o pleno desempenho das atividades ocorre entre quatro e cinco anos de experiência profissional.
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• contribuir na elaboração e aprimoramento dos padrões comerciais;
• atuar nos trabalhos de perícia técnica, e arbitragem em processos de discordâncias entre
as partes.
O âmbito de ação do classificador inclui atividades nos setores público e privado, com a ressalva
de que ele somente poderá emitir e assinar certificados de classificação enquanto mantiver vínculo
empregatício com uma empresa ou entidade credenciada.
Nas demais situações, inclusive aquelas mencionadas no item 3.17.1, ele poderá atuar na área de
controle de qualidade de grãos, emitindo laudos internos e participando de operações comerciais de
interesse da empresa que o contratou.
Além de possuir a credencial e o conhecimento técnico necessário, o classificador deverá ter
consciência da responsabilidade oficial e profissional que o seu trabalho representa para a sociedade,
sob o risco de sofrer as penalidades previstas na legislação, nos casos em for constatada fraude ou
má fé na emissão de um documento público como é o certificado de classificação (Figura 32).
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3.17.3. Formação de classificadores
Todo classificador deverá ser habilitado em curso específico, devidamente homologado e
supervisionado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desde que sejam atendidos
os requisitos e exigências estabelecidos pela Instrução Normativa MAPA Nº 46 de
29.10.09, DOU de 30.10.09.
Ao final do curso serão aprovados os participantes que alcançarem a média mínima exigida, e que
estarão aptos a atuar como classificadores de produtos vegetais.
Ao adquirirem os conhecimentos e as habilidades referentes aos métodos, técnicas e procedimentos
adotados no processo de classificação, o profissional habilitado estará em condições de detectar
falhas e sugerir melhorias visando a organização e racionalização do serviço, podendo ainda auxiliar
na solução de problemas relacionados à qualidade e classificação de grãos.
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O classificador habilitado deverá receber treinamentos periódicos objetivando a reciclagem e
atualização de técnicas e de conhecimentos.
Os cursos de formação de classificadores, devido às exigências de carga horária, envolvem altos
custos, tornando-se inviável a sua realização por entidades ou empresas que não atuam diretamente
na execução oficial da classificação.
Considerando a importância de se ter, em armazéns, indústrias e cooperativas, um profissional com
conhecimentos na área de classificação, a alternativa viável tem sido a realização de cursos rápidos de
“Noções de Classificação”, que, apesar de não possibilitar o credenciamento do profissional, permite
o conhecimento das técnicas, procedimentos e funcionamento do sistema nacional de classificação.
Cabe ao interessado buscar esse tipo de serviço junto a entidades idôneas e que possuam condições
de oferecer os cursos que atendam às necessidades de cada empresa.
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A demanda excessiva de trabalho durante o período de safra resulta ainda em jornadas de trabalho
demasiadamente longas, incompatíveis com a função do classificador, que por utilizar os órgãos do
sentido na execução das análises, poderá cometer erros ocasionados pelo cansaço e estresse.
Deve-se considerar ainda, que alguns segmentos, tais como as indústrias de trans-
formação de produtos vegetais, necessitam de análises que retratem a aptidão
do produto para fins industriais, tais como o teor de amido e proteína, o teor de
óleo e a susceptibilidade à quebra. Esses testes, embora sejam mais precisos e
mais fáceis de serem quantificados, apresentam dificuldades de interpretação, ou
seja, como transformar tais resultados em informações úteis.
A inclusão dessas análises na rotina da classificação implicaria em gastos elevados
com equipamentos e treinamento de pessoal, que muito provavelmente requer
um período para adequação das empresas credenciadas.
Da forma como vem sendo efetuada, a classificação é uma prática simples e de baixo custo, e que no
Brasil apresenta problemas de aceitação por parte dos usuários.
Para as companhias armazenadoras, principalmente os oficiais, existe uma dificuldade em aceitar
a diferenciação de tipos constantes nos padrões quando se trata de comercialização a granel. Isso
ocorre porque essas empresas não possuem estruturas graneleiras em número suficiente para
armazenar lotes diferenciados por tipo, ou sejam elas armazenam o produto independente da
qualidade atestada no certificado de classificação.
Dessa forma, existe uma pressão por parte do segmento armazenador para que haja uma alteração
da legislação, de forma a adequá-la à estrutura de armazenagem, em detrimento da qualidade
do produto, que, até o momento, tem sido o fator de resistência dos órgãos responsáveis pela
normatização do assunto.
Porém, há que se concordar que algumas portarias de padronização devam ser reformuladas, por
não retratarem o comportamento mercadológico do produto, lembrando principalmente que
a classificação de grãos, como um serviço auxiliar da comercialização, deve conter métodos e
parâmetros harmônicos com as necessidades dos usuários.
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Bibliografia consultada
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(Ed.) Storage of cereal grains and their products, St. Paul, Minnesota: A.A.C.C., p.115-157.
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BRANDÃO, F. A padronização de produtos agrícolas. Belo Horizonte/MG, 26 p.
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In: HILL, L.D. (Ed.). Uniformity by 2000 highlights of an international workshop on
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