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Manual de Procedimentos
dos Hospitais
3ª
Edição
Este Manual pertence ao:
A assistência técnica para a revisão deste manual foi financiada pela USAID através de contrato
USAID | PROJECTO DELIVER, ordem de serviço 1 nº GPO-I-01-06-00007-00
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRECÇÃO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
Manual de Procedimentos
dos Hospitais
3ª
Edição
Colaboraram na revisão deste Manual:
Artur Fernandes
Bilal Elyas
Dália Somá
Denilson Namburete
Deogratias Gasuguru
Dionísio Chunguane
Emerson Ribeiro
João Teixeira
Inácio Carnot
Lucílio Williams
Marilene Madivádua
Marta Bule
Lídia Cardoso
Noémia Muíssa
Sérgio Seny
Tatiana Fonseca
Xitsembisso Susana
Agradecimentos a:
Catarina Óscar
Daitino Sarmili
Arménio da Silva
ÍNDICE
Introdução............................................................................................................................. Xi
Gestão de Medicamentos..................................................................................................... 1
Abastecimento....................................................................................................................... 5
Abastecimento Via Clássica Especial........................................................................ 5
Depósito de Medicamentos do Hospital..................................................................... 7
2. Requisição....................................................................................................................... 10
2.1 Periodicidade da Requisição Trimestral........................................................... 10
2.2 Preparação da Requisição/Balancete.............................................................. 11
2.2.1 Elaboração da Requisição................................................................................ 11
2.2.2 Preenchimento da Requisição/Balancete......................................................... 12
2.2.3 Envio da Requisição......................................................................................... 14
2.3 Elaboração de uma Requisição Especial......................................................... 14
2.3.1 Critério para elaboração duma Requisição Especial devido à ruptura eminente
de Stock............................................................................................................ 14
2.3.2 Previsão dum consumo maior para alguns produtos devido à surto
ou epidemia...................................................................................................... 15
8. Depósitos Bancários....................................................................................................... 66
HC Hospital Central
HR Hospital Rural
HG Hospital Geral
HP Hospital Provincial
QR Quantidades a Requisitar
SE Stock Existente
SS Stock de Segurança
US Unidade Sanitária
Símbolos
Nota importante
Tipo de arquivo
Convenção
v Os modelos oficiais utilizados nos procedimentos aparecem no texto em
MAIÚSCULA
v Os nomes das colunas ou dos campos referidos no texto aparecem entre parênte-
sis rectos [ ] e em “negrito”.
Das requisições recebidas, a CMAM emite ordens de fornecimento de acordo com a disponibi-
lidade nos armazéns centrais, tendo como princípio a distribuição equitativa dos medicamentos
aos diferentes níveis do Serviço Nacional de Saúde.
A Lei N° 25/91 de 31 de Dezembro, cria o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que se subordina
ao Ministério da Saúde e é constituído por Unidades Sanitárias que estão organizadas em
quatro níveis de atenção de saúde (a caracterização das Unidades Sanitárias foi actualizada
através do Diploma Ministerial N° 127/2002, de 31 de Julho):
v O Nível Central, representado pela CMAM de onde fazem parte os Armazéns Centrais de
Maputo e Beira, que abastecem os Hospitais Centrais, os Hospitais Gerais e os Depósitos
Provinciais;
v O Nível Provincial, representado pelos Depósitos Provinciais, que abastecem os Hospitais
Provinciais, os Hospital Especializados e os Depósitos Distritais, em algumas situações
abastecem também alguns Hospitais Rurais e Centros de Saúde;
v O Nível Distrital, representado pelos Depósitos Distritais que abastecem os Hospitais
Distritais, Rurais e os Centros de Saúde;
v O Nível Primário representado pelos Centros de Saúde;
v A Nível da Comunidade representado pelos APEs que são abastecidos pelos Depósitos
Distritais ou Centros de Saúde mais próximos.
Este Manual de Procedimentos tem como objectivo principal apoiar o pessoal da área da
Farmácia na realização das suas actividades diárias.
Este manual irá também contribuir para que a cadeia de distribuição de medicamentos do SNS
seja integrada e auditável a qualquer nível, com objectivo final de assegurar a disponibilidade
contínua de medicamentos.
Para o caso de programas específicos do MISAU, a requisição dos produtos deve ser feita em
coordenação com o responsável local do respectivo programa.
Pelo despacho 42/2007 de Sua Excelência o Ministro da Saúde datado de 2 de Maio, foi esta-
belecida a taxa única de cobrança de medicamentos por diferentes níveis.
Planif icação
Gestão de stock
Armazenamento
Distribuição
Para alguns programas do MISAU como o tratamento com antiretrovirais, malária e tuberculo-
se, os procedimentos são diferentes e estão descritos detalhadamente em outros manuais.
Este abastecimento é feito com base na elaboração de uma requisição, para a qual é necessá-
rio seleccionar e quantificar os medicamentos necessários com base nos consumos médios e
o stock de segurança considerando as quantidades existentes no stock.
O cálculo das necessidades, a nível do Depósito do Hospital, baseia-se na análise das quanti-
dades anteriormente distribuídas e/ou pedidas pelos serviços dependentes, tendo em conta
as rupturas de stock verificadas.
v Quando se trate de um depósito do Hospital Rural, Geral ou mesmo Distrital que exer-
ça também a função de Depósito Distrital ou quando não há possibilidade de separação
física de stocks, os dois depósitos podem ser geridos como se de um único depósito se
tratasse.
A Direcção de cada hospital deve garantir a organização e a criação de todas as condições para
que seja respeitado o prazo estipulado para o envio das requisições ao Depósito Fornecedor.
As requisições trimestrais ou mensais atrasadas devem ser justificadas sob o risco de serem
penalizadas.
v O Envio da requisição. As requisições trimestrais devem dar entrada à CMAM antes do dia
15 dos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de cada ano
Elaboração da requisição
Envio da requisição para o depósito fornecedor Recepção da encomenda
Uso e distribuição dos produtos
CMAM - Modelo 01
Nível de Qualificação do Responsável Clínico: Nº de Consultas Externas Realizadas: Nº de kits US APE Data de Requisição:
Abertos
Triplicado
Elaborado por: Visto do Responsável Clínico:
Regras de preenchimento do Modelo 01
O cabeçalho deve ser preenchido em cada uma das folhas usadas.
As informações pedidas permitem:
v Identificar a [Unidade Sanitária] que deve referir-se ao Depósito do Hospital e a
[Província].
v Identificar (marcando no lugar apropriado) o tipo de requisição como [Normal], assim
como a [Data de requisição].
Reposiçaõ Trimestral:
v Calcular a [Quantidade a Requisitar], considerando uma requisição Trimestral + 2 me-
ses de Stock de Segurança e subtraindo o Inventário do Stock (I):
QR = Consumo Médio Mensal (Saidas) x 5 - Stock Existente (SE)
Reposição Mensal:
v Calcular a [Quantidade a Requisitar], considerando uma requisição Mensal + 1 mês de
Stock de Segurança e subtraindo o Inventário do Stock (I):
QR = Consumo Médio Mensal (Saidas) x 2 - Stock Existente (SE)
Onde:
Consumo Médio Mensal (CMM) = Total das Saídas ou Pedidos Trimestrais/3
Stock Existente (SE) = Inventário do Stock
Assinaturas e Vistos:
O Chefe do Depósito da Farmácia do Hospital deve assinar na zona “Elaborado por”, con-
firmando as informações reportadas.
A REQUISIÇÃO deve ser censurada e assinada pelo Director Clínico do Hospital, com even-
tuais correcções por ele indicadas na coluna [Quantidade pedida].
Obter o Visto/Correcção
pelo Director Clínico e enviar Determinar a
Preencher o livro de Calcular o Consumo
para a CMAM Quantidade Trimestral
Requisição/Balancete Médio Trimestral
a requisitar
Conferência da
Preenchimento da parte
Recepção dos produtos Conferência do número quantidade e qualidade
de Entrada da Guia de
+ Guia de Remessa/Entrada de volumes dos produtos e verificação
Remessa/Entrada
dos prazos de validade
Assim, no primeiro acto da recepção, que é a entrada dos volumes no armazém, o responsável
da farmácia deve verificar, na presença do transportador, que as embalagens ou caixas de mer-
cadoria não foram violadas e que o N° de volumes corresponde à quantidade indicada na GUIA
DE REMESSA / ENTRADA. Se forem detectadas faltas ou violações de volumes, será anota-
da uma observação e logo avisado o Responsável Clínico do Hospital, incluindo a elaboração
de um RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA, que deve ser assinado também pelo transportador.
CMAM - Modelo 02
Data da Requisição: 22/03/2008 Expirado
Província: Maputo Data da Remessa: 2/4/2008 Acumulado Data da Recepção:
a) Comissão de recepção
1 07-A-03 Paracetamol 500 mg Comp. AAB354 25/08/09 300 2 600
Original
4
10
Duplicado
11
12
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17
Triplicado
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19
20
17
b) Relatório de Ocorrências
Se detectar qualquer anomalia tanto de quantidade assim como da qualidade do produto, deve
ser comunicado imediatamente ao Responsável Clínico do Depósito Fornecedor através do
RELATÓRIO DE OCORRÊNCIAS, que pode ser feito em folha A4 em duplicado.
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE RELATÓRIO DE OCORRÊNCIAS
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
Este deve ser elaborado em duplicado, o original será enviado ao Fornecedor após ter re-
cebido o visto do responsável Clínico e uma cópia fica arquivada a nível do Depósito que o
emitiu.
Uma vez preenchido o original da GUIA DE REMESSA / ENTRADA será anexado à REQUISIÇÃO
correspondente num processo único e o duplicado será devolvido ao Depósito Fornecedor.
Vistos e Assinaturas :
Os elementos da comissão de recepção
DEPÓSITO devem após
DOS HOSPITAIS conferência
CENTRAIS assinar os dois exempla-
E GERAIS
res da GUIA DE REMESSA / ENTRADA, tal como participar na elaboração do Relatório de
Resumo do Processo da Elaboração da Requisição/Balancete dos Medicamentos
Ocorrências se for necessário.
A partir da Ficha de Stock,
Inventário Trimestral extrair o Stock no Início Calcular o Stock Teórico
Registar na Ficha de Stock
de todos os produtos do Período que é igual ao no Fim do Período
Inventário no Fim do Período
Uma Obter
vezo Visto/Correcção
conferida a mercadoria recebida e completada a documentação, 600 todos os produtos
recebidos para devem ser imediatamente
pelo Director Clínico e enviar
a CMAM e decorrectamenteQuantidade
Preencher o livro arrumados
Determinar a
Trimestral
nas prateleiras da
Calcular farmácia,
o Consumo
Requisição/Balancete Médio Trimestral
seguindo as regras emTransportado
Conferido por:
vigor e,
por:
na mesma altura, deve-se Recebido
lançar,
por:
a requisitar
para cada um dos produtos,
as entradas correspondentes nas fichas de stock e recalculando os respectivos stocks.
Conferência da
Preenchimento da parte
Recepção dos produtos Conferência do número quantidade e qualidade
de Entrada da Guia de
+ Guia de Remessa/Entrada de volumes dos produtos e verificação
Remessa/Entrada
dos prazos de validade
A FICHA DE STOCK (Modelo 03) deve ser utilizada para todos os produtos presentes e geridos
no depósito, os livros de modelos. As informações são processadas sempre que haja um movi-
mento de saída, inventário ou de entrada como está ilustrado no modelo a seguir.
FICHA DE STOCK
CMAM - Modelo 03
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
… Transporte : 5,000
… Transporte :
Quando se chega ao fim da Ficha de Stock (última linha), deverá transportar o stock existen-
te para a nova ficha (ou verso) colocando na coluna [... Transporte]
Os elementos adversos dos medicamentos são: calor, luz, humidade, ratos e insectos. Também
é necessário proteger os medicamentos dos roubos e do incêndio, para além de ter que ser
sempre tomado em consideração o prazo de validade.
¸ Colocar garrafas com água nas de baixo e cima para manter a temperatura constante;
Calor
O calor acelera a degradação dos medicamentos. Na medida do possível deve-se criar corren-
tes de ar na zona de armazenagem no sentido de baixar a temperatura ambiente no local.
Luz
Alguns medicamentos deterioram-se quando expostos à luz. A sensibilidade é variável em fun-
ção dos produtos, mas em regra, todos os produtos devem estar protegidos da luz(usando
cortinas ou pintando as janelas com a cor branca).
As caixas NÃO devem ser arrumadas directamente no chão mas sim nas
prateleiras, em paletes ou estrados para grandes volumes.
Limpeza
Diariamente, deve-se limpar o pó das prateleiras, caixas, embalagens, sacudir as redes das
janelas, varrer o chão, e tirar o lixo. Deve também ser estabelecido um calendário mensal de
limpeza com água e sabão para as paredes, chão, janelas e portas.
Assim, por exemplo, para evitar a aparição de baratas o armazém deve ser limpo regularmente.
Tendo em conta que os ratos destroem muitas vezes os soros, plásticos, comida e outros, os
produtos devem ser bem arrumados verificando regularmente a integridade das embalagens.
Os medicamentos impróprios para o uso devem ser destruídos regularmente. Enquanto aguar-
da pela sua destruição devem estar isolados mas devidamente arrumados.
Usar insecticidas e verificar se as redes das janelas e outras possíveis entradas de roedores e
insectos estam protegidas e em boas condições.
Roubo
De modo minimizar os riscos de roubo é necessária a tomada de algumas precauções.
Nos armazéns:
v Limitar o acesso a área de armazenagem;
v Permitir só a circulação de pessoal autorizado nas áreas de armazenagem;
v proceder à revista de pessoas na entrada e saída do armazém;
v Assegurar as portas e janelas com fechaduras fortes, grades e dispositivos de segurança;
v As portas devem ter, pelo menos, duas fechaduras, cada uma com chaves diferentes.
Durante o transporte:
v Usar embalagens fortes;
v Fechar as embalagens (com uma fita plástica ou de metal, fita cola... em volta da
embalagem);
v Verificar cuidadosamente a mercadoria na altura da recepção.
Prazos de validade
É possível minimizar as perdas devido a expiração de prazo de validade através das seguintes
medidas:
3. O depósito tem duas fechaduras, cada uma com a sua chave e esta Sim o Não o
devidamente gradeado?
4. O depósito está sempre fechado quando não existe pessoal a Sim o Não o
trabalhar?
6. O armazém está isento de infiltração, tem boa ventilação e está Sim o Não o
protegido luz solar directa?
3. A correcção das FICHAS DE STOCK sendo os saldos confirmados ou não pelo inventário.
Reconciliação
dos dados 2
Nova
contagem NÃO Corresponde?
NÃO SIM
Preenchimento do 4
balancete 2
1
Correcção da
5
Ficha de Stock
Elaboração da
6
requisição
Numa lista de contagem provisória levantam-se de cada produto necessários os dados para a
elaboração do relatório final de Inventário:
Uma vez contados todos os itens do armazém, devem ser reconciliadas as quantidades conta-
das (lista de contagem) com o stock existente na FICHA DE STOCK.
Se para um produto os dois dados não corresponderem, será necessário efectuar uma
nova contagem física deste produto para se assegurar que a diferença detectada não prove-
nha dum erro de contagem.
No caso de se ter dados diferentes nas quantidades contadas da primeira e da segunda vez,
deve se contar de novo o stock do produto até ter, pelo menos, 2 contagens idênticas.
Na altura do preenchimento, os mesmos produtos com Nº de lote diferentes, devem ser consi-
derados como produtos diferentes. Portanto, são preenchidos em linhas diferentes como está
descrito no exemplo que se segue com 3 lotes de Ácido Acetíl Salicílico para um total de
10 000 + 15 000 + 2 000 = 27 000 comp.
CMAM - Modelo 01
Nível de Qualificação do Responsável Clínico: Nº de Consultas Externas Realizadas: Nº de kits US APE Data de Requisição:
Abertos
Original
Duplicado
Triplicado
ao Responsável Clínico que deverá analisar e pôr um visto nos dois
de Ocorrências justificando a razão dos erros constatados e é enviado
Ao Balancete já terminado, se haver anomalias, anexa-se um Relatório
33
Exemplo:
Transporte 340,000
Existe portanto uma diferença de 439 000 - 400 000 = - 1000 comprimidos a menos do que
devia existir no stock.
v Diferença entre o Stock Teórico calculado no Balancete e o Saldo na Ficha de Stock (Erro
de transcrição, cálculo ou de contagem);
v Diferença entre o Stock Teórico calculado no Balancete e o Inventário (Movimento em falta
por esquecimento, erro de transcrição, erro de contagem ou desvio).
É necessário actualizar as Fichas de Stock para que os dados reflictam a realidade (veja o
seguinte exemplo).
Se tiver diferença entre o saldo da Ficha de Stock e a contagem do inventário, devem-se pre-
encher os dados nas colunas [Ajustes positivos] ou [Ajustes negativos] reportando nestas
colunas as quantidades em falta ou em excesso.
Para qualquer produto, que tenha ou não erros no Inventário, deve-se preencher a vermelho
uma nova linha na Ficha de Stock com as seguintes informações :
v Data do inventário;
v Descrição do inventário;
v Quantidade contada;
v Deve-se também actualizar os prazos de validade.
Transporte 5,000
Esta destruição pode ser por incineração, por aterro ou esmagamento em lugares apropriados
e só pode ser feita nos seguintes pontos:
A inutilização de medicamentos nos Depósitos dos Hospitais só poderá ser efectuada nos ca-
sos em que estiver garantido o cumprimento das normas para o efeito e o envio da informação
completa da inutilização ao Depósito Fornecedor.
b) Relatório de Ocorrências
Sempre que houver quebras, produtos impróprios ou outro motivo, deve-se elaborar um
Relatório de Ocorrências para suportar a GUIA DE REMESSA a ser emitida pela saída do pro-
duto da prateleira para a zona de quarentena.
c) Lista de inutilizados
A nível dos depósitos autorizados a realizarem a inutilização de medicamentos será compilada
a informação das GUIAS DE REMESSA / ENTRADA recebidas de modo a elaborar uma lista
única e recapitulada dos produtos a serem destruídos.
Designação N° de Lote Prazo de Quantidade Preço Unitário Valor Total Guia de Remessa
FNM
Nome Dosagem Forma Validade Nº Data
07- A- 01 Ácido Acetil Salicílico 500 mg Cp. PA564 31/03/2004 20.000 60 000 1 200 000 000 000545 12/07/2004
d) Periodicidade
Os Depósitos Fornecedores devem sempre que necessário realizar o acto de inutilização. As
inutilizações devem ser periódicas de modo a não inutilizar de uma só vez volumes elevados
de medicamentos.
e) Processo de destruição
No acto de destruição participarão os membros indicados consoante o nível. Os membros des-
ta comissão posteriormente, devem assinar o Auto de Inutilização, rubricar e numerar todas as
listas a anexar ao Auto.
2
Original
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Duplicado
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v 17
18
v
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20
Na zona [Depósito fornecedor] deve aparecer o nome da Unidade Sanitária ou do
Depósito que realiza a devolução.
Valor da Remessa:
Na zona [Unidade dependente] deve aparecer o nome do Depósito que vai receber os
Elaborado por: Conferido por: Transportado por: Recebido por:
v
produtos devolvidos.
v Não se preenche a zona [Data de recepção] mais sim a [Data de remessa].
Cada Receita Médica só pode ser aviada na Unidade Sanitária onde for
prescrita.
O pessoal da farmácia deve verificar se a receita médica é legível, se está devidamente pre-
enchida e assinada por um clínico autorizado a prescrever. Para o efeito, este deve ter à sua
disponibilidade a lista dos clínicos autorizados a prescrever na Unidade Sanitária. Esta lista
deve discriminar o nível de formação, a identificação completa e a rúbrica de cada prescritor.
Assim, com esta lista o pessoal da Farmácia deve:
2) Explique quando deve ser tomado o medicamento, e por quanto tempo deve tomá-lo;
3) Deve colocar instruções nas paredes sobre como se faz a toma dos medicamentos mais
prescritos;
5) Explique como dividir o medicamento, como medir volumes(por exemplo 15mL é uma co-
lher de sopa), como preparar suspensões pediátricas, quando os medicamentos devem ser
mastigados, ingeridos com alimentos e outras;
7) Explique ao paciente que deve tomar os medicamentos até ao fim, mesmo que se sin-
ta melhor, principalmente quando se trata de antibióticos e medicamentos para doenças
crónicas;
8) Diga ao doente para guardar o medicamento em local seguro e longe do alcance das
crianças e que deve guardar o medicamento em local seco, sem luz solar directa e longe
do alcance de insectos e roedores.
Posologia
FNM Nome genérico Dosagem Forma Farmacêutica tratamento receitada
Deve-se completar os dois exemplares da Receita Médica, usando uma folha de papel
químico.
v O N° de FNM;
v O nome do medicamento, dosagem e forma farmacêutica;
v Após reembalagem escrever o prazo de validade;
v A quantidade em unidades;
v A posologia transcrita de maneira simples para o paciente perceber.
Estas normas aplicam-se aos medicamentos ou substâncias contidas nas tabelas I a III anexas
à Lei em referência e no Diploma Ministerial n.º 160/88, de 16 de Novembro, sendo a prescri-
ção realizada numa Receita Médica específica, independentemente dos outros medicamentos
que não constem nestas tabelas.
Aviado
Posologia
FNM Nome genérico Dosagem Forma Farmacêutica tratamento receitada
Estas receitas devem ser registadas num livro especial de modelo aprovado (a ser fornecido
pela Inspecção Farmacêutica) e conservadas em poder da farmácia durante 5 anos, sendo su-
jeitas à fiscalização pelas autoridades competentes. Neste registo, deve constar o nome, cate-
goria e a residência do clínico que prescreveu, bem como a US onde o doente foi observado.
Estas categorias têm direito a desconto na aquisição de medicamentos quando adquiridos nas
farmácias das Unidades Sanitárias do SNS, em função dos seguintes escalões:
Este modelo é único e substitui as fichas mensais de stock - Internamento anteriormente utili-
zadas, e será mantida na enfermaria.
Esta Ficha de Stock tem como particularidade a associação de funções, do controlo de stocks
e do inventário e vai permitir:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
… Transporte : 5,000
… Transporte :
Regras de preenchimento do Modelo 03
Cabeçalho da Ficha de Stock:
v Identificação da [Unidade Sanitária] ou do depósito e da [Província];
v Código do Produto no [FNM], e [Designação, Dosagem, Forma] do Medicamento ou
artigo médico;
v O [Consumo Médio Mensal] é calculado e reportado na FICHA DE STOCK na altura da
elaboração da requisição mensal. Este dado será actualizado trimestralmente;
v Os [Prazos de Validade], devem ser preenchidos. Se existirem várias datas para o mes-
mo produto, cada uma delas deve ser registada e classificada de maneira decrescente
Quando se chega ao fim da Ficha de Stock (última linha), deverá transportar o Stock Existente
para a nova ficha (ou verso) colocando na coluna [... Transporte].
A contagem física dos medicamentos em stock na enfermaria deve ser realizada no fim de cada
mês e registada na coluna [Stock existente] da FICHA DE STOCK.
CMAM - Modelo 04
Enfermaria: Farmácia do Ambulatório: MÊS/ANO:
Original
Duplicado
Triplicado
Elaborado por:
Preparado por:
51
DEPÓSITO DA ENFERMARIA / FARMÁCIA
Semanalmente/Quinzenalmente
v A identificação do serviço;
v O Stock Existente a nível da Enfermaria/Ambulatório dos produtos requisitados;
v A quantidade Pedida;
v A assinatura do pessoal que elaborou a requisição e o visto do Responsável Clínico do
serviço.
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
REQUISIÇÃO INTERNA/BALANCETE Nº
Unidade Sanitária: Distrito: Província:
Assinaturas e Visto:
v O pessoal do serviço interno que prepara a requisição deve assinar na linha [“Elaborado
Elaborado por: por”] em cada período de reposição;
Visto por:
v Preparado por:
O pessoal do Depósito Fornecedor que prepara a encomenda deve assinar na linha
[“Preparado por”] em cada período, confirmando as quantidades fornecidas e as infor-
mações registadas;
v A requisição interna deve ser apresentada ao Responsável Clínico da Unidade Sanitária
para censura e aprovação (visto);
v O representante da Enfermaria/Ambulatório deve assinar na zona [“Recebi”], confir-
mando as quantidades recebidas e as informações registadas em cada período.
No final do mês, o depósito fornecedor fica com o original da requisição interna com os campos
preenchidos completamente e assinada, enquanto a enfermaria/ambulatório fica com a cópia
anexada no livro de REQUISIÇÃO INTERNA
É primordial evitar a acumulação dos medicamentos nos frascos de stockagem. Assim, os en-
velopes devem ser conservados fechados junto ao stock existente até acabar numa primeira
fase este stock.
No que diz respeito à organização interna da farmácia deve-se prever a criação de um stock/
“depósito intermediário” num local de acondicionamento, onde se possam preparar embala-
gens de Medicamentos, individualizados por unidade de toma.
Os movimentos de stock neste “depósito intermediário” devem ser registados para cada um
dos produtos numa Ficha de Stock, reportando as entradas e saídas diárias.
2. Os Medicamentos serão fornecidos para um período máximo de 24 horas (72 horas no fim
de semana).
4. Cada Enfermaria terá um armário de dotação fixa, de composição muito restrita, adaptada
às suas características, definida em colaboração com o Responsável e o enfermeiro chefe
do serviço. A reposição deste armário deve ser feita pela farmácia.
Vantagens do sistema:
v Permite a preparação de doses exactas de cada medicamento para cada doente.
v Permite concentrar os stock de medicamentos a nível dos Serviços Farmacêuticos.
v Reduz e/ou evita a manipulação dos medicamentos nas enfermarias.
v O enfermeiro sente-se apoiado pelos Serviços Farmacêuticos e pode dedicar mais tempo
aos doentes.
v Proporciona o conhecimento do custo da Medicação por doente.
v Permite aumentar a segurança e qualidade da terapêutica do doente.
Principais dificuldades:
v Aumento dos custos a nível dos Serviços Farmacêuticos.
v Recursos Humanos especificamente para esta actividade
v Necessidade de espaço para esta actividade
v Necessidade de material para reembalagem e distribuição de Medicamentos.
Para resumir, o sistema de distribuição por unidose apresenta, sem dúvida, a melhor alternativa
para gestão e controlo dos medicamentos distribuídos a nível das enfermarias, devendo, no en-
tanto, considerar a necessidade imprescindível de recursos, tanto humanos ,como materiais.
O nível de stock será determinado pelo Director do Serviço, o Enfermeiro Chefe e o Técnico de
Farmácia. O stock assim definido deve dar resposta às necessidades do Serviço em medica-
mentos pelo período estabelecido, que idealmente reflecte o stock máximo de 3 dias.
Vantagens do sistema:
v Um maior controlo e segurança dos medicamentos.
v Uma maior variedade e menores quantidades de medicamentos na enfermaria.
v O enfermeiro sente-se apoiado pela Farmácia e pode dedicar mais tempo aos doentes,
diminuindo as suas tarefas de gestão dos medicamentos.
v Uma maior participação da farmácia na enfermaria, reforço da equipa de Saúde.
v Garante ao doente a sua terapêutica na enfermaria.
Principais dificuldades:
v Aumento dos custos a nível dos Serviços Farmacêuticos.
v Recursos Humanos especificamente para esta actividade
v Necessidade de espaço para esta actividade
v Necessidade de material para reembalagem e distribuição de medicamentos.
3. Preparação dos contentores da medicação, onde devem estar bem identificados o FNM, o
nome, a dosagem, a forma farmacêutica e o prazo de validade do medicamento.
5. Revisão periódica dos níveis estabelecidos para manter o stock de medicamentos sempre
adaptado às necessidades do serviço.
Contudo, como os encargos da saúde são muito elevados, este diploma legal definiu também
que a população deve contribuir parcialmente para esses encargos. No que se refere aos
medicamentos, essa contribuição é feita pela aquisição pelos utentes dos medicamentos não
incluídos nas listas de distribuição gratuita, seguindo os critérios estabelecidos pelo Decreto
16/88 de 27 de Dezembro, que regula o Fundo Social para Medicamentos e Suplementos
Alimentares Infantis bem como do Regulamento da Assistência Médica e Medicamentosa aos
Funcionários do Estado.
As receitas dos medicamentos cobrados pelo pessoal do Serviço Nacional de Saúde das far-
mácias do ambulatório devem ser entregues à CMAM - Central de Medicamentos e Artigos
Médicos, entidade oficial responsável pelo aprovisionamento dos medicamentos e suprimentos
médicos.
Assim, podemos definir cobrança como o sistema que permite exigir aos utentes o pagamento
dos medicamentos prescritos na Receita Médica e aviados nas farmácias do ambulatório.
Estas categorias têm direito a desconto na aquisição de medicamentos quando adquiridos nas
farmácias das Unidades Sanitárias do SNS, em função dos seguintes escalões:
FARMÁCIA DO AMBULATÓRIO
O valor correspondente à venda de medicamentos nas farmácias do ambulatório deve ser co-
brado na altura da dispensa dos medicamentos prescritos na receita médica.
As seguintes etapas do processo de recuperação de custos pelos hospitais são realizadas pelo
Responsável da Farmácia do Ambulatório:
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
MAPA RESUMO MENSAL
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS DE CAIXA
Unidade Sanitária: Distrito: Província:
Mês Ano Nº
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
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18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Total
Valor Total Depositado:
Número Total de Talões de Depósito:
Valor Total Entregue:
No fim do mês:
v Encerrar o MAPA RESUMO MENSAL DE CAIXA, totalizando todas as colunas na linha
[Total].
O Responsável da Farmácia da Unidade Sanitária deve assinar, confirmando as informa-
ções reportadas, e submeter o documento ao visto do Responsável Clínico da Unidade
Sanitária.
CMAM - Modelo 8
Depósito Distrital de: Hospital: Depósito Provincial de:
Informação Dep.
Informação dos Mapas Resumo Mensal de Caixa
Fornecedor
Unidade Sanitária/Enfermaria/Farm.Amb/
Distrito ou Hospital Nº de Valor Total Cobrado Valor Total Subsidiado Valor Total Nº de Talões de Valor Distribuido ao
Valor do Aviamento Depósito Valor Total Depositado Internamento
Receitas (A) (B) A+B
Original
5
7
ao Responsável Depósito Fornecedor
10
MAPA FINANCEIRO arquivados na Unidade Sanitária.
11
12
13
Duplicado/Triplicado
14
15
16
17
18
19
Quadruplicado
20
Total:
65
8. DEPÓSITOS BANCÁRIOS
Por depósito mensal de uma Unidade Sanitária, entende-se o depósito dos valores cobrados
durante um mês civil (do primeiro ao último dia do mês).
Os depósitos bancários devem ser efectuados em qualquer agência da rede do Banco escolhido
e na conta indicada pela CMAM, gestora exclusiva das receitas da venda de medicamentos.
Para os hospitais localizados em zonas onde não há bancos, os valores cobrados serão entre-
gues ao Responsável da Farmácia do Hospital ou ao Responsável da área Administrativa que
deverá efectuar na sede provincial um depósito mensal correspondente à cobrança da US.
Caso EXISTA banco na sede distrital Caso NÃO EXISTA banco na sede distrital
A maior parte dos modelos utilizados serão preenchidos em vários exemplares, sendo alguns
enviados para o Depósito Fornecedor e outros arquivados localmente.
Assim :
03 Guia de Remessa/ Mensal Nivel superior Original+duplicado Duplicado Nivel superior Original
Entrada
Os documentos arquivados em pastas devem ser arrumados por ordem cronológica crescente
de data, sendo a data mais recente em primeiro lugar.
Os livros devem ser guardados ou arrumados por tipo, sendo o mais recente em cima dos
outros.
Obter o Visto/Correcção
pelo Director Clínico e enviar Determinar a
Preencher o livro de Calcular o Consumo
para a CMAM Quantidade Trimestral
Requisição/Balancete Médio Trimestral
a requisitar
Conferência da
Preenchimento da parte
Recepção dos produtos Conferência do número quantidade e qualidade
de Entrada da Guia de
+ Guia de Remessa/Entrada de volumes dos produtos e verificação
Remessa/Entrada
dos prazos de validade