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3ª
Edição
Este Manual pertence ao:
A assistência técnica para a revisão deste manual foi financiada pela USAID através de contrato
USAID | PROJECTO DELIVER, ordem de serviço 1 nº GPO-I-01-06-00007-00
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRECÇÃO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
3ª
Edição
Colaboraram na revisão deste Manual:
Artur Fernandes
Bilal Elyas
Dália Somá
Denilson Namburete
Deogratias Gasuguru
Dionísio Chunguane
Emerson Ribeiro
João Teixeira
Inácio Carnot
Lucílio Williams
Marilene Madivádua
Marta Bule
Lídia Cardoso
Noémia Muíssa
Sérgio Seny
Tatiana Fonseca
Xitsembisso Susana
Agradecimentos a:
Catarina Óscar
Daitino Sarmili
Arménio da Silva
ÍNDICE
Introdução............................................................................................................................. Xi
Gestão de Medicamentos..................................................................................................... 1
Abastecimento....................................................................................................................... 5
Abastecimento Via Clássica Especial......................................................................... 5
Abastecimento Programado de Kits .......................................................................... 5
Depósito Provincial de Medicamentos........................................................................ 7
1. Depósito Provincial de Medicamentos.......................................................................... 9
2. Requisição....................................................................................................................... 10
2.1 Elaboração da Requisição Trimestral............................................................... 10
2.2 Preparação da Requisição/Balancete.............................................................. 10
2.1.2 Preenchimento da Requisição / Balancete...................................................... 11
2.1.3 Envio da Requisição......................................................................................... 13
2.2 Elaboração de uma Requisição Especial......................................................... 13
2.2.1 Elaboração duma Requisição Especial de Reforço devido a ruptura iminente
de Stock........................................................................................................... 14
2.2.2 Previsão dum Consumo maior para alguns Produtos devido a Surto ou
Epidemia........................................................................................................... 15
3. Gestão de Stock e Armazenagem . ............................................................................... 16
3.1 Recepção dos Medicamentos (Entrada no Stock) .......................................... 16
3.1.1 Recepção dos Medicamentos.......................................................................... 16
3.1.2 Conferência da Encomenda............................................................................. 16
a) Comissão de recepção ................................................................................ 18
b) Relatório de Ocorrências ............................................................................. 18
3.1.3 Preenchimento da Guia de Remessa /Colunas Relativas a Entrada .............. 20
3.1.4 Arrumação dos Produtos e Registo nas Fichas de Stock ............................... 20
a) Utilização da Ficha de Stock a nível do Depósito . ...................................... 21
b) Conservação dos Medicamentos................................................................. 23
c) Arrumação dos medicamentos..................................................................... 24
3.2 Processo de Inventário..................................................................................... 29
3.2.1 Contagem do Stock.......................................................................................... 30
a) Preparação do Inventário............................................................................ 30
b) Realização da primeira contagem .............................................................. 30
c) Reconciliação da contagem com o stock existente das fichas de stock .... 30
3.2.2 Preenchimento da parte do Balancete na Requisição/Balancete .................. 32
3.2.3 Preenchimento e Correcção das Fichas de Stock .......................................... 35
3.2.4 Arquivo do processo de Inventário................................................................... 37
3.3 Processo de Inutilização................................................................................... 37
3.3.1 Produtos que devem ser considerados para inutilização................................. 37
3.3.2 Retirada dos produtos das prateleiras.............................................................. 37
Símbolos
Nota importante
Tipo de arquivo
Convenção
v Os modelos oficiais utilizados nos procedimentos aparecem no texto em
MAIÚSCULA
v Os nomes das colunas ou dos campos referidos no texto aparecem entre parênte-
sis rectos [ ] e em “negrito”.
Das requisições recebidas, a CMAM emite ordens de fornecimento de acordo com a disponibi-
lidade nos armazéns centrais, tendo como princípio a distribuição equitativa dos medicamentos
aos diferentes níveis do Serviço Nacional de Saúde.
A Lei N° 25/91 de 31 de Dezembro, cria o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que se subordina
ao Ministério da Saúde e é constituído por Unidades Sanitárias que estão organizadas em
quatro níveis de atenção de saúde (a caracterização das Unidades Sanitárias foi actualizada
através do Diploma Ministerial N° 127/2002, de 31 de Julho):
v O Nível Central, representado pela CMAM de onde fazem parte os Armazéns Centrais de
Maputo e Beira, que abastecem os Hospitais Centrais, os Hospitais Gerais e os Depósitos
Provinciais;
v O Nível Provincial, representado pelos Depósitos Provinciais, que abastecem os Hospitais
Provinciais, os Hospital Especializados e os Depósitos Distritais, em algumas situações
abastecem também alguns Hospitais Rurais e Centros de Saúde;
v O Nível Distrital, representado pelos Depósitos Distritais que abastecem os Hospitais
Distritais, Rurais e os Centros de Saúde;
v O Nível Primário representado pelos Centros de Saúde;
v A Nível da Comunidade representado pelos APEs que são abastecidos pelos Depósitos
Distritais ou Centros de Saúde mais próximos.
Este Manual de Procedimentos tem como objectivo principal apoiar o pessoal da área da
Farmácia na realização das suas actividades diárias.
Este manual irá também contribuir para que a cadeia de distribuição de medicamentos do SNS
seja integrada e auditável a qualquer nível, com objectivo final de assegurar a disponibilidade
contínua de medicamentos.
Para o caso de programas específicos do MISAU, a requisição dos produtos deve ser feita em
coordenação com o responsável local do respectivo programa.
Pelo despacho 42/2007 de Sua Excelência o Ministro da Saúde datado de 2 de Maio, foi esta-
belecida a taxa única de cobrança de medicamentos por diferentes níveis.
Planif icação
Gestão de stock
Armazenamento
Distribuição
Para alguns programas do MISAU como o tratamento com antiretrovirais, malária e tuberculo-
se, os procedimentos são diferentes e estão descritos detalhadamente em outros manuais.
Este abastecimento é feito com base na elaboração de uma requisição, para a qual é necessá-
rio seleccionar e quantificar os medicamentos necessários com base nos consumos médios e
o stock de segurança considerando as quantidades existentes no stock.
Existem 2 tipos de kits, nomeadamente Kit US e Kit APE, sendo o primeiro destinado às
Unidades Sanitárias e o segundo aos Agentes Polivalentes Elementares.
Médico
Técnico de Medicina
Agente de Medicina
Kit US 1000
Enfermeiro Geral
Enfermeiro Básico
Enfermeira de SMI
O cálculo das necessidades, a nível do Depósito Provincial baseia-se na análise das quantida-
des anteriormente distribuidas ou pedidas pelos seus dependentes, dependendo do facto
de ter ou não ter havido roturas de stock durante o período anterior e com base no inventário
corrente.
Elaboração da requisição
Envio da requisição para o depósito fornecedor Recepção da encomenda
Uso e distribuição dos produtos
É este modelo que deve ser enviado à CMAM antes do dia 15 do primeiro mês do trimestre,
para que a reposição do stock para o respectivo depósito seja efectuada atempadamente.
CMAM - Modelo 01
Nível de Qualificação do Responsável Clínico: Nº de Consultas Externas Realizadas: Nº de kits Abertos US APE Data de Requisição:
Original
Duplicado
Triplicado
2.1.2 Preenchimento da Requisição / Balancete
11
Regras de preenchimento do Modelo 01
O cabeçalho deve ser preenchido em cada uma das folhas usadas.
As informações pedidas permitem:
v Identificar a [Unidade Sanitária] que deve referir-se ao respectivo Depósito Provincial de
Medicamentos e a [Província];
v Identificar (marcando no lugar apropriado) o tipo de requisição como [Normal], assim
como a [Data de requisição].
Onde:
Consumo Médio Mensal = Total de Saídas ou Pedidos do Trimestre/3
Stock de Segurança = 2 X Consumo Médio Mensal (Saídas ou Pedidos)
Stock Existente= Inventário no final do período (trimestre)
Continua F
Todos os produtos devem ter uma ficha de stock, incluindo aqueles que
têm stock igual a zero. Quando tiver um produto sem Ficha de Stock, e
este lhe é solicitado, deve ser aberta uma Ficha de Stock para o registo. Por
outro lado, pode-se recorrer as guias de remessa para efectuar os registos
dos produtos pedidos que não foram fornecidos ou usar as marcações
“NÃO HÁ” da própria requisição, para transferir os dados dos pedidos não
fornecidos, para a Ficha de Stock.
Os produtos eleitos para constar na requisição especial, são aqueles cujo Stock Existente
na respectiva Ficha de Stock é inferior ao respectivo Stock de Segurança, e a quantidade a
requisitar não poderá ultrapassar o Stock de Segurança.
As requisições especiais que ocorrem antes do período de elaboração das requisições nor-
mais, só podem ser elaboradas depois do primeiro aviamento e após a recepção dos medica-
mentos da requisição normal. A quantidade do produto requisitado deverá ser descontada na
requisição normal, caso não haja pendentes em divida da CMAM ou se a quantidade requisita-
da nessa requisição especial for superior aos pendentes existentes.
Continua F
O agente encarregado pelo transporte deverá entregar esta documentação junto com os volu-
mes (caixas seladas).
Assim, no primeiro acto da recepção, que é a entrada dos volumes no armazém, o Chefe do
Depósito Provincial de Medicamentos deve verificar, na presença do transportador, se as em-
balagens ou caixas de medicamentos não foram violadas, e se o N° de volumes corresponde
à quantidade indicada na GUIA DE REMESSA / ENTRADA.
Se forem detectadas faltas ou a violações de volumes, será anotada uma observação e logo avi-
sado o Médico Chefe Provincial, incluindo a elaboração de um RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA
que deve ser assinado também pelo transportador.
CMAM - Modelo 02
Data da Requisição: Expirado
Modelo 02
Original
4
10
Duplicado
11
12
13
14
15
16
17
Triplicado
18
19
20
Valor da Remessa:
17
a) Comissão de recepção
Uma comissão de recepção será constituída de modo a controlar as informações da Guia de
Remessa/Entrada, a qualidade dos medicamentos recebidos e a confirmar a entrada no ar-
mazém. A composição desta comissão depende da disponibilidade dos intervenientes, sendo
sempre necessária a presença de:
b) Relatório de Ocorrências
Se detectar qualquer anomalia tanto de quantidade assim como da qualidade do produto, deve
ser comunicado imediatamente ao Responsável Clínico do Depósito Fornecedor através do
RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA, que pode ser feito em folha A4 em duplicado.
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE RELATÓRIO DE OCORRÊNCIAS
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
Vistos e Assinaturas:
Os elementos da comissão de recepção devem, após conferência, assinar os dois exempla-
Conferido por:res da GUIA DE REMESSA / ENTRADA, tal como participar
Transportado por: Recebido por: na elaboração do Relatório de
Ocorrências se for necessário.
Uma vez preenchido, o original da GUIA DE REMESSA / ENTRADA será anexado à REQUISIÇÃO
correspondente, num processo único e o duplicado devolvido ao Depósito Fornecedor.
Na mesma altura deve-se lançar para cada um dos produtos, as entradas correspondentes nas
Fichas de Stock, actualizando os respectivos stocks.
A FICHA DE STOCK (Modelo 03) deve ser utilizada para todos os produtos presentes e ge-
ridos no depósito, incluindo os Kits e os livros de modelos. As informações são processadas
sempre que haja um movimento de Saída, Inventário ou de Entrada como se ilustra no modelo
a seguir:
FICHA DE STOCK
CMAM - Modelo 03
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
… Transporte :
Quando se chega ao fim da Ficha de Stock (última linha), deverá transportar o Stock Existente
para a nova ficha (ou verso) colocando na coluna [... Transporte].
Os elementos adversos dos medicamentos são: calor, luz, humidade, ratos e insectos. Também
é necessário proteger os medicamentos dos roubos e do incêndio, para além de ter que ser
sempre tomado em consideração o prazo de validade.
¸ Colocar garrafas com água nas de baixo e cima para manter a temperatura constante;
Calor
O calor acelera a degradação dos medicamentos. Na medida do possível deve-se criar corren-
tes de ar na zona de armazenagem no sentido de baixar a temperatura ambiente no local.
Luz
Alguns medicamentos deterioram-se quando expostos à luz. A sensibilidade é variável em fun-
ção dos produtos, mas em regra todos os produtos devem estar protegidos da luz(usando
cortinas ou pintando as janelas com a cor branca).
As caixas NÃO devem ser arrumadas directamente no chão, mas sim nas
prateleiras, em paletes ou estrados para grandes volumes.
Limpeza
Diariamente, deve-se limpar o pó das prateleiras, caixas, embalagens, sacudir as redes das
janelas, varrer o chão, e tirar o lixo. Deve também ser estabelecido um calendário mensal de
limpeza com água e sabão para as paredes, chão, janelas e portas.
Assim, por exemplo, para evitar a aparição de baratas o armazém deve ser limpo
regularmente.
Tendo em conta que os ratos destroem muitas vezes os soros, plásticos, comida e outros, os
produtos devem ser bem arrumados verificando regularmente a integridade das embalagens.
Os medicamentos impróprios para o uso devem ser destruídos regularmente. Enquanto aguar-
da pela sua destruição devem estar isolados mas devidamente arrumados.
Usar insecticidas e verificar se as redes das janelas e outras possíveis entradas de roedores e
insectos estão protegidas e em boas condições.
Roubo
De modo a minimizar os riscos de roubo é necessária a tomada de algumas precauções.
Nos armazéns:
v Limitar o acesso a área de armazenagem;
v Permitir só a circulação de pessoal autorizado nas áreas de armazenagem;
v Proceder a revista de pessoas na entrada e saída do armazém;
v Assegurar as portas e janelas com fechaduras fortes, grades e dispositivos de segurança;
v As portas devem ter, pelo menos, duas fechaduras, cada uma com chaves diferentes.
Durante o transporte:
v Usar embalagens fortes;
v Fechar as embalagens (com uma fita plástica ou de metal, fita cola, em volta da
embalagem);
v Verificar cuidadosamente a mercadoria na altura da recepção.
Prazos de validade
É possível minimizar as perdas devido a expiração de prazo de validade através das seguintes
medidas:
3. O depósito tem duas fechaduras, cada uma com a sua chave e está Sim o Não o
devidamente gradeado?
4. O depósito está sempre fechado quando não existe pessoal a Sim o Não o
trabalhar?
6. O armazém está isento de infiltração, tem boa ventilação e está Sim o Não o
protegido da luz solar directa?
3. A correcção das FICHAS DE STOCK sendo os saldos confirmados ou não pelo inventário.
a) Preparação do Inventário
v Informar todas as unidades dependentes da data de realização do Inventário, sendo o de-
pósito considerado como fechado;
v Limpar e arrumar devidamente o depósito, agrupando na medida do possível os mesmos
produtos no único lugar e colocando a respectiva Ficha de Stock. Um depósito organizado
é mais fácil de inventariar;
v Actualizar as Fichas de Stock, registando todos os movimentos de entrada e de saída dos
produtos se tiver remessas pendentes ou não registadas;
v Criar uma Comissão de Inventário, formada para o efeito, que inclua o Médico Chefe
Provincial ou seu representante;
v Dividir o trabalho e definir as tarefas de cada membro da equipa; dependendo da dimensão
do seu depósito e do número de pessoas que participam na realização do inventário, pode
ser necessária a criação de folhas de rascunho que servirão de base para a realização do
relatório final do Inventário.
Numa lista de contagem provisória levantam-se para cada produto os dados necessários para
elaboração do relatório final de Inventário:
Uma vez contados, para todos os itens do armazém devem ser reconciliadas as quantidades
contadas (lista de contagem) com o stock existente na FICHA DE STOCK.
Se para um produto os dois dados não corresponderem, será necessário efectuar uma
nova contagem física deste produto para assegurar-se que a diferença detectada não prove-
nha dum erro de contagem.
No caso de se ter dados diferentes nas quantidades contadas da primeira e da segunda vez,
deve se contar de novo o stock do produto até ter pelo menos 2 contagens idênticas.
Reconciliação
dos dados 2
Nova
contagem NÃO Corresponde?
NÃO SIM
Preenchimento do 4
balancete 2
1
Correcção da
5
Ficha de Stock
Elaboração
6
da requisição
Na altura do preenchimento, os mesmos produtos com Nº de lote diferentes, devem ser consi-
derados como produtos diferentes. Portanto, são preenchidos em linhas diferentes como está
descrito no exemplo que se segue com 3 lotes de Ácido Acetíl Salicílico para um total de
10 000 + 15 000 + 2 000 = 27 000 comp.
CMAM - Modelo 01
Nível de Qualificação do Responsável Clínico: Nº de Consultas Externas Realizadas: Nº de kits Abertos US APE Data de Requisição:
Original
Duplicado
Triplicado
33
A elaboração da parte do BALANCETE no modelo REQUISIÇÃO/BALANCETE é feita através
da compilação dos dados do INVENTÁRIO trimestral e das FICHAS DE STOCK. Portanto, é
necessário a recolha das fichas correspondentes das prateleiras, de modo a que se possa ter
em mão as informações relativas à entrada e à saída de cada um dos produtos.
v Diferença entre o Stock Teórico calculado no Balancete e o Saldo na Ficha de Stock (Erro
de transcrição, cálculo ou de contagem);
v Diferença entre o Stock Teórico calculado no Balancete e o Inventário (Movimento em falta
por esquecimento, erro de transcrição, erro de contagem ou desvio).
É necessário actualizar as Fichas de Stock para que os dados reflictam a realidade (veja o
seguinte exemplo).
Para qualquer produto, que tenha ou não erros no Inventário, deve-se preencher a vermelho
uma nova linha na Ficha de Stock com as seguintes informações:
v Data do Inventário;
v Descrição do Inventário;
v Quantidade contada;
v Deve-se também actualizar os prazos de validade.
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
FICHA DE STOCK
CMAM - Modelo 03
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
… Transporte : 5,000
… Transporte :
3.2.4 Arquivo do processo de Inventário
O Processo de Inventário completo é composto de 2 documentos:
A inutilização de medicamentos nos Depósitos Distritais só poderá ser efectuada nos casos
em que estiver garantido o cumprimento das normas para o efeito, e o envio da informação
completa da inutilização ao Depósito Provincial.
b) Lista de inutilizados
A nível dos depósitos autorizados a realizar inutilização de medicamentos será compilada a
informação das GUIAS DE REMESSA / ENTRADA recebidas de modo a elaborar uma lista
única e recapitulada dos produtos a serem destruídos.
A seguir um modelo que possa servir de referência para elaboração desta lista:
Designação N° de Lote Prazo de Quantidade Preço Unitário Valor Total Guia de Remessa
FNM
Nome Dosagem Forma Validade Nº Data
07- A- 01 Ácido Acetil Salicílico 500 mg Cp. PA564 31/03/2004 20.000 60 000 1 200 000 000 000545 12/07/2004
c) Periodicidade
Os Depósitos Provinciais devem trimestralmente realizar o acto de inutilização.
d) Processo de destruição
No acto de destruição dos Medicamentos ao nível do Depósito Provincial, participarão os mem-
bros indicados pela DPS. Os membros desta comissão posteriormente, devem assinar o Auto
de Inutilização, rubricar e numerar todas as listas a anexar ao Auto.
Os acumulados da província devem ser devolvidos ao nível central ou transferidos a outra pro-
víncia sempre que necessário, e os medicamentos devolvidos devem ter pelo menos 6 meses
de validade e os transferidos pelo menos 3 meses .
Cada transferência ou devolução deve ser autorizada pelo Médico Chefe Provincial. No caso
da transferência esta deve ser realizada contra a apresentação de uma requisição da província
que necessite de stock.
A quantidade a devolver ou a disponível para transferência, pode ser calculada a partir dos
dados das saídas e do stock recolhidos da Ficha de Stock.
Medicamentos acumulados ou em excesso, são os produtos para os quais o seu Stock Existente
no depósito é superior ao Stock Máximo (5 X Consumo Médio Mensal) sendo a quantidade
a requisitar calculada pela seguinte fórmula:
2
Original
8
Duplicado
10
11
12
13
14
15
16
Triplicado
17
18
19
20
Valor da Remessa:
Em geral a devolução segue as mesmas regras de preenchimento como se fosse uma re-
messa normal, no entanto existem algumas variantes:
Assim, deve ser cumprido um calendário de trabalho pré-estabelecido, de modo a que a pro-
víncia receba as requisições dos seus dependentes, até o dia 5, realize o aviamento até o dia
20 e entregue os medicamentos antes do fim do mês.
Por outro lado, as requisições dos dependentes devem ser devidamente analisadas de acordo
com os seus consumos habituais para o mês, o stock ainda existente em cada US dependente
e o stock disponível na província para fazer face a todos os pedidos.
Neste capítulo, vão ser descritos os passos para distribuição de medicamentos a partir do
Depósito Provincial de Medicamentos para os seus dependentes.
CMAM - Modelo 01
Nível de Qualificação do Responsável Clínico: Nº de Consultas Externas Realizadas: Nº de kits US APE Data de Requisição:
Abertos
Antes de cada distribuição, deve ser comparado o Stock Disponível no Depósito Provincial
e o Total dos Pedidos das Unidades Dependentes.
Em caso de insuficiência de stock, deve-se evitar que os últimos clientes a serem aviados
sejam penalizados.
Nesses termos, deve ser aplicado um factor de correcção para a divisão do Stock Disponível
por todos os dependentes em função de cada um dos pedidos.
Esse factor pode ser o Quociente entre Stock Disponível e o Total dos Pedidos ou a Quota
de Distribuição, desde que devidamente actualizada.
4.3 Aviamento
Para cada produto aviado deve-se registar imediatamente na FICHA DE STOCK correspon-
dente, indicando a data da remessa, o destino da mercadoria, o documento de suporte com o
seu N°, as quantidades aviadas (saída) e actualizar o Stock Existente. O pessoal que prepara
a encomenda deve assinar na coluna rubrica.
FICHA DE STOCK
CMAM - Modelo 03
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
… Transporte :
… Transporte :
2
Original
8
Duplicado
Cabeçalho 10
11
12
14
v 17
18
v
19
20
Identificar o [N° da Requisição] e a [Data da Requisição] que deu lugar a elaboração
desta GUIA DE REMESSA / ENTRADA, tal como a [Data da Remessa];
Valor da Remessa:
A instituição para a qual se destina a mercadoria deve ser devidamente identificada nos
volumes.
Existem 2 tipos de kits, nomeadamente Kit US e Kit APE, sendo o primeiro destinado às
Unidades Sanitárias e o segundo aos Agentes Polivalentes Elementares.
O nível de qualificação do pessoal clínico determina o tipo de kit a ser utilizado, enquanto o Nº
de consultas externas permite avaliar a quantidade de kits necessários para cobrir as activida-
des da unidade sanitária.
Assim, no primeiro acto da recepção, que é a entrada dos volumes no armazém, o Responsável
do Depósito Provincial de Medicamentos deve verificar os Kits não foram violados, e se o N° de
volumes corresponde à quantidade indicada na GUIA DE REMESSA/ENTRADA.
Os Kits de medicamentos, uma vez recebidos passam a ser considerados como qualquer outro
produto seguindo as mesmas regras de gestão e armazenagem.
Assim, as quantidades recebidas serão lançadas nas respectivas fichas de stock do Depósito
Provincial imediatamente após arrumação das caixas no armazém.
A “média mensal de consultas externas realizadas” pelas Unidades Sanitárias durante o tri-
mestre, vai permitir determinar a quantidade de kits que o DPM deve fornecer aos Distritos no
trimestre seguinte. Esta planificação deve:
v Incluir um Stock de Segurança (Avaliado em 1 mês de fornecimento) para cada Distrito
v Considerar o Stock existente de Kits a nível do Distrito no fim do trimestre precedente
Para realizar esta planificação, o Depósito Provincial tem que preencher o Modelo 9 – Mapa
Resumo/ Plano Trimestral de distribuição de Kits.
CMAM - Modelo 09
Distrito: Província:
49
Regras de preenchimento do Modelo 9
O cabeçalho:
As informações pedidas vão permitir:
Neste nível, devem-se preencher os dados relativos aos movimentos de stock do Depósito
Provincial de Medicamentos, a saber:
v O [Total anual de CE] realizadas sendo recalculado uma [Média Mensal Ajustada de CE]
em função das possíveis faltas de dados.
v Um crescimento do Nº de consultas externas, avaliado em 10% (este % pode ser alterado
se necessário), será aplicado na Média Mensal Ajustada de CE agora calculada.
Assim as necessidades anuais por tipo de Kit calculam-se da seguinte maneira:
Assim deve-se buscar o somatório das quantidades dos respectivos Kits US e APE neces-
sários para cobrir, a nível da província, o Nº total de consultas externas avaliado para o ano
seguinte.
Da mesma maneira que se considerou um Stock de Segurança de um mês para o nível distrital,
acrescenta-se à planificação de um Stock de Segurança provincial avaliado em 3 meses de
necessidades.
Contudo, como os encargos da saúde são muito elevados, este diploma legal definiu também
que a população deve contribuir parcialmente para esses encargos. No que se refere aos
medicamentos, essa contribuição é feita pela aquisição pelos utentes dos medicamentos não
incluídos nas listas de distribuição gratuita, seguindo os critérios estabelecidos pelo Decreto
16/88 de 27 de Dezembro, que regula o Fundo Social para Medicamentos e Suplementos
Alimentares Infantis bem como do Regulamento da Assistência Médica e Medicamentosa aos
Funcionários do Estado.
As receitas dos medicamentos cobrados pelo pessoal do Serviço Nacional de Saúde das far-
mácias do ambulatório devem ser entregues à CMAM - Central de Medicamentos e Artigos
Médicos, entidade oficial responsável pelo aprovisionamento dos medicamentos e suprimentos
médicos.
Assim, podemos definir cobrança como o sistema que permite exigir aos utentes o pagamento
dos medicamentos prescritos na Receita Médica e aviados nas farmácias do ambulatório.
Estas categorias têm direito a desconto na aquisição de medicamentos quando adquiridos nas
farmácias das Unidades Sanitárias do SNS, em função dos seguintes escalões:
56
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Mês e Ano da Cobrança
MINISTÉRIO DA SAÚDE MAPA FINANCEIRO
CENTRAL DE MEDICAMENTOS E ARTIGOS MÉDICOS
CMAM - Modelo 8
Depósito Distrital de: Hospital: Depósito Provincial de:
Informação Dep.
Informação dos Mapas Resumo Mensal de Caixa
Fornecedor
Unidade Sanitária/Enfermaria/Farm.Amb/
Distrital ou Hospital.
Distrito ou Hospital Nº de Valor Total Cobrado Valor Total Subsidiado Valor Total Nº de Talões de Valor Distribuido ao
Valor do Aviamento Depósito Valor Total Depositado Internamento
Receitas (A) (B) A+B
1
alizados durante o mês.
Original
5
10
11
12
13
Duplicado/Triplicado
14
15
16
17
18
19
Quadruplicado
20
MAPAS FINANCEIRO DISTRITAL enviados pelos Depósitos Distritais e Hospitais
Total:
Os documentos arquivados em pastas devem ser arrumados por ordem cronológica crescente
de data, sendo a data mais recente em primeiro lugar.
Os livros devem ser guardados ou arrumados por tipo, sendo o mais recente em cima dos
outros.