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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 5
10 CAATINGA ............................................................................................ 26
11 MANGUEZAL ........................................................................................ 30
12 CERRADO ............................................................................................. 31
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16 MATA DE ARAUCÁRIA ......................................................................... 35
20.2 Precipitação........................................................................................ 55
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30.1 Avaliações promovidas pelos indicadores de sustentabilidade
empresarial. ........................................................................................................... 89
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Fonte: jornaloliberal.net
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O Desenvolvimento Sustentável pode ser caracterizado como o
desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias
necessidades. Ela implica possibilitar às pessoas, agora e no futuro, atingir um nível
satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural,
fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as
espécies e os habitats naturais. Em resumo, é o desenvolvimento que não esgota os
recursos para o futuro.
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sociais. É um veículo de humanização da economia, e, ao mesmo tempo, pretende
desenvolver o tecido social nos seus componentes humanos e culturais.
Vê o ser humano não como objeto, mas sim como objetivo do desenvolvimento.
Ele participa na formação de políticas que o afetam, decide, controla e executa
decisões.
Sustentabilidade cultural: leva em consideração como os povos encaram os
seus recursos naturais, e sobretudo como são construídas e tratadas as relações com
outros povos a curto e longo prazo, com vista à criação de um mundo mais sustentável
a todos os níveis sociais. A integração das especificidades culturais na concepção,
medição e prática do desenvolvimento sustentável é fundamental, uma vez que
assegura a participação da população local nos esforços de desenvolvimento.
Fonte: jornalggn.com.br
Todavia, uma rápida consulta aos resultados desses dois primeiros esforços
certamente provocará a seguinte indagação: poderá surgir daí um índice sintético de
desenvolvimento sustentável? A resposta mais sensata parece ser negativa, porque
índices compostos por várias dimensões (que, por sua vez, resultam de diversas
variáveis) costumam ser contraproducentes, para não dizer enganosos ou traiçoeiros.
Por outro lado, sem um bom termômetro de sustentabilidade, o mais provável é que
todo mundo continue a usar apenas índices de desenvolvimento (quando não de
crescimento), deixando de lado a dimensão ambiental.
Tanto quanto um piloto precisa estar permanentemente monitorando os
diversos indicadores que compõem seu painel, qualquer observador do
desenvolvimento sustentável será necessariamente obrigado a consultar dezenas de
estatísticas, sem que seja possível amalgamá-las em um único índice. Talvez seja
essa a razão que faz o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente)
não ter se lançado na construção de um índice de desenvolvimento sustentável
equivalente ao IDH.
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Isto não impede, contudo, que se procure elaborar um índice de
sustentabilidade ambiental, em vez de desenvolvimento sustentável, para que possa
ser comparado com outros índices de desenvolvimento, como os que foram
mencionados no início deste livro. Ou ainda, que se prefira representações gráficas
multifacetadas, em vez de um número índice. A ideia foi apresentada em 2002 ao
Fórum Econômico Mundial por um grupo de trabalho formado por pesquisadores de
duas universidades americanas.
Fonte: geranegocios.com
5 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
Fonte: isotecconsultoria.com
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6 COMPORTAMENTO HUMANO VOLTADO AO MEIO AMBIENTE
Fonte: sustentarqui.com
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Os brasileiros possuem o direito ao meio ambiente garantido
constitucionalmente. A Carta Magna vigente, em seu art. 225, nos garante o direito de
usufruir o meio ambiente e o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações. Ocorre que, a maioria das pessoas, sendo raríssimas as exceções,
tanto naturais como jurídicas, vêm se interessando somente em exercer o direito, mas
não cumprir o dever.
O Estudo Prévio de Impacto Ambiental previsto no inciso III do artigo 9º da Lei
nº 6.938/81 e no art. 225, § 1º da Constituição Federal, dispõe a respeito da
obrigatoriedade e importância deste estudo, que é tratado constitucionalmente como
poder-dever do Poder Público. O Estudo prévio de Impacto Ambiental é uma
manifestação significativa do princípio da prevenção e constitui um dos instrumentos
básicos da Política Nacional do Meio Ambiente. Tem a função de apontar os possíveis
riscos que um projeto pode oferecer à natureza e indicar uma solução para a
implantação do projeto de forma a combater e prevenir um possível dano ambiental.
São merecedoras de gratificações as grandes empresas de elevada produção
que, em meio a este escopo, preocupam-se não só com o lucro, mas também com a
preservação da natureza. Tais empresas são dotadas de certificados como a ISO
14001, comprovadores e reconhecedores de tal mérito e passam a valorizar cada
particularidade do sistema natural, ou seja, comprometem-se com a coleta seletiva do
lixo e a reciclagem do mesmo, gerando economia de energia e proteção sistemática
do Meio Ambiente. Trabalham intensamente no combate ao desperdício de todo
gênero natural, como a água, o solo e a energia.
Apesar de campanhas mundiais e divulgação de estatísticas, a sede humana
de exploração, consumo e lucro é cada vez maior, aumentando assim as
consequências do efeito estufa. Podemos citar a título de ilustração, o derretimento
de geleiras nos polos e degradação da camada de ozônio.
Na “Guerra Econômica” travada entre Nações, o homem vem destruindo algo
que lhe pertence e, tal situação, aliada ao hiper crescimento populacional traz como
consequências o aumento do consumo, a exploração do solo em larga escala,
descarga de dejetos e emissão de CO2, contribuindo para um meio desequilibrado.
Populações sofrem com catástrofes meteorológicas, como enchentes, passam
fome devido à ausência de solos férteis devido à seca, escassez de água potável além
de problemas respiratórios causados pelo ar impuro impregnado de agentes fruto do
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efeito estufa. Este, um dos maiores demonstradores do descaso ambiental, que vem
sendo contribuído pela queima de combustíveis fósseis como a gasolina e também
pelas queimadas de florestas.
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7 ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE, OS PRINCIPAIS ECOSSISTEMAS
BRASILEIROS
Fonte: cenedcursos.com
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Fonte da imagem: sobiologia.com
Mas o futuro da Amazônia não será definido apenas por sua importância
socioambiental e por seus potenciais. As ameaças de degradação avançam
em ritmo acelerado. Os dados oficiais elaborados pelo INPE sobre o
desmatamento na região mostram que ele é extremamente alto e está
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crescendo. Já foram eliminados cerca de 570 mil quilômetros quadrados de
florestas na região, uma área equivalente à superfície da França, e a média
anual dos últimos sete anos é da ordem de 17,6 mil quilômetros quadrados
(INPE, 2001, apud MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE
BIODIVERSIDADE E FLORESTAS, 2002, p. 21).
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umidade, que é resultado da constante evapotranspiração da floresta, produzindo
massas de ar úmido para todo o continente sul-americano, os chamados Rios
Voadores.
É importante não confundir o Bioma Amazônia com a Floresta Amazônica. O
primeiro termo refere-se às características gerais que envolvem a mata, os animais,
os rios, os solos e a flora, o segundo limita-se às características da floresta.
Mata de cocais: A mata de cocais situa-se entre a floresta amazônica e a
caatinga. São matas de carnaúba, babaçu, buriti e outras palmeiras. Vários tipos de
animais habitam esse ecossistema, como a arara canga e o macaco cuxiú. É um tipo
de cobertura vegetal situada entre as florestas úmidas da região Norte e as terras
semiáridas do Nordeste do Brasil, sendo uma zona de transição entre os
biomas Caatinga, Floresta Amazônica e Cerrado. Abrange predominantemente o
Meio-Norte (sub-região formada pelos estados do Maranhão e Piauí), mas também se
estende pelos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Tocantins.
Influenciado pela sua localização, esse bioma possui três tipos de
climas: equatorial úmido - quente e chuvoso, predominando em menos de 20% do
bioma; tropical semiúmido - predomina em mais de 65%, com estações secas e
úmidas bem definidas e temperaturas médias elevadas; tropical semiárido – quente e
seco, com chuvas escassas e irregulares, predomina em 15% do bioma.
A Mata dos Cocais se formou ocupando lacunas de outras formações vegetais
(cerrados e florestas amazonenses), que foram desmatadas para criação de pasto e
exploração de madeira. Seu solo é rico em minérios como: ferro, ouro,
diamante, bauxita, alumínio e níquel. Uma característica interessante é que o solo, na
região dos cocais, possui um lençol freático pouco profundo, permanecendo úmido o
ano inteiro.
A vegetação da Mata dos Cocais é dominada pela palmeira babaçu (sendo a
mais importante a Orbignya speciosa), que predomina nos locais mais úmidos como
o Maranhão, norte do Tocantins e oeste do Piauí. Na área menos úmida, que abrange
o leste do Piauí e litorais do Ceará e Rio Grande do Norte, predomina a palmeira
carnaúba (Copernicia cerifera). As outras principais palmeiras são o buriti (Mauritia
flexuosa) e a oiticica (Licania rígida). Uma grande quantidade de arbustos e
vegetações de pequeno porte também são encontradas nos locais de menores
altitudes.
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O babaçu chega a atingir 20 metros de altura e uma árvore pode produzir até
2.000 frutos (cocos) por ano. Dentro dos frutos existem as amêndoas, das
quais é extraído um óleo muito utilizado em diversas indústrias (alimentícias,
farmacêuticas, químicas, etc.). Outras partes do coco também são
aproveitadas, como o epicarpo (camada externa), que é utilizado na produção
de estofados, embalagens, vasos, placas, entre outros. (SANTOS, 2013,
apud SUÇUARANA, 2015).
8 PANTANAL MATO-GROSSENSE
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Uma das últimas regiões a ser ocupada e desenvolvida no Brasil, o Pantanal
abriga hoje um Parque Nacional, além de muitas fazendas, principalmente de gado.
O Pantanal Mato-grossense é uma das mais exuberantes e diversificadas
reservas naturais do Planeta integrando-o ao acervo dos patrimônios da humanidade.
É a maior extensão úmida contínua do planeta. Hidrograficamente, todo o Pantanal
faz parte da bacia do rio Paraguai constituindo-se em uma imensa planície de áreas
alagáveis. Quando do período das cheias justifica a lenda sobre sua origem, que seria
um imenso mar interior - o mar de Xaraés.
O clima é tipo quente no verão, com temperatura média em torno de 32°C e frio
e seco no inverno, com média em torno de 21°C, ocorrendo ocasionalmente, geadas
nos meses de julho e agosto. A união de fatores tais como o relevo, o clima e o regime
hidrográfico da região favoreceram o desenvolvimento de numerosas espécies
animais e vegetais que povoam abundantemente toda sua extensão.
Existem dez tipos de pantanal na região com características diferentes de solo,
vegetação e drenagem, são eles: Nabileque - 9,4 %; Miranda, 4,6%; Aquidauana, 4,9
%; Abobral - 1,6 %; Nhecolândia - 17,8 %; Paiaguás - 18,3 %; Paraguai - 5,3 %; Barão
de Melgaço - 13,3 %; Poconé - 12,9 %; Cáceres - 11,9 %.
A beleza proporcionada pela paisagem pantaneira fascina pessoas de todo o
mundo fazendo com que o turismo se desenvolva em vários municípios da região. O
desenvolvimento de um pensamento ambientalista e social para o pantanal mato-
grossense tem levado vários pesquisadores a discutirem o impacto da ocupação
humana neste ecossistema.
Dentre os principais problemas ambientais destaca-se: A pesca predatória; a
caça de jacarés; a poluição dos rios da bacia do Paraguai; os garimpos do Estado de
Mato Grosso; a poluição das águas pelo mercúrio; a hidrovia Paraguai-Paraná.
Tais questões tem sido alvo de uma extensa discussão e algumas ações
ambientais por parte dos órgãos ambientais e da comunidade tem coibido tais
agressões.
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9 CAMPOS SULINOS
10 CAATINGA
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região também enfrenta sérios problemas sociais, incluindo baixos níveis de renda e
educação, saneamento ambiental precário e altas taxas de mortalidade infantil.
Tentativas de promover o desenvolvimento econômico da Caatinga vêm sendo
feitas desde o período imperial, mas as dificuldades são imensas devido à aridez do
país e à instabilidade das chuvas. A principal atividade econômica da Caatinga é a
agricultura. A agricultura na região é caracterizada pela irrigação artificial possibilitada
pela construção de canais e barragens.
Alguns projetos de irrigação para agricultura comercial estão sendo
desenvolvidos no médio vale do São Francisco, principal rio da região, ao longo do
Parnaíba.
10.1 Vegetação
10.2 Fauna
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10.3 Restinga
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dunas, predominam as espécies herbáceas, por vezes com pequenos arbustos e
árvores que ora aparecem isolados e pouco expressivos, ora formam grupos mais
densos, com diferentes fisionomias, rácios de composição e cobertura. A vegetação
de praias e dunas ocorre em quase toda a costa brasileira, mas sua descrição exata
e os termos usados para descrevê-las variam muito. As pressões antrópicas em
termos de ocupação e urbanização da zona costeira já deslocaram muitas áreas
representativas dessa formação em vários pontos da costa brasileira.
As formações arbustivas das planícies litorâneas, que para muitos autores
constituem o próprio banco de areia, são os tipos de vegetação que mais chamam a
atenção no litoral brasileiro, tanto por sua aparência peculiar quanto por sua
fisionomia, que vai do cerrado denso ao vinhedo, bromélias terrestres e cactos a
matagais de comprimento e altura variados, intercalados com espaços abertos que
em muitos locais expõem diretamente a areia, principal componente do substrato
dessas formações. Os termos "scrub", "scrub", "escrube" e "fruticeto" têm sido
utilizados para designar comunidades e/ou formações deste tipo, particularmente na
região costeira.
As formações florestais encontradas na Planície Costeira brasileira variam
muito ao longo da costa, e essas variações são geralmente atribuídas às influências
das formações vegetais adjacentes e às propriedades do substrato, principalmente
sua origem, composição e condições de drenagem.
Estas florestas vão desde formações com altura da camada superior de 5 m,
geralmente livres de inundações periódicas devido à elevação do lençol freático
durante os períodos mais úmidos, até formações mais desenvolvidas com alturas de
cerca de 15 a 20 m, muitas vezes em associação com solos hidromórficos e/ou
orgânicos.
Estes dois tipos de florestas seguem geralmente as variações topográficas
resultantes da justaposição de áreas costeiras, pelo menos onde tais feições são bem
definidas. Nas localidades mais para o interior da planície costeira, geralmente em
terrenos mais baixos, onde essas orientações não são bem definidas e os solos são
encharcados e possuem uma espessa camada orgânica superficial, existem florestas
mais desenvolvidas que são floristicamente e estruturalmente semelhantes às de
depressão, entre as cordas. A fauna encontrada nas restingas brasileiras é
relativamente pouco estudada em comparação com o conhecimento já acumulado
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sobre a composição e estrutura de seus diversos tipos de vegetação. Entre os estudos
que tratam de grupos de invertebrados podemos citar os realizados com artrópodes,
em especial com diferentes grupos de insetos, que compõem a maioria dos relatos
encontrados. A fauna de vertebrados encontrada nas restingas brasileiras também é
relativamente pouco estudada, com foco em trabalhos no litoral do Rio de Janeiro,
envolvendo principalmente pequenos mamíferos e répteis.
11 MANGUEZAL
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O cheiro dos mangues também é um aspecto bem característico, isso ocorre
devido à presença de água salobra e matérias vegetais em estado de decomposição.
Uma das principais ameaças a esse ecossistema é a exploração, (como a caça
do caranguejo) que teve início com fins comerciais em países da Ásia ganhando
expansão rápida para demais países detentores de mangues. O uso desordenado e
de maneira não sustentável de seus recursos causa uma depredação quase que
irrefreável, em países como Tailândia e Filipinas a área de manguezal teve grande
parte dizimada por conta da super- exploração, chegando a ser reduzida em 110.000
hectares da área original de 448.000 nas Filipinas.
No Brasil não é diferente, porém algumas leis foram estabelecidas com o intuito
de promover a preservação dos manguezais. A lei de número 4.771 de 15 de setembro
de 1965 define os mangues como APPs (Área de Preservação Permanente), e a
Resolução do CONAMA de número 369 de março de 2006 estabelece a proibição da
supressão de vegetação ou qualquer outro tipo de intervenção, salvo apenas em
casos de utilidade pública para as áreas de mangues. Ainda assim esse ecossistema
é o mais ameaçado dentre todos nos Brasil.
A poluição também é outra grande inimiga dos manguezais. A poluição
proveniente das cidades costeiras e de indústrias instaladas na região como o
depósito de lixo nos mares e rios, derramamentos de petróleo, são fatores que
contribuem para a degradação do ecossistema.
12 CERRADO
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Estima-se que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e 161 de mamíferos
vivam ali. Essa riqueza biológica, porém, é seriamente afetada pela caça e pelo
comércio ilegal. O cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração
com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas.
Essa população é majoritariamente urbana e enfrenta problemas como desemprego,
falta de habitação e poluição, entre outros. A atividade garimpeira, por exemplo,
intensa na região, contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu
assoreamento. A mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos. Na economia,
também se destaca a agricultura mecanizada de soja, milho e algodão, que começa
a se expandir principalmente a partir da década de 80. Nos últimos 30 anos, a pecuária
extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado.
Hoje, menos de 2% está protegido em parques ou reservas.
Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas,
esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com
campos limpos ou matas de árvores não muito altas – esses são os Cerrados, uma
extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda
a Europa Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso, durante muito tempo, foi
considerada uma área perdida para a economia do país.
Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos
planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível do mar, e
apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 2/3 da região o
inverno é demarcado por um período de seca que se prolonga por cinco a seis meses.
Seu solo esconde um grande manancial de água, que alimenta seus rios.
Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o
pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-terra, a catuaba e o
indaiá. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de capim, como o capim-
flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre um rio ou córrego, encontram-
se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são densas florestas estreitas, de
árvores maiores, que margeiam os cursos d’água. Nos brejos, próximos às nascentes
de água, o buriti domina a paisagem e forma as veredas de buriti.
A presença humana na região data de pelo menos 12 mil anos, com o
aparecimento de grupos de caçadores e coletores de frutos e outros alimentos
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naturais. Só recentemente, há cerca de 40 anos, é que começou a ser mais
densamente povoada.
Os tipos fisionômicos do cerrado (latu sensu) se distribuem de acordo com três
aspectos do substrato onde se desenvolvem: a fertilidade e o teor de alumínio
disponível; a profundidade; e o grau de saturação hídrica da camada superficial e
subsuperficial. Os principais tipos de vegetação são:
13 CERRADO
Este tipo de vegetação cresce sob solos bem drenados e relativamente ricos
em nutrientes, as copas das árvores, que medem em média de 8-10 metros de altura,
tocam-se o que denota um aspecto fechado a esta vegetação.
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passam nem umidade nem raízes. Sua flora é caracterizada por um tapete de ervas
latifoliadas ou de gramíneas curtas, havendo em geral a ausências de exemplares
arbustivos, ou a presença de raríssimos espécimes lenhosos, neste caso enraizados
em frestas da camada rochosa.
15 MATA ATLÂNTICA
16 MATA DE ARAUCÁRIA
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17 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E RECURSOS HÍDRICOS,
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Fonte: terradecultivo.com
Lixo: Em geral, as pessoas consideram lixo qualquer coisa que é jogada fora
e não tem mais utilidade. Mas se olharmos de perto, veremos que o lixo não é uma
massa aleatória de materiais. É composto por vários tipos de resíduos que precisam
ser tratados de forma diferenciada. Portanto, pode ser classificado de diferentes
maneiras.
Classificação: Pode ser classificado como seco ou úmido.Os resíduos secos
consistem em materiais potencialmente recicláveis (papel, vidro, estanho, plástico,
etc.). No entanto, alguns materiais não são reciclados por falta de mercado, como é o
caso do vidro plano, entre outros. Os resíduos úmidos correspondem à parte orgânica
dos resíduos, como restos de comida, cascas de frutas, podas, etc., que podem ser
utilizados para compostagem. Essa classificação é frequentemente utilizada em
programas de coleta seletiva por ser de fácil compreensão.
O lixo também pode ser classificado de acordo com seus riscos potenciais. De
acordo com a NBR/ABNT 10.004 (2004), os resíduos são divididos em Classe I, que
é perigoso, e Classe II, que não é perigoso. Estes são ainda divididos em resíduos
Classe IIA, não inertes (que possuem propriedades como biodegradabilidade,
solubilidade ou inflamabilidade, como resíduos de alimentos e papel) e resíduos
Classe IIB, resíduos inertes (que não se decompõem prontamente, como plásticos e
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gengivas). Materiais resultantes de atividades que contenham radionuclídeos e cujo
reaproveitamento não seja adequado são considerados resíduos radioativos e devem
atender aos requisitos estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear -
CNEN.
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Agricultura: Resultados das atividades agropecuárias. Consiste, entre outras
coisas, em embalagens com agrotóxicos, rações, fertilizantes, restos de colheitas,
resíduos de gado.
Entulhos: restos de construções, conversões, demolições, escavações, etc.
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cádmio e níquel, que podem se acumular nos tecidos vivos em níveis perigosos para
a saúde.
Os efeitos da exposição humana prolongada a essas substâncias não são
totalmente compreendidos. No entanto, estudos em animais mostraram que os metais
pesados causam sérias alterações no corpo, como: a ocorrência de câncer,
deficiências do sistema nervoso e imunológico, distúrbios genéticos, etc.
Se os resíduos perigosos não forem descartados adequadamente, poluem o solo, a
água e o ar.
Alguns exemplos de resíduos perigosos que devem ser descartados
adequadamente para evitar danos às pessoas e ao meio ambiente são as seguintes:
Baterias - Algumas baterias domésticas ainda apresentam altas concentrações
de metais pesados. No entanto, como o processo de reciclagem é complicado e caro,
não é feito na maioria dos países. Portanto, deve-se evitar o consumo de baterias com
altas concentrações de metais pesados e baterias de origem incerta.
A legislação brasileira (Resolução CONAMA 257/99) especifica que as baterias
alcalinas de manganês e zinco manganês com alto teor de chumbo, mercúrio e cádmio
devem ser recolhidas pelo importador ou revendedor. Para melhor informar o
consumidor, esta resolução estipula que os cartões de bateria contenham informações
sobre o seu descarte. Portanto, ao comprar baterias, verifique na embalagem as
informações sobre os metais de que são feitas e como descartá-las.
Nesse grupo estão incluídas: as baterias de automóveis, industriais, de
telefones celulares (entre outras) metais pesados em condensação elevada. Por isso,
devem haver descartadas de tratado com as normas estabelecidas para proteção do
meão âmbito e da saudação. O descarte das baterias de carro, quão contêm chumbo,
e de telefones celulares, quão contêm cádmio, chumbo, mercúrio e outros metais
pesados, deve ser realizado unicamente nos postos de angariação mantidos por
revendedores, assistências técnicas, fabricantes e importadores (pois é deles a
trabalho de guardar e endereçar esses produtos para consignação terminal
ambientalmente adequada).
Lâmpadas fluorescentes: mais econômicas, as lâmpadas fluorescentes se
tornaram muito populares no Brasil, mormente em função da imprescindibilidade de
capitalizar movimento durante o período de racionamento de movimento elétrica,
ocorrido em 2001. Isso, no entanto, criou um problema, uma vez quão as lâmpadas
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fluorescentes contêm mercúrio, um metal abafadiço altamente lesivo ao meão âmbito
e à saudação. Como até agora não há dispositivos legais específicos quão regulem o
descarte nem o partido dos fabricantes em graduar soluções tecnológicas e sistemas
de consignação adequados para esse tipo de material, ele vem sendo descartado
conjuntamente com a varredura domiciliar. Assim, por exemplo, se a varredura tiver
como destino um lixão ou aterrado controlado, o mercúrio poderá afetar o meio
ambiente, colocando a saúde da população em risco.
Resíduos indesejados: Os pneus usados são classificados como inertes e
considerados resíduos indesejáveis do ponto de vista ambiental. A grande quantidade
de pneus inservíveis tornou-se um grave problema ambiental. Segundo a Federação
Nacional da Indústria de Pneus, cerca de 21 milhões de pneus de todos os tipos são
descartados no Brasil todos os anos: tratores, caminhões, automóveis, carretas,
motocicletas, aviões e bicicletas, entre outros. Se forem descartados de forma
inadequada, por exemplo, em aterros sanitários, podem acumular água em seu
interior e contribuir para a proliferação de mosquitos transmissores da dengue e do
cólera. Quando despejados em rios e lagos, podem contribuir para o assoreamento e
inundações. Quando queimados, produzem emissões extremamente tóxicas devido à
presença de substâncias contendo cloro (dioxinas e furanos).
Por isso, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) proibiu o descarte e a
incineração de pneus ao ar livre e responsabilizou fabricantes e importadores pelo uso
final ambientalmente correto de pneus que não são mais utilizáveis. De acordo com a
Resolução CONAMA nº 258/1999, a partir de 2004 o fabricante deve utilizar um pneu
sem uso (inutilizável) para cada pneu novo fabricado e a partir de 2005 cinco pneus
para cada quatro pneus novos sem coleta. Existem diversas formas de
reaproveitamento de pneus, como a recapagem. Da mesma forma, um pó de borracha
pode ser feito a partir dos pneus, que é usado para fazer tapetes, solas de sapatos,
pneus e outros artefatos.
No Brasil e em muitos outros países, pneus inservíveis já estão sendo usados
para pavimentar estradas misturando borracha com asfalto. Para mais informações
sobre o que acontece com os pneus usados, você pode entrar em contato com
entidades de classe como a Associação Nacional da Indústria de Pneus (ANIP) ou a
Associação Brasileira da Indústria de Pneus Recauchutados (ABIP).
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18 LIXO: PROBLEMA DE TODOS
Uma forma de resolver os problemas relacionados aos resíduos é por meio dos
Três Rs (3Rs): reduzir, reutilizar e reciclar. Fatores associados a esses princípios
precisam ser considerados, como o ideal de evitar e gerar zero de resíduos e a adoção
de padrões de consumo sustentáveis, visando à conservação dos recursos naturais e
à redução do desperdício. Reduzir significa consumir menos produtos e privilegiar
aqueles com menor potencial de desperdício e maior prazo de validade. A reutilização
é a melhor forma de reduzir o desperdício (exemplo: copos plásticos de sorvete são
usados para armazenar alimentos ou outros materiais).
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Para atrair mais investimentos para o setor, é necessário combinar esforços do
governo, setor privado e comunidade para desenvolver estratégias adequadas e
dissipar preconceitos sobre a economia e confiabilidade dos produtos reciclados.
Ao fornecer comida farta e abrigo fácil, os lixões atraem animais que podem
(direta ou indiretamente) transmitir diversas doenças. Também do ponto de vista
imobiliário, os contêineres de lixo tornaram-se um incômodo e desvalorizam as
propriedades vizinhas. Na questão social, o problema é ainda mais grave: o dumping
tornou-se um modo de vida para alguns segmentos marginalizados da população
brasileira. Apesar dos esforços do governo e das organizações sociais para promover
ações e campanhas contra essa forma degradante de trabalho, muitas famílias
brasileiras ainda ganham a vida coletando lixo e trabalhando em condições
degradantes e totalmente insalubres. Como resultado da decomposição de resíduos
sólidos e águas pluviais, produz um líquido de coloração escura e odor desagradável,
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altamente tóxico e com alto poder de contaminação, que pode penetrar no solo,
contaminá-lo e até contaminar a água e a superfície.
Além da formação de lixiviados, os resíduos sólidos produzem gases quando
se decompõem, principalmente metano (CH4), que é tóxico e altamente inflamável, e
dióxido de carbono (CO2), que juntamente com o metano e outros gases presentes
na atmosfera contribuem para a aquecimento contribuem para a Terra, pois são gases
de efeito estufa.
Existe uma técnica ecologicamente correta para disposição de resíduos
chamada aterro sanitário. Esta técnica se originou na década de 1930 e foi aprimorada
ao longo do tempo. O aterro ordenado pode ser entendido como a disposição de
resíduos sólidos no solo, com base em princípios técnicos e normas operacionais
específicas, com o objetivo de confinar os resíduos ao menor espaço e volume
possível, e isolá-los com segurança para que não danifiquem. ao meio ambiente e à
saúde pública.
Os resíduos depositados em aterro são isolados do ambiente externo por meio
da impermeabilização do piso, recobrindo camadas de resíduos e expelindo gases.
Tratamento e disposição de resíduos: Existem várias opções para tratamento e
disposição de resíduos na natureza. No Brasil, a gestão dos resíduos sólidos urbanos
é de responsabilidade dos governos municipais. O número de municípios que
possuem uma boa gestão de resíduos ainda é bastante pequeno, com sistemas
adequados de coleta, tratamento e disposição final dos resíduos. Segundo dados da
Pesquisa Nacional de Saneamento Básico,
, realizada pelo IBGE em 2000, 64% das comunidades brasileiras enviam seus
resíduos para aterro. Apenas 14% têm aterros administrados e 18% têm aterros
controlados. Há também a necessidade de promover a limpeza pública geral (coleta,
varrição, tratamento, disposição final, etc.) para toda a população brasileira, já que
cerca de 30% de todos os resíduos gerados não são coletados no país (IPT/Cempre
2000).
O conjunto de medidas adotadas para minimizar a geração de resíduos e
reduzir sua periculosidade constitui a fase de tratamento de resíduos, que é uma forma
de torná-los menos agressivos para sua disposição final e reduzir seu volume sempre
que possível. Os processos de tratamento de resíduos são os seguintes:
Compostagem: É um processo de biodegradação de material orgânico decomponível
43
(restos de comida, restos de jardim e aparas, etc.), originando um produto que pode
ser utilizado como fertilizante. A compostagem possibilita a reciclagem de resíduos
orgânicos, que representam mais da metade do lixo doméstico. A compostagem pode
ser feita em casa ou em instalações de compostagem.
46
18.4 A responsabilidade é de quem produz
Fonte: masterambiental.com
Quanto aos lixões a céu aberto e aterros controlados ficam proibidos. A Lei,
determina que todas as administrações públicas municipais, indistintamente do seu
porte e localização, devem construir aterros sanitários e encerrarem as atividades dos
lixões e aterros controlados, no prazo máximo de 4 (quatro) anos, substituindo-os por
aterros sanitários ou industriais, onde só poderão ser depositados resíduos sem
qualquer possibilidade de reciclagem e reaproveitamento, obrigando também a
compostagem dos resíduos orgânicos.
Fabricantes, distribuidores e comerciantes, organizados em acordos setoriais,
ficam obrigados a recolher e destinar para a reciclagem as embalagens de plástico,
papel, papelão, de vidro e as metálicas usadas. As embalagens de Agrotóxicos, pilhas
e baterias, pneus, óleos lubrificantes e suas embalagens, todos os tipos de lâmpadas
e de equipamentos eletroeletrônicos descartados pelos consumidores, fazem parte da
48
“logística reversa”, que deverá também retornar estes resíduos à sua cadeia de
origem para reciclagem.
O setor de construção civil fica obrigado a dar destinação final ambientalmente
adequada aos resíduos de construção e demolição (RCD), não podendo mais
encaminhá-los aos aterros.
A responsabilidade pelo lixo passa a ser compartilhada, com obrigações que
envolvem os cidadãos, as empresas, as prefeituras e os governos estaduais e federal.
As administrações municipais, no prazo máximo de 2(dois) anos, devem
desenvolver um Plano de Gestão Integrada de Resíduos: Caso descumpram essa
obrigação ficam proibidas de receber recursos de fontes federais, destinadas ao
gerenciamento de resíduos, inclusive empréstimos (CEF, BNDES e outras.).
As empresas e demais instituições públicas e privadas devem desenvolver um
“Plano de Gerenciamento de Resíduos”, integrado ao Plano Municipal
(independentemente da sua existência); Os municípios terão de implantar um sistema
de coleta seletiva; As cooperativas de catadores terão prioridade na coleta seletiva,
sendo dispensada a licitação; Para a elaboração, implementação, operacionalização
e monitoramento de todas as etapas do plano de gerenciamento de resíduos sólidos,
nelas incluído o controle da disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos,
será designado responsável técnico devidamente habilitado.
50
domiciliares e os provenientes da limpeza urbana. No que tange às atividades
industriais, comerciais e de serviços privados, esta responsabilidade é do próprio
gerador do resíduo.
Art. 27. As pessoas físicas ou jurídicas referidas no art. 20 são responsáveis
pela implementação e operacionalização integral do plano de gerenciamento de
resíduos sólidos aprovado pelo órgão competente na forma do art. 24.
§ 1º. A contratação de serviços de coleta, armazenamento, transporte,
transbordo, tratamento ou destinação final de resíduos sólidos, ou de disposição final
de rejeitos, não isenta as pessoas físicas ou jurídicas referidas no art. 20 da
responsabilidade por danos que vierem a ser provocados pelo gerenciamento
inadequado dos respectivos resíduos ou rejeitos.
Quando o recolhimento dos resíduos (inclusive os assemelhados aos resíduos
domiciliares) for executado pelo serviço municipal de limpeza urbana, devemos
observar que, conforme a Lei 12.305/2010, esta prática deve cessar, sendo ilegal a
continuidade dessas ações por parte das administrações municipais sem
remuneração, conforme dispõe o § 7º do Art.33:
§ 7º. Se o titular do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos, por acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o setor
empresarial, encarregar-se de atividades de responsabilidade dos fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logística reversa dos
produtos e embalagens a que se refere este artigo, as ações do poder público serão
devidamente remuneradas, na forma previamente acordada entre as partes.
Esse dispositivo da Lei tem reforço no Inciso IV do Art. 36.
Art. 36. No âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos
produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos, observado, se houver, o plano municipal de gestão integrada de
resíduos sólidos:
IV - Realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de
compromisso na forma do § 7o do art. 33, mediante a devida remuneração pelo setor
empresarial;
E mais ainda, quando a Lei trata dos Planos de Gerenciamento de Resíduos:
51
Art. 27. As pessoas físicas ou jurídicas referidas no art. 20 são responsáveis
pela implementação e operacionalização integral do plano de gerenciamento de
resíduos sólidos aprovado pelo órgão competente na forma do art. 24. (...)
§ 2º. Nos casos abrangidos pelo art. 20, as etapas sob responsabilidade do
gerador que forem realizadas pelo poder público serão devidamente remuneradas
pelas pessoas físicas ou jurídicas responsáveis, observado o disposto no § 5º. do art.
19.
(art. 19. § 5o “Na definição de responsabilidades na forma do inciso VIII do
caput deste artigo, é vedado atribuir ao serviço público de limpeza urbana e de manejo
de resíduos sólidos a realização de etapas do gerenciamento dos resíduos a que se
refere o art. 20 em desacordo com a respectiva licença ambiental ou com normas
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS”.)
52
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências”, e em seu regulamento.
Lei no 9.605 Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar,
comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar
produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio
ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus
regulamentos:
Pena: reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem
I - Abandona os produtos ou substâncias referidas no caput ou os utiliza em
desacordo com as normas ambientais ou de segurança;
II - Manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá
destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou
regulamento.
§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é aumentada
de um sexto a um terço.
§ 3º Se o crime é culposo:
Pena: detenção, de seis meses a um ano, e multa.
53
para absorver o grande volume de entrada de matéria-prima, proveniente dos fluxos
reversos estabelecidos. Disponibilidade de tecnologias nacionais, adequadas para
processamento de recicláveis, principalmente os constantes da obrigatoriedade de
logística reversa. Viabilidade dos mercados demandantes de itens recicláveis.
20 RECURSOS HÍDRICOS
Fonte: ceco.org.br
Desse modo, o Brasil tem muita água, mesmo no Nordeste. Porém, o seu uso
cada vez mais eficiente desempenhará, certamente, um papel vital na saúde
atual e futura da nossa sociedade e na produção de alimentos,
principalmente. O uso eficiente da água dos rios do Brasil significa a
possibilidade de suprir as necessidades humanas básicas, sem destruir o
meio ambiente, a qualidade da água, garantir o crescimento econômico e
social com proteção ambiental. (REBOUÇAS, 2004, apud OLIVEIRA, 2011,
p. 18).
54
Para entender como funciona a gestão desses recursos, torna-se necessário
compreender como funcionam os mecanismos básicos que envolvem o ciclo da água
na natureza. É nesse ponto que os conceitos de Hidrologia, que serão abordados a
seguir, tornam-se tão importantes.
Apesar de a maior parte da superfície do nosso planeta ser formada por água,
97% desse recurso encontram-se nos mares e oceanos. O que efetivamente sobra
para o consumo e o desenvolvimento de atividades como agricultura é uma
quantidade muito inferior e se encontra mal distribuída no globo terrestre.
Além das desigualdades naturalmente envolvidas nessa distribuição da água
através das diversas regiões da Terra, determinadas ações antrópicas podem agravar
ainda mais essa má distribuição. Isso se deve principalmente às alterações causadas
ao meio ambiente e, consequentemente, ao ciclo da água.
O movimento realizado pela água entre os continentes, oceanos e a atmosfera
é chamado de ciclo hidrológico. O Ciclo hidrológico é um fenômeno global de
circulação fechada da água que é impulsionada fundamentalmente pela energia solar
associada à gravidade e à rotação do planeta.
A compreensão desse sistema possibilita que os gestores tomem decisões
acertadas sobre como utilizar os recursos causando os menores danos possíveis ao
conjunto. Os tópicos principais que fazem parte do ciclo hidrológico são abordados na
sequência.
20.2 Precipitação
55
Pode-se definir uma bacia hidrográfica como sendo uma área de captação
natural da água da precipitação, que faz convergir os escoamentos para um único
ponto de saída, o seu exutório ou foz. É uma área geográfica natural delimitada pelos
pontos mais altos do seu relevo.
A disponibilidade, ao longo do ano, de dados de quantificação e distribuição da
precipitação em uma bacia hidrográfica possibilita determinar ou estimar a
necessidade de irrigação de culturas, o abastecimento doméstico e industrial, estudos
para controle e prevenção de enchentes, planejamento de drenagens urbanas, além
de permitir a gestão do uso do solo e um melhor controle de erosões.
A escassez de água doce, que há muito tempo vem sendo prevista, tem se
tornado, cada vez mais, uma grande ameaça ao desenvolvimento socioeconômico e
à própria vida do planeta.
Entre uma das soluções para esse problema, está o completo conhecimento
do ciclo hidrológico, de forma a possibilitar uma correta avaliação da disponibilidade
dos recursos hídricos de cada região. Uma das partes mais importantes é entender o
que acontece com as águas subterrâneas que é uma das fases menos conhecidas
desse ciclo.
56
Água subterrânea pode ser considerada toda a água que ocupa os vazios de
uma formação geológica. Mas o sistema natural formado pelas águas subterrâneas
pode ser modificado pela interferência do homem. Entre as principais ações está a
alteração do ambiente natural com a construção de barragens, canalização de rios,
perfuração de poços e irrigação.
Esses sistemas hidrogeológicos podem ser classificados em Aquíferos,
Aquiclude e Aquitardo. Quanto à umidade, pode-se dividir em duas zonas: Zona de
Saturação e Zona de Aeração.
57
bacia, solo, modificações artificiais no rio e distribuição da precipitação, além da sua
intensidade e duração.
A gestão dos recursos hídricos se realiza mediante procedimentos integrados
de planejamento e de administração. Esse planejamento deverá visar à avaliação
prospectiva das demandas e das disponibilidades desses recursos, além da sua
alocação entre os usos múltiplos para que se obtenha os máximos benefícios
econômicos e sociais, mas com a mínima degradação ambiental.
Para tanto é necessário que ocorra a redução das fontes potenciais de
poluição, se implementem políticas de uso e manejo adequados do solo e se viabilize
a ocorrência de possíveis impactos sociais positivos para a região a ser gerenciada.
Assim, o gerenciamento dos recursos hídricos é composto por ações do poder
público que procuram adequar os usos, o controle e a proteção das águas às
necessidades sociais e ambientais. Entre as principais ações, pode-se citar: o
gerenciamento dos usos setoriais da água; o gerenciamento interinstitucional; o
gerenciamento das intervenções para compatibilização e integração dos
planejamentos; o gerenciamento da oferta de água; e o gerenciamento ambiental que
engloba o monitoramento da área, licenciamento de projetos, fiscalização e medidas
administrativas e legais.
20.6 Hidrografia
58
20.7 Processos erosivos
[...] esse tipo de processo erosivo atinge grandes dimensões, gerando vários
impactos ambientais na sua área de ação e na drenagem a jusante, tornando-
se um complicador para o uso do solo nessas áreas. Formadas pelo
aprofundamento das ravinas e interceptação do lençol freático, onde se pode
observar grande complexidade de processos do meio físico (piping,
liquefação de areia, escorregamentos laterais, erosão superficial) devido à
ação concomitante das águas superficiais e subsuperficiais (Rodrigues, 1982;
1984, apud ALMEIDA, 2008).
59
bacias urbanas é que os eventos ocorrem em poucas horas e algumas vezes durante
a noite, o que normalmente dificulta qualquer tipo de avaliação. Muitas vezes tenta-se
utilizar mostradores automáticos para facilitar a obtenção de amostras, mas algumas
bacias hidrográficas possuem altas concentrações de resíduos sólidos e matéria
orgânica, fazendo com que normalmente os aparelhos sejam danificados, ou
simplesmente, obstruídos.
Os sedimentos podem ser definidos como fragmentos de rochas e de solo
desagregados que são transportados por um fluido. Além das partículas minerais, as
partículas orgânicas transportadas por um determinado fluido, também são
denominadas de sedimentos.
Em ambientes fluviais encontram-se três tipos de sedimentos: grosseiros, finos
e orgânicos. A proporção de cada um dependerá de vários fatores como a geologia,
o relevo, o uso do solo, o clima, a localização da calha fluvial e a ação antrópica de
lançamento ou não de efluentes.
Em geral, em regiões próximas às nascentes, a calha fluvial terá uma proporção
grande de sedimentos grosseiros compostos por fragmentos de rochas, enquanto que
nos trechos inferiores da bacia é mais comum encontrar-se sedimentos originados da
erosão do solo que são compostos basicamente por partículas que variam de tamanho
entre areia e argila.
Um dos problemas físicos gerados pelos sedimentos é o assoreamento dos
corpos d’água. Mas um dos fatores mais importantes nos estudos sedimentológicos é
a existência de uma estreita relação entre a qualidade da água e os sedimentos
fluviais. A simples presença dos sedimentos na água afeta as condições de
potabilidade através do aumento da sua turbidez. Além desse aspecto, os sedimentos
fluviais representam um potencial poluidor para a água devido a sua natureza
geoquímica que possibilita a transferência de poluentes da bacia vertente para calha
fluvial.
60
completa degradação dos sistemas aquáticos, estão a substituição da vegetação
original por áreas impermeáveis, a concentração e o lançamento de grandes cargas
de esgoto in natura e a adição de contaminantes químicos através das mais diversas
fontes.
As alterações antrópicas na bacia hidrográfica, principalmente a urbanização,
geram alterações severas ao hidrograma que em parte explicam os problemas de
inundações urbanas, atualmente enfrentados.
A permeabilidade do solo é substituída por superfícies impermeáveis tal como
ruas, telhados, estacionamentos e calçadas, que acumulam pouca água, reduzem a
infiltração de água no solo e aceleram o escoamento superficial em redes e canais de
drenagem. Uma alta porcentagem de área impermeabilizada, onde os eventos de
chuva tendem a ter um tempo de concentração menor e picos de vazão maiores, se
reflete em alterações nos hidrogramas.
Assim, para que os efeitos da urbanização sejam minimizados, o gestor deverá
procurar alternativas para equilibrar o sistema novamente. Entre as possibilidades
encontradas para melhorar a infiltração das águas da chuva no solo e reduzir o
escoamento superficial, estão: a construção de pavimentos permeáveis e/ou
semipermeáveis e a adoção do sistema conhecido como “Bairro Ecológico”.
Em ambos os casos, vários experimentos e estudos foram realizados e os
resultados foram tecnicamente muito bons.
61
disso é quando a região possui abundância de água de boa qualidade, o que a torna
barata e, portanto, pode inviabilizar o investimento em projetos de monitoramento e
de tarifação de alto custo. Entretanto, torna-se viável medir, monitorar e tarifar a água
à medida que esta vai se tornando um recurso mais escasso.
Alguns autores defendem a possibilidade de ajuste de tarifas de acordo com a
demanda. Para HOWE (1998), poder-se-ia adotar preços variáveis, aumentando as
tarifas em períodos secos, para forçar a redução do consumo. Ainda, o mesmo poderia
ser empregado em horários diários de picos de consumo.
Uma forma indireta de cobrança para usuários de larga escala, segundo
WINPENNY (1994), que reproduz resultados similares, é a taxação através do volume
de efluentes. Essa é uma forma interessante de incentivar as indústrias na busca por
métodos e equipamentos que desperdicem ou utilizem uma menor quantidade de
água.
Por outro lado, um dos maiores consumidores de água é a irrigação para a
agricultura, entretanto, segundo EASTER, BEEKEN E TSUR (1997), é o setor que
menos pode pagar e acaba sendo subsidiado pelos governos. Como consequência,
esses consumidores acabam sendo incentivados, pelas baixas tarifas, a consumir
cada vez mais água durante o processo.
Dentro deste contexto, e para viabilizar um uso equilibrado e consciente da
água, deve-se destacar as seguintes medidas para melhorar o gerenciamento dos
recursos hídricos: adotar-se valores diferentes para os usos urbanos e rurais; realizar
estudos de realocação de água; implementar preços diferenciados para os usos
industriais; criar tarifas diferenciadas para a irrigação; buscar a conservação dos
recursos hídricos; e privatizar parte dos recursos e incentivar a participação dos
usuários nos programas de descentralização.
62
21 CONTROLE DE ENCHENTES
Fonte: ipea.gov
63
alternativa, com estudos e projetos que possam recuperar em parte as características
originais da área (taxas de retenção e infiltração das precipitações).
Entre as medidas estruturais podem-se destacar a construção de reservatórios,
diques e barragens, a melhoria do canal ou das canalizações e mudança do canal –
retificação. Quanto às medidas não-estruturais, pode-se citar regulação do uso do solo
e construções à prova de enchentes.
O uso racional dos recursos hídricos tem como objetivo assegurar que a água,
um recurso natural essencial à vida, cumpra o seu papel no desenvolvimento
econômico e no bem-estar social das comunidades, e seja suficiente para continuar
como um fator de equilíbrio dos ecossistemas. Para possibilitar esse desenvolvimento,
metas e planejamentos estruturados e com rigorosos estudos científicos devem ser
realizados a fim de propiciar o controle e a utilização da água em padrões de qualidade
satisfatórios, por seus usuários atuais e pelas gerações futuras.
64
Para atingir esse nível de desenvolvimento, tornam-se necessários profundos
conhecimentos dos riscos e danos em diferentes áreas e grupos, para entender,
planejar e evitar possíveis danos ao ecossistema local. Em um período em que uma
grande ênfase está sendo dada a projetos que viabilizem o uso dos recursos hídricos,
faz-se uma abordagem mais aprofundada nos itens a seguir.
22.2 Abastecimento
65
metas de redução de consumo e sistemas de reaproveitamento da água como forma
de uso racional. Outras medidas podem ser adotadas, como por exemplo, o incentivo
da captação e reserva da água das chuvas para usos menos nobres, além de projetos
hidráulicos residenciais e industriais mais eficientes.
66
Tudo deve seguir rigorosos conceitos hidráulicos e ecológicos para que a
solução de uns não se torne problema para todos!
23 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Fonte: centrodeestudosambientais.wordpress.com
67
Lei 12.305/2010 - Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e
altera a Lei 9.605/1998 - Estabelece diretrizes à gestão integrada e ao gerenciamento
ambiental adequado dos resíduos sólidos. Propõe regras para o cumprimento de seus
objetivos em amplitude nacional e interpreta a responsabilidade como compartilhada
entre governo, empresas e sociedade. Na prática, define que todo resíduo deverá ser
processado apropriadamente antes da destinação final e que o infrator está sujeito a
penas passivas, inclusive, de prisão.
68
tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e
fatores intervenientes em sua gestão.
Lei nº 11284/2006 - Lei de Gestão de Florestas Públicas - Normatiza o sistema
de gestão florestal em áreas públicas e com a criação do órgão regulador (Serviço
Florestal Brasileiro) e do Fundo de Desenvolvimento Florestal.
Lei 12.651/2012 - Novo Código Florestal Brasileiro – Revoga o Código Florestal
Brasileiro de 1965 e define que a proteção do meio ambiente natural é obrigação do
proprietário mediante a manutenção de espaços protegidos de propriedade privada,
divididos entre Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL).
É importante lembrar que as leis enumeradas são apenas parte do Direito
Ambiental do País, que ainda possui inúmeras outras matérias, como decretos,
resoluções e atos normativos.
Há também regulamentações de órgãos comprometidos para que as leis sejam
cumpridas, como é o caso do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e do
Ministério do Meio Ambiente.
Também é preciso ter conhecimento da legislação específica de cada Estado
e, ao seguir as normas estabelecidas pela legislação federal ou estadual, sempre é
aconselhável optar pelas mais restritivas para não correr o risco de sofrer punições.
69
24 POLÍTICA AMBIENTAL
Fonte: addn.com.br
72
Decerto, como veremos adiante, hoje, outras medidas foram apontadas pelo
legislador como complementares às já adotadas pela Lei nº 6.938/81, no sentido de
aprimorar a tutela do meio ambiente.
A fim de traçar um marco eficaz de atuação da Administração Pública e dos
particulares na proteção do meio ambiente, a Lei nº 6.938/81, além de apontar a
estrutura de alguns órgãos públicos, trouxe ainda os denominados instrumentos de
política ambiental.
O art. 9º da Lei nº 6.938/81 aponta os instrumentos de política ambiental, são
eles: padrões de qualidade ambiental, zoneamento ambiental, avaliação dos impactos
ambientais, licenciamento ambiental, incentivos às tecnologias voltadas para a
proteção do meio ambiente, criação de espaços territoriais protegidos, sistema
nacional de informações ambientais, cadastro técnico federal, penalidades
disciplinares e compensatórias, concessão florestal e servidão florestal (Lei nº
11.284/06).
O art. 6º da Lei nº 6938/81 traz o Sistema Nacional do Meio Ambiente –
SISNAMA, assim tido, em síntese, como a congregação dos órgãos e entidades da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como as fundações
públicas responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental.
O art. 8º da Lei nº 6.938/198 e o art. 4º do Decreto nº 99274/1990, trazem a
composição do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, órgão integrante
do SISNAMA e que tem várias competências em matéria ambiental.
Dentre suas competências, damos destaque a duas, que vêm sendo objeto de
questionamento pelos examinadores, são elas:
A competência de editar normas e critérios de licenciamento ambiental (arts.
8º, I da Lei nº 6.938/1981 e 7º, I do Decreto nº 99.274/1990) e a; de decidir, como
última instância administrativa, sobre as penalidades aplicadas pelo IBAMA (art. 8º, III
da Lei nº 6.938/1981 e 7º, III do Decreto nº 99.274/1990).
73
“A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente
poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação
ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente,
integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo,
sem prejuízo de outras licenças exigíveis”.
Na mesma linha, temos o art. 2º da Resolução CONAMA n° 237/1997, cujo
texto abaixo transcrevemos:
“Art. 2º- A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos
capazes, sob 18 qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de
prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças
legalmente exigíveis.”
Em resumo, submetem-se ao prévio licenciamento ambiental qualquer
atividade ou empreendimento passível de causar poluição, independentemente de
quem as desempenhe.
75
dos Crimes Ambientais) que para as condutas lesivas ao meio ambiente estabelece
sanções penais e administrativas e dá outras providências aos crimes ambientais.
Uma lei importante e que merece destaque é a Lei nº 6.938 de 31 de agosto de
1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos
de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente, cria o
Conselho Nacional do Meio Ambiente e institui o Cadastro Técnico Federal de
Atividades e instrumentos de Defesa Ambiental. A respeito desta Lei o autor Gleucio
Santos Nunes (2005, p. 31) assim conclui:
77
IV - Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;
V - Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos
e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente;
VI - Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que
coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou
submetam os animais à crueldade (...).
Com o decorrer dos anos é possível perceber que a defesa e proteção ao Meio
Ambiente têm recebido especial destaque no território brasileiro, por intermédio da
criação de leis, projetos de leis e decretos. São decisões que consagram a sua
preservação de modo cada vez mais minucioso, dando poder não a um ente da
federação apenas, mas atribuindo à União, Estados, Municípios e Distrito Federal
competência para legislarem sobre a matéria ambiental. São normas e diretrizes
estabelecidas para que a qualidade de vida em nosso território seja garantida de forma
igualitária a todas as pessoas que habitam e desfrutam de todos os elementos que
constituem o meio ambiente que os cercam.
Com relação aos princípios inerentes ao Direto Ambiental presentes no art. 225
da Carta Magna, uma breve análise será feita. Esses princípios são fundamentos de
sistemas de governo e têm sido adotados internacionalmente diante da necessidade
de se preservar a natureza, com o objetivo de se garantir uma melhoria na qualidade
de vida planetária. É também com a finalidade principal de se alcançar um meio
ecologicamente equilibrado que os Estados os têm colocado em prática.
A seguir, o entendimento de Celso Antônio Pacheco Fiorillo em sua obra Curso
de Direito Ambiental Brasileiro de 2001:
78
fruto da necessidade de uma ecologia equilibrada e indicativos do caminho
adequado para a proteção ambiental, em conformidade com a realidade
social e os valores culturais de cada Estado. (FIORILLO, 2001, ps. 22 e 23).
Fonte: grupossolos.com
79
original, têm sido utilizados com sucesso na região norte do país para restaurar áreas
degradadas por pastagens.
Reabilitação: Reabilitação é um recurso utilizado quando a melhor solução (ou
talvez a única viável) é o desenvolvimento de uma atividade alternativa adequada ao
uso humano, ao invés de restaurar a vegetação original, mas desde que planejada de
tal forma que tenha nenhum impacto negativo sobre o meio ambiente. A conversão
da agricultura convencional para o sistema agroecológico é uma importante forma de
reabilitação que melhora a qualidade do meio ambiente e dos
alimentos produzidos.
80
fontes de degradação: empresas estatais poluentes, má gestão sanitária e incentivos
fiscais para atividades degradantes (como observado na promoção da pecuária na
Amazônia)..
81
anos, e ainda há muito a ser feito. O Rio Tietê, em São Paulo, talvez seja o exemplo
mais claro desse problema, onde bilhões de dólares estão sendo investidos para
reparar os danos causados pela atividade humana.
82
rio Xingu e seus afluentes já foi destruído. A bacia do rio Xingu atravessa dois
importantes biomas brasileiros, o Cerrado e a Floresta Amazônica, abrangendo uma
área de 2.600 hectares, e o principal vetor dessa taxa de degradação é o modelo de
atividade agrícola introduzido a década de 60.
Diversas alternativas têm sido desenvolvidas para criar formas mais saudáveis
de produção de alimentos e com menor impacto ao meio ambiente. Permacultura,
sistemas agroflorestais, agricultura biodinâmica e controle biológico de pragas são
algumas das formas mais importantes de produção agrícola - comumente referida
como agricultura orgânica ou agroecológica - que respeitam o meio ambiente e a
saúde humana. No entanto, a transversalização e viabilidade da agroecologia
encontra forte resistência dos céticos e principalmente dos grandes grupos
empresariais que se beneficiam de toda a gama de produtos industriais (tratores,
sementes, fertilizantes e defensivos) que acompanham o modelo da Revolução Verde.
O investimento em pesquisa e divulgação dos benefícios e métodos da agricultura
orgânica ainda é necessário para reduzir efetivamente o impacto desastroso da
atividade agrícola convencional. Acrescente-se que
da safra 2004/2005 de soja foram plantadas com sementes transgênicas.
Erosão: O problema da erosão, quase sempre como resultado de algum tipo
de degradação ambiental, pode levar a uma maior deterioração à medida que se
desenvolve, tais como: B. o assoreamento dos rios e a perda de terras agrícolas.
Práticas agrícolas incorretas e desmatamento indiscriminado podem ser identificados
como os principais culpados pelos processos erosivos. Nesses casos, o
reflorestamento e as mudanças nos sistemas agrícolas podem aliviar
significativamente o problema;
Nas áreas rurais, vários fatores se combinam para determinar a intensidade
desse processo de erosão. Dentre eles podemos destacar: índice pluviométrico;
propriedades do solo (textura e estrutura); inclinação e tamanho do brinco; tipos de
uso e manejo da terra; Práticas de Conservação Adotadas (um conjunto de práticas
para reduzir a erosão).
Nas áreas urbanas, a erosão pode ser ainda mais devastadora: deslizamentos
de terra nas encostas ceifam milhares de vidas e deixam milhares de desabrigados,
rios lamacentos e não apenas transmitem danos, mas também doenças contagiosas.
83
Para mitigar esses problemas, o reflorestamento é urgentemente necessário, pelo
menos em áreas críticas e de conservação permanente.
Fonte: ecodebate.com.br
84
28.1 Formas de recuperação da mata ciliar
85
mesmo na ausência de problemas ambientais. Estudar os detalhes do processo de
sucessão ecológica é, portanto, fundamental para que possamos apoiar positivamente
o processo dinâmico de desenvolvimento da vegetação, seja aumentando a taxa de
regeneração da vegetação ou contornando distúrbios ambientais. Um fator importante
a ter sempre em mente é que as espécies de árvores têm necessidades e resistências
diferenciadas à luz solar.
Algumas espécies só se desenvolvem sob luz solar direta durante todo o seu
ciclo de vida (são árvores pioneiras). Essas plantas são interessantes para iniciar o
processo de recuperação e fornecer sombra para as árvores que precisam de menos
luz. As árvores predominantes na vegetação adulta (clímax), chamadas de clímax,
apresentam uma tolerância à luz muito baixa durante seu desenvolvimento. Um
terceiro grupo, os secundários, que requerem mais luz do que os climáticos
, não toleram tanta luz quanto os pioneiros. As árvores secundárias são, em alguns
casos, divididas em grupos de acordo com sua tolerância à luz (que pode ser maior
ou menor). Mais detalhes sobre essas características são abordados no próximo
capítulo: Reflorestamento.
86
30 PRINCIPAIS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
Fonte: cebds.org
89
EBITDA. Necessidade de capital de giro (NCG) Representa os recursos financeiros
investidos em permanência no ciclo operacional da empresa. O cálculo é realizado
com base na diferença entre os limites dos prazos de pagamento aos fornecedores e
dos créditos concedidos aos seus clientes. Como resultado, a empresa avalia se há
ou não necessidade de captar novos recursos para manter sua operação em dia. O
ideal é que a operação ocorra sem que haja necessidade de captação (SOUZA, 2021).
A fórmula mais utilizada é:
NCG = AO – PO
Saúde ambiental
Nesse exemplo da água, note que um mesmo recurso pode ser considerado
um fator crítico para uma determinada atividade empresarial (ela é um ingrediente do
produto final) e, para outra, ser um mero material de uso. Essa sensibilidade deve
nortear o gestor na construção dos seus indicadores ótimos. Ótica social O objetivo
dos indicadores sociais é promover uma relação sustentável entre a empresa e a
comunidade em que está inserida, ou seja, o bem-estar das pessoas e da sua
respectiva comunidade, tornando-as mais felizes e promovendo o desenvolvimento
da comunidade com ações sociais sustentáveis de apoio ao meio ambiente. Sob o
ponto de vista da macroeconomia, os indicadores sociais são utilizados para designar
92
se os países são desenvolvidos, em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, como o
índice de mortalidade infantil, a média de expectativa de vida, saneamento básico,
entre outros.
No meio empresarial, temos como exemplos o investimento de intervenção na
comunidade, os postos de trabalho criados e as iniciativas de apoio às famílias dos
colaboradores.
Investimento de intervenção na comunidade
Esse indicador é mais qualitativo do que quantitativo e, para melhor representá-
lo, seguem alguns exemplos de ações desenvolvidas por empresas de grande porte
e seus investimentos nas respectivas comunidades. Iniciativas de empresas
socialmente responsáveis Como exemplo de empresas socialmente responsáveis,
temos a Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa), empresa de mineração,
metalurgia e recursos florestais. Seu planejamento estratégico inclui reflorestamento
de eucalipto e diminuição de impactos ambientais oriundos de sua operação. Além
disso, a empresa mantém a Fundação José Carvalho, que possui um projeto social
com 12 escolas para crianças no Nordeste do Brasil. Outro exemplo é o Instituto C&A,
mantido pelas lojas C&A, que trabalham em parceria com o poder público apoiando
ações de inclusão social e apoio à educação de crianças e adolescentes. Alguns dos
projetos apoiados pela instituição incluem o Prazer em Ler, a Educação Integral e
Educação Infantil e o Projeto Axé.
A Fundação O Boticário realiza ações de proteção ambiental para preservar a
matriz das suas matérias-primas. Entre seus objetivos estão a conscientização para
preservação da natureza e promoção da sustentabilidade. Suas reservas de proteção
alcançam 11 mil hectares e envolvem também o entorno das reservas. O Instituto
Souza Cruz trabalha com projetos pedagógicos que preparam jovens para exercer o
papel de agente de desenvolvimento rural. O projeto é direcionado a jovens
agricultores. Mantém o Programa Empreendedorismo do Jovem Rural (PEJR), para
formação complementar à educação formal. Para transformar esses feitos em
indicadores, é necessário quantificar as ações e evidenciá-las para acompanhamento
e identificação dos seus resultados, publicando nos relatórios de sustentabilidade e
balanço social das empresas. Postos de trabalho criados
Neste item, é importante quantificar os pontos criados e as iniciativas no tempo,
como quantidade de postos de trabalho criados no ano de X1. Iniciativas de apoio às
93
famílias dos colaboradores As iniciativas de apoio às famílias dos colaboradores
também devem ser quantificadas para demonstração das ações de melhoria e
qualidade de vida da comunidade, como iniciativas de apoio realizadas em X2. A
publicidade das ações completa o objetivo de melhorar a qualidade de vida da
comunidade (SOUZA, 2021).
94
O Indicador de Sustentabilidade Empresarial (ISE) é um dos mais importantes.
Criado em 2005, O ISG tem o objetivo de atestar as empresas que executam as
melhores práticas de sustentabilidade da ESG (Ambiental, Social e Governança, em
português). É uma ferramenta que serve para analisar de maneira comparativa com
outras empresas as ações de sustentabilidade. Objetiva a criação de um ambiente de
investimento diferenciado, reconhecendo empresas que atuam de acordo com as
necessidades de desenvolvimento sustentável. Parte-se do pressuposto de que,
assim como os indivíduos, as empresas também precisam dar suporte às ações de
desenvolvimento sustentável e incentivar a melhoria contínua da educação, além de
adotar práticas de governança. As empresas que seguem essas práticas, além de
melhorarem sua imagem perante o mercado, preservam a continuidade dos negócios.
As práticas da ESG consistem em um conjunto de práticas ambientais, sociais e de
governança corporativa para guiar investidores, além de escolhas de consumo com
foco na sustentabilidade. A forma de ingresso das empresas no ISE passa por uma
seleção envolvendo questionários e apresentação de documentos. Cada ponto
analisado é uma dimensão da sustentabilidade. Alguns exemplos citados por Reis
(2018, documento on-line):
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A preservação do meio ambiente, não é, portanto, um dever apenas dos
cidadãos, mas também das empresas. Tal prática se reveste em bons investimentos,
já que o investidor, cada vez mais, busca por empresas com selo de sustentabilidade.
As empresas que possuem o ISE influenciam não só o investidor, mas também o
consumidor que, aos poucos, passa a ver com bons olhos e a priorizar o consumo dos
seus produtos. Isso é uma tendência tanto no Brasil, quanto no mundo (SOUZA,
2021).
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