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MUNDO ATINGE MARCA DE 8 BILHÕES

DE HABITANTES, DIZ ONU


Segundo projeções da ONU, a Índia deve ultrapassar a China e se
tornar o país mais populoso do planeta em 2023

Karina Crisanto15/11/2022 • 10:28

O mundo atingiu nesta terça-feira (15) a marca de 8 bilhões de


habitantes, informou a Perspectiva da População Mundial da
Organização das Nações Unidas. Em 2023, a Índia deve ultrapassar
a China e se tornar o país mais populoso do mundo.
Segundo a ONU, a população mundial está crescendo no ritmo mais
lento desde 1950. As últimas projeções da Organização sugerem que
a população mundial pode crescer para 8,5 bilhões só em 2023 e 9,7
bilhões em 2050. Para chegar na marca de 10,4 bi de pessoas no
mundo, a perspectiva é só para 2080 e permanecer no mesmo nível
em 2100.

“Esta é uma ocasião para celebrar nossa diversidade, reconhecer


nossa humanidade comum e se maravilhar com os avanços na saúde
que prolongaram a vida útil e reduziram drasticamente as taxas de
mortalidade materna e infantil”, disse o secretário-geral da ONU,
António Guterres. “Ao mesmo tempo, é um lembrete de nossa
responsabilidade compartilhada de cuidar de nosso planeta e um
momento para refletir sobre onde ainda estamos aquém de nossos
compromissos um com o outro”, acrescentou.
A Perspectiva da População Mundial de 2022 ainda afirma que a
reprodução no mundo caiu nas últimas décadas. Atualmente, cerca
de dois terços da população global vive em um país ou área em que
a taxa de nascimento de bebês está abaixo de 2,1. O levantamento
ainda mostra que as populações de 61 países diminuem 1% ou mais
entre 2040 e 2050.
O aumento da população global projetado até 2050 está
concentrada em oito países: Congo, Egito, Etiópia, Índia, Nigéria,
Paquistão, Filipinas e Tanzânia.
Atualmente, o ranking dos países mais populosos do mundo conta
com China, Índia, Estados Unidos, Indonésia, Paquistão, Nigéria e
Brasil. Em 2050, a Indonésia deve cair para a sexta posição,
enquanto a Nigéria deve ser a quarta maior população do mundo;
Brasil deve permanecer em sétimo. Confira o gráfico:
EXPECTATIVA DE VIDA
Segundo divulgou a Organização das Nações Unidas, a expectativa
de vida global atingiu 72,8 anos em 2019, um aumento de quase
nove anos desde 1990. Prevê-se que novas reduções na mortalidade
resultem em uma longevidade média de cerca de 77,2 anos em
2050.
Ainda em 2021, a expectativa de vida para os países menos
desenvolvidos ficaram sete anos atrás da média global.
A ONU alega que a pandemia da Covid-19 afetou os três
componentes da mudança populacional. A expectativa de vida no
mundo, ao nascer, caiu para 71 anos em 2021. Em alguns países,
ondas sucessivas da pandemia podem ter produzido reduções de
curto prazo no número de nascimentos.
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO
Pessoas com 65 anos ou mais deverão aumentar de forma
global entre os anos de 2022 e 2050. Neste ano, aproximadamente
10% da população tem essa faixa etária. Ao falar de proporção, em
2030 o mundo deve ter quase 12% e sobe para 16% até 2050.
A Europa e a América do Norte tiveram a maior proporção de
população idosa em 2022, com quase 19% de pessoas com 65 anos
ou mais, seguidos pela Austrália e Nova Zelândia, com 16,6%.
As projeções da ONU indicam que, em 2050, uma em cada
quatro pessoas na Europa e América do Norte poderá ter 65 anos ou
mais.
Para as outras regiões do planeta, como América Latina e Caribe, a
parcela da população com 65 anos ou mais pode aumentar de 9%
em 2022 para 19% em 2050. No Leste e Sudeste da Ásia, a
perspectiva é de dobrar a população nessa faixa etária, de 13% neste
ano para 26% em 2050.
Impacto ambiental e econômico
O crescimento da população vai ampliar o impacto ambiental e
do desenvolvimento econômico, os países com maior consumo per
capita de recursos materiais e emissões de gases de efeito estufa
tendem a ser onde a renda per capita é maior, e não aqueles onde a
população cresce rapidamente.
A ONU diz que para cumprir os objetivos do Acordo de Paris,
de limitar o aumento da temperatura do planeta, ao mesmo tempo
que alcança os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), é
preciso conter padrões insustentáveis de produção e consumo.
Porém, o crescimento mais lento da população ao longo das
próximas décadas poderá ajudar a diminuir o acúmulo de danos
ambientais na segunda metade do século atual.

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