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Geografia económica

Aula 10-11-12

Tema: Factores demográficos na


produção material
Msc. Lourenço Neto e
Joaquina André (Doutor)
Unibelas Geografia Económica 1
Tópicos
 A população mundial.
 Principais factores demográficos que
intervêm na produção de recursos.
 O Crescimento demográfico mundial.
 As teorias demográficas: o
malthusianismo e a transição
demográfica.

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Os principais factores
demográficos
Os principais factores demográficos que
intervêm na produção de recursos são:
 O crescimento da população;
 As migrações da população;
 A densidade populacional;
 A distribuição espacial da população;
 A estrutura da população.

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A População Mundial 6677
em 2022 milhões
Regiões menos
desenvolvidas –
África, América Latina e
a Ásia, sem o Japão

84,0%

7.954 milhões de habitantes 1277 milhões


A última projecção da ONU diz
que a população global atingiu 8 Regiões mais desenvolvidas
América do Norte, Europa,
bilhões em 15 de novembro de Japão e Austrália.
2022. 16,0%
4
Relatório "World Population Prospects 2022",
(Perspectivas da População Mundial 2022), divulgado
no dia 11 de Julho, Dia Mundial da População.

 A população global deverá atingir 8 bilhões em 15


de novembro de 2022;
 A Índia deverá superar a China como o país mais
populoso do mundo em 2023;
 A população global está crescendo em um ritmo
mais lento desde 1950, apresentando uma queda de
1% em 2020.

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 As últimas projeções das Nações Unidas indicam que a
população mundial deve chegar em 8,5 bilhões em 2030 e 9,7
bilhões em 2050.
 A estimativa é de que a população atinja um pico de cerca de
10,4 bilhões de pessoas durante a década de 2080 e
permaneça neste nível até 2100.
 O relatório também afirma que a fecundidade caiu
acentuadamente nas últimas décadas para muitos países. Hoje,
dois terços da população global vive em um país ou região onde a
fecundidade ao longo da vida está abaixo de 2,1 nascimentos por
mulher, aproximadamente o nível necessário para um
crescimento zero a longo prazo para uma população com baixa
mortalidade.

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 Mais da metade do aumento projetado da população
global até 2050 estará concentrado em oito países:
República Democrática do Congo, Egipto, Etiópia,
Índia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e República Unida
da Tanzânia.
 A estimativa é de que os países da África Subsaariana
contribuam com mais da metade do aumento previsto
até 2050.
 “A relação entre crescimento populacional e
desenvolvimento sustentável é complexa e
multidimensional”, disse o subsecretário-geral da
ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, Liu
Zhenmin.
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O rápido crescimento populacional torna mais
difícil erradicar a pobreza, combater a fome e a
desnutrição e aumentar a cobertura dos sistemas
de saúde e educação. Por outro lado, alcançar os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS), especialmente aqueles relacionados à
saúde, educação e igualdade de gênero,
contribuirá para reduzir os níveis de fertilidade
e para desacelerar o crescimento da população
global”.

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 Na maioria dos países da África Subsaariana, bem como
em partes da Ásia e da América Latina e Caribe, a parcela
da população em idade activa (entre 25 e 64 anos) vem
aumentando graças às recentes reduções de fecundidade.
Esta mudança na distribuição etária oferece uma
oportunidade para o crescimento econômico acelerado per
capita, conhecido como “dividendo demográfico”.
 A parcela da população global com 65 anos ou mais deverá
aumentar de 10% em 2022 para 16% em 2050. Espera-se
que o número de pessoas com 65 anos ou mais em todo o
mundo seja mais do que o dobro do número de crianças
com menos de 5 anos, e aproximadamente o mesmo que o
número de crianças com menos de 12 anos.
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Pop x
1milhão Evolução da população mundial

o
8000
TN elevada
7000 TM baixa
TCN elevada
6000

5000
TN elevada
TM ligeira diminuição
TN elevada
TCN ligeiro aumento
4000 TM elevada
TCN baixo
3000

2000

1000

0
350 600 800 1000 1220 1340 1500 1600 1700 1800 1900 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2012

Anos

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Causas do rápido crescimento da população nos
países em desenvolvimento

CAUSAS
CONSTATAÇÃO Melhoria dos padrões
CONSTATAÇÃO
de vida;
A partir de 1950, Das condições
a taxa de sanitárias;
crescimento • A mortalidade Das práticas de saúde
populacional nos caíu e a pública,em especial:
países em • Expectativa de • advento dos
desenvolvimento antibióticos;
vida aumentou.
• a difusão das vacinas;
atingiu níveis
• e o combate aos
sem precedentes. transmissores da
malária.

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O Crescimento da
população mundial
 Vamos analisar os intervalos de tempo
na qual a população mundial aumentou
mil milhões ou um bilhão.

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População Ano Tempo para o
próximo bilhão
1 bilhão 1802
2 bilhões 1928
3 bilhões 1961
4 bilhões 1974
5 bilhões 1987
6 bilhões 2000
7 bilhões 2012
8 bilhões 2026
9 bilhões 2050
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População Ano Tempo para o
próximo bilhão
1 bilhão 1802 126 anos
2 bilhões 1928 33 anos
3 bilhões 1961 13 anos
4 bilhões 1974 13 anos
5 bilhões 1987 13 anos
6 bilhões 2000 12 anos
7 bilhões 2012 14 anos
8 bilhões 2026 24 anos
9 bilhões 2050
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Para reflectir
 Observa os intervalos de tempo nos quais a
população mundial aumentou mil milhões de
habitantes e responda as seguintes questões:
 Como caracterizas o crescimento da população
mundial nos anos referidos na tabela:
 Muito lento?
 Muito rápido?
 Ou mais ou menos?
 Como justificar as projecções previstas de 2012 até
2050 no ritmo de crescimento da população
mundial?

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O Crescimento da população
mundial
 As projecções demográficas das Nações
Unidas em 1995 avançavam a cifra de 7
bilhões apenas para 2015 variando entre um
mínimo de 7,1 mil milhões para um máximo
de 7,8 mil milhões.
 Mais de 90% do crescimento demográfico
recente, produzir-se-á nas regiões menos
desenvolvidas do mundo.(Roda do futuro para
reflectir)
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O crescimento da população mundial
Critério
Científico

Crescimento Reprodução
demográfico humana
Fecundidade e
Natalidade

Fenómeno
Leis biológicas
Social
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O crescimento da
população mundial
 Vejamos por exemplo o Índice Sintético
de Fecundidade (ISF), em África e na
Europa:
África Europa
4-5 filhos/mulher 1-2 filhos/mulher

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O crescimento da população nos
países desenvolvidos
A partir do princípio da década de 60 acentuou-se o
declínio da fecundidade nos países desenvolvidos. De
entre vários factores destacam-se os seguintes:
 A melhoria do nível de vida e a consequente maior
preocupação pela educação dos filhos;
 A crescente entrada da mulher no mercado de
trabalho (as mulheres empregadas torna-se difícil a
conciliação entre o emprego e a maternidade).
 O aumento da idade para o casamento e
nascimento do primeiro filho, em resultado do
prolongamento da duração do período de estudos e das
dificuldades ao primeiro emprego;
 O desejo de realização profissional e pessoal;

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O crescimento da população nos
países desenvolvidos

 As dificuldades de habitação,
particularmente nos meios urbanos e a
falta de creches e infantários.
 O desenvolvimento do planeamento
familiar e a larga difusão dos
anticoncepcionais.
 Leis contra o trabalho infantil e a
escolaridade obrigatória.
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O crescimento da população nos
países em desenvolvimento
 Os fortes índices de fecundidade na maior
parte dos países em desenvolvimento resultam de
vários factores:
 A elevada taxa de mortalidade infantil e a
procura de compensação fisiológica;
 Nos países pobres as crianças e os jovens
constituem uma força de trabalho,
representando por isso uma fonte de
rendimento e não um encargo suplementar;

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O crescimento da população nos
países em desenvolvimento
 A inexistência de protecção social, na generalidade destes países,
leva a que o grande número de filhos constitua uma garantia de
sustento e protecção para os progenitores, quando estes forem idosos
e já não poderem trabalhar;
 A poligamia, especialmente em África e nos países árabes, onde este
fenómeno social atinge, em muitos casos, cerca de metade das
mulheres casadas.
 As elevadas taxas de nupcialidade e a precocidade do
casamento.
 Junta-se também a este grupo de causas a falta de informação, as
elevadas taxas de analfabetismo e as crenças religiosas,
constituem outras tantas razões para os altos valores do índice de
fecundidade neste tipo de países.

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Causas do ráp. Cresc. Pop. nos Países em Desenvolvimento.

Causas Culturais

Causas Sociológicas

Causas Políticas

Causas Económicas

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Causas do rápido crescimento da população
nos países em desenvolvimento

 Clarificando brevemente cada uma destas causas 


 Causas culturais
Relacionam-se com a existência de um conjunto de
valores, segundo os quais um elevado número de filhos
é sinónimo de exteriorização de riqueza e de prestígio
social.
 Causas políticas
Os estados influem decisivamente no número de
nascimentos através da legislação. Uns adoptam
políticas natalistas e outros antinatalistas.
 
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Causas do rápido crescimento da população
nos países em desenvolvimento

 Causas sociológicas
Sendo a agricultura o principal sector da actividade económica e aquele
que emprega a maior parte da população activa em muitos países em
desenvolvimento, os filhos são uma significativa fonte de rendimentos
para as famílias, já que representam mais mão-de-obra e maior
produção de alimentos. (fluxos de riquesa dos filhos para os pais)
 Causas económicas
A elevada dívida externa dos países em desenvolvimento aliada a sua
grande dependência externa sobretudo dos países mais industrializados,
não tem permitido estes países disponibilizarem recursos para combater
eficazmente o analfabetismo, a fome, a economia agrícola de auto-
subsistência, etc. que têm condicionado a existência de taxas de
natalidade elevadas.
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Conclusão Preliminar
 O crescimento demográfico apesar de depender da
reprodução é basicamente um fenómeno sócio
económico - cultural.
 Os dois grandes fenómenos demográficos – a
natalidade e a mortalidade – são manifestações
sócio económicas-culturais de processos
biológicos, ou seja, são fenómenos que sendo
biológicos na origem, sofrem profundas
modificações quando inseridos na sociedade.

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As teorias demográficas
 Na época contemporânea, dois grandes
conjuntos teóricos agrupam a maior parte
das principais correntes de pensamento
demográfico:

 1. O Malthusianismo

 2. A Teoria da Transição Demográfica


 
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O malthusianismo
 Entre as teorias demográficas antinatalistas,
destacou-se a do economista e sacerdote inglês
Thomas Robert Malthus, que ficou conhecida
como malthusianismo. É uma teoria de
restrição da natalidade.
 Analisando a relação entre a produção de meios
de subsistência e a evolução demográfica nos
EUA e na Europa, Malthus concluiu em 1798, a
tese de que o crescimento populacional
excedia a capacidade da terra de produzir
alimentos.
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O malthusianismo
A base fundamental da sua teoria foi a seguinte
afirmação:
 a população tende a crescer em progressão
geométrica (2,4,8,16,32,64…) – lei da
população;

 enquanto os recursos de que esta população


podia dispor aumentava, durante o mesmo
intervalo de tempo em progressão aritmética
(2,4,6,8,10,12…) – lei das subsistências.
Desta forma nunca a produção de alimentos e
outros recursos chegará para todos.

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A proposta malthusiana
 Assim, a população tenderia a crescer além dos limites
da sua sobrevivência, e disso resultariam a fome, a
miséria, epidemias, guerras, etc.
Diante dessa constatação e para evitar uma “catástrofe”,
Malthus propôs uma “restrição moral” aos nascimentos,
o que significaria:
 proibir o casamento entre pessoas muito jovens;
 limitar o número de filhos entre as populações mais
pobres;
 elevar o preço das mercadorias e reduzir os salários, a
fim de pressionar os mais humildes a ter uma prole
menos numerosa.

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O malthusianismo não ficou confirmado como Lei

Na segunda metade
do séc.XIX

LEI DA POPULAÇÃO LEI DAS SUBSISTÊNCIAS

 A TN começou a baixar na A produção agrícola


Europa Ocidental; aumentou rapidamente
 O nível de vida das (desenv. das técnicas
populações elevou-se. agrícolas e aumento do
espaço agrário).

Os factos provaram o
contrário
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A teoria da transição
demográfica
Conceptualização
 A transição demográfica é, no geral, um
processo de diminuição de taxas de
mortalidade e natalidade, sendo que a
primeira diminui mais rápido que a
segunda, causando um período de
aumento do crescimento vegetativo e,
portanto, de grande acréscimo
populacional.
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A teoria da transição
demográfica (cont.1)
 Esse termo, que é utilizado em demografia, ajuda a
entender ao mesmo tempo dois fenómenos:
1. Em primeiro lugar, explica porquê o crescimento da
população mundial se disparou nos últimos 200
anos (passando de 1 bilhão de habitantes no ano
1800 a pouco mais de 7 bilhões na actualidade).
2. Em segundo lugar, descreve o período de
transformação de uma sociedade pré-industrial
(caracterizada por ter taxas de natalidade e de
mortalidade altas) a uma moderna ou pós-
industrial (caracterizada por ter ambas as taxas
baixas).

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A teoria da transição
demográfica (cont.2)
 A teoria arranca dos estudos iniciados pelo demógrafo
norte-americano Warren Thompson no ano 1929 e é
hoje mais vigente que nunca. Thompson observou as
mudanças (ou transição) que tinham experimentado nos
últimos duzentos anos as sociedades industrializadas do
seu tempo com respeito às taxas de natalidade e de
mortalidade. De acordo com estas observações expôs a
teoria da transição demográfica segundo a qual uma
sociedade pré-industrial passa, demograficamente
falando, por 4 fases ou estágios antes de derivar numa
sociedade plenamente pós-industrial.

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A teoria da transição demográfica-
principais teóricos (cont.3)

 Foi Léon Rabinowicz em 1929 e Warren


Thompson em 1930 que empregaram pela primeira
vez, a expressão «revolução demográfica”.
 Em 1930,Landry desenvolve as ideias fundamentais
desta teoria no seu livro A Revolução Demográfica
que é hoje considerado como um clássico.
 Com Frank Notestein, a «revolução demográfica»
transforma-se em «transição demográfica»,
expressão que hoje é a mais correntemente utilizada.

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A teoria da transição
demográfica (cont.4)

 A transição demográfica é um modelo de


leitura das grandes transformações
demográficas que ocorreram ou que estão a
ocorrer na época contemporânea.
 Começou por ser um modelo de análise das
transformações demográficas da Europa
mas rapidamente adquiriu uma vocação
planetária.
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A teoria da transição
demográfica (cont.5)
 A transição demográfica é considerada
como um dos modelos teóricos mais
importantes da Demografia.
 Segundo a teoria da transição
demográfica, todos os países já
passaram ou terão de passar por
quatro fases de evolução:

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As fases da transição
demográfica. Características
1ª Fase 3ª Fase
TN – elevada TN – começa a diminuir
TM – elevada TM – baixa
TCN – baixo TCN – reduzido ( com
relação à fase anterior)
2ª Fase
TN – alta 4ª Fase
TM – baixa TN – baixa
TCN - alta TM – baixa
TCN - nulo

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As fases da transição demográfica.
Características (Cont)
5ª Fase 1ª Fase
 TN – Baixa (muito baixa) TN – elevada
 TM – Baixa TM – elevada
 TCN – Baixo TCN – baixo
“Quase Equilíbrio “ Antigo
(negativa)
“Quase Equilíbrio”Algumas
Modernoconsiderações
De acordo com o exposto até aqui se podem obter algumas conclusões:
O resultado final no início e no fim do processo é o mesmo: um crescimento
natural baixo. Ora, as circunstâncias são radicalmente opostas: na etapa 1 porque
as taxas de natalidade e mortalidade são muito altas; e na etapa 5 porque as
mesmas taxas são muito baixas.

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País Taxa de crescimento da Expectativa de vida no
pop.(%) 2010-2015 nascimento 2010-2015

Alemanha -0,2 78 83

Japão -0,1 80 87

Federação Russa -0,1 63 75

Ucrânia -0,5 64 75

Letónia -0,4 69 79

Lituânia -0,4 67 78

Estados Unidos da 0,9 76 81


América
Fonte: FNUAP,2011
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Críticas à Teoria da Transição Demográfica (TTD)

 Não aceitação da TTD como um paradigma aplicável à


todas as regiões geográficas e países;
 A TTD aborda a fecundidade numa perspectiva
macroeconómica mas pretende-se introduzir uma
abordagem numa perspectiva sociocultural e
institucional para ser mais universal (ou várias teorias
sócio demográficas);
 A TTD foi inicialmente criada para explicar o modelo
demográfico europeu;
 Alguns autores consideram que a TTD é omissa quanto
ao papel da nupcialidade e das migrações externas.
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Bibliografia

 Nazareth, J.Manuel. Demografia - A ciência da


População. Editorial Presença, Lisboa, 2007, 2º
edição.
 Bandeira, Mário Leston. Demografia - Objecto,
teorias e métodos. Escolar Editora,Lisboa,2004.
 Rollet,Catherine. Introdução à Demografia. Porto
Editora,Porto,2007.
 Relatório sobre a situação da população mundial,
UNFPA, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016,
2017, 2018.
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