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Turma: LDI2N
Turno: Pós-laboral
Luanda / 2021
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Participantes
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Índice
Introdução……………………………………………………………………..…………………09
Conclusão……………………………………………………………………….………………..14
Referências bibliográficas………………………………………………………...……………...15
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RESUMO
Esta pesquisa visa abordar a temática sobre o “ Direito Financeiro”. Este ramo do Direito
estuda as questões jurídicas das finanças do Estado. Esta actividade por parte do estado, pode ser
intervencionista ou neutra. Os fenómenos financeiros são objetos de análise de diversos ramos do
saber, tais como: Economia, Gestão e Contabilidade financeira, Finanças públicas e pessoais,
Direito Administrativo, Orçamental, fiscal e tributário. O Direito Financeiro também pode ser visto
como o conjunto de regras e princípios que estudam a atividade financeira do Estado. Ele
relaciona-se de forma directa e estrita com o Direito tributário e o Direito fiscal. O Direito
Tributário é o ramo do direito que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas a
imposições tributárias de qualquer espécie. Já o Direito fiscal, é o ramo do Direito que contém um
conjunto de regras jurídicas que definem os termos da fixação e cobrança de determinados
montantes aos cidadãos. Em relação a natureza jurídica do Direito financeiro, manifesta-se na
imperatividade do estado munir-se de um conjunto de normas jurídicas que regulam a sua
actividade financeira. Quanto a sua autonomia, perante aos outros ramos, se justifica por ser um
sistema próprio de normas, com objetivos bem definidos. E ele se relaciona com outros ramos do
Direito, tais como o Constitucional, Administrativo, Civil, Comercial, Empresarial, etc.
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ABSTRACT
This research aims to address the theme of "Financial Law". This branch of law studies
the legal issues of state finances. This activity on the part of the state, can be interventionist or
neutral. Financial phenomena are the object of analysis in different fields of knowledge, such as:
Economics, Financial Management and Accounting, Public and Personal Finance, Administrative,
Budget, Tax and Tax Law. Financial Law can also be seen as the set of rules and principles that
study the financial activity of the State. It is directly and strictly related to tax law and tax law. Tax
law is the branch of law that deals with the relationship between the tax authorities and people
subject to tax charges of any kind. Tax law, on the other hand, is the branch of law that contains a
set of legal rules that define the terms of setting and collecting certain amounts from citizens.
Regarding the legal nature of financial law, it is manifested in the imperative of the state to provide
itself with a set of legal rules that regulate its financial activity. As for its autonomy, vis-à-vis other
branches, it is justified because it is its own system of rules, with well-defined objectives. And it
relates to other branches of law, such as Constitutional, Administrative, Civil, Commercial,
Business, etc.
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Introdução
Os objectivos que auguramos alcançar com a elaboração deste trabalho são os seguintes:
Objectivos específicos:
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1. Conceito e objecto do Direito Financeiro
Segundo Nunes, (2004, p.69), o Direito Financeiro pode definir-se como um ramo de
Direito público que regula, mediante um regime próprio, a actividade pública (de gestão e de
controlo dos dinheiros públicos).
O Direito Financeiro é o ramo do direito público que estuda as finanças do Estado em sua
estreita relação com sua actividade financeira. É, portanto, o conjunto de regras e princípios que
estudam a actividade financeira do Estado, composta pela receita, despesa, orçamento e crédito
público. (Leite, 2020, p.43).
Na visão de Torres (2004, p.11), o Direito Financeiro deve ser estudado sob duas
perspectivas diferentes, como ordenamento e como ciência. Ele abre-se para a classificação que
distingue entre sistema objectivo e científico (ou Sistema interno e externo). O sistema objectivo
compreende as normas, a realidade, os conceitos e os institutos jurídicos. Sistema científico é o
conhecimento, a ciência, o conjunto de proposições sobre o sistema objectivo, o discurso sobre a
própria ciência.
Nunes, apud Martinez (2011, p.69), realça que o Direito Financeiro abrange um amplo
sector constituido por normas que dispõem sobre receitas e despesas, sobre receitas e despesas,
sobre a coordenação entre elas, sobre a arrecadação de receitas, sobre a realização de despesas
globais sobre a sua contabilização e fiscalização. Excluem-se do Direito Financeiro, as receitas
públicas de origem privada, cujas relações jurídicas são objecto da regulação de outros ramos de
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Direito. Trata-se de um ramo de Direito que é um produto do Estado demo – liberal e, sobretudo,
do seu modelo parlamentar anglo-saxónico. (Nunes, 2011, p.69)
O direito financeiro estuda a actividade financeira do Estado que, por sua vez, compreende
a receita, o orçamento, a despesa e o crédito público. Para além disso, estuda o controle de todo o
fenómeno financeiro por parte da iniciativa privada, do Poder Legislativo, do Tribunal de Contas
e do Poder Judiciário. Seu objeto de estudo é amplo e inegavelmente vincula-se à efectivação dos
direitos fundamentais, pois perpassa pelo orçamento público a previsão de cumprimento das
políticas públicas. De outro modo, a eficiência dos gastos públicos também possui como ponto de
partida a rigidez na elaboração e na execução da lei orçamentária.(Leite, 2005, p.67).
Rosa Júnior (2005, p.17) limita a fronteira entre a Ciência das Finanças e o Direito
Financeiro na constatação que existe uma correlação entre ambas e que a primeira ajuda à segunda
na interpretação das leis ou fornece subsídio ao legislador sobre a conjuntura económica,
incidência tributária, justiça social, etc. da aplicação de um novo entendimento legal. Por outro
lado o Direito Financeiro fornece mecanismos de aplicação da jurisprudência ao caso concreto,
que fortalecerão os princípios e institutos que cerceiam a Ciência das Finanças.
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Segundo Silva (2004, p.240) as finanças públicas podem ser assim classificadas: • Finanças
positivas: referem-se ao estudo que trata as finanças públicas dentro da teoria da realidade,
observando e explicando as uniformidades do comportamento do Estado. • Finanças normativas:
dizem respeito ao estudo das regras e normas que o Estado deve subordinar-se para melhor atingir
os seus fins. Conclui Silva (2004, p.240) interligando Contabilidade e Contabilidade
Governamental às Finanças Públicas: É nesse ambiente que a Contabilidade estuda a actividade
financeira do Estado o que compreende o estudo da receita, da despesa, do orçamento e do crédito
público, bem como de todos os demais reflexos decorrentes da ação dos administradores que
tenham impacto sobre o património. Além disso, a Contabilidade Governamental, ainda, estuda e
analisa os diversos aspetos que consubstanciam formas de actuação do Ente público na prestação
de serviços indispensáveis à satisfação das necessidades do cidadão.
Torres (2005, p.12) defende que uma das características básicas de um sistema jurídico é
o pluralismo, o Direito Financeiro também se pluraliza, dividindo-se em inúmeros ramos e
disciplinas, que por seu turno convivem com outras ordens jurídicas parciais no ambiente da
interdisciplinaridade.
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A natureza jurídica do Direito Financeiro assenta na grande discussão da sua inserção na
esfera do direito público ou privado. Partimos do princípio de que para que exista autonomia num
determinado ramo de direito é necessário que haja critérios objectivos e subjectivos no âmbito da
prática da actividade financeira. A destrinça da autonomia do direito financeiro tem levado os
grandes tratadistas desta matéria a profundos e acalorados debates. Para vinculrmos a natureza
jurídica do direito financeiro, como ramo do direito público, basta recordar que o fenómeno
financeiro é resultante da satisfação de necessidades públicas a cargo de um ente público, dotado
de “ ius imperii”, que define o modo, como e quando satisfaz as necessidades públicas tendo como
recurso, quando necessário, a coacção. (Franco, 2007, p.101).
Como qualquer outro ramo do direito, O direito financeiro não dispensa, obviamente, o
direito privado para cumprir o seu papel. É inquestionável a unidade e homogeneidade da ordem
jurídica onde releva, obviamente, a autonomia de qualquer ramo do direito; Daí, a impossibilidade
de existência de um ramo de direito totalmente independente sem nenhum vínculo com outros
ramos. Por isso, as “zonas cinzentas” que apresentam o Diireito financeiro na fronteira entre o
direito público e o direito privado não impedem, de forma nenhuma, a autonomia do direito
financeiro, já que “as normas financeiras são, e devem ser, orientadas segundo razões próprias, em
dependência de princípios característicos, em obediência a um espírito inconfundível. (Franco,
2007, p.103).
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Para mais subsídios em relação ao Orçamento, ver: Lei 15/10 – Lei Quadro do Orçamento Geral do Estado.
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Conclusão
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Referências Bibliográficas
Obras
LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. 5º Ed. Editora JusPODIVM, São Paulo, 2020.
NUNES, Elisa Rangel – Lições de Finanças Públicas e de Direito Financeiro — Anistia Edições,
Lda. – 2011.
PEREIRA, P., et al. Economia e Finanças Públicas. 3ª ed. Escolar Editora, 2009.
ROSA Jr, L.E.F. Manual de Direito Financeiro & Direito Tributário. 18ª ed. Rio de Janeiro, São
Paulo, Recife: Renovar, 2005.
TORRES, R.L. Curso de Direito Financeiro e Tributário. 11ª ed. Rio de Janeiro, São Paulo, Recif:
Renovar, 2004.
Legislação
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