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1. Introdução....................................................................................................................................4
1.1. Objectivos.............................................................................................................................4
1.1.1. Geral..................................................................................................................................4
1.1.2. Específicos........................................................................................................................4
3. Conclusão..................................................................................................................................15
4. Referência Bibliográficas..........................................................................................................16
1. Introdução
Este trabalho de pesquisa tem como objectivo principal o estudo das finanças em Moçambique de
um modo particular, do fenómeno financeiro, este estudo foi feito tendo em consideração as
finanças públicas, desta maneira abrangendo vários aspectos que estão intimamente ligados as
finanças e ao próprio Estado. A Noção de finanças está intimamente ligada a ideia de dinheiro.
Finanças visa estudar os aspectos da economia, onde o processo económico se caracteriza por
produção, distribuição, troca e consumo. Finanças e Estado, o Estado para realizar a sua actividade,
carece de dinheiro para pagamento de despesas. Conceito de finanças públicas Finanças públicas é
a realidade económica de um ente público ou com funções públicas, tendente a afectar bens a
satisfação de necessidades que lhe estão confiadas. Finanças públicas são a aquisição e utilização
de meios financeiros pelas entidades públicas que incluem o Estado, as autarquias e entidades para
estaduais.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Explicar a natureza do fenómeno financeiro.
1.1.2. Específicos
Mencionar as perspectivas do fenómeno financeiro;
Explicar as perspectivas do fenómeno financeiro.
2. Conceito de Fenómeno financeiro
Por esta teoria, o estado arrecada as receitas tributárias e não tributárias do povo, com o escopo
de apenas consumir as receitas na manutenção dos encargos estatais, significando que o mesmo
não produz, apenas consome aquilo que arrecada da sociedade.
Refutando esta teoria, é possível citar que: “produzir é criar utilidade: quando o Estado paga, cria
bens. Os legisladores, os juízes, os administradores, os engenheiros, os professores, são tão
produtores económicos como os agricultores.”(JÈSE, 1934, apud DEODATO, 1969).
Compara o estado moderno a uma grande indústria, a qual funciona como uma grande
cooperativa, onde há a participação de todos os contribuintes, que se beneficiam dos serviços
públicos, a um custo mínimo.
Tal teoria consiste em que o Estado some todos os seus encargos (despesas públicas) e em
seguida divida-os com a sociedade. Esta teoria também não se mostra verdadeira em sua
essência, pois seria necessário encontrar uma receita homogénea, ou seja, todos deveriam pagar o
mesmo ônus. Sabemos que a sociedade é constituída de um todo heterogéneo, e portanto seria
impossível que todos arcassem com a mesma carga tributária.
Segundo este estudioso, dada a existência de classes sociais contrapostas, o sistema financeiro se
constrói efetivamente, de modo a corresponder aos interesses das classes economicamente
dominantes em detrimento das classes mais fracas, visto que o custo do serviço público a ser
suportado por todos é desproporcional a capacidade contributiva da classe mais fraca.
Como fenómeno social, pode ser encarado sob três perspectivas, nomeadamente: Política,
económica e jurídica, (WATY, 2004:32).
A actuação económica do Estado pode, porém, desenvolver ele próprio - como «forma» política
da sociedade - uma actividade de sujeito económico colectivo ou social. Sabemos de sistemas
sociais em que todas as necessidades económicas, em sociedades primitivas ou integralmente
socialistas, são satisfeitas pela própria sociedade política (que terá, para uns, necessidades
próprias, como organismo que e; que apenas «interpreta» necessidades individuais; ou que actua
num e noutro plano).
Em todos os tempos, contudo, zonas da actividade económica, conexas com os fins e as funções
do Estado, foram por este exercidas pois, a prossecução de fins de segurança, justiça e bem-estar
implica a administração de diversos bens raros, a qual, de per si, é actividade económica. Em tais
casos - de actuação económica do Estado - este dispõe de bens económicos, cuja gestão e
disposição lhe esta atribuída, para os afectar as necessidades sociais que lhe cumpre satisfazer.
“O Estado ao prosseguir os seus fins tem, naturalmente, necessidades económicas cuja satisfação
implica despesas. Não importa o regime político prosseguido, o que importa é que qualquer
Estado, quer ele siga formas de desenvolvimento do tipo capitalista, quer siga as do tipo
socialista, necessita de realizar despesas com as diversas necessidades colectivas que prossegue,
como sejam de saúde, educação, defesa da soberania, entre outras” (IBRAIMO, 2000:10).
Fenómeno financeiro do estado Moçambicano corresponde a utilização de meios económicos
(meios objectivamente raros susceptíveis de aplicações alternativas) por entidades públicas ou
pela própria comunidade, a fim de satisfazer necessidades comuns.
Como em qualquer outra actividade e pelo facto desta actividade envolver complexas arbitragens
de interesses e uma estrutura institucional articulada em razão de fins públicos e do exercício do
poder político de autoridade pública esta é regida por princípios e mecanismos jurídicos próprios.
No âmbito do programa do Governo (2000-2004) foi definindo como uma das prioridades a
reforma do sector público, cujo objectivo é a modernização da administração do Estado que
culminou com a introdução do SISTAFE.
A cobertura legal para o estabelecimento do SISTAFE foi realizada com a aprovação da Lei
n.º 9/2002 de 12 de Fevereiro.
O SISTAFE tem os seguintes objectivos:
Estabelecer e harmonizar regras e procedimentos de programação, execução, controlo e
avaliação dos recursos públicos;
Desenvolver subsistemas que proporcionem informação oportuna e fiável sobre o
comportamento orçamental e patrimonial dos órgãos e instituições do Estado;
Estabelecer, implementar e manter um sistema contabilístico de controlo da execução
orçamental e patrimonial adequado às necessidades de registo, da organização da informação
e da avaliação do desempenho das acções desenvolvidas no domínio da actividade financeira
dos órgãos e instituições do Estado;
Estabelecer, implementar e manter o sistema de controlo interno eficiente e eficaz e
procedimentos de auditoria interna internacionalmente aceites;
Estabelecer, implementar e manter um sistema de procedimentos adequados a uma correcta,
eficaz e eficiente condução económica das actividades resultantes dos programas, projectos e
demais operações no âmbito da planificação programática delineada e dos objectivos
pretendidos.
O SISTAFE é um programa abrangente na medida em que mexe com toda as entidades públicas
da esfera económica e financeira do Estado pois, todos os órgãos e instituições do Estado
independentemente do regime administrativo e financeiro a que estão sujeitas, e a personalidade
jurídica de que dispõem, são abrangidas pelo sistema.
Para a regulamentação e operacionalização da referida Lei, foi aprovado o Decreto n.º 23/2004
de 20 de Agosto (que veio revogar o Decreto 17/2002 de 27 de Junho).
Neste Regulamento de operacionalização do SISTAFE há a destacar a introdução, positiva, de
vários instrumentos de gestão financeira (Capitulo V do Decreto 23/2004):
Os classificadores orçamentais;
O plano básico de contabilidade pública;
A conta única do tesouro;
A programação financeira;
A rede de cobrança;
A cadastro e inventário do património do Estado;
A Conta Geral do Estado;
A programação do controlo interno; e ainda
O sistema informático e-SISTAFE.
Este Decreto detalha os procedimentos organizados e instruídos de forma padronizada, as
actividades a serem executadas na gestão das finanças públicas, a observância dos princípios
orientadores das actividades e o registo contabilístico de forma uniforme e sistematizado dos
actos e factos relacionados com a execução do orçamento e da administração do património do
Estado.
3. Conclusão
Após o fazer deste presente trabalho, o grupo chegou em conclusão que o fenómeno financeiro
constitui o objecto da realidade e objecto científico das Finanças. Ela representa o modo mais
significativo e expressivo, o estado das relações económicas entre pessoas e instituições sociais,
por um lado, e o Estado, do outro, como o seu estudo contém a visão mais concreta e clara das
funções que, com prioridade, o poder público desenvolve numa sociedade. E no que tange ao
objectivo deste, conclui-se que o objectivo das finanças públicas abrange o estudo de todos os
aspectos que envolvem a utilização pelo sector público de recursos económicos tendo em vista
alcançar adequados níveis de emprego, crescimento, desenvolvimento e distribuição do
rendimento, através de bens ou da prestação de serviços. Actividade financeira do Estados é aquela
que visa satisfazer as necessidades colectivas ou alcançar outro tipo de objectivos económicos,
políticos e sociais e se concretizam na arrecadação de receitas
4. Referência Bibliográficas
BALEEIRO: Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª Edição, Editora Atlas, São Paulo, 2004.
Constituição da República de Moçambique, Imprensa Nacional, Maputo, 2004
FRANCO, codigo Napoleao, Distribuidora recore,Rio de janeiro, 2008, p5.
http://professores.unirg.edu.br/roveroni/dir_arq/trib/trib1_arq/03_atvfinan_caract.pdf Acesso
em: 27 de janeiro de 2019
IBRAIMO, Introducao ao direito público, 1o vol, edição Revista forense, Rio de 2000:10
JÈSE, apud DEODATO. Historia resumida do Direito, Editora Rio, de Janeiro 1934-1969, p.27.
ROVERONI, Antônio. Atividade financeira, 2004.
TEIXEIRA, Uma introdução à ciência das Finanças. Rio de Janeiro: Forense, 1992:10
WATY, Finanças públicas e Direito financeiro, Rio de janeiro, 2004:30