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DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Discentes:
O trabalho é de Direito Económico, de
Eliseu Armando Botão
carácter avaliativo a ser entregue a
Madalena da Piedade docente da cadeira de Direito Económico,
Michaela Agostinho do Curso Direito – 2o Ano.
LICENCIATURA EM DIREITO
Chimoio, 2023
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Discentes:
Madalena da Piedade
Michaela Agostinho
Docente:
LICENCIATURA EM DIREITO
Chimoio, 2023
Índice pág.
1. Introdução.......................................................................................................................5
1.1. Objectivos................................................................................................................6
CAPÍTULO 3. CONCLUSÃO.................................................................................................18
7. Conclusão......................................................................................................................18
8. Referências bibliográficas.............................................................................................19
CAPÍTULO I. PARTE INTRODUTÓRIA
1. Introdução
O Presente trabalho de pesquisa que ora se apresenta, tem como o tema ‘’O Sector
Empresarial do Estado’’. Como se pode ver pelo tema acima ilustrado, fica evidente que o
sector empresarial é fundamental para o desenvolvimento das economias. As empresas são
geradoras de riqueza e, em especial, criam empregos absorvendo os jovens que todos anos se
juntam à população economicamente activa.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Analisar o sector empresarial do Estado;
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1.2. Metodologia da Pesquisa
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CAPÍTULO II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Empresa pública – é entidade de natureza empresarial criada pelo Estado, nos termos da
presente Lei, com capitais próprios ou de outras entidades públicas, e realiza a sua actividade
no quadro dos objectivos traçados no diploma de criação1.
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Art. 1° da LEP
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d) Disponham de participações qualificadas ou direitos especiais que lhe permitam
influenciar de forma determinante os processos decisórios ou as opções estratégicas
adoptadas pela empresa ou entidade participada.
Muitas dessas actividades só podem ser exercidas por entes que tenham o apoio do Estado,
dispondo de poderes e meios que as empresas privadas normalmente não têm. Hoje em dia,
tendo em vista acelerar o desenvolvimento do país, as empresas públicas tem um papel muito
importante não só através do exercício das suas actividades tradicionais, mas, também, das
parcerias que venham a estabelecer com empresas privadas, nacionais ou estrangeiras.
Diversa legislação tem sido produzida nos últimos tempos relativa ao Sector Empresarial do
Estado, mas a nova Lei das Empresas Públicas (Lei n.º 6/2012, de 8 de Fevereiro, adiante
abreviadamente LEP), que entrou em vigor na data da sua publicação, reveste-se de capital
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importância. Com esta lei pretende-se adequar o regime jurídico das empresas públicas à
conjuntura actual e às exigências e prioridades que se colocam ao Estado em matéria de
gestão do sector empresarial.
Por exemplo, os recentes desenvolvimentos no sector dos recursos naturais, energia e infra-
estruturas, implicam que o Estado, quando tenha de participar no capital das empresas que
venham a explorar esses recursos, esteja representado por empresas regidas por regras que
não prejudiquem a flexibilidade que delas se exige.
Para além dos diversos aspectos inovadores que ela traz, importa, destacar, em primeiro
lugar, o regime transitório nele previsto, bem assim, a previsão da necessidade da sua
regulamentação. Apesar de a lei estabelecer um prazo de 90 (noventa) dias para a revisão dos
actuais estatutos das empresas públicas, a mesma impõe expressamente a vigência dos
referidos estatutos nesse mesmo prazo, sendo que depois disso prevalece o regime previsto na
Lei.
A regulamentação a ser aprovada pelo Governo deverá fixar o modelo de Estatutos a adoptar
pelas empresas públicas, as competências e o funcionamento das tutelas financeira e sectorial,
o processo de tomada de decisões, o conteúdo e o modelo dos contratos-programa, entre
outros aspectos.
Essas tutelas exercem as suas funções e deliberam sobre as competências que lhes são
atribuídas por lei de forma conjunta. Enquadram-se na tutela a definição das políticas gerais
de desenvolvimento da empresa, a política de salários, remunerações e outras regalias dos
titulares dos órgãos sociais, podendo delegar essas funções a uma comissão de remunerações,
bem assim a apreciação dos relatórios de gestão e as contas do exercício.
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N°s 1 e 2 do art. 4° da LEP
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No seguimento desta tutela conjunta, o Regulamento Interno das empresas públicas, apesar
de ser aprovado pelo Ministro ou dirigente do órgão de tutela sectorial, fica sujeito ao parecer
favorável do Ministro que superintende a área das Finanças. Desse regulamento deve constar,
de entre outros, aspectos relativos a organização interna, descrições de funções, organização
do trabalho, políticas de progressão profissional e estatuto remuneratório. Do mesmo modo, a
abertura de delegações e representações, para além de dever mostrar-se necessário e
conforme aos termos estatutários, carece de autorização da tutela sectorial, ouvida a tutela
financeira.
Sendo assim, o Regulamento Interno das actuais empresas público, sempre que se justificar a
sua compatilização ao novo regime jurídico nos termos da nova Lei, vai carecer, sempre, do
parecer favorável do Ministro que superintende a área das finanças, no caso o Ministro das
Finanças.
Enquanto accionista das empresas públicas, o Estado faz-se representar pelo Ministro que
superintende a área das Finanças, devendo decidir sobre a aplicação de resultados de cada
exercício económico, ainda que ouvido o Ministro ou dirigente do órgão de tutela sectorial 3.
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N°s 1 e 2 do art. 10° da LEP
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actividade empresarial se constitua como a actividade principal da empresa e assim se
constitua o seu regime jurídico.
A sua capacidade jurídica não diverge da capacidade das pessoas colectivas previstas no art.º
160 do Código Civil. Também para as empresas públicas vigora o princípio da especialidade,
nos termos do qual, não podem praticar actos contrários as seus fins. Para A interpretação
deste artigo n. 2 da Lei N. 17/91 podemos referir que objecto da empresa pública é sempre
definido pela lei e constitui um limite à sua competência, sendo nulos todos os actos e
contratos praticados e celebrados pela empresa, os quais contrariem ou transcendam o seu
objecto.
A capacidade jurídica de direito público é aquela que a lei lhes concede ao determinar a sua
competência.
Segundo o n.º 2 do Art.º 40 revogado pela lei n.° 6/2012 de 8 de fevereiro no seu artigo 22
dispõe da autonomia administrativa que determina que as empresas públicas podem praticar
actos administrativos e executórios e que, dos seus actos (praticados pelos seus órgãos no
âmbito das suas competências) não cabe recurso hierárquico mas só contencioso, para os
tribunais administrativos se for a pretenção
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O orçamento não faz parte integrante do Orçamento de Estado nem incide sobre ele qualquer
acto de aprovação parlamentar.
A fiscalização da execução do orçamento compete ao Conselho Fiscal (lei 17/91, artº 14º/
alínea c).
Para poderem ter um orçamento próprio, as empresas públicas têm competência para cobrar
receitas provenientes das suas actividades ou que lhes seja facultada nos termos dos estatutos
ou da lei, bem como realizar as despesas inerentes à prossecução do seu objecto (lei 17/91,
artº 19º).
O património da empresa pública é o limite da garantia dos credores. Esta não pode exercer-
se sobre os bens do domínio público administrados pelas empresas, bens esses cuja
titularidade é do Estado ou de outras pessoas colectivas públicas. É o caso dos portos,
aeroportos, linhas férreas, minas, etc.
No entanto, o regime de autonomia patrimonial das empresas públicas não permite a sua
falência ou insolvência não sendo possível liquidação concursal plena do seu património por
iniciativa dos credores.
Nos termos do n.º 1 do art. 3 da Lei 17/91 de 3 de agosto (vide lei n.º 6/2012 artigo 3 n.º 1) a
criação de empresas publicas é competência Central do Estado designadamente o conselho de
Ministros e fá-lo por via de decreto que por sinal é um acto administrativo, e impugnável no
Tribunal Administrativo.
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A extinção de empresas públicas não se difere de empresas estatais, ou seja elas obedecem o
mesmo princípio de que quem criou é igualmente competente para extinguir. Nos termos da
lei anterior nomeadamente a lei n.17/91 no seu artigo 30, estão previstas as 3 formas de
extinção de uma empresa pública designadamente a fusão, a cisão e liquidação.
Qualquer destas três formas de extinção é da competência do órgão que criou a empresa em
questão, mediante o competente diploma legal (artº 31º).
Os órgãos obrigatórios das empresas públicas segundo a lei vigente no seu N. 1 do art.º. 11
são:
j) Coordenar toda a actividade da empresa, dirigir superiormente os seus serviços e gerir tudo
quanto se relaciona com o objectivo da empresa.
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Administração é composto de 3 a 5 elementos, nomeados por despacho do Ministro das
Finanças, ouvido o ministro da área de subordinação, por períodos de cinco anos, renováveis
(artº 14º / nº 2).
A lei base das empresas públicas debruça-se sobre alguns princípios que vão delinear aquilo e
a gestão de empresas públicas nomeadamente o princípio da economicidade, eficiência e
planeamento.
a) Princípio da economicidade
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social (ex. transportes públicos) ou pretenda, através dela, aumentar o volume de exportações
(Lei 17/91 - artº 21º / nº 2, alínea b).
b) Princípio da eficiência
c) Princípio de Planeamento
Este princípio visa a perspetivação racional da gestão da empresa anual e a médio prazo.
Pretende-se que os seus órgãos se habituem a calcular racionalmente as suas decisões de
acordo com a conjuntura económica nacional e internacional. Requer-se, assim, uma
capacidade de estabelecer estratégias de gestão (artº 22º, alínea b).
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O Decreto-Lei nº 133/2013 de 3 de Outubro estabelece um conjunto de princípios de bom
governo que devem ser seguidos pelas empresas do SEE. Esses princípios incluem a
transparência, a responsabilidade, a equidade, a prestação de contas e a ética. Além disso, o
decreto-lei estabelece que as empresas do SEE devem ter uma estrutura de governança clara e
eficiente, com um conselho de administração independente e um sistema de remuneração
justo e transparente.
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CAPÍTULO 3. CONCLUSÃO
7. Conclusão
Chegando ao fim deste trabalho, ficou evidente que o Estado Moçambicano faz-se presente
na área económica possuindo empresas que visa gerar economia para a estabilidade
económica do país.
Estas empresas são criadas por lei, com tutela jurídica própria e um regime jurídico
estabelecido por lei para a sua prossecução.
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8. Referências bibliográficas
Legislações:
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