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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO RURAL


1ºANO – LABORAL

CADEIRA: GEOLOGIA GERAL

Processos de Geodinâmica Externa e Recursos Minerais

Realizado por:

Guenta Manuel Lapson

Líria Sebastião Coutinho

Mark Sithole

Nivalda Calisto Paulo

Qizito Paiva Macamero

Chimoio, 2023
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO RURAL


1ºANO – LABORAL

CADEIRA: GEOLOGIA GERAL

Processos de Geodinâmica Externa e Recursos Minerais

Realizado por:

Guenta Manuel Lapson

Líria Sebastião Coutinho

Mark Sithole

Nivalda Calisto Paulo

Qizito Paiva Macamero

Docente:

MC’s José Vontade

Chimoio, 2023
Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 4

1.1. Objectivo geral ............................................................................................................ 5

1.2. Objectivos específicos ................................................................................................. 5

1.3. Metodologia ................................................................................................................ 5

2. Geodinâmica ....................................................................................................................... 6

2.1. Geodinâmica externa da terra ...................................................................................... 6

2.1.1. Principais fenômenos geodinâmicos externos ..................................................... 6

2.2. Geodinâmica externa e o homem ................................................................................ 9

2.3. Vulcanismo................................................................................................................ 11

2.3.1. Conceito e Origem ............................................................................................. 11

2.3.2. Estrutura vulcânica............................................................................................. 11

2.3.3. Tipos de Vulcanismo ......................................................................................... 12

2.3.4. Tipos de erupções vulcânicas............................................................................. 13

2.3.5. Riscos vulcânicos ............................................................................................... 13

2.3.6. Riscos de vulcões no meio ambiente ................................................................. 13

2.4. Sismos ....................................................................................................................... 14

2.4.1. Conceito e Origem ............................................................................................. 14

2.4.2. Tipos de Sismos ................................................................................................. 15

2.4.3. Riscos dos sismos .............................................................................................. 15

3. Conclusão ......................................................................................................................... 17

4. Bibliografia ....................................................................................................................... 18
1. Introdução

Os Desastres Naturais constituem um tema cada vez mais presente no cotidiano das pessoas,
independentemente destas, residirem ou não em áreas de risco. Ainda que em um primeiro
momento o termo esteja associado a terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas, ciclones e
furacões, os Desastres Naturais contemplam, também, processos e fenómenos mais
localizados tais como deslizamentos, inundações, subsidências e erosão, que podem ocorrer
naturalmente ou induzidos pelo homem.

Responsáveis por expressivos danos e perdas, de caráter social, económico e ambiental, os


desastres naturais têm tido uma recorrência e impactos cada vez mais intensos. Eles podem
ocorrer como consequência do impacto de um risco natural ou causado por actividades
antrópicas. Os riscos naturais incluem fenómenos como terremotos, actividade vulcânica,
deslizamentos de terra, maremotos, ciclones tropicais e outras.

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1.1.Objectivo geral
 Compreender os Processos de Geodinâmica Externa e Recursos Minerais.

1.2.Objectivos específicos
 Definir Geodinâmica
 Expor o Vulcanismo
 Expor so Sismo

1.3.Metodologia

Para o efeito deste trabalho de pesquisa recorreu-se ao método bibliográfico.

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2. Geodinâmica

Ramo da geologia que se dedica ao estudo do conjunto de fenómenos que ocorrem na Terra e
as suas consequências.

O dinamismo da Terra provém das interações entre os agentes de geodinâmica interna e os


agentes de geodinâmica externa. A reciclagem dos materiais rochosos (ciclo litológico), por
exemplo, deve-se à ação dos agentes de geodinâmica interna e externa.

Os fenómenos que ocorrem na superfície terrestre são estudados pela geodinâmica externa ou
geografia física. Esta ciência inclui diversas especialidades como a meteorologia, a
hidrologia, a oceanografia, a geomorfologia, a fisiografia, a glaciologia e a limnologia.

O estudo da dinâmica interna da Terra cabe à geodinâmica interna. O dinamismo da Terra


manifesta-se pela atividade sísmica e vulcânica, pela formação da crosta oceânica e de
cadeias montanhosas, fenómenos associados ao movimento das placas litosféricas.

A geodinâmica está na origem das mudanças geológicas da Terra quer por ação de
fenómenos destrutivos, como a meteorização e a erosão, que alteram o relevo terrestre, quer
através de fenómenos construtivos, como o vulcanismo, com a edificação de novas
montanhas.

2.1.Geodinâmica externa da terra

A geodinâmica externa é o conjunto de fenômenos externos, que ocorrem na superfície


terrestre e que promovem sua alteração. Seus agentes agem sobre o relevo e moldam as
características da superfície terrestre, sendo, alguns desses agentes: água, vento, temperatura,
gravidade, glaciares, seres vivos, dentre outros. Com o passar dos tempos, o homem
aumentou a frequência, magnitude e intensidade desses fenômenos, através das modificações
das paisagens, de suas atividades econômicas e de efeitos cumulativos no solo, acarretando
em prejuízos para sua própria espécie.

2.1.1. Principais fenômenos geodinâmicos externos

Erosão: A erosão pode ser de origem natural ou antrópica, quando natural os principais
agentes moduladores são a água e o vento, causando a erosão hídrica e eólica, na qual esses
agentes, através da interação com solo, provocam mudanças em sua estrutura. Também existe

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a erosão rochosa, que consiste na remoção de blocos rochosos pelas flutuações de pressões
durante a dissipação de energia das quedas d’água, como cachoeiras e corredeiras.

Imagem 1 – Exemplo de erosão causado pela ação hídrica

Movimentos de massa: ocorre quando as forças de tração, devido a gravidade, superam as


resistências do solo, provocando fenômenos como rastejos, escorregamentos, movimentos de
blocos e corridas. Os rastejos são movimentos descendentes, lentos e contínuos da massa de
solo de uma área com ligeira ou acentuada inclinação, talude, caracterizando uma deformação
plástica, sem geometria e superfície de ruptura definidas.

Os escorregamentos constituem em movimentos rápidos de massas do solo e/ou rocha, com


volume definido, sendo que o centro de gravidade do material se desloca para baixo e para
fora do talude, seja ele natural, de corte ou aterro. Os movimentos de blocos são movimentos
por gravidade, de blocos de constituintes do solo, podendo serem classificados em queda de
blocos, tombamento de blocos, rolamento de blocos e desclapamento. As corridas são
movimentos gravitacionais na forma de escoamento rápido, envolvendo grandes volumes de
materiais.

Imagem 2 – Exemplo de corrida

Fonte: GABRIEL LOPES

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Assoreamento: É um processo de concentração de sedimentos em meio aquoso ou aéreo,
ocorrendo quando a força do agente natural é sobrepujada pela força da gravidade ou quando
a supersaturação das águas ou ar permite a deposição do material acumulado.

Imagem 3 – Exemplo de assoreamento gradativo

Inundação: Processo de extravasamento das águas de um curso d´água para áreas marginais,
ou seja, ocorre quando o fluxo d’água é superior à capacidade de descarga do canal.

Imagem 4 – Exemplo de inundação

Subsidências e colapsos: Ocorrem devido ao movimento, relativamente lento, de


afundamento de terrenos, devido à deformação ou deslocamento de direção,
fundamentalmente, vertical descendente. O colapso apresenta a mesma definição, porém
apresenta-se como um movimento brusco do terreno.

Imagem 5 – Exemplo do processo de subsidência

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Além desses fenômenos, vale destacar os ciclos biogeoquímicos, que consistem no
movimento cíclico de determinados elementos no meio ambiente. Elementos essenciais para
a manutenção dos fenômenos naturais e para a vida na terra, diretamente relacionados com a
geodinâmica externa da terra, como o ciclo hidrológico, do carbono, do oxigênio, do enxofre,
do cálcio, do fósforo, dentre outros. Porém esses temas serão abordados de forma mais
expressiva futuramente e de forma separada, no entanto não é difícil relacioná-los com as
atividades humanas.

2.2.Geodinâmica externa e o homem

O homem, desde que começou o processo de civilização, buscou construir suas moradias e se
estabelecer em solos que apresentam estabilidade e segurança, logo seu desenvolvimento se
deu de forma a evitar se instalar próximo de ambientes com riscos de processos erosivos.
Porém, como esses fenômenos podem ser naturais, nem sempre o ser humano consegue se
esquivar de eventos ambientais relacionados a geodinâmica externa, como no caso das
inundações, dos assoreamentos e erosões naturais que dão grandes prejuízos financeiros,
materiais e mortes.

Os ciclos biogeoquímicos, são fundamentais para a manutenção da vida e das atividades


antrópicas, influenciando diretamente na agricultura, quando ocorre a rotatividade de culturas
para garantir a nutrição de plantas por nitrogênio, fósforo e outros nutrientes, na irrigação e
abastecimento de água, quando o ciclo da água está em equilíbrio ocorre o abastecimento
constante dos aquíferos, lençóis freáticos, rios e outras fontes de água, no cultivo de

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especiarias marinhas, que necessitam do cálcio para se desenvolver, no efeito estufa, na qual
o ciclo do carbono colabora na manutenção da temperatura da terra.

Ao longo dos tempos, o homem se mostrou com grande capacidade de interferir nesses
agentes e fenômenos, em relação ao solo, tem provocado uma intensificação nos processos de
erosão, assoreamentos e inundações, através do manejo inadequado do solo e dos rios, na
qual as barragens e atividades agrícolas mal planejadas e a ocupação desordenada do solo
acabam por desestabilizar a geodinâmica externa, fazendo aumentar os desastres ambientais e
trazendo prejuízos para as populações, como redução da profundidade dos canais, perda de
eficiência de obras hidráulicas, alteração e morte da vida aquática, intensificação de cheias e
perda de volume de reservatórios.

As subsidências e colapsos ocorrem de forma mais intensa devido às atividades de


bombeamentos de águas subterrâneas e da construção civil podem provocar a castificação das
rochas, desestabilizando o solo e resultando em grandes desastres urbanos.

Imagem 6 – Exemplo do fenômeno de subsidência

Os processos da biogeoquímica têm interferido de forma constante nas atividades humanas e


em grandes proporções, através da poluição do solo e do ar, uso de agrotóxicos, emissão de
gás carbônico e constituinte de combustíveis fósseis, causando desequilíbrio dos ciclos, tendo
como resultados, entre outros, diminuição da fertilidade do solo, intensificação do efeito
estufa, desequilíbrio na camada de ozônio e chuvas ácidas, acarretando numa série de
prejuízos sociais, ambientais e econômicos.

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2.3.Vulcanismo
2.3.1. Conceito e Origem

O termo vulcanismo abrange todos os processos e eventos que permitem e provocam a


ascensão de material magmático do interior à superfície da Terra. O fenómeno não é limitado
apenas à Terra, pois já foi constatado em alguns planetas e luas do nosso sistema solar,
estando em Marte o maior vulcão conhecido por Monte Olympus.

Historicamente, os processos responsáveis pelo vulcanismo foram atribuídos a diferentes


causas. Durante a Idade Média, relacionava-se o fogo eterno do inferno com as profundezas
da crosta terrestre. No início do século XIX ficou definitivamente estabelecido que os vulcões
são formados quer pelo acúmulo externo de material juvenil, quer pelo surgimento das
camadas pré-existentes por forças do interior da terra .

Um vulcão forma-se quando o magma é transferido do interior da Terra para a superfície.


Para que a sua subida ocorra é necessário que existam, na crusta terrestre, fendas ou
fracturas através das quais ele se escape. Toda a estrutura que permite a passagem do magma
até à superfície terrestre constitui o vulcão. Os vulcões podem ter diferentes aspectos,
apresentando numa estrutura geral típica: câmara magmática, chaminé e cratera.

Mais de dois terços da superfície da terra, são inteiramente formados por tachas derivadas de
lavas, durante os últimos 200 milhões de anos. Ele é também o mais significativo processo na
construção de arcos de ilhas e é expressivo em muitas cadeias de montanhas, pois tal
actividade está intimamente associada com o movimento da litosfera, e suas características
dependem do tipo de limite de placas.

2.3.2. Estrutura vulcânica

A estrutura vulcânica que forma um vulcão é designada por aparelho ou edifício vulcânico.
Normalmente, os vulcões são constituídos pelas seguintes partes:

a) Câmara magmática, local onde se encontra acumulado o magma, normalmente situado


em regiões profundas das crostas continental e oceânica, atingindo por vezes a parte superior
do manto;

b) Chaminé (principal) vulcânica, é o canal, fenda ou abertura que liga a câmara


magmática com o exterior das crostas, e por onde ascendem os materiais vulcânicos;

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c) Cratera, abertura ou depressão mais ou menos circular, em forma de um funil,
localizada no topo da chaminé vulcânica e;

d) Cone vulcânico, é a montanha propriamente dita. É chamado de cone devido à


semelhança das montanhas vulcânicas com um cone, formado por acumulação dos materiais
expelidos do interior das crostas (lavas, cinzas e fragmentos de rochas), durante a erupção
vulcânica.

2.3.3. Tipos de Vulcanismo

Há dois tipos de vulcanismo, a saber:

I. Vulcanismo Primário

Também chamado de "vulcanismo eruptivo", trata-se do processo principal que resulta na


formação de vulcões (centrais) ou de fraturas na superfície (fissurais).

II. Vulcanismo Secundário

Também chamado de "vulcanismo residual", esse tipo de vulcanismo está relacionado com a
energia térmica e não é tão violento resultando na formação de nascentes termais, fumarolas e
geiseres.

De acordo com os tipos de magma, o vulcanismo é classificado em:

I. Vulcanismo Explosivo

Processo de explosão vulcânica, que normalmente gera eventos catastróficos, os quais são
decorrentes da grande pressão no interior da Terra, que possui elevada quantidade de gases.

II. Vulcanismo Efusivo

Processo de vulcanismo mais calmo decorrente da pouca presença de gases, que torna a
pressão menor.

III. Vulcanismo Misto

Nesse caso, o processo de vulcanismo ocorre das duas maneiras: explosiva e efusiva, ou seja,
com períodos de violência vulcânica, seguida de momentos mais calmos.

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2.3.4. Tipos de erupções vulcânicas

Os principais tipos de erupções estão intimamente associados à característica composicional


do magma que as confere isto é, aquelas derivadas de magmas ácidos ou intermediários mais
viscosos e aquelas derivadas de magmas básicos mais fluidos.

São os seguintes os principais tipos de erupções vulcânicas: Havaiana ou lagos de


lava, Estromboliana, Vulcaniano ou vesuviano, Pliniana, e Linear ou fissural.

Além das manifestações marcadas pela emissão de lavas, há também manifestações


vulcânicas que se caracterizam pela emissão de gases e/ou água. As mais importantes são os
geysers, dos quais o mais conhecido é o Old Faithful.

2.3.5. Riscos vulcânicos

O vulcanismo é geralmente benéfico para as populações, porque está na origem de bons solos
agrícolas. O vulcanismo efusivo em regra de natureza basáltica, não é, em princípio, muito
perigoso, pelo menos em termos de acidentes mortais mas tem riscos para casas e culturas.
Muito mais perigoso do que o vulcanismo efusivo é o vulcanismo Explosivo.

A explosividade deve-se a duas causas principais: uma maior viscosidade dos magmas
ácidos, isto é, mais ricos em sílica e a interacção do magma com águas superficiais ou
subterrâneas. Esta é uma situação que pode ocorrer até com magmas basálticos, em princípio
pouco explosivos.

2.3.6. Riscos de vulcões no meio ambiente

Erupçõeses vulcânicas promovem os maiores riscos e perigos sobre a Terra. Os riscos e


perigos originados em uma erupção vulcânica dependem do tipo de vulcão, o tempo que que
se passou desde a última erupção do vulcão, a localização geográfica do edifício vulcânico, o
clima local e a estação do ano. Quanto maior o tempo que um vulcão permanece em repouso
(dormente), maior será a tendência de uma próxima grande erupção ocorrer.

Erupções vulcânicas afetam o comportamento do clima em curtos períodos de tempo,


aquecimento global e subida do nível dos oceanos, baixas temperaturas em função das cinzas
lançadas na atmosfera, correlações climáticas e erupções vulcânicas como, por exemplo, o
Krakatoa, Bloqueio da luz solar e erretimento das neves das grandes altitudes.

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2.4.Sismos
2.4.1. Conceito e Origem

Um sismo (tremor de terra ou abalo sísmico) é uma perturbação violenta na crusta causada
por um movimento brusco em profundidade, resultando na libertação instantânea de energia
lentamente acumulada ao longo do tempo.

Os sismos são movimentos bruscos da superfície terrestre. Estas resultam da libertação súbita
de energia numa zona de ruptura de energia.

Segundo o autor, todos os dias, centenas de tremores de terra abalam regiões diferentes em
todo o mundo. Estes tremores de terra podem ou não serem sentidos, dependendo da sua
magnitude e da profundidade a que se encontra. Os sismos podem fazer enormes estragos em
sítios localizados a centenas de quilómetros de distância da sua origem.

Os sismos acontecem devido às elevadas pressões existentes no interior da Terra, que actuam
sobre as rochas da litosfera, deformando-as. Tal como qualquer objecto se pode partir, as
rochas também se partem e dobram, levando à libertação de energia provenientes das falhas.

O ponto onde se dá essa perturbação chama-se foco ou hipocentro, e o ponto à superfície na


vertical do foco chama-se epicentro. Todos os anos a Terra sofre várias centenas de milhares
de sismos, mas felizmente só muito poucos são suficientemente fortes para provocar mortes.
Algumas áreas são propícias a sismos, sendo as construções feitas de modo a resistirem a
eles.

Os sismos ocorrem em profundidades várias, desde perto da superfície até 700 km de


profundidade. Podem-se fazer observações directas de sismos que afectam a superfície. A
maioria dos sismos originados perto da superfície são associados/causados por movimentos
abruptos ao longo de fracturas na crusta (falhas).

As outras causas estão relacionadas com actividade vulcânica, com grandes movimentos de
terras (deslizamentos) e, desde o século passado, a experiências nucleares subterrâneas. Os
sismos de profundidade não podem ser observados e os processos são inferidos a partir de
observações indirectas.

Todas as rochas têm certo grau de elasticidade e plasticidade como resposta às grandes
pressões que sobre elas se exercem devidas aos movimentos crustais. Sob tais pressões, as

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rochas tendem a dobrar. Quando o limite de elasticidade é atingido, a rocha quebra e, nesse
momento, há uma enorme libertação de energia que se transmite pela crusta sob a forma de
ondas sísmicas.

2.4.2. Tipos de Sismos

Podemos distinguir dois tipos de sismos:

O Macrossismo: sismos de grande intensidade que sacodem e destroem grandes cidades.

Os Microssismos: sismos de pequena intensidade e, por isso, não são sentidos pelas pessoas.

2.4.3. Riscos dos sismos

Os riscos primários de um sismo têm a ver com a movimentação dos terrenos. Esta
movimentação é provocada pela passagem daquelas ondas e afeta as estruturas (casas, pontes,
etc.) em maior ou menor grau.

Os danos são maiores se:

 O sismo é mais forte;


 O seu foco menos profundo e;
 As construções são mais frágeis ou assentam em terrenos mais frágeis

Os riscos secundários, em regra mais gravosos, são:

 A deflagração de incêndios;
 A liquefação de sedimentos empapados em água;
 O desencadear de movimentos de terras; a formação de ondas gigantes, tanto no mar
(tsunamis) como, mais raramente, em lagos (seiches).

2.4.4. Factores de Risco de Sismos


I. Hazard ou Perigosidade

Associada a possibilidade de ocorrência de vibrações sísmicas de dada severidade num certo


local e pelos efeitos colaterais. Os riscos colaterais que advém de um sismo estão
relacionados, por exemplo, com os tipos de solo, declives e outras morfologias de cada

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cidade Os riscos colaterais provocados por abalos sísmicos tais como incêndios, liquefação
ou tsunamis são os responsáveis pela contaminação das águas, solo e florestas.

II. Exposição

Tudo o que se encontra sobre a crosta terrestre está exposto ao risco. Não importa o hazard
ser muito elevado em determinada região se não tiver uma população e infraestruturas
associadas e expostas a esse mesmo hazard. A exposição inclui, das Infraestruturas, da
populção e das Actividades Económicas.

III. Vulnerabilidade

A Vulnerabilidade inclui: das Infraestruturas, da População, das Actividades Económicas e


Vulnerabilidade Sócio-Política.

IV. Impacto no exterior

Este fator indica de que forma as perdas económicas, as interrupções nas redes, a vida
política e social serão afectadas para além do local onde se registou o abalo.

V. Capacidade de Resposta

Este factor descreve a eficiência de uma cidade em restabelecer as suas atividades e para isto
necessita de uma organização e planeamento operacional antes de ocorrer o sismo, recursos
financeiros equipamento e recursos humanos disponíveis, bem como de uma fácil mobilidade
no pós-sismo.

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3. Conclusão

Os vulcões e sismos são fenómenos naturais que quando ocorrem em elevadas magnitudes,
provocam danos a sociedade e para o ambiente.

A sua ocorrência tem muito a ver com a estrutura da geodinâmica interna da terra por isso,
nem todas as regiões do mundo, são vulneráveis a esses fenómenos. Existem regiões no
mundo onde já se conhece o nível de ocorrência de cada fenómeno.

Os vulcões são resultado de aberturas naturais na crosta terrestre que põem em contacto o
interior da Terra com a superfície e, através dos vulcões, são expelidos materiais de diversas
composições químicas ou estados físicos, dando-se assim erupções vulcânicas.

Os sismos tem sua origem quando as rochas são sujeitas a forças e têm tendência a dobrar-se
e, quando as forças ultrapassam determinados limites, uma dobra pode quebrar-se e dar
origem a uma falha.

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4. Bibliografia

1. Aguiar, Maria da Conceição (2002). Vulcões e sismos: Aplicações multimédias para o


ensino básico. Universidade do Porto, Portugal.

2. AMARAL; Rosangela; TOMINAGA, Lídia Keiko; SANTORO, Jair (2009).


Desastres naturais conhecer para prevenir. Instituto Geológico, 1ª edição. São Paulo.

3. António ANDRADE, A.; BONITO, J.;REBELO, D.R;MARQUES, L (2014).


Geologia - Manual do Aluno. 1ª Edição. Lisboa.

4. CARAVACA, Gerson (2009). Perigos & Riscos Vulcânicos. Disponível em


http://www.vulcanoticias.com.br/portal/vulcanologia/perigos-a-riscos-vulcanicos

5. PENHA, Hélio Monteiro (S/d). Capítulo 2: Processos endogenéticos na formação do


relevo

6. UNAVIDA; UVA (S/d).Geologia geral: Vulcanismo e Terremoto.Brasil.

7. UNEP (2012). Estado do meio ambiente e retrospectivas políticas: 1972-2002.Brasil.

8. www.biolohugo.xpg.uol.com.br/6p/geo_paleo/vulcanismo.pdf

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