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Felismina Artur
Universidade Rovuma
Nampula
2022
Angelina Abudo Dumar
Benilda Remo Mucatare
Délio Humberto Vasco Lopes
Felismina Artur
Jesualdo Bernabé Nchopa
Laurinda da Conceição Simão Mandala
Martina John Pios
Universidade Rovuma
Nampula
2022
Índice
1.1.Introdução
No que tange a estrutura, o presente trabalho apresenta uma introdução, objectivos do trabalho,
metodologia usada, desenvolvimento da pesquisa e por fim a conclusão e as referências
bibliográficas.
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1.2.Objectivos do Trabalho
Tendo em vista alcançar o objectivo acima mencionado, são necessários definir as seguintes
linhas de actuação:
1.3.Metodologia do Trabalho
2.1.Extinção em Massa
A extinção pode ser definida como o desaparecimento de todos os indivíduos de uma espécie
no planeta, num dado intervalo de tempo.
Estas grandes extinções ocorreram por diversos motivos, como choques de asteróides,
mudanças climáticas, alterações na tectônica de placas, níveis globais de vulcanismo e elevação
do nível dos mares.
Estima-se que o planeta já tenha passado por cinco períodos de extinção em massa, sendo que
os três primeiros mataram organismos primitivos que viviam no mar e o quarto matou répteis e
moluscos marinhos.
Há 65 milhões de anos, o quinto e mais famoso evento causou a extinção dos dinossauros. Sabe-
se que essa extinção foi provocada pelo impacto de um meteoro que formou a cratera de
Chicxulub.
Pode-se agrupar estas causas para a extinção em dois grandes grupos: as causas terrestres e as
causas extraterrestres. Entre elas, podem citar-se:
Eventos de extinção em massa são relacionados tanto a causas extraterrestres, como impactos
de corpos celestes na superfície do planeta, enquanto que as causas terrestres estão relacionadas
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com factores, como mudanças climáticas bruscas, variações do nível do mar, entre outros
(Schultz, 2010).
A pesquisa em alusão, abordará acerca da Quarta Extinção Massiva que decorreu no período
Triássico-Jurássico.
2.2.1.2.Paleogeografia do Triássico
Durante o período Triássico, quase toda massa da Terra estava concentrada em um único
supercontinente centrado mais ou menos no equador e estendendo-se de um Pólo ao outro
chamado Pangeia (toda Terra). A Pangeia unia todos os continentes em uma única superfície
terrestre, o clima era bem definido devido à influência dos oceanos. Como se tratava de um
único continente muito extenso e envolto por água, a temperatura nas regiões litorâneas eram
mais amenas, já no interior do território o clima era mais seco e quente, até ocorrer à formação
de desertos.
Nesse período, a vida terrestre passa por intensa diversificação tanto na fauna, como na flora e
começa o fenômeno da divisão do supercontinente Pangeia. O repovoamento do planeta ocorre
após a extinção que marcou o fim do Período Permiano.
Com a fragmentação da Pangeia o clima era de tendências tropicais, com forte evaporação. A
temperatura era mais quente e seca que actualmente, a média do planeta era quase o dobro da
actual.
O clima dos pólos era de uma condição temperada e húmida, já que o momento favorecia o
crescimento de florestas. As gimnospermas começaram a substituir as pteridospermas. Sob
essas características, os répteis eram as espécies dominantes, uma vez que as condições
favoreciam sua perpetuação.
A fauna era dominada pelos répteis e a partir destes surgiram os primeiros dinossauros, que
prevaleceram durante o Jurássico e o Cretáceo. Contudo, os do Triássico eram mais baixos e
quadrúpedes.
Alguns dos animais que viveram no Triássico são: plateossauro, coelophysis, cynodont,
cynogathus, demastosuchus, eoraptor, erythrosuchus, estauricossauro, heterodontossauro,
ictiossauro, pterossauro, melanossauro, rutiodonte, saltopus.
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2.2.2.1.Paleogeografia do Jurássico
Com o aumento do nível dos oceanos, terras baixas foram encobertas pelo mar, o que
dividiu Pangeia em dois continentes: Laurásia, ao norte, e Gondwana, ao sul. Essa divisão
também permitiu que a humidade vinda do mar atingisse regiões que antes não atingia (por
estarem no interior de Pangeia), o que tornou o clima mais húmido.
2.2.2.2.Flora do Jurássico
Durante o Jurássico, o clima quente e húmido fez com que as florestas se proliferassem, o que
fez a diversidade de plantas se tornar muito maior que a do Triássico. As plantas predominantes
são: cicadáceas, ginkgos e coníferas gigantescas (sequoias). Também é neste período que
surgem as primeiras plantas com flores.
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2.2.2.3.Fauna do Jurássico
A fauna do Jurássico é marcada pela hegemonia dos répteis em todos os
ambientes: dinossauros na terra, pterossauros no ar e plesiossauros no mar. O período também
é marcado pelo surgimento das primeiras aves e dos primeiros mamíferos verdadeiros.
Nos oceanos, além dos plesiossauros, também existem crocodilos marinhos, tubarões já muito
parecidos com os actuais (ex.: Hybodus) e outros répteis marinhos (ex.: ictiossauros).
Começaram a surgir dinossauros mais evoluídos e inteligentes, que eram superiores aos
primitivos répteis do Triássico.
No Mar , as faunas dos recifes foram dizimadas, os amonoides e equinodermos quase foram
extintos, enquanto braquiópodes, gastrópodes e biválvios foram profundamente abalados.
Em Terra, os últimos anfíbios labirintodontes também desapareceram assim como os diápsidos
arcossauros que permitiu aos dinossauros desempenharem papel dominante no
período Jurássico e posteriormente no período Cretáceo.
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Diversas teorias tentam explicar a extinção do Triássico-Jurássico, mas todas são refutáveis:
➢ Muitos sugerem uma mudanças no clima e no nível dos oceanos, mas isto não explica
as extinções massivas no reino marinho.
➢ Sugere-se também o impacto de asteróide, mas nenhuma cratera proveniente daquela
época foi encontrada até então.
➢ A mais provável das teorias é que erupções vulcânicas maciças teriam sido responsáveis
por tal extinção, elas teriam liberado quantidades imensas de dióxido de
carbono e dióxido de enxofre que teriam causado um aquecimento global intenso e
depois um resfriamento.
➢ Extravasamento de lava conhecido como CAMP-Central Atlantic Magmatic Province,
ocorrido no final do Triássico com a abertura do Atlântico, pode ter influenciado a
extinção, apesar de não existir uma explicação para seu preciso mecanismo de acção.
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3.1.Conclusão
Extinção em massa é um termo utilizado para caracterizar catástrofes naturais que possuem a
capacidade de eliminar cerca de 75% das espécies em 2,8 milhões de anos, segundo o The
Conversation.
Diz-se que uma espécie está extinta quando não existe mais nenhum indivíduo pertencente
àquela espécie na Terra. Esse processo, apesar de trágico, é comum e é bastante importante para
o processo evolutivo das espécies. Vale destacar ainda que todas as espécies, sem excepção,
acabam caminhando em direcção à extinção. Estima-se que as espécies viventes hoje não
correspondam a nem 1% do número de espécies que viveram no planeta.
A extinção pode ocorrer por vários motivos, dentre eles, destacam-se a destruição do habitat,
competição, doenças, caça e matanças deliberadas, mudanças ambientais drásticas e catástrofes
ambientais.
3.2.Referências Bibliográficas
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/extincao.htm
PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J.; JORDAN, T. H.. Para entender a Terra. 4ª Ed.
Porto Alegre: Bookman Editora, 2006. 656 p.
SCHULTZ, C. L.. Extinções. In: CARVALHO, I. S.. Paleontologia. Rio de Janeiro: Ed.
Interciência, 2004. Vol. 1., p.115-128.