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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA

INSTITUTO DE RECURSOS MINERAIS, AMBIENTE E TECNOLOGIA


CIÊNCIAS DA TERRA E GEO-RECURSOS

PALEOVERTEBRADOS
PEIXES: ORIGEM E EVOLUÇÃO

LUANDA
2023
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA
INSTITUTO DE RECURSOS MINERAIS, AMBIENTE E TECNOLOGIA
CIÊNCIAS DA TERRA E GEO-RECURSOS

TRABALHO DE PALEONTOLOGIA

INTEGRANTES DO GRUPO
ID NOMES
1000025841 MELQUISEDEC COSTA
1000031547 RENATA CARLOS
1000031296 VANESSA CABENGUELA
1000031104 WEZA CAETANO

ANO: 1º
SEMESTRE: 2º
SALA: SO108
GRUPO Nº 2

Trabalho apresentado ao curso de


Ciências da Terra e Geo-recursos
Universidade Católica de Angola

Docente: Neusa Mulanda

Luanda
2023
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a todos os estudantes do curso de Ciências da Terra e


Geo-recursos, que se esforçam a cada dia para conhecer e aprender novos conceitos de
diferentes cadeiras que levam à frustração, e que apesar dos mais variados problemas
enfrentados durante o primeiro ano persistiram até ao final.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos por todos os obstáculos que Deus coloca no nosso caminho, pois
Ele foi essencial em todas as nossas conquistas e superações. Aos nossos pais, pelo amor,
incentivo e apoio incondicional. Demonstramos gratidão à Instituição pelo ambiente
criativo e amigável que proporciona diariamente, com certas limitações. É com muita
admiração e enorme respeito que viemos mostrar toda nossa gratidão a professor (Neusa
Mulanda), que dia após dia mostra sua dedicação e amor por esta profissão tão essencial
na vida de todos.
EPÍGRAFE

Não é o mais forte que sobrevive,

Nem o mais inteligente, mas o que

Melhor se adapta às mudanças

-Charles Darwin
RESUMO

No início do período Cambriano, cerca de 530 milhões de anos atrás, uma imensa
variedade de animais invertebrados habitava os oceanos da Terra. Durante o período
Cambriano, uma linhagem de craniados deu origem aos vertebrados, com um sistema
nervoso mais complexo e um esqueleto mais elaborado que o de seus ancestrais. Os peixes
são animais aquáticos que fazem parte do reino animal e do filo Chordata. Eles são
caracterizados por terem corpos alongados, geralmente cobertos por escamas, e
nadadeiras que os auxiliam na locomoção na água. Apresentam brânquias, estruturas que
permitem a troca gasosa, permitindo que respirem oxigênio dissolvido na água. Os peixes
são uma das formas de vida mais antigas do planeta e têm uma história evolutiva longa e
diversificada. Eles possuem adaptações especializadas para a vida na água e
desempenham papéis importantes nos ecossistemas aquáticos.

Palavras-chave: cambriano; invertebrado; vertebrados; período; peixe; animal; guelras;


escamas; barbatanas; água; ecossistema; oceanos.
ABSTRACT

Early in the Cambrian period some 530 million years ago, an immense variety of invertebrate
animals inhabited Earth’s oceans. During the Cambrian period, a lineage of craniates gave rise
to vertebrates. With a more complex nervous system and a more elaborate skeleton than those
of their ancestors. Fish are aquatic animals that are part of the animal kingdom and the phylum
Chordata. They are characterized by having elongated bodies, usually covered with scales, and
flippers that help them move around in the water. They have gills, structures that allow gas
exchange, allowing them to breathe oxygen dissolved in water. Fish are one of the oldest life
forms on the planet and have a long and diverse evolutionary history. They have specialized
adaptations for life in water and play important roles in aquatic ecosystems.

Keywords: Cambrian; invertebrate; vertebrate; period; fish; animal; gills; scales; flippers; water;
ecosystems; oceans
Capítulo I- Desenho de pesquisa
1. PROBLEMÁTICA

Existem cerca de 33.000 espécies de peixes conhecidas no mundo variando em tamanho,


forma, cor e habitat. Essa grande quantidade de espécies de peixes é o resultado da
adaptação a diferentes condições ambientais ao longo de milhões de anos de evolução.
Como se desenvolveram essas condições? De que maneira evoluíram estes seres e como
contribuíram para o desenvolvimento ambiental? Será que os seus antepassados
permanecem até aos dias de hoje? Como sobreviveram os ambientes primitivos? Que
importância têm para o Homem e a natureza? Quais são as consequências da sua
diminuição?

1.1. JUSTIFICATIVA
O trabalho proposto visa enriquecer os estudantes sobre o estudo de um dos grupos dos
paleovertebrados, os peixes, na cadeira de Paleontologia. Como um tema abrangente, a
organização e divulgação auxiliam nas noções elementares deste grupo, partindo do
entendimento do seu papel vital nos ecossistemas aquáticos, além de gerar o despertar do
fascínio acadêmico que levariam a compreensão da sua origem, evolução e
biodiversidade, e como estes elementos são fundamentais para a estruturação prática da
vida acadêmica, e até uma carreira orientada nas mais diversas áreas relacionadas, como
a oceanografia, geologia marinha e hidrogeologia.

1.2.OBJECTIVO
1.2.1. Geral:
Conhecer e entender a Paleontologia e a evolução dos paleovertebrados, com destaque
aos peixes, através da abordagem histórica antecedente, sua classificação, a anatomia,
particularmente a osteologia e os mecanismos de evolução.
1.2.2. Específico:
-Entender o papel do mar primitivo na origem das primeiras formas de vida;
- Discutir e aplicar os conceitos sobre paleontologia de vertebrados;
-Classificar os peixes anatomicamente;
-Conhecer os mais diversos grupos de peixes;
-Comparar o processo evolutivo dos peixes;
-Conhecer as eras e os períodos geológicos do seu surgimento;
-Apresentar imagens que melhor demonstrem os seus fósseis.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1…………………………………………………………………………….13

FIGURA 1.1………………………………………………………..…………………14

FIGURA 1.2…………………………………………………………………………..15

FIGURA 2…………………………………………………………………………….18

FIGURA 2.1…………………………………………………………………………..20

FIGURA 2.2…………………………………………………………………………..21

FIGURA 2.3…………………………………………………………………………..22

FIGURA 2.4…………………………………………………………………………..23

FIGURA 2.5…………………………………………………………………………..23

FIGURA 2.6…………………………………………………………………………..24

FIGURA 2.7…………………………………………………………………….…….25
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO……………………………………………………………………….11

2. AGNATOS: OS PIONEIROS DA VIDA MARINHA…….………………….13

3. PEIXES………………………………….……………………………...………. 17
3.1. CLASSIFICAÇÃO……………………………………………………...….17
3.2. EVOLUÇÃO …..….……..…….………….………………..….......……….19
3.3. CARACTERÍSTICAS ….…..……….………………………………….…27
3.4. IMPORTÂNCIA………….……………….……………...…….………….29

4. DIFERENÇAS ENTRE OS PEIXES E OS AGNATOS……….…….….....…30

5. CONSEQUÊNCIAS DA EXTINÇÃO DOS PEIXES………...……………….32

6. ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO DA VIDA MARINHA...……………33

CONCLUSÃO…………………….…………….………..……………………………34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…….………………....………………………35
INTRODUÇÃO

Neste trabalho teremos como tema de estudo um dos grupos bem distintos dos
paleovertebrados, os peixes, uma das formas de vida mais antigas do planeta, tendo
surgido há cerca de 500 milhões de anos. Acredita-se que eles evoluíram a partir de
ancestrais marinhos, que foram os primeiros organismos a desenvolverem estruturas
especializadas para a locomoção na água. Os primeiros peixes eram primitivos e não
possuíam muitas das características que conhecemos hoje. Delas se desenvolveram os
anfíbios, um grupo que realizou a quarta colonização animal da Terra. Os répteis
desenvolveram-se dos anfíbios e, graças às suas especializações, deixaram de depender
de um ambiente aquático. Os répteis, por sua vez, deram origem tanto aos mamíferos
como as aves. Enquanto os animais invertebrados se expandiam e exploravam o seu novo
ambiente terrestre, a evolução continuava nos oceanos.
CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.AGNATOS: OS PIONEIROS DA VIDA MARINHA

Os agnatos, ou peixes sem mandíbula, surgiram durante o período Ordoviciano da era


Paleozoica, aproximadamente entre 485 e 444 milhões de anos atrás. Esse período é
conhecido como o início da "Era dos Peixes", pois marcou o surgimento e a diversificação
dos primeiros peixes na história da vida na Terra. A evolução dos vertebrados deve ter
começado consideravelmente mais cedo com o aparecimento de formas de corpo mole.

Os agnatos (Agnatha), ou ciclostomados, é uma das classes de peixes mais antigas e


primitivas. Fazem parte do filo Chordata, subfilo Vertebrata, que engloba os animais com
coluna vertebral, e à classe Cyclostomata. É uma das classes de peixes mais antigas e
primitivas, caraterizados principalmente pela ausência de mandíbula e pela boca circular
sugadora.

Figura 1: Agnatos
Uma importante etapa na evolução dos agnatos foi o desenvolvimento da notocorda, uma
estrutura flexível que se estendia ao longo do corpo e fornecia suporte. Embora os agnatos
não possuam uma coluna vertebral verdadeira, eles ainda são classificados no subfilo
Vertebrata. Isso ocorre porque compartilham várias características comuns com outros
vertebrados, além de terem ancestrais comuns que deram origem aos vertebrados mais
evoluídos.

Os agnatos também possuíam uma pele fina e desprovida de escamas, o que indica que
eles não enfrentavam os mesmos desafios de locomoção e proteção que os peixes mais
modernos. Sua locomoção provavelmente era limitada a movimentos ondulatórios do
corpo. Apresentam de brânquias externas, que permitiam a absorção de oxigênio
dissolvido na água para a respiração.

A partir desses ancestrais primitivos, os agnatos se diversificaram em dois principais


grupos: os mixinos, também conhecidos como peixes-bruxa, e as feiticeiras ou
lampreias. Embora compartilhassem características semelhantes, como a ausência de
mandíbula e um corpo alongado, esses grupos apresentavam diferenças em sua anatomia
e modo de vida.

 Mixinos

Os mixinos, também conhecidos como peixes-bruxa ou mixineas, são animais marinhos


de corpo alongado e sem escamas. Eles são encontrados em águas profundas e geralmente
habitam o fundo do oceano. Sua alimentação é baseada principalmente em restos de
animais mortos, o que lhes conferiu o apelido de "limpadores do mar".

Figura 1.1: Mixinos

Uma característica distintiva dos mixinos é a produção de um muco viscoso que cobre
seu corpo, oferecendo proteção contra parasitas e facilitando seu movimento no ambiente
aquático. Além disso, eles possuem uma língua dentada em forma de raspador que auxilia
na alimentação.

Existem várias espécies de mixinos, também conhecidos como peixes-bruxa ou mixineas.


Alguns exemplos de mixinos incluem:

 Mixina-comum (Myxine glutinosa): É uma das espécies de mixinos mais


conhecidas. Ela pode ser encontrada no Atlântico Norte, desde o Mar do Norte até
o Mar Mediterrâneo. Ela se alimenta de restos de animais marinhos e é capaz de
produzir um muco pegajoso que a ajuda a se movimentar no fundo do mar.

 Mixina-do-Pacífico (Eptatretus stoutii): Essa espécie de mixina é encontrada


na costa do Pacífico, desde o Alasca até a Califórnia. Assim como outras mixinas,
ela se alimenta de restos de animais e produz um muco viscoso protetor.
 Mixina-de-lóbulos (Neomyxine biniplicata): Essa espécie de mixina é
encontrada ao longo da costa oeste da América do Norte, desde o Alasca até a
Califórnia. Seu nome é derivado dos lóbulos que se estendem da cabeça até as
brânquias. Essa característica distintiva a diferencia de outras espécies de mixinas.

Os mixinos desempenham um papel importante nos ecossistemas marinhos, ajudando a


decompor materiais orgânicos e mantendo a saúde dos ambientes em que habitam.

 Lampreias (ou feiticeiras):

As lampreias são animais encontrados tanto em água doce quanto em água salgada.
Diferentemente dos mixinos, as lampreias possuem uma boca em forma de ventosa com
dentes cônicos afiados. Elas se fixam em outros peixes ou animais marinhos e usam sua
língua para raspar e se alimentar de sangue e fluidos corporais de suas presas.

Figura 1.2: Lampreia


As lampreias começam sua vida como larvas, chamadas de amocetes, que se enterram no
leito do rio ou no fundo do mar. Essas larvas se alimentam de detritos e microorganismos
presentes no ambiente. À medida que crescem, as lampreias passam por uma
metamorfose e se tornam adultos, migrando para a água doce ou oceânica, dependendo
da espécie, para se reproduzir.

Existem várias espécies de lampreias distribuídas em diferentes regiões do mundo. Aqui


estão alguns exemplos de lampreias conhecidas:

 Lampreia-marinha (Petromyzon marinus): Também conhecida como


"lampreia do mar", é uma espécie de lampreia que vive em águas marinhas. Elas
são conhecidas por suas migrações longas, indo dos oceanos para rios e riachos
para desovar. São encontradas principalmente no Atlântico Norte.
 Lampreia-de-rio (Lampetra fluviatilis): Essa espécie de lampreia é encontrada
em rios e lagos da Europa. Elas têm um ciclo de vida semelhante à lampreia-
marinha, passando parte de sua vida no mar e retornando para água doce para
desovar.

 Lampreia-inglesa (Lampetra planeri): Também conhecida como "lampreia


europeia", é uma espécie de lampreia encontrada em rios e lagos da Europa
Ocidental. É menor em tamanho em comparação com outras espécies de lampreia.

 Lampreia-do-pacífico (Entosphenus tridentatus): É uma espécie de lampreia


encontrada na América do Norte, ao longo da costa oeste, desde o Alasca até a
Califórnia. Elas têm um ciclo de vida anádromo, migrando entre a água doce e o
mar.

 Lampreia-negra (Ichthyomyzon unicuspis): É uma espécie de lampreia


encontrada em rios e lagos da América do Norte. Elas são caracterizadas por sua
coloração escura e pelo padrão distintivo de manchas amarelas no corpo.

Ambos os grupos, mixinos e lampreias, são considerados primitivos em comparação com


outros peixes mais evoluídos. Os agnatos foram superados em termos de evolução por
outros grupos de peixes que desenvolveram mandíbulas e colunas vertebrais mais
complexas. No entanto, os agnatos persistem até os dias de hoje, representando um
importante elo na história evolutiva dos vertebrados aquáticos e fornecendo informações
valiosas sobre a origem e a diversificação dos peixes.
3. PEIXES
Os vertebrados, entre eles os primeiros peixes, originaram-se há cerca de 530 milhões de
anos durante a explosão cambriana, período geológico em que aconteceu um grande
aumento na diversidade de organismos no planeta.

Os peixes são um grupo diversificado de animais vertebrados que pertencem ao filo


Chordata e ao subfilo Vertebrata. Eles são caracterizados por possuírem corpos alongados
e adaptados para a vida aquática, com estruturas especializadas para a locomoção na água,
como nadadeiras e caudas. Podemos encontrar peixes praticamente em qualquer tipo de
habitat aquático existente, desde os rios de caudal mais rápido, aos lagos calmos,
passando pelas profundezas do oceano ou pelas águas geladas do antártico. Os peixes
descendem de um ancestral desconhecido: protocordado livre natante.

3.1. CLASSIFICAÇÃO:

Os peixes são classificados em várias categorias com base em diferentes características,


incluindo sua anatomia, fisiologia, comportamento e parentesco evolutivo. A
classificação dos peixes segue uma hierarquia taxonómica que vai desde as categorias
mais amplas até as mais específicas,

 Reino: Animalia (reino animal)


 Filo: Chordata (animais que possuem uma notocorda em algum estágio de seu
desenvolvimento)
 Subfilo: Vertebrata (animais com uma coluna vertebral)

Abaixo do nível de subfilo, os peixes são divididos em duas principais classes:

-Classe Agnatha (peixes sem mandíbula): Esta classe inclui os peixes primitivos que
não possuem mandíbula, como as lampreias e os mixinos. São peixes de corpo alongado,
sem escamas verdadeiras e com uma estrutura de boca em formato de ventosa.
-Classe Gnathostomata (peixes com mandíbula): Esta classe abrange a maioria dos
peixes que conhecemos. Eles possuem mandíbulas articuladas que lhes permitem capturar
e mastigar alimentos. A classe Gnathostomata é subdividida em dois grupos principais:

Subclasse Chondrichthyes (peixes cartilaginosos): Essa subclasse inclui os tubarões,


raias e quimeras. Eles têm um esqueleto cartilaginoso em vez de ossos, pele coberta por
placas dérmicas, nadadeiras em forma de leque e brânquias que respiram diretamente da
água.

Subclasse Actinopterygii (peixes com nadadeiras raiadas): Esta é a maior classe de


peixes, representando a maioria das espécies existentes. Inclui peixes com esqueleto
ósseo e nadadeiras suportadas por raios ósseos flexíveis.

Figura 2: Classificação dos peixes

Além dessas categorias principais, existem outras classificações mais específicas que
levam em consideração características adicionais, como o tipo de habitat, hábitos
alimentares, reprodução e outros aspectos morfológicos. A classificação científica dos
peixes está em constante revisão e atualização à medida que novas informações e estudos
são realizados. Portanto, a classificação dos peixes pode sofrer alterações à medida que o
conhecimento científico avança.
3.2. EVOLUÇÃO:
A evolução dos peixes remonta milhões de anos, partindo de uma variedade de grupos de
classes de peixes que passaram por diversos processos evolutivos, destacando-se seis
grupos:

a) Agnatha: Também conhecidos como peixes sem mandíbula, inclui as lampreias


e os mixinos. Eles são considerados os peixes mais primitivos e não possuem
mandíbulas verdadeiras.

b) Ostracodermes: Os primeiros peixes, e de facto os primeiros vertebrados, foram


os ostracodermes, peixes sem mandíbula encontrados principalmente em água
doce. São colocados na classe Agnatha.

c) Acantodianos: Os primeiros peixes com mandíbulas, os acantodianos, ou


tubarões espinhosos. É comum acreditar-se que os acantodianos e os peixes
ósseos modernos estão relacionados e que deram origem aos peixes ósseos
modernos ou que ambos os grupos partilham um antepassado comum.

d) Placodermes: Eram tipicamente pequenos e achatados habitantes do fundo do


mar. A mandíbula superior estava firmemente fundida ao crânio, mas havia uma
articulação entre o crânio e a placa óssea da região do tronco.

e) Chondrichthyes: Esses peixes possuem um esqueleto cartilaginoso em vez de


ossos e têm uma pele coberta por escamas placoides.

f) Osteichthyes: Esse grupo engloba os peixes ósseos, que são os peixes mais
numerosos e diversificados. Os peixes ósseos possuem um esqueleto ósseo,
escamas e brânquias.
 Ostracodermes (do Cambriano ao Devónico):

Os ostracodermes são um grupo de peixes primitivos extintos que viveram durante o


período Ordoviciano ao período Devoniano, entre aproximadamente 485 a 360 milhões
de anos atrás. Eles são considerados os primeiros vertebrados com mandíbulas e são um
dos primeiros grupos de peixes a surgir na história evolutiva.

O nome "ostracodermes" significa "pele em forma de concha" e faz referência à


característica distintiva desses peixes, que possuíam uma armadura óssea externa em
forma de concha que cobria todo o corpo, oferecendo proteção. Essa armadura era
composta por placas dérmicas articuladas, formando uma carapaça rígida semelhante a
uma concha. Uma característica notável dos ostracodermes é a ausência de mandíbulas
verdadeiras.

Figura 2.1: Ostracoderme

Em vez disso, eles possuíam uma estrutura bucal em forma de chifre que lhes permitia
sugar partículas de alimentos do fundo do mar ou raspá-las de plantas e algas. Essa
adaptação alimentar sugere que os ostracodermes eram provavelmente detritívoros ou
alimentavam-se de material orgânico depositado no leito marinho.Os ostracodermes eram
predominantemente animais de água doce e habitavam rios, lagos e mares rasos. Sua
aparência externa sugere que eles eram lentos e pouco ágeis na locomoção.

Sua diversidade e distribuição geográfica foram significativas durante seu período de


existência, mas, eventualmente, os ostracodermes foram extintos, desaparecendo
completamente no final do período Devoniano. Representam uma etapa importante na
transição dos vertebrados aquáticos primitivos para os peixes mais avançados com
mandíbulas.
 Acantodianos (do Siluriano ao Pérmico):

Os acantodianos, também conhecidos como "espinhados", foram um grupo de peixes que


viveram durante o período Siluriano ao período Permiano, entre aproximadamente 440 a
250 milhões de anos atrás. Eles são considerados alguns dos primeiros peixes com
mandíbulas verdadeiras, representando um estágio importante na evolução dos peixes.

Os acantodianos foram assim chamados devido às suas características distintivas, que


incluíam a presença de espinhos rígidos nas nadadeiras dorsais e peitorais. Esses espinhos
eram suportados por uma estrutura óssea chamada espinhossoma, que conferia rigidez e
proteção às nadadeiras.

Figura 2.2: Acantodiano

Essa característica anatômica contribuiu para o sucesso adaptativo desses peixes,


fornecendo-lhes maior estabilidade e controle durante a natação. Além disso, suas
mandíbulas possuíam dentes afiados e curvados, sugerindo que eram predadores ativos
que se alimentavam de outros peixes e invertebrados aquáticos.

Durante o final do período Devoniano e o início do período Carbonífero, os acantodianos


experimentaram um declínio em sua diversidade e abundância. Os motivos exatos para o
declínio e extinção ainda não são completamente compreendidos, mas mudanças
climáticas, competição com outros peixes e eventos de extinção em massa podem ter
desempenhado um papel nesse processo.

Hoje, os acantodianos são conhecidos principalmente por meio de seus fósseis, que
fornecem informações preciosas sobre a evolução dos peixes mandibulados e a história
da vida aquática na Terra. Seus restos fósseis foram encontrados em rochas sedimentares
em várias partes do mundo.
 Placodermes (do Siluriano ao Devoniano):

Os placodermes foram uma classe de peixes que existiram durante o período Siluriano ao
período Devoniano, aproximadamente entre 430 e 360 milhões de anos atrás.

A característica mais distintiva dos placodermes é a presença de uma armadura óssea que
cobria todo o corpo, composta por placas dérmicas que lhes conferiam uma aparência
semelhante a um tanque. Essa armadura consistia em uma placa cefálica que protegia a
cabeça, uma série de placas torácicas ao longo do tronco e nadadeiras peitorais e pélvicas
revestidas de placas ósseas. Essa estrutura óssea fornecia proteção contra predadores e
também funcionava como suporte para os músculos e órgãos internos.

Figura 2.3: Placoderme

Alguns eram pequenos, atingindo apenas alguns centímetros de comprimento, enquanto


outros eram de porte médio a grande, alcançando vários metros de comprimento. Além
disso, eles apresentavam uma variedade de hábitos alimentares, com alguns sendo
predadores carnívoros e outros se alimentando principalmente de matéria orgânica no
fundo do oceano.

Em termos de anatomia, os placodermes possuíam mandíbulas articuladas, permitindo-


lhes uma ampla gama de movimentos e uma capacidade maior de capturar e mastigar
alimentos. Além disso, eles também tinham nadadeiras pares bem desenvolvidas, que
provavelmente eram usadas para manobras e propulsão na água. No final do período
Devoniano, os placodermes entraram em declínio e eventualmente foram extintos.
 Classe Osteichthyes (do Devónico ao Recente):

A classe Osteichthyes inclui os peixes ósseos, que possuem esqueleto ósseo e são
encontrados em diversos habitats aquáticos, desde água doce até oceanos. Os peixes
ósseos são caracterizados pela presença de escamas ósseas, nadadeiras pares e brânquias.
Essa classe abrange a maioria dos peixes que conhecemos.

Figura 2.4: Diversidade dos Ostheichtyes

Dentro da classe Osteichthyes, há duas subclasses principais:

 Subclasse Actinopterygii

Compreende os peixes de nadadeiras raiadas, ou seja, suas nadadeiras são sustentadas


por raios ósseos ou cartilaginosos que se estendem a partir do esqueleto principal. A
grande maioria dos peixes ósseos pertence a essa subclasse. Incluem peixes como a carpa,
o bacalhau, a truta e o atum.

Figura 2.5: Atum


As suas barbatanas realizam a propulsão, estabilidade e manobra dos peixes durante a
natação. As principais barbatanas presentes nesses peixes incluem a nadadeira dorsal,
nadadeiras peitorais, nadadeiras pélvicas, nadadeiras ventrais e a nadadeira caudal.

Outra característica marcante dos peixes ósseos é o seu esqueleto ósseo, diferentemente
dos peixes cartilaginosos. O esqueleto proporciona suporte estrutural, proteção dos órgãos
internos e também serve como um local de ancoragem para a musculatura.

A reprodução dos peixes ósseos também varia entre as espécies. Alguns são ovíparos,
liberando seus ovos na água, onde a fertilização ocorre externamente. Outros são
vivíparos, com o desenvolvimento dos embriões ocorrendo internamente.
Economicamente, muitas espécies de peixes ósseos são alvo da pesca comercial e da
aquicultura, fornecendo alimento, empregos e recursos econômicos para muitas
comunidades em todo o mundo.

 Subclasse Sarcopterygii (do Devónico ao recente):


Agrupa os peixes de nadadeiras lobadas, suportadas por um eixo principal de ossos,
semelhantes aos membros encontrados em animais terrestres. Além disso, os
Sarcopterygii também são ancestrais dos tetrápodes terrestres, incluindo os mamíferos,
répteis, aves e anfíbios.

Dentro da subclasse Sarcopterygii, existem dois grupos principais de peixes: os


celacantos (Coelacanthiformes) e os dipnoicos (Dipnoi).

Os celacantos são considerados fósseis vivos, pois se acreditava que eles haviam sido
extintos até sua descoberta no século XX. Esses peixes têm uma história evolutiva
extremamente antiga e são caracterizados por suas nadadeiras lobadas e corpo musculoso.
Atualmente existem duas espécies conhecidas de celacantos: Latimeria chalumnae e
Latimeria menadoensis.

Figura 2.6: Celacanto


Os dipnoicos, por sua vez, são os peixes pulmonados, como a piramboia (Lepidosiren
paradoxa) e outras espécies relacionadas. São capazes de respirar tanto através de
brânquias quanto de um órgão chamado pulmão, que lhes permite sobreviver em
ambientes de água doce com baixos níveis de oxigênio.

Figura 2.7: Dipnoico


Eles mostram características que antecipam a transição dos peixes para a terra, como a
presença de ossos dos membros, pulmões primitivos e adaptações para suportar o peso
fora da água. Acredita-se que os Sarcopterygii tenham desempenhado um papel crucial
na colonização dos ambientes terrestres pelos vertebrados e na diversificação subsequente
dos tetrápodes.

Os Sarcopterygii são notáveis pelas nadadeiras lobadas que se assemelham a membros,


permitindo maior estabilidade e locomoção nos ambientes aquáticos. Já os Actinopterygii
possuem nadadeiras suportadas por raios espinhosos ou moles, proporcionando maior
manobrabilidade e eficiência na natação.

 Chondrichthyes (do Devoniano ao Recente):

A classe Chondrichthyes abrange os peixes cartilaginosos. Esses peixes possuem


esqueleto feito de cartilagem, em vez de ossos, o que os torna mais flexíveis. Os peixes
possuem escamas placoides, que são pequenas e ásperas, além de múltiplas brânquias.
Eles ocupam uma variedade de habitats marinhos, desde águas rasas costeiras até as
profundezas oceânicas.

Durante o período Siluriano e o subsequente período Devoniano, os Chondrichthyes


prosperaram e se diversificaram em várias formas e tamanhos. Os fósseis de tubarões
mais antigos conhecidos datam dessa época, e eles exibiam muitas semelhanças com os
tubarões modernos. Esses animais primitivos tinham características como corpo
alongado, nadadeiras pares bem desenvolvidas e dentes afiados.

Figura 2.7: Chondrichtyes

Os Chondrichthyes continuaram a evoluir e se adaptar ao longo dos períodos geológicos


subsequentes. Durante o período Carbonífero e Permiano, os tubarões desenvolveram
uma variedade de formas, incluindo alguns com dentes especializados para alimentação
de acordo com a disponibilidade de presas. As raias também surgiram durante esse
período, com suas características distintas, como o corpo achatado e as nadadeiras
peitorais em forma de asa.

Durante o Mesozoico, que abrange os períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo, os


Chondrichthyes continuaram a ser uma presença dominante nos oceanos. Durante esse
período, ocorreu uma grande expansão e diversificação dos peixes ósseos (Osteichthyes),
que eventualmente se tornaram o grupo de peixes mais diversificado e abundante.

Embora os Chondrichthyes tenham sido muito bem-sucedidos durante grande parte da


história geológica da Terra, sua diversidade diminuiu significativamente após o período
Cretáceo. Durante o evento de extinção em massa que marcou o fim do período Cretáceo,
muitas espécies de Chondrichthyes desapareceram, incluindo algumas formas primitivas
de tubarões e raias. No entanto, alguns grupos sobreviveram e persistiram até os dias
atuais.

No entanto, muitas espécies de Chondrichthyes estão ameaçadas ou em perigo devido à


pesca excessiva, destruição de habitats e poluição dos oceanos.
3.3. CARACTERÍTICAS:

A designação de peixes é simplesmente definido como um vertebrado aquático de sangue


frio. Possuem coluna vertebral, vivem na água e sua temperatura sanguínea se equilibra
com o ambiente. A maioria, respira por brânquias ou guelras, se locomove por meio de
nadadeiras, se reproduz pondo ovos e seu corpo é coberto por escamas protetoras.

Sua pele possui duas camadas: por fora a epiderme e sob ela, a derme. As glândulas da
epiderme secretam um muco protetor contra fungos e bactérias.

As escamas, que formam um escudo mais resistente, são feitas de ossos transparentes
enraizados na derme. Como os anéis das árvores, elas registram a idade e o crescimento
do peixe. As nadadeiras são classificadas em ímpares (dorsal, caudal e anal) e pares
(peitorais e pélvicas).

A grande maioria dos peixes possui corpo recoberto por escamas, sendo que elas
diferenciam-se em cada grupo. Nos peixes ósseos, as escamas possuem origem dérmica,
enquanto, nos cartilaginosos, possuem origem dermo-epidérmica. Além das
características gerais descritas, existem diversas adaptações evolutivas que os peixes
aperfeiçoaram para viver em ambientes aquáticos, ressaltando:

 Para a adaptação ao ambiente aquático, os peixes possuem brânquias, que são


extremamente vascularizadas, possibilitando a troca gasosa entre o sangue do
animal e a água do meio. Para isso, a água entra pela boca do peixe e se conduz
até as brânquias;
 O seu formato hidrodinâmico é outra característica importante da adaptação ao
meio aquático, que aprimora sua movimentação na água, possibilitando
movimentos mais rápidos;
 A linha lateral, importante órgão sensorial, permite que consigam interceptar
movimentos e fugir de predadores;
 Por serem animais de sangue frio, a temperatura corporal varia de acordo com o
ambiente externo. No caso da criação de espécies, de forma geral, a temperatura
deve permanecer na faixa dos 20°C a 24°C para que mantenham seu desempenho
zootécnico;
 Apresentam rins com excreção de ureia e nas espécies com bexiga-natatória, o
principal produto excretado é a amônia;
 Seu sistema respiratório é fechado, com o coração com duas cavidades, um átrio
e um ventrículo;
 O sistema digestivo é completo, iniciando pela boca e terminando na cloaca
(peixes cartilaginosos) e no ânus (peixes ósseos).
3.4. IMPORTÂNCIA:
O estudo dos peixes é fundamental para o desenvolvimento de práticas de pesca e
aquicultura sustentáveis. Compreender as populações de peixes, seus padrões de
migração, reprodução e crescimento ajuda a estabelecer limites de pesca adequados,
medidas de conservação, áreas de proteção e estratégias de repovoamento. Isso contribui
para garantir a exploração responsável dos recursos pesqueiros e a segurança alimentar.

Podem servir como indicadores da saúde dos ecossistemas aquáticos, permitindo-nos


monitorar a qualidade da água, a presença de poluentes e as alterações nos habitats.

Fornecer insights valiosos para a medicina humana, especialmente em áreas como a


regeneração de tecidos, adaptação ao ambiente aquático, resposta ao estresse e
desenvolvimento embrionário. Além disso, os peixes podem ser usados como modelos
para estudar processos biológicos fundamentais que são relevantes para várias espécies,
incluindo os seres humanos.

Como estudantes, o estudo dos peixes pode abrir uma ampla gama de oportunidades de
carreira como biólogo marinho, ictiólogo, especialista em aquicultura, ecologista
aquático, gestor de recursos pesqueiros, educador ambiental ou trabalhar em laboratórios
de pesquisa, que envolvem exploração de ecossistemas aquáticos, conservação marinha,
manejo de pesca, educação ambiental e muito mais.

Essas são apenas algumas das razões pelas quais estudar os peixes é importante. O
conhecimento adquirido a partir desses estudos contribui para a conservação da
biodiversidade, a gestão sustentável dos recursos pesqueiros, a compreensão dos
ecossistemas aquáticos e o avanço da ciência em várias áreas.
4. DIFERENÇAS ENTRE OS PEIXES E OS AGNATOS

Existem algumas diferenças distintas entre os peixes e os agnatos, que são os vertebrados
mais primitivos e incluem as lampreias e mixinos. Aqui estão algumas das diferenças
principais:

1. Coluna Vertebral: Os peixes possuem uma coluna vertebral verdadeira, que é


composta por vértebras ósseas ou cartilaginosas. Por outro lado, os agnatos não
têm uma coluna vertebral, mas possuem uma notocorda flexível, que é uma
estrutura rígida e flexível encontrada nos estágios embrionários dos vertebrados.

2. Mandíbula: A mandíbula é uma característica distintiva dos peixes. Os peixes


possuem mandíbulas móveis que lhes permitem capturar e segurar presas. Por
outro lado, os agnatos, como as lampreias e mixinos, não possuem mandíbulas
verdadeiras. Em vez disso, eles têm uma boca circular com estruturas em forma
de disco que lhes permitem se fixar em presas e se alimentar por sucção.

3. Escamas: A maioria dos peixes possui escamas ósseas ou placas dérmicas que
protegem o corpo. Os agnatos, por outro lado, não possuem escamas óbvias. A
pele dos agnatos é lisa e glandular, proporcionando proteção e permitindo que se
prendam a superfícies.

4. Brânquias: Os peixes possuem brânquias especializadas que lhes permitem


extrair oxigênio da água. As brânquias são protegidas por uma cobertura óssea
chamada opérculo. Nos agnatos, as brânquias são mais primitivas e não possuem
opérculo. Em vez disso, eles têm aberturas branquiais que permitem a entrada e
saída de água.

5. Reprodução: Os peixes têm uma variedade de métodos de reprodução, incluindo


a fertilização externa e interna. Alguns peixes também apresentam cuidado
parental, onde os pais protegem os ovos ou os filhotes. Os agnatos, como as
lampreias e mixinos, têm uma reprodução predominantemente anádroma, o que
significa que eles migram do mar para água doce para desovar. As lampreias
constroem ninhos e os mixinos depositam seus ovos em substratos adequados.
Essas são apenas algumas das principais diferenças entre peixes e agnatos. Embora os
agnatos representem um estágio mais primitivo na evolução dos vertebrados, eles
compartilham certas características comuns, como a presença de notocorda, fendas
branquiais e cauda pós-anal. No entanto, as diferenças mencionadas acima os distinguem
dos peixes mais evoluídos
5. CONSEQUÊNCIAS DA EXTINÇÃO DOS PEIXES:

Se os peixes fossem extintos, isso teria consequências significativas e abrangentes nos


ecossistemas aquáticos e além. Aqui estão algumas das principais consequências:
1. Desequilíbrio ecológico: Sua ausência levaria a um desequilíbrio nas cadeias
alimentares, com possíveis superpopulações de algumas espécies e diminuição de
outras. Isso poderia causar uma cascata de efeitos negativos em todo o
ecossistema, incluindo a diminuição da biodiversidade.

2. Colapso de indústrias pesqueiras: A pesca comercial e a aquicultura são fontes


importantes de emprego e renda em muitas comunidades ao redor do mundo.

3. Segurança alimentar: A extinção dos peixes teria um impacto direto na


segurança alimentar, especialmente para comunidades costeiras e aquelas que
dependem da pesca como principal fonte de proteína.

4. Perda de serviços ecossistémicos: Os ecossistemas aquáticos fornecem uma série


de serviços ecossistémicos essenciais para o bem-estar humano, incluindo a
regulação do clima, purificação da água, proteção contra tempestades e recreação,
controlam a proliferação de algas nocivas.

5. Impacto em outras espécies: A extinção dos peixes afetaria negativamente essas


espécies dependentes de peixes como fonte de alimento ou em termos de
interações ecológicas.
O declínio acentuado das populações de peixes em muitas partes do mundo devido à
pesca excessiva, degradação do habitat, poluição e mudanças climáticas é uma
realidade preocupante que exige ação para conservação e manejo sustentável dos
recursos pesqueiros.
6. ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO DA VIDA MARINHA:
Apesar do nosso estudo se focar maioritariamente nos peixes antigos, é importante
ressaltar que o nosso estudo parte da existência deste grupo na actualidade que, se não
se adaptasse continuamente não teria um papel extremamente relevante na evolução dos
paleovertebrados. As acções antrópicas estão na essência da diminuição dos peixes, e
para que tal não perdure, criaram-se estratégias de proteção ou conservação da vida
marinha.
Aqui estão algumas estratégias comumente empregadas:
1. Estabelecer Áreas Marinhas Protegidas: Essas áreas restringem ou proíbem
atividades de pesca e outras atividades humanas prejudiciais, permitindo que as
populações de peixes se recuperem e se mantenham saudáveis.

2. Regulamentar a Pesca: Estabelecimento de tamanhos mínimos de captura, cotas


de pesca, períodos de pesca sazonais, restrições em métodos de pesca prejudiciais
e áreas de pesca proibidas.

3. Restauração de Habitats Aquáticos: Pode envolver a remoção de barragens, a


restauração de zonas húmidas e manguezais, a proteção de habitats de desova e a
nova vegetação de áreas costeiras.

4. Redução da Poluição e da Degradação Ambiental: Incluem esforços para


reduzir a poluição química e do lixo, melhorar a qualidade da água e reduzir o
impacto das atividades humanas nos ecossistemas aquáticos.

5. Educação e Conscientização: Pode ser feito por meio de programas de educação


ambiental em escolas, campanhas de sensibilização pública, envolvimento da
comunidade local e divulgação de informações sobre a importância dos peixes
para o equilíbrio ecológico e para a subsistência humana.

6. Cooperação Internacional: Acordos internacionais, como a Convenção sobre o


Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres
(CITES) promovem a conservação dos peixes migratórios e incentivam a
cooperação entre países para a gestão sustentável de recursos pesqueiros
compartilhados.
CONCLUSÃO
Em suma, o estudo os peixes representa uma parte significativa da diversidade biológica
do planeta e são organismos-chave nos ecossistemas aquáticos. Ao estudar os peixes,
podemos entender melhor a sua ecologia, a dinâmica dos sistemas que estão inseridos,
incluindo as cadeias alimentares, a sua resposta às mudanças ambientais, distribuição
geográfica, comportamento reprodutivo, interações com outros organismos e outros
aspectos importantes. Isso nos permite desenvolver estratégias de conservação e tomar
medidas para proteger os habitats aquáticos. Esses conhecimentos são cruciais para o
manejo sustentável de recursos pesqueiros e a conservação de habitats aquáticos, e o
melhor aprofundamento sobre o estudo contínuo da sua origem e evolução.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

HELFMAN, G.S.; COLLETTE, B.B. & FACEY, D.E. 1997. The diversity of fishes.
Blackwell Science : Massachusetts, 528p.

MOYLE, P.B. & CECH Jr., J.J. 1996. Fishes: An introduction to ichthyology. 3. ed.
Prentice Hall Inc., Englewood Cliffs : New Jersey, 593p.

POUGH, F.H.; HEISER, J.B. & McFARLAND, W.N. 1993. A vida dos vertebrados. Ed.
Atheneu : São Paulo, 839p. (tradução)

https://animalbusiness.com.br/medicina-veterinaria/animais-vistos-por-dentro/anatomia-
do-peixe/

https://olhaopeixe.com.br/anatomia-dos-peixes/

https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/peixes.htm

https://www.researchgate.net/figure/Figura-4-Principais-formas-dos-peixes-fusiforme-a-
corvina-Micropogonias-furnieri_fig3_242331096

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