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Evolução

Descrição cronológica
Pré-Câmbrico:

 4,5 mil milhões de anos – formação da Terra.


 3,75 mil milhões de anos. -Rochas sedimentares de Isua(Gronelândia ocidental)
apresentam registo químico de atividade orgânica; rácio entre Carbono 12 e
Carbono 13 sedimentares. Como o Carbono 12 sedimentar é mais abundante,
pode indicar atividade fotossintética (Schidlowski, 1988).
 3,5-3,6 m. m. a. –Estromatólitos(finas camadas de sedimento aprisionado e
cimentado por bactérias e algas cianófitas); Observam-se na Austrália e em
África.
 1,4 m. m. a. –Primeiras células eucarióticas.
 c. 575-542 milhões anos –Fauna de Ediacara(Austrália). Organismos
multicelulares, de corpo mole, com dispersão mundial.

Estromatólitos:
- Finas camadas de sedimento aprisionado e cimentado por bactérias e algas
cianófitas.
- Declínio dos estromatólitos depois do câmbrico: provavelmente devido a atividades
de pastoreio por animais e mudanças nas condições ambientais.
- Oxigénio: as cianobactérias procariotas – particularmente estromatólitos – foram os
principais responsáveis pela produção de oxigénio para a atmosfera (c. 2500 milhões
de anos), como um subproduto da fotossíntese. A complexidade e diversidade de
formas só foi possível depois de os oceanos e a atmosfera conterem oxigénio
suficiente.
Ecossistemas bacterianos constituídos por cianobactérias – algas verde azuis (bactérias
fotossintéticas). Pode ser tão densa que a luz não penetra mais de 1mm. As
cianobactérias podem absorver cerca de 95% da radiação azul‐verde fotossintéticas) e
outros procariotas. Abaixo da camada superficial a radiação ultravioleta é menos
intensa e a exposição à desidratação é menor.
Os estromatólitos propriamente ditos (as formações imediatamente visíveis) são o
resultado do depósito de grãos de areia e
carbonato de cálcio aglutinados pelo muco
produzido pelas bactérias. As formações
demoram a crescer: 100 anos para crescer 5
cm; um estromatólito com 1m de altura pode
ter 2000 anos.
Pré-Câmbrico:

 c. 570 milhões de anos –Explosão Câmbrica.


 c. 530 milhões de anos –Fauna de BurgessShale(Xisto de Burgess, Canadá, mas
com expressão mundial).Planos corporais modernos, organismos com partes
duras. A partir daqui não há nenhum filo novo ou plano anatómico básico.
Todos os filos atuais definidos há 500 milhões de anos.
Ordovício -c. 480 m. a. –colonização da terra
Silúrico -c. 440 m. a. –primeiros peixes
Devónico -c. 400 m. a. –primeiros anfíbios, insetos e plantas
Carbonífero -c. 350 m. a. –primeiros répteis
Triásico -c. 250 m. a. –primeiros mamíferos
Jurássico -c. 200 m. a. –primeiras aves

Eras geológicas:
- Pré-câmbrico – Atividade orgânica, estromatólitos, células eucarióticas, fauna de
Ediacara (Organismos multicelulares), Exploção câmbrica, fauna de Burgess Shale,
primeiros cordados.
- Paleozoico, ordovícico – Origem da vida em terra
- Mesozoico, Jurássico – Todos os animais se situam em grupos taxonómicos
conhecidos.

Fauna de Ediacara:
- c. 575-542 milhões anos –Fauna de
Ediacara(Austrália).
- Organismos multicelulares, de corpo mole, com
dispersão mundial.
- 1946 – Reginald Spring descobriu, em arenitos,
marcas circulares parecidas com vestígios de
alforrecas, frondes ramificadas e vermes.
Constitui o primeiro conjunto de organismos
complexos diversos da Terra.
- A maioria das espécies foi colocada em grupos
modernos: alforrecas, anelídeos, corais moles…
(Glaessner, 1984)
- Radiação adaptativa independente e não estão relacionadas com as faunas
posteriores, câmbricas (Seilacher, 1984).
- Mistaken Point (canadá, sudeste da Terra Nova) representa não só o mais antigo (575
milhões de anos), mas também uma das comunidades de Ediacara mais bem
preservados.
- A biota de Mistaken Point é dominado por rangeomorfos que foram prevervados sib
finas camadas de cinza vulcânica.
- Os rangeomorfos é um grupo de animais que viviam no fundo do mar, fixos ou não.
Organismos possivelmente com mais de um metro de comprimento; maioria com
menos de 10cm.
-São considerados filtradores de pequenas partículas em suspensão, renovadas por
correntes de água.
- Também podiam ter absorvido nutrientes
dissolvidos da água do mar.
- As marcas foram consideradas como
evidencias de que Kimberalla possuía partes de
sistema bucal encontrados nos moluscos.
- Esta espécie movia-se e alimentava-se no
fundo mar e apresentava simetria bilateral.
- Estratégia alimentar complexa?
- As posições possíveis dos
diferentes tipos de organismos da
fauna de Ediacara. Unipolar,
bipolar, radiar.
Explosão Câmbrica
- c. 542 milhões de anos –Explosão Câmbrica(surgimento simultâneo de organismos
com esqueletos).
- Fauna de Ediacara tinha apenas uma estrutura “pneumática acolchoada” permitia
corpos com tamanho razoável;
- Depois da extinção dos organismos edicarianos, surgiu uma ampla diversidade de
animais com esqueleto.
- Esqueleto -qualquer tipo de estrutura mineralizada ou parcialmente mineralizada;
ossos internos, conchas calcárias de moluscos e de corais, cutículas externas de insetos
e de caranguejos;
- Esqueleto simples constituídos por conjuntos indefinidos de espículas (esponjas),
escleritos, exosqueleto, endosqueleto.
- Abandonar o exosqueleto: mudas, para crescer, típico de artrópodes.
- Os esqueletos sustentam o corpo, servem de apoio aos músculos e funcionam como
reservatório de minerais.
- Ossos compostos por dois componentes principais: colagénio (componente essencial
de cartilagem e é um tipo flexível de osso desmineralizado, por exemplo tubarões com
esqueletos cartilagíneos, exceto dentes) e Espículas de apatite (forma de fosfato de
cálcio).
- Tecidos duros orgânicos – plantas: lignina, celulose, esporopolenina. Animais:
quitina, colagénio, ceratina.
- Outros tipos de esqueleto são compostos por materiais inorgânicos: Carbonato de
cálcio (conchas de oraminíferos, algumas esponjas, corais, briozoários, braquiópodes,
moluscos, muitos artrópodes (trilobites, crustáceos, insetos), equinodermes (ouriços-
do-mar). Sílica (esqueletos de radiolários, esponjas). Fosfato -na forma de apatite
(ossos de vertebrados, conchas de braquiópodes, mandíbulas de anelídeos).
- A fauna de pequenas conchas (FCP) foi precursora da explosão câmbrica.
- Animais com escleritos (câmbrico inferior) 1,
Siphogonuchites. 2, Hippopharangites. 3,
Lapworthella. 4, Eccentrotheca. 5, 6,
Microdictyon. 7, Tumulduria. 8, Scoponodus. 9,
“Mandíbulas” de Cyrtochites. 10, Porcauricula,
11, Hadimopanella. 12, Cambroclavus. 13,
Paracarinachites. Escala = 0,1 mm.
- Explosão Câmbrica é representada pelos primeiros fósseis de esqueletos de trilobites
e equinodermes, moluscos, braquiópodes, espículas de esponjas.
- Primeiros animais escavadores de tubos. 1, Cloudina,
um dos primeiros animais com um esqueleto
mineralizado reforçado com calcite. 2, Aculeochrea, com
um tubo de aragonite (Pré-câmbrico-Câmbrico). 3,
Hyolithellus, um animal com tubo em fosfato de cálcio
(início do Câmbrico). 4, Olivooides, possivelmente um
pólipo de cifozoário. 5, Olivooides. Escala = 0,1 mm.
- Primeiros animais com conchas (Câmbrico). 1,
Archaeospira, um possível gastrópode. 2, Watsonella, um
possível molusco. 3, Cupitheca. 4, 5, Aroonia, um provável
braquiópode. 6, 7, Concha e opérculo de Parkula. Escala =
0,1 mm.
- 521 milhões de anos -trilobites aparecem no registo fóssil (Câmbrico).
Desapareceram 300 milhões de anos depois (Câmbrico-Pérmico).
- Trilobites é um dos grupos mais importantes de organismos invertebrados nos mares
do Paleozoico. Estes animais eram constituídos por três partes (lobos): cabeça (escudo
cefálico), tórax segmentado e o pigídio.
O substrato “nunca mais foi o mesmo”:
- A fauna de Edicara produziu apenas marcas simples na superfície do fundo do mar
(bactérias cobriam e estabilizavam a superfície).
- A partir do Câmbrico, os animais começam a escavar tuneis (verticais) através dos
sedimentos, exibindo comportamentos variados, fornecendo evidencias indiretas de
que possuíam tecidos e órgãos diferenciados.
- Estes organismos alteraram para sempre a natureza do
fundo do mar (revolução do substrato do câmbrico).
- Os animais escavadores do câmbrico escavaram tuneis
para ter acesso a novas fontes de alimentos (organismos
planctónicos enterrados no fundo do mar) ou para escapar à predação.
- Estas atividades abriram novos nichos ecológicos no fundo do mar, permitindo que
água e oxigénio entrassem nas camadas de sedimentos. Burgess Shale.
- Ao mesmo tempo, as camadas de bactérias foram progressivamente destruídas para
habitas mais restritos. Esta mudança no substrato pode parcialmente ser responsável
pelo desaparecimento da biota Ediacarania. Outros fatores, como a alteração química
de agua ou o aumento de predadores, podem também ter contribuído para a sua
extinção.
A explosão câmbrica e a origem dos ecossistemas marinhos modernos
- O rápido aparecimento de um ampla variedade de animais – sobretudo com simetria
bilateral – levou ao desenvolvimento de novas
interações ecológicas (predação).
- Consequentemente, os ecossistemas tornaram-
se mais complexos que os da fauna de ediacara.
Também a diversidade de organismos
aumentou, ocuparam uma variedade de novos
ambientes e habitats marinhos. Alguns viveram
no fundo do mar (bentónicos), outros nadavam
ativamente na coluna de água (nectónicos). A
estrutura ecológica fundamental de
comunidades marinhas modernas foi
estabelecida durante o câmbrico.
Porque aconteceu a explosão câmbrica quando e porque foi um evento único?
- Embora não haja consenso entre os cientistas, a maioria concorda que a “explosão”
não pode ser atribuída a um único mecanismo causal, simples, mas podem ser
classificados em três categorias principais: ambientais, genéticos e ecológicos.
Explicação ambiental (abiótica): Níveis de oxigénio e fim de glaciação
- Antes de animais complexos surgirem na Terra, teve que haver um ambiente
favorável para a sua sobrevivência.
Níveis de oxigénio:
- Animais multicelulares necessitam de oxigénio para sobreviver;
- Fotossíntese poderia ter causado um aumento na quantidade de oxigénio no mar e
na atmosfera no início do Câmbrico, permitindo a evolução dos animais maiores e mais
complexos com os sistemas respiratório e circulatório.
- No entanto, não parece haver uma variação nos níveis de oxigénio entre o limite
Ediacarano-Cambriano.
- O aparecimento de organismos de grande tamanho na Fauna de Ediacara, antes da
explosão, está relacionado com a presença de níveis de oxigénio elevado.
- Também o aumento dos níveis de oxigénio pode levar ao aparecimento de
organismos com estilos de vida mais ativos, uso intensivo de energia, como a natação
e a caça.
Glaciação
Alguns pesquisadores sugeriram a Terra estava coberta de gelo antes da explosão
câmbrica (hipótese de "bola de neve").
O gelo teria limitado o número de nichos evolutivos para a vida no mar e bloqueava a
maior parte da luz solar.
Com o degelo, enormes extensões ficaram livres: uma situação ideal para experiências
de diferentes planos corporais. No entanto, a última glaciação parece ter terminado
por volta de 635 milhões de anos – quase 90 milhões de anos antes dos primeiros
sinais da explosão cambriana no registo fóssil (grande glaciação regional em torno de
580 milhões de anos?).
O período pós -glacial foi um momento crucial na evolução. O aparecimento dos
primeiros organismos multicelulares grandes e complexas logo após o retorno a um
clima global mais quente sugere que condições ambientais apropriadas.
Explicação genética
- Mudanças muito pequenas em genes de controlo do desenvolvimento podem ter
grande impacto sobre o organismo.
- Por exemplo, alterações nos genes Hox em moscas da fruta pode originar um
conjunto extra de asas, ou desenvolver tamanhos diferentes de patas.
- Esta ideia aplicada a genomas complexos pode explicar a exploção câmbrica e o
surgimento de novos planos corporais.
- Tais alterações genómicas poderiam ter ocorrido antes do câmbrico, talvez dando
origem a fauna de ediacara, através de uma nova via de desenvolvimento que nunca
foi repetido apos sua extinção
- No entanto, apos a explosão câmbrica e da evolução de planos corporais, não
surgiram organismos com novos planos corporais.
- A explosão pode resultar de um co-evolução, entre diferentes grupos que
estabeleceram complexas interações ecológicas entre os animais.
- Por exemplo, o surgimento de predadores pode ter estimulado a evolução de placas
mineralizadas para proteção ou capacidade natatória como um meio de fuga.
- Mover-se em ambientes previamente inexploradas permitiria ocupar novos nichos
ecológicos. Por exemplo, a diversidade do zooplâncto disponibilizou material orgânico
para organismos bentónicos. Mas ao longo de dezenas de milhões de anos, à medida
que mais organismos ocupam esses nichos, competição iria “remover” planos
corporais menos adaptados, deixando apenas os filos conhecidos.

Fauna de Burgess Shale


- c. 530 milhões de anos – Fauna de Burgess Shale (Xisto de Burgess, Canadá, mas com
expressão mundial). Planos corporais modernos, organismos com partes duras. A
partir daqui não há nenhum filo novo ou plano anatómico básico.
- Burgess Shale refere-se a uma localidade rica em fósseis na montanha Wapta
(Canadá), com várias camadas de xisto, formadas a partir de depósitos de lama fina,
principalmente de minerais de argila.
- Conhecem-se em todo o mundo dezenas de depósitos tipo Burgess Shale. Estes
depósitos são geralmente encontrados em camadas de rocha cambriano baixo a
médio, mas pode estender-se até ao início Ordovício.
- Os locais mais notáveis estão situados em torno do local original (Burgess Shale,
Canadá; Walcott Quarry no Parque Nacional de Yoho), juntamente com o Maotianshan
Shales, China (Chengjiang, na província de Yunnan é o mais famoso), Kaili, China, e
locais no oeste dos E.U.A. (xisto de Spence, Marjum e Wheeler (Utah)), Pioche
(Nevada), Sirius Passet (Gronelândia) e Emu Bay Shale (Austrália).
- Comparado aos depósitos fósseis convencionais, em que apenas os restos de partes
do corpo mais duras são preservados, Burgess Shale fornece muita informação acerca
da comunidade marinha do Câmbrico.
- Nas comunidades marinhas modernas, animais com partes mineralizadas do corpo
(conchas, carapaças) representam apenas uma componente menor da diversidade
total.
- As semelhanças entre os diferentes depósitos de Burgess Shale sugerem que o
ecossistema marinho era geograficamente uniforme e evolutivamente conservador
não havendo grandes diferenças nos fósseis de animais recolhidos em todo o mundo e
num intervalo de 15 milhões de anos. O conjunto característico de organismos é
muitas vezes referida como a biota tipo Burgess Shale.
Importância:
- Possíveis predadores foram identificados com base em caracteres morfológicos (as
partes da boca de Anomalocaris) e no conteúdo intestinal.
- Também foram identificadas evidências indiretas, como potenciais marcas de
“dentada” e características defensivas (como espinhas em Hallucigenia ou elementos
em forma de placa em Wiwaxia).
- O desenvolvimento de esqueletos mineralizados no inicio da exploração cambriana
pode ter sido uma resposta ao aumento da pressão dos predadores.
Significado evolutivo:
- Grande diversidade de planos corporais.
- Todos os planos corporais modernos estão definidos em Burgess Shales.
- Alguns organismos são difíceis de identificar (fósseis muito incompletos).
Primeiros cordados (Filo Chordata)
- Myllokunmingia – o peixe mais antigo e o primeiro vertebrado (Chengiiang, China);
- Ascídias e anfioxos (Chengiiang, China);

Resumo:
- Os fosseis de Ediacara (575 a 542 m.a.) são constituídos, segundo uma perspetiva,
por organismos tipo alforreca, vermes e crinoides, enquanto outra perspetiva defende
que os animais edicarianos representam uma radiação evolutiva independente que
não estão ligados á fauna posterior (Burgess Shale).
- A “explosão” do câmbrico corresponde a um aumento de diversidade devido,
provavelmente, a condições ambientais, genéticas e ecológicas adequadas. Surgem os
primeiros organismos com diferentes tipos de esqueletos.
- Os fosseis encontrados em Burgess Shales ( ou locais tipo Burgess Shale -
Chengiiang,China;xistodeSpence,MarjumeWheeler(Utah)),Pioche(Nevada),SiriusPasset
(Gronelândia)eEmuBayShale(Austrália)) apresentam uma fauna muito diversificada,
para além de organismos com concha, braquiópodes, trilobites e esponjas. Burgess
Shales revelou uma fauna Câmbrica com todos os planos corporais modernos já
representados, há cerca de 520 m.a. A fauna tipo Burgess Shale é uma consequência
da “explosão” câmbrica.
Espongiários
Esponjas:
- Numero de espécies descritas: 8300.
- Habitats: marinho (a maioria), água doce.
Coanoflagelados:
- São organismos unicelulares e alimentam-se de
bactérias.
- Vivem individualmente e quando novas células são
produzidas separam-se.
- Quando na presença de bactérias que lhes servem de
alimento (RIF-1) começam a formar grupos.
- Krill alimenta-se de Coanoflagelados, baleias alimentam-se de Krill.
- Coanócitos são células das esponjas.

Tipos de células de uma esponja:


- Coanócitos: propulsionam a água através da
esponja com o flagelo. Capturam partículas com o
colar, fagocitando-as e transferindo-as para os
amebócitos. Dão origem a células que formam os
espermatozoides e óvulos.
- Pinacócitos: revestam a superfície externa das
esponjas. Formam a pinacoderme.
- Porócitos: pinacócitos tubulares que constituem alguns poros. Podem regular o fluxo
contraindo-se.
- Miócitos: contraem-se (em volta do ósculo e canais).
- Amebócitos: que se dividem em
- Arqueócitos: diferenciam-se em qualquer tipo de célula; transportam os
vacúolos digestivos dos coanócitos para o mésohilo (masênquima) e formam óvulos
em algumas espécies.
- Esclerócitos: Originam as espículas.
- Esponjócitos: segregam esponjina (forma de colageno exclusiva das esponjas)
- Colencitos e lofócitos: Formam fibras de colagénio.
Estruturas esqueléticas:
- Espículas siliciosas
- Espogina
- Espiculas calcárias

Grau de complexidade estrutural de um esponja


1. Ascon: em forma de U. têm óculo, pinacócito,
coanócito, poros inalantes (ostíolos), espicula,
porócitos, espongiócelio ou átrio.

2. Sicon: em forma de ss. Tem prosópilo, apópilo,


espicula, ósculo, espongiocélio ou átrio, canal
aferente (da parte de fora), canal eferente,
radial ou flagelado (dentro dos ss).

3. Leucon: Câmara flagelada.


Câmaras flageladas: O numero pode variar de 10000 a 18000 /m3
- Alimentação: Filtração, partículas de 500 micrommetro (diâmetro dos ostíolos,
prosópilos) a 1 micrometro (espaços entre as microvilosidades do colar de coanócitos.
Leuconia sp. – 10cm de altura e 1cm de diâmetro – tem mais de 2.000.000 câmaras
flageladas. Água entre através de 81000 canais aferentes a uma velocidad de 0,1cm/s.
nas câmaras circula a 0,01cm/s. sai por 1 só óculo a uma velocidade de 8,5 cm/s.
Algumas grandes espojas filtam cerca de 1500L de água por dia.

Predação
-pouco mais de 1 dezena de espécies de esponjas são carnivoras.
- Alimentam-se de pequenos crustáceos ou outros animais pequenos que capturam
através de filamentos celulares pegajosos, que se projetam da superficie do corpo.
- Assim que a presa é capturada o filamento ecurta e puxa-s para a superficie do corpo
que a envolve e consome porvalvelmente pela ação de arqueóticos.
- Estas esponjas não possuem coanócitos e o sistema de aquífero.

Reprodução assexuada:
- Fragmentação, brotamento (ocorre mas é
pouco comum)
- Formação de gémulas – esponjas de água doce
(durante o outono)
Grande capacidade de regeneração.

Reprodução sexuada:
- A maioria das esponjas produz gâmetas masculinos e femininos.
- Esperma é originado em coanócitos modificados ou câmaras flageladas que penetram
no mesenquima e ficam envolvidas numa parede celular fina formando um quisto
espermático.
- A maioria é vivipara (após fertiliação o zigoto é retido mais tarde é libertada uma
larva ciliada).
- Esperma é libertado por um individuo, fagocitando por coanócitos que se tornam
celulas transportadoras, até aos oócitos.
- Outras esponjas são ovipara e tanto óvulos como esperma são
libertadas na coluna de água.
- A larva na maioria das esponjas é uma parenquimela (de corpo
sólido).
- as larvas têm um curto periodo de vida.

Relação das esponjas com outros animais


- Muitas esponjas albergam outros animais.
- Muitos animais utilizam as esponjas para viverem, algumas (tipo leucon) são
verdadeiros apartamentos.
- Carangueijos põem algas e esponjas nas carapaças para se camuflarem.
- Holotúrias (equinodermes) vivem sobre esponjas beneficiando da corrente de água
que estas geram o que lhes disponibiliza particulas alimentares que são arrastadas mas
que não entram na esponja devido ás suas dimenções.
- Algumas esponjas produzem produtos quimicos (muitas têm odores caracteristicos –
a alho…). Para evitar que outrso organismos se fixem (competição pelo espaço). Para
evitar predadores – algumas são toxicas para peixes (9 das 16 especies da antartica e
27 das 36 das caraibas) mas as tartarugas alimentam-se de esponjas). Competição pelo
espaço: esponjas crescem sobre os corais destruindo-os.
- Atualmente alguns dos compostos quimicos produzidos pelas esponjas estão a ser
estudados com vista á sua aplicação em medicina.
Cnidários – recifes de coral
Anémonas, medusas, recife de coral
- Numero de espécies descritas: 9000.
- Habitats: marinho (a maioria), água doce.

Filo cnidaria – caracteristica gerais


- Conhecem-se cerca de 9000 espécies, marinhos (a maioria) e dulçaquicolas.
- O resgisto fóssil é abundante e data do perido câmbrico.
- Simetria radial ou birradial.
- Dois tipo básicos de individuos: pólipo e medusa.
- Exoesqueleto ou endoesqueleto (calcário, quitinoso…)
- Parede do corpo: epiderme, gastroderme e mesogleia.
- Cavidade gastrovascular.
- Organitos celulares urticantes – nematocistos.
- Rede nervosa
- Sistema muscular (tipo epitélio- muscular): camada externa de fibras longitudinais
(base da epiderme), camada interna de fibras circulares (base da gastroderme).
- Reprodução assexuada: gemulação (pólipos) e reprodução sexuada (alguns polipos e
todas as medusas). Larva plânula.
- Grande capacidade e regeneração.
- Sem sistema excretor ou respiratório.
- Sem cavidade celómica.
Formas:
Pólipo (tentaculos, boca, cavidade gastrovascular,
epiderme, mesogleia, gastroderme, disco basal) ou
medusa (tentáculo, boca, cavidade gastrovascular,
epiderme, mesogleia, gastroderme, exumbrella e
subumbrella).
Hidra – seção longitudinal da parede do corpo
- Celulas intersticiais: celulas totipotentes, dão origem às celulas espermáticas, óvulos
e outro tipo de células.
- Células epitélio-musculares: importantes na covertura do corpo. Possuem 2,3 ou mais
fibrilhas contrácteis, orientadas paralelamente ao eixo do pólipo.
- Células sensitivas e nervosas: alongadas. A base dá origem a um conjunto de
neurónios. A porção distal termina numa esfera ou pelo sensitivo. Abundantes nos
tentáculos.

- Digestão intracelular: fibra contrácteis formam camadas musculares circulares.


- Células secretoras de muco: abundantes na região basal e hipóstoma.
- Células glandular e celula enzimática: segregam enzimas.

Epiderme dos cnidários, evidenciando as células epitélio-musculares, sensoriais e rede


nervosa
Hidra – dimensões: altura poucos mm a 1 cm.
Diâmetro cerca de 1 mm.
Hidra relaxada: 20mm
Hidra contraída: 0,5mm
Nematocistos
- Cnidários podem ter vários tipos de nematocistos.
- Hidra: 4 tipos diferentes.
- Nematocistos podem ser usados 1 vez. Novos são formados pelas células intersticiais
próximas.
- Hidra littoralis: 25% dos nematocistos são perdidos pra capturar um pequeno
camarão. São regenerados em 48h.
Descarga de um nematocisto:
Nucleo, filamento, cápsula, cnidócito, lid, tampa

Nutrição
Carnivoros: nematocistos capturam e paralisam a presa.
Digestão: extracelular (na cavidade gastrovascular)
Intracelular (em vacúolos digestivos – células nutritivo-musculares).

Trocas gasosas e escreção


Ocorrem através de toda a superfície do corpo.
Sistema Nervoso
Primitivo – células nervosas dispõem-se de modo a formar uma rede nervosa
irrregular, mais concentrada na região da boca. Rede epidermica e em alguns grupos
também rede gastrodérmica.
Mais complexo nas medusas – as células podem estar organizadas em aneis nervosos
na base do “chapeu” e juntam-se a fibras que enervam os tentáculos a musculatura e
orgão sensoriais (algumas espécies possuem gânglios)
Orgãos sensoriais: estatocistos, ocelos, ropálios.

Reprodução
- Sexuada e assexuada
- Grande poder de regeneração: tal como as esponjas células dissociadas agregar-se-ão
e de largos agregados poder-se-á formar o animal adulto.

Classes
- Hydrozoa
- Scyphozoa
- Cubozoa
- Anthozoa

1. Classe Hydrozoa
- Forma de pólipo e/ou de medusa nos seus ciclos de vida.
- A mesogleia não possui células
- A gastroderme não possui nematocistos.
- As gónadas são, na generalidade, epidérmicas.
Pólipo:
Pólipos solitários: podem atingir 6-9cm. Hidra
(água doce), Branchiocerianthus (marinho, águas
profundas: 2m)
Colónias: Polimorfismo morfológico:
- Gasterozóides: Capturam, ingerem e
digerem as presas, fornecendo alimento a toda a
colónia, alguns possuem zooxantelas.
- Gonozóides: Função reprodutora –
produzem de forma assexuada pequenas
medusas.
- Dactilozóides: Pólipo de defesa (em
algumas colónias)

Medusa:

- Cavidade gastrovasculares: em forma de canais: circular e radias


- Carnivoras
- Reprodução: sexuada e em algumas assexuadas: britos no manúbro ou bolbos
tentaculares ou fisão.
Ciclo de vida da Obelia

Ciclo de vida de hidrozoários


- A maioria dos hidrozoários não produz uma
medusa de vida livre – a medusa apresenta vários
graus de degeneração.
Podem ter:
- Fase de polipo muito reduzida: actínula fixa-se
temporariamente.
- Fase de medusa e polipo bem desenvolvidas, ciclo
semelhante ao de obelia.
Hidra:
- Fase de medusa inexistente, 1 so óvulo é
produzido e fica exposto (as outras células
intersticiais vão servir de alimento durante o
desenvolvimento do ovo).
- Em especies hermafroditas (poucas) testiculos formam-se na metade superior da
coluna e os ovários na inferior (cada individuo pode produzir vários ovários) - são
formados pelo agrupamento de células intersticiais.
- Não possui estágio larvar, facto possivelmente associado à sua existencia em água
doce.
Colónias flutuantes (pelágicas) de hidrozoários – sifonóforos
- Physalia (caravela portuguesa): comuns nas praias do atlantico norte tanto na europa
como na america do norte (especialmente
após tempestades). Vulgares nos açores
(faial) e começam a ser visiveis tambem no
continente. Os tentátulos podem ter vários
metros de comprimento.
- Beziga nadatória – assegura a locomoção
da colónia (medusas pulsantes)
- Muggiaea altlantica: (ordem
siphonophorae) grupos de gasterozoides
estao ligados por um longo caule.
- Praya dubia – sifonoforo gigante –
colónia. É de facto uma colónia que pode
atingir 40-50 metro de comprimento. Vive em oceanos de todo o mundo desde que
com temperaturas elevandas entre os 700 e 1000m etros de profundidade.

2. Classe Scyphozoa e Cubozoa

- A mesogleia possui células.


- Nematocistos presentes na gastroderme.
- Forma de medusa é dominante nos seus ciclos de vida.

Classe scyphozoa: medusas sem véu, com ropálios.


Classe Cubozoa: medusas com véu, possuem olhos complexos.

Ropálios: orgãos sensoriais, mais complexos nas medusas dos cifozoários e


cubozoários. Localizam-se em pequenas reentrâncias ao longo da margem do disco e
são compostos por ocelos e estatólitos e uma aglomeração de terminações nervosas.
Os ocelos dos cubozoários são dos mais complexos dos cnidários com uma estrutura
que se assemelha em alguns aos olhos doscefalópedes e mesmo de alguns
vertebrados.
Cifozoários: Cerca de 200 especies, vivem em todos os mares, desde o ártico até aos
oceanos tropicais, águas costeiras e algumas de
zonas profundas.
Medusas adultas – 40cm a 2m.
Ciclo de vida de um cifomedusa: aurelia aurita
(suspensívora)
- Manúbrio forma 4 ou 8 braços orais, não existe
veu.
- Éfira: tempo de vida variável 6 meses a 2 anos,
outras têm uma vida muito curta.
- Cifístoma: pode viver 1 ano ou mais produzindo
éfiras

Cubozoários: Diversidade 15 espécies, semitropicais e tropicais, algumas


extremamente perigosas para o homem. Dimensões, medusas adultas com 17cm com
tentaculos que podem atingir 2 metros.

3. Classe Anthozoa

- A mesogleia fibrosa possui céulas, é mais espessa do que a dos pólipos de


hidrozoários.
- Nematocistos estão presentes na gastroderme.
- Só existe forma de pólipo nos seus ciclos de vida.
- Cavidade gastrovascular dos pólipos com faringe e mesentélios.
Amémonas (subclasse: Hexacorallia ou Zoantharia. Ordem actiniarea): mais de
6000 especies.
- Pólipos solitários, maiores e mais robustos que os de hidrozoários.
- Dimensões: 1,5 a 10 cm de altura e 1 a 5cm de diâmetro. Algumas especies podem
atingir 1metro de diâmetro.
- Habitat: águas consteiras ou profundas de todos os oceanos, são particularmente
diversificadas nos oceanos tropicais.
- Cor: brilhante – verdes azuis, laranjas, brancas, vermelhas…

Estrutura de uma anémona do mar e dos sues filamentos mesenteriais


Acôncio
Corais pétreos (subclasse: Hexacorallia ou Zoantharia. Ordem Scleractinia ou
madreporaria)
- Especies solitárias (ex. Funchia – pólipos 25
cm diâmentro) mas a maioria é colonial.
- Cada pólipo tem cerca de 1-3 mm de
diâmetro e a sua ediperme segrega
carbonato de calcio.
- Tentáculo, mesentérios, faringe, filamento
mesenterial, folheto de ligação, esqueleto,
escleroseptos, placa basal.
Reprodução:
- Assexuada: Brotamento (extratentacular ou intratentacular), Fissão.
- Sexuada: Gâmetas lançados na coluna de água. Fertilização externa.

Crescimento: variavel com as condições ambientais e tipo de colónia.


- Formadoras de placas: 0,5 a 2 cm/ano.
- Verticais: 10 a 20 cm/ano

Octocorais (subclasse: octocorallia ou alcyonaria)


- 8 tentáculos com pínulas
- 8 mesentélios completos

- Esqueleto interno constituido por espiculas separadas


ou fundidas, calcárias ou - córneas.
- São as cores das espiculas que conferem a cor
amarela, laranja e roxa aos dos pólipos, a cor amarela
acastanhada resulta da presença de zooxantelas.
- Conênquima: mesogleia perfurada por tubos de
gastroderme que são contínuos com a cavidade gastrovascular.
- Eixo central: gorgonina (substância ôrganica formada por proteina +
mucopolissacarídeos).
Gorgónias:
Crescimento maximo: 10-15 anos
Possuem simbiontes: tunicados coloniais, cirrípedes,
bivalves, gastrópodes, peixes, zooxantelas.

Relação dos cnidários com outros animais:


- Algumas espécies de carangueijos vivem na protação dos tentáculos de anémonas.
- Algumas especies de cangueijos fazem aderir anénomas ás suas pinças e usam-nas
como arma de desefa.
- A mesma estratégia é usada por algumas espécies de paguros (casa-alugada,
bernardo-ermita) que colocam anémonas sobre a concha de gastrópedes que utilizam
como sua casa.
Anémona/peixe:
- Anémona: benificia com o movimento dos peixes que impedem a sedimentação de
particulas spbre os tentáculos, os peixes podem funcionar como iscos atraindo presas
para a anémona que também pode beneficiar de comida do peixe.
- Peixe-palhaço: Proteção (as posturas são também feitas juntos aos tentáculos das
anémonas), aparentemente o peixe possui um muco que evita o descarregar dos
nematocistos da anémona.
Cnadários/zooxantelas:
- Relação de mutualismo mais comum, particularmente evidente entre as espécies
formadores de recifes – corais hermatípicos.
- As zooxanteas vivem nas células da cavidade gastrovascular dos pólipos, podem
atingir concentrações de 30000 cel/mm3 de tecido de coral.
- São protozoários fotossinteticos e daí que alguns factores limitantes do crescimento
dos recifes estejam relacionados com a limitação da função fotossintética dos
simbiontes.
- Em condições ambientais desfavoráveis as zooxantelas podem ser expelidas pelos
pólipos de coral – branqueamento.
- Zooxantelas recebem protação dos corais e, aparentemente, retiram nutrientes das
excreçoes dos corais.
- Produzem hidratos de carbono que são utilizados na alimentação do coral.
- Apesar dos corais dependerem das zooxantelas na sua alimentação noa significa que
não capturem tambem pequenos organismos, que serao a fonte de azoto (necessário á
construção dos aminoácidos, proteunias).
- Aumentam a deposição de carbonato de cálcio, promovendo um maior crescimento
dos corais (e dos recifes) através da utilização de CO2 na fotossintese.

Imagem:
15 anos. banda escura inverno, baixa deposição. Anda claro verão, elevanda
deposição.

Recife de coral
- Ecossistemas dos mais diversificados e complexos ecologicamente.
- São os mais antigos ecossistemas – têm uma história geológica que se iniciou há
cerca de 500 MA.
- Ocupam cerca de 190milhoes de Km2 (menos de 1% dos oceanos) sendo o maior a
grande barreia de recifes australiana – 2000 Km de comprimento, 145 Km de largura.
- Confinados aos trópicos.
- diversidade muito elevada.
- Podem possuir cerca de 3000 especies animais (sem inclui a meio e microfauna)
- Praticamentes todos os filos e classes representados
- Os animais dominam e de entre os pólipos de coral são os mais representados.
Recifes continentais e oceânicos
- Atóis, Recifes franja e recifes barreira.
- O processo de formação dos recifes, proposto por Darwin foi confirmado em cerca de
1950: uma perfuração feita em atóis encontreou rocha vulcânica a muitas centenas de
metros de profundidade.

Destruição e conservação de recifes: alguns tópicos


- Suportam uma enorme diversidade natural, com muitas especies endémicas, e têm
enorme importancia não só biológica mas tambem econnómica.
- Pelo facto de retirarem dos oceanos grande quantidade de CO2 tem uma enorme
importancia no teor global de CO2.
- São usualmente benéficos na proteção das costas, mas são muitas vezes destruidos
por tempestades.
- Recifes trazem benefícios económicos para as populações que vivem na sua
proximidade pelo desenvolvimento da atividade turística.
- Algumas especies de corais macios estao a ser estudados no sentido de se utilizarem
alguns dos seus compostos quimicos em medicina.
Palythoa toxica: A palytoxina é um das toxinas mais poderosas que se conhecem.
Atualmente está a ser estudada como medicamento antitumural (apos 8 anos de
estudos conseguiram sintetiza-la, é uma das moléculas orgânicas mais complexas –
contém 129 átomos de carbono).
Plexaura spp. – Produzem outra substância quimica que é simultaneamente
antitumural e antimicrobiana.

Aumento de temperatura
- Em 1982-1983 em El Niño particular levou a um aumento da temperatura da água do
mar de cerca de 2-4ºC, levando-a a 30ºC. tal danificou ou destruiu cerca de 955 dos
recifes das Galápagos e 70-80% dos carias do golfo do panamá.
- Em 1991 verificou-se que os recifes das ilhas da polinésia francesa estavam a
branquear por perca dos seus simbiontes.
- Acidificação dos oceanos.
- Enfraquece toda a estrutura calcária.
Poluição
- Actividade relacionadas com turismo: apanha de especies para venda –
colecionadores, aquarios, joalharia, materiais de construção, danos provocados por
barcos de recreio.
- Consumo direto: lagostas, holotúrias, ouriços, peixes são intensamente capturandos
à medida que o turismo aumenta.
- Pesca excessiva ou com artes proibidas: Eplorivos, envenenamento.
- Atividade costeiras que levam a erosão e aumento de sedimentação
- alguns paises desenvolveram medidas de proteção para estes ecossistemas, criando
área protegidas que incluem os recifes, reservas marinhas e parques subaquáticos.

Contribuições biológicas dos cnidários


- Existência de verdadeiros tecidos.
- Cavidade gastrovacular – revestica por gastroderme com uma única abertura para o
exterior.
- Digestão extracelular ( na cavidade gastrovascular) que permite a ingestão de
particulas de maiores dimensões e digestão intreceular (no interior das celulas).
- Existencia de tentáculos (ou outras projeções) em redor da boca – melhor captura de
presas.
- Presença de nematocistos.
- São os animais mais simples a possuir sistemas nervoso (formando rede, sem sistema
nervoso central).
- São os animais mais simples a possuir órgãos sensoriais (estatocitos e ocelos).
- Movimento: contrações musculares (muitos fluturante deixando-se arrastar pelas
correntes).
- Polimorfismo morfológico (aumento de possibilidade ecológicas): pólipos (varios
tipos) e medusa – ocupação, pela mesma espécie, de habitats bentónicos e pelágicos.
Platelmintas – Platyhelmintes
Contribuições biológicas dos platelmintas
ou Novidades Biológicas
- Plano de organização bitateral.
- Cefalização.
- Sistema nervosos tipo “escada” (turbelários – planárias)
- A mesoderme desenvolve-se num camada germinativa bem definida, constituindo
uma fonte de tecidos, orgãos e sistemas.
- Animais mais simples com sistema excretor.
- Complexidade órgãos – tecidos.

Caracteristicas gerais
- Triploblásticos (possuem 3 tipos de tecido, ectoderme,
mesoderme e endoderme).
- Acelomados (possuem
mesoderme mas não celoma).
- Corpo achatado dorso –
ventralmente.
- Sem espaço no interior do
corpo (espaço entre os orgãos
preenchidos com parênquima – tecido conectivo)
- Epiderme sincicial ou celular (ciliada nos
organismos de vida livre – turbellaria).
- Tegumento em Monogenea, Trematoda e
Cestoda.
- Sistemas msucular de origam mesodérmica,
com camadas circulares, longitudinais e, por
vezes, oblíquas.
- Rabdites – Segregadas pela epederme e no exterior forma muco.
- Abertura oral e genital, sobretudo, na região ventral.
- Sistema digestivo incompleto (não tem ânus).
- Sem sistema circulatório, respitatório e estruturas esqueláticas.
- Sistema nervoso: um par de gânglios anteriores e cordões nervosos longitudinais,
ligados por outros transversais.
- Órgãos sensoriais simples, manchas ocelares em alguns grupos.
- Sistema excretor com células “chama” (protonefrídios).
- Hermafroditas; reprodução assexuada e sexuada.
- Sistemas reportudor complexo
- Fertilização interna
- Desenvolvimento direto em formas de vida livre e indireto em parasitas.
- Parasitas com ciclos de vida complexos.
-Classe Turbellaria (vida livre)
- Classes Monogenea, trematoda, cestoda (parasitas).

1. Classe Turbellaria
- Planárias (Dugesia spp.)
- Animais de vida livre (águas frias, transparentes e permanentes)
- Cerca de 3000 espécies.
- Maioria marinhos, também de água doce e terrestres (zonas
humidas)
- Forma variável (oval a alongada)
- Maioria <1cm, alguns + 60cm.
- Extremidade anterior (zona cefálica) em
forma triangular.
- A boca está localizada na superficie ventral
(a meio do corpo).
- Faringe tubular (ou probóscide) com
paredes musculares, pode ser projetada,
utilizada na captura de alimento.
- Intestino com 3 ramos principais (1 anterior,
2 posteriores) que se unem a meio do corpo.
- Aberturas excretoras diminutas localizadas lateralmente na superficie ventral
(protonefridios). Soa constituidos por células “chama” (túbulo ramificado com
flagelos).
- Protonefridios – eliminação de matabolitos (exceto
amónia – por difusão) e equilibrio de água.
- Cabeça possui 2 gânglios cerebrais.
- Possuem duas manchas ocelares ou ocelos (sensiveis a
luz).
- Órgãos sensitivos auriculares laterais (região cefálica):
quimiorrecetores para odor.
- Sistema nervoso em escada.
- Epiderme ciliada.
- Celulas glandulares (na epiderme ou totalmente
submergidas).
- Musculatura (circular, longitudinal, dorsoventral) mais
complexa que nos cnidários.
- Parênquima: formado por células de forma irregular (matriz fibrosa + células
mesenquimatosas).
- Neoblastos: células de substituição (regeneração) de células epidermicas.
-Células pigmentares (cromatóforos).
- Células de “fixação” (substrato e captura de presas) e cílios.
- Rabdites: Secreções forma oval, constituidas por lamelas, produzidas por células
glandulares epidermicas.
- Locomoção é auxiliada pelos cilios da superficie ventral e por muco segregado pelas
rabdites. 50% da energia obtida é investida na produção de muco.
- Alimentação: carnivoros (alimentam-se de crustáceos, nemátodes, rotíferos, insetos),
dentritivoros, necrófagos, herbívoros.
- Digestão intracelular (vacúolos de células que
revestem o intestivo).
- Quando uma planária se alimenta, outras são logo
atraidas por substâncias difundidas pelo alimento ou
por sucos digestivos daquela que se está a alimentar.

Reprodução
Assexuada:
- Por divisão transversal, com grande capacidade de regeneração.
Sexuada:
- Unem a superficie posterior ventral, copulação mútua,
um individuo injeta e recebe esperma.
- Ambos os sexos estão “maduros” ao mesmo tempo
- Fecundação interna e cruzada.
- Forma-se uma cápsula de ovos que é depositada no
exterior
-Desenvolvimento direto sem estados larvares.
- sistema reprodutor masculino: testiculos pares, dois
canais, vesicula seminal (armazenamento), penis.
- Sistema reprodutor feminino: 2 ovários, 2 ovidutos,
vaginal, átrio genital. Á vagina (gonóporo) liga-se o
recetáculo seminal que armazena esperma no
acasalamento. Vitelários ou glandulas vitelinas.
Parasitismo – Introdução às outras classes
- Ectoparasitas e endoparasitas
- Alguns parasitas com dois ou mais hospedeiros para completar o seu ciclo de vida:
- Hospedeiro intermediários – fase larvar do desenvolvimento
- Hospedeiro definitivo ou primário – fase adulta.
- O parasita alimenta-se dos tecidos do hospedeiro ou fluidos corporais ou utiliza o
alimento ingerido pelo hospedeiro.
Um parasita para ter sucesso:
- Atingir e penetrar o hospedeiro.
- Resistir às defesas (sistema imunitário) do hospedeiro.
- Resistir aos sucos digestivos.
- Resistir aos baixos niveis de oxigénio no interior do hospedeiro.
- Localizar no interior do hospedeiro o ambiente apropriado e fixar-se
- Evitar matar o hospedeiro, pelo menos até se reproduzir.
- Enviar os ovos ou embriões para o exterior.
- Os ovos devem conseguir “contactar e reconhecer” o hospedeiro apropriado.

2. Classe Trematoda
- Todos parasitas (vertebrados), infetam sobretudo o trato
digestivo, pulmões e ductos biliares.
- Fasciola hepatica, Dicrocoelium lanceolatum, Shistosoma
mansoni, Clonorchis sinensis.
- Morfologia externa: não têm cílios (exceto alguns
estados larvares). 2 ventosas (anterior e ventral – fixação).
Corpo foliáceo (<30 mm comprimento).
Morfologia interna:
- Corpo geralmente com tegumento.
- Boca anterior, faringe muscular, esófago curto, intestino bifurcado com subdivisões.
- Camadas musculares complexas.
- Órgãos sensitivos (manchas ocelares nos ectoparasitas)
- Sistema excretor: células “chama”.
- Sistemas nervoso: gânglio duplo próximos do esófago, 2 cordões nervosos
longitudinais e vários nervos.
Tegumento:
- Não apresenta cílios, musculatura, os sincício é
continuo com o citoplasma, que rodeia o nucleo,
estando inserido no parênquima.
- Proteção contra enzimas e ácidos do hospedeiro.
Difusão de produtos nitrogenados. Trocas gasosas.
Absorção de glicose e aminoácidos (para produção de
ovos).
Reprodução:
- Quase todos hermafroditas, produção de ovos contínua, ate 100000x superior à dos
turbelários.
- Sistema reprodutor masculino: testiculos pares ligam-se por ducto a única vesícula
seminal, liga-se ao pénis (ou cirro), dentro da abertura genital;
- Sistema reprodutor feminino: Ovário ramificado, oviduto, oótipo mediano,
circundado pelas glândulas de Mehlis;
Glândulas vitelinas (ou vitelários), ligadas a 2 vitelodutos, com entrada comum no
oótipo;
Oótipo (pequeno saco) rodeado de glândulas de Mehlis (formação da casca do ovo);
Útero (armazenamento de ovos) vai até abertura genital;
Cada óvulo fecundado, junto com várias células vitelinas, é circundado
por “casca” no oótipo.
Ciclo de vida típico, com diferentes estados larvares – Não é o padrão da classe!!!
Ciclo de vida de Opistorchis(Clonorchis) sinensis
(pode considerar-se o ciclo de vida padrão para esta classe)
- Podem vivier 8 anos
- 4000 ovos/dia, cerca de 6 meses ano.
- + 20 milhões pessoas infetadas; Área endémica: Ásia
(Coreia, China, Taiwan, Vietnam);
- Número de parasitas no ser humano: 20 a 200
- Maturação: 1 mês depois de infeção.
- Patologia: Destruição/hipertrofia do fígado,
entupimento dos canais linfáticos e biliares, formação de
cálculos (“pedra”) renais.
- Sintomas: (fase aguda) dores abdominais, náuseas, diarreia, eosinofilia;
(infeção longo termo) colangite, pancreatite, colangiocarcinoma.
- Diagnóstico: Observação de ovos.
- Tratamento: remoção cirúrgica de adultos.

Ciclo de vida de Schistosoma mansoni


Ciclo de vida -Fasciola hepatica
- Cerca de 3 cm. Pode viver + 10 anos.
Parasitam herbívoros; infetam humanos
acidentalmente.
Provocam Fasciolose ou Distomatose.
Regiões tropicais e subtropicais.
Gado, agriões não cozinhados.
Produção de ovos: 5 semanas depois de entrar no
mamífero hospedeiro;
1 000 000 ovos/ano; 1 ovo pode produzir até 300
larvas.
Hospedeiro definitivo: gado, humanos
Hospedeiro intermediário: gastrópodes
Humanos: parasita instala-se principalmente nas vias biliares e alvéolos pulmonares;
Alimenta-se do epitélio do ducto biliar, componentes da bílis e provavelmente de
sangue.
Patologia: Eosinofilia, lesões crónicas, hipertrofia dos canais biliares, necrose do canal
hepático, insuficiência biliar e hepática (cirrose hepática).
Sintomas: dores abdominais, diarreia, febre, aumento do fígado, leucocitose,
eosinofilia, emagrecimento, colite, anorexia, má digestão…
Diagnóstico: pesquisa de ovos nas fezes ou bílis, pesquisa de anticorpos.
Tratamento: remoção cirúrgica das fascíolas.

3. Classe Cestoda

- Endoparasitas (vetebrados)
- Larvas infetam tanto vertebrados como invertebrados e não se
restrigem ao sistema digestivo.
- Taenia solium, Tarnia saginata, dibothriocephalus
- Morfologia externa: Excólex anterior para fixação. Corpo dividido
em proglotídeos. Alongados, delgados e achatados.
- Sem sistema digestivo.
- Sem orgãos sensitivos no adulto.
- Alimento absorvido através da parede do corpo.
- Oxigénio usado na respiração, predominando a
respiração anaeróbica.
- Ductos excretores com células “chama”.
- Anel nervoso com 3 pares de cordões nervosos.
- Tegumento não ciliado
- Camadas musculares (circular, longitudinal, transversal,
dorsoventral)
- Proteção contra ácidos e enzimas do hospedeiro
- Difusão de produtps nitrogenados
- Trocas gasosas
- Absorção de glucose e aminoácidos.
- O corpo designa-se estróbilo e pode ter até 1000 proglotídeos.
- Os novos proglotídeos são formados por divisão transversal, permanecendo unidos, e
são empurados para tras pelo crescimento de outros mais jovens.
- Cada proglotídeo possui em sistema reprodutor feminino e masculino.

- O aparelho reprodutor masculino amadurece


primeiro
- Autofecundação entre os aparelhos masculino
e feminino do mesmo proglotídeo ou de
proglodídeos separados.
- Pode ocorrer fecundação cruzada.
- Os ovos desenvolvem-se em grande numero (100000) e
passam para o utero (saco ramificado), os outros órgãos
degeneram.
- 3 a 10 proglotídeos libertam-se diariamente.

Ciclo de vida de Taeniarhynchus (Taenia)saginatus / solium


Parasitas tubo digestivo (intestino);
Estado patológico -teníase;
Comprimento adulto:
T. saginata: até 5 metros e 2000 proglotídeos;
T. solium: 2 a 7 metros e 1000 proglotídeos;
Produção de ovos:
T. saginata: 100 000/proglotídeo;
T. solium: 50 000/proglotídeo;
Embriões viáveis –5 meses;
Cestode adulto: em 2 a 3 semanas
Distribuição geográfica:
Cosmopolita; contacto com hospedeiros intermediários, carne mal cozinhada.
Diagnóstico:
Examinação microscópica de ovos e proglotídeos nas fezes (apenas 3 meses após da
infeção)

Ciclo de vida de Taeniarhynchus (Taenia)saginatus / solium


Características clínicas:
T. saginata: dores abdominais fracas; passagem de proglotídeos
(ativa ou passiva) para o exterior; ocasionalmente pode ocorrer
apendicite…
T. solium: poucos sintomas; passagem de proglotídeos (ativa ou
passiva) para o exterior; risco de ocorrer cisticercose.
Cisticercose: Desenvolvimento de
cisticercos em qualquer órgão; infeção
atípica quando humanos são hospedeiro
intermediário.
Ovos e proglotídeos são ingeridos
acidentalmente; os embriões migram para
os vários órgãos e formam cisticercos
(demoram 2 meses a desenvolver-se,
atingem 50 a 130 mm).
Comum na América Latina (México), sul da
Califórnia, África, Índia, Indonésia, China

Ciclo de vida de Echinococcus granulosus (ténia do cão)


Distribuição:
Europa Central, Ásia, América do Norte (E. multilocularis);
América Central e do Sul (E. vogeli, E. oligarthrus);
Cosmopolita (mais frequente em zonas rurais) (E. granulosus)
Humanos infetados por hábitos de higiene
deficientes em associação com cães.
Hospedeiro intermédio: mamíferos (incluindo
humanos); herbívoros;
Quando os ovos são ingeridos, larvas libertam-se e
enquistam no fígado, pulmões, outros órgãos.
Quisto hidático
Cápsulas contendo escólices que se desenvolvem a
partir da camada interna;
Pode crescer durante anos; pode atingir o
tamanho de uma bola de basquete (remoção
cirúrgica);
O rompimento liberta no organismo centenas
de escólices.
Provoca febre, urticária, eosinofilia, reações
alérgicas.
Nomes científico e comum Vias de contaminação

Taeniarhynchus saginatus Bife “mal passado”; cestode mais


(ténia da vaca) comum nos humanos

Taenia solium(ténia porco) Carne “mal passada”

Diphyllobothrium latum(ténia peixe) Peixe “mal cozinhado”

Dipylidiumcaninum(ténia do cão) Falta de higiene (através de pulgas e


piolhos)

Vampirolepisnana(ténia anã) Coleóptero da farinha

Echinococcusgranulosus(ténia do cão) Infeção por contacto com cães

Comparação entre as 3 classes


Turbelários Trematodes Cestodes
Parede do corpo Epiderme ciliada Tegumento Tegumento
Cefalização Sim: manchas Não: ventosas Não: escoléx
ocelares orais com ganchos e
ventosas
Sistema nervoso Cordões Reduzido Reduzido
nervosos e
cérebro
Sistema Ramificado Reduzido Ausente
digestivo
Orgãos Hermafroditas Bem Extremamente
reprodutores desenvolvidos bem
desenvolvidos
Larvas Ausentes Presentes presentes

Prática
Classe Turbellaria
Boca –Faringe –Intestino (3 troncos
ramificados: 1 anterior e 2 posteriores)
Classe Trematoda
Fasciola hepatica: +/- 3 cm

Classe Cestoda
Escólices

Proglotídeo da região mediana do


estróbilo mostrando os sistemas
reprodutores, masculino e feminino
bem desenvolvidos –Proglotídeo
maduro
Proglótideos da região mediana do estróbilo; são visiveis todas as
estruturas dos dois sistemas reprodutores
Proglótideos grávidos (região terminal do estróbilo)
É identificável, sobretudo, o útero cheio de ovos

Echinococcus spp. –ténias do cão e do gato


Cápsulas contendo escólices desenvolvem-
se da camada interna do quisto. O quisto
hidático pode crescer durante anos e atingir
o tamanho de um bola de basket (retira-se
por cirurgia).
O rompimento desta estrutura liberta no
organismo centenas de escólices.
Moluscos – Filo Mullusca
Contribuições biológicas dos moluscos
ou Novidades Biológicas
- Um dos maiores fila animal a seguir aos artrópodes, sendo os gastrópodes a
classe de moluscos mais abundantes e ubíquos.
- Animais celomados
- Troca de gases não só pela superfície do corpo mas também por orgãos respiratórios
(brânquias ou pulmão).
- Maior parte com sistema circulatório aberto com coração, vasos e seios
sanguíneos. Na maioria dos cefalópodes o sistema circulatório é fechado.
- A maior eficiência do sistema respiratório e sanguíneo nos cefalópodes permite
maior tamanho corporal.
- A rádula (orgão raspador) e o pé musculoso são exclusivos deste filo.

Caracteristicas gerais
- Simetria bilateral (na maioria) e corpo não segmentado.
- Monóicos ou dióicos; protostómios, clivagem espiral; larva primitivamente uma
trocófora, muitos com larva velígera; alguns com desenvolvimento directo.
- Região ventral do corpo com pé musculoso, geralmente para locomoção.
- Região dorsal com par de pregas - manto - que envolve a cavidade do manto.
- O manto dá origem às brânquias/pulmões e segrega a concha (por vezes ausente).
- Epitélio superficial geralmente com cílios e glândulas mucosas bem como
terminações nervosas sensoriais.
- Celoma em volta do coração e parcialmente noutros orgãos (gónadas e rins).
- Sistema digestivo completo, geralmente com rádula (orgão raspador) excepto
nas classes Bivalvia e Solenogastres, e o ânus abre na cavidade do manto.
- Sistema circulatório aberto (fechado nos cefalópodes); sangue com pigmentos
Respiratórios.
- Trocas gasosas nos pulmões, brânquias, manto e/ou superfície do corpo.
- Excreção assegurada por um ou dois metanefrídeos (“rins”).
- Sistema nervoso com pares de gânglios (cerebrais, pleurais, pedais e viscerais)
e cordões nervosos; gânglios centralizados nos gastrópodes e cefalópodes.
- Órgãos sensoriais de tacto, quimiorecepção, equilíbrio e visão; nos cefalópodes
olhos bem desenvolvidos.
- Reprodução: maioria dióicos e alguns monóicos. Desenvolvimento indirecto em
Polyplacophora (trocófora), Bivalvia e Gastropoda (trocófora e velígera) e
desenvolvimento directo nos Cephalopoda e raramente nalguns bivalves e
gastrópodes.

Classificação
- 8 classes mas só 4 serão estudadas nas aulas
práticas
Classe Polyplacophora 1
Classe Bivalvia
(Subclasse Protobranchia)
(Subclasse Lammelibranchia)2
(Subclasse Septibranchia)
Classe Gastropoda
Subclasse Prosobranchia 3
Subclasse Opistobranchia
Subclasse Pulmonata 4
Classe Cephalopoda
Subclasse Nautiloidea 5
Subclasse Ammonoidea
Subclasse Coleoidea 6
1. Classe Polyplacophora

Caracteristicas gerais:
- têm muitas placas
- Corpo achatado dorsoventralmente com cabeça
reduzida (com rádula).
- Concha com oito placas dorsais.
- Pé largo e achatado.
- Multiplas brânquias entre o pé e o bordo do
manto.
- Geralmente dióicos.
- Com larva trocófora mas sem velígera.

2. Classe Bivalvia
- Bivalva = 2 valvas
- Epifauna de substrato duro (mexilhão,
ostra).
- Endofauna de substrato duro (teredo spp).
- Epifauna de substrato móvel (vieira).
- Endofauna de substrato móvel (amêijoa,
lingueirão).

Caracteristicas gerais da classe


bivalvia
- Corpo comprimido lateralmente, cabeça não
diferenciada e sem rádula.
- Concha constituída por duas valvas.
- Cavidade do manto estendendo-se para os dois lados
do corpo.
- Pé comprimido lateralmente e em forma de lâmina, saindo na região ventral ou
anterior.
- Brânquias asseguram a função de respiração.
- Filtração (alimentam-se de partículas em suspensão na água, principalmente
fitoplâncton).

Concha bivalves:

- Os músculos aductores servem


para fechar as valvas mas os
retractores ligam o pé à concha e
servem para retrair o pé quando a
concha fecha, ou para mover o
animal se o pé estiver ancorado no
sedimento

Concha segregada pelo manto tem 3 camadas:


- Periostraco
- Concha prismática
- Concha nascarada

Reprodução:
- Emissão de gâmetas na coluna de
água (entre fevereiro e maio)
- Fertilização externa.
- Ovo (1)
- Larva trocófora (2)
- Larva veigera (3)
- assentamento da larva
- Formação da concha…
3. Classe Gastropoda

Caracteristicas gerais
- Estômago + pé
- Corpo sofreu torsão e tornou-se espiral. (podem
ocorrer vários graus de destorção em opistobrânquios e
Pulmonados).
- Concha univalve quando presente.
- Cabeça bem desenvolvida e rádula.
- Pé grande e achatado.
- Corpo geralmente assimétrico.

Torção:
- A torsão ocorre durante a fase velígera; a
concha forma-se antes da torsão. Vantagens?
Talvez o osfradio para posição anterior ou espaço
na cavidade do manto para recolher a cabeça e o
pé.

Espiral:
- Antes a concha era planoespiral mas era pouco compacta; isso
resolveu-se com a forma cónico-espiral, mas como esta era pouco
equilibrada a orientação mudou com o ápice oblíquo ao eixo
longitudinal do pé. Isto aumentou a pressão sobre o lado direito da
cavidade do manto, provocando o desaparecimento da brânquia,
aurícula e rim direitos – assimetria bilateral. Fluxo de água da
esquerda para a direita para escoamento de prod. de excreção do
ânus e rins para o exterior.
Taxonomia:
- Subclasse Prosobranchia – maioria marinhos; cavidade paleal
anterior como resultado da torsão; água entra no lado esq. e sai
pelo direito, podendo haver um sifão; um par de tentáculos;
dióicos; geralmente com opérculo.
- Subclasse Opisthobranchia – nudibrânquios, aplysias, etc. Maioria
marinhos; destorsão parcial ou completa, logo ânus e brânquia (se
existir) no lado direito ou atrás; ger. dois pares de tentáculos (o 2º
é freq. modificado – rinóforos – para aumentar quimiorecepção);
concha reduzida ou ausente; monóicos.
- Subclasse Pulmonata – maioria terrestres e água doce; mostram
alguma destorsão; manto transformado em pulmão; o ânus e
neferídeoporo abrem perto do pneumóstoma; terrestres com dois
pares de tentáculos (olhos no posterior); monóicos.

Subclasse Prosobranchia
- Tem opérculo.
Subclasse Pulmonado
- A parede do manto vascularizada torna-se
pulmão que enche de ar por contração da chão
do manto.
- No verão pode segregar um epifragma para
enitar dessecação.

Reprodução Helix pomatia a


cópula é precedida pela troca
de dardos entre os dois
caracóis; depois cada um
insere o pénis na vagina do
outro para transferência
recíproca de esperma.

Rádula
4. Classe Cephalopoda

Caracteristicas gerais
- Cabeça + pé.
- Concha reduzida ou ausente.
- Cabeça bem desenvolvida com olhos e rádula.
- Pé modificado em sifão e braços e tentáculos à
volta da boca.
- Gânglios nervosos desenvolvidos e
centralizados (cérebro).
- Dióicos com desenvolvimento directo (Um
braço do macho – hectocotilus – coloca um
espermatóforo da sua cavidade do manto para a
da fêmea perto da abertura do oviducto).

Taxonomia:
- Subclasse Nautiloidea – 2 pares de brânquias; muito abundantes no Paleozoico e
Mesozoico mas só sobreviveu 1 género: Nautilus com 6 espécies.
- Subclasse Ammonoidea – todos extintos.
- Subclasse Coleoidea – 1 par de brânquias; todos os cefalópodes vivos menos o
Nautilus
- Ordem Sepioidea – Ex. chocos; corpo largo, redondo ou comprimido com
barbatanas; 8 braços e 2 tentáculos com ventosas mas os tentáculos só têm ventosas
na ponta.
- Ordem Teuthoidea – Ex. lulas; corpo mais cilíndrico e tb 8 braços e 2
tentáculos.
- Ordem Octopoda – Ex. polvo; 8 braços e nenhum tentáculo, corpo em forma
de saco e sem barbatanas; ventosas sem bordo duro.*
- Nautilus sp. a capturar um peixe (A) e corte longitudinal (B) mostrando câmaras da
concha divididas por septos.
- 60-90 ou mais tentáculos sem ventosas mas com secreções adesivas. 50-500 m perto
do fundo em ilhas do SW Pacífico.
- O sifúnculo é uma banda de tecido do manto que atravessa todas as câmaras;
quando o Nautilus segrega um novo septo a nova câmara está cheia de líquido com
composição Iónica semelhante ao sangue; a remoção deste líquido é feita por osmose
porque o epitélio sifuncular pode regular a concentração de sais nos seus espaços
intercelulares e produz gás que enche a câmara.
- O controlo do enchimento do septo com líquido vs gás assegura flutuabilidade.
Subclasse Ammonoidea - todos extintos
Anelídeos – Poliquetas
- Segmentação ou Metamerismo: Repetição de unidades semelhantes (segmentos ou
metâmeros) ao longo do eixo longitudinal do corpo.
- Ocorre em Anelídeos, Artrópodes e Cordados.
- Segmentação divide o corpo numa série de compartimentos cada um dos quais
podendo ser regulado independentemente.
- Enorme valor adaptativo para espécies que se enterram no sedimento.
- Anelídeos: o corpo é dividido ligeiramente numa cabeça, toráx e abdómen (ou
cabeça e tronco).

1. Classe Polychaeta
- Marinhos
- Com sedas localizadas em parápodes (muitas e de formas diversificadas).
- Metamerização bem desenvolvida (sobretudo em certos grupos adaptativos)
- Prostómio com forma variável mas usualmente com estruturas sensoriais e
relacionadas com a alimentação.
- Sexos separados.
- Gâmetas produzidos no peritoneu e lançados na cavidade celómica.
Parápode unirramoso e parápode birramoso

Brânquias
Sedas
- Gancho, acicular, pectinada, capilar limbada, composta.

Sistema digestivo
- Boca, faringe, esofago, gladulas digestivas, intestino, recto, anús.

Sistema Circulatório
Sistema Nervoso e órgãos dos sentidos
Condução do impulso nervoso:
- Neurónios gigantes: 20m/s
- Neurónios normais: 0,5m/s

I. Poliquetas Pelágicos
- Olhos bem desenvolvidos
- Probóscide desenvolvida
- Parápodes bem desenvolvidos com ramos alargados e sedas
espatuladas, que o animal utiliza como remos
- Usualmente são transparente ou de cor esbranquiçada

II. Poliquetas Errantes


- Estruturas sensoriais bem desenvolvidas
- Parápodes bem desenvolvidos
- Proboscíde com mandibulas e
dentículos
III. Poliquetas contrutores de buracos (verticais)

- Estratégia alimentar: detritívoro selectivo


- Parápodes pouco desenvolvidos
- Prostómio sem estruturas sensoriais
evidentes mas com tentáculos para recolher
alimento

IV. Poliquetas Construtores de Buracos (em U)

- Estratégia alimentar: detrítivoro não seletivo


- Parápodes pouco desenvolvidos
- Probóscide sem mandíbulas e dentículos mas
musculosa e com papilas – funciona na sucção do
sedimento; Prostómio arredondado sem estruturas
sensoriais evidentes

V. Poliquetas Construtores de Galerias

- Estratégia alimentar: carnívoro


- Probóscide bem desenvolvida, longa e com dentes
- Prostómio cónico e com antenas curtas; parápodes com algum
desenvolvimento
VI. Poliquetas Construtores de Tubos

- Estratégia alimentar: detritívoro seletivo

- Estratégia alimentar: detritívoro


seletivo ou suspensívoro

- Estratégia alimentar: carnívoro; detritívoro


- Estratégia alimentar: Suspensívoro (radíolos)

- Estratégia alimentar: Filtrador

VII. Poliquetas Parasitas


Reprodução:

Desenvolvimento:

2. Classe Clitellata
Subclasse Oligochaeta
- Marinhos, mas sobretudo de água doce e terrestres
- Sem parápodes; sedas em menor número e menos diversificadas do que nos
poliquetas
- Metamerização bem desenvolvida
- Prostómio simples sem estruturas sensoriais ou alimentares evidentes
- Hermafroditas; Gónadas presentes em poucos segmentos; maturação de gâmetas em
estruturas próprias (vesículas seminais e ovissacos);
- Presença de clitelo que segrega um casulo durante o período de reprodução.
- Cerca de 3100 espécies
Habitat: Água doce (muitas), solo e cerca de 200 espécies no ambiente marinho
Dimensões: semelhantes aos poliquetas alguns podem no entanto atingir 3 m
comprimento
Tubifex

- Prostómio cónico, arredondado sem apêndices sensoriais ou alimentares


- Segmentação bem evidente
- Parápodes ausentes
- Poucas sedas

Clitelo: segmentos espessados envolvidos por glândulas que segregam muco


durante a copulação, albumina e o casulo; envolve completamente ou parcialmente os
segmentos.
Oligoquetas terrestres
- Fazem os seus buracos forçando a extremidade anterior e engolindo solo. Os buracos
podem ser complexos com 2 aberturas e várias ramificações.
A ação destes organismos é benéfica para o solo:
- Existem usualmente em solos ricos em matéria orgânica, que levam para camadas
mais profundas na sua atividade escavadora; Drenam e arejam os solos
- Na maior parte dos oligoquetas do solo cada compartimento celómico está ligado
com o exterior por um poro mediano dorsal (região de separação dos segmentos);
estes poros exsudam para o exterior fluído celómico que ajuda na manutenção do
tegumento húmido
- Quando perturbados os oligoquetas podem lançar este fluído a alguns cms.

Nutrição e Tubo Digestivo


- São necrófagos, detritívoros não seletivos
- Tubo digestivo simples e direito: boca abre numa pequena cavidade bucal; faringe
musculosa (em algumas espécies protraível); glândulas salivares segregam muco e
enzimas. Esófago (papo e moelas ‐ 2 a 10)
- Intestino: porção anterior – secreção e digestão; porção posterior – absorção
- Espécies terrestres: epitélio intestinal segrega celulase e quitinase.
Glândulas calcíferas: segregam carbonato de cálcio (CaCo3): função não totalmente
conhecida mas independente do processo digestivo. Eventualmente excreção indirecta
do CO2; eliminação do excesso de cálcio da alimentação

Tiflosole: dobra do intestino (aumenta área de absorção)


Sedas:
- Sedas simples, bífidas, pectinadas; sedas longas sãovcaracterísticas de espécies
aquáticas

- Transporte interno: semelhante ao dos anelídeos ‐ Ramo dorsal


(contráctil), ramo ventral, ramos laterais (alguns também
contrácteis – corações – nº variável; 5 em Lumbricus).
- Trocas gasosas: Difusão através do corpo. Muitos oligoquetas
toleram baixos teores de O2 e por pequenos períodos mesmo a
anoxia.
- Pigmento respiratório: Hemoglobina (transporta 15 a 20% do
oxigénio utilizado em condições normais).
- Excreção e balanço de água: sistema de metanefrídeos abrem
para o exterior; Alguns abrem em várias partes do tubo digestivo. Estes são
característicos de espécies terrestres e permitem um
maior reaproveitamento da água metabólica
- Oligoquetas terrestres: excretam ureia, mas a
amónia continua a ser importante produto de
excreção (aquáticos).
- Algumas espécies podem enquistar durante
condições desfavoráveis; Outras espécies migram para
profundidades consideráveis durante o Verão (até 3
m); algumas suportam percas de 70% do seu conteúdo
em água.
- Cordão nervoso ventral com gânglios segmentares
- “cérebro” deslocou‐se anteriormente
relativamente ao dos poliquetas.
- Órgãos dos Sentidos: Ocelos em algumas espécies aquáticas, mas
não é comum mas tegumento está bem fornecido de
fotorreceptores. Células quimiorreceptoras.
- Conjuntos de células sensoriais formando tubérculos que se
estendem acima da cutícula (quimiorreceptores?) – formam anéis
em volta de cada segmento; numerosos na região anterior
(700/mm2 – prostómio Lumbricus).

Reprodução:
Assexuada em muitas espécies de oligoquetas aquáticos – fissão em 2 ou mais partes.
Sexuada: São todos hermafroditas.
Possuem gónadas distintas; estruturas reprodutoras limitadas a poucos segmentos.

- Maturação dos gâmetas em estruturas especializadas: ovissacos (femininos) e


vesículas seminais (masculinos).
- Clitelo: estrutura reprodutora característica de oligoquetas e Hirudíneos; alguns
segmentos adjacentes que possuem a epiderme espessada por glândulas unicelulares
formando um anel que cobre total ou parcialmente os segmentos (2 em oligoquetas
aquáticos; 6 ou 7 em Lumbricus; + de 60 em Glossoscolecidae).
- O desenvolvimento do clitelo varia ao longo do tempo é superior durante a
maturação sexual; em algumas espécies só se forma nesta altura
- Segrega muco; parede do casulo; albumina.
- Oligoquetas terrestres atingem a maturação
sexual em 6meses a 1 ano e Lumbricus precisa
pelo menos de 200 dias.
- Copulação: troca mútua de esperma que fica
armazenado nos recetáculos Seminais.
- Alguns dias após a copulação o casulo é
segregado; óvulos são descarregados pelos
gonóporos feminino
- Recebe esperma dos recetáculos seminais
- Desenvolvimento direto
- Após 8 dias a vários meses o jovem emerge do
casulo.

Subclasse Oligochaeta

Marinhos, água doce e terrestres


Sem parápodes
Sem sedas
Corpo achatado dorsoventralmente (com a região anterior e a posterior
transformadas em ventosas)
Hermafroditas
Desenvolvimento directo com formação de casulo
Possuem clitelo
Cerca de 500 espécies conhecidas
Habitat: marinhas, de água doce e terrestres
Cerca de 2/3 das espécies são ectoparasitas
Cerca de 1/3 são predadoras de invertebrados

São os mais especializados dos anelídeos


Devem ter evoluído de um grupo de oligoquetas; várias características comuns
São basicamente um grupo de água doce com invasores terrestres e com uma segunda
invasão do ambiente marinho.
Corpo achatado dorsoventralmente
Ventosa anterior: circunda a boca
Ventosa posterior: forma de disco, maior, ventral
Nº de segmentos fixos: 32 ou 34
Ânulos

- Hirudíneos nadam, arrastam‐se sobre o fundo mas não se enterram;


- Quando se deslocam apenas as ventosas tocam o sedimento.
- Cutícula fina; Epiderme; Musculatura bem desenvolvida
- Expansão do tecido conectivo -> redução do celoma e septos
internos (só uma espécies possui nos 5 segmentos anteriores 3
septos celómicos e estes segmentos possuem sedas; esta
espécie não tem ventosa anterior)

- Transporte interno: Celoma funciona como sistema de


transporte complementar ou único
- Brânquias só nos Piscicolidae É a superfície do corpo que
assegura as trocas gasosas na maioria das espécies
- Pigmento respiratório: hemoglobina, mas só existe num grupo
de Hirudíneos.
- Nutrição: Probóscide protraível ou não. Faringe musculosa
com mandíbulas.
- Grandes glândulas salivares abrem na faringe; segregam
um anticoagulante ‐ Hirudina
- Esófago abre diretamente no estômago ou dilata‐se
primeiro num papo
- Estômago usualmente possui cecos Laterais.
- Intestino simples ou com divertículos Laterais.
- ânus dorsal em frente da ventosa posterior

- Espécies predadoras: presas – vermes, gastrópodes,


larvas de insecto ... sempre invertebrados
- Espécies sugadoras de sangue – hospedeiros podem ser
vertebrados ou invertebrados, usualmente restringem‐se a uma classe de Vertebrados
- Alimentação infrequente -> Bom aproveitamento quando há um hospedeiro
Uma sanguessuga pode ficar com 10x o seu próprio peso após uma boa refeição
- A incisão, feita pelas mandíbulas ou probóscide é anestesiada por uma substância de
natureza desconhecida
- Glândulas salivares segregam um anticoagulante (hirudina)
- Faringe musculosa bombeia o sangue para o interior do tubo digestivo
- Após a ingestão a água é retirada do sangue e excretada pelos nefrídeos
- Digestão lenta (Hirudo requer 200 dias) – não são segregadas endopeptidases,
amilases ou lipases só exopeptidases
- Parte da digestão é assegurada por uma flora bacteriana
que também pode produzir
vitaminas e outros compostos úteis à sanguessuga
- Uma sanguessuga pode ficar sem comer 1 a 1,5 anos

Sistema nervoso e órgãos dos sentidos


- Sistema nervoso idêntico ao dos oligoquetas olhos e
papilas sensitivas
- São sensíveis a baixos níveis de muitos estímulos: ex.
temperatura, substâncias químicas emanadas do seus
potenciais hospedeiros; diferenças de pressão e sombras.
Reprodução
Não se reproduzem assexuadamente
Não têm poder de regeneração
São hermafroditas como os oligoquetas
Copulação com impregnação hipodérmica
Formam clitelo (na altura da reprodução)
Formam casulo, desenvolvimento directo
Algumas espécies protegem os jovens
Artrópodes
Phylum Arthropoda
- Conjunto vasto de animais: cerca de 1 milhão de espécies descritas
- Ocupam todos os tipos de habitats, foram os primeiros colonizadores do ambiente
terrestre e os insetos foram os primeiros a voar.
- Dimensões: desde menos de 1mm (ácaros) aos grandes caranguejos do Japão
(Macrocheira kaempferi) com uma amplitude de pata (pinça a pinça) de mais de 5m. O
corpo pode crescer até 40 cm e o animal pode pesar até 19Kg. Mais pesado só a
lagosta Americana (Homarus americanus) que pode atingir 20Kg (corpo de 40cm)

Artrópodes são claramente relacionados com os Anelídeos

Semelhanças:
São segmentados (característica evidente durante o desenvolvimento embrionário);
tendência para a redução da segmentação nos Artrópodes
Sistema nervoso construído segundo o mesmo plano básico
Desenvolvimento embrionário semelhante
Na condição primitiva um artrópode possui segmentação evidente e em cada
segmento um par de apêndices semelhantes

Diferenças:
Ausência de cílios
Ausência geral de septos intersegmentares
Presença de um sistema circulatório aberto
Concentração de órgãos excretores e gónadas
Presença de um exoesqueleto quitinoso
Apêndices articulados
Olhos compostos (em algumas espécies)

- O conjunto de soluções desenvolvidas pelos artrópodes durante o seu processo


evolutivo denomina‐se artropodização
- Se se quer compreender a essência de um artrópode temos de entender o impacto
de uma das características estruturais deste grupo: o seu exoesqueleto rígido,
quitinoso (cutícula)
- É segregado por várias glândulas unicelulares da epiderme
subjacente e constituído por:
- Epicutícula: camada externa de proteção; com ceras nos
insetos e aracnídeos
- Ceras: constituem uma barreira efetiva à perda de água e,
conjuntamente com as lipoproteínas, à invasão bacteriana
- Procutícula: pode ser dura mas flexível (larvas de insetos,
partes do esqueleto das aranhas, articulações) ou dura e
inflexível.
- Nos crustáceos possui carbonato de cálcio
Cor dos Artrópodes:

- Deposição de pigmentos na cutícula


(castanho, amarelo, laranja e vermelho) –
cor quimica
- Finas estriações da epicutícula ‐ causam
fenómenos óticos diversos (verdes, rosas,
cores iridiscentes)

Cor estrutural e química


Ex: Coleópteros
Estriações na epicuticula orientadas em
direções diferentes e pigmentos acentuam a iridiscência
Em algumas espécies a epicuticula atua como uma superficie de refleção/difração da
luz, mas noutras
espécies o mecanismo não é bem conhecido
Muitas das cores estruturais dos insetos são dentro do verde‐azul‐violeta mas o
vermelho, amarelo (ouro)
e castanho avermelhado (cobre) e também podem surgir da mesma forma.
O sombreado e a intensidade pode ter origem na espessura e afastamento das estrias
da epicuticula, ou das escamas, e o seu número e orientação de receção da luz
incidente.
Muitos coleopteros tropicais são iridiscentes e a sua cor permite‐lhe ficar muito bem
camuflados entre a folhagem
A atração de par é assegurada por odores ao
contrário de outras espécies que se fazem notar pela
sua aparência colorida

Musculatura

- Os músculos dos Artrópodes organizam‐se como


feixes associados com os segmentos
individuais do corpo e articulações dos apêndices
- A musculatura circular foi completamente perdida.
- O problema básico da locomoção foi solucionado:
- pela divisão da cutícula de cada segmento em placas: 1
dorsal; 2 laterais; 1 ventral
- pelo desenvolvimento de articulações, áreas finas
intersegmentares, de musculatura regionalizada a partes do
corpo e apêndices características dos próprios apêndices.

O esqueleto dos apêndices tal como o do corpo foi dividido em


artículos semelhantes ligados entre si por membranas
articulares o que lhes permite moverem‐se.
As articulações intersegmentares, possuem procutícula muito fina.
Crescimento: Mudas
- Crescimento deixou de ser um processo simples,
de aumento gradual do corpo, já que os Artrópodes
estão enclausurados num esqueleto rígido
- O processo de muda evoluiu
- Os acontecimentos que ocorrem durante o ciclo
de muda são controlados por um complexo sistema
hormonal
- As mudas podem ocorrer durante toda a vida dos
Artrópodes ou até o animal atingir um certo
tamanho.

Artrópodes desenvolveram uma panóplia de estruturas locomotoras para


permitir o movimento na água, em terra e no ar

Apêndices Birramosos

- Ramos achatados; função natação

Apêndices Unirramosos
Sistema Digestivo

A grande diversidade dos Artrópodes é reflectida


na presença de praticamente todas
as estratégias alimentares.

Região anterior: Ingestão, transporte, Fragmentação, Armazenamento


Região mediana: Produção enzimática, Digestão química, Absorção, Pode possuir 1 ou
mais Divertículos
Região posterior: Absorção de água, Formação de fezes

- O tubo digestivo é completo e direito e apresenta nos diferentes grupos várias


variações.
- Artrópodes terrestres desenvolveram várias estruturas associadas ao tubo digestivo,
como por ex. os túbulos de malpighi que se desenvolvem na região posterior ou
mediana.

Transporte Interno

- A perca da capacidade para as contrações peristálticas, como resultado da rigidez


do corpo e a ausência de músculos circulares, tornou o celoma praticamente inútil
como um esqueleto hidrostático
- O desaparecimento do celoma nos Artrópodes está associado com a formação
de um sistema circulatório aberto e a utilização da cavidade corporal como um
hemoceloma no qual os órgãos internos estão banhados
directamente nos fluídos
corporais
- Grande tamanho do corpo implica algum tipo
de bombagem para movimentar o fluído
circulatório; o vaso dorsal dos anelídeos é
necessário mas a ausência de músculos da
parede do corpo para auxiliar a bombagem
impede a sua funcionalidade e os Artrópodes
desenvolvem uma estrutura muscular com essa
função – um coração
Trocas Gasosas
Um dos maiores problemas evolutivos que
surge com a aquisição de um
exoesqueleto relativamente impermeável
está relacionado com as trocas
gasosas, sobretudo nos artrópodes
terrestres
A resolução deste problema tomou uma forma nos
artrópodes terrestres e
outra nos aquáticos
O caranguejo ferradura tem brânquias foliáceas
Alguns crustáceos têm brânquias expostas; outros
protegem‐nas numa câmara branquial
Crustáceos de pequenas dimensões asseguram as trocas
gasosas por via cutânea (a
cutícula é fina e flexível)
- Pulmões foliáceos representam uma
invaginação da parede abdominal.
- São considerados mais primitivos e como
tendo evoluído das brânquias foliáceas.
- Abrem para o exterior por pequenos orifícos: os
espiráculos
- Insectos possuem internamente tubos ramificados denominadas
traqueias que abrem
externamente por espiráculos cuja abertura pode ser controlada
por uma válvula.
- Sistemas de traqueias abrem diretamente no hemoceloma
ou em tecidos específicos permitindo trocas gasosas
directas entre o ar e o sangue ou os órgãos internos
- Alguns aracnídeos também possuem traqueias

Excreção
O sistema excretor tem um papel fundamental na excreção de resíduos nitrogenados e
osmorregulação
Artrópodes desenvolveram uma enorme variedade de estruturas excretoras eficientes
que partilham o facto de terem as porções internas fechadas
O seu número é bastante mais reduzido do que as dos Anelídeos; tomam o nome do
segmento ou estrutura onde abre o nefridiópodo.
- Túbulos de malpighi desempenham a mesma função das estruturas anteriores mas
auxiliados pelo tubo digestivo; a
capacidade deste de reabsorver água é
fundamental para os Artrópodes
terrestres.
Sistema Nervoso
O plano geral do sistema nervoso dos Artrópodes é muito semelhante ao dos
Anelídeos
O cérebro dos Artrópodes é constituído por 2 ou 3 regiões
Os gânglios do cordão nervoso ventral mostram vários graus de fusão nos diferentes
grupos de Artrópodes
Tal como a tagmose se reflete na junção de segmentos também é aparente na união
de grupos de gânglios ao longo do cordão nervoso

Órgãos sensoriais

- A presença de um exoesqueleto teve um impacto enorme ao nível dos recetores


sensoriais
- A maioria dos mecano e quimiorrecetores externos são estruturas cuticulares, sedas,
pelos,
poros, fendas ...
- Sedas: com variadas formas e estruturas para transmitir impulsos sensoriais ao
sistema nervoso
- Artrópodes possuem 3 tipos básicos de
fotorrecetores: ocelos simples, ocelos com
complexas lentes e olhos compostos
- Olhos compostos são constituídos de poucas a muitas
unidades fotorrecetoras –
omatídeos; cada omatídeo tem os seus circuitos
nervosos próprios e cada um tem o seu próprio campo
de visão
- Objetos muito próximos não são
discriminados por um olho composto, pelo
que este tipo de fotorrecetor não serve
para pequenos artrópodes cujos campos
visuais não vão a mais de 10 cm à sua volta

Reprodução e Desenvolvimento
Praticamente todos os Artrópodes têm sexos separados e tem “danças” nupciais
Fertilização é usualmente interna e seguida de incubação dos ovos ou outro tipo
de cuidados parentais
Desenvolvimento: direto com estágios larvares característicos ou indireto

Phylum: Arthropoda
Subphyla:
Trilobita (extinto)
Chelicerata
Corpo dividido em Cefalotórax e Abdómen
Não possuem antenas
Apêndices:
1 par de quelíceras – estruturas relacionadas com a alimentação
1 par de pedipalpos – modificados para várias funções em diferentes classes
4 pares de patas locomotoras
Crustacea
Apêndices:
2 pares de antenas
1 par de Mandíbulas
2 pares de Maxilas:
Uniramia
Apêndices:
1 par de antenas
1 par de mandíbulas
1 ou 2 pares de maxilas
3 a muitos pares de apêndices locomotores ; apêndices unirramosos

Filo: Arthropoda
Subfilo: Chelicerata
Caranguejo‐ferradura – Marinho
Escorpiões, Aranhas, Pseudoescorpiões,
Opiliões ‐Terrestres
Aranhas
Classe Arachnida

- Olhos: usualmente 8 dispostos em duas fiadas


de 4 cada ao longo da margem anterior da
carapaça, mas podem surgir outras disposições.

Seda
A seda desempenha um papel importante na vida das aranhas e tem vários usos
mesmo naquelas famílias que não usam seda para capturar presas
A sua utilização mais primitiva deveria estar ligada com a reprodução
Seda pode ser utilizada para:
Construir teias (captura de presas ou deposição de espermatóforos)
Envolver presas
Para comunicação, através da diferente composição química (dragline)
Dispersão de larvas
Construção de refúgios (para passar o Inverno, por exemplo) ‐ estes
“ninhos” podem evitar as inundações de Inverno, retendo
no interior
uma bolha de ar
Nos ritos nupciais – para prender o corpo e apêndices da
fêmea
Construção de casulos para guardar os ovos em
desenvolvimento
Seda: proteína constituída largamente por glicina, alanina,
serina, tirosina; Tem composição semelhante à produzida pelo bicho da seda
É emitida como um liquído; o endurecimento não resulta do contacto com o ar mas do
estiramento que sofre que altera a estrutura molecular
A seda das aranhas é tão forte como o nylon mais
elástico
As aranhas produzem vários tipos de fios de seda
segregados por 2 a 6 tipos de glândulas
As teias têm fios adesivos e não adesivos

Execução de uma teia


Teia com 1500 junções, leva de 10‐30 m de seda
demora cerca de 20 minutos
As aranhas são predadoras e muitas constroem teias para capturar as suas presas
primordiais:
Insetos
As teias têm formas diversas e as estratégias de captura são também diferentes
São colocadas a alturas diversificadas de acordo com o habitat das presas: copas das
árvores, chão, meia altura, ...
A estrutura branca (stabilimentum) parece destinar-se a tornar a teia visível para as
aves para não ser destruída
Vários tipos de teias
Insetos
Em número de indivíduos e espécies e tipo de habitat os insetos são
de enorme sucesso
Cerca de 1 milhão de espécies estão descritas e estima‐se que muitas mais estão
por descobrir
Este grande sucesso pode ser devido a vários factores:
Evoluíram primeiro do que muitos animais terrestres
Os insetos evoluíram durante o Devónico (há cerca de 380Ma) quando existiam
poucos animais terrestres. Tiveram cerca de 40 Ma para ocupar habitats vazios
antes dos répteis evoluírem e cerca de 200Ma antes das aves e dos mamíferos
Possuem várias adaptações importantes à vida em ambiente terrestre
Pequena dimensão
Asas
Cutícula com compostos cerosos
Resistência à desidratação e a baixas temperaturas
Órgãos eficientes na recuperação de água metabólica e balanço iónico
Capacidade de trocas gasosas com o ar
Capacidade de se ajustar a modificações extremas de temperatura
Recetores sensoriais: quimio e mecanorrecetores
Fertilização interna
Ciclos de vida curtos
Ovo capaz de se desenvolver no ambiente terrestre
Desenvolvimento por metamorfoses
Colónias sociais

Classe Inseta
Apesar da enorme diversidade a anatomia geral de um inseto é bastante uniforme
Antenas
As antenas são os principais locais de receção de estímulos químicos
A sua forma e dimensão é muito variável em diferentes espécies

Cabeça

Armadura bucal trituradora

Armaduras bucais

Trituradora – Libadora - sugadora

Libadora - borboleta
bucal picadora

Insetos sem asas (Apterygota): são


os mais primitivos

Insetos com asas (Pterygota)

Asas
* Posição em repouso
* Nervuras
Asas dobradas
perpendicularmente
ao abdómen
Asas esticadas
Asas dobradas sobre o
abdómen
Possivelmente como
resultado do aparecimento
de 2 placas, os escleritos, na
base da asa e também por
modificações da própria asa
Asas: são evaginações do tegumento com finas membranas cuticulares
formando as suas superfícies
Têm nervuras, com padrões variáveis (de interesse taxonómico), onde
circula hemolinfa e passam nervos e traqueias

Tipo de Asas

Apesar dos insetos terem 2 pares de asas a maioria utiliza 1 par como superfícies
de voo
Dois pares de asas funcionais – insetos mais primitivos (ex.
libélulas)
Asas presas por ganchos quando em voo (borboletas, vespas, ...)
1º par transformado em placas protetoras – élitros (gafanhoto,
barata, ...)

2º par transformado – halteres (balanceiros) – batem com a mesma


frequência do outro par e tem um papel de controle da estabilidade do voo
Os insetos não têm um centro nervoso específico para controle do voo mas os
olhos, antenas, asas e músculos fornecem informação contínua para que esse
controle exista efetivamente

Borboleta Monarca (Danaus plexippus)


2 pares de asas unidos por
pequenos ganchos e que
funcinam como uma única
superficie de voo

Apêndices Torácicos

Andar, saltar, escavar, nadar

Capturar presas

Recolha e armazenamento de pólen - Limpeza das antenas


Abdómen

O abdómen 9‐11 segmentos + télson (completo só em alguns insetos primitivos


e embriões)
Os únicos apêndices abdominais no adulto são 1 par de cercos
sensoriais
Estruturas reprodutoras são consideradas por alguns autores como
apêndices.
Nas larvas existem apêndices abdominais com diferentes funções.

Alimentação
Estratégias alimentares diversificadas; em muitos variável ao longo do ciclo de vida
-> exploração de diferentes recursos
Armaduras bucais adaptadas à estratégia alimentar e sobretudo à forma de
recolha do Alimento.
Boca:
Região anterior do tubo digestivo:
faringe
esófago
papo (largo)
proventrículo (estreito)

Glândulas salivares associadas às peças bucais (abrem na cavidade bucal)


Funções:
saliva (humedece peças bucais, dissolve alimentos)
enzimas digestivas,
seda (construção do envólucro das pupas ex. abelhas, vespas,
traças)
materias mucosos
uma pectinase (hidrolisa a pectina de paredes celulares)
venenos
anticoagulantes
um antigene (provoca a comichão da picada do
insecto em humanos)
Região mediana do tubo digestivo ‐ estômago ou ventrículo: local de produção de
enzimas e de absorção

Muitos insetos possuem divertículos (cecos)


gástricos – local final de digestão e conjuntamente
com a porção posterior da região mediana do tubo
digestivo, principais locais de absorção
Região posterior – rejeição de detritos e
balanço iónico e de água.

Excreção e Balanço de água

Túbulos de Malpighi são os principais órgãos de excreção em insetos e


atuam em conjunção com células especializadas do reto
São em número variável mas podem ser centenas

Trocas gasosas: Sistema de traqueias


As trocas gasosas fazem‐se diretamente com os tecidos
Espiráculos localizam-se próximo da coxa do 3º
(em alguns também do 2º) par de patas e na
região lateral dos 7-8 segmentos abdominais
Em muitas espécies os
espiráculos abrem num
átrio a partir do qual
surgem as traqueias
Usualmente possuem sistemas de fecho e, nos insetos terrestres, estruturas de filtragem
que evitam a passagem de poeiras, microorganismos e reduzem as percas de água

O sistema de
traqueias varia mas
1 par de troncos
longitudinais com
outros transversais
faz parte do plano
de base de todos os
insetos

Sistema Nervoso e Órgãos dos Sentidos


Sistema nervoso igual ao dos outros artrópodes
Estruturas sensoriais muito diversificadas e espalhadas por todo o corpo
Recetores visuais: olhos compostos – nº de omatídeos maior nos insetos voadores;
facetas mais largas nas espécies nocturnas
ocelos ‐ se existem são usualmente 3 – detetam modificações na intensidade
luminosa; muito sensíveis a baixas intensidades ‐ orientação e parecem ter um efeito
estimulador na receção de outros estímulos
Recetores de estímulos mecânicos: pelos quitinosos ocos e móveis (em todo o
tegumento, sobretudo nas antenas, palpos das maxilas e a rodear as aberturas
genitais)
Receptores olfativos: cones olfativos, placas e poros (muito numerosos nas antenas,
região bucal e ponta das patas anteriores)
Feromonas são substâncias químicas que desencadeiam comportamentos sociais. São
muito importantes para os insetos

Recetores auditivos: órgãos timpânicos (localização variada)


Produção de som é comum nos Orthoptera e Hemiptera e em alguns Lepidoptera
Diptera e Hymenoptera)

Recetores auditivos: órgãos timpânicos - gafanhoto (2º segmento abdominal)


Termo-sensores

Algumas espécies colocam os ovos em madeira recentemente queimada e os adultos tem


sensores de temperatura que lhes permitem detetar os fogos.

Reprodução
Sexos separados
Reprodução sexuada comum
Complexos ritos nupciais em que intervêm estímulos vários:
Atração por odores ‐ feromonas usualmente produzidas pelas fêmeas são os mais
comuns
Sinais acústicos (padrão e frequência típica da espécie – atrair fêmeas, afastar
machos rivais, demarcar território)
Sinais visuais – Insetos usam a visão para localizar e orientar‐se em direção ao
parceiro; exceção são os pirilampos (Lampiridae) que usam a emissão/receção de
luz na corte nupcial ‐ macho corteja em voo e fêmeas maduras respondem do solo –
o nº de flashes e o tempo de duração são característicos da espécie (luciferina na
presença de ATP e luciferase)
Prendas ‐ alguns insetos oferecem presas à fêmea – quanto maior a presa maior o
tempo de copulação e de transmissão de esperma. Após a copulação macho e
fêmea lutam pelo que resta.

Sistemas Reprodutores
Aparelho copulador:
a forma é muito variável
em diferentes espécies

Reprodução assexuada é pouco frequente; Partenogénese é bastante frequente


A deposição dos ovos faz-se em vários
locais e depende largamente do habitat e
estilo de vida do adulto
Libélulas, por ex. depositam os ovos no
meio aquático; a fêmea de Tectocoris
diophthalmus liga os ovos à volta de uma
planta e fica de guarda

Material adesivo para ligar os ovos ao


substrato e uns aos outros é
produzido pelas glândulas acessórias
do sistema reprodutor da fêmea
Contribui para evitar a dissecação.
Estas posturas surgem na vegetação
próxima de rios ou lagos e ao nascer
as larvas caiem na água

Alguns Himénopteros e Dípteros depositam os ovos em plantas.


Os tecidos em volta dos ovos crescem anormalmente e originam uma
formação que se designa por galha. Esta tem uma forma que varia consoante
o inseto
Parece ser induzida por uma substância produzida pela fêmea quando esta
deposita os ovos

Alguns insetos depositam os ovos em animais ou colocam‐nos junto com animais


paralisados ‐ asseguram alimento às larvas quando nascem – o hospedeiro é sempre
morto e estes parasitas denominam‐se parasitóides

Na generalidade os ovos são deixados pelos progenitores, mas algumas espécies


fazem proteção aos ovos ou às larvas

Um pequeno número de insetos é vivíparo.


Os embriões desenvolvem‐se no interior da
fêmea que lhes fornece de alimento
(Chrysomelidae ‐ Brasil)

Afídeos reproduzem‐se
partenogenicamente o que lhes
permite aumentar rapidamente a
população
http://soundhorticulture.com/cms/wp‐content/uploads/Aphids‐Applied1.jpg
http://www.agrohuerto.com/wp‐content/uploads/2011/04/mariquita‐pulgon.jpg
Controlo biológico da população
pode ser feito com recurso a
insetos da familia Coccinellidae
Os Insetos mais primitivos têm desenvolvimento direto (subclasse Apterygota)
os juvenis são semelhantes aos adultos exceto em tamanho e maturidade sexual
Ovo juvenil adulto
A maioria dos insetos tem desenvolvimento hemimetábolo ou holometábolo

Desenvolvimento Hemimetábolo
(Metaforfoses incompletas)

Desenvolvimento Holometábolo
(Metamorfoses completas)

Vantagens do desenvolvimento Holometábolo


Exploração de diferentes tipos de recursos alimentares durante o ciclo de vida;
economia de energia já que cada estágio possuiu as estruturas estritamente
necessárias e a crisálida pode permitir ao inseto superar períodos desfavoráveis
em termos ambientais
Larvas: sistema digestivo bem desenvolvido incluindo armaduras
bucais e corpo extensível; sistemas de defesa
Crisálida:camuflagem e defesa
Adulto: sistema reprodutor bem desenvolvido, asas coloridas
para procurar e atrair parceiro e que facilitam a dispersão (migrações,
por ex); sistema digestivo pouco desenvolvido – alguns nem sequer se
alimentam nesta fase (utilizam reservas acumuladas), sistemas de
defesa
As monarcas têm a maior e mais longa migração de insetos na America do Norte e muitas
percorrem cerca de 8000 Km/ano. Mas o percurso total, de regiões a Norte do México e Sul
do Canadá é efectuado por quatro gerações migração
A descendência de Inverno inicia a vida no Norte do México e Sul dos EU, migrando para
norte no fim da Primavera e pondo os seus ovos ao longo do percurso. As 2ª e 3ª gerações
continuam viagem mas só as bobrboletas da 4ª geração atingem a zona central do México,
onde passam o Inverno.
Durante a migração poupam energia usando correntes de ar quente e aproveitando os
ventos para acelerar o voo
Monarcas são verdadeiros migradores e podem ser vistas em muitas partes do Mundo.
Alguns individuos cruzam o Atlântico e são encontrados em vários Paises, nomeadamente
da Peninsula Ibérica

Defesas Químicas
Ácido fórmico nas formigas, por exemplo

Família Carabidae (bombardier beetle)


O inseto quando
alarmado abre uma
válvula que permite à
mistura entrar num
compartimento
externo
Enzimas catalisam:
conversão de H2O2 H2O e O2
oxidação das hidroquinonas em
benzoquinonas (reação exotérmica)
O Oxigénio propulsiona a
benzoquinona ouvindo‐se um pop a
uma temperatura de 100ºC
Defesas Mecânicas
Ovipositor modificado presente em obreiras e rainhas (abelhas)
Uma obreira morre cerca de 2 dias após
ter usado o seu ferrão – pois todo o
aparelho de veneno e algumas partes
adjacentes são eliminados no processo.
Algumas espécies de vespas podem usar
o ferrão mais do que uma vez
Ferrão de uma obreira de Apis mellifera

Peças bucais de algumas espécies (soldados nas colónias de térmites e formigas)

Camuflagem: disfarce através da


cor, padrões, forma, cheiro, som, de
modo a confundir‐se com o
ambiente e tornar mais difícil a sua
deteção por predadores

Mimetismo: semelhança entre espécies de insetos e outras espécies que são usualmente perigosas
pouco saborosas, tóxicas, etc ganhando com tal proteção ao serem confundidos
Várias espécies, potenciais presas, desenvolvem sinais anti‐predador, como sendo
não saborosas, tóxicas ...

Ex: Coloração Aposemática (de aviso)


Riscas ou bandas pretas e brancas

Algumas larvas combinam cores vivas de


aviso com longos espinhos que podem
provocar feridas dolorosas

Espécies comestíveis que ganham proteção por se assemelharem com outras


que não são comestíveis para os predadores.
Projeções posteriores fazem parecer que o
inseto possui outra cabeça e está com as
mandíbulas afastadas assemelhando-o com
uma formiga (Heteronotus reticulatus)

Semelhança de uma espécie


de traça (Felderolia canescens)
com uma vespa; neste caso até
os movimentos do inseto são
semelhantes - Mimetismo

Polyspilota aeruginosa (Mantidae): ninfas


do primeiro instar
Assemelham-se a formigas. Por vezes este
mimetismo contínua no 2º instar e
desaparece posteriormente dado o
aumento de tamanho e aquisição de
carateres do adulto

Mimetismo
Quando perturbadas as larvas de algumas
espécies mostram grandes marcas de olhos
e abanam a cabeça de um lado para o
outro.
Este comportamento típico de cobras serve
possivelmente para afastar predadores.

Outras parecem-se com excrementos


de aves e fazem aparecer tentáculos se
mesmo assim despertam o interesse a
predadores.
Insetos Sociais

Organização social evoluiu em 2 ordens de insetos: Isoptera (inclui as térmites)


e Hymenoptera (inclui formigas abelhas e vespas)
Todos os insectos sociais exibem algum grau de polimorfismo – castas
macho
fêmea (ou rainha)
obreiras
soldados
A determinação das castas é um fenómeno de desenvolvimento regulado pela
presença ou ausência de certas substâncias, fornecidas como alimentos, nos estágios
imaturos por membros da colónia

Ordem: Isoptera
Mais de 2600 espécies;
África – cerca de 1000 espécies
América do Norte – cerca de 50 espécies
Europa ‐ cerca de 10
Regiões tropicais podem ter até 10.000 ind/m2
Térmites alimentam‐se de celulose e possuem microorganismos que as ajudam na digestão;
algumas espécies produzem celulases

Soldados: Têm grandes cabeças


e fortes mandibulas; não têm
asas e não são capazes de se
alimentar sozinhos – defesa da
colónia
Obreiras: É a casta mais
abundante; inclui indivíduos
estéreis de ambos os sexos e
podem ser juvenis ou adultos.
Não têm asas; constroem e
cuidam do ninho; tratam do par
reprodutor e dos soldados, dos
ovos e dos juvenis; procuram
alimento ou mantêm os jardins
de fungos

Rainha: põe os ovos (+ de 1000 por


dia); alimenta e cuida das primeiras
ninfas e obreiras, coordena a vida da
colónia
Macho: É um membro permanente da
colónia; Acasala intermitentemente com a
rainha; cuida das primeiras ninfas e
obreiras

Térmites vivem num ninho que pode


ser estruturalmente muito complexo.
É usualmente construído no solo e
pode ser de grandes dimensões

Térmites utilizam dois tipos de materiais


de construção:
solo amassado com saliva:
estrutura exterior e túneis
principais
produtos fecais amassados
com saliva (cartão): divisórias
internas, mais finas

O calor gerado pelas térmites e os fungos aquece o ar e este sobe; movimenta‐se através de
canais próximos da superfície e arrefece.
O ar exterior mais frio e rico em oxigénio difunde‐se para o interior da termiteira e circula
no sentido oposto
Por vezes são construídos túneis até toalhas de água subterrânea para garantir humidade na
termiteira
Ordem: Hymenoptera
Apis mellifera
Pensa‐se ser uma espécie originária de África: (contrariamente às colónias de vespas e
outras abelhas) mantém‐se ativa durante o Inverno
Vive em colmeias que podem conter até 80 000 indivíduos, e que possuem alvéolos com
diferentes formas de modo a albergar as diferentes castas

As sociedades são basicamente femininas; o macho não é um membro permanente da colónia e quando lhe é
permitido permanecer é o 1º a ser expulso se falta por ex.o
alimento
3 castas:
Obreiras (as mais numerosas): Constroem, cuidam da colmeia e defendem a colónia; cuidam da
rainha, dos zangãos (macho) e dos ovos e larvas; recolhem comida
Há partição de tarefas ao longo da vida; 1as actividades (dentro da colónia) – produção de secreções
(glândulas faríngeas, salivares, abdominais,…) envolvidas na construção das células, armazenamento
de alimento e produção de alimento, cuidados com as larvas; após 3 semanas ‐ atividade glandular
declina e começam as tarefas de exterior: defesa e recolha de alimento. A sequência das tarefas
pode ser alterada se for necessário
Rainha (é a maior – grande abdómen): por os ovos e controlar as atividades das obreiras
Zangão (distingue‐se pelos olhos compostos e é mais corpulento): fecundar a
rainha.

Adaptações das obreiras


Patas: escovas de polén (olhos, antenas e corpo)
Esporão: colheita de cera
Corbícula: cesta de polén
Forma da cabeça e antenas; armadura bucal; estômago de mel; ferrão

Ordem: Hymenoptera
Família: Formicidae ‐ cerca de 8800 espécies actuais, todas sociais
O ninho é constituído usualmente por um conjunto de galerias, no solo, madeira
ou entre pedras

Tal como nas abelhas e vespas os soldados e


obreiras das formigas são sempre fêmeas estéreis
Asas estão presentes durante o voo nupcial em
machos e fêmeas reprodutoras
Desenvolvimento holometábolo

Alimentação: À medida que a organização social evolui nas diferentes espécies também as
estratégias para assegurar o alimento à colónia se modificaram
Formigas que recolhem sementes
Formigas predadoras
Formigas que “pastam afídeos”
Formigas que usam os abdómens de algumas obreiras para armazenar néctar
Formigas que plantam e tratam de “jardins de fungos”

Algumas colónias de formigas têm


subcastas:
indivíduos com grandes cabeças para
partir sementes
soldados com morfologia especial para
tapar a entrada do ninho
As tarefas das obreiras podem variar ao
longo do tempo conforme a necessidade

Algumas formigas são nómadas mas muitas constroem ninhos dobram folhas que
posteriormente “colam” utilizando seda produzida por larvas que são estimuladas para tal
Crustáceos
EQUINODERMES
Classes: (6)
- Crinoidea (equinodermes mais primitivos)
- Asteroidea (Estrela do mar)
- Echinoidea (ouriços do mar)
- Ophiuroidea (Serpentes do mar)
- Holothuroidea (pepinos do mar
- Concentricycloidea (pouco importante)
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
- Corpo não segmentado com simetria radial ou pentaradial.
- Sist. Nervosos: nervo anelar á volta da boca e nervos radiais.
- Endosqueleto de ossículos calcários com espinhos cobertos pela epid, geralmente ciliada (pode haver pedicelários)
- Locomoção por pés ambulacrários, por movimentos dos espinhos ou dos braços.
- Respiração por brânquias dérmicas, pés ambulacrários, árvore respiratória (holoturídeos) e bursa (ofiurídeos)
- Geralmente sexos separados
- Fertilização externa
- Sit. Hidrovascular (único do filo) abre para o exterior através de pequenos poros no madreporito -> canal da pedra -> canal anelar -> canais radiais -> canais laterais com válvulas que ligam o
SH aos pés ambulacrários.
- Pé ambulacrário é um tubo musculoso que termina interiormente com uma ampola e pode terminar exteriormente com uma ventosa. Contração
dos músculos da ampola obriga a água a passar para o pé, estendendo-se e fixando-se num substrato, a contração do pé obriga a água a passar
para ampola.
- SH contribui para: locomoção, captura de alimento, respiração, excreção.
SUPERFÍCIE DO CORPO:
Constituída por:
- Ossículos calcários dérmicos
- Espinhos cobertos pela epiderme, geralmente implantados sobre tubérculos dotados de uma musculatura própria. Órgão de locomoção e de
defesa, por vezes têm glând venenosas associadas.
- Pedicelários são pequenas pinças, reforçados por peças calcárias, musculatura própria para fechar e abrir. órgão de defesa e manter a superfície
do corpo limpa. Alguns são providos de glândulas venenosas.
Tipos de pedicelários: Pinça, Tesoura, Tridáctilo, Venenosos
- Pápulas, estruturas para trocas gasosas e excreção, são projeções do celoma dos asteroides cobertas externamente pela epiderme e
interiormente pelo peritoneu.
REPRODUÇÃO ( 2)
- Sexuada: fert externa, desenvolvimento indireto com larva bipinaria ->braquiolaria que assenta -> metamorfose profunda -> larva bilateral->
juvenil radial (o lado esquerdo passa a superfície bocal e o direito a abocal), nos asteroides.
Nos equinoides a larva é a Equinopluteos.
- Assexuada: Partição do disco central (um fragmento com uma parte do disco central consegue regenerar um individuo)
Larvas de asteroides podem ser cortadas a meio que regeneram em indivíduos completos e funcionais.

CLASSE ASTEROIDEA
- Forma de estrela com 5/mais braços a sair do disco central sem articulações evidentes.
- Sulcos ambulacrários abertos
- Pés ambulacrários com ou sem ventosas.
Sistema digestivo:
- Boca, estômago cardíaco (grande), estômago pilórico (de onde saem ductos pilóricos que comunicam, em cada braço com glândulas digestivas), intestino curto (2 cecos intestinais), ânus.
- São principalmente carnívoros (crustáceos, moluscos e equinodermes)
CLASSE ECHINOIDEA
- Corpo sem braços e com forma esférica ou dicoidal
- Placas ou ossículos calcários contínuos que formam a carapaça
- 5 zonas ambulacrárias alternadas com 5 zonas interambulacrárias.
- Sulcos ambul. fechados e pés ambulacrários com ventosas.
- Lanterna de Aristóteles: aparelho mastigador (boca, pirâmide, aurícula, músculos, esófago)
- Boca, lanterna de Aristóteles, Estomago, intestino, sifão (fio), ânus.
- Respiração assegurada por brânquias e pés ambulacrários.

Legenda:
Dente da lanterna, Pé bucal, Pedicelários, Membrana peristomial, Brânquias, Espinho, Periprocto, Pés ambulacrários, Perfurações para os pés, Madreporito, Placa oculas, Poro genital, Placa
genital, Placas ambulacrárias, Placas interambulacrárias.
Madreporito, ânus, placa genital, gonóporo, placas do periprocto.

CORDATA
Divide-se em:
- Protocordados (invertebrados cordados): subfilo Urochordata e Cephalochordata.
- Vertebrados (notocorda substituída por coluna vertebral): subfilo vertebrata, Super classes Agnatha e Gnathostomata
Agnatha – sem maxilas, Enguias de casulo e Lampreias (são peixes)
Gnathostomata – com maxilas, Peixes, Anfíbios, Répteis, Aves, Mamíferos.
(cordão nervoso tubular central, notocorda, fendas/bolsas faríngeas, Endóstilo, cauda pré-anal)
- Notocorda: Origem mesodérmica, Estrutura cíclica flexível de matriz gelatinosa envolvida por tecido conjuntivo fibroso. Primeira parte do endosqueleto do embrião que se forma por cima
do intestino primitivo. Na maioria do protocordado e ágnatas persiste toda a vida. Nos restantes vertebrados a notocorda é substituída com vértebras cartilaginosas ou ósseas.
- Cordão nervoso tubar dorsal: Tubo oco exclusivo dos cordados, a sua extremidade anterior é dilata e vais diferenciar-se no encéfalo, o restante do cordão nervoso tubular dorsal diferencia-
se na espinhal medula e no restante sist. Nervoso central. Nos vertebrados o cordão nervoso tubular dorsal passar nos arcos neurais das vertebras e o encéfalo é envolvido por um crânio
ósseo ou cartilaginoso.
- Cauda pré-anal: com o auxilio da musculatura somática e do notocorda, a cauda anal é utilizada para mobilidade, propulsão da água. Nos peixes a adição das barbatanas aumenta a
eficiência. Nos humanos é vestigial (coxis), mas outros mamíferos é mais desenvolvida.
- Endóstilo/Glândula Tiroide: Existe na base da faringe dos cordados primitivo, segrega o muco para alimentação. Nos vertebrados e lampreias adultas é homólogo á glândula tiroide.
- Fendas e Bolsas faríngeas: Fendas na cavidade faríngea, desenvolvem inicialmente para alimentação por filtração, que ainda ocorre nos protocordados. A corrente de água gerada por cílios,
entra na boca e sai pelas fendas sendo as partículas alimentares capturadas num muco. São mantidas aberta por arcos branquiais.
Nos peixes, desenvolvem-se branquias interiores e a corrente de agua é gerada por ação muscular.
Nos vertebrados, as bolsas faríngeas perdem a função, o 1º arco branquial origina os maxilares e o ouvido interno, 2º 3º e 4º formam as amígdalas, glândula paratiroide e timo.

PROTOCRODADOS
- Subfilo Urocordados: (tunicata), túnica endurecida, só a larva apresenta a notocorda e a cauda, o cordão nervoso reduz-se a um gânglio. Só se mandem o endóstilo e as fendas faríngeas.
- Subfilo Cephalochordata: tem as 5 caract, alimentação típica dos cordados. O muco é transferido para o intestino, por cílios, onde as partículas pequenas são separadas e levadas até ao
ceco hepático onde são fagocitadas. A água filtrada passa pelo átrio do animal e deixa-o pelo poro do átrio.
VERTEBRATA
- Estrutura de suporte interna
- Grande tamanho relativo
- Crânio a proteger o cérebro
- Ecto e Endotérmicos
PEIXES
- Superclasse Agnatha: Mixini, Cephalospidomorphi.
- Superclasse Gnathostomata: Chondrichthyes (peixes cartilagíneos), Actinopterygii (peixes ósseos c/ barbatanas suportadas por raios), Sarcopterigii (peixes ósseo c/ barbatanas suportadas
por pedúnculo).
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
- Ectotérmicos
- Com coluna vertebral.
- Guelras (lamelas branquiais, arcos branquiais e branquioespinhos)
- Linha lateral
- Cobertura do corpo: Escamas (desenvolvem-se na derme) pele nua (tegumento espesso).
- Aberturas: boca, ânus, abertura das guelras e ductos genitais.
- Apêndices: Barbatanas pares (Peitorais e Ventrais) e ímpares (dorsal, anal, caudal) – com raios espinhosos numeração romana, segmentados árabe.
- Coloração: Serve para comunicação e camuflagem, devia a pigmentos.
- Órgãos luminosos: bactérias que vivem na pele, fotóforos.
REPRODUÇÃO
- Peixes cartilagíneos têm fertilização interna. Ovíparos ou Vivíparos.
- Peixes ósseos têm fertilização externa. Ovíparos.
TUBO DIGESTIVO
- Estomago direito ou dobrado em J/U, é fechado por 2 esfíncteres. Cardíaco e Pilórico.
- Agnatha e Pulmonados não têm estomago.
ANATOMIA EXTERNA
- Peixe cartilagíneo: espiráculo (abertura respiratória), barbatanas (dorsais anterior e posterior, peitoral, pélvica, caudal)
- Peixe Ósseo: mandibula, maxilar, pré-maxilar, barbatanas (Peitoral, Pélvica, Anal, Anterior dorsal (espinhosa), Posterior dorsal, Caudal.
ANATOMIA INTERNA
- Faringe, Esófago, Estomago, Duodeno, Intestino delgado, Reto, Ânus, Abertura Urogenital (ao pé do ânus), Coração, Rins (um na cabeça o outro na direção do ânus mas na linha lateral),
Fígado, Bexiga de natação.
- Macho – testículos
- Fêmea – ovário

ANFÍBIOS
- Fase larvar - meio aquático, após metamorfose - vida terrestre, depende da água para reprodução.
- São ectotérmicos
- Coloração por cromatóforos.
- Glândulas mucosas pequenas, muco protetor impermeabiliza a superfície da pele.
- Grandes glândulas granulares serosas, produzem substâncias tóxicas p/ predadores.
- 3 ORDENS:
Anura – sem cauda
Urodela – com cauda evidente
Gymnophiona – serpente nua

ORDEM ANURA
Rã, Rela, Sapo. Cabeça e tronco fundidos, sem cauda no estado adulto, 2 pares de membros com os posteriores mais desenvolvidos, 6 a 10 vértebras incluindo o urostilo (coxis).
Não se podem afastar de zonas com água: modo de reprodução e a sua pele permeável a água.
Reprodução
- Machos chegam primeiro aos lagos e cantam para atrair as fêmeas -> os ovócitos maduros -> fêmeas entram na água -> os machos abraçam-nas formando o amplexo. Á medida que a
fêmea liberta os ovócitos o macho lança o esperma sobre eles. Após fertilização, as camadas gelatinosas dos ovos absorvem água e incham. O embrião é nutrido pelo vitelo.
Da eclosão surge um girino com 3 pares de brânquias externas, que se vão tornar internas e cobertas pelos opérculos. O opérculo esquerdo é perfurado (espiráculo) que é por onde sai a
água.
Os girinos têm: cauda comprida, brânquias, sem membros, maxilas queratinizadas, discos ventrais adesivos para se agarrarem a objetos.
Ciclo de vida
- Amplexo, fertilização externa.
- Surgem os membros posteriores e depois os anteriores (que ficam escondidos pelos opérculos.
- Cauda diminui por absorção
- Pulmões desenvolvem-se e as branquias são absorvidas.
Morfologia
- Olhos, Narinas, Tímpano, Glândulas Parótidas, Cabeça, Tronco, Membros Posteriores e Anteriores, Tubérculo metatarsal, Membrana Interdigital.

ORDEM URODELA
Salamandra, tritão, serpentes
- Cauda evidente
- Corpo com cabeça, tronco e cauda bem desenvolvida no estado adulto.
- 2 Pares de membros pequenos do mesmo tamanho, mas podem ser rudimentares ou ausentes.
10-60 Vértebras.
-Pedomorfose: características das larvas são mantidas no adulto, não há metamorfose completa (brânquias externas)- os axolóteles.
Reprodução
- Fert. Interna, a fêmea coloca no seu cloaca um espermatóforo, depositado pelo macho numa folha...
- Espécies aquáticas depositam massas de ovos na água, de onde eclodem larvas.
- Espécies terrestres têm desenvolvimento direto e depositam os ovos em cachos debaixo de troncos/buracos.
- Os membros anteriores desenvolvem se primeiro.
Morfologia
- Glândulas Paróditas
- Dedos
- Protuberâncias costais
- Cloaca
- Cauda evidente
Respiração:
- Pode ser Cutânea + Branquias Externas e Pulmões, ou nenhum deles.
ORDEM GYMNOPHIONA (ápodes)
- Serpente nua
- Corpo alongado
- Escamas Mesodérmicas
- Membros ausentes

ANFIBIOS EM PORTUGAL
- Rã: focinho pontiagudo, ibérica, verde.
- Rela: comum, meridional
- Salamandra: de pintas amarelas, costelas salientes, Lusitânia
- Sapo: Comum, corredor, unha negra, parteiro comum e ibérico
- Sapinho de verrugas verdes
- Tritão: de patas espalmadas, ventre laranja, marmorado.
RÉPTEIS
- Corpo coberto por escamas epidérmicas queratinizadas, poucas glândulas.
- Sem fases larvares aquáticas. Amniotas.
- 4 ORDENS:
- Squamata: Sauria (lagartos), Serpentes, Amphisbaenia (cobra cega).
- Testudines: Chelonia (tartarugas e cagados)
- Crocodilia: Crocodilos e Jacarés
- Rhynchocephalia: Sphenodonta (tuataras)
CARACTERISTICAS
- Pele dura, seca e com escamas (crocodilos crescem smp, lagartos e serpentes – muda, tartarugas depositam-se novas camadas de queratina
debaixo da antiga nas placas.
- 1º vez um ovo amniótico (permite posturas em ambiente terrestre/seco) (Embrião, Amion, Alantóide, Chorion, Casca, Saco Vitelino)
- Maxilas mais eficientes, mordida mais forte/esmaga
- Órgãos copuladores -> fertilização interna (hemipénis - escamosos, pénis - tart. e crocodilos.
- Pulmões mais desenvolvidos, s/ respiração por branq. e pele.
- Urina semi-solida evita a perda de água – ácido úrico.
- Membros mais eficientes
- Sist. Circulatório mais eficiente
- Sist. Nervoso mais desenvolvido.
SERPENTES CABEÇA
- Aglifas: sem dentes inoculadores de veneno.
- Opistoglifas: região posterior dos maxilares.
- Solenoglifas: região anterior
- Morfologia: glândula venenosa, orifício de saída do veneno, pitorgan, tudo venenoso.

AVES
2 Subclasses:
- Archaeornithes (antigas)
- Neornithes (modernas):
- Paleognathae (palato primitivo – 5 ordens)
- Neonathae (palato moderno – 23 ordens)

CARACTERÍSTICAS GERAIS:
-Possuem cabeça, pescoço, tronco esguio, membros
(anteriores - asas), cauda
- Endotérmicos
- Corpo coberto por penas e escamas (inferiores)
- Um côndilo occipital
- Bico sem dentes
- Ouvido médio com um só osso
- Sacos aéreos, com divertículos para os ossos (ar quente
- Sem bexiga
- Ácido úrico produto excreção
- Ovo amniota
- Sist. nervoso desenvolvido
- Vertebrados tetrápodes com membros desiguais
-Importantes na educação ambiental
- Indicadores de qualidade ambiental
- Primeiros vertebrados verdadeiramente alados
- Aptidão de voo
- Ocupam todos os habitats
VOO
- Redução do peso: perda de dentes e mandibulas. Fusão dos ossos – esq. Rígido e leve.
- Aumento da energia metabólica: sist. Respiratório mais eficaz. Digestão mais rápida e eficiente.
- Coração grande, circ. Rápida
- Sist. Nervoso complexo e órgãos dos sentidos eficazes
- Plumagem Quente.
Vantagens: meio pouco explorado, rico em insetos, locomoção rápida, fuga de predadores, migração
TIPO DE PENAS
- Penas: voar e cobertura
- Plúmulas: aquecimento (crias)
- Filopluma: sensoriais, correntes de ar
- Especializadas: No bico (táctil)
Legenda:
- Cálamo: Fim do pau
- Ráquis: Pau
- Barba -> Bárbulas

MORFOLOGIA EXTERNA
- Bico. Coroa. Garganta. Peit. Abdómen. Flaco. Dorso. Asa. Uropígio (gla. Óleo impermeável). Supracaudais. Cauda. Cloaca. Coxa/perna. Tarso. Dedos.
ASA: Rémiges (bastardas, primárias, secundárias, terceárias). Grandes supra-alas primarias. Grandes supra-alas secundarias. Media supra-alas. Pequenas supra-alas. Escapulares.
CAUDA: Rectrizes (medianas, laterias, externas).
Tipos de cauda: Bifurcada. Aguçada. Graduada. Chanfrada. Arredondada. Direita.
TARSO: Liso ou lamelado. Escudado. Reticulado.
ESQUELETO
- Mandibulas. Crânio. Vértebras cervicais. Fúrcula. Coradoide, Esterno. Costelas. Quilha. Pélvis. Vértebras caudais.
Asa: Humero. Rádio. Cúbico. Carpo. Metacarpos. Falanges.
Pata: Fémur. Tíbia. Tarso. Falanges.
Crânio: Frontal. Nasal. Quadrado. Articular. Maxila. Dentary. Abertura nasal.

RESPIRAÇÃO
- Cada ciclo, 2 inalações e 2 exalações.
1ª Inalação: sacos aéreos dilatam, o ar entra e atravessa a traqueia até ao saco aéreo posterior.
1ª Exalação: sacos contraem, o ar passa do saco post. Para os pulmões.
2ª Inalação: sacos dilatam. O ar passa dos pulmões para o saco anterior.
2ª Exalação: Sacos contraem. O ar sai do saco ant. passa no inicio da traqueia e sai para o exterior.
REPRODUÇÃO
- Fert. Interna, encosto das aberturas das cloacas.
- Ovíparos, amniotas, desenvolvimento direto.
OVO: casca, Chorion, Alantoide, amnion, cavidade amniótica, embrião, saco vitelino.
- Ovário, folículo rompido, óvulo, oviduto, mesentério (forma de leque, nervos), Uterus (gland. Da casca), recto, abertura da boca.
MIGRAÇÃO
- Reproduzem-se na prim./verão latitudes elevadas, dias longos e soalheiros. Partem para latitudes baixas com a aproximação do inverno.
- Processo dispendioso metabolicamente.
- Depende de níveis hormonais e fotoperíodo.
- Qnd o período de mig. Chega tornam-se inquietas e armazenam grandes quantidades de gordura.

MAMIFEROS
Características únicas:
- Glândulas mamárias
-Pelo
- 3 Ossículos no ouvido médio (martelo, bigorna, estribo)
Características gerais:
- Vertebrados tetrápodes
- Endotérmico
- Corpo coberto total ou parcialmente por pelo.
- Ativos todo o dia e ano, msm em baixas temperaturas, podem no entanto hibernar.
- Ocupam todos o habitats disponíveis.
- Cabeça/Crânio robusto (2 côndilos occipitais).
- Pescoço
- Tronco comprido
- Membros e cauda variáveis
- Existência de pavilhões auriculares
Locomoção: marchar/correr. Escavar. Salvar. Nadar. Trepar. Voar (Ecolocalização- eco)
Glândulas: sebáceas (óleo sebo). Sudoríparas. Mamárias. Odoríferas (marcação de território, comunicação, defesa). Venenosas (raras)
CORNOS E HASTES
- Hastes: caducos anualmente, apenas nos machos, natureza óssea, ramificados, veludo inicio
- Cornos: permanentes, tanto em machos como me femea, compostos por núcleo ósseo coberto por queratina,, não ramificados.
HIBERNAÇÃO
- Mecanismo biológico que permite conservar energia e lidar com a escassez de alimento – estado letárgico.
- Funções são reduzidas ao absolutamente necessário
- Respiração quase cessa, nº de batimento cardíacos diminui, temperatura corporal diminui.
Nos Ursos:
- A temperatura corporal, a taxa respiratória e cardíaca reduz mas comparado com os verdadeiros hibernadores, a sua taxa metabólica não reduz muito.
- A hibernação varia desde o simples adormecimento (ursos e castor) até o letargo verdadeiro.

ESQUELETO
Crânio
- Robusto
- 2 Côndilos occipitais
- Mandíbulas representadas por apenas um osso dentário
- Dentição difiodente (2 sets). Heterodonte (dentição diferenciada: incisivos rasgar, caninos cortar, molares triturar)
- Exceto nos golf. e oscas que tem dentição permanete, todos iguais. Baleias que não têm mas têm compridas fileiras de cerdas.
Pos-crâniano
- Costelas pouco numerosas e fundidas ao esterno.
- Ossos longos, mas robustos, nos membros.
- Cauda de comprimento variável
REPRODUÇÃO
- Diformismo sexual, na maioria, pouco acentuado.
- Fertilização interna
- Ovíparos (monotremata) – dentro de um ovo, ambiente externo, sem ligação ao corpo da mãe.
- Viviparos (marsupiais ou placentários). Placentário – embrião desenvolve-se dentro de corpo da mãe, numa placenta que lhe fornece nutrientes. Marsupiais – a fêmea possui uma bolsa
abdominal (marsúpio) onde que se processa parte do desenvolvimento da cria.
Monogamia/Poligamia
- Mono: 1-1
- Poli. pode ser: Poligenia (1 macho + fêmeas) ou Poliandria (1 fêmea + machos).

TAXONOMIA
- 21 Ordens, 7 em Portugal
- Em Portugal:
-Erinaceomorpha (Insetívoros, espinho, ouriço, espinhos fixos)
-Soricomorpha (Soricidae: musaranho, insetívoros, rosto comprido, pequeno porte. -Talpidae: toupeira, corpo cilíndrico, sem orelhas externas, cegos, membros adaptados a escavar, 5 garras.
-Chiroptera (morcegos, asas membranosas, mega e microchiroptera, asa- patágio)
-Lagomorpha (Lebres, coelhos, pikis, só herbívoros pequenos, 4 incisivos na mandibula sup.
-Rodentia (ratos, castores, esquilos, Capivara, 2 incisivos, espaço dental – diastema.
-Cetartiodactyla ( cetáceos e artiodáctilos: nº par de dedos, baleias, golfinhos, antelope)
-Carnivora (leão, jaguar, tigre, panda, caninos fortes cónicos e pontiagudos, alguns molares tipo lamina)
OUTRAS:
-Ordem Primata (grande cérebros, grande visão menos olfato, cara achatada, 2 glândulas mamárias peitorais, bipedismo)
-Ordem (Xenarthra Tamanduá, preguiças, tatu)
-Ordem Pholidota (Pangolim - Escamas)
-Ordem Perissodactyla (nº impar de dedos. Cavalo, tapires (antas), rinoceronte)
-Ordem Proboscidea (Elefante)
-Ordem Sirenia (Manatim, dugongo)
Mamíferos
Origem e evolução
-Os primeiros vertebrados, completamente terrestres, eram amniotas;

-Duas linhagens amniotas tornaram-se distintas: os sinapsídeos (ancestrais dos mamíferos) e


os sauropsídeos (ancestrais dos dinossauros, répteis e aves);

-Os sinapsídeos deram origem aos terapsídeos, no final do Paleozóico (Carbonífero);

-Os Therapsida são os ancestrais dos mamíferos e extinguiram-se no final do Triássico.

-Os mamíferos modernos apareceram no Cretácico (Mesozóico) mas a grande radiação


ocorreu no Cenozóico ocupando os nichos dos dinossauros que se extinguiram.

-Os primeiros mamíferos eram de pequenas dimensões (menores que ratos) alimentando-se
de plantas, insetos e pequenos lagartos sendo mais ativos durante a noite (ao contrário dos
dinossauros)

Therapsida
Ancestrais dos mamíferos;

- Características similares aos mamíferos: heterodontia (existência de dois a três tipos de


dentes), endotermia (temperatura regulada através da produção de calor interno) e em
algumas espécies mais evoluídas presença de pelos.

- Com diferenças relativamente aos répteis a nível do crânio, desenvolveram um esqueleto


mais leve e flexível, com os membros alinhados por baixo do corpo, tornando-os mais ágeis e
rápidos;

- Foram os vertebrados dominantes durante o final do Pérmico, tendo sobrevivido à grande


extinção maciça que se deu na transição Pérmico-Triássico (“a grande agonia” extinção de 95%
de espécies marinhas e de 70% espécies terrestres)

Primeiro mamífero Repenomamus robustus


- Corpo robusto
- Grande tamanho
- Patas pequenas
- Mandíbulas fortes
- Dentes afiados
- Semelhante aos texugos atuais

Caraterísticas comuns a todos os mamíferos:


 Glândulas mamárias
 Cobertos total ou parcialmente por pelos
 Três ossículos localizados no ouvido médio (martelo, bigorna e estribo)

Caraterísticas gerais:
- Ativos todo o dia e ano, menos em baixas temperaturas reduzindo o seu metabolismo –
Hibernação  Mecanismo biológico de alguns animais que lhes permite conservar energia e
lidar com a escassez de alimento.
 As funções do animal são reduzidas ao absolutamente necessário à
sobrevivência (respiração quase cessa, número de batimentos cardíacos diminui, temperatura
corporal diminui).
 Ocorre em regiões onde o inverno é muito rigoroso.
(Os ursos não têm um total estado de hibernação porque a sua taxa metabólica não diminui
muito)

- Cabeça robusta, pescoço (geralmente curto e forte), tronco comprido mais ou menos
robusto, membros de forma variável (geralmente com 5 dedos) e cauda de comprimento
variável.
- Maioria das espécies tem cores semelhantes à do seu habitat passando despercebidas.
- Ocupam todos os habitats disponíveis podendo: marchar, correr, escavar, saltar, nadar,
trepar ou voar.
Morcego – voar
- Ativos durante o crepúsculo e noite, ocupam um nicho não explorado pela maioria
das aves;

- Cerca de 70% dos morcegos são insetívoros, sendo praticamente todo os restantes
frugívoros;
- Contribuem substancialmente para a estrutura e dinâmica dos ecossistemas, pois
atuam como polinizadores, dispersores de sementes, predadores de insetos (incluindo pragas
agrícolas), mas também como vetores de doenças, entre outras funções.
- Ecolocalização: O morcego emite um som com frequência muito alta, pelas narinas
ou pela boca. Quando a onda sonora atinge algo, ela volta na forma de ecos com uma
frequência menor. Os morcegos percebem que há obstáculos e conseguem identificar a
localização do obstáculo e o tamanho, a forma e a textura dos insetos perto do animal
(também ocorre no mar: baleias – nestas é produzida
numa zona no focinho chamada melão).
- Endotermia: Característica de alguns animais que lhes
permite manter a sua temperatura corporal
relativamente constante à custa de uma alta taxa
metabólica gerada pela intensa combustão de alimento
energético nas células. Essa temperatura é mantida
devido á existência de pelos e uma espessa camada de
gordura subcutânea.
- Cobertos total ou parcialmente por pelos, a sua
função é a proteção termo-reguladora. Existem pelos
com detetores sensoriais – vibrissas, pelos de
revestimento (proteção e coloração) e pelos lanosos
(insolação). A cor destes deve-se à produção de
melanina (à medida que envelhecemos a quantidade de
melanina produzida diminui) onde a sua função
principal é a proteção contra a radiação.
- Muitos mamíferos fazem mudas sazonais induzidas pela temperatura e pelo fotoperíodo.
- Têm glândulas sebáceas: para proteger, lubrificar e impermeabilizar a pele e os pelos.
- Têm glândulas sudoríparas: regulam a temperatura e eliminam substâncias tóxicas.
- Têm glândulas mamárias: para produzir leite para as crias.
- Têm glândulas odoríferas: para marcar território, comunicar, atrair
sexualmente e defesa.
- Alguns têm glândulas venenosas (ornitorrinco).
- Unhas, garras ou cascos.
- Cornos e hastes, caducos ou não, carater sexual secundário ou não.
 Os cornos são permanentes e existem nos dois sexos.
• Compostos por núcleo ósseo coberto por queratina
• Não são ramificados, ao contrário das hastes
• Variáveis em forma e tamanho
• Não são renovadas, não caem
 As hastes são caducas e só existem nos machos (exceto nas
renas).
• De natureza óssea
• Ramificados
• Variáveis em forma e tamanho
• Renovadas anualmente
- Mandíbulas representadas por apenas um osso dentário
- Heterodentia - dentição diferenciada, dentes de leite, dentes
definitivos; caninos (dentes laterias compridos e afiados – espetar e
rasgar), incisivos (dentes da frente em forma de lâmina – cortar), pré-
molares, molares (dentes de trás largos e rugosos – triturar). Os dentes dos carnívoros são
mais desenvolvidos do que os dos omnívoros. Os dentes adaptam-se conforme o regime
alimentar.

Herbívoros
(caninos reduzidos - não precisam de rasgar nem furar;
incisivos desenvolvidos – cortar; molares desenvolvidos
– mastigar bem a erva pois é de digestão difícil. Dentição
incompleta existência de barra/diastema a separar os
incisivos dos molares).

Carnívoros
(maxilares fortes; incisivos pequenos; caninos
compridos, curvos e afiados – capturar e matar
as presas, dilacerando-as; molares com bordos
cortantes – rasgar e cortar a carne)

- As baleias apresentam compridas fileiras de


cerdas em vez de dentes.
- Golfinhos têm os dentes todos iguais em forma de cone e a dentição é permanente.
- Maioria é carnívora. Piscívoros, necrófagos, insetívoros, roedores, herbívoros, omnívoros.
- Esqueleto: - costelas pouco numerosas e fundidas no esterno.
- ossos longos, mas robustos, nos membros.
- cauda de comprimento variável.
- Sistema digestivo completo, com glândulas anexas e adaptado às diferentes estratégias
alimentares.
- Coração com 2 ventrículos e 2 aurículas, circulação fechada.
- Circulação dupla e completa.
- Reprodução: - sexos separados, não havendo muito dimorfismo sexual.
- fertilização interna.
- ovíparos (ornitorrinco) ou vivíparos (marsupiais – canguru/ placentários).
- Monogamia (mantêm o mesmo par a vida inteira) Poligamia (mais de um
vínculo sexual no período de reprodução).
- Fazem migrações relacionadas com a disponibilidade de recursos.
- Sofrem de ameaças como a caça, acidentes, fogos florestais…

Ordem Erinaceomorpha
Mamíferos insetívoros
Dorso coberto de espinhos curtos e lisos e parte inferior por pelos (enrolam-se com se
sentem ameaçados).
Principalmente noturnos.
Vivem em terrenos com cobertura vegetal e que sejam húmidos.
Hibernam durante 3 meses mas antes recolhem mantimentos.

Ordem Soricomorpha
- Família Soricidae - Musaranhos
Mamíferos de pequeno porte insetívoros
Habitats com vegetação densa, outros trepadores, alguns debaixo da neve e ainda caçam na
água.
Rosto comprido
Perdem dentes de leite antes do nascimento, por isso andam com os mesmos a vida inteira.
Têm o primeiro par de incisivos longos e afiados e os molares. São de pequenas dimensões.
Metabolismo muito acelerado.
Quando é atacado solta um odor forte.
Coração bate 1200 vezes por minuto, quase dose vezes o ser humano.
Algumas espécies possuem veneno (útil no tratamento da pressão arterial).
Alguns usam a ecolocalização.
Não têm o osso zigomático e têm o incisivo inferior quase horizontal.
- Família Talpidae – Toupeira
Corpo cilíndrico e alongado coberto de pelos.
Não têm orelhas.
Função tátil muito desenvolvida do focinho – órgão de Eimer
Vivem enterradas em tocas e galerias no subsolo.
Membros anteriores altamente adaptados a escavar.
Pata espalmada com 5 garras poderosas e largas.
Cauda curta.
Alimenta-se de pequenos invertebrados.
Crânio longo, estreito e achatado.
Caninos ou incisivo inferior desenvolvido quase horizontal.

Ordem Chiroptera
Megachiroptera (África, Oceânia e Ásia)
Microchiroptera (verdadeiros morcegos)
Asas membranosas nos membros superiores – único mamífero capaz de voar.
Tamanho e forma variáveis.
Adaptados a todos os tipos de habitat.
Alimentam-se de frutos, sementes, folhas néctar e artrópodes.
Cerca de 70% são insetívoros.
Atuam como polinizadores, dispersores de sementes, controlo de pragas agrícolas e são
também vetores de doenças.

Ordem Lagomorpha
Leporidae – Coelhos e lebres
Ocgotonidae - Pikas
Pequenos mamíferos herbívoros.
Quatro incisivos na mandíbula superior.
Como os incisivos crescem durante toda a vida têm de roer continuamente para os
desgastarem.

Ordem Rodentia – Roedores (ratos, esquilos, castores, capivara, porco-


espinho…)
Ordem mais numerosa dos mamíferos
Possuem um único par de incisivos em cada maxila, que também crescem continuamente ao
longo da vida.
Possuem molares.
Reproduzem-se rapidamente.
São dispersores de sementes e vetores de doenças.
Habitats muito variáveis.

Ordem Ceyatyiodactyka
Artiodáctilos – com cascos
Cetáceos – mamíferos marinhos
Ordem Carnivora
Não precisam de ingerir grande quantidade de alimento – digestão rápida e intestino mais
curto.

Ordem Xenarthra – Tmanduá, preguiças, tatu


Têm uma articulação acessória – xenartria.
Molares pouco desenvolvidos, o que lhes deu o nome popular de desdentados.
Possuem garras nos dedos.
Movimentos lentos.

Ordem Pholidota – Pangolim


Corpo coberto de escamas, enrolando-se quando se sente ameaçado.
Não possui dentes alimentando-se de formigas.

Ordem Primata
Cérebro grande.
Cinco dedos.
Cara achatada – diminuição do olfato e melhoria da visão.
Visão a cores.
Duas glândulas mamárias em posição peitoral, geralmente 1 cria por gravidez.
Tronco ereto – bipedismo

Ordem Perossodactyla – Cavalo, tapires, rinoceronte


Número impar de dedos nas patas.
Dedo médio maior – plano mesaxónico
Cornos na posição frontal (quando existem).

Ordem Proboscidea – Elefante


Nariz em forma de tromba.
Herbívoros de grandes dimensões.
Presas de marfim.
Inclui animais extintos com o mamute e mastodonte.

Ordem Sirenia – Manatim, dugongo


Mamíferos herbívoros aquáticos.
Membros anteriores transformados em nadadeiras.
Membros posteriores reduzidos a uma pélvis vestigial.
Cauda em forma de remo.

Peixes
Subclasse Agnatha – Sem maxilas/mandíbulas
Classe Mixini (enguias de casulo)
Classe Cephalaspidomorphi (lampreias)

Subclasse Gnathostomata – Com Maxilas/mandíbulas


Classe Chondrichthyes (peixes cartilagíneos)

Classe Actinopterygii (peixes ósseos de barbatanas com raios)

Classe Sarcopterygii (peixes ósseos com barbatanas lobosas supostadas por pedúnculo)
Caraterísticas gerais:
- Ectotérmicos
- Tipicamente com coluna vertebral
- Guelras
- Barbatanas e raios (os raios espinhosos registam-se com numeração romana e os segmentos
com numeração árabe).
- Cobertura do corpo: escamas, pele nua (tegumento espesso)
- Aberturas: boca, aberturas das guelras, ânus e ductos genitais
- Órgãos dos sentidos: narinas, olhos, órgãos da pele (ex: linha lateral)
- Apêndices: barbatanas pares (peitorais, ventrais ou pélvicas) e ímpares (dorsal, anal e caudal)
- Coloração: serve para comunicação e camuflagem e é devida a pigmentos (órgãos:
melanofóros, xantóforos, guanóforos)
- Órgãos luminosos: bactérias que vivem na pele, fotóforos
Agnatas Peixes Cartilagíneos Peixes Ósseos
Maxilas Ausentes Presentes (2), com dentes Presentes (29, geralmente com
pontiagudos dentes
Boca Rodeada por um disco Ventral Terminal
em forma de ventosa
Barbatanas Apenas ímpares Pares e ímpares Pares e ímpares
Endosqueleto Cartilagíneo (corda Cartilagíneo Ósseo (predominantemente)
dorsal persistentes)
Sistema 5 a 7 Pares de sacos Geralmente 5 pares de 4 Pares de brânquias localizadas
respiratório branquiais branquias nas câmaras branquiais e
Fendas branquiais Fendas branquiais recobertas por opérculos
independentes independentes
Bexiga- Sem bexiga-natatória Sem bexiga-natatória Muitos têm bexiga-natatória
natatória
Pele Fina, com glândulas Com escamas do tipo Glândulas produtoras de muco
produtoras de muco e placoide (pontiagudas) escamas geralmente finas e
sem escamas flexíveis
Sistema Sem estômago Com estômago Com estômago
digestivo (peixes pulmonados não (peixes pulmonados não têm
têm estômago) estômago)

- Reprodução

 Agnatas
- Sexos separados.
- Lampreias com fecundação externa passando por metamorfose.
- Há ciclóstomos que são hermafroditas e com desenvolvimento direto.

 Cartilagíneos
- Têm fertilização interna (o desenvolvimento pode ocorrer dentro ou fora da fêmea).
- Podem ser ovíparos (ovos num casulo fora da fêmea, alimentam-se das reservas do ovo),
ovovivíparos (dentro da fêmea, utilizando reservas do ovo) ou vivíparos (dentro do útero da
fêmea, recebe alimentos do sangue).
- Sexos separados.
 Ósseos
- Têm fertilização externa e são ovíparos.
- Sexos separados.

- Ovários e testículos – internos, pares e longitudinais.


- O número de ovos produzidos é normalmente muito elevado.
- Há estratégicas de fertilização e defesa muito variadas.

Anatomia
externa –
Cartilagíneo

Anatomia externa – Ósseo

As suas escamas desenvolvem-se na


derme e são cobertas pela
epiderme.

Peixe ósseo - Guelras (lamelas


branquiais), arcos branquiais e
branquiospinhas.
Peixe ósseo - Anatomia
interna I (♀)

Peixe ósseo - Anatomia interna II (♀)

Peixe ósseo - Anatomia interna (♂).

Répteis
Latim: repto (=rastejar)  Animais
rastejantes

Ordem Squamata (95%)


 Subordem Sauria (lagartos)
 Subordem Serpentes (serpentes)

 Subordem Amphisbaenia (cobra cega)

Ordem Testudines (Chelonia)


 Tartarugas e Cágados

Ordem Rhynchocephalia (Sphenodonta)


 Tuataras
Ordem Crocodilia
 Crocodilos e Jacarés

Caraterísticas gerais:
- Corpo coberto por uma pele dura, seca, com escamas epidérmicas queratinizadas e com
poucas glândulas que oferece uma proteção à dissecação e ação mecânica. Nos crocodilos as
escamas vão crescendo para compensar o desgaste, nos lagartos e serpentes crescem novas
debaixo das antigas as quais são libertadas (muda), nas tartarugas depositam-se novas
camadas de queratina debaixo das antigas na placa (as escamas podem ser lisas/quilhadas –
com um risco/ granulares).
- Dois pares de membros muito eficientes, geralmente com 5 dedos.
- Respiração por pulmões – inexistência de brânquias (algumas espécies podem respirar pela
cloaca e faringe).
- Ácido úrico como principal produto de excreção azotado - urina.
- Reprodução: Foram os primeiros a formar ovos. Fertilização interna, ovos com casca
colocados em buracos. São amnióticos, e não possuem fases larvares – desenvolvimento
larvar.
- Têm maxilas muito fortes, mais do que os anfíbios e os peixes que conseguem fechar
rapidamente mas depois da presa ser apanhada é aplicada pouca força estática, enquanto que
nos répteis há um maior desenvolvimento para esse efeito.
- Órgãos copuladores que permitem a fertilização interna (hemipénis nos escamosos e pénis
nas tartarugas e crocodilos) obrigatória para a formação de ovo com casca.
- Sistema circulatório eficiente.
- Sistema nervoso bem desenvolvido com exceção da audição.
- As serpentes podes ser áglifas (sem dentes inoculadores de veneno), opistoglifas (dentes
inoculadores de veneno na região posterior do maxilares superiores) ou solenoglifas (dentes
muito especializados na região anterior dos maxilares - imagem).

- As serpentes e lagartos utilizam o órgão


vomeronasal ou órgão de Jacobson a fim de
detetar a presença de presas, revelando
repetidamente a sua língua ao ar livre e,
logo após, trazendo-a de volta ao interior de
sua boca, passando-a na abertura deste
órgão. Serve para detetar feromonas/substâncias químicas distintas que são.

- Fosseta loreal é um órgão presente nas serpentes


que deteta calor de forma endotérmica. Possuem um
par de fossetas loreais entre as narinas e os olhos que
são conectadas diretamente ao encéfalo da serpente,
e são utilizadas para detetar presas cuja temperatura é
maior que a do meio ambiente.

Répteis de Portugal
Cágado-de-carapaça-estriada - Emys orbicularis
Cágado-mediterrânico - Mauremys leprosa
Camaleão-comum - Chamaeleo chamaeleon
Cobra-cega - Blanus cinereus
Cobra-de-água-viperina - Natrix maura
Cobra-de-água-de-colar - Natrix natrix
Cobra-de-capuz - Macroprotodon cucullatus
Cobra-de-escada - Elaphe scalaris
Cobra-de-ferradura - Coluber hippocrepis
Cobra-de-pernas-pentadáctila - Chalcides bedriagai
Cobra-de-pernas-tridáctila - Chalcides striatus
Cobra-lisa-europeia - Coronella austriaca
Cobra-lisa-meridional - Coronella girondica
Cobra-rateira - Malpolon monspessulanus

Lagartixa-da-madeira - Lacerta dugesii


Lagartixa-da-montanha - Lacerta monticola
Lagartixa-de-bocage - Podarcis bocagei
Lagartixa-de-carbonel - Podarcis carbonelli
Lagartixa-ibérica - Podarcis hispanica
Lagartixa-do-mato - Psammodromus algirus
Lagartixa-do-mato-ibérica - Psammodromus hispanicus
Lagarto-de-água - Lacerta schreiberi
Lagartixa-de-dedos-denteados - Acanthodactylus erythrurus
Licranço - Anguis fragilis

Osga-das-selvagens - Tarentola bischoffi


Osga-comum - Tarentola mauritanica
Osga-turca - Hemidactylus turcicus

Sardão - Lacerta lepida

Víbora-cornuda - Vipera latastei


Víbora-de-seoane - Vipera seoanei

Filo Chordata (Cordados)


Protocordados – Invertebrados: Notocorda
-Subfilo Urochordata
-Subfilo Cephalochordata
Vertebrados: Notocorda substituído por coluna vertebral
-Subfilo Vertebrata
Subclasse Agnatha – Sem maxilas/mandíbulas
Classe Mixini (enguias de casulo)
Classe Cephalaspidomorphi (lampreias)

Subclasse Gnathostomata – Com Maxilas/mandíbulas


Classe Chondrichthyes (peixes cartilagíneos)

Classe Actinopterygii (peixes ósseos


de barbatanas com raios) VERTEBRATA
Peixes Ósseos Aves Répteis
Classe Sarcopterygii (peixes ósseos
Anfíbios Mamíferos Peixes Cartilaginosos
com barbatanas lobosas)

Classe Amphibia (anfíbios)

Classe Reptilia (répteis)

Classe Aves (aves)

Classe Mammalia (mamíferos)

Caraterísticas gerais
Possuem em pelo menos algum momento do ciclo de vida:

 Notocorda dorsal:
-Estrutura de origem mesodérmica,
cilíndrica flexível de matriz gelatinosa
envolvida por um tecido conjuntivo
fibroso.
-Primeira estrutura de sustentação do
corpo de um cordado, formando-se no
embrião acima do intestino primitivo.
-Flexível mas rígida – os músculos
locomotores atuam sobre ela.
-Na maioria dos vertebrados acaba por
ser substituída pela coluna vertebral.

 Cordão nervoso tubular dorsal:


-Estrutura de origem ectotérmica –
invaginação da ectoderme no embrião.
-Tubo oco (exclusivo dos cordados).
-A sua extremidade anterior diferencia-
se no encéfalo e as restantes partes no
espinal medula e sistema nervoso
central.
 Fendas branquiais ou faríngeas
-Localizam-se na zona faríngica.
-Invaginação da endoderme da faringe e invaginação correspondente da ectoderme da
parede do corpo.
-Suportadas e mantidas abertas por arcos esqueléticos entre elas – arcos branqueais.
-Inicialmente auxiliavam na alimentação por filtração.
-Nos peixes as fendas branquiais formam branquias que funcionam como órgãos
respiratórios, nos vertebrados terrestres perdem essa função, o primeiro arco braquial
forma os maxilares e o ouvido interno, os segundos, terceiros e quartos formam as
amígdalas, a glândula paratiroide e o timo.

 Cauda pós-anal
-Primariamente a cauda é uma extensão do aparelho locomotor dos cordados, da
musculatura segmentada e da notocorda (protocordados)
-Pode auxiliar na locomoção, natação, apoio do corpo, defesa,…

 Endóstilo ou glândula tiróide


-Situado ventralmente (na faringe), em forma de sulco e ciliado.
-Produz uma secreção mucosa rica em iodo usada para a captura de partículas –
alimentação.
-O endostilo é percursos da glândula tiróide.

Protocordados
Subfilo Urochordata (Urocordados – Tunicados)
O nome “Tunicado” é sugerido pela “túnica” endurecida que envolve o animal. Na maioria das
espécies só a larva é que apresenta as principais características dos cordados. Durante a
metamorfose para o estado adulto a notocorda - que nas larvas se restringe à cauda, razão por
que se chamam uro (cauda) + cordados - e a cauda desaparecem e o cordão nervoso fica
reduzido a um gânglio. No adulto apenas se mantém o endóstilo e as fendas faríngeas.

Subfilo Cephalochordata (Cefalocordados)


-Tem as 5 principais caraterísticas distintivas dos cordados de uma forma simples.
-Corpo achatado lateralmente.
-Sistema circulatório fechado/sem coração (movimentos peristálticos).
-Alimentam-se por filtração.
-Movimentos natatórios – flexões laterais do corpo.
-Solitários.
-Enterram-se no sedimento com a extremidade anterior sobressaindo à superfície.
- Uma corrente de água gerada por cílios entra na boca e sai pelas fendas faríngeas, sendo as
partículas de alimento captadas num muco. Este é transferido por cílios para o intestino; aqui
as partículas mais pequenas são separadas do muco e passam para um ceco hepático onde são
fagocitadas e digeridas
intracelularmente. Tal
como nos urocordados, a
água filtrada passa para o
átrio e deixa o corpo
através do poro do átrio,
equivalente ao sifão
exalante dos urocordados.
Anfíbios – Classe Amphibia
Latim: anfi (=dupla) e bios (=vida)  Fase aquática e terrestre no ciclo de vida.
Fase larvar geralmente no meio aquático e, após metamorfose, a maior parte das espécies
passa a ter uma vida terrestre, embora dependa ainda da água para se reproduzir. Estão por
isso condicionados à proximidade de zonas húmidas: charcos, lagoas, tanques, ribeiros, etc.
São ectotérmicos com baixa taxa metabólica.
Anfibios
3 Ordens: - Anura - Anuros (sem cauda)
- Urodela – Urodelos (cauda evidente)
- Gymnophiona – Ápodes (serpente nua)

Anuros Urodelos Ápodes

Ordem Anura
Rã, Sapo e Rela.
Caraterísticas gerais:
- Cabeça e tronco fundidos.
- Sem causa no estado adulto.
- Dois pares de membros (posteriores mais desenvolvidos).
- Seis a sete vértebras incluindo urostilo (coxis).
- Dependem da água para se reproduzir (com exceções).
- Como são ectotérmicos, alimentam-se, crescem e reproduzem-se durante as estações mais
favoráveis do ano.
- Na reprodução o macho chega primeiro ao charco e chama a fêmea através do canto.
Quando os ovócitos estão maturos, as fêmeas entram na água e os machos abraçam-nas
formando o amplexo.
Pulmões desenvolvem-se.

- Respiração em ar: cutânea, bucal e pulmonar, onde o ar é


forçado a ir para os pulmões opor pressão positiva.
-Machos e fêmeas têm cordas vocais mas mais desenvolvidas
nos machos, localizam-se na laringe. O som é produzido pela
passagem de ar para a frente e para trás nas cordas vocais
localizadas entre os pulmões e um par de sacos vocais na base
da boca.
- Pele: é fina, húmida e nua (sem
escamas) permite a respiração,
regulação hídrica e proteção.
Existem dois tipos de glândulas:
Mucosa – segrega muco
protetor que impermeabiliza a
pele. Granular Venenosa –
produz substancias irritantes ou
toxicas (para matar predadores
– anuros com cores vivas são tóxicos)
Ordem Urodela
Tritões e Salamandras

Caraterísticas gerais:
- Corpo com cabeça, tronco e cauda bem desenvolvida no estado adulto.
- Geralmente 2 pares de membros do mesmo pequenos do mesmo tamanho, mas podem ser
rudimentares ou ausentes. Geralmente fazem um ângulo de 90º com o corpo.
- 10-60 Vertebras.
- Tegumento nu e liso.
- Olhos de tamanho médio ou pequenos e escuros.
- Nadam ou marcham.
- Reprodução: Geralmente fertilização interna, a fêmea coloca um pacote de esperma na
cloaca depositado pelo macho numa folha ou ramo.
Se for uma espécie aquática os ovos são depositados em massas pegajosas na água
eclodindo larvas com brânquias externas e uma cauda com forma de barbatana.
Se for em espécies terrestres têm desenvolvimento direto e depositam ovos em
pequenos cachos debaixo de troncos ou em buracos escavados em terra húmida.
- Respiração: estado larvar por branquias externas/ estado adulto por pulmões e tegumento.
Algumas espécies não perdem as branquias – Pedomorfose (forma criança) urodelos em que
as caraterísticas das larvas permanecem nos adultos maturos (ex: Necturus maculosus). Outras
só se metamorfizam dependendo das condições ambientais, se um charco secar eles
metamorfizam-se para forma terrestre e ir à procura de um novo charco para se reproduzir
(ex: Axolóteles).

Ordem Gymnophiona
Serpente nua

Caraterísticas gerais:
- Corpo cilíndrico alongado, não regionalizado.
- Escamas mesodérmicas presentes na pele de algumas
espécies.
- Membros ausentes.
- Cauda curta ou ausentes.
- 95-285 Vértebras.
- Regiões tropicais.
- Respiração: estado larvar por branquias externas/ estado adulto por pulmões e tegumento.
- Podem viver dentro de tocas.
- Olhos inexistentes ou diminutos (não funcionais).

Anfíbios de PortugalRã-de-focinho-pontiagudo - Discoglossus galganoi


Rã-ibérica - Rana iberica
Rã-verde - Rana perezi
Rela-comum - Hyla arborea
Rela-meridional - Hyla meridionalis

Salamandra-de-costelas-salientes - Pleurodeles waltl


Salamandra-de-pintas-amarelas – Salamandra salamandra
Salamandra-lusitânica - Chioglossa lusitanica
Sapinhos-de-verrugas-verdes - Pelodytes spp.
Sapo-comum - Bufo bufo
Sapo-corredor - Bufo calamita
Sapo-de-unha-negra - Pelobates cultripes
Sapo-parteiro-comum - Alytes obstetricans
Sapo-parteiro-ibérico - Alytes cisternasii

Tritão-de-patas-espalmadas - Triturus helveticus


Tritão-de-ventre-laranja - Triturus boscai
Tritão-marmorado - Triturus marmoratus
Identificação
Cauda sempre presente – Urodela
Sem cauda no estado adulto – Anura
Aves
 Classe Archaeornithes – Aves Antigas (fim do Jurássico/início do Cretácico)
 Classe Neornithes – Aves modernas incluindo extintas (fim do cretácico até ao presente)
- Os fosseis permitem perceber a alimentação das antiguidades no entanto são difíceis de se
formar porque os ossos são leves e ocos.

Neornithes
Superordem Paleognathae (5 ordens)
 Struthioniformes – Avestruz
 Rheiformes – Ema
 Casuariiformes – Casuar
 Apterygiformes – Kiwi
 Tinamiformes – Inhambu (perdiz)

Superordem Neognathae (23 ordens)


 Sphenisciformes – Pinguim
 Gaviiformes – Gavião
 Podicipediformes – Mergulhões
 Procellariiformes – Pardelas
 Pelecaniformes – Corvos marinhos
 Ciconiiformes – Garças/Cegonhas/Abutres
 Anseriformes – Patos/Gansos
 Falconiformes – Águias/Falcões
 Galliformes – Faisões/Galinha doméstica
 Gruiformes – Grous
 Charadriiformes – Gaivotas/Limícolas
 Columbiformes – Pombos/Rolas
 Psittaciformes – Araras
 Musophagiformes – Turacos
 Cuculiformes – Cucos
 Strigiformes – Mochos
 Caprimulgiformes – Noitibós
 Apodiformes – Andorinhões/Beija-flor
 Colliformes – Rabo-de-junco
 Trogoniformes – Quetzal
 Coraciiformes – Pica-peixe
 Piciformes – Pica-pau
 Passeriformes 60% – A maior ordem, com 56 famílias.
Caraterísticas gerais:
- Endotérmicas
- Membros anteriores transformados em asas
- Corpo coberto de penas e escamas (membros inferiores)
- Esqueleto completamente ossificado e pneumático (leve mas rígido)
- Um só côndilo occipital
- Possuem um bico, sem dentes
- Esterno normalmente em forma de quilha
- Pescoço desproporcionadamente longo
- Ouvido médio com um único osso
- Coração com quatro câmaras
- Capacidade de produção de som
- Sem bexiga (excretam ácido úrico)
- Sexos separados
- Fertilização interna e incubação externa
- Na fêmea apenas o ovário esquerdo é funcional
- Produção de ovos amnióticos – ovíparos
- Sistema nervoso complexo e órgãos dos sentidos
aguçados: cérebro, cerebelo e lobos óticos bem
desenvolvidos
- Sistema digestivo eficaz (digestão rápida)
- Sistema excretor com um par de rins – excreção de
ácido úrico
- Sistema circulatório fechado, circulação dupla
- Respiração pulmonar eficiente embora ainda sem
diafragma (sacos aéreos; ar quente aumenta a
capacidade de flutuar) cada respiração implica duas
inalações e duas exalações

Voo
Vantagens e desvantagens:
- Capacidade de fugir aos predadores
- Beneficiar de condições favoráveis todo o ano (Migração – A duração dos dias altera a
produção de hormonas fazendo com que elas migrem - Quando a época da migração se
aproxima as aves tornam-se inquietas e armazenam grandes quantidades de gordura,
necessária para a longa viagem.)
- Locomoção rápida
- Habitats extremos
- Atividade noturna

- Processo muito caro do ponto de vista metabólico

- Muitas aves perderam essa capacidade devido à abundância de alimentos em certos locais e
outras optando pela força e velocidade no solo

Esqueleto
- Resistente mas leve
- Crânio sem duas aberturas temporais (uma grande e única peça com grandes orifícios orbitais
e articulado com a coluna vertebral)
- Maxilas desprovidas de dentes mas com um bico córneo de dimensões e forma variável
- Maioria das vertebras fundida
- Pescoço leve e flexível, facilitando o tratamento das penas

Penas
- Possuem uma glândula uropiginal que se encontra acima da
cauda e produz um óleo que impermeabiliza as penas e evita que
o bico se torne quebradiço.
- As penas são usadas para voar e para proteger o corpo
- Existem penas :  Plumadas – aquecimento (crias)
 Filopluma – sensoriais, permitem sentir as
variações da corrente de vento
 Especializadas – penas ao pé do bico que
funcionam como órgão táteis
- Algumas aves têm penas que se desintegram em pó tornando
as outras mais impermeáveis.
Quando tem um duas penas, uma pequena em baixo esta
chama-se hiporáquis, ambas se formão no umbigo superior.

Lâminas ou
ramos

Umbigo
Umbigo inferior
superior
Reprodução
- Sexos separados
- Fertilização externa
- Ovíparos (ovos amnióticos)

Ovo Aparelho reprodutor feminino


Morfologia externa
Amphibia Reptilia Aves Mammalia
Pele nua e viscosa. Pele seca com poucas Penas de origem epidérmica. Pelo de origem e
Existência de numerosas glândulas. Pele com glâ
glândulas. Escamas córneas de origem
epidérmica.
Branquias apenas nas primeiras Pulmões. Pulmões. Pulmõe
fases (em alguns são
permanentes).
Pulmões.
Pele.
3 Cavidades (2 A + 1 V). 3 Cavidades (2 A+ 1 V com um 4 Cavidades (2 A + 2 V). 4 Cavidades (2
septo – incompleto).
Nos crocodilos existem 4
cavidades (2 A + 2 V).
Variável de acordo com a Variável – Ectotérmicos. Constante – Homeotérmicos. Constante – Hom
temperatura do ambiente –
Ectotérmicos.
Sexos separados. Sexos separados. Sexos separados. Sexos sepa
Fecundação interna ou externa. Fecundação interna. Fecundação interna. Fecundação
Geralmente ovíparos. Geralmente ovíparos. Ovíparos. Na maior parte vi
Passam por metamorfoses. Ovos com casca. Ovos com casca. placent
Desenvolvimento direto. Desenvolvimento direto. Desenvolvimen
Dois côndilos occipitais. Um côndilo occipital. Ma Glândulas ma
Sem costelas. Costelas. xilas recobertas pelo bico. Alimentam as cria
Ausência de dentes. Dois côndilos o
Membros anteriores são asas. Costela
Um côndilo occipital.
Costelas.
O Filo Echinodermata são seres marinhos não
segmentados, simétricos radial ou pentaradialmente.
Não possuem cabeça nem cefalização, sendo o sistema
nervoso reduzido ao nervo anelar, na boca, e nervos
radiais, nos braços.

Os Equinodermes distribuem-se pelas Classes


Crinoidea (lírios do mar), Ophiuroidea (serpente do
mar), Asteroidea (estrelas), Echinoidea (ouriços
regulares e ouriços irregulares), Holothuroidea
(pepinos do mar) e Concentricycloidea.

Sistema hidrovascular com um madreporito,


abertura para o exterior com pequenos poros por
onde entra a água, que se prolonga pelo canal da
pedra até ao canal anelar, dando origem a canais
radiais, no sulco ambulacrário de cada raio. Os
canais radiais são ligados ao pé ambulacrário
através de canais laterais, cada um com uma
válvula. Os pés ambulacrários são tubos
musculosos que terminam, internamente, numa
ampola e, externamente, numa ventosa. Quando uma ampola se contrai, obriga a água a
passar para o pé ambulacrário que se estende e fixa com a ventosa.

Os pés ambulacrários (também envolvidos na captura de alimento, respiração e excreção), os


espinhos ou os braços são métodos de locomoção.
Endosqueleto constituído por ossículos calcários dérmicos e espinhosos cobertos pela
epiderme, normalmente ciliada.

Os ossículos podem ficar dispersos pela derme, nos


pepinos do mar, apesar que maioritariamente reúnem-se
em placas maiores, que podem formar uma carapaça
rígida, nos ouriços do mar, ou permanecerem móveis, nas
estrelas do mar.

Quando apresentam espinhos, órgãos de defesa e


locomoção, estão geralmente implantados em tubérculos
dos ossículos subcutâneos e com musculatura própria.

As estrelas do mar podem apresentar pápulas, estruturas


do celoma cobertas internamente com peritoneu,
envolvidas nas trocas gasosas e excreção.

Os pedicelários são estruturas tipo


pinças com musculatura própria que
ajudam na alimentação das estrelas e
ouriços do mar, pois são carnívoros,
defesa e limpeza da epiderme).

Respiração: brânquias dérmicas, pés ambulatórios, árvore respiratória (pepinos do mar) e pela
bursa (ofiurídeos).

A reprodução sexuada ocorre entre sexos separados com fertilização


externa e desenvolvimento indireto de larvas Equinopluteus nos
ouriços do mar e Bipinaria, que se desenvolve em Branquiolaria, nas
estrelas do mar. A branquiolária sofre uma metamorfose em que o
seu lado esquerdo passa a face oral e o lado direito a face aboral,
passando de larva bilateral a juvenil radial.

Capacidade de autotomia capacidade de libertar partes do corpo


como método de defesa, seguida da regeneração de partes do corpo
perdidas, apenas caso possuam uma parte do disco central, onde se
localiza o sistema nervoso, podendo estar envolvido na reprodução
assexuada.
A face oral é aquela em que é possível observar a boca, enquanto na aboral consegue-se ver o
ânus. O aparelho mastigador e de corrosão dos ouriços do mar, que constitui a boca, ligado a
músculos, é chamado de lanterna de Aristóteles.

A Classe Echinoidea possui o corpo com forma esférica ou discoide formado por ossículos
calcários contíguos, a carapaça, com 5 zonas ambulacrárias alternadas com 5 zonas
interambulacrárias.

A Classe Asteroidea tem o corpo com 5+ braços sem articulação com sulcos ambulacrários
abertos e pés ambulacrários com ou sem ventosas, que saem do disco central.

O Filo Chordata,
os Cordados, divide-se em 3 Subfilos, a Uronchordata e a Cephalochordata, os Protocordados
(invertebrados cordados), e a Vertebrata, os Vertebrados, em que a notocorda substituída
pela coluna vertebral na maior parte dos casos, mas todos têm crânio. Os vertebrados
dividem-se em 2 Superclasses, a Agnatha, sem maxilas, e a Gnasthostamata, com maxilas.
Os primeiros vertebrados completamente terrestres eram amniotas, embriões são rodeados
por uma membrana amniótica que possibilita trocas gasosas fora de água. Surgiram 2
linhagens amniotas distintas, os sauropsídeos (ancestrais dos répteis e aves) e os sinapsídeos
(ancestrais dos mamíferos).
O Subfilo Uronchordata,
por exemplo o anfioxo,
apresenta uma “túnica”
endurecida que envolve o
animal, em que somente as
larvas apresentam
caraterísticas de cordados.
Após a metamorfose, a
notocorda e a cauda
desaparecem e o cordão nervoso fica reduzido a um gânglio, mantendo apenas o endóstilo e
as fendas faríngeas.

O Subfilo Cephalochordata possui todas as caraterísticas distintivas dos cordados. Uma


corrente de água gerada por cílios entra
na boca e sai pelas fendas faríngeas. Os
cílios captam partículas e transferem-nas
para o intestino, enquanto as partículas
mais pequenas são separadas para um
ceco hepático onde são fagocitdas e
digeridas, a restante água passa para o átrio e é eliminada pelo poro do átrio.

A notocorda é a primeira parte do endosqueleto a aparecer no embrião, uma estrutura de


matriz gelatinosa envolvida por tecido conjuntivo fibroso com função de suporte. Persiste toda
a vida dos protocordados e ágnatas, apesar de que, nos restantes vertebrados, pode ser
vestigial pois é substituída por vértebras cartilaginosas ou ósseas.

O cordão nervoso tubular dorsal é um cordão único dorsal ao tubo digestivo, ao contrário a
outros invertebrados, em que a terminação anterior se dilata nos vertebrados para formar o
encéfalo, centro do sistema nervoso que inclui o cérebro. Nos vertebrados, este passa através
de arcos neurais das vértebras e o encéfalo é envolvido pelo crânio ósseo ou cartilaginoso.

As fendas e bolsas faríngeas na cavidade faríngea, derivam do tubo digestivo pois


inicialmente estavam implicadas na alimentação por
filtração, o que ainda ocorre nos protocordados em que a
corrente gerada por cílios entra na boca, o muco capta as
partículas, e sai pelas fendas. Este mecanismo passou a
realizar-se nas brânquias internas desenvolvidas pelos
peixes, convertendo as fendas para uma função
respiratória. Nos vertebrados tetrápodes as bolsas
faríngeas (em vez de fendas) originam diferentes
estruturas, como a cavidade do ouvido médio, amígdalas,
glândula paratiroide e timo, enquanto o 1º arco branquial
forma os maxilares e o ouvido interno.

O Endóstilo, na base da faringe dos cordados primitivos,


participa na alimentação pois segrega muco que aglutina
as partículas de alimento. Algumas células do endostilo
segregam proteínas homólogas às da Glândula Tiróide, caraterística de lampreias adultas e
dos restantes vertebrados.

A Cauda pós-anal nas larvas dos urocordados e no anfioxo, vestigial nos Humanos (coxis), é
utilizada na propulsão na água, sendo mais eficiente nos peixes graças às barbatanas.

A Classe Amphibia, os Anfíbios, são animais ectotérmicos com baixa taxa metabólica,
caraterizados por ter uma fase aquática, onde ocorre geralmente a fase larvar, e uma fase
terreste, após a metamorfose, no ciclo de vida. Dependem da água para se reproduzir, por isso
estão condicionados a proximidade de zonas húmidas. A rana sylvatica tem a capacidade de
congelar o próprio corpo, contribuindo para a crioconservação durante meses com
temperaturas frias.

A pele dos anfíbios permite a respiração, regulação


hídrica e proteção, é composta por derme esponjosa e
epiderme estratificada, em que a última camada de
células contém depósitos de queratina para mantê-la
húmida.
Contém 2 tipos de glândulas nos tecidos laxos da derme,
as glândulas mucosas pequenas (muco protetor
impermeabilizante) e glândulas granulares serosas grande (substância tóxica para predadores).

Divide-se em 3 ordens, a Anura (Anuros, sem cauda, a maior parte), a Urodela (Urodelos,
cauda evidente) e a Gymnophiona (Ápodes, serpente nua).

A Ordem Anura podem ser rãs, sapos ou relas,


têm a cabeça e o tronco fundidos, sem cauda no
estado adulto e com no máximo 10 vértebras,
incluindo o urostilo (coxis). Possuem veneno,
especialmente nas glândulas paródicas. Devido
à sua reprodução aquática, ectotermia ou à pele
impermeável, ficam dependentes da água. Os
membros posteriores aparecem em primeiro na
metamorfose, enquanto os anteriores ficam cobertos pelos opérculos. A cauda e as brânquias
são absorvidas e os pulmões desenvolvem-se.
Como são ectotérmicos, alimenta-se e
reproduzem-se quando é mais favorável.
Nas épocas de reprodução, os machos
chegam aos lagos primeiro e cantam para
atrair fêmeas. A fertilização é realizada
em meio aquático, em forma de amplexo,
com o macho abraça a fêmea e, à medida
que esta liberta os ovócitos, o macho
lança esperma.
Os ovos são dispostos em grandes massas
fixada na vegetação. A eclosão dá origem
a girinos herbívoros com cauda
compridas, maxilas queratinizadas para
raspar a vetetação e com discos ventrais adesivos para agarrarem objetos, também com 3
pares de brânquias externas que, mais tarde, serão cobertas pelos opérculos. O opérculo
esquerdo possui um espitáculo, por onde a água sai depois de passar nas brânquias.

Sistema respiratório: varia de acordo


com cada etapa de vida. Quando são
girinos a respiração é branquial e quando
adultos é cutânea, bucal e pulmonar. Os
machos têm cordas vocais mais
desenvolvidas que as fêmeas, localizadas
na faringe. Os sons de ressonância são produzidos pela passagem de ar nas cordas vocais entre
os pulmões e sacos vocais na base da boca.

A coloração desta ordem provem dos cromatóforos, células que carregam grânulos de
pigmento por ação de estimulação luminosa através da hormona pituitária.
Os xantóforos contêm pigmentos amarelados, laranja ou vermelhos, os iridóforos contêm
nano-espelhos prateados e os melanóforos contêm melanina preta ou castanha.

A Ordem Urodela, os Urodelos (tritões e salamandras), têm no máximo 60 vértebras e,


geralmente, 2 pares de membros pequenos, mas podem ser rudimentares ou ausentes.
Podem apresentar membranas interdigitais, dorsais e caudais, juntamente com o filamento
caudal.
A fertilização é, normalmente,
interna, apesar de não haver
contacto entre os órgãos
reprodutores, em que a fêmea
coloca na cloaca um
espermatóforo depositado pelo
macho algures. A depositação dos
ovos pode ser em meio aquático,
depositam massas de ovos
pegajosas e eclodem larvas com
brânquias externas e uma cauda
em forma de barbatana, ou em
meio terrestre, depositam ovos
em pequenos cachos em cavidades livres e desenvolvem-se diretamente. Pode ocorrer
podemorfose, ou seja, a retenção de características larvais por parte dos indivíduos, tal como
as brânquias externas e cauda com barbatana, logo deixa de haver metamorfose.

Algumas espécies só se metamorfizam sob certas condições ambientais, aqueles que possuem
brânquias são os axolóteles. Quando os charcos secam os axolóteles metamorfizam-se,
perdendo as brânquias e passam a respirar por pulmões enquanto não encontram um novo
charco.

A respiração pode ser por brânquias ou/e pulmões, ou não ter nenhumas, e algumas formas
terrestre não têm pulmões e algumas formas aquáticas não têm brânquias.

A Ordem Gymnophiona, os Ápodes (serpentes nuas),


têm o corpo alongado e húmido, com no máximo 285
vértebras e anéis rígidos. Sem membros, com cauda
curta ou ausente e os olhos são atrofiados, ganhando
os tentáculos que é mais útil em regiões tropicais.

Em Portugal, a identificação das 17 espécies é feita com base:

Nos Urodelos, entre salamandra e tritão, das membranas dorsais e caudais, dependendo se o
animais está mais adaptado ao meio aquático ou ao terrestre.
Nos Anuros, a diferenciação entre relas e rãs/sapos é feita com base nos discos adesivos, que
só as relas possuem, e no tipo de pupila

A Classe Reptillia, os Répteis, são seres rastejantes com o corpo de pele dura, seca e
coberta de escamas epidérmicas queratinizadas e poucas glândulas. Fertilização interna, sem
fazeres larvares aquáticas, amniotas, ovos com conchas e membranas extraembrionários
(amnion, córion e alantóide).

Os répteis divergem em 4 Ordens, a Squamata, a Testudines (tartarugas e cágados), a


Rhynchocephalia (tuataras da Nova Zelândia) e a Crocodilia (crocodilos, jacarés, caimão e
gavial). A Ordem Squamata representa a maioria dos exemplares desta classe e divide-se em 3
Subordens, a Sauria (lagartos), Serpentes e Amphisbaenia (cobra cega).

Na Crocodilia, as escamas vão crescendo para compensar o desgaste. Nas Serpentes e Sauria
crescem novas debaixo das antigas que vãos ser libertadas (muda). Nas Testudines depositam-
se novas camadas de queratina debaixo das antigas placas, que derivam das escamas.

As Serpentes podem ser áglifas, sem dentes de


descarga de veneno, opistoglifas, com dentes
inoculadores na zona posterior, ou solenoglifas, com

dentes especializados
na região anterior.
As Ordens Sauria e Serpentes captam partículas de
odor do ar, “cheiram”, através da língua. O processo
passa por extenderem a língua para o exteior,
captarem partículas, retraírem a língua para o interior
e inserí-la numa cavidade no céu da boca, o órgão
vomeronasal.

As Serpentes possuem uma fosseta loreal, um nervo sensível ao calor usado para localizar
presas.

Técnicas de caça: constrição (estrangulamento) ou veneno, usados com animais de grandes


dimensões. Detetam as presas pelo cheiro com o nariz ou com a língua.

 Os répteis têm escamas epidérmicas de queratina, ao


contrário das dérmicas dos peixes. Os anfíbios têm pele
húmida com glândulas e sem escamas.
 Os répteis foram os primeiros a desenvolver os ovos
amnióticos (membranas exteriores ao embrião) com casca calcária, o que permite a
postura em ambiente terrestre, pois facilita as trocas gasosas pelo
alantoide e córion, evita perdas de água e tem um grande saco
vitelino. Os anfíbios apenas possuem ovos sem casca, mas sim
com uma membrana para postura em meio aquático, que impede
trocas gasosas eficientes.
 A musculatura dos maxilares é mais desenvolvida para esmagar a
presa, para manter a manter presa e não fugir, caraterística que nem os peixes nem os
anfíbios possuem.
 Órgãos copuladores que permitem fertilização interna, obrigatório para ovos com casca,
ao contrário dos anfíbios em que ocorre fertilização externa ou utilização do
espermatóforo. Os répteis desenvolvem-se sem fase larvar, enquanto os anfíbios sofrem
metametamorfose com face larvar.
 Sistema circulatório, sistema nervoso (órgãos dos sentidos) e respiração exclusivamente
por pulmões mais eficientes, enquanto os anfíbios têm pulmões rudimentares, respiração
cutânea e brânquias, mas têm a audição mais desenvolvida.
 Urina é semi-sólido para evitar perdas de água. Excretam ácido úrico, enquanto os
anfíbios excretam ureia ou amónia.
 Membros mais eficientes para locomoção terrestre, quase sempre 5 dedos. Os anfíbios
estão mais adaptados ao meio aquático e têm geralmente 4 dedos.

Os Peixes podem pertencer às duas Superclasses dos Cordados, a Agnatha e a


Gnathostomata, respetivamente. Os que não possuem mandíbula, Agnatha, podem pertencer
às Classes Mixini (enguias de casulo) e Cephalaspidomorphi (lampreia). Os que possuem
mandíbulas, Gnasthostomata, podem pertencer às Classe Chondrichtyes (peixes cartilagíneos),
Actinopterygii (peixes ósseos com barbatanas suportadas por raios) e Sarcopterigii (peixes
ósseos com barbatanas suportadas por pedúnculo).

São animais ectotérmicos, com coluna vertebral, escamas dérmicas (desenvolvem-se na


derme e são cobertas pela epiderme) ou pele nua, barbatanas e coloração, que serve de
comunicação e camuflagem, podendo derivar de pigmentos ou fotóforos luminosos. Têm
órgãos sexuais e o tubo digestivo tem a função de receber alimentos, armazena-los, decompô-
los, absorver os produtos e eliminar resíduos. Os Agnatha e os peixes pulmonados não têm
estômago, os restantes possuem estomago fechado com o esfíncter cardíaco (anterior) e
pilórico (posterior).

Os peixes cartilagíneos têm


sexos separados e
fertilização interna e podem
ser ovíparos, ovovivíparos ou
vivíparos
(placenta).
Secretam
ureia, apresentam cloaca e podem ter escamas placoides.

Os peixes ósseos têm, geralmente, fertilização


externa e são ovíparos com sexos separados.
Secretam amónia.

O esqueleto destes peixes divide-se em axial


(coluna vertebral), apendicular (elementos de
sustentação das nadadeiras) e cefálico (crânio)

As barbatanas dorsais e anais são suportadas por


lepidotríquias, os "raios", que são escamas
modificadas ou espinhos, ou pelo pedúnculo caudal,
região onde se insere a barbatana caudal,
dependendo da Classe Actinopterygii ou Sarcopterigii, respetivamente.
As
Aves são animais endotérmicos com escamas
(membros posteriores), penas e com os membros
anteriores transformados em asas.
Um só côndilo occipital, pescoço
desproporcionalmente longo, sacos aéreos (respiração
eficiente durante o voo), sem bexiga pois secretam
ácido úrico. Apenas o ovário esquerdo é funcional,
fertilização interna e a incubação dos ovos amnióticos é
externa.
Não dão bons fósseis pois os ossos são ocos ou poucos
densos, o que é erodido facilmente. Rémiges é o nome
que se dá a cada tipo de penas.

Dividem-se em 2 Subclasses, a Archaeornithes


(antigas, fim do Jurássico) e Neornithes (modernas,
inclui aves extintas).

o A superordem Paleognathae divide-se em 5 Ordens, a Struthioniformes (avestruz),


Rheiformes (ema), Casuariiformes (casuar), Apterygiformes (kiwi) e Tinamiformes
(Inhambo).

o A Subclasse Neornithes divide-se em 2 Superorderns, a Paleognathae (palato primitivo,


com 5 ordens) e Neognathae (palato moderno, com 23 ordens).
 A Superordem Neognathae divide-se em 23 Ordens, a Sphenisciforme (pinguins), a
Gaviiformes (gavião), Podicipediformes (mergulhões), Procellariiformes (pardelas),
Pelecaniformes (corvos-marinhos), Ciconiiformes (cegonhas), Anseriformes (patos),
Falconiformes (águias), Galliformes (galinha), Gruiformes (grous), Charadriiformes
(gaivotas), Columbiformes (pombos), Psittaciformes (araras), Musophagiformes
(turacos), Cuculiformes (cucos), Strigiformes (mochos), Caprimulgiformes (noitibós),
Apodiformes (andorinhas), Coliiformes (rabo.de-junco), Trogoniformes (quetzal),
Coraciiformes (bica-peixe), Piciformes (pica-pau) e Passeriformes (mais ambundante).

Na inspiração 1, o ar não se dirige


para os parabronquíolos, este
preenche o saco aéreo posterior e
apenas uma pequena parte chega aos
parabrônquios. Quando a ave expira,
o ar atinge os pulmões onde ocorre
as trocas gasosas.

Na inspiração 2, o ar que estava a


vermelho nos parabronquíolos dirige-
se ao saco aéreo anterior (agora em
azul) e, após a expiração 2 é expelido.

Os ancestrais da
Classe Mammalia,
os Mamíferos, são os
Therapsida, que
evoluíram dos
Sinapsídeos. Os
Therapsida, répteis
mamiliformes, já
possuíam diferenças a

nível do crânio, esqueleto mais leve e membros por baixo do corpo,


heterodontia (2 ou 3 tipos de dentes), endotermia e, alguns, pelos.
Devido a terem sobrevivo à extinção em massa Pérmico-Triássico,
passaram a ser dominantes.

Os mamíferos originaram-se no Triássico e a radiação iniciou-se no


Cretácio, ambos no Mesozóico. Os primeiros mamíferos eram pequenos
e mais ativos durante a noite, porque os dinossauros eram dominantes
diurnos e a única alimentação disponível eram baseada em plantas e
insetos.
A grande radiação e diversificação só ocorreu no Cenozóico, devido à extinção dos
dinossauros e consequente desocupação de nichos ecológicos, no final do Cretácio. Permitiu
que desenvolvessem cabeça e corpo robustos, maior tamanho e mandíbulas fortes com dentes
afiados, pelo que a sua alimentação passou a poder ser carnívora, mas mantiveram-se os
herbívoros. A pelagem tem cores sombrias, melanina, e patrões mesclados, servindo de
camuflagem no ambiente natural e protegem contra a irradiação solar intensa.

Todos os mamíferos possuem 3 caraterísticas não observadas em mais nenhum grupo, são
essas as glândulas mamárias (produzem leite para alimentar as crias), o pelo e os pavilhões
auriculares com três ossículos do ouvido médio (martelo, bigorna e estribo).

A pelagem tem cores sombrias, melanina, e patrões


mesclados, servindo detetores sensoriais, camuflagem e
proteção contra a irradiação solar intensa. No caso dos
ouriços têm espinhos e os pangolins têm escamas. A falta
de melanina é a causa do albinismo, este que é diferente
das mudas sazonais, em que alteram a cor da pelagem
derivando da temperatura do meio.

As glândulas sebáceas secretam sebo que protege e


impermeabiliza a pele e os pelos. As glândulas sudoríparas produzem suor que regula a
temperatura e elimina substâncias tóxicas.

As glândulas odoríferas servem para marcar o território e comunicar com outros membros da
espécie, quer para atrair sexualmente ou repelir. Alguns mamíferos também têm glândulas
venenosas, como os ornitorrincos. Apresentam sistema digestivo completo com glândulas
anexas

A maioria é tetrápode e são ativos todo o ano, mas, a baixas temperaturas, podem fazer
hibernação. A hibernação é um mecanismo em que reduzem o metabolismo ao mínimo em
condições desfavoráveis, como o inverno rigoroso, o que lhes permite conservar energia em
estado letárgico. Alguns adormecem simplesmente, enquanto outros atingem o estado de
verdadeiro letargo.

A endotermia, comum também às aves, graças aos pelos e penas, permite manter a
temperatura corporal constante independentemente da temperatura do meio envolvente, à
custa de uma alta taxa metabólica e decomposição dos alimentos.

O crâneo tem 2 côndilos occipitais, formações ósseas que se articulam com a 1ª vértebra, e
dentição difiodonte, dentição de leite e definitiva, organizada em incisivos, caninos (excepto
nos herbívoros) e molares. As baleias não apresentam dentes, mas compridas fileiras de
cerdas.

Desenvolveram também cornos (permanentes e compostos por um núcleo ósseo coberto por
queratina) e hastes ósseos (caducos ramificados), estes apenas nos machos, excluindo o caso
das renas.

A maioria tem dimorfismo sexual, mesmo que pouco acentuado, e podem ser ovíparos
(monotrématas, como o ornitorrinco e a equidna) e vivíparos, que se separa em marsupiais
(placenta córion-vitelina e bolsa) e placentários (placenta córion-alantóide). A monogamia é
rara nos mamíferos, mas a poligamia, em especial a poligenia (1 macho e várias fêmeas), é
mais frequente, jutamente com a poliandria (1 fêmea e vários machos).

Tal como as aves, os mamíferos migram, uma maneira de evitar épocas desfavoráveis e
disponibiliza maior variedade de alimento.

As principais ameaças são a poluição dos habitats, a caça excessiva, os acidentes rodoviários e
os fogos florestais.

Das 21 Ordens, em Portugal os mamíferos distribuem-se por 7:

A Ordem Erinacaemorpha (ouriço-cacheiro) são insetivoros noturnos, pelo que servem de


controlo de pragas, pelo coberto por espinhos e pelos na parte inferior.

A Ordem Soricomorpha tem 2 famílias.


A família Soricidae (musaranhos) são animais insetivoros com elevado metabolismo, pelo que
comem perto do seu peso em alimento diário, rosto comprido, parecido ao bico de uma ave, e
dente incisivo quase horizontal. Defende-se com o odor, veneno e ecolocalização.
A família Talpidae (toupeiras) são cegas, sem orelhas externas e com o focinho com vibrissas
sensitivas de função tátil. Membros anteriores adaptados para escavar com garras largas.
Arcas zigomáticas (bochechas) e caninos desenvolvidos.

A Ordem Chiroptera (morcegos) são os únicos mamíferos voadores, pois, sendo ativos à noite,
não ocupam o nicho ocupado pelas aves, o que lhes confere a dieta mais variada dos
mamíferos. A asa do morcego chama-se patágio e a membrana é a feiosa brósiliti quiropatágio.
Dividem-se em 2 Subordens, a Megachiroptera e Microchiroptera (verdadeiros morcegos).
Atuam como polinizadores, dispersores de sementes e predadores de pragas, mas também
como vetores de doenças. Desenvolveram a ecolocalização, tal como os golfinhos e orcas
através do melão, em que emitem um som de alta frequência para localizar o obstáculo e o
seu tamanho.

A Ordem Lagomorpha (coelhos) são estritamente herbívoros com 4 incisivos.

A Ordem Rodentia (capivara, esquilo, porco-espinho, …) é a mais nomerosa, só com 2


incisivos especializada para roer e um espaço entre estes e os molares, o diastema.

A Ordem Cetartiodactyla divide-se em Artiodáctilos (zebras, hipopótamos, …), ungulados com


cascos e com número par de dedos, e Cetáceos (baleias) mamíferos marinhos.

A Ordem Carnívora (tigre, urso, raposa, …) tem dentes adaptados para cortar e 4 ou 5 garras.
Podem ser predadores ou necrófagos, não precisam de comer muito pois a carne é rica em
nutrientes, com digestão rápida e intestino curto.

A Ordem Xenarthra (preguiça, papa-formigas, …) movem-se devagar, têm uma articulação


acessória, a xenartria. Não têm molares desenvolvidos, parecem desdentados, mas possuem
garras grandes.

A Ordem Pholidota (pangolim) tem o corpo coberto por escamas e sem dentes, come
principalmente formigas.

A Ordem Primata tem grandes cérebros, visão a cores, tendência para o bipedismo e polegar
opositor.
A Ordem Perissodactyla (cavalo, rinocerontes, …) têm número impar de dedos nas patas, com
o do maior sempre maior e, quando têm, cornos em posição frontal.

A Ordem Proboscidea (elefante, mamute, …) tem o nariz desenvolvido e presas de marfim.

A Ordem Sirenia (manatim) são herbívoros aquáticos com membros anteriores transformados
em nadadeiras, os membros posteriores são vestigiais e a cauda forma um remo.

Equinodermes: Legenda da estrela, descrição do funcionamento do sistema ambulacrário,


legenda de ouriços sem simetria (aqueles estranhos que a stora mostra durante a aula pratica)
e saber que o anus e a boca fazem migração, pq vão ter de identificar esses pontinhos na
imagem, e identifciar uma das familias através de uma imagem.

Protocordados: "Indique 3 caraquerísticas que apareceram pela primeira vez nos cordados" (p.
ex. notocorda, cenas faríngicas e cauda pós anal) e Legendar o bicho dos cordados (anfioxo).
Peixes: Diferenças ou lá o que era, entre ósseos e cartilagíneos, legendar um peixe, barbatanas
e os raios das mesmas.

Anfíbios, foi a milene, e era super facil, vinha


misturado com os repteis e era só para completar
com conhecimentos super básicos... este ano não
deve ser igual

Aves: O esquema da respiração, tivemos mesmo


de o fazer xD meia pagina em branco e
desenha.lo, caracteristicas principais (foi a parte
mais lixada)

Mamiferos: Características gerais, e identificar


várias familias de animais através de fotos. Falar da hibernação de um urso

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