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IDADES GEOLÓGICAS Final 2012-1
IDADES GEOLÓGICAS Final 2012-1
Este texto foi elaborado para servir de material de suporte aos alunos do
Instituto Federal do Espírito Santo - IFES - nas Disciplinas Geologia, do
curso de Licenciatura em Biologia, e Geologia Aplicada, do curso de
Engenharia Sanitária e Ambiental. Embora sejam feitas várias citações no
decorrer do mesmo, este foi baseado principalmente em informações
colhidas no site oficial do Museu de Paleontologia da Universidade da
Califórnia Berkeley.
INTRODUÇÃO AO ARQUEANO
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crescem em um ambiente aquático, prendendo sedimentos e, por vezes,
segregando carbonato de cálcio. Quando seccionado muito finamente,
estromatólitos fósseis podem conter Cianobactérias fósseis e algas
requintadamente preservadas.
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Figura 3: Cyanobacterium Oscillatoria.
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carbonato de cálcio precipitado sobre um tapete de filamentos bacterianos.
Os minerais, juntamente com grãos de sedimento precipitando na água,
foram presos na camada adesiva de mucilagem que envolve as colônias de
bactérias, que depois continuou a crescer para cima, através do sedimento
para formar uma nova camada. Como esse processo ocorreu várias vezes, as
camadas de sedimentos foram criadas. Este processo ainda ocorre hoje,
Shark Bay, na Austrália Ocidental é bem conhecido pelos estromatólitos em
suas praias.
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Figura 5: Cianobactérias atuais
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O PERÍODO PROTEROZÓICO
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POLUIÇÃO GLOBAL NO PROTEROZÓICO
A FAUNA DE EDIACARA
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conservados principalmente na parte inferior de lajes de quartzito e de
arenito. A maioria era redonda, que Sprigg chamou de "medusoids" devido
sua semelhança com águas-vivas. Outros, no entanto, pareciam estranhos
vermes, artrópodes ou outras formas estranhas.
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O PERÍODO CAMBRIANO
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Figura 10: Fauna Cambriana
Isso não significa que a vida nos mares do Cambriano teria sido
perfeitamente familiar a um moderno mergulhador! Embora quase todos os
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filos marinhos vivos estivessem presentes, a maioria era representada por
classes que foram extintas ou sua importância reduzida significantemente.
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Figura 12: Wiwaxia, componente da fauna do Folhelho Burgess
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O PERÍODO ORDOVICIANO
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Figura 14: Fauna típica do Ordoviciano
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O PERÍODO SILURIANO
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Figura 15: Mapa dos continentes e oceano no Siluriano.
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Figura 16: A lampreia é exemplo de um dos poucos peixes sem
mandíbulas ainda existentes
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de gás em terra. A solução de troca gasosa para as plantas foi uma
estrutura nova, a célula guarda dos estômatos. Ao abrir estas células
guarda a planta é capaz de permitir a troca de gás por difusão
através dos estômatos abertos.
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espécies são conhecidos na América do Norte, Europa, Ásia e África, tanto
do Siluriano Tardio como do início do Devoniano. O Baragwanathia lycophyte,
à direita, é estruturalmente mais complexo do que Cooksonia. Fósseis
Silurianos desta planta foram encontrados na Austrália, significativamente mais cedo
do que no Hemisfério Norte.
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Figura 18: Braquiópodes: animais marinhos fixos, com esqueleto constituído de duas
conchas. Habitam mares frios ou temperados. Vivem do Cambriano inferior até hoje.
O PERÍODO DEVONIANO
417 a 354 Milhões de anos atrás
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Os continentes da América do Norte e Europa colidiram, resultando em
intrusões maciças de granito maciço e o aumento dos Montes Apalaches, no
leste da América do Norte. Significativo processo erosivo passou a ocorrer
nas montanhas recém erguidas, resultando em grandes volumes de
sedimentos, os quais foram depositados em vastas planícies e mares rasos
nas proximidades.
Braquiópodes são animais marinhos que, ao primeiro olhar, são vistos como
conchas marinhas. Eles são realmente muito diferentes dos moluscos em sua
anatomia e não estão intimamente relacionados com eles.
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O Devoniano também é notável pela rápida diversificação em peixes. Peixes
bênticos com armaduras, os quais apareceram no Siluriano, foram comuns no
início do Devoniano. Estes peixes primários não tinham mandíbulas e são
chamados coletivamente "ostracodermos" (Figura 22) os quais incluem um
número de diferentes grupos. Os ostracodermes ou ostracodermos (do
grego ostrac, casca + derm, pele) são um grupo de agnatos (sem mandíbula)
extintos, considerados como os vertebrados mais antigos que se conhecem.
Compreendem diversas linhagens distintas, entretanto, todos são
caracterizados pela presença de um revestimento de ossos dérmicos,
geralmente na forma de uma extensa armadura ou carapaça, mas às vezes
na forma de placas menores ou escamas.
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Em meados do Devoniano, Placodermos (Figura 23), os primeiros peixes de
mandíbulas, apareceram. Muitos deles cresceram a tamanhos grandes e
eram predadores temíveis.
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Figura 24: Coelacanthus SP., um sarcopterigio ainda existente tido como extinto a 80
milhões de anos, até ser encontrado na África do Sul em 1938.
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Figura 25: Folha de Archaeopteris, do Devoniano.
O PERÍODO CARBONÍFERO
354 a 290 Milhões de anos atrás
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em comparação com o período Devoniano. Isso permitiu o desenvolvimento
de pântanos e florestas de várzea extensas da América do Norte e Europa.
Postula-se que grandes quantidades de madeira e animais em decomposição
foram enterradas durante este período porque e bactérias, que podiam
digerir a lignina, ainda não tinham evoluído. Também foi observado que o
extensivo enterrio de material carbonáceo levou ao acúmulo de excesso de
oxigênio na atmosfera, resultando em concentrações deste elemento até
80% maior do que a de hoje. O aumento de oxigênio resultou no incremento
de queimadas, bem como na expressão do gigantismo de certos insetos e
anfíbios, cujo tamanho é limitado por sistemas respiratórios que, por sua
vez, são limitados em sua capacidade de difundir o oxigênio.
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certos tipos de rochas podem conter minerais ligeiramente magnéticos e
assim posicionarem-se de forma específica quando expostos a um campo
magnético. Quando uma rocha é depositada, como acontece durante uma
explosão vulcânica, estes minerais são livres para se orientar em qualquer
forma e, quando a rocha endurece, ficam presos a essa posição, registrando
assim a posição do campo magnético da Terra naquele momento. Massas de
terra colocadas próximas uma das outras são sujeitas ao mesmo campo
magnético; desta forma, os minerais das rochas são orientados na mesma
direção.
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inclui os tubarões (Selachimorpha) e as raias (Batoidea)). Tubarões,
especialmente os Stethacanthids foram submetidos a uma radiação
evolutiva importante durante o Carbonífero. Acredita-se que esta radiação
evolutiva ocorreu porque o declínio da placodermos no final do período
Devoniano tenha feito com que muitos nichos ambientais ficassem
desocupados, permitindo que novos organismos evoluíssem e os
preenchessem.
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Amphibamus, Hyloplesion) ou terrestres (Dendrerpeton, Tuditanus,
Anthracosaurus).
Figura 28: Pederpes, tipo de anfíbio conhecido como o mais primitivo quadrúpede do
Carbonífero.
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Figura 31: Archaeothyris foi um réptil primitivo mamífero, o mais antigo e
incontestável Sinapsídeo conhecido.
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O PERÍODO PERMIANO
De 290 a 248 milhões de anos atrás
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Figura 32: Visão global do oceano e da grande massa de terra no período Permiano.
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Os répteis dessa época são mais próximos taxonomicamente dos mamíferos
atuais do que dos répteis que são conhecidos hoje, o que evidencia uma
ancestralidade surgida nessa período. Um exemplo de réptil permiano
marinho é o Mesosaurus, cujos restos fossilizados foram encontrados na
América do Sul (sul do Brasil) e na África, o que fortalece a teoria da
Deriva Continental.
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Figura 33: Mesosauro – Réptil aquático (1m).
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O final do período Permiano é marcado por uma extinção em massa de
proporções nunca antes vistas, onde 95% da vida na Terra desapareceu,
incluindo os trilobitas e os escorpiões marinhos. Esse evento é conhecido
como extinção Permo-triássica e foi considerada a maior registrada na vida
da Terra. Tal acontecimento afetou principalmente as comunidades
marinhas invertebradas, sobrevivendo alguns grupos como os amonites e
surgindo espaço para outros nesse habitat. Na terra, houve extinções em
menor proporção, sobrevivendo, por exemplo, os répteis terapsídeos.
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ERA MESOZÓICA
O PERÍODO TRIÁSSICO
De 248 a 208 milhões de anos atrás
O clima nas bordas era razoável, com áreas verdes exuberantes, enquanto,
no interior, um imenso deserto árido existia. Áreas montanhosas sofriam
intensa erosão, a sedimentação específica gerada se entulhava nas áreas
mais baixas formando arenitos e folhelhos. O clima era muito mais quente
e seco e a temperatura média do planeta era quase o dobro da atual.
Até o período médio, as placas da África e Eurásia se romperam e um longo
braço do mar Tétis atingiu, pelo oeste, o que hoje são Alemanha e França,
submergindo ilhas principais locais, fazendo surgir os mares europeus e
interferindo na paisagem intercontinental. Mais tarde, houve uma ruptura
das placas, rasgando a África do Gondwana e havendo um arrastamento para
o oeste.
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estruturas tróficas levaram cerca de 30 milhões de anos para se
restabelecerem.
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Figura 38: Demastosuchus - não era um dinossauro.
Embora nas regiões costeiras ao continente, onde clima era mais ameno,
ainda houvesse predominância das samambaias gigantes, a tendência com o
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decorrer da era mesozóica foi dessas serem substituídas por plantas mais
evoluídas e adaptadas ao panorama climático predominante na época.
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O PERÍODO JURÁSSICO
De 208 a 144 milhões de anos atrás
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Figura 42: Jurássico Inferior (195 milhões de anos).
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As rochas do período jurássico são de grande utilidade para o homem. Isso
se deve principalmente a seu conteúdo de carvão mineral, sal e gesso,
fosfatos e jazidas de minerais metálicos, inclusive urânio. Mas,
indubitavelmente, o bem mineral mais importante é o petróleo, obtido em
horizontes jurássicos nos Estados Unidos, Canadá, México, Brasil, França,
Alemanha, Marrocos e Arábia Saudita.
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Figura 46: Diplodoco.
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Figura 48: Solenopora.
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Figura 51: Coníferas.
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PERÍODO CRETÁCEO
De 144 milhões a 65 milhões de anos atrás
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No início do Cretáceo, as placas que compunham o supercontinente Pangea já
haviam se distanciado, ocasionando o processo de “rifting” e em meados do
período Cretáceo, a grande massa continental já havia se dividido em vários
continentes menores.
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primeiras flores (angiospermas). A evolução das angiospermas foi ajudada
pelo surgimento de abelhas deste período.
Existem mais de dez teorias sobre as causas da extinção K-T, mas nenhuma
se mostra completamente irrefutável e consensualmente reconhecida pela
comunidade científica atual. Entre elas, tem-se:
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hidrogênio formando o ácido nítrico (HNO3). Sucederam-se então longos
períodos de chuva ácida, prejudicando ainda mais a vida terrestre. Paralela
e consecutivamente, o aumento da acidez e da temperatura dos oceanos
afetou gravemente os ecossistemas marinhos.
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A ERA CENOZÓICA
65 milhões de anos até o presente
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O PERÍODO TERCIÁRIO
65 a 1,8 milhões de anos
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e deram origem às pradarias, freqüentadas por mamíferos ungulados. Na
Europa, o aumento da temperatura durante o eoceno fez com que ali se
disseminassem diversas espécies de famílias tropicais, como as palmeiras,
enquanto no norte subsistiam as formações de coníferas.
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Figura 57: animais corpulentos proboscídeos (dotados de tromba).
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O PERÍODO QUATERNÁRIO
Últimos 1,8 milhões de anos (a partir de 2009, 2,588 MA)
Enquanto a terra não mudou muito no Pleistoceno, o clima durante esta era
mudou significativamente. O Pleistoceno começou com camadas de gelo polar
muito maiores que as atuais, em alguns períodos abrangendo grandes áreas
da América do Norte, Europa e Ásia, o que é chamado comumente de Era do
Gelo.
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pleistoceno foi caracterizado também pela presença de mamíferos e de
pássaros gigantes. Mamutes e seus primos os mastodontes, búfalos, tigres
dente de sabre e muitos outros mamíferos grandes viveram no pleistoceno.
No fim do pleistoceno, todas estas criaturas foram extintas.
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Figura 62: Mamute Figura 63: Mastodonte
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Homo erectus
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Homo sapiens neanderthalensis - Homem de Neanderthal
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A "Invasão Humana" tem início há 100 mil anos atrás. A cerca de 70 mil anos
atrás, o Homo sapiens chegou ao Oriente Médio, a 50 mil anos atrás, chegou
à Ásia, tendo início o processo de extinção do Homo erectus. Há 40 mil anos
atrás o Homo sapiens chegou à Europa e lá ficou conhecido como Homem de
Cro-Magnon. A cerca de 35 mil anos atrás, entrou em contato com o Homem
de Neandertal, tendo início uma série de conflitos, nos quais quase sempre o
Homo sapiens vence. Há 28 mil anos, a população de Homens Neandertais
diminui drasticamente e há 27 mil anos atrás os Homens Neandertais foram
extintos.
http://zoo.bio.ufpr.br/diptera/bz023/aula_14_teorica.htm
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"idades de gelo", ocorreram possivelmente há cerca de 250 milhões de anos
(Brown & Gibson 1983), quando a Gondwana esteve coberta por uma camada
de gelo espessa e relativamente ampla no final da era Paleozóica (entre o
Carbonífero-Permiano).
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Tabela 1: Nomes históricos das quatro maiores glaciações em quatro regiões do
planeta.
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Figura 67: Oscilações climáticas pleistocênicas e implicações no nível do mar.
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Estudos mais recentes (Guidon & Delibrias 1986, Bahn 1993, Guidon 1995,
Ab’ Saber 1995), no entanto, indicam que a ocupação da América do Sul por
humanos primitivos pode ter ocorrido a mais tempo do que postulado
anteriormente. Pesquisas arqueológicas em São Raimundo Nonato, Piauí,
indicam evidências de ocupação humana nessa região entre 44.000 e 48.000
anos atrás. Pressupondo-se que estas datações estejam corretas, a
ocupação de humanos na América do Sul teria ocorrido, no mínimo cerca de
40.000 anos antes, do que vem sendo aceito nas últimas duas décadas.
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Alguns autores colocam ainda que os caçadores foram instrumentos na
redução do tamanho das populações, mas a extinção já estava ocorrendo em
resposta a mudanças climáticas no final da época do gelo. Recentemente, o
paleontólogo Castor Cartelle Guerra (apud Ab’ Saber, 1995) descartou
qualquer possibilidade de que a extinção da megafauna tenha sido por obra
da ação dos humanos primitivos na América do Sul ou por ação mais
drástica, como por exemplo, a ação de meteoritos. O autor salientou que os
mamíferos brasileiros extintos por volta de 12.000-10.000 anos atrás, eram
especializados em alimentação herbívora e que as bruscas modificações
climáticas ocorridas entre 15.000 e 12.000 atrás, junto com a modificação
dos espaços ecológicos e das cadeias alimentares, foram os causadores do
desaparecimento seletivo da biota anteriormente existente na região (apud
Ab’ Saber 1995, Cartelle 1998).
Teoria de refúgios
A teoria dos refúgios, como foi proposta para a América tropical por
Haffer (1969, 1974) e Vanzolini (1970, 1973; Vanzolini & Williams 1970),
enfatiza a multiplicação, extinção e migração de espécies animais em
pulsações, em resposta às mudanças climático-vegetacionais da Terra.
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monografia "Zoologia sistemática, geografia e a origem das espécies" (1970)
também acolhe a teoria dos refúgios.
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