Você está na página 1de 78

BIOLOGIA

Entende-se por Biologia a ciência que "estuda a vida", desde a


composição dos seres vivos até sua interação com outros organismos e seu
impacto em um determinado ambiente.

1. Método cientifico

Um conjunto de procedimentos por meio dos quais um cientista


consegue propor um conjunto de explicações para fenômenos, constituição e
formação de materiais etc.
Etapas: Observação; elaboração de experimentos (problemas); formulação de
hipóteses; (dedução); experimentação; analise dos resultados; conclusão.
 Argumentos dedutivos: São aqueles em que as premissas fornecem
um fundamento definitivo da conclusão;
 Argumentos indutivos: As premissas proporcionam somente alguma
fundamentação da conclusão, mas não uma fundamentação conclusiva,
identificando dessa maneira os conceitos de dedução e raciocínio
válido.

2. Origem da vida

Surgimento do planeta terra: Segundo os cientistas, há 13 bilhões de anos


ocorreu uma explosão muito potente, a famosa Big Bang. Essa explosão teria
dado origem à matéria de todo o universo.
Geologicamente, a história da Terra é dividida para distinguir os
períodos de grandes mudanças. Inicialmente existem os éons, que são
subdivididos em eras, que se subdividem em períodos, que por sua vez são
subdivididos em épocas. As eras geológicas são: a Arqueozóica (que incluem
os éons Hadeano e o Arqueano, início da formação da Terra), a Proterozóica
(início da vida); a Paleozóica (vida primitiva); a Mesozóica (vida intermediária) e
a Cenozóica (vida moderna).
No princípio, o planeta era extremamente quente, equivalente a uma
imensa bola de fogo, com aproximadamente 1.500°C, não abrigando nenhuma
forma de vida.
Passados milhões de anos após a formação do planeta, a Terra entrou
em um processo de resfriamento gradativo, com o desprendimento de gases e
vapores. Isso fez com que os gases formassem a atmosfera (composta de
metano, amônia e outros compostos) e uma parte desses vapores seria vapor-
d’água que, à medida que se afastava da massa incandescente, resfriava-se e
se transformava em água líquida, precipitando em forma de chuva. Assim,
repetindo-se por muitas vezes, a superfície da Terra foi resfriando lentamente e
grandes quantidades de água foram se acumulando, o que formou os oceanos
primitivos. Essa alteração também originou uma estreita camada de rocha em
toda a Terra. Todas essas mudanças duraram aproximadamente 800 milhões
de anos.
A partir da solidificação da Terra e da formação do supercontinente, a
Pangeia, a formação do oceano, nomeado Pantalassa, foi fundamental para o
surgimento da vida no planeta, pois, segundo os cientistas, a origem da vida
veio dos seres aquáticos.
Há cerca de 3,5 bilhões de anos, apareceram bactérias muito primitivas,
unicelulares. Com a fotossíntese, feita por essas bactérias, a atmosfera
acumula oxigênio. Dessa forma, surgiram as algas, além de outros
microrganismos pluricelulares
Essas primeiras formas de vida foram importantes para a origem de
outros seres oriundos dos microrganismos, como os invertebrados, dentre eles
medusas, trilobitas, caracóis e estrela-do-mar, além disso, se desenvolveram
plantas tais como as algas verdes. Todos os seres vivos desse momento
habitavam ambientes marinhos.
Na era Paleozóica, algumas espécies de plantas marinhas
desenvolveram a capacidade de se adaptar fora do ambiente aquático,
migrando para áreas continentais e dando origem às primeiras plantas
terrestres. Apareceram também inúmeros grupos de seres vivos, entre eles os
artrópodes e os vertebrados.
Os animais terrestres tiveram sua origem a partir do momento em que
algumas espécies de peixes saíram da água, aparecendo aos anfíbios e
posteriormente os répteis. Cronologicamente, as plantas na Terra teriam
surgido há cerca de 400 milhões de anos e os animais anfíbios há 350 milhões
de anos.
Já na era Mesozóica, o planeta Terra ficou povoado por grandes répteis,
como os dinossauros. Originaram-se também as plantas com flores e os
mamíferos. Há cerca de 200 milhões de anos, a massa de terra teria começado
a se afastar, devido ao efeito das placas tectônicas, blocos da superfície da
crosta terrestre. Esse movimento formou a Laurásia (ao Norte) e a Gondwana
(ao Sul). Durante os períodos seguintes, os dois continentes continuaram a
fragmentar-se e, no fim do Mesozóico, eles já se configuravam de forma
parecida aos continentes atuais.
A extinção dos grandes répteis aconteceu há 70 milhões de anos, cuja
causa foi, provavelmente, a colisão de um asteróide com a Terra, formando
uma grande nuvem de poeira que cobriu todo o planeta, impedindo a radiação
solar direta e o consequente esfriamento da superfície.
Depois, na era Cenozóica, houve uma etapa de mudanças radicais na
Terra. Há aproximadamente 65 milhões de anos, houve a movimentação do
pedaço de terra correspondente à Austrália e à Índia em direção ao Norte,
aproximando a Austrália com o Sudeste Asiático e, com o choque da Índia com
a Ásia, teve início a formação da Cordilheira do Himalaia. No mesmo período,
surgiram outras grandes cadeias de montanhas.
Como a atmosfera já possuía as mesmas características atuais, os
mamíferos e as aves, se desenvolveram e proliferaram por todo o planeta,
habitando a Terra até hoje. Os ancestrais dos seres humanos apareceram há
aproximadamente quatro milhões de anos. Também, o planeta entrou em
períodos de glaciações, ocasionadas pelo crescimento das geleiras, oscilando
entre períodos de climas temperados, o qual vivemos hoje. Há 11 mil anos, as
geleiras se fixaram nas zonas polares.
Fortes perturbações na crosta terrestre provocaram profundas
mudanças no clima e na geografia, influenciando de forma decisiva a evolução
da vida e a distribuição da fauna e da flora. A América do Sul, a África e a Índia
eram ilhas há 50 milhões de anos. A geografia atual dos continentes é um
fenômeno que data de 40 milhões de anos. E a evolução da vida no planeta foi
um processo com algumas interrupções, pois algumas plantas e animais
evoluíram para desaparecer milhões de anos mais tarde, enquanto outros
espécimes resistiram quase sem sofrer grandes mutações. Já o homem
moderno surgiu no planeta Terra há cerca de apenas 200 mil anos.
Por fim, como mencionado anteriormente, o planeta está em constante
transformação e pode ser que, daqui a milhares de anos, a configuração da
Terra seja diferente do que conhecemos hoje. Por isso é tão importante
preservarmos ao máximo a fauna, a flora e os recursos naturais, garantindo um
futuro melhor.

 Abiogênese: Baseada na ideia de que a vida poderia surgir da matéria


orgânica, essa teoria começou a partir de experimentos e foi
supostamente comprovada pelo surgimento de moscas em uma carne
em decomposição e ratos em trapos sujos.
 Biogênese: Segundo a biogênese, todos os seres vivos são originados
de outros seres vivos preexistentes, ou seja, um rato não pode nascer a
não ser de outro rato. Espécies de anfíbios e répteis só podem nascer
de espécies preexistentes desses animais.

Teorias sobre a origem da vida

 Criacionismo

De acordo com o criacionismo, todos os seres vivos surgiram na Terra


por meio de uma criação divina. Segundo essa ideia, Deus criou todos os seres
vivos, incluindo os seres humanos, como está relatado na Bíblia. Essa ideia de
origem da vida é uma das mais antigas e até hoje é aceita por muitos fiéis em
torno de todo o planeta.

 Panspermia

Panspermia é uma hipótese que afirma que a vida no planeta pode ter
sido iniciada com base em partículas da vida que chegaram à Terra através do
espaço. De acordo com o filósofo grego Anaxágoras, existiam sementes da
vida em todo o Universo. Desse modo, a vida pode não ter sido originada aqui,
e sim ter chegado ao planeta depois.
Essa ideia criou força no século XIX, quando os químicos Thenard,
Vauquelin e Berzelius descobriram compostos orgânicos em amostras de um
meteorito. Em 1871, o físico William Thomson propôs que meteoros ou
asteroides, ao colidirem com planetas que continham vida, poderiam ter
ejetado rochas contendo seres vivos. Assim, rochas contendo vida podem ter
trazido ou colaborado com a origem da vida na Terra.

 Teoria de Oparin e Haldane

De forma independente, os cientistas Oparin e Haldane levantaram uma


hipótese que é hoje considerada a mais aceita de origem da vida. Eles
propuseram que a atmosfera primitiva da Terra apresentava compostos que
sofreram a ação de raios e da radiação ultravioleta, dando origem a moléculas
simples. Essas moléculas orgânicas ficavam nos oceanos primitivos, formando
uma espécie de “sopa primitiva”.
De acordo com os pesquisadores, a atmosfera primitiva terrestre era
composta basicamente por amônia, hidrogênio, metano e vapor d'água. O
vapor d'água da atmosfera condensava-se e dava origem a chuvas. A água, ao
cair no solo, evaporava-se rapidamente, uma vez que a superfície terrestre
ainda era quente, dando início, desse modo, a um ciclo de chuvas. Nesse
cenário observava-se ainda descargas elétricas e a radiação ultravioleta do
Sol, que fazia com que os elementos atmosféricos reagissem e formassem
compostos, os aminoácidos.
A água das chuvas levou esses aminoácidos à superfície terrestre.
Esses, ao encontrarem condições favoráveis, começaram a formar estruturas
semelhantes a proteínas. Com a formação dos oceanos, essas “proteínas
primitivas” foram arrastadas para esses locais e formaram os coacervados, os
quais podem ser definidos como agregados de proteínas rodeados por água.
Após algum tempo, esses coacervados tornaram-se estáveis e mais
complexos.
Além de compreender como os seres vivos surgiram, os cientistas
também buscam saber como esses sobreviveram em um ambiente tão remoto.
Muito se discute ainda se o primeiro ser vivo era autotrófico ou heterotrófico,
sendo possível observar muita discordância entre os autores de livros didáticos
nesse sentido. Veja a seguir essas duas hipóteses:

 Hipótese heterotrófica: afirma que o primeiro ser vivo não era capaz de
produzir seu próprio alimento. Desse modo, esses primeiros seres
alimentavam-se de moléculas orgânicas que estavam presentes no
meio. Os que defendem essa ideia afirmam que os seres vivos primitivos
seriam muito simples e incapazes de produzir seu próprio alimento.
Provavelmente esses organismos extraiam energia dos alimentos por
meio da realização da fermentação.
 Hipótese autotrófica: afirma que os primeiros seres vivos eram
capazes de produzir seu próprio alimento. Os autores que sustentam
essa ideia acreditam que a Terra não possuía moléculas orgânicas
suficientes para alimentar esses primeiros seres. Entretanto, vale
destacar que provavelmente os primeiros organismos conseguiram obter
seu alimento pelo processo de quimiossíntese, que não necessita de
energia luminosa, como a fotossíntese. Na quimiossíntese os seres
vivos produzem moléculas orgânicas utilizando a energia química
proveniente de compostos inorgânicos.

3. Características dos seres vivos e suas características:

As características dos seres vivos possuem diversas propriedades que


os distinguem dos ditos seres brutos. Uma dessas propriedades é possuírem
um ciclo vital que consiste em nascer, crescer, se reproduzir, envelhecer e
morrer.
Com a exceção dos vírus, os seres vivos, de uma forma geral, são
constituídos por células em sua estrutura física. A célula é definida como a
unidade fundamental dos seres vivos. As células, além de serem
extremamente importantes para a existência de vida em um organismo,
possuem a capacidade de se reproduzirem, crescerem e se nutrirem.
Alguns seres vivos, tais como as bactérias e protozoários, são
unicelulares, ou seja, são mais simples e possuem apenas uma célula. Porém
há os seres vivos de organização estrutural mais complexa que são
pluricelulares, ou seja, possuem várias células. Entre os seres pluricelulares
estão os moluscos, répteis, aves, plantas e mamíferos vertebrados.
Outro ponto que define, em parte, as características dos seres vivos é a
composição química. As criaturas vivas, quimicamente falando, são compostas
por substâncias inorgânicas (tais como água, sais minerais, entre outros) e
substâncias orgânicas (átomos de carbono que se ligam a outros átomos de
oxigênio, nitrogênio e hidrogênio).
Além da organização celular e da composição química, um ser vivo
também é caracterizado pela sua capacidade de consumir nutrientes. A
nutrição assegura para o ser vivo a reconstrução de partes desgastadas, tais
como moléculas, bem como possibilita a constituição de novas células.
A maior parte dos alimentos ingeridos por uma criatura dotada de vida
serve como fonte de energia para o organismo.
Há dois tipos de nutrição:
 Autotrófica: Realizada pelas plantas, determinadas bactérias e algas,
esse tipo de nutrição permite ao organismo produzir todas as moléculas
orgânicas do seu corpo a partir de substâncias inorgânicas que são
retiradas do ambiente, entre elas estão o gás carbônico, a água e os
sais minerais.
O termo autotrófico vem do grego “auto”, que significa próprio; “trofo”,
que se refere a alimento.
 Heterotrófica: Nesse tipo os seres vivos necessitam ingerir moléculas
prontas. Exemplos de seres vivos que realizam nutrição heterotrófica
são os fungos e os animais.

Reprodução dos seres vivos

A capacidade de se reproduzir, bem como a possibilidade de transmitir


os seus genes para os seus descendentes por meio da hereditariedade, é
também uma característica que denota os seres dotados de vida.
A reprodução e a hereditariedade dependem do DNA (que é o ácido
desoxirribonucleico), localizado no interior das células por meio de filamentos
conhecidos como cromossomos.
Os tipos de reprodução:
 Assexuada: Nesse método, uma parte do corpo do ser vivo se separa,
se desenvolve e origina um outro ser vivo. Por meio da reprodução
assexuada, os entes vivos recebem cópias iguais do DNA do ser vivo
que é o original.
 Sexuada: Nesse método, a reprodução é realizada pelos gametas, que
são células especializadas. É comum que a produção de gametas esteja
relacionada com uma distinção de sexo entre os seres. O sexo feminino
produz o gameta feminino chamado óvulo, já o sexo masculino produz o
gameta de caráter masculino chamado espermatozoide.
Nos vegetais os gametas recebem nomes diferenciados. O gameta
feminino é conhecido como oosfera, já o gameta masculino é chamado de
anterozoide.
O crescimento também compreende uma importante característica dos
seres vivos. O crescimento é um processo por meio do aumento da quantidade
das células ou por meio do aumento do tamanho das células.

 Mutação: Mutações são mudanças na sequência dos nucleotídeos do


material genético de um organismo. Mutações podem ser causadas por
erros de cópia do material durante a divisão celular, por exposição à
radiação ultravioleta ou ionizante, mutagênicos químicos, ou vírus.

4. Níveis de organização em biologia

Organização de um indivíduo:

 Átomos: uma parte muito pequena da matéria. Os átomos são divididos


em prótons, nêutrons e elétrons. A junção desses átomos forma a
matéria em seus estados sólidos, líquidos e gasosos.
 Molécula: a molécula é uma junção de átomos. As moléculas
constituem substâncias diversas e são formadas por átomos diferentes
(H2O) ou por mesmos átomos (O2);
 Organela/Organoide: pequenas estruturas similares a órgãos que estão
presentes em células animais e vegetais. Ajudam a realizar as funções
vitais das células;
 Célula: as células são as unidades funcionais que constituem órgãos
animais e vegetais. Realizam respiração e reprodução além de guardar
as informações genéticas dos seres;
 Tecido: é a parte visível dos órgãos, formada por um agrupamento de
células vegetais ou animais. Nossa pele, por exemplo, é um tipo de
tecido. Os tecidos são responsáveis por guardarem as células, vasos
sanguíneos, fazer excreções como suor.
 Órgãos: conjunto de tecidos. Os órgãos realizam vários tipos de
funções: o coração bombeia sangue, o estômago ajuda na alimentação,
o intestino delgado absorve as substâncias.
 Sistema: conjunto de órgãos interligados. Nosso sistema digestivo, por
exemplo, tem boca, língua, esôfago, estômago e intestino.
 Indivíduo: conjunto de sistemas que formam um ser vivo como, por
exemplo, o ser humano, um leão, uma planta.

Organização de um grupo de indivíduos:

 Espécie: conjunto de organismos semelhantes entre si, com várias


características semelhantes. Estes organismos conseguem se
reproduzir entre si e gerar novos indivíduos férteis da mesma espécie.
Quando espécies diferentes cruzam, nascem indivíduos estéreis.
Exemplo: quando uma égua cruza com um burro, nasce uma mula (que
é estéril);
 População: indivíduos da mesma espécie que vivem em uma mesma
área. A população faz com que indivíduos iguais sejam capazes de
interagir. Assim, eles conseguem conviver e reproduzir, ter novos
parceiros ou parceiras, serem capazes de eleger líderes, procurar
comida e proteger uns aos outros dos predadores;
 Comunidade: é formada por várias populações de espécies diferentes
em um mesmo local (habitat). Cada população é capaz de interagir entre
si. Por exemplo, em uma árvore pode existir uma comunidade com
populações de formigas, cupins, macacos, aves;
 Ecossistema: conjunto de comunidades que estão em um mesmo local
e suas interações, por exemplo, uma floresta. Essas interações são as
mais diversas como competições, migrações, predações. As
comunidades também ajudam na manutenção do ecossistema de
diversas maneiras como decomposição de matéria morta, equilíbrio na
quantidade de indivíduos etc;
 Biomas/Biosfera: conjunto de ecossistemas interligados. Há seis tipos
de biomas terrestres: tundra, taiga, floresta temperada, floresta tropical,
savana e chaparral. Dos aquáticos, temos: oceanos, mangues, pântanos
e rios.

5. Constituintes da matéria viva

Ao analisarmos os componentes das células de diversos seres vivos,


veremos que existem algumas substâncias que estarão sempre presentes. São
elas: água, minerais, carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos.

 Água:

A molécula de água é formada por dois átomos de hidrogênio e um de


oxigênio. As moléculas de água estabelecem ligações com suas vizinhas
através de pontes de hidrogênio. Nas pontes de hidrogênio, os átomos de
hidrogênio de uma molécula são atraídos pelo átomo de oxigênio de sua
vizinha.
Entre as funções da água nos organismos, podemos citar seu papel
como solvente, reagente, na regulação do equilíbrio térmico e como
lubrificante. Quase todas as reações químicas ocorrem em solução. A água é
capaz de dissolver muitas substâncias. Assim, possui papel importantíssimo na
dissolução dos reagentes que participam das reações metabólicas dos
organismos.
A água participa como reagente de muitas reações de síntese e de
quebra (hidrólise) de substâncias. Através da dissipação do calor, a água
impede que a temperatura dos organismos varie de maneira abrupta. Outro
papel das moléculas da água é evitar o atrito entre partes, como ossos,
cartilagens e órgãos internos, atuando como uma espécie de lubrificante.

 Minerais

Embora os minerais sejam os elementos presentes em menor


quantidade, sua presença é essencial ao metabolismo dos organismos. Os
tipos de minerais e as suas concentrações variam de acordo com a espécie.
Alguns minerais estão presentes em grandes quantidades e outros em
baixíssimas concentrações.
Entre eles, podemos citar o cálcio, o magnésio, o ferro, o sódio e o
potássio. O cálcio compõe ossos e dentes, ativa enzimas, atua nas células do
sistema nervoso, entre outras funções. O magnésio atua no funcionamento de
células do sistema nervoso humano e é o principal componente da molécula de
clorofila, presente nas células vegetais.
Quanto ao ferro, atua na reação de fotossíntese nas espécies vegetais e
é o componente fundamental da hemoglobina, o pigmento respiratório presente
nos humanos. O sódio atua no balanço de substâncias entre o meio externo e
o interior da célula; encontra-se sempre em maior concentração no meio
extracelular. O potássio também atua no balanço de substâncias dentro e fora
da célula, porém é encontrado sempre em maior quantidade no meio
intracelular.

 Carboidratos/Glicídios

Os carboidratos são moléculas formadas por átomos de carbono,


hidrogênio e oxigênio. São classificados como monossacarídeos, dissacarídeos
e polissacarídeos.
Alguns exemplos de monossacarídeos são a ribose, a desoxirribose, a
glicose, a galactose e a frutose. Os dissacarídeos são formados pela união de
dois monossacarídeos, como a lactose (glicose + galactose) e a sacarose
(glicose + frutose). Os polissacarídeos são formados pela união de vários
monossacarídeos, como a celulose, o amido e o glicogênio.
A ribose e a desoxirribose são carboidratos com função estrutural, são
componentes dos ácidos nucleicos. Já a celulose está presente nas células
vegetais, formando a parede celular.
No entanto, a principal função dos carboidratos é a de reserva de
energia para o metabolismo celular. O amido, por exemplo, é uma das
principais reservas energéticas dos vegetais e de algumas espécies de algas.
Em muitos animais, o glicogênio é armazenado e liberado quando o organismo
necessita de energia.

 Lipídios

Os lipídios são moléculas pouco solúveis em água, por isso, são


chamadas de hidrofóbicas.
Os lipídios são parte integrante das membranas plasmáticas, atuam
como reserva energética e são componentes essenciais de alguns hormônios.
Dentre os lipídios, podemos citar, por exemplo, os glicerídeos, os esteroides e
as ceras.
Os glicerídeos são os óleos e as gorduras. São formados por uma
molécula de álcool de cadeia curta, chamado glicerol, e moléculas de ácidos
graxos. Alguns glicerídeos servem como reserva de energia para o
metabolismo celular, tanto em animais quanto em vegetais. As gorduras
também servem como um eficiente isolante térmico em muitos animais,
dificultando a dissipação do calor do corpo para o ambiente.
Os esteroides são formados por uma série de anéis de carbono. Um
exemplo de esteroide é o colesterol. O colesterol é uma das substâncias que
formam a membrana plasmática dos animais. Além disso, ele participa da
fabricação de diversos hormônios, como o estrógeno e a testosterona.
As ceras são lipídios formados por uma molécula de álcool de cadeia
longa e ácidos graxos. Como os lipídios são insolúveis em água, as ceras são
importantes na impermeabilização de superfícies, tais como a epiderme
vegetal.
 Proteínas

As proteínas são moléculas compostas por pequenas unidades


chamadas de aminoácidos. Os aminoácidos são formados por um grupo
carboxila ligado a um grupo amino. Os aminoácidos se unem através de
ligações chamadas de ligações peptídicas e formam uma longa cadeia
denominada polipeptídio.
As proteínas possuem três funções principais nos organismos: função
estrutural ou plástica, catálise de reações químicas e defesa.
As proteínas são as unidades estruturais das células. Entre vários
exemplos, a membrana plasmática é formada por proteínas; as fibras
musculares são formadas por proteínas (actina e miosina); nossos cabelos,
unhas e as garras de outros animais são constituídos por uma proteína
chamada queratina; a hemoglobina presente em nosso sangue também é uma
proteína.
As enzimas são proteínas que facilitam as reações químicas do
metabolismo. Atuam, por exemplo, na digestão, na fotossíntese e na
respiração. Alguns exemplos de enzimas são a amilase salivar, que inicia a
digestão do amido na boca, e a pepsina, que quebra moléculas de proteína no
estômago.
Os anticorpos, componentes do sistema imunológico, também são
compostos por proteínas. São produzidos em resposta à entrada de
substâncias estranhas no organismo, os antígenos.

 Vitaminas

As vitaminas são moléculas orgânicas necessárias em pequena


quantidade para o funcionamento adequado do organismo. Elas funcionam,
principalmente, como catalisadoras de reações químicas dentro do nosso
corpo, ou seja, atuam aumentando a velocidade de uma reação.
Na falta dessas substâncias, nosso organismo pode não conseguir
realizar atividades essenciais efetivamente, havendo, assim, problemas graves
de saúde. Para evitar o problema, é fundamental uma dieta saudável, que
inclua, entre outros alimentos, vegetais, carnes, ovos e grãos. À carência de
vitaminas dá-se o nome de hipovitaminose ou avitaminose.
As vitaminas podem ser classificadas em dois grandes grupos:
hidrossolúveis (vitaminas do complexo B; vitamina C) e lipossolúveis
(Vitaminas A; D; E; K). As vitaminas hidrossolúveis são aquelas que são
solúveis em água. Elas são armazenadas em pouca quantidade e, por isso, é
necessário ingeri-las diariamente. As vitaminas lipossolúveis, por sua vez, são
aquelas solúveis em lipídios (gorduras). Elas, diferentemente das
hidrossolúveis, são armazenadas por mais tempo, não necessitando, portanto,
de ingestão diária.

 Ácidos nucleicos

Os ácidos nucleicos contêm o material genético dos organismos.


Existem dois tipos de ácidos nucleicos, ácido desoxirribonucleico, ou DNA, e o
ácido ribonucleico, ou RNA. Eles são constituídos por pequenas unidades
chamadas de nucleotídeos. Os nucleotídeos são formados por um grupo
fosfato, um carboidrato (desoxirribose no DNA e ribose no RNA) e uma base
nitrogenada.
Existem cinco tipos diferentes de bases nitrogenadas: adenina (A),
timina (T), guanina (G), citosina (C), e uracila (U). As quatro primeiras são
encontradas no DNA. Já no RNA, a timina é substituída pela uracila.
Os ácidos nucleicos possuem as informações necessárias para a
síntese de proteínas e transmitem as informações genéticas de uma célula
para outra - ou entre a geração parental e sua prole.

6. Estrutura celular

As células são a menor unidade estrutural e funcional de um ser vivo, e


podem ser procariotas ou eucariotas. De forma genérica, todas elas possuem
membrana plasmática, estrutura esta que dá forma, protege e seleciona a
entrada e saída de substâncias pela célula; citoplasma, região fluida na qual
ocorre a maioria dos processos metabólicos e produção de diversas
substâncias; e material genético, onde estão registradas instruções que
controlam o funcionamento celular.
 Células procarióticas: são bem simples e seu material genético
disperso é resultado da falta de uma membrana chamada de carioteca,
que delimita o núcleo em outras células. Além da ausência de carioteca,
as células procarióticas não apresentam organelas celulares
membranosas, tais como mitocôndrias, plastídios, retículo
endoplasmático e complexo golgiense. É importante destacar que elas
apresentam ribossomos, e estes são bem menores do que os
encontrados em outras células.

Figura 1: Célula procarionte

 Células eucarióticas: as células que possuem núcleo delimitado pela


carioteca são chamadas de eucarióticas e são muito mais complexas
que as células procarióticas. Nesse tipo de célula encontramos um
núcleo bastante individualizado e organelas que não são encontradas
nos procariontes. Indivíduos com células eucarióticas são chamados de
eucariontes.
Figura 2: Esquema de uma célula eucariótica

A membrana plasmática é uma finíssima película constituída


basicamente por fosfolipídios e proteínas, sendo por isso conhecida como
lipoproteica. Na célula animal, outra importante substância presente é o
colesterol. Apresenta duas camadas fosfolipídicas, uma interna e outra externa,
onde as proteínas estão associadas, sendo que algumas delas estão inseridas
na própria estrutura da membrana, realizando a função de ponte para
determinadas substâncias.
A dinâmica da membrana é conhecida através de um modelo
denominado mosaico fluido, onde as moléculas fosfolipidicas se apresentam
lado a lado, interagindo sempre uma com a outra, apresentando um aspecto
fluido, contínuo. As proteínas inseridas nesse conjunto dinâmico estão
literalmente mergulhadas, atravessando a estrutura da membrana e realizando
ligação do meio interno com o externo.
Apresenta uma importante característica de ser seletiva para as
substâncias internas e externas e, dessa forma, há vários mecanismos para a
manutenção dos níveis de concentração desses solutos dentro da célula.
Podemos destacar duas formas básicas para passagem de substâncias pela
barreira imposta pela membrana: O transporte passivo, onde não há gasto
energético para a célula; e o transporte ativo, onde já existe gasto energético.
Quando existe a formação de pequenas bolsas membranares, chamamos esse
transporte para dentro da célula através da membrana de endocitose, que pode
acontecer de duas formas: Fagocitose, se for sólido; ou pinocitose, se for
líquido. Em caso de liberação de substâncias em bolsas para o meio externo, é
chamado exocitose.
As funções da membrana plasmática são:
 Permeabilidade Seletiva, controle da entrada e saída de substâncias da
célula;
 Proteção das estruturas celulares;
 Delimitação do conteúdo intracelular e extracelular, garantindo a
integridade da célula;
 Transporte de substâncias essenciais ao metabolismo celular;
 Reconhecimento de substâncias, graças a presença de receptores
específicos na membrana.

Figura 3: Estrutura da membrana plasmática

A membrana plasmática é uma estrutura complexa e extremamente


frágil, há envoltórios externos que a protege e a auxilia na realização de
algumas de suas funções. Essas estruturas externas podem ser o glicocálix e
as paredes celulares.
O glicocálix está presente na maioria das células animais e em certos
protozoários. Na célula animal pode estar diretamente associado à membrana,
formando uma malha protetora que lembra uma casca. É constituído, como o
próprio nome já determina, de glicídios, associados a proteínas ou lipídeos.
As células vegetais apresentam ainda uma estrutura integrada à parede
celulósica, que permite a comunicação de substâncias entre as células
vizinhas. São pequenos canais, conhecidos como plasmodesmos.
A parede bacteriana é uma estrutura complexa e resistente, tendo
como principal função impedir o rompimento da membrana celular em meios
hipotônicos. Já em relação às paredes celulares, essas estão presentes em
bactérias, fungos, certos protozoários, algas e plantas.
Nas plantas e nas algas a parede celular é formada pela celulose, sendo
também conhecida como parede celulósica. É um revestimento. As paredes
bacterianas podem ser Gram positivas, formadas basicamente por
peptídeoglicano; enquanto as Gram negativas apresentam uma segunda
membrana lipoproteica acima da estrutura, mais fina, de peptídeoglicano.
O citoplasma é o espaço da célula compreendido entre a membrana
plasmática e a membrana nuclear nos eucariotos. Nos procariotos,
corresponde à totalidade do conteúdo limitado pela membrana.
Essa região contém um fluido viscoso chamado de hialoplasma, também
denominado de citosol ou citoplasma fundamental, que é constituído
basicamente por íons dissolvidos em solução aquosa e substâncias de
fundamental importância à síntese de moléculas orgânicas (carboidratos e
proteínas).
As organelas podem ser entendidas como minúsculos órgãos contidos
no citoplasma das células que desempenham atividades distintas e específicas,
as quais são vitais para manutenção da vida nas células, pois desempenham
funções de respiração, nutrição, secreção, dentre outras.
De forma resumida e por ordem alfabética, as principais organelas e
suas funções são:

 Complexo de Golgi – também pode ser chamado de Aparelho de


Golgi ou apenas Golgi, processa lipídeos e proteínas, além de
separar moléculas para serem secretadas;
 Lisossomos – possuem tamanhos variados e estrutura esférica,
sendo responsáveis pela digestão intracelular;
 Mitocôndrias – com formato variando do oval ao esférico, são
consideradas as usinas da célula, pois sua principal função é
fornecer energia através do processamento de glicose e oxigênio;
 Peroxissomos – Comumente são esféricos e tem por função
oxidar ácidos graxos para sintetizar o colesterol e para uso na
respiração da célula;
 Retículo Endoplasmático Liso – caracterizado por ser formado por
uma rede de membranas conectadas em forma de tubos, tem
como principais funções sintetizar lipídeos e hormônios,
armazenagem de cálcio e desintoxicação da célula;
 Retículo Endoplasmático Rugoso (ou Granular) – possui forma
semelhante ao do Retículo Endoplasmático Liso, mas com
Polirribossomos aderidos na membrana externa. Tem como
principal função a síntese proteica.
Além dessas organelas, ainda podemos encontrar outras como as
Inclusões Lipídicas, envolvidas no metabolismo dos lipídeos; os Glicogênios,
que armazenam glicose nos animais; o Citoesqueleto, responsável por
movimentos coordenados ou por dar forma às células; os Centríolos, que
ajudam na divisão da célula e os Cloroplastos, presentes nos vegetais e
responsáveis pela fotossíntese, dentre outras.
O núcleo é a estrutura subcelular que contém a informação hereditária
da célula, o ácido desoxirribonucléico (ou DNA, da sigla em inglês), e que
controla a síntese de proteínas, bem como o crescimento e divisão celulare.
Essa organela esférica, em células animais típicas mede cerca de 10-20 µm de
diâmetro e é delimitada por uma membrana dupla chamada envelope nuclear
ou carioteca que auxilia a manutenção da forma do núcleo e na regulação do
fluxo de moléculas através dos poros nucleares, que permitem a comunicação
com o citoplasma da célula. No interior do núcleo, encontra-se o nucléolo,
estrutura responsável pela síntese e montagem dos ácidos ribonucléicos (ou
RNA, da sigla em inglês) ribossomais. Uma matriz líquida de alta viscosidade,
denominada nucleoplasma, é encontrada preenchendo o interior do núcleo e
contém, dissolvidas nela, diversas substâncias como nucleotídeos, proteínas e
a cromatina, que é a denominação dada ao complexo formado entre
proteínas, como histonas, e os cromossomos, longas sequências de DNA
bem organizadas, que contêm todas as informações genéticas da célula.
O ciclo celular é o conjunto de fases, no qual uma célula passa para se
reproduzir e gerar células idênticas a ela. A função principal da divisão celular é
que uma célula progenitora passe para duas novas células o DNA nos
cromossomos, gerando filhas geneticamente iguais. Porém, se cada vez que
uma célula se reproduzisse, dividisse o resto do seu conteúdo, ela iria diminuir
a cada divisão, até sumir (isso acontece em algumas exceções). Então, o que
acontece é que todo seu material interno, do tipo organelas, também é
duplicado.
O ciclo celular ocorre para nosso crescimento, para repor células de
tecidos lesionados, para o crescimento de unhas e cabelo, entre outras
funções.
Nos eucariontes esse ciclo é dividido em fase M (representa 10% do tempo da
divisão) e fase de interfase (representa 90% do tempo da divisão). Na interfase
o DNA é replicado, as proteínas são sintetizadas, organelas se duplicam e
centríolos se dividem. Esse período, dividimos em três fases:
 G1 (gap, intervalo e inglês): É a fase mais longa do ciclo. Nela a
célula aumenta de tamanho, sintetiza RNA e proteínas. Nesta fase
existem dois pontos de controle, que verificam se há sinais de DNA
danificado, ou algum sinal externo para que não haja divisão.
 S: S representa o que de fato ocorre na célula neste instante: síntese
do DNA, para que as células filhas tenham o mesmo material genético
da célula progenitora. Além disso, os centrossomas começam a ser
duplicados também.
 G2 (gap): A célula continua sintetizando proteínas, duplicando
organelas e há um aumento rápido de tamanho. É o preparo da célula
para fase M. Os centrossomas de deslocam com o auxílio de dineínas
e cinesinas. Há uma intensa condensação de cromossomos, que
marca o final desta fase, para o início da fase M. Na fase G2 também
há pontos de controle para que a célula verifique o meio interno e
externo e decida se a divisão celular procederá.
Algumas células possuem a fase G0, que está entre a fase M e a fase
G1. Nela, a célula entra em estágio de repouso da divisão celular. Ocorre, por
exemplo, em células nervosas e musculares.
Acaba a interfase vem a fase M (mitose). Esta é a etapa da divisão
celular propriamente dita, na qual o material genético será divido entre duas
células filhas. Esta fase é subdividida em Prófase, Pró-metáfase, metáfase,
anáfase e telófase. Com o final da mitose, vem a citocinese, que é o fim da
divisão celular e é a fase em que os citoplasmas são clivados em dois, gerando
duas células filhas. Este processo ocorre de formas diferentes entre vegetais e
animais.
O mecanismo de divisão celular que garante o crescimento e a
renovação das células (com exceção dos gametas, que se dividem por meiose)
é denominado mitose. A mitose é também o mecanismo de reprodução
assexuada presente em diversos organismos pluricelulares. Certas espécies de
planárias (filo Platyhelminthes), por exemplo, graças à sua grande capacidade
de regeneração, conseguem recuperar pedaços ocasionalmente perdidos de
seu corpo.
As fases da mitose se dividem em 4, são elas:

 Prófase

Na prófase inicia-se a condensação dos cromossomos. Essa


condensação é mediada pela ação de uma proteína chamada condensina, que
os tornam cada vez mais curtos e grossos. À medida que se condensa, o DNA
pausa a síntese das moléculas de RNA. Os filamentos, duplicados, estão
unidos no centrômero, e cada filamento recebe o nome de cromátide.
Os centríolos duplicados migram para os polos da célula e, em conjunto
com fibras, formam o áster. A partir da região que os centríolos estão
localizados, denominada centro celular ou centrossomo, será formado o fuso
mitótico.
Os nucléolos desaparecem e inicia-se a fragmentação da carioteca. Em
seguida, os microtúbulos do fuso mitótico ligam-se ao cinetócoro (estrutura
proteica localizada na região do centrômero) e levam os cromossomos para a
região mediana da célula. Seu término é marcado pela chegada dos
cromossomos no meio do caminho entre os polos celulares, ou seja, no plano
equatorial.

 Metáfase

A metáfase é marcada pelo grau máximo de condensação dos


cromossomos. Os centríolos ocupam os polos opostos da célula e o cinetócoro
de cada cromátide continua ligado às fibras do fuso mitótico. Dispostos na
região equatorial da célula, os cromossomos formam a chamada placa
equatorial ou placa metafísica, e cada uma das cromátides-irmãs se volta para
cada um dos polos da célula.

 Anáfase

Na anáfase, as cromátides de separam e passam a ser chamadas de


cromossomos-filhos ou cromossomos-irmãos. Com o encurtamento das fibras
do fuso mitótico, são puxadas para os polos opostos da célula.

 Telófase

Nesta etapa, já nos polos celulares, os cromossomos se descondensam


e inicia-se ao redor de cada conjunto cromossômico a formação de novos
envelopes nucleares, reconstituindo dois novos núcleos. A telófase marca o
término da mitose, antecedendo a citocinese, processo pelo qual o citoplasma
se divide e forma, por fim, duas células-filhas.

7. Fundamentos de metabolismo energético

Podemos definir metabolismo como o conjunto das atividades


metabólicas da célula relacionadas com a transformação de energia. A
fotossíntese e a respiração são os processos mais importantes de
transformação de energia dos seres vivos, mas a fermentação e a
quimiossíntese também são processos celulares desse tipo importantes para
alguns seres vivos.
Geralmente, as reações metabólicas são classificadas em dois tipos: as
reações de síntese e as reações de degradação.
Nas reações de síntese, moléculas mais simples são unidas para formar
outras de maior complexidade, como ocorre com a união de aminoácidos para
formar as proteínas. Já nas reações de degradação, ocorre o contrário: as
moléculas mais complexas são quebradas, transformando-se em moléculas
mais simples, como ocorre na quebra do glicogênio em glicose.
Todas as reações de síntese – por meio das quais os organismos vivos
constroem as complexas moléculas orgânicas que formam o seu corpo – são
chamadas de anabolismo, e as reações de degradação de moléculas
constituem o catabolismo. Dessa forma, podemos concluir que é pelas reações
anabólicas que o ser vivo constrói seu corpo e é pelas reações catabólicas que
os seres vivos conseguem a matéria-prima e a energia necessárias à vida.

8. Classificação dos seres vivos

Uma característica inerente ao ser humano é a tendência de reunir em


grupos os objetos ou seres que apresentam características semelhantes. O
homem primitivo, por exemplo, já distribuía os seres vivos em dois grupos:
comestíveis e não comestíveis.
A distribuição de objetos ou seres em grupos, de acordo com suas
semelhanças e diferenças, é o que se chama de classificação.
O ramo da Biologia que trata da descrição, nomenclatura e classificação
dos seres vivos denomina-se sistemática ou taxonomia.
Esses sistemas de classificação que utilizam critérios arbitrários, são
chamados sistemas artificiais. Eles não refletem as semelhanças e diferenças
fundamentais entre os seres vivos.
Atualmente, os sistemas de classificação consideram um conjunto de
caracteres relevantes, os quais permitem verificar as relações de parentesco
evolutivo e estabelecer a filogenia dos diferentes grupos, ou seja, estabelecer
as principais linhas de evolução desses grupos. São conhecidas por sistemas
naturais, pois ordenam naturalmente os organismos, visando o
estabelecimento das relações de parentesco evolutivo entre eles.

Figura 4: Árvore filogenética dos seres vivos

Assim dentro das características evolutivas, ao falarmos de animais e


plantas, por exemplo, podemos usar como critério de classificação o tipo de
nutrição: animais são seres heterótrofos; plantas seres autótrofos. Ao
considerarmos bactérias e animais, podemos usar como critério de
classificação o número e o tipo de células: bactérias são unicelulares e
procariontes; animais são pluricelulares e eucariontes.
A categoria básica é a espécie, que se define como os seres
semelhantes que são capazes de se reproduzir naturalmente e gerar
descendentes férteis.
Animais da mesma espécie são reunidos em outra categoria, o gênero. Todos
que pertencem ao mesmo gênero são agrupados em famílias, que são
agrupadas em ordens, que por sua vez se reúnem em classes, reunidas em
filos e por fim temos os reinos. Os Reinos são, portanto, a última categoria na
hierarquia e se subdividem até chegar à espécie, categoria mais básica. Então,
temos:
Espécie - Gênero - Família - Ordem - Classe - Filo – Reino

Os reinos é o grupo mais abrangente da classificação dos seres vivos.


Grande parte dos pesquisadores aceitam, atualmente, cinco reinos, são eles:

 Monera: Seres unicelulares (formados por uma única célula),


procariontes (células sem núcleo organizado, o tipo mais simples
de célula existente). São as bactérias e as algas cianofíceas ou
cianobactérias (algas azuis), antes consideradas vegetais
primitivos.

 Protista: Seres unicelulares eucariontes (que possuem núcleo


individualizado). Apresentam características de vegetal e animal.
Representados por protozoários, como a ameba, o tripanossomo
(causador do mal de Chagas), o plasmódio (agente da malária), a
euglena.

 Fungi: Seres eucariontes uni e pluricelulares. Já foram


classificados como vegetais, mas sua membrana possui quitina,
molécula típica dos insetos e que não se encontra entre as
plantas. São heterótrofos (não produzem seu próprio alimento),
por não possuírem clorofila. Têm como representantes as
leveduras, o mofo e os cogumelos.

 Plantae ou Metafita: São os vegetais, desde as algas verdes até


as plantas superiores. Caracterizam-se por ter as células
revestidas por uma membrana de celulose e por serem autótrofas
(sintetizam seu próprio alimento pela fotossíntese). Existem cerca
de 400 mil espécies de vegetais classificados.
 Animalia ou Metazoa: São organismos multicelulares e
heterótrofos (não produzem seu próprio alimento), pois são
aclorofilados. Englobam desde as esponjas marinhas até o ser
humano.

Uma observação deve ser feita: os VÍRUS são seres que são classificados à
parte, sendo considerados como seres sem reino. Isto acontece devido às
características únicas que eles apresentam, como a ausência de organização
celular, ausência de metabolismo próprio para obter energia, reproduz-se
somente em organismo hospedeiro, entre outras. Mas eles possuem a
faculdade de sofrer mutação, a fim de adaptar-se ao meio onde se encontram.

9. Vírus

Os vírus são organismos biológicos microscópicos, acelulares (não


possuem células).
São considerados parasitas intracelulares na medida em que necessitam
das células para se multiplicarem (células hospedeiras) ou replicarem seu
material genético, visto que não possuem um metabolismo próprio.
Os vírus são divididos entre retrovírus (os que possuem RNA como
material genético) e adenovírus (os que possuem DNA como material
genético). Eles são muito pequenos e simples, capazes de infectar as menores
bactérias conhecidas. Quando estão fora do ambiente intracelular, eles são
seres inertes. Mas, quando infectam alguma célula, injetam seu material
genético que é capaz de se replicar de forma muito rápida.
A partícula viral é denominada de vírion. A sua estrutura é composta
por:
 Núcleo: que é o próprio genoma (DNA ou RNA, nunca os dois
juntos);
 Capsídeo: envelope que envolve o genoma do vírus. O
capsídeo é formado por capsômeros. Ou seja, um conjunto de
capsômeros forma o capsídeo.
 Envelope: alguns vírus apresentam o envelope, que é um
revestimento externo dos vírus. Esse revestimento deriva de
partes celulares como as membranas e outras organelas.
Quanto a sua forma de reprodução, pode acontecer por ciclo lítico ou
ciclo lisogênico:
No ciclo lítico, o vírus se aproxima da célula e injeta o seu material
genético. Esse material entra na célula e se multiplica com a ajuda das
organelas da célula infectada. Daí o DNA ou RNA do vírus vai caracterizar o
tipo de infecção e doença. A célula infectada morre e libera os vírus que se
formaram dentro dela e esses vírus vão infectar outras células.
Já no ciclo lisogênico, o vírus introduz o seu material genético na
célula. Esse material vai fazer parte do DNA da célula e irá ser replicado
durante o processo de meiose celular.

10. Bactérias, algas, protozoários e fungos

As bactérias são seres unicelulares, procarióticos e microscópicos, que


podem viver em qualquer ambiente. A maioria das bactérias aquáticas não
ultrapassa 1 micrômetro (µm), embora algumas delas possam medir vários
micrômetros. Para você imaginar qual é o tamanho de um micrômetro, pegue
uma régua e olhe quanto mede um milímetro; agora, imagine este um milímetro
dividido por mil. Pois é, cada uma das divisões resultantes mede um
micrômetro. As bactérias recebem nomes especiais, de acordo com suas
diferentes formas. Se o formato é esférico, são chamadas cocos. Estes podem
estar isolados ou viver em grupos. Se tem forma de bastonete, são chamadas
de bacilos. Se a forma for de espiral, chama-se espirilo. Caso a bactéria se
assemelhe a uma vírgula, denomina-se vibrião. Quanto à respiração, as
bactérias podem ser aeróbias ou anaeróbias. Chamam-se aeróbias as que
fazem uso do oxigênio. As anaeróbias vivem na ausência desse gás, e são
encontradas principalmente no sedimento (fundo) de ambientes aquáticos.
Quanto à nutrição, as bactérias obtêm seu alimento de matéria orgânica morta,
animal ou vegetal, e são chamadas de saprófitas. Há espécies de bactérias
que produzem o seu próprio alimento, o que pode ser feito por fotossíntese ou
quimiossíntese. Até os anos 80 já haviam sido descritas cerca de 2020
espécies.
Os protozoários são protistas unicelulares e eucarióticos, que ocorrem
como células isoladas ou em colônias de células, e apresentam dimensões
predominantemente microscópicas (4µm a 350µm). Os protozoários podem ser
divididos em quatro grupos: ciliados, amebas (ou sarcodina), flagelados (ou
mastigóforos) e esporozoários (protozoários parasitas). A maioria deles é
desprovida de clorofila, embora alguns apresentem algas simbiontes, como é o
caso de Paramecium bursaria. Assim como as bactérias, os protozoários
podem ser aeróbios ou anaeróbios, exibir vida livre ou associar-se a outros
organismos. A locomoção é um critério muito importante na diferenciação dos
grupos de protozoários. Estes podem se locomover por meio de pseudópodos,
flagelos e cílios. Os protozoários se reproduzem assexuada e sexuadamente.
Os fungos são organismos eucariontes, podendo ser unicelulares ou
pluricelulares. Os fungos unicelulares são chamados de leveduras, apresentam
forma oval e são maiores que as bactérias. São heterotróficos e apresentam
reprodução assexuada ou sexuada. A maioria dos fungos obtém seu alimento
decompondo a matéria orgânica do corpo de organismos vegetais e animais
mortos, sendo chamados de saprófitos. Podem ser parasitas, ou seja, vivem à
custa de outro ser vivo, prejudicando-o ou podendo até matá-lo; podem estar
associados a outros seres e ambos se beneficiam, sendo a relação chamada
de mutualismo. Nos ambientes aquáticos são encontrados os Hyphomycetes,
importantes na decomposição do material vegetal morto, e geralmente
presentes em folhas e ramos de árvores que caem na água. Já foram descritas
cerca de 10.000 espécies.
As algas são organismos eucariontes fotossintetizantes. Apresentam
grande variedade de formas e se reproduz assexuada ou sexuadamente. As
algas consideradas dentro da microbiologia são as unicelulares. As algas são
abundantes tanto em águas doces quanto em águas salgadas. Como
organismos fotoautotróficos são encontrados na zona eufótica (com incidência
de luz) dos corpos de água. As algas são classificadas de acordo com a sua
estrutura e seus pigmentos. As algas são muito importantes na cadeia
alimentar aquática, pois produzem oxigênio (O2) e carboidratos, a partir de
dióxido de carbono (CO2), que são utilizados por outros organismos da cadeia
trófica.

11. Plantas

As plantas são seres pluricelulares e eucariontes. Nesses aspectos elas


são semelhantes aos animais e a muitos tipos de fungos; entretanto, têm uma
característica que as distingue desses seres - são autotróficas. Como já vimos,
seres autotróficos são aqueles que produzem o próprio alimento pelo processo
da fotossíntese.
Utilizando a luz, ou seja, a energia luminosa, as plantas produzem a
glicose, matéria orgânica formada a partir da água e do gás carbônico que
obtêm do alimento, e liberam o gás oxigênio.
As plantas, juntamente com outros seres fotossintetizantes, são
produtoras de matéria orgânica que nutre a maioria dos seres vivos da Terra,
atuando na base das cadeias alimentares. Ao fornecer o gás oxigênio ao
ambiente, as plantas também contribuem para a manutenção da vida dos seres
que, assim como elas próprias, utilizam esse gás na respiração. As plantas
conquistaram quase todos os ambientes da superfície da Terra.
No reino vegetal as plantas são divididas em plantas avasculares e
plantas vasculares. As plantas avasculares são aquelas que não possuem
vasos condutores de seiva, e as plantas vasculares são plantas que possuem
vasos condutores de seiva. Os vasos condutores de seiva presentes nas
plantas funcionam como os vasos sanguíneos que temos em nosso corpo,
levando substâncias úteis e substâncias que não serão mais utilizadas.
No Reino Plantae, as plantas são classificadas em briófitas, pteridófitas,
gimnospermas e angiospermas.
As briófitas são plantas avasculares, facilmente encontradas na
natureza. Elas são muito conhecidas como musgos e não ultrapassam os 2 cm
de altura. Para que essas plantas consigam se reproduzir, elas precisam de
água, por esse motivo são encontradas somente em locais úmidos.
As briófitas são plantas muito pequenas, e apresentam cauloide, que
lembra o caule das plantas vasculares; filoides, que lembram folhas; e rizoides
que têm a mesma função das raízes das plantas vasculares, fixar a planta no
solo.
As pteridófitas são plantas vasculares, podem atingir vários metros de
altura. Gostam de ambientes úmidos e sombrios, e seus representantes mais
conhecidos são as samambaias. Essas plantas costumam apresentar raiz,
caule e folhas, mas nem sempre são percebidas com facilidade.
Assim como as briófitas, as pteridófitas também necessitam da água
para sua reprodução, que é feita através dos gametas que se encontram no
interior dos soros, aqueles pontinhos pretos que podem ser vistos a olho nu no
dorso das folhas das samambaias.
As gimnospermas são plantas vasculares que possuem raiz, caule e
folhas. São as primeiras plantas a apresentarem sementes, e por esse motivo
não necessitam de água para que ocorra a fecundação de seus gametas. As
pinhas encontradas nas gimnospermas são muito utilizadas em decorações
natalinas, e é por meio delas que a planta, através de insetos ou vento,
consegue fecundar seus óvulos, originando sementes que chamamos de
pinhão. As gimnospermas mais conhecidas são os pinheiros.
Por último temos as angiospermas, plantas vasculares que apresentam
raiz, caule, folhas, flores e frutos. As angiospermas constituem mais de 70% de
todas as espécies de plantas existentes no planeta, e seu tamanho varia desde
pequenas ervas até grandes árvores. A fecundação das angiospermas ocorre
através de suas flores, e quando fecundadas produzem frutos e sementes, que
servem de alimento para muitos animais, inclusive para o homem.
O estudo estrutural das plantas comumente divide as árvores
generalizando-as, contendo raízes, caule, folhas, flores e frutos (para as
árvores que possuem todo os órgãos e suas estruturas completas).
Figura 5: Partes das plantas

 Raiz: é o órgão da planta encontrado (com algumas exceções)


abaixo do solo e responsável por sustentá-la, fixando-a no chão e
também por absorver água e nutrientes para o desenvolvimento
da planta.
 Caule: a estrutura que se encontra após as raízes, responsável
pela proteção da árvore e também pela condução de seiva para
toda a planta, além da sustentação da copa e suas folhagens.
 Folhas: são as estruturas da planta responsável pela troca
gasosa com o meio ambiente e absorção de luz. Através das
folhas a árvore é capaz de realizar a respiração (liberação de gás
carbônico) e também a fotossíntese (liberação de oxigênio).
 Flor: presente somente nas plantas que precisam de reprodução
sexuada, a flor é o aparelho reprodutor que contém os gametas
masculinos (androceu) e femininos (gineceu). A principal
finalidade da flor é produzir a semente para a reprodução.
 Fruto: presente somente nas plantas denominadas
angiospermas, o fruto é o órgão da planta responsável pela
proteção das sementes enquanto amadurecem, além de ser uma
forma de chamar atenção dos animais para dispensar as
sementes para lugares mais distantes.

Angiospermas: Reprodução

Nas plantas, a reprodução pode acontecer de duas maneiras: sexuada


ou assexuadamente. Na reprodução assexuada (vegetativa) ocorre a formação
de um organismo sem a união de gametas, ou seja, através de um único
progenitor acontece a reprodução de indivíduos a partir de fragmentos de seu
próprio corpo. Esse tipo de reprodução acontece naturalmente e permite que
as plantas ocupem determinado local com mais rapidez. As plantas
reproduzidas assexuadamente são geneticamente idênticas às suas
progenitoras.
Na reprodução sexuada ocorre a formação de um novo indivíduo a partir
da fusão de dois gametas e os mesmos são geneticamente distintos dos
progenitores. Esse tipo de reprodução se inicia com a formação da flor e passa
por etapas de polinização, fecundação, formação de frutos e germinação.

Formação da flor

As estruturas reprodutivas das plantas encontram-se na flor e são


separadas em masculinas e femininas. A parte masculina da flor é chamada de
estame e este é composto pelo filete e pela antera. O filete é quem sustenta a
antera, local de produção e liberação dos grãos de pólen. A estrutura
reprodutiva feminina é o carpelo, formado pelo estigma, pelo estilete e pelo
ovário. A flor também possui estruturas protetoras chamadas sépalas, cujo
conjunto forma o cálice, e as pétalas, cujo conjunto forma a corola. Tais
estruturas são muito vistosas e auxiliam na atração de polinizadores, como os
pássaros.

Polinização

Esse processo pode ser realizado pelo vento, por insetos, por aves ou
pequenos mamíferos. Acontece quando o grão de pólen sai da antera e
encontra o estigma (normalmente de outra flor), ou seja, os grãos de pólen
entram em contato com a parte feminina de uma flor da mesma espécie,
fecundando-a. Os animais mencionados procuram as flores para se alimentar
de néctar ou pólen e acabam transportando os grãos de pólen para outras
flores que visitam.

Fecundação

O grão de pólen que atingiu o estigma desenvolve um tubo polínico que


alcança o ovário e fecunda o óvulo. Muitas plantas possuem habilidades para
evitar a autofecundação, ou seja, o grão de pólen é impedido de chegar ao
estigma da mesma flor, com o objetivo de realizar a fecundação cruzada para o
aumento da variabilidade genética.

Formação do fruto

Após a fecundação, o zigoto se desenvolve em embrião, os óvulos dão origem


às sementes e o ovário origina o fruto. A formação do fruto é importante para
proteger e dispersar a semente num segundo momento. No entanto, nem tudo
que chamamos de fruta é de fato um fruto, pois podem ser estruturas formadas
pelo desenvolvimento de outras partes da flor que não seja o ovário. Como
exemplo, as partes suculentas da maçã, da pera e do morango, resultados do
desenvolvimento do receptáculo floral.

Semente

A semente armazena o embrião formado e ela pode ser dispersa de diversas


maneiras para locais distantes, evitando a competição com a planta mãe por
recursos como luz e nutrientes. Os frutos podem ser dispersos pelo vento, pela
água ou por animais.
Germinação

A germinação ocorre quando ela encontra um local com condições favoráveis


de água, temperatura e oxigênio. O desenvolvimento do embrião resultará no
surgimento de uma nova planta, que inicialmente utilizará as reservas nutritivas
acumuladas na semente para assim, auxiliar na germinação e nas primeiras
folhinhas fotossintetizantes.

12. Animais: Características do reino animal

 Eucariontes: células com núcleo diferenciado, ou seja, envolvido por


membrana;
 Heterótrofos por ingestão: necessitam ingerir outros seres vivos,
pois não produzem o próprio alimento;
 Pluricelulares: corpo formado por muitas células com funções
específicas;
 Aeróbicos: respiram o oxigênio que retiram do ar ou da água,
conforme o meio em que vivem;
 Reprodução: é sexuada, ou seja, envolve a união de gametas. Mas
alguns invertebrados fazem de modo assexuada.
 Não possuem celulose e clorofila (aclorofilados), uma
característica que os diferencia dos vegetais;
 Possuem tecidos e órgãos, com exceções dos filos mais simples
como os Poríferos;
 Presença da blástula: esfera de células, oca, com líquido no interior.
É a segunda fase de segmentação das células no desenvolvimento
embrionário depois da formação do zigoto (mórula-blástula-gástrula-
nêurula).
 Presença de Celoma, uma cavidade embrionária presente em todos
os vertebrados, sendo que os platelmintos são pseudocelomados e
os poríferos não possuem;
 A maioria dos animais têm simetria bilateral: duas metades do
corpo simétricas. Também pode acontecer a simetria radial (vários
planos longitudinais a partir do centro do corpo, exemplo:
equinodermos) ou ainda ausência de simetria (esponjas).

Tecidos animais

Nos animais vertebrados há quatro grandes grupos de tecidos: o


muscular, o nervoso, o conjuntivo (abrangendo também os tecidos ósseo,
cartilaginoso e sanguíneo) e o epitelial, constituindo subtipos específicos que
irão formar os órgãos e sistemas corporais.
 Epitélio: revestimento da superfície externa do corpo (pele), os
órgãos (fígado, pulmão e rins) e as cavidades corporais internas;
 Conjuntivo: constituído por células e abundante matriz
extracelulas, com função de preenchimento, sustentação e
transporte de substâncias;
 Muscular: constituído por células com propriedades contráteis;
 Nervoso: formado por células que constituem o sistema nervoso
central e periférico (o cérebro, a medula espinhal e os nervos).

Nos invertebrados estes tipos de tecido são basicamente os mesmos,


porém com organizações mais simples. A maioria dos tecidos além de serem
compostos de células, apresentam entre elas substâncias intracelulares
(intersticiais).

Platelmintos

Platelmintos é o nome de um grupo de vermes de corpo mole e


geralmente achatado, que são em sua maioria parasitas de outros animais,
embora haja alguns de vida livre.
Figura 6: Estrutura externa

 São animais terrestres ou aquáticos (água doce ou salgada);


 Tem o corpo com simetria bilateral: quer dizer, os dois lados do corpo
são semelhantes;
 São acelomados: não há nenhuma cavidade corporal, o espaço entre
os órgãos é preenchido por tecido conjuntivo;
 Sistema Nervoso: possuem um par de gânglios cerebrais ligados a
dois cordões nervosos longitudinais, dos quais partem nervos para
todo corpo, levando os estímulos captados pelas células sensoriais;
 Sistema Digestório incompleto: o alimento entra pela boca e enzimas
digestórias, produzidas nas células especializadas das paredes da
cavidade gastrovascular, atuam sobre ele. Os restos são eliminados
pela boca;
 Sistema Excretor: há protonefrídios (túbulos ramificados com células
especializadas em absorver excreções acumulados entre os tecidos)
com células-flamas (multiflageladas) ou solenócitos (único flagelo). Há
poros excretores na superfície dorsal do corpo;
 Sistema Circulatório ausente: a cavidade gastrovascular é muito
ramificada e leva os nutrientes direto às células do corpo;
 Sistema Respiratório ausente: trocas gasosas são feitas diretamente
entre o ambiente e as células do corpo;
 Sistema Reprodutor: a reprodução pode ser assexuada (como em
algumas planárias que ocorre fragmentação) ou sexuada, algumas
espécies de planárias e tênias são monoicas (hermafroditas) e os
esquistossomos são dioicos. As planárias têm fecundação interna e
desenvolvimento direto, enquanto os outros passam por fases larvais
no desenvolvimento.

Nematelmintos

Nematelmintos ou nematódeos (filo Nematoda) são vermes cilíndricos,


não segmentados, que incluem várias formas de parasitas, como as lombrigas
ou Ascaris e os vermes ancilóstomos, causadores do amarelão e da
elefantíase.
Os nematelmintos possuem uma ampla cavidade cheia de líquido entre
o tubo digestivo e a parede corporal.
Serve como “esqueleto hidrostático”, que mantém a forma do animal e
proporciona alguma sustentação. O líquido que ocupa a cavidade corporal
permite a distribuição de várias substâncias, como nutrientes, resíduos e
gases.
Figura 7: Estrutura externa

 Digestão: os nematelmintos possuem um tubo digestivo


completo, com boca e ânus, permitindo o animal ingerir
alimentos que tenham partículas, que são processadas no
interior do tubo digestivo.
 Revestimento do corpo: possuem uma epiderme uni-
estratificada, isto é, formada por uma única camada de células.
Tem uma cutícula espessa e pouco distensível, que nos
parasitas, os protege da ação das enzimas digestivas do
hospedeiro. Sob a epiderme há uma camada muscular, cujas
fibras se dispõem longitudinalmente.
 Sistema nervoso: do tipo ganglionar, é formado por dois
cordões longitudinais, um dorsal e outro ventral.
 Sistema excretor: é formado por dois canais longitudinais,
dispostos um em cada lado do tubo digestivo.
 Reprodução: na cavidade corporal, alojam-se as gônadas:
testículos ou ovários. O sistema reprodutor da lombriga é
bastante desenvolvido, podendo produzir milhões de óvulos.
Não têm nenhum tipo de cílio e os espermatozoides deslocam-
se por movimentos ameboides.
Moluscos

Os moluscos são animais de corpo mole, geralmente envoltos por uma


concha. A concha é presente em ostras, mariscos, caracol e caramujo. Em
alguns, como a lula, a concha é interna e em outros, é ausente, como no polvo.
As conchas são importantes para proteger o corpo mole dos moluscos e evitar
a perda de água. Os moluscos vivem em ambientes aquáticos marinho ou de
água doce e no meio terrestre úmido.
Esses animais apresentam o corpo dividido em: cabeça, pé e massa
visceral. Na cabeça são encontrados os órgãos dos sentidos.
O pé é responsável pelos movimentos e, em alguns animais, como o
polvo, pode ser substituído pelos tentáculos. A massa visceral é onde
encontram-se todos os órgãos.
Os moluscos possuem um sistema digestivo completo, com boca e
ânus. O alimento é conduzido pelo tubo digestivo, onde sofre a ação de
enzimas. Os nutrientes são absorvidos e distribuídos pelo corpo por meio do
sangue.
O sistema circulatório distribui os nutrientes e oxigênio dos sistemas
digestivo e respiratório. O sistema excretor retira resíduos metabólicos e os
elimina.
Os moluscos apresentam reprodução sexuada, com fecundação interna
ou externa. A maioria dos moluscos apresenta sexos separados, com exceção
dos bivalves que são hermafroditas.

Figura 8: Estrutura externa


Anelídeos

Os anelídeos são animais invertebrados de corpo mole, alongado,


cilíndrico e dividido em anéis, apresentando uma nítida segmentação.
Os anelídeos são animais triblásticos, celomados e com simetria
bilateral.
O corpo dos anelídeos é composto por anéis (metâmeros) e revestido
por celoma.
O celoma é uma cavidade corporal que se localiza no interior da
mesoderme. É preenchido por um líquido chamado de fluido celômico, onde se
alojam as vísceras do animal.
Na ausência de esqueleto, o celoma fornece a sustentação do corpo e
auxilia na locomoção.
Os anelídeos apresentam sistema digestório completo. Os órgãos
digestivos em sequência são: a boca, o papo, a moela, o intestino e o ânus.
O alimento fica armazenado no papo, segue para a moela onde é
triturado e no intestino ocorre a absorção dos nutrientes.
Os anelídeos possuem sistema circulatório fechado. Isso quer dizer que
o sangue corre dentro de vasos. No sangue encontra-se a proteína
hemoglobina, porém sem hemácias.
O sistema circulatório é composto por dois vasos, um dorsal e outro
ventral, além de um conjunto de vasos contráteis, que podem ser comparados
aos corações.
Esses animais apresentam um par de nefrídios por segmento, os quais
são responsáveis por retirar as excretas do sangue e do celoma.
A pele fina e úmida dos anelídeos permite as trocas gasosas com o
ambiente, o que caracteriza a respiração cutânea.
Os anelídeos aquáticos realizam a respiração branquial.
O sistema nervoso é do tipo ganglionar. É composto por um par de
gânglios cerebrais, de onde partem dois cordões nervosos ventrais.
A reprodução dos anelídeos pode ser de forma assexuada ou sexuada.
Figura 9: Estrutura externa

Artrópodes

Artrópodes (filo Arthropoda) são animais dotados de patas articuladas e


que possuem esqueleto externo (exoesqueleto) nitidamente segmentado. Entre
eles, besouros, borboletas, aranhas, camarão, centopeia e piolho de cobra.
Todos os artrópodes possuem o corpo dotado de vários segmentos e
apêndices articulados, como patas e antenas, que possibilita movimentos. Essa
é a sua característica diagnóstica (identifica e diferencia os artrópodes dos
outros) e que dá o nome ao grupo, do grego arthros: articulação e podos: pés.
Além disso, esses invertebrados tem o exoesqueleto que confere rigidez
(permite sustentar o corpo) e impermeabilidade (tem uma camada de cera em
sua superfície, o que lhe permite viver em locais secos). O exoesqueleto é
constituído de quitina, um polissacarídio nitrogenado, e nos crustáceos recebe
deposições de carbonato de cálcio, tornando-se ainda mais resistente.
Possuem corpo dividido em cefalotórax e abdome (crustáceos e
quelicerados) ou em cabeça, tórax e abdome (insetos e miriápodes), de acordo
com o grupo.
Figura 10: Estrutura externa

Vertebrados

Presentes em praticamente todos os tipos de habitat do planeta, os


vertebrados são caracterizados pela presença da coluna vertebral e da medula
óssea.
Estão inclusos no filo dos cordados. São animais com esqueleto de
sustentação que pode ser tanto ósseo quanto cartilaginoso (tubarões e raias).
A coluna vertebral se forma ao redor da notocorda e do tubo nervoso durante o
processo de desenvolvimento do embrião. O crânio, estrutura óssea que
protege o encéfalo, é exclusivo dos vertebrados e se desenvolveu para
proteger a cabeça, que comporta os órgãos sensoriais muito importantes.
Figura 11: Esqueleto humano

Características

São quatro os folhetos embrionários (tetrablásticos) que se formam na


fase embrionária dos vertebrados. Ectoderme é a camada mais externa;
endoderme a camada mais interna e mesoderme, camada entre ectoderme e
endoderme. Além desses, um tecido embrionário independente surge nos
vertebrados, a crista neural, responsável pela formação de estruturas,
principalmente, cefálicas. A camada externa é responsável pelo revestimento
das estruturas corporais, a mais interna reveste o sistema digestivo e
respiratório, a mesoderme forma músculos, esqueletos, sistema circulatório e
reprodutor. Ainda, são todos animais bilaterais, ou seja, tem duas metades
simétricas, deuterostômios (o ânus é formado primeiro), apresentam fendas
faríngeas (aberturas na região da garganta para filtrar alimentos) em algum
momento da vida.

Sistema digestivo

O sistema digestivo dos vertebrados é completo com boca, estômago,


intestino e ânus. A digestão é feita mecanicamente pelos dentes e movimentos
do trato digestivo e quimicamente por enzimas liberadas no estômago.

Sistema respiratório

Este sistema é bem variado dentre os vertebrados indo desde respiração


cutânea nos anfíbios, por brânquias em peixes e larvas aquática e pulmonar
nos vertebrados terrestres.

Sistema circulatório

O sistema circulatório é fechado, ou seja, o sangue não sai dos vasos,


podendo ter ou não mistura de sangue nas câmaras do coração (átrio e
ventrículo). As artérias saem do coração levando sangue oxigenado para os
órgãos. Dentro deles, as artérias se comunicam com as veias pelos capilares e
as veias transportam o sangue rico em gás carbônico para o órgão respiratório
para receber oxigênio novamente e de lá vai para o coração.

Sistema excretor

Os rins são os órgãos responsáveis pela filtração dos líquidos corporais


e eliminar os excretas que são, geralmente, nitrogenados. Em peixes e anfíbios
as brânquias e a pele auxiliam na excreção feita pelos rins.

Sistema reprodutor

A fecundação é, na maioria, interna em animais mais terrestres e, na


maioria, externa em animais que vivem associados com o meio aquático. Os
órgãos produtores de gametas (as gônadas) são pares e ficam dentro do
corpo, estando fora somente em mamíferos.

Sistema nervoso

O encéfalo dos vertebrados é o mais desenvolvido dentre os cordados


sendo dividido em prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. O primeiro é o
de maior atividade, pois nele encontra-se o córtex cerebral. Há dois sistemas
nervosos nos vertebrados, o sistema nervoso central (SNC) e o sistema
nervoso periférico (SNP). O sistema nervoso central é formado pelo encéfalo e
coluna vertebral. O SNC é responsável pela liberação de hormônios e
estímulos nervosos para a área periférica do corpo. Os estímulos são levados
por nervos que passam por dentro da coluna vertebral. Por ser um sistema de
grande importância, o SNC tem a sua volta uma barreira quase líquida
chamada hematocefálica, que protege contra entrada de toxinas e
microrganismos. O SNP é formado pelos nervos, gânglios nervosos e órgãos
receptores (órgãos sensoriais).

Sistema muscular

Os músculos são os responsáveis pela sustentação do esqueleto.


Existem dois tipos de músculos no corpo: o liso e o estriado. O liso reveste
órgãos ocos (estômago, veias, útero), tem contração lenta e geralmente
involuntárias. Existem tanto o músculo estriado esquelético quando o cardíaco.
O estriado esquelético faz contrações voluntárias e rápidas e está grudado ao
esqueleto e o estriado cardíaco reveste o coração e faz contrações
involuntárias.
Como a variedade de animais vertebrados também é muito extensa e
variada, eles são subdivididos em cinco classes, que são:

Anfíbios

Na fase larval, os anfíbios têm respiração branquial e, portanto, são


dependentes da água. Entretanto, após a metamorfose que os leva à vida
adulta, o corpo deles adquire a respiração pulmonar. Eles também são
pecilotérmicos. Exemplos: sapo, salamandra e rã.

Aves

Únicos animais viventes a terem o corpo coberto por penas, as aves


também possuem asas, ainda que nem todas possam voar. Elas apresentam
respiração pulmonar e a habilidade de regularizar a temperatura do corpo, ou
seja, são homeotérmicas. Exemplos: águia, pinguim e papagaio.

Mamíferos

Caracterizados pelo fato de que as fêmeas da espécie alimentam os


filhotes por meio de suas glândulas mamárias, os mamíferos são
homeotérmicos e respiram pelos pulmões. É aqui que nós, seres humanos, nos
encaixamos. Outros exemplos: cachorro, morcego e golfinho.

Peixes

Com corpos cobertos por escamas e respiração branquial (ou seja, em


que a retirada do oxigênio acontece na água), os peixes são animais
pecilotérmicos, ou seja, incapazes de controlar a temperatura do corpo.
Exemplos: tubarão, atum e arraia.

Répteis

Com respiração pulmonar e corpos cobertos por escamas ou por uma


carapaça, os répteis podem viver tanto na água quanto na terra. Eles são
pecilotérmicos. Exemplos: jacaré, serpente e tartaruga.

13. Teorias da evolução

A Teoria da Evolução descreve o desenvolvimento das espécies que


habitavam ou habitam o planeta Terra. Assim, as espécies atuais descendem
de outras espécies que sofreram modificações ao longo do tempo e
transmitiram novas características aos seus descendentes.

Criacionismo

O criacionismo, dentro da teoria evolucionista, pregava que os


organismos, como plantas e animais, teriam surgido da criação divina. Sendo
assim, para essas pessoas Deus havia criado tudo e nenhuma de suas
características se modificariam ao longo do tempo. Logo, desde a criação até
os tempos de hoje, os organismos não mudariam, permanecendo iguais.

Lamarkismo

Jean-Baptiste Lamarck foi um dos naturalistas a observar os organismos


e perceber que eles sofriam modificações ao longo do tempo. Sua teoria,
mesmo sendo reconhecida como errada nos tempos atuais, ainda é muito
reproduzida em conversas informais por pessoas leigas.
Lamarck acreditava que, conforme um organismo usasse muito algum
órgão, ele se desenvolveria cada vez mais. O contrário também ocorreria para
ele: quão menos um organismo utilizasse um órgão, este atrofiaria de modo
que poderia sumir em uma espécie. Esta teoria é chamada de Lei do Uso e
Desuso. Tais características desenvolvidas ou atrofiadas passariam, então,
para os seus descendentes. Esta segunda, também dentro das teorias
evolucionistas, é chamada Herança dos Caracteres Adquiridos. Hoje sabemos
que características que são desenvolvidas ou atrofiadas somente são
transmitidas aos descendentes se estiverem contidas nos genes destes
organismos e, consequentemente, em seus gametas.

Darwinismo

A teoria da evolução das espécies tem como principal articulador o


naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882) sendo o conjunto de suas
teorias evolutivas nomeada de "Darwinismo".
Darwin afirmou que os seres vivos, inclusive o homem, descendem de
ancestrais comuns, que se modificam ao longo do tempo. Assim, as espécies
existentes foram evoluindo de espécies mais simples que viveram antigamente.
A seleção natural foi o princípio utilizado por Darwin para defender a
sua teoria. Desse modo, somente as espécies adaptadas às pressões do
ambiente, são capazes de sobreviver, se reproduzir e gerar descendentes.
A seleção natural ocorre pela necessidade de sobrevivência e adaptação
das espécies ao ambiente.
É através dela que as espécies mais adaptadas persistem no ambiente.
Os indivíduos com características mais adequadas para um determinado
ambiente são mais propensos a sobreviver e se reproduzir.
Assim, as características vantajosas dentro de uma população são
passadas para a geração seguinte. Os indivíduos menos adaptados não se
reproduzem, fazendo com que uma característica desvantajosa se torne cada
vez mais rara.
Na época em que Darwin formulou a teoria da Seleção Natural não
existiam estudos genéticos. Portanto, ele não soube explicar os mecanismos
da transmissão de características hereditárias.
Hoje, sabemos que os genes são os responsáveis pela transmissão das
características aos descendentes.
Por fim, é importante ressaltar que a seleção natural é um processo
lento e gradual. Porém, atua de modo permanente nas populações.
Isso porque ela promove variação nas características de uma população,
como tamanho, peso ou coloração. Aquelas características vantajosas são
mantidas e repassadas aos descendentes, enquanto as desfavoráveis são
eliminadas.
Além disso, ela não atua de modo isolado no processo evolutivo. A
seleção natural e a mutação são os principais fatores responsáveis pela
evolução das espécies.
A seleção natural pode atuar de três formas diferentes:
 Seleção direcional: Prioriza um dos fenótipos extremos por
ser o mais vantajoso para a população.
 Seleção estabilizadora: É o tipo mais comum de seleção
natural. Ela seleciona fenótipos intermediários, fazendo com
que aparecem em maior quantidade. Nesse caso, os fenótipos
extremos são eliminados.
 Seleção disruptiva: Ocorre quando dois ou mais fenótipos
extremos são mantidos na população.

Neodarwinismo

O neodarwinismo ou teoria sintética da evolução combina as causas da


variabilidade com a seleção natural. Estudos genéticos mostram que os
fenótipos dos indivíduos resultam da ação do meio sobre os respectivos
genótipos. Um genótipo é capaz de originar vários fenótipos, porém esses
fenótipos só irão se manifestar caso encontrem um ambiente adequado.
As variações fenotípicas podem ser hereditárias ou não hereditárias.
Hereditárias são expressões fenotípicas resultantes de diferentes genótipos. Já
as variações não hereditárias ocorrem devido à influência do meio sobre o
genótipo. É pela reprodução que são transmitidos os caracteres das espécies
de geração em geração. Enquanto a reprodução assexuada tende a manter as
características, a reprodução sexuada tende a aumentar a variabilidade dessas
populações e das espécies.
O neodarwinismo é baseado nas ideias de Darwin e considera que as
mutações gênicas e a recombinação gênica geram a variabilidade gênica entre
as espécies. Essa variabilidade sofre uma seleção natural gerando indivíduos
adaptados às condições do meio.
Uma população é formada por indivíduos resistentes e sensíveis, ou
seja, existe uma variabilidade entre os indivíduos. O meio pode eliminar
indivíduos sensíveis favorecendo os resistentes e estabelecendo-os como
indivíduos selecionados. Esses indivíduos selecionados irão se reproduzir e
gerar descendentes promovendo a adaptação dessa espécie à modificação do
ambiente.
Uma adaptação é qualquer característica ou comportamento natural
evoluído que torna algum organismo capacitado a sobreviver e a se reproduzir
em seu respectivo habitat.
Como regra geral, essas adaptações são resultados do processo de
seleção natural ao longo de várias gerações seguidas de mudanças, devido a
diferentes níveis de aptidão (ou valores adaptativos) conferidos por variações
genotípicas aleatórias em algum caractere, sendo tais variações herdáveis.
Desse modo, a seleção natural irá agir favorecendo o indivíduo que apresente
maior aptidão.

14. Biosfera

A biosfera é a camada da Terra que reúne todos os ecossistemas


existentes. Ela corresponde ao local onde são encontrados os seres vivos.
A ecosfera é sinônimo de biosfera, ambos os termos se referem à
camada da Terra habitada pelos seres vivos. Entretanto, ecosfera é mais
utilizado para dar ênfase nas inter-relações entre os seres vivos e o ambiente
não vivo.
Figura 12: Biosfera

Acredita-se que a espessura da biosfera não seja superior a 19 km. É


dentro desse limite que são encontradas as condições ambientais favoráveis
para a sobrevivência dos seres vivos.
Assim, a biosfera abrange desde a mais profunda região dos oceanos
até a mais elevada altitude onde possa existir vida.
A biosfera se relaciona com as outras camadas do planeta Terra. Todas
as camadas estão relacionadas entre si:
 Litosfera: é a camada sólida, formada pelo solo e rochas;
 Hidrosfera: é a camada líquida, formada pelos rios, lagos e oceanos;
 Atmosfera: é a camada gasosa;
 Biosfera: é a camada habitada pelos seres vivos que integra os
ambientes terrestre, aéreo e aquático.
Figura 13: Camadas que envolvem o planeta terra

A biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas. Ela pode ser dividida


em categorias menores, chamadas biociclos. Cada biociclo é composto por
diferentes biomas.
Existem três tipos de biociclos:
 Epinociclo: é a porção terrestre da biosfera. Formado pelos
biomas terrestres como as florestas, savanas, campos e
desertos, além dos seres vivos que habitam esses ambientes;
 Talassociclo: é a porção aquática marinha da biosfera. É
formado pelos oceanos e seres vivos que o habitam.
 Limnociclo: é a porção constituída por água doce. É formado
pelos rios, riachos, córregos e lagos, como pelos seres vivos
encontrados nesses ambientes.

Cadeia alimentar

As cadeias alimentares podem ser definidas como as relações de


alimentação existentes entre os seres vivos de um ecossistema. Ela mostra, de
maneira unidirecional, como a energia e os nutrientes fluem entre os seres
vivos de uma determinada área.

Figura 14: Fluxo de uma cadeia alimentar

Os seres vivos de uma cadeia alimentar podem ser classificados em três


níveis básicos, denominados de níveis tróficos:
 Produtores: Organismos produtores correspondem ao primeiro nível
trófico em qualquer cadeia alimentar analisada. Nele se encontram os
seres capazes de produzir seu próprio alimento, ou seja, organismos
autotróficos. É importante destacar que nesse grupo são encontrados
organismos fotossintetizantes e também quimiossintetizantes. Como
exemplo de organismos produtores, podemos citar as plantas, as
algas e algumas bactérias;
 Consumidores: organismos incapazes de produzir seu próprio
alimento, ou seja, organismos heterotróficos. Os consumidores são
classificados como primários quando se alimentam dos produtores; de
secundários quando se alimentam dos primários; de terciários quando
se alimentam dos secundários e assim sucessivamente. É importante
salientar que não existem cadeias com muitos níveis tróficos, pois, a
cada nível, perde-se energia e matéria;
 Decompositores: englobam organismos que fazem a decomposição,
processo essencial para a reciclagem da matéria orgânica. Nesse
processo os nutrientes tornam-se disponíveis novamente no
ambiente. Os decompositores atuam em todos os organismos após
sua morte e, por isso, normalmente, não são representados em
esquemas de cadeias alimentares.
A cadeia alimentar não mostra o quão complexas são as relações tróficas
em um ecossistema.
Para isso utiliza-se o conceito de teia alimentar, o qual representa uma
verdadeira situação encontrada em um ecossistema, ou seja, várias cadeias
interligadas ocorrendo simultaneamente.
A teia alimentar mostra as relações alimentares entre os organismos de
um dado ecossistema, mas não de forma unidirecional. As teias são formadas
por várias cadeias alimentares que se cruzam, demonstrando, assim, que um
dado organismo pode ter diferentes hábitos alimentares e, consequentemente,
ocupar mais de um nível trófico em um ecossistema.

Figura 15: Esquema de teia alimentar

15. Epinociclo
O epinociclo abrange todos os ecossistemas terrestres. Nesse biociclo,
encontramos uma biodiversidade riquíssima devido à grande variedade de
biomas que possui. Elas são: tundra, taiga, florestas temperadas, florestas
tropicais, campos e desertos, é por isso que ele é considerado o biociclo com a
maior diversidade de espécies. Cada um desses biomas apresentam uma
fauna e flora características, que se adaptaram ao clima, ao regime de chuvas,
à latitude, entre outras condições ambientais. Algumas espécies que são
encontradas em alguns desses biomas são endêmicas, ou seja, são
encontradas somente em determinado bioma.
Características dos biomas pertencentes ao epinociclo:

Tundra

Bioma característico do Hemisfério Norte. Fica quase todo o ano


coberto por neve. Nos meses de verão, podem ser encontrados gramíneas,
pequenos arbustos, líquens e musgos. Dentre os animais da tundra, podemos
citar renas, bois almiscarados, aves, raposas, insetos etc.

Taiga

Encontrada no Canadá, Sibéria e Estados Unidos. Ela é chamada por


alguns de floresta de coníferas. Nesse bioma, encontramos insetos, aves,
alces, renas, ratos, linces, lobos, ursos-pardos etc.

Florestas temperadas

Com estações bem definidas, esse bioma é encontrado em áreas dos


Estados Unidos, Europa Ocidental, China e também no sul do Brasil. Sua flora
é constituída por carvalhos, araucárias, samambaias etc., e sua fauna por
diversos animais invertebrados e vertebrados.

Florestas tropicais
Bioma encontrado na faixa da linha do Equador com uma diversidade de
fauna e flora riquíssimas.

Campos

Bioma encontrado em áreas dos Estados Unidos, Rússia, África do Sul,


Austrália e América do Sul. Por apresentar baixo índice pluviométrico, a flora
encontrada nos campos se restringe a capim. A fauna desse bioma se constitui
de gazelas, antílopes, zebras, leões etc.

Desertos

Os desertos são um bioma que atinge extremos em termos de


temperatura. Além disso, os índices pluviométricos são bastante baixos. Assim,
a fauna e flora locais costumam ser especializadas para esse tipo de região, o
que torna a diversidade de animais e plantas pequena, quando comparada a
outros biomas.
A luz solar representa a fonte de energia externa sem a qual os
ecossistemas não conseguem manter-se.
A transformação (conversão) da energia luminosa para energia
química, que é a única modalidade de energia utilizável pelas células de todos
os componentes de um ecossistema, sejam eles produtores, consumidores ou
decompositores, é feita através de um processo denominado fotossíntese.
Portanto, a fotossíntese - seja realizada por vegetais ou por microorganismos -
é o único processo de entrada de energia em um ecossistema.
Um aspecto importante para entendermos a transferência de energia
dentro de um ecossistema é a compreensão da primeira lei fundamental da
termodinâmica que diz: “A energia não pode ser criada nem destruída e sim
transformada”. Como exemplo ilustrativo desta condição, pode-se citar a luz
solar, a qual como fonte de energia, pode ser transformada em trabalho, calor
ou alimento em função da atividade fotossintética; porém de forma alguma
pode ser destruída ou criada.
Outro aspecto importante é o fato de que a quantidade de energia
disponível diminui à medida que é transferida de um nível trófico para outro.
Assim, nos exemplos dados anteriormente de cadeias alimentares, o gafanhoto
obtém, ao comer as folhas da árvore, energia química; porém, esta energia é
muito menor que a energia solar recebida pela planta. Esta perda nas
transferências ocorre sucessivamente até se chegar aos decompositores.

Figura 16: Fluxo de energia nos níveis tróficos

E por que isso ocorre? A explicação para este decréscimo energético de


um nível trófico para outro, é o fato de cada organismo; necessitar grande parte
da energia absorvida para a manutenção das suas atividades vitais, tais como
divisão celular, movimento, reprodução, etc.
O ciclo da matéria é um processo fundamental à vida na Terra. É
através deste que se renova a matéria quer mineral quer orgânica, de modo a
que está exista permanentemente em todas as formas necessárias aos
diferentes seres vivos. A matéria é tudo o que tem massa: encontra-se em
cada pessoa, em cada pedra, em cada gota.
O ciclo da matéria desenvolve-se em quatro etapas essenciais:
 Da matéria mineral para orgânica: a matéria mineral
existente no subsolo é transformada no processo da
fotossíntese dos seres autotróficos juntamente com os seus
outros componentes (água, dióxido de carbono e com recurso à
energia solar) em matéria orgânica (e energia química). Essa
matéria orgânica passa a ser massa desse ser autotrófico
(árvores, algas, plâncton, etc.).
 Do ser autotrófico para os consumidores: no entanto, pode
acontecer, esse organismo fazer parte da cadeia alimentar de
outro indivíduo (o consumidor ou heterotrófico). Nesse caso, a
matéria orgânica é transferida total ou parcialmente para esse
organismo, e para os que se sucederem conforme os níveis da
cadeia alimentar.
 Dos autotróficos/heterotróficos para os decompositores:
quando esse indivíduo morre, o seu cadáver sofre uma série de
transformações no solo, levadas a cabo pelos decompositores
(fungos e bactérias).
 Da matéria orgânica para mineral: o organismo entra em
decomposição e a matéria renova-se assim, passando de
matéria orgânica para matéria mineral no solo, pronta para
iniciar um novo ciclo outra vez.
O caminho da energia em um ecossistema é unidirecional, ou seja, tem
um caminho de mão única. Por outro lado, a matéria circula entre o meio
biótico e o meio abiótico, graças a presença dos decompositores. Essa
circulação de matéria é chamada de ciclos da matéria ou ciclos
biogeoquímicos.
Esses ciclos biogeoquímicos são primordiais para a vida e reprodução
dos seres vivos. Eles são processos naturais que reciclam elementos químicos
como o carbono, a água, o nitrogênio, o fósforo, entre outros elementos. Os
ciclos biogeoquímicos estão relacionados com os processos geológicos,
hidrológicos e biológicos do planeta Terra. A disponibilidade constante desses
elementos na natureza acontece graças a passagem deles pelos seres vivos e
também pelos fatores abióticos. Em um ecossistema que não sofreu ação
antrópica, ou seja, um ecossistema natural sem a interferência da ação
humana, esses ciclos biogeoquímicos permanecem em constante equilíbrio.

Ciclo da água

A maior parte da matéria de todos os seres vivos é constituída de água,


um ser humano possui cerca de 70% do seu corpo composto pela água e uma
árvore no auge de seu desenvolvimento tem por volta de 80% de água no seu
corpo. Por conseguir dissolver quase todas as substâncias, a água é
considerada um solvente universal. Além disso ela é capaz de realizar o
transporte de substâncias nos organismos e facilitar assim as reações químicas
entre elas. A água é importante também para o processo de fotossíntese,
fornecendo átomos de hidrogênio para a síntese da matéria orgânica.
A maior parte da água do planeta Terra encontra-se nos oceanos, cerca
de 97%, o restante é dividido entre geleiras, rios, lagos, lençóis subterrâneos e
a atmosfera. Menos de 1% do total de água doce é adequada ao consumo.
A evaporação da água de lagos, rios e oceanos se dá através do calor
emitido pela luz do Sol, e essa água em forma de vapor entra para a atmosfera.
A respiração, a transpiração e a excreção dos seres vivos também libera vapor
de água para a atmosfera. Com a formação das chuvas, a água retorna aos
lagos, rios, oceanos, geleiras e para o solo. No solo ela pode se infiltrar e
formar os lençóis subterrâneos.

Figura 17: Ciclo da água

Ciclo do carbono

Os compostos orgânicos são aqueles que possuem carbono em sua


composição. Na atmosfera, encontramos o carbono em forma de dióxido de
carbono (CO2). O dióxido de carbono é conhecido popularmente como gás
carbônico e ele pode passar do meio abiótico para o meio biótico através dos
produtores, pelo processo da fotossíntese. A fotossíntese utiliza seis moléculas
de dióxido de carbono para produzir uma molécula de glicose, por isso o
desmatamento contribui para o acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera. O
carbono pode ocupar diferentes níveis tróficos ao longo das cadeias
alimentares e retorna ao meio abiótico pela respiração dos seres vivos, em
forma de CO2, e também pela decomposição das substâncias excretadas e de
organismos que morreram.
A queima de combustíveis como carvão, lenha e derivados do petróleo,
como a gasolina, também liberam dióxido de carbono para a atmosfera. Uma
parte do carbono não retorna ao ciclo, pois ela entra na composição de ossos e
conchas, constituindo os carbonatos que os decompositores não conseguem
modificar. A assimilação e a devolução de carbono para o meio abiótico são
diretamente relacionadas ao fluxo de energia dos ecossistemas. Podemos
perceber a partir disso que todos os ciclos se relacionam, para manter a
biosfera em equilíbrio.
Figura 18: Ciclo do carbono

Ciclo do oxigênio

Esse elemento faz parte da composição da matéria orgânica dos seres


vivos, ele é indispensável para a respiração dos organismos aeróbios que
usam a sua forma gasosa (O2), que pode ser encontrada na atmosfera ou
dissolvido na água. É através da respiração aeróbia que o oxigênio passa do
meio abiótico, seja ele gasoso ou aquático, para os seres vivos. E é pelo
processo de fotossíntese que o oxigênio retorna ao meio abiótico através da
fotólise, ou seja, a quebra da molécula de água.
Grande parte do oxigênio da atmosfera provém da fotossíntese realizada
pelo fitoplâncton (associação de algas com cianobactérias), podendo ser
marinhos ou de água doce. Os animais só liberam oxigênio combinado com
carbono (CO2), que é um dos produtos finais da respiração. Tanto o ciclo do
carbono quanto o do oxigênio estão envolvidos nos processos fotossintéticos e
respiratório dos seres vivos, isso faz com que esses dois ciclos sejam
extremamente inter-relacionados.

Figura 19: Ciclo do oxigênio

Ciclo do nitrogênio

O nitrogênio é um elemento químico indispensável para a vida, ele


participa das moléculas proteicas e também das bases nitrogenadas dos
ácidos nucléicos. Em sua forma gasosa (N2), ele constitui quase 80% do ar
atmosférico, mas não pode ser assimilado diretamente pela grande maioria dos
seres vivos. As plantas podem absorver o nitrogênio na forma de amônia ou de
nitratos e os animais aproveitam esse elemento quando ingerem proteínas que
o contém. As plantas podem obter nitratos por dois métodos distintos: a fixação
biológica ou direta e a nitrificação.
Figura 20: Ciclo do nitrogênio

Ciclo do fósforo

O fósforo é um elemento químico de extrema importância para a vida no


planeta Terra, ele participa das moléculas de ácido nucleicos, DNA (ácido
desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico), e também das moléculas
relacionadas a obtenção, retenção e fornecimento de energia para as células, o
ATP (trifosfato de adenosina).
As plantas são as responsáveis por retirar os sais de fósforo do solo e
repassar aos outros animais ao longo de cadeias e teias alimentares, dessa
forma esses sais passam a fazer parte da biomassa animal. O fósforo retorna
ao solo ou à água pela ação dos decompositores que reciclam a matéria
orgânica morta de vegetais e animais e, os produtos de excreção dos
organismos vivos, como as fezes dos animais.
No ambiente aquático, os sais de fósforo são transferidos do fitoplâncton
para o zooplâncton, e a partir daí para os peixes ou aves litorâneas. O excreta
dessas aves é chamado de guano e é rico em fósforo e nitrogênio, essas fezes
são muito utilizadas na indústria para produção de fertilizantes. Uma parte do
fósforo alcança longas profundidades no oceano, se perdendo assim do ciclo
do fósforo. Quando parte desse material não é recuperada, dizemos que o ciclo
é incompleto ou aberto, como é o caso do ciclo do fósforo. O ciclo de outros
elementos como o cálcio, potássio e o enxofre são parecidos com o do fósforo.

Figura 21: Ciclo do fósforo

16. Relações ecológicas

As interações entre as comunidades bióticas que compõem um


ecossistema são chamadas de “Interações Biológicas” ou “Relações
Ecológicas”.
Elas determinam as relações dos seres vivos entre si e o meio em que
habitam para sobreviverem e se reproduzirem.
Esta comunidade, formada por todos os indivíduos que fazem parte de
um determinado ecossistema, possui diversas formas de interações entre os
seres que a constituem. Geralmente, estão relacionadas com a obtenção de
alimento, abrigo, proteção, reprodução, etc.
As relações ecológicas podem ser classificadas da seguinte forma.
Segundo o nível de interdependência:
 Intraespecíficas ou Homotípicas: para seres da mesma
espécie.
 Interespecíficas ou Heterotípicas: para seres de espécies
diferentes.

Segundo os benefícios ou prejuízos que apresentam:

 Relações Harmônicas: quando o resultado da associação entre


as espécies é positiva, na qual um ou os dois são beneficiados
sem o prejuízo de nenhum deles.
 Relações Desarmônicas: quando o resultado desta relação for
negativo, ou seja, se houver prejuízos para uma ou ambas as
espécies envolvidas.

As relações ecológicas podem ser:

Relações Intraespecíficas ou Homotípicas

Harmônicas
 Sociedade: indivíduos independentes, organizados e cooperando nos
cuidados da prole e manutenção do grupo. Exemplos: abelhas, formigas
e cupins.
 Colônia: indivíduos associados anatomicamente e dependentes que
repartem funções. Exemplos: corais.

Desarmônicas
 Canibalismo: alimenta-se daqueles da mesma espécie, geralmente
acontece para controlar a população ou garantir o aporte genético, por
exemplo: a fêmea da aranha come os machos após a cópula.
 Competição: disputa entre indivíduos da mesma espécie por territórios,
parceiros sexuais, comida, dentre outros. Acontece em quase todas as
espécies. Exemplo: peixes de cativeiro disputam a comida.
Relações Interespecíficas ou Heterotípicas

Harmônicas
 Mutualismo: ambos se beneficiam da associação que é tão profunda
que se torna essencial a sua sobrevivência. Exemplo: liquens são
associação mutualística entre algas e fungos.
 Inquilinismo: uma espécie utiliza a outra como abrigo, sem prejudicá-la,
pode ser temporário ou permanente. Exemplo: acontece muito em
plantas chamadas epífitas que moram sobre árvores.
 Comensalismo: uma espécie se beneficia dos restos alimentares de
outra. Exemplo: urubus que comem os restos das presas deixados por
outros animais e crustáceos que se alimentam da pele da baleia franca
 Protocooperação: as duas espécies envolvidas obtêm benefícios, mas
não é uma relação obrigatória e as espécies podem viver de forma
isolada. Exemplo: caranguejo-ermitão e anêmonas-do-mar.

Desarmônicas
 Amensalismo: uma espécie evita o desenvolvimento de outra, por
exemplo: as raízes de certas plantas liberam substâncias tóxicas que
evitam o crescimento de outras na região.
 Predatismo: um animal predador caça e mata uma presa para se
alimentar. Exemplo: leão caça um búfalo.
 Parasitismo: o parasita extrai nutrientes da espécie hospedeira que é
prejudicada, por exemplo: vermes platelmintos que habitam o intestino
humano.
 Competição: disputa por recursos entre espécies diferentes, como
território, presas e abrigos. Exemplo: o leão compete por comida como o
guepardo e a hiena, que têm estratégias diferentes de caça.

17. Biotecnologia
Biotecnologia é o estudo e desenvolvimento de organismos
geneticamente modificados e sua utilização para fins produtivos.
Terapia genética

Por terapia gênica se entende a transferência de material genético com


o propósito de prevenir ou curar uma enfermidade qualquer.
No caso de enfermidades genéticas, nas quais um gene está defeituoso
ou ausente, a terapia gênica consiste em transferir a versão funcional do gene
para o organismo portador da doença, de modo a reparar o defeito. Se trata de
uma ideia muito simples, mas como veremos sua realização prática apresenta
vários obstáculos.

Clonagem

A clonagem é um mecanismo comum de reprodução de espécies de


plantas ou bactérias.
Um clone pode ser definido como uma população de moléculas, células
ou organismos que se originaram de uma única célula e que são idênticas à
célula original. Em humanos, os clones naturais são os gêmeos idênticos que
se originam da divisão de um óvulo fertilizado.
Nós já fomos uma célula única, resultante da fusão de um óvulo e um
espermatozoide. Esta primeira célula já tem no seu núcleo o DNA com toda a
informação genética para gerar um novo ser. O DNA nas células fica
extremamente condensado e organizado em cromossomos. Com exceção das
nossas células sexuais, o óvulo e o espermatozoide que têm 23 cromossomos,
todas as outras células do nosso corpo têm 46 cromossomos. Em cada célula,
temos 22 pares que são iguais nos dois sexos, chamados autossomos e um
par de cromossomos sexuais:

XX no sexo feminino e XY no sexo masculino. Estas células, com 46


cromossomos, são chamadas células somáticas.

Voltemos agora à nossa primeira célula resultante da fusão do óvulo e


do espermatozoide. Logo após a fecundação, ela começa a se dividir: uma
célula em duas, duas em quatro, quatro em oito e assim por diante. Pelo
menos até a fase de oito células, cada uma delas é capaz de se desenvolver
em um ser humano completo. São chamadas de totipotentes. Na fase de oito a
dezesseis células, as células do embrião se diferenciam em dois grupos: um
grupo de células externas que vão originar a placenta e os anexos
embrionários, e uma massa de células internas que vai originar o embrião
propriamente dito. Após 72 horas, este embrião, agora com cerca de cem
células, é chamado de blastocisto.
É nesta fase que ocorre a implantação do embrião na cavidade uterina.
As células internas do blastocisto vão originar as centenas de tecidos que
compõem o corpo humano. São chamadas de células tronco embrionárias
pluripotentes. A partir de um determinado momento, estas células somáticas -
que ainda são todas iguais - começam a diferenciar-se nos vários tecidos que
vão compor o organismo: sangue, fígado, músculos, cérebro, ossos etc. Os
genes que controlam esta diferenciação e o processo pelo qual isto ocorre
ainda são um mistério.
O que sabemos é que uma vez diferenciadas, as células somáticas
perdem a capacidade de originar qualquer tecido. As células descendentes de
uma célula diferenciada vão manter as mesmas características daquela que as
originou, isto é, células de fígado vão originar células de fígado, células
musculares vão originar células musculares e assim por diante. Apesar de o
número de genes e de o DNA ser igual em todas as células do nosso corpo, os
genes nas células somáticas diferenciadas se expressam de maneiras
diferentes em cada tecido, isto é, a expressão gênica é específica para cada
tecido. Com exceção dos genes responsáveis pela manutenção do
metabolismo celular (housekeeping genes) que se mantêm ativos em todas as
células do organismo, só irão funcionar em cada tecido ou órgão os genes
importantes para a manutenção deste. Os outros se mantêm "silenciados" ou
inativos.

Clonagem reprodutiva

A grande notícia da Dolly foi justamente a descoberta de que uma célula


somática de mamífero, já diferenciada, como a célula da pele, a célula do
coração, etc. poderia ser reprogramada ao estágio inicial e voltar a ser
totipotente (isto é poder dar origem a qualquer tipo celular novamente).
Isto foi conseguido através da transferência do núcleo de uma célula
somática da glândula mamária da ovelha que originou a Dolly para um óvulo
anucleado (óvulo sem núcleo). Surpreendentemente, este começou a
comportar-se como um óvulo recém-fecundado por um espermatozoide. Isto
provavelmente ocorreu porque o óvulo, quando fecundado, tem mecanismos,
para nós ainda desconhecidos, para reprogramar o DNA de modo a tornar
todos os seus genes novamente ativos, o que ocorre no processo normal de
fertilização.

Figura 22: Clonagem da Dolly

Para a obtenção de um clone, este óvulo anucleado, no qual foi


transferido o núcleo da célula somática, foi inserido para o útero de uma outra
ovelha. No caso da clonagem humana reprodutiva, a proposta seria retirar-se o
núcleo de uma célula somática, que teoricamente poderia ser de qualquer
tecido de uma criança ou adulto, inserir este núcleo em um óvulo e implantá-lo
em um útero (que funcionaria como uma barriga de aluguel). Se este óvulo se
desenvolver teremos um novo ser com as mesmas características físicas da
criança ou adulto de quem foi retirada a célula somática. Seria como um gêmeo
idêntico nascido posteriormente.

Figura 23: Como seria a clonagem humana

Transgênicos

Os transgênicos, que correspondem a organismos que detêm em sua


essência genes de outros organismos, que é possível por meio da Engenharia
Genética. O objetivo maior é a busca de aprimoramento de um produto que
possui características novas em relação àquelas que fazem parte de sua
natureza original para gerar um produto capaz de obter aspectos mais rústicos
e de extrema produtividade. As técnicas de manipular DNA recombinante
ocorrem desde a década de 70.
A biotecnologia tem servido de grande valia na produção agrícola e
pecuária, pois oferece a possibilidade de produzir produtos diferenciados ao
consumidor, como, por exemplo, carne suína com menos colesterol. No caso
de alimentos, esses procedimentos têm como intenção obter uma quantidade
maior de nutrientes e ao mesmo tempo imune a pragas.
Apesar de aparentemente não oferecer nenhum tipo de risco, a
manipulação de genes pode ocasionar sérias complicações, tendo em vista
que se conhece muito pouco acerca desse assunto, pois as pesquisas nesse
sentido existem somente há, aproximadamente, três décadas. Desse modo,
não se sabe ao certo quais são as reações e consequências que podem
ocorrer se um organismo que recebe um gene estranho desenvolver uma
rejeição proveniente da complexidade dos seres vivos. Isso é uma realidade,
pois já foi constato em porcos modificados geneticamente que para ganhar
peso receberam genes de outros organismos e contraíram artrite e outras
complicações em seu estado clínico.

Enzimas de restrição: As tesouras moleculares

A partir da década de 1970, ficou mais fácil analisar a molécula de DNA


com o isolamento da enzimas de restrição.
Estas enzimas são endonucleases, ou seja, no interior (daí o prefixo
endo- dentro) das moléculas de DNA, cortando-as em locais bem definidos.
São enzimas produzidas normalmente por bactérias e que possuem a
propriedade de defendê-las de vírus invasores. Essas substâncias “picotam” a
molécula de DNA sempre em determinados pontos, levando a produção de
fragmentos contendo pontas adesivas, que podem se ligar a outras pontas de
moléculas de DNA que tenham sido cortadas com a mesma enzima.
Em Engenharia Genética, a obtenção dos fragmentos de DNA serve
para criar, in vitro (em tubo de ensaio ou no laboratório), novas moléculas,
recortando e colando vários pedaços de informações.

A multiplicação dos fragmentos de DNA

Ocorrendo a fragmentação das moléculas de DNA, com o uso das


enzimas de restrição, e o seu reconhecimento pela técnica de eletroforese em
gel, o próximo passo é multiplicar (clonar) o fragmento obtido e submetê-los à
tecnologia do DNA recombinante.
A técnica de multiplicação da fita de DNA é chamada de PCR (reação
em cadeia da polimerase).

Na década de 1980, passou-se a utilizar a técnica do PCR para fazer


milhares de cópias de um único pedaço de DNA. Essa técnica é usada em
tubos de ensaio contendo o DNA e mais alguns compostos necessários, como
primers (DNAs iniciadores) e a enzima DNA polimerase (enzima que faz a
replicação do DNA).

DNA recombinante

A obtenção do DNA recombinante baseia-se na técnica de clonagem


molecular.
O processo pode ser resumido do seguinte modo:
O primeiro passo é isolar um fragmento de DNA, que contém o gene de
interesse. Lembre-se que cada gene origina uma proteína.
O gene de interesse, agora isolado, é colocado em um meio com um
fragmento de DNA bacteriano circular, o plasmídio e as enzimas de restrição.
O plasmídio bacteriano possui sua capacidade de inserir um fragmento
de DNA externo ao seu próprio genoma.
As enzimas de restrição vão cortar uma determinada região do
plasmídeo, onde será ligado ao fragmento de DNA de interesse.
O fragmento de DNA isolado irá unir-se com o DNA bacteriano, através
das enzimas de ligação, ligases.
Nesse momento, é originado o DNA recombinante.
O próximo passo é introduzir o DNA recombinante em bactérias vivas ou
diretamente em meio de cultura com as mesmas.
Após a incorporação do DNA recombinante, as bactérias serão capazes
de produzir uma nova proteína, conforme os genes do fragmento de DNA
isolados inicialmente.
18. Ser humano e saúde

Importância do saneamento básico

Indispensável para a saúde humana, o saneamento básico pode ser


compreendido como o controle e a manutenção de todos os meios físicos do
homem que possam afetar prejudicialmente a sua saúde.
Oficialmente, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde),
saneamento básico é o controle de todos os fatores do meio físico do homem,
que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem-estar físico,
mental e social.
Em questões práticas, a importância do saneamento básico está ligada a
implantação de sistemas e modelos públicos que promovam o abastecimento
de água, esgoto sanitário e destinação correta de lixo, com o objetivo de
prevenção e controle de doenças, promoção de hábitos higiênicos e saudáveis,
melhorias da limpeza pública básica e, consequentemente, da qualidade de
vida da população.

Imunologia humana

O sistema imunológico humano (ou sistema imune, ou ainda imunitário)


consiste numa rede de células, tecidos e órgãos que atuam na defesa do
organismo contra o ataque de invasores externos. Estes invasores podem ser
microrganismos (bactérias, fungos, protozoários ou vírus) ou agentes nocivos,
como substâncias tóxicas (ex. veneno de animais peçonhentos). As
substâncias estranhas ao corpo são genericamente chamadas de antígeno. Os
antígenos são combatidos por substâncias produzidas pelo sistema imune, de
natureza proteica, denominadas anticorpos, que reagem de forma específica
com os antígenos.
Quando o sistema imune não consegue combater os invasores de forma
eficaz, o corpo pode reagir com doenças, infecções ou alergias.
Antígenos

Denominamos de antígenos as moléculas capazes de reagir com um


anticorpo. Essa reação pode provocar ou não uma resposta do nosso sistema
imune. Nesse último caso, o antígeno é conhecido como imunógeno. Como
exemplo de antígenos, podemos citar os vírus, as bactérias e até mesmo
partículas desencadeadoras de alergias.

Anticorpos

Os anticorpos, por sua vez, são glicoproteínas (proteínas que


apresentam oligossacarídeos ligados) conhecidas como imunoglobulinas (Ig).
Essas proteínas, bastante específicas, apresentam a capacidade de interagir
com o antígeno que desencadeou sua formação. A secreção dos anticorpos é
feita pelos plasmócitos, células que surgem a partir da diferenciação do linfócito
B, uma célula do nosso sistema imunológico.
Ao interagir com o antígeno, os anticorpos podem provocar uma série de
processos que visam à proteção do nosso corpo. Entre as ações que os
anticorpos podem realizar, destacam-se sua capacidade de provocar a
produção de sinais químicos que avisam outras células de defesa sobre a
presença de um invasor, além da sua capacidade de deixar partículas mais
suscetíveis ao processo de fagocitose.

Soros e vacinas

Conhecendo os conceitos de antígenos e anticorpos, é extremamente


fácil compreender o que são soros e vacinas. Os soros podem ser definidos
como uma imunidade passiva e temporária em que são injetados anticorpos já
prontos contra determinado antígeno. No caso das vacinas, a imunização é
ativa e duradoura, pois são administrados antígenos mortos ou atenuados a fim
de que o próprio organismo produza anticorpos contra aquele agente.
Diante da definição, é fácil perceber que o soro é utilizado após o
contato com o antígeno, uma vez que são injetados anticorpos prontos, sendo,
portanto, uma forma de cura. Já a vacina é utilizada como uma forma de
prevenção, uma vez que a imunização é mais duradoura e nosso próprio
organismo produz anticorpos contra a ação de um determinado antígeno ao
qual ainda não fomos expostos.

Métodos contraceptivos

Os métodos contraceptivos são utilizados por pessoas que têm vida


sexual ativa e querem evitar uma gravidez. Além disso, a camisinha, por
exemplo, protege de doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Há vários tipos de métodos contraceptivos disponíveis no mercado,
como a camisinha masculina, camisinha feminina, o DIU (dispositivo
intrauterino), contracepção hormonal injetável, contracepção hormonal oral
(pílula anticoncepcional), implantes, espermicida, abstinência periódica,
contracepção cirúrgica, contracepção de emergência, entre outros.

19. Fisiologia humana

A Fisiologia Humana é um ramo de estudo sobre os principais processos


que se passam no interior do organismo humano. O entendimento desse ramo
é o que traz ao estudioso da área o conhecimento sobre como os processos
fisiológicos influenciam no funcionamento dos sistemas e processos do corpo
humano.

Circulatório

O sistema circulatório ou sistema cardiovascular tem como componentes


o coração, vasos sanguíneos e o sangue. É através dele que o transporte e
uma correta distribuição corporal do oxigênio, nutrientes e hormônios ocorre.
Além disso, o sangue também é responsável pelo transporte de
exceções, ou seja, resíduos metabólicos que junto com o sistema excretor,
serão eliminados do corpo humano.
Excretor

O sistema excretor é o sistema responsável por, a partir dos rins, filtrar o


sangue e limpar o organismo das substâncias descartadas no metabolismo dos
outros sistemas. Utiliza para isso a água como principal solvente para a urina
que será criada pelos rins. A urina é o líquido usado como meio pelo qual as
substâncias serão descartadas. Depois de criada, a urina é estocada na bexiga
até que seja o momento da excreção.

Digestório

O processo digestivo é um complexo processo no qual o sistema


digestório atua absorvendo nutrientes essenciais para o bom funcionamento do
organismo. Esses nutrientes chegam ao corpo humano por meio da
alimentação e são processados pelos órgãos do sistema digestório. São eles: a
boca, o estômago, o intestino grosso, o intestino delgado e o pâncreas.

Sistema nervoso

O sistema nervoso é o sistema comandado pelo cérebro e tem como


função comandar todos os outros sistemas do organismo humano por meio de
impulsos nervosos. O meio de dissipação desses impulsos é a coluna vertebral
e a espinha dorsal, por onde os impulsos chegam as devidas regiões do corpo
humano.

Sistema respiratório

O sistema respiratório fornece oxigênio e remove gás carbônico do


organismo, auxiliando as células no metabolismo, atuando em conjunto com o
sistema circulatório. O sistema respiratório também esta envolvido com a
vocalização.
É formado pelo nariz, cavidade do nariz, faringe, laringe, traquéia,
brônquios e pulmões.

Sistema sensorial

O sistema sensorial é um conjunto de órgãos dotados de células


especiais chamadas de receptores. Através dos receptores, o indivíduo capta
estímulos e informações do ambiente que o cerca e do seu próprio corpo. Os
estímulos são transmitidos na forma de impulsos elétricos até o sistema
nervoso central. Por sua vez, o sistema nervoso central processa as
informações, traduzindo-as em sensações e gerando respostas.
É assim que enxergamos o que está ao nosso redor, sentimos quando
alguém nos belisca, percebemos se a água do banho está fria, sentimos o
gosto das comidas, entre muitas outras sensações.
Em humanos, os principais órgãos do sistema sensorial são: pele,
língua, nariz, ouvidos e olhos. Estes órgãos captam estímulos físicos ou
químicos e os transformam em impulsos elétricos, que são transmitidos ao
sistema nervoso central.

Sistema endócrino

O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela


produção dos hormônios que são lançados no sangue e percorrem o corpo até
chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam.
Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as
funções do nosso corpo. O hipotálamo, um grupo de células nervosas
localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre esses dois sistemas.

Sistema locomotor

O sistema locomotor é formado pelos ossos, articulações e músculos


esqueléticos e representa a integração entre o Sistema Esquelético e o
Sistema Muscular.
O sistema locomotor responsável pela sustentação, locomoção e
movimentação do corpo.

Você também pode gostar