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Panspermia é uma teoria que se baseia na ideia que a vida não surgiu em
nosso planeta, mas, sim, que ela se iniciou em outro e que partículas
fundamentais chegaram aqui do espaço. Essa ideia é bastante antiga.
Giordano Bruno, durante o período do Renascimento, por exemplo, pregava
que existiam outros mundos e que neles também havia vida. Com isso,
admitia-se que a vida poderia já existir em outros locais e que posteriormente
chegou aqui.
Estudos mostraram que compostos orgânicos já chegaram à Terra vindos do
espaço.
Uma das primeiras teorias propostas foi a da abiogênese, também conhecida como
teoria da geração espontânea.
A teoria da abiogênese afirmava que a vida surgia de matéria inanimada, ou seja,
de um material sem vida. O filósofo grego Aristóteles, que contribuiu em vários
aspectos para o desenvolvimento da sociedade, era um dos defensores dessa
teoria, que era aceita por importantes estudiosos.
Segundo a teoria da geração espontânea, criar um ser vivo era bastante
simples. Podíamos, por exemplo, criar ratos a partir de roupas sujas e alguns grãos
de trigo. Fazendo essa mistura, bastava esperar alguns dias e teríamos o novo ser,
criado a partir de matéria inanimada.
Ao analisarmos essa hipótese nos dias atuais, ela parece completamente ilógica,
mas era bastante aceita pela sociedade da época. As pessoas até então não
conseguiam perceber que, na verdade, os ratos eram atraídos pelo alimento e pelo
cheiro que exalava das roupas. A falta dessa percepção era resultado da não
realização de estudos de uma maneira rigorosa para evitar observações erradas.
Teoria da Biogênese
A teoria da biogênese admite que todos os seres vivos são originados de
outros seres vivos preexistentes.
Pasteur provou que a fervura não destruía nenhum tipo de "força ativa". Além
disso, bastava quebrar o pescoço do balão para que os microrganismos
surgissem, através do contato com o ar.
Teoria da Evolução química
Embora tenha respondido a uma grande questão, a biogênese não explica como
ocorre o processo de surgimento de uma espécie a partir de outra. Assim, existem
algumas explicações para tal, sendo a origem por evolução química a mais aceita
pela categoria científica. Essa teoria propõe que a vida surgiu a partir do arranjo
entre moléculas mais simples, arranjo esse aliado a condições ambientais peculiares,
o que resultou na formação de moléculas cada vez mais complexas até o surgimento
de estruturas dotadas de metabolismo e capazes de se autoduplicar, dando origem
aos primeiros seres vivos. Oparin, Haldane e Miller são os precursores dessa
hipótese.
Hipótese autotrófica
Atualmente, acredita-se que o primeiro ser vivo era autotrófico. Dois motivos
justificam sua ampla aceitação:
1) até o surgimento da fotossíntese, o planeta provavelmente não apresentava
moléculas orgânicas suficientes para sustentar as multiplicações dos primeiros seres
vivos;
2) em razão da instabilidade do planeta, esses organismos só conseguiriam
sobreviver se estivessem em locais mais protegidos, como fontes termais
submarinas dos mares primitivos. Assim, a hipótese autotrófica sugere que os
primeiros seres vivos surgiram primeiramente em ambientes mais extremos,
nutrindo-se a partir da reação entre substâncias inorgânicas, tal como algumas
archaeas atuais: processo esse denominado de quimiossíntese. Essa hipótese
sugere ainda que, a partir desses primeiros seres vivos, surgiram aqueles capazes de
realizar fermentação, depois os fotossintéticos e, por último, os seres
heterotróficos.
Acredita-se que esses primeiros indivíduos eram procarióticos, compartilhando
diversas semelhanças com as arqueas. A célula eucariótica provavelmente surgiu há
dois bilhões de anos.