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Competência: C2
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“Todo corpo e toda matéria que não fazem mais parte de um ser vivo; toda massa que não é organizada e
dotada de vida; todo corpo que não e mais vivo, ainda que possa apresentar os restos da organização de que
gozava” (Teoria dos corpos brutos por Lamarck)
A árvore da vida
Diversas são as formas de pensamentos sobre a origem da vida e muitos pensadores de diversas áreas
contribuíram de forma a desenvolver idéias de como teria surgido o primeiro ser vivo. Para alguns, as primeiras
moléculas orgânicas teriam sido sintetizadas próximas às fontes hidrotermais, pequenas chaminés que
expelem água aquecida pela lava do subsolo a cerca de 2500 m de profundidade em certas regiões do oceano
Pacífico. Essa água contém gás sulfídrico, que é oxidado por bactérias quimiossintetizantes, que funcionam
como os produtores de uma comunidade de organismos. Nessas regiões, as primeiras moléculas orgânicas
estariam protegidas contra choques de grandes meteoritos, que promoveriam a evaporação de água,
esterilizando a superfície dos mares. Para outros cientistas, muitas moléculas orgânicas poderiam ter caído na
terra juntamente com meteoritos e cometas.
Existem ainda aqueles que acreditam que as moléculas orgânicas se aderiram à argila, em vez de
espalhar-se pelo oceano (como acreditam outros), formando aglomerados concentrados de moléculas.
Segundo essa hipótese, é possível que as moléculas tenham interagido entre si produzindo novas moléculas
orgânicas, até que surgisse uma molécula capaz de se duplicar, provavelmente um RNA primitivo. Hoje
sabemos que além das proteínas, moléculas de RNA também podem funcionar como enzimas (Ribozimas),
embora não consiga se replicar sem o auxílio de enzimas, o químico americano David Bartel e seus
colaboradores conseguiram produzir em laboratório um RNA capaz de catalisar a união de nucleotídeos e
formar um trecho de outro RNA. Isso não prova que algo semelhante houve nos primórdios da vida, mas
incentiva as pesquisas nesse sentido.
Geração Espontânea-Abiogênese
Até meados do século XIX os cientistas acreditavam que os seres vivos eram gerados espontaneamente
do corpo de cadáveres em decomposição; que rãs, cobras e crocodilos eram gerados a partir do lodo dos
rios.Essa interpretação sobre a origem dos seres vivos ficou conhecida como hipótese da geração
espontânea ou da abiogênese (a= prefixo de negação, bio = vida, genesis = origem; origem da vida a partir
da matéria Bruta). Mesmo Aristóteles, um filósofo grego que viveu de 384 a 322 a.C. e cujas idéias
influenciaram diversas áreas do conhecimento, acreditava que um “princípio ativo” ou “vital” teria a capacidade
de transformar a matéria em um ser vivo. Jan Baptist van Helmont (1577 – 1644), um cientista belga, chegou a
dar uma receita para produzir seres vivos. Ele ensinava a produzir ratos a partir de uma camisa suada suja
colocada com grãos de trigo em um local protegido.
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Os experimentos de Redi
Em 1668, Francesco Redi (1626 -1697) investigou a suposta origem de vermes em corpos em
decomposição. Ele observou que moscas são atraídas pelos corpos em decomposição e neles colocam seus
ovos. Desse ovos surgem as larvas, que se transformam em moscas adultas. Como as larvas são vermiformes,
os “vermes” que ocorrem nos cadáveres em decomposição nada mais seriam que larvas de moscas. Redi
concluiu, então, que essas larvas não surgem espontaneamente a partir da decomposição de cadáveres, mas
são resultantes da eclosão dos ovos postos por moscas atraídas pelo corpo em decomposição.
F. Redi
“...Spallanzani selou hermeticamente dezenove frascos que continham diversas substâncias e ferveu-
os por uma hora. Mas, pelo método de tratamento pelo qual ele torturou suas dezenove infusões
vegetais, fica claro que enfraqueceu muito ou até destruiu a força vegetativa das substâncias em
infusão...”.
Biogênese
Após os experimentos de Redi, a hipótese da geração espontânea voltou a ser cogitada no século XVIII,
para explicar a origem de seres microscópicos, na época denominados micróbios e hoje chamados de
microorganimos. Os cientistas dividiram-se em duas correntes de opinião: a geração espontânea e a partir dos
germes presentes no ar, que ao cair em ambientes propícios e ricos em alimento, proliferavam-se
espetacularmente. Essa discussão proliferou-se até meados do século XIX quando Louis Pasteur demonstrou
experimentalmente que os seres microscópicos presentes em caldos nutritivos sempre resultam da
contaminação por microorganismos ou por seus esporos presentes no ar. De acordo com a biogênese todo o
ser vivo provém de outro pré-existente. Observe o experimento de L. Pasteur:
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Evolução química
A vida deve ter surgido de matéria inanimada, com associações entre as moléculas, formando
substâncias cada vez mais complexas, que acabaram organizando um primeiro ser vivo. Essa teoria for
formulada inicialmente na década de 1920 por Oparin e Haldane.
A atmosfera terrestre primitiva certamente tinha uma composição totalmente diversa da atual. Talvez
fosse rica em gases como: metano (CH4), amônia (NH3), hidrogênio (H2) e vapor de água (H2O).
Essa atmosfera era inóspita para a vida, rica em gases tóxicos e sem oxigênio, exposta a altas
temperaturas, cortada por constantes centelhas elétricas e varrida pelos raios ultravioleta da luz do Sol, pois
ainda não existia a camada de ozônio (O3) que hoje nos protege. Esses gases devem ter-se combinado
originando moléculas orgânicas, os aminoácidos. Submetidos a aquecimento prolongado, os aminoácidos
combinavam-se uns com os outros, formando proteínas.
• As chuvas lavavam as rochas e conduziam as proteínas para os mares. Surgia uma "sopa de proteínas"
nas águas mornas dos mares primitivos.
• As proteínas dissolvidas em água formavam colóides. Os colóides se interpenetravam e originavam os
coacervados.
• Os coacervados englobavam moléculas de nucleoproteínas. Depois, organizavam-se em gotículas
delimitadas por membrana lipoprotéica. Surgiam as primeiras células.
• Essas células pioneiras eram muito simples e ainda não dispunham de um equipamento enzimático capaz de
realizar a fotossíntese. Eram, portanto, heterótrofas. Só mais tarde, surgiram as células autótrofas, mais
evoluídas. Entravam no palco da Natureza os seres autótrofos fotossintetizantes. E, como esses seres
passaram a eliminar oxigênio para a atmosfera, isso abriu caminho para que surgisse um novo tipo de
organismo - o dos seres de respiração aeróbia (que respiram o oxigênio do ar). Até então, todos os
organismos existentes eram anaeróbios (seres que não utilizam o oxigênio para a sua respiração). Hoje, a
grande maioria dos seres vivos se enquadra entre os organismos aeróbios.
OBS: Um pensamento científico forte acredita que a Terra surgiu pela agregação progressiva de matéria e de
pequenos corpos presentes no disco que circundava o Sol recém formado, entre 4,5 e 5 bilhões de anos atrás. Ao
atingir determinado tamanho, o jovem planeta Terra já desenvolvera uma gravidade suficientemente forte para
atrair gases como Hélio (He) e o Hidrogênio (H2) que passaram a constituir um envoltório gasoso em seu redor.
Surgia, assim, a atmosfera primária da Terra. Essa atmosfera logo desapareceu, provavelmente arrastada pela
turbulência causada pelas fortes emissões de energia solar. Como resultado, a Terra e os demais planetas
próximos ao Sol ficaram praticamente sem nenhuma atmosfera ao seu redor. Mais tarde surgia então a atmosfera
secundária que deu início à formação dos primeiros seres vivos.
1- Metabolismo Heterotrófico
Segundo essa hipótese os primeiro seres foram heterótrofos, ou seja, não tinham capacidade de produzir
energia/alimento. Esse modo de nutrição é atualmente encontrado em muitas bactérias, fungos, protozoários e
animais. Mais recentemente alguns cientistas propuseram a hipótese autotrófica.
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2- Metabolismo autotrófico
Ganhou adeptos nos últimos anos. A principal evidência foi a descoberta de bactérias primitivas, que obtém
energia a partir de reações inorgânicas simples em ambientes inóspitos, tais como fontes termais e fendas
submarinas, em cavidades de rochas. Essas bactérias foram chamadas de Quimiolitoautotróficas (“comedoras
de rochas”) porque usam a energia liberada por reações entre componentes inorgânicos da crosta terrestre para
fabricar as moléculas orgânicas que lhes servem alimentos. A teoria baseia-se no fato de que seus mecanismos
de obtenção de energia são bem mais simples que os utilizados por todos os outros seres. A partir desses seres
quimiolitoautotróficos teriam se originado os demais tipos de organismos, primeiramente os fermentadores, depois
os fotossintetizantes e, por último, os respiradores aeróbios.
Há cerca de dois bilhões de anos ocorreu uma grande inovação na estrutura dos seres vivos: o surgimento
da célula eucariótica. As mitocôndrias estão presentes em praticamente todas as células eucariotas e nelas
ocorre a respiração celular. Os plastos estão presentes em algas e vegetais, e neles ocorre a fotossíntese. Os
cientistas acreditam que tanto as mitocôncrias como os cloroplastos descendem de bactérias primitivas que, em
um passado distante, associaram-se às primeiras células eucariotas. Essa é a idéia central da Hipótese
Endossimbiótica.
Diversos são os indícios de que isso realmente pode ter ocorrido, um deles é o fato de que essas duas
organelas apresentam DNA próprio, sintetizam proteínas em pequenos ribossomos, muito semelhante aos das
bactérias e são capazes de se autoduplicar. Métodos recentes de análise bioquímica dos genes permitiram
determinar até mesmo qual grupo de bactérias pertenciam os ancestrais das mitocôndrias e dos plastos, bem
como a época aproximada em que ocorreu a associação entre os dois tipos de células.
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Ao lado, podemos
identificar que a célula
ancestral dos fungos,
protozoários e animais é a
mesma, o que explica o
fato de ambos serem
heterótrofos (não
fabricam o próprio
alimento).
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Referências para elaboração deste material
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