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Índice

Aula 1
Teorias de Origem da Vida

Aula 2
Teoria Celular (Endossimbiótica) e Membrana Plasmática

Aula 3
Citoplasma e organelas

Aula 4
Biomoléculas & Macromoléculas

Aula 5
Metabolismo celular e energético - Respiração celular

Aula 6
Metabolismo celular e Energético - Fotossíntese

Aula 7
Ácidos Nucleicos: DNA e RNA

Aula 8
Síntese de proteínas

Aula 9
Divisão Celular I - Mitose

Aula 10
Divisão Celular II - Meiose
Teorias de Origem da Vida

A origem da vida é uma das questões mais polêmicas e que


intrigam a humanidade. Mas uma coisa é certa:

A vida é velha!!!
Os dinossauros são, talvez, as criaturas extintas mais famosas, e eles tiveram
sua origem há 250 milhões de anos. No entanto, a vida na Terra começou muito
antes.

Em agosto de 2016, pesquisadores descobriram micróbios fossilizados há 3,7


bilhões de anos. A Terra não é muito mais velha do que isso, tendo sido formada
há 4,5 bilhões de anos.

Em 1859 houve o maior avanço científico do século 19: a teoria da evolução, de


Charles Darwin, que explica como poderíamos ter surgido de um único
antepassado em comum - no entanto, a teoria nada dizia sobre como o primeiro
organismo surgiu.

Principais Teorias de Origem da Vida


Panspermia - Moléculas orgânicas do espaço sideral

Moléculas orgânicas podem ter se formado


espontaneamente a partir de moléculas
inorgânicas nos primórdios da Terra à la Miller-
Urey. Mas elas poderiam ter vindo do espaço
sideral?

A ideia de que moléculas orgânicas poderiam ter


viajado para a Terra em meteoritos pode soar
como ficção científica, mas ela é sustentada por
evidências razoáveis. Por exemplo, cientistas
descobriram que moléculas orgânicas podem ser produzidas a partir de
precursores químicos simples presentes no espaço, sob condições que
poderiam existir no espaço (alta irradiação UV e baixa temperatura). Também
sabemos que alguns compostos orgânicos são encontrados no espaço e em
outros sistemas solares.
Mais importante, vários meteoritos revelaram conter compostos
orgânicos (derivados do espaço, não da Terra).

Um meteorito, ALH84001, veio de Marte e continha


moléculas orgânicas com múltiplas estruturas em
forma de anel. Outro meteorito, o meteorito
Murchison, carregava bases nitrogenadas (como
aquelas encontradas em DNA e RNA), bem como uma
ampla variedade de aminoácidos.

Um meteorito, que caiu em 2000, no Canadá, continha


minúsculas estruturas orgânicas apelidadas de
"glóbulos orgânicos". Cientistas da NASA acreditam que esse tipo de meteorito
poderia cair frequentemente na Terra, durante a história primitiva do planeta,
semeando-o com compostos orgânicos.

Criacionismo
O criacionismo é a crença de que a vida foi criada por uma entidade
sobrenatural. Geralmente, os que acreditam nessa teoria refutam a ideia de
evolução, proposta por Charles Darwin. Para os gregos antigos, a terra (Gaia) e
os deuses que a povoaram teriam surgido do Caos. No islamismo, no judaísmo
e no cristianismo, a terra e os seres vivos foram criados por Deus. Na mitologia
chinesa, Deus nasce de um ovo e, em seguida, sacrifica-se, dando origem à vida.
Teoria da Abiogênese
Também conhecida como Teoria da geração espontânea.

Antigas doutrinas ensinavam que os seres vivos eram gerados a partir da


matéria bruta. Por muito tempo, as pessoas acreditaram que isso realmente
fosse possível e até “receitas” para se produzir seres vivos foram dadas por
alguns cientistas.

A teoria da abiogênese foi contestada por muitos cientistas que, a partir de


diversos experimentos, provaram que um ser vivo só se origina a partir de outro
ser vivo preexistente, surgindo então a Teoria da Biogênese.

Experimentos do século XIX e a consolidação da Biogênese


1668 – O italiano Francesco Redi realizou um experimento para testar a hipótese
da abiogênese. A figura abaixo representa esse experimento. Redi colocou
pedaços de carne em recipientes, mantendo alguns abertos, outros vedados e
outros fechados com um tecido fino. Depois de alguns dias, observou que
moscas entravam e saiam dos recipientes abertos e que somente nestes havia
o desenvolvimento de larvas. Após algum tempo, as larvas se tornaram moscas
idênticas às que haviam pousado sobre a carne. Não surgiram moscas nos
frascos fechados. Os resultados refutavam a teoria da abiogênese nesse caso
específico. No entanto, o próprio Redi continuou acreditando na hipótese da
abiogênese para explicar outros casos, como o surgimento de vermes
intestinais.
1745 – O Inglês John T. Needham realizou uma série de experimentos que,
basicamente, consistiam em ferver substâncias nutritivas dentro de frascos que,
posteriormente, eram fechados com rolhas. Após alguns dias, o pesquisador
observou microrganismos na substância nutritiva. Ele postulou que existia uma
“força vital” na substância que dava origem aos organismos, ou seja, corroborou
a teoria da abiogênese.

1770 – O italiano Lazzaro Spallanzani realizou experimentos semelhantes aos


de Needham, promovendo, porém, algumas alterações na metodologia, como
aumentar o tempo de fervura e fechar os frascos hermeticamente, antes que
ocorresse contaminação. Após alguns dias, o pesquisador não observou
microrganismos na substância nutritiva. Needham argumentou que a longa
fervura prejudicava a “força vital”. Nesse embate de ideias, Needham “levou a
melhor”, ou seja, a maioria da comunidade científica da época apoiou a sua
interpretação, que reforçava a teoria da abiogênese. O confronto entre ideias
de pensadores que defendem diferentes pontos de vista é um processo muito
comum na construção do conhecimento científico. O episódio descrito é um
bom exemplo desse processo!

1860 – O francês Louis Pasteur


realizou experimentos que
contribuíram para reforçar de
forma significativa a teoria da
Biogênese, embora muitos
pesquisadores continuassem
adeptos da Abiogênese mesmo
após tais experimentos
(apresentados no esquema a
seguir):
A primeira evidência fóssil da vida
As primeiras evidências da vida na Terra
vêm de fósseis descobertos na Austrália
Ocidental, que datam de aproximadamente
3,5 bilhões de anos atrás. Esses fósseis são
estruturas conhecidas como estromatólitos,
que são, em muitos casos, formados pelo
crescimento de camadas sobre camadas de
micróbios unicelulares, como as
cianobactérias (Estromatólitos são também feitos por micróbios atuais, não
apenas pelos pré-históricos).

Como a vida pode ter surgido?


Em 1994, um comitê da Nasa descreveu a vida como “um sistema químico
autossustentável capaz de realizar evolução darwiniana”. A palavra “sistema”
pode significar um organismo individual, uma população ou um ecossistema,
solucionando a questão da reprodução, mas com um custo: imprecisão.

Pesquisas recentes mostram como uma molécula inanimada e


muita seleção natural podem ter dado origem à vida no planeta.

Mas voltemos à história…


Em 1924, o cientista soviético Alexander Oparin publicou seu livro A Origem da
Vida, no qual argumentava que as moléculas centrais para a vida teriam surgido
na água.

Cinco anos depois, o biólogo inglês J. B. S. Haldane propôs teorias semelhantes


e a ideia de que a vida surgiu pela primeira vez a partir de uma espécie de "sopa"
com ingredientes orgânicos e químicos ficou conhecida como a Hipótese
Oparin-Haldane - processo de "evolução química gradual".

Oparin e Haldane pensaram que a Terra primitiva tinha uma atmosfera


reduzida, o que significa uma atmosfera pobre em oxigênio.

Moléculas inorgânicas simples poderiam ter reagido (com energia fornecida


pelo sol ou relâmpagos) e formado blocos de construção como os
aminoácidos e nucleotídeos, que poderiam ter acumulado nos oceanos,
formando uma "sopa primordial"
Os blocos de construção poderiam ter se combinado em outras reações,
formando moléculas mais complexas e maiores (os polímeros), como as
proteínas e os ácidos nucleicos, talvez dentro de poças à beira d'água.
Os polímeros podem ter se organizado em unidades ou estruturas que eram
capazes de se sustentar e autorreplicar. Oparin pensou que essas poderiam
ser "colônias" de proteínas agregadas para realizar metabolismo, enquanto
Haldane sugeriu que as macromoléculas se tornaram encapsuladas por
membranas para formar estruturas parecidas com as células.

Os detalhes desse modelo provavelmente não estão


corretos. Mas a ideia básica - uma formação gradual,
espontânea de moléculas biológicas ou agregados auto-
sustentáveis simples e depois mais complexos
(coacervados) - ainda está no centro da maioria das
hipóteses da origem da vida, hoje em dia.

De compostos inorgânicos a blocos de construção


Em 1953, Stanley Miller e Harold Urey fizeram um experimento para testar as
ideias de Oparin e Haldane.

Miller e Urey construíram um sistema fechado contendo água aquecida e uma


mistura de gases que se julgava serem abundantes na atmosfera da Terra
primitiva (H²O, NH³, CH⁴, H²). Para simular os relâmpagos que poderiam ter
fornecido a energia para as reações químicas na atmosfera da Terra primitiva,
Miller e Urey enviaram descargas elétricas através do sistema experimental.

Representação em desenho do
aparato usado por Miller e Urey
para simular as condições da
Terra primitiva.
Após deixar o experimento funcionar durante uma semana, Miller e Urey
observaram que diversos tipos de aminoácidos, açúcares, lipídios e outras
moléculas orgânicas tinham se formado. Moléculas grandes e complexas como
DNA e proteínas não tinham se formado, mas o experimento de Miller-Urey
mostrou que pelo menos alguns dos blocos de construção dessas moléculas
poderiam se formar espontaneamente a partir de compostos simples.

Os resultados de Miller e Urey foram significativos?


Cientistas agora acreditam que a atmosfera da Terra primitiva era diferente
daquela da configuração de Miller e Urey (ou seja, não redutora e não rica em
amônia e metano).

Entretanto, a variedade de experimentos feitos nos anos seguintes mostraram


que os blocos de construção orgânicos (especialmente aminoácidos) podem se
formar a partir de precursores inorgânicos sob uma ampla variedade de
condições.

Um estudo recente, usando uma abordagem diferente (não uma abordagem


similar a de Miller e Urey), descobriu que os nucleotídeos de RNA poderiam ter
sido formados a partir de componentes inorgânicos, sob condições que se
assemelham àquelas da Terra primitiva.

A hipótese de "metabolismo primeiro"- A potência dos prótons


Uma alternativa à hipótese de genes primeiro é a hipótese do metabolismo
primeiro, que sugere que redes autossustentáveis de reações metabólicas
podem ter sido o primeiro tipo de vida simples (precedendo os ácidos
nucleicos).

Nos anos 1980, o químico Günter Wächtershäuser imaginou um ciclo


metabólico como um ponto de virada: um processo no qual uma substância
química é convertida em uma série de outras substâncias até que,
eventualmente, a substância original é criada novamente. No processo, o
sistema inteiro absorve energia, que pode ser utilizada para reiniciar o ciclo.

Todos os outros componentes de organismos modernos, como o DNA, células


e cérebro, teriam vindo depois, construídos com base nesses ciclos químicos.
Hoje, nós sabemos que o processo identificado por ele é utilizado por todos os
seres vivos.

Usando essa descoberta como base, o geólogo Mike Russell seguiu a lógica e
propôs que a vida deve ter sido formada, em algum lugar, com um gradiente de
prótons natural, algo parecido a um respiradouro hidrotérmico.

Em 2000, no Oceano Atlântico foi descoberto um campo de respiradores


hidrotérmicos que foi chamado de "A Cidade Perdida", que abriga densas
comunidades de microorganismos.

Esses respiradores deram força a pesquisadores que ficaram convencidos de


que respiradouros parecidos seriam o local onde a vida começou. Em 2003, eles
tentam dar substância às suas teorias.

Assim, de pouco em pouco, na base da tentativa e erro, a complexidade


aumenta. É por isso que a definição de vida oficial da Nasa é “sistema
químico autossustentável capaz de passar por seleção darwiniana”.

A hipótese de "genes primeiro" - TRÊS SUSPEITOS DE UM CRIME: DNA, RNA


E PROTEÍNAS.

Uma possibilidade é que as primeiras formas de vida eram ácidos nucleicos


auto-replicativos, como o RNA ou DNA e que outros elementos (como as redes
metabólicas) foram adicionadas depois a esse sistema básico. Isso é chamado a
hipótese de “genes primeiro”.

Por um lado, a origem da vida está em uma molécula replicadora, capaz de


armazenar e transmitir informação hereditária. Por outro lado, sabemos quais
são as moléculas mais importantes em qualquer ser vivo: DNA, RNA e
proteínas. Este é, portanto, um mistério de detetive. É preciso analisar as
capacidades, funções e defeitos das três moléculas num ser vivo
contemporâneo para entender qual delas é a suspeita mais provável de ser a
replicadora original. Um “crime” longínquo, que ocorreu há,pelo menos, 4,2
bilhões de anos.

Começando com as proteínas, os burros de carga da vida. Uma vez


fabricadas, elas cuidam do resto. A favor das proteínas, portanto, temos que
elas fazem tudo.
E contra? Bem, proteínas são cadeias de componentes químicos menores,
chamados aminoácidos. Os aminoácidos têm nomes que soam como uma
reunião de idosas psicodélicas: lisina, alanina, leucina… são 20, ao todo. A ordem
em que eles são enfileirados é essencial. Precisa ser perfeita! Um único
aminoácido fora do lugar e você terá uma proteína inútil em mãos. É que
proteínas se dobram, como novelos de lã embaraçados, e é a dobra que define
a função. O colágeno, por exemplo, contém 1.055 aminoácidos, dobrados com
precisão de origami.

A origem da vida requer que uma molécula razoavelmente funcional surja de


condições simples. E esperar uma proteína brotar do nada é como escrever Dom
Casmurro dando com a testa no teclado. Esquece! É o tipo de milagre que não
acontece.

A primeira molécula, então, foi o DNA. O DNA anota a receita das proteínas.

O problema é que o DNA só serve para anotar as receitas, mesmo. Ele é incapaz
de executá-las. Há aqui um problema de ovo e galinha: o DNA é o manual para
produzir proteínas, mas não consegue, de fato, produzi -las. As proteínas, por
sua vez, são complexas demais para terem simplesmente surgido – e não têm
uma boa estrutura para armazenar informação.

Hora de ir para o terceiro suspeito, o RNA.

Dá para imaginar cada célula viva (você é composto de 37,2 trilhões delas) como
uma minúscula cidade, em que os executivos ficam no centro, e os operários,
na zona industrial.

Por isso, há um grupo de moléculas especializado em ligar os bairros: ir até o


DNA, coletar as receitas de proteínas e levá-las para a fábrica. Depois, no interior
dessas fábricas (chamadas ribossomos), são essas mesmas moléculas que
montam as proteínas, tijolo por tijolo.

O nome dessas moléculas de função logística é RNA. O RNA consegue se dobrar


sobre si próprio, em formas complexas, e catalisar reações químicas,
exatamente como as proteínas. Bingo! É o meio-termo que a vida precisa para
surgir. Cérebro e músculo em um único lugar.

O RNA é um exemplo perfeito de molécula inanimada que faz uma


malandragem de coisa viva: se reproduzir. Exercem, também, outras funções:
juntam aminoácidos, produzem membranas… E aí, a união faz a força. “Se você
dá tempo ao tempo, moléculas começam a se juntar ao acaso; depois, se juntam
porque outras moléculas ajudaram. Assim, elas ganham mais habilidades. Elas
estavam submetidas à seleção natural”, explica Carlos Menck, geneticista da
USP.

Ele pode não ser a origem da vida na Terra, mas tem currículo para assumir o
cargo. Hoje, o pioneirismo do RNA é praticamente consenso entre cientistas - O
MUNDO RNA.

“A vida não é fundamentada apenas em proteínas, RNA ou


bicamadas lipídicas”.
“O que é a vida? É tudo isso interconectado na estrutura certa.”

Leia mais…

Possíveis micróbios na Fossa das Marianas


sugerem vida na lua de Júpiter - National
Geographic Brasil

Como bilhões de raios podem ter sido a


origem da vida na Terra - BBC News
Exercícios
01) (UFMG) Observe esta figura:

É CORRETO afirmar que a presença de lagartas em espigas de milho se deve:

a) ao processo de geração espontânea comum aos invertebrados.


b) à transformação dos grãos em lagartas.
c) ao desenvolvimento de ovos depositados por borboletas.
d) ao apodrecimento do sabugo e dos grãos.

02) (UNIFAL) Do início da vida na Terra, até o aparecimento dos seres vivos
atuais, aconteceram vários eventos, como por exemplo:

I. formação das primeiras células;


II. formação de moléculas orgânicas complexas;
III. aparecimento de organismos capazes de produzir alimentos pela
fotossíntese;
IV. surgimento dos primeiros organismos aeróbicos.

Marque a alternativa que indica a ordem mais aceita, atualmente, para o


acontecimento desses eventos.

a) I – II – IV – III
b) II – III – IV – I
c) I – IV – III – II
d) II – I – III – IV
03) (PUC-SP/2019)

O gráfico ao lado mostra a variação


na concentração do oxigênio
atmosférico ao longo do tempo
geológico.

De acordo com os dados fornecidos


pelo gráfico, é possível concluir que
a associação endossimbionte que
levou à origem de mitocôndrias, em
células eucariontes, ocorreu há
aproximadamente:

a) 4 bilhões anos.
b) 3 bilhões de anos.
c) 2 bilhões de anos.
d) 500 mil anos.

04) Segundo as teorias de origem da vida na terra, o organismo atual que mais
se assemelha aos primeiros seres vivos é uma bactéria. Esta, por sua vez,
apresenta todo o conjunto de macromoléculas e estruturas celulares,
necessários à manutenção e perpetuação das suas espécies. Necessariamente,
todos os outros organismos derivados dos primeiros seres vivos, devem manter
o padrão inicial que permitiu a perpetuação da vida. Portanto, assinale
corretamente a opção que indica as estruturas presentes, desde as bactérias,
protozoários, fungos, animais e vegetais:

a) DNA, retículo granular e mitocôndria;


b) RNA, retículo granular e mitocôndria;
c) DNA, RNA e Ribossomos;
d) DNA, RNA e Lisossomos;
05) O químico francês Lavoisier (1743-1794) escreveu que o vinagre era o vinho
acetificado devido à absorção do oxigênio, portanto, o resultado apenas de uma
reação química. Pensava-se, na época, que a camada gelatinosa que se formava
na superfície do vinho em acetificação, a “mãe do vinagre”, era apenas um
produto dessa reação. Somente mais tarde, Pasteur mostrou que sempre que
o vinho se transforma em vinagre é devido à participação de bactérias acéticas
que se desenvolvem na superfície, formando um véu.

A “mãe do vinagre” forma-se na superfície porque:

a) a contaminação do vinho pelas bactérias acéticas ocorre pelo ar.


b) a concentração elevada de álcool no fundo mata as bactérias acéticas.
c) a competição das bactérias acéticas com as bactérias alcoólicas é menor.
d) a atividade das bactérias acéticas é maior com a disponibilidade de
oxigênio do ar.

06) Em 7 de abril de 1864, Louis Pasteur apresentou o resultado de muitos anos


de pesquisas, em uma conferência na Sorbonne (Universidade de Paris).
Considere a transcrição de algumas palavras proferidas por Louis Pasteur na
respectiva ocasião.

"Não há condição conhecida hoje em dia pela qual vocês possam


afirmar que seres microscópicos vêm ao mundo sem germes, sem
pais iguais a eles. Os que defendem isso exercitam o esporte das
ilusões, das experiências malfeitas, viciadas por erros que não foram
capazes de reconhecer e não souberam como evitar”
. PASTEUR, L. Chimie appliqué à la physiologie. Revue des cours scientifiques, I: 257-65, 1864.

Ao proferir essas palavras, Louis Pasteur faz uma dura crítica aos defensores de
qual teoria?
07) Relacione, corretamente, as teorias sobre a origem da vida com suas
respectivas características, numerando os parênteses abaixo de acordo com a
seguinte indicação:

1. Abiogênese
2. Biogênese
3. Panspermia
4. Evolução molecular

( ) Afirma que a vida na Terra teve origem a partir de seres vivos ou de


substâncias precursoras da vida proveniente de outros locais do cosmo.

( ) Surgiu a partir de evidências irrefutáveis de testes rigorosos realizados por


Redi, Spallanzani, Pasteur e outros que chegaram à conclusão de que seres
vivos surgem somente pela reprodução de seres da sua própria espécie.

( ) Considera que a vida surgiu por mecanismos diversos como, por exemplo,
a partir da lama de lagos e rios, além da reprodução.

( ) A vida é resultado de um processo de evolução química em que compostos


inorgânicos se combinam, originando moléculas orgânicas simples que se
combinam produzindo moléculas mais complexas, até o surgimento dos
primeiros seres vivos.

08) (UCPel) O aglomerado de moléculas orgânicas, revestido por uma película


de moléculas de água e que, na opinião de alguns cientistas, pode ser um dos
primeiros passos rumo à origem da vida, chama-se: ____________________________

09) A hipótese mais aceita para explicar a origem da vida sobre a Terra propõe
que os primeiros seres vivos eram heterótrofos.

a) Que condições teriam permitido que um heterótrofo sobrevivesse na


Terra primitiva?
____________________________________________________________________________
b) Que condições ambientais teriam favorecido o aparecimento posterior
dos autótrofos?
____________________________________________________________________________
10) Os fósseis são uma evidência de que nosso planeta foi habitado por
organismos que já não existem atualmente, mas que apresentam semelhanças
com organismos que o habitam hoje.

a) Por que espécies diferentes apresentam semelhanças anatômicas,


fisiológicas e bioquímicas?
Teoria Celular (Endossimbiótica) e Membrana Plasmática

Células são como blocos de construção e elas são os blocos mais


incríveis do mundo.

Teoria celular
Parece óbvio, atualmente, que nós, e outros seres vivos, somos feitos de células.
Mas antes de 1600, entretanto, isso não era óbvio, pela simples razão de que
ninguém nunca tinha visto uma célula de perto.

A primeira pessoa a notar células como estruturas microscópicas foi o cientista


britânico Robert Hooke. Ainda, foi ele quem deu o nome "célula" (do latim
cellula, que significa pequeno compartimento).

Ele escolheu "células" como nome pelo fato de que essas formas lembravam
células de um mosteiro, os quartos simples em que os monges dormiam.

No entanto, as células que Hooke observou estavam em um tecido morto e


eram, na verdade, as paredes celulares remanescentes após a morte celular. A
primeira pessoa a observar células vivas e em movimento foi Anton van
Leeuwenhoek, um comerciante holandês que também produzia lentes.

Em meados de 1670, ele conseguiu observar organismos vivos unicelulares—


como bactérias—e espermatozóides, que, no conjunto, ele chamou de
"animalículos".

Mas foi apenas nos anos 1830 que o botânico Matthias Schleiden e o zoólogo
Theodor Schwann apresentaram uma ideia revolucionária: todas as diferentes
partes das plantas e dos animais são feitas de células, e que as células podem
ser produzidas de outras células.

Uma frase muito famosa do médico alemão "Rudolph Virchow (1821-1902)” é:


“Omnis cellula ex cellula”, que significa “Toda célula origina-se de outra
célula”.
As ideias de todos os pensadores iniciais são resumidas na teoria celular
moderna, que diz:

Todas as coisas vivas são compostas por uma ou mais células.

A célula é a unidade básica da vida.

Novas células surgem a partir das células pré-existentes.

Isso é tudo muito bom e bonito, mas pode te deixar na dúvida: se todas as
células vêm de células, de onde veio a primeira célula?

Células procarióticas
Um procarionte é um organismo simples, unicelular, sem núcleo ou organelas
limitadas por membrana.

As células procarióticas, células simples de organismos como as bactérias, são


algumas vezes comparadas a casas de um único cômodo: elas não têm
membranas internas, são como um quarto sem paredes divisórias.
A maior parte do DNA dos procariontes encontra-se em uma região central da
célula chamada nucleóide e normalmente consiste de um único grande laço
chamado um cromossomo circular. O diagrama abaixo do corte de uma bactéria
bastonete mostra o nucleóide e algumas outras características frequentemente
observadas nos procariontes.

Células Eucarióticas
As células eucarióticas são muito mais complicadas do que as procarióticas. Elas
possuem uma variedade de estruturas subcelulares que desempenham papéis
importantes no equilíbrio energético, metabolismo e expressão gênica.

Diferentemente das células procarióticas, as células eucarióticas têm um


núcleo limitado por uma membrana, formando uma cavidade centralizada que
guarda o material genético da célula.
Citoesqueleto
filamentoso

Teoria da Endossimbiose
Endossimbiose é uma relação ecológica que ocorre quando um organismo
vive no interior de outro.

A palavra endossimbiose é derivada do grego, endo "dentro" e simbiose


“viver junto”, ou seja, significa um organismo viver dentro do outro.

A teoria endossimbiótica, popularizada por Lynn Margulis em 1981, postula


que as mitocôndrias e cloroplastos descendem de bactérias primitivas que
passaram a viver dentro de células eucarióticas primitivas, há milhões de anos
atrás.

Para isso, uma célula eucariótica primitiva englobou, por fagocitose, uma célula
procarionte autotrófica, que passou a viver em seu citoplasma.

As células eucarióticas passaram a consumir o gás oxigênio, enquanto


ofereciam abrigo e alimento às células procariontes.
Assim foi estabelecida a relação de endossimbiose, na qual as duas células
estavam intimamente relacionadas, sem poder viver separadamente uma da
outra.

Como resultado dessa relação específica e com o passar do tempo, as células


procariontes teriam se transformado em mitocôndrias e cloroplastos.

Mitocôndrias são as "usinas de energia" da célula, quebrando moléculas de


combustível e capturando energia na respiração celular. A função delas é
produzir um suprimento constante de adenosina trifosfato (ATP), a principal
molécula carregadora de energia da célula.

Cloroplastos são encontrados em plantas e algas. Eles são responsáveis pela


captura de energia luminosa para fabricar açúcares na fotossíntese.

Membrana Plasmática
Cada célula do seu corpo é delimitada por uma bolha minúscula de membrana.
Essa membrana tem a consistência semelhante ao... óleo de salada.
Qual é exatamente a sua função?
A membrana plasmática não define apenas as bordas da célula, mas também
permite que a célula interaja com seu ambiente de forma controlada.

Composição da membrana plasmática


Os principais componentes da membrana plasmática são os lipídios
(fosfolipídios e colesterol), as proteínas e os grupos de carboidratos que estão
anexados a alguns lipídios e proteínas.

A forma como é constituída a bicamada lipídica e como estão distribuídas as


proteínas nessa bicamada permitiu a proposição do que se chama de modelo
do mosaico fluido.

A membrana plasmática é um mosaico de componentes — principalmente de


fosfolipídios, colesterol e proteínas — que se movem livremente e com fluidez
no plano da membrana. Ou seja, um diagrama da membrana (como o do
abaixo) é apenas um instantâneo de um processo dinâmico em que os
fosfolipídios e as proteínas estão continuamente deslizando uns entre os
outros.

Curiosamente, esta fluidez significa que se você inserir uma agulha muito fina
em uma célula, a membrana irá simplesmente fluir ao redor da agulha; e, uma
vez que a agulha é removida, a membrana irá se reconstituir sem qualquer
problema.
A parte hidrofílica, ou com afinidade por água, de um fosfolipídio é a sua cabeça.
A cabeça hidrofílica dos fosfolipídios em uma membrana bicamada é voltada
para parte externa, entrando em contato com o fluido aquoso dentro e fora da
célula.

A parte hidrofóbica, ou "que tem medo de água", de um fosfolipídio consiste em


suas cadeias longas e apolares de ácidos graxos. Por causa disso, é mais
favorável energeticamente para os fosfolipídios colocarem suas cadeias de
ácido graxo na parte interna da membrana, onde elas estão protegidas da água
ao seu redor.

Função da membrana plasmática


Delimitar a célula, separando o meio
interno do ambiente celular externo
Proteger a célula contra a ação de
diversos agentes
Controlar as substâncias que entram e
saem da célula
Coordenar a síntese e agrupamento das
microfibrilas da parede celular em células
vegetais.

Tipos de transporte da membrana plasmática


Lembrando:
Solução: é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias, que podem
ser separadas e não perdem suas características. Exemplo: água + sal.

As soluções podem ser divididas em duas partes: Soluto e Solvente.

Solvente é a parte da solução que dissolve o soluto (ex. á água)

Soluto é a parte da solução que é dissolvida pelo solvente (ex: o sal, o açúcar,
O2, CO2, etc).
Soluções Isotônicas → São soluções que apresentam uma mesma
concentração (mesma quantidade de soluto por volume da solução).

Solução hipertônica → É uma solução que apresenta maior concentração


de soluto.

Solução Hipotônica → É uma solução que apresenta menor concentração


de soluto.

Obs.: No organismo o solvente sempre será a água e o soluto é qualquer


substância que esteja dissolvida na água (glicose, sais, aminoácidos, etc).

Os mais simples meios de transporte através de membranas são os passivos. O


transporte passivo não requer que a célula despenda energia e está
relacionado à difusão de uma substância a favor de seu gradiente de
concentração, através de uma membrana.

Difusão
No processo de difusão, uma substância tende a mover-se de uma área de alta
concentração para uma área de baixa concentração, até que sua concentração
se torne igual ao longo de um espaço.

Difusão facilitada
Algumas moléculas, como o dióxido de carbono e
o oxigênio, conseguem se difundir diretamente
através da membrana plasmática, mas outras
precisam de auxílio para atravessar a região
interna hidrofóbica. Na difusão facilitada, as
moléculas difundem-se através da membrana
plasmática com o auxílio de proteínas da
membrana, tais como os canais e as proteínas
carreadoras.

As duas principais classes de proteínas facilitadoras de transporte são os canais


e as proteínas carreadoras.
Osmose
Osmose é o movimento da água através de uma membrana semipermeável, de
um meio de mais baixa concentração de soluto para um meio de mais alta
concentração de soluto.

Nas Células Animais

Nas Células vegetais

Transporte ativo
Durante o transporte ativo, as substâncias se movem contra o gradiente de
concentração, de uma área de baixa concentração para uma área de alta
concentração. Este processo é “ativo” porque ele requer o uso de energia
(geralmente na forma de ATP). É o oposto do transporte passivo. ex: Bomba de
Sódio e Potássio e Transporte em bloco: Endocitose (fagocitose e pinocitose) e
Exocitose.

O ATP é o combustível das células.


Exercícios
01) (PUC RJ-2007) Em relação aos envoltórios celulares, podemos afirmar que:

a) todas as células dos seres vivos têm parede celular.


b) somente as células vegetais têm membrana celular.
c) somente as células animais têm parede celular.
d) todas as células dos seres vivos têm membrana celular.

02) (VUNESP-2010) Devido à sua composição química — a membrana é formada


por lipídios e proteínas — ela é permeável a muitas substâncias de natureza
semelhante. Alguns íons também entram e saem da membrana com facilidade,
devido ao seu tamanho. No entanto, certas moléculas grandes precisam de uma
"ajudinha" extra para entrar na célula. Essa "ajudinha" envolve uma espécie de
porteiro, que examina o que está fora e o que ajuda a entrar (Solange Soares de
Camargo, in Biologia, Ensino Médio. 1.ª série, volume 1, SEE/SP, 2009.) No texto,
e na ordem em que aparecem, a autora se refere:

a) ao modelo mosaico-fluído da membrana plasmática, à difusão e ao


transporte ativo.
b) ao modelo mosaico-fluído da membrana plasmática, à osmose e ao
transporte passivo.
c) à permeabilidade seletiva da membrana plasmática, ao transporte ativo e
ao transporte passivo.
d) aos poros da membrana plasmática, à osmose e à difusão facilitada.

03) Se a hidrólise de ATP for inibida, qual dos seguintes tipos de movimento
através da membrana celular provavelmente também será inibido?

a) O movimento de um íon contra o seu gradiente de concentração


b) A passagem de água por aquaporinas
c) O movimento das moléculas de dióxido de carbono a favor de seu
gradiente de concentração
d) A difusão facilitada de uma substância pelas proteínas de canal
04) O oxigênio e o gás carbônico são moléculas que atravessam a membrana
plasmática da célula do local onde ocorrem em maior concentração para o local
com menor concentração. Esse movimento é um tipo de transporte conhecido
como:

a) Osmose.
b) Difusão facilitada.
c) Difusão simples.
d) Bomba de sódio e potássio.

05) (UFRN) As hemácias de mamíferos são isotônicas quando comparadas a


uma solução salina de NaCl a 0,9%. Tais hemácias, colocadas em uma solução
com concentração de 0,2% de NaCl, sofrem

a) diálise com hemólise.


b) osmose sem hemólise.
c) osmose com hemólise.
d) diálise sem hemólise.

06) Para entrar em uma célula, algumas substâncias necessitam de proteínas


carreadoras. O transporte que envolve esse tipo de proteína quando não há
gasto de energia é chamado de____________________________________

07) (FATEC) As figuras, a seguir, representam três células vegetais que foram
imersas em soluções salinas de diferentes concentrações, analisadas ao
microscópio e desenhadas.

Analisando essas figuras, um


estudante concluiu que as
células vegetais 1, 2 e 3 estão,
respectivamente, flácida
(estado normal), túrgida e
plasmolisada.

Com base nessa conclusão, é correto afirmar que a célula 3 foi colocada em que
tipo de solução?

_______________________________________________________________________________
08) (Uni-Facef/2016) O gráfico ilustra a
alteração de volume de uma célula vegetal que
foi colocada em um tubo de ensaio com uma
determinada solução. Pós análise, complete a
frase.

Com base no gráfico, pode-se concluir que a célula alterou seu volume após ter
sido colocada na solução do tubo de ensaio, cuja concentração de sais era
______________ em relação à sua concentração interna. A célula perdeu
________________ para o meio externo pelo processo conhecido por
________________.

09) Na Biologia Celular, uma frase tornou-se muito famosa: “Omnis cellula ex
cellula”, ou seja, toda célula origina-se de outra célula. Essa popular afirmação
constitui um dos pilares da teoria celular e foi dita por qual pesquisador?

________________________________________________________________________________

10) Quem são os únicos seres que não obedecem a teoria celular?

_______________________________________________________________________________
Citoplasma e organelas

O que é Citoplasma?
Citoplasma nada mais é do que o nome de toda a região interna da célula
delimitada pela membrana plasmática. Seu nome vem do grego Kytos, que
significa célula e plasma, líquido.

O citoplasma, na célula eucarionte, também é responsável pela sustentação


esquelética celular, possuindo uma estrutura de microfilamentos e tubos
proteicos, conhecido como citoesqueleto.

Além disso, tem como uma de suas funções armazenar substâncias químicas
importantes para a sustentação da vida, tanto que uma parte significativa da
produção de enzimas e atividades metabólicas acontece no citoplasma.

Vale ressaltar que a composição do citosol é de 80% água e moléculas


orgânicas – principalmente macromoléculas de proteínas e enzimas. O
citosol,também, dissolve outras moléculas, entre elas carboidratos,
aminoácidos, lipídios, etc;
Organelas citoplasmáticas

Retículo endoplasmático

O retículo endoplasmático (RE) tem um papel-chave na modificação de


proteínas e na síntese de lipídios.

O RE se divide em RE liso e RE rugoso. Vamos conhecer cada um deles.

RE rugoso
O retículo endoplasmático rugoso (RER) recebe esse nome devido aos
inúmeros ribossomos aderidos à sua superfície.

Esses ribossomos sintetizam as proteínas

RE liso
O retículo endoplasmático liso (REL) é contínuo ao RER, mas possui poucos
ou nenhum ribossomos em sua superfície citoplasmática, por isso o seu
nome.
As funções do REL incluem a síntese de substâncias, a eliminação de
substâncias tóxicas e o armazenamento de cálcio.

O complexo golgiense

Quando as vesículas saem do RER ou REL, para onde elas vão?

Antes de alcançar seu destino final, os lipídios e proteínas que estão dentro
das vesículas de transporte precisam ser organizados, empacotados e
etiquetados para que terminem em seus devidos lugares.

Essa organização, empacotamento e distribuição ocorrem no complexo


golgiense, organela composta por discos achatados de membrana.

Lisossomos

O lisossomo é uma organela que contém enzimas digestivas e atua na célula


animal como o setor de reciclagem.

Ele degrada as substâncias que não são mais necessárias, possibilitando a


reutilização de seus constituintes.

Os lisossomos também podem digerir substâncias ou elementos externos


que são trazidas para o interior da célula.

Peroxissomos

Os peroxissomos são pequenas organelas membranosas, que contêm no seu


interior enzimas oxidases, e estão presentes em células animais e vegetais.

A principal função é oxidar os ácidos graxos para a síntese de colesterol e


também para serem usados como matéria-prima na respiração celular.

Vacúolos

As células vegetais não possuem lisossomos. Em vez disso, elas possuem


outro tipo de organela: o vacúolo.
O vacúolo central armazena água e resíduos, isola materiais indesejados e
possui enzimas que podem degradar substâncias e componentes celulares,
como ocorre no lisossomo (MARTY, F., 1999).

Mitocôndrias
As mitocôndrias ficam suspensas no citoplasma.

As mitocôndrias são as usinas de energia ou fábricas de energia da célula,


pois produzem o ATP, a principal molécula de armazenamento de energia da
célula.

O processo de produção do ATP é chamado de respiração celular, e muitos


passos desse processo acontecem dentro da mitocôndria.

Cloroplastos
Os cloroplastos são encontrados somente nas plantas e algas
fotossintetizantes, pois sua função é realizar a fotossíntese.
O núcleo
O núcleo abriga o material genético da
célula ou DNA, que fica imerso em uma
substância gelatinosa chamada
nucleoplasma.

Ribossomos
Ribossomos são estruturas celulares, presentes em células procarióticas e
eucarióticas, responsáveis pela síntese de proteínas. Essas estruturas são
formadas por duas subunidades, uma maior e uma menor, constituídas por
moléculas de RNA (ácido ribonucleico) e proteínas.

Microtúbulos

Um microtúbulo é composto de proteínas


tubulinas organizadas na forma de um tubo
oco, como um canudo.Além de fornecer um
suporte estrutural, os microtúbulos atuam
numa variedade de funções mais
especializadas numa célula. Durante a
divisão celular, os microtúbulos se montam
numa estrutura chamada de fuso mitótico,
que separa os cromossomos.
Centrômeros
Um centríolo é um cilindro de nove trios de microtúbulos, agrupados por
proteínas de sustentação. Os centríolos são mais conhecidos por seu papel
nos centrossomos, estruturas que atuam como centros organizadores de
microtúbulos nas células animais.
Exercícios
01) (ENEM 2016 2ª APLICAÇÃO) Companheira viajante Suavemente revelada?
Bem no interior de nossas células, uma clandestina e estranha alma existe.
Silenciosamente, ela trama e aparece cumprindo seus afazeres domésticos
cotidianos, descobrindo seu nicho especial em nossa fogosa cozinha
metabólica, mantendo entropia em apuros, em ciclos variáveis noturnos e
diurnos. Contudo, raramente ela nos acende, apesar de sua fornalha consumi-
la. Sua origem? Microbiana, supomos. Julga-se adaptada às células eucariontes,
considerando-se como escrava – uma serva a serviço de nossa verdadeira
evolução. McMURRAY, W. C. The traveler.Trends in Biochemical Sciences, 1994
(adaptado).
A organela celular descrita de forma poética no texto é o(a):
(A) centríolo.
(B) lisossomo.
(C) mitocôndria.
(D) complexo golgiense.

02) O retículo endoplasmático geralmente tem suas porções classificadas em


granular e agranular. A porção do retículo chamada de granular ou rugosa está
relacionada com a produção de proteínas e recebe essa denominação em
virtude da presença de:
a) lisossomos aderidos.
b) mitocôndrias aderidas.
c) peroxissomos aderidos.
d) ribossomos aderidos.

03) Em algumas células de defesa de nosso corpo, é possível observar uma


grande quantidade de lisossomos. Isso se deve ao fato de que essas organelas:
a) realizam respiração celular, fornecendo mais energia para as células de
defesa.
b) realizam a produção de proteínas necessárias para a célula de defesa.
c) garantem a produção de lipídios, moléculas que fornecem energia para a
célula.
d) realizam a digestão intracelular, processo fundamental para a realização
de fagocitose.
04) (UFSCar-2004) A droga cloranfenicol tem efeito antibiótico por impedir que
os ribossomos das bactérias realizem sua função. O efeito imediato desse
antibiótico sobre as bactérias sensíveis a ele é inibir a síntese de:

a) ATP.
b) DNA.
c) proteínas.
d) RNA mensageiro.

05) (IFPE/2018) Na doença de Alzheimer, as alterações na proteína “tau” levam


à desintegração dos “microtúbulos” existentes nas células do cérebro,
destruindo o sistema de transporte dos neurônios, ou seja, inicialmente provoca
disfunções na comunicação bioquímica entre os neurônios e, numa fase
posterior, a morte destas células.
Na divisão celular os “microtúbulos” são responsáveis

a) pela organização do fuso mitótico.


b) pela contração muscular.
c) pela atividade de endocitose.
d) pela atividade de exocitose.

06) Por que todas as organelas dependem das mitocôndrias?

____________________________________________________________________________

07) Células procarióticas destacam-se pela ausência de núcleo e organelas


membranosas. Além da membrana plasmática, citoplasma e material genético,
qual estrutura pode ser encontrada tanto em células eucarióticas como em
procarióticas?

________________________________________________________________________________

08) Qual organela membranosa presente em hepatócitos relacionada a várias


funções, entre elas a que se destina à degradação de substâncias tóxicas (álcool
etílico, por exemplo), é desativada por meio de ação enzimática?

________________________________________________________________________________
09) Algumas organelas possuem seu próprio material genético, ribossomos e
outras estruturas que lhes permitem uma vida parcialmente autônoma. Quais
organelas o texto se refere?

________________________________________________________________________________

10) Material translúcido, rico em sais minerais, água e outras substâncias. Nele,
os organoides executam suas funções biológicas, arrastados por uma corrente
orientada em certo sentido conhecida como ciclose.

De que estrutura celular o texto se refere?

________________________________________________________________________________
Biomoléculas & Macromoléculas

Pense no que você comeu em seu almoço. Alguns dos itens do seu almoço
tinham um rótulo de "Informações nutricionais" atrás do produto? Se você
deu uma olhada nas proteínas, carboidratos ou gorduras do alimento, você
pode já estar familiarizado com diversos tipos de moléculas biológicas.

Embora os seres vivos sejam todos muito diferentes ao nível macroscópico,


verifica-se que exibem semelhanças muito pronunciadas ao nível da sua
bioquímica, nomeadamente na forma que utilizam para guardar e transmitir a
informação genética (DNA) e na série de reações que utilizam na produção de
energia, síntese e degradação de biomoléculas (as vias metabólicas).

As biomoléculas são moléculas orgânicas presentes nos organismos vivos,


sendo essenciais para a manutenção da vida. Existem quatro tipos principais de
biomoléculas: carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos. Já as
macromoléculas são moléculas grandes formadas por unidades menores, que
podem ser as próprias biomoléculas. São exemplos de macromoléculas as
proteínas, os polissacarídeos e os ácidos nucleicos.

O estudo das biomoléculas é importante porque elas desempenham funções


essenciais nos organismos vivos, como fornecer energia, transportar
substâncias, armazenar informações genéticas, além de exercer funções
estruturais e regulatórias. Compreender como essas moléculas se organizam e
interagem é fundamental para entender os processos biológicos que ocorrem
nos seres vivos e pode ter implicações importantes na saúde e na medicina.

Fornecem Energia Essencial à Vida!


Carboidratos
Os carboidratos, também conhecidos
como glicídios ou açúcares, são uma das
principais fontes de energia para o
organismo humano. Eles são formados
por carbono, hidrogênio e oxigênio, e
podem ser classificados em
três categorias: monossacarídeos,
dissacarídeos e polissacarídeos.
Os monossacarídeos são os carboidratos mais simples, e incluem a glicose, a
frutose e a galactose. Já os dissacarídeos são formados pela união de dois
monossacarídeos, como a sacarose (glicose + frutose) e lactose (glicose +
galactose). Os polissacarídeos são formados pela união de vários
monossacarídeos, como o amido e a celulose.

Os carboidratos simples são compostos por um ou dois açúcares, também


conhecidos como monossacarídeos e dissacarídeos, respectivamente. Eles
são facilmente digeridos e absorvidos pelo corpo, proporcionando uma
rápida fonte de energia.

Exemplos de carboidratos simples incluem a glicose, a frutose, a


sacarose (açúcar de mesa), a lactose (açúcar do leite) e a maltose
(encontrada em grãos como a cevada).

Exemplos de carboidratos complexos incluem o amido, encontrado em


alimentos como arroz, pão, massas e batatas, e a celulose, presente
em alimentos como frutas, vegetais e grãos integrais.

Os carboidratos desempenham diversas funções no organismo, além de


serem fonte de energia. Eles também ajudam na formação e manutenção das
células do corpo, agem como fibras alimentares e são importantes na síntese
de outras moléculas, como os ácidos nucleicos. Alguns exemplos de
alimentos ricos em carboidratos incluem pães, massas, arroz, frutas e
vegetais.

O termo "açúcar" refere-se a


carboidratos comestíveis cristalizados,
incluindo principalmente sacarose,
lactose e frutose, bem como
monossacarídeos e oligossacarídeos
de tamanho reduzido. O sabor doce é
a principal característica dessas
substâncias.

Exemplos de carboidratos importantes


A glicose é o monossacarídeo mais comum e um carboidrato simples
fundamental para o processo de respiração celular, que gera energia para
as células.
O amido é a principal substância de reserva energética dos vegetais.
A celulose é um exemplo de carboidrato de enorme importância
comercial.
A carapaça dos simpáticos
caranguejos, e inúmeros outros
artrópodes, é composta de quitina,
um carboidrato.

Lipídios
Eles desempenham diversas funções no organismo, como
reserva de energia, proteção contra o frio e
armazenamento de vitaminas. Os lipídios também são
importantes componentes estruturais de membranas
celulares e do cérebro.

Exemplos de Gorduras e óleos


importantes
Os lipídios são insolúveis em água devido às suas características moleculares.

Elas são geralmente mais hidrofóbicas e menos reativas do que outros tipos de
moléculas biológicas, como proteínas e carboidratos. Essas características
tornam os lipídios excelentes componentes estruturais de membranas celulares
e de armazenamento de energia.

As gorduras são lipídios sólidos à temperatura ambiente, enquanto os


óleos são líquidos.

As gorduras possuem ácidos graxos saturados em sua composição, que são


moléculas lineares que se empacotam bem umas às outras, formando um
arranjo sólido. Já os óleos contêm ácidos graxos insaturados, que apresentam
curvaturas em suas cadeias, tornando difícil a formação de um arranjo sólido.

Os triglicerídeos são a forma mais comum de lipídios encontrada nos


alimentos e no corpo humano.

Os esteróides são outro grupo importante de lipídios, que incluem hormônios


como a testosterona e o estrogênio, além do colesterol. O colesterol é um
componente importante das membranas celulares e também é um precursor
de hormônios esteróides.

Os fosfolipídios são outro tipo importante de lipídio que formam a bicamada


lipídica das membranas celulares.

As ceras são um tipo de lipídio encontrado em diversos organismos vivos,


incluindo plantas, animais e bactérias.

Alguns exemplos de alimentos ricos em lipídios incluem:


Gorduras animais: carnes vermelhas, manteiga, queijos, leite integral,
bacon, banha de porco, entre outros.
Óleos vegetais: azeite de oliva, óleo de soja, óleo de girassol, óleo de
canola, óleo de palma, entre outros.
Nozes e sementes: amêndoas, castanhas, nozes, amendoim, sementes de
girassol, sementes de chia, entre outros.
Peixes gordos: salmão, sardinha, atum, cavala, entre outros.
Abacate: fruta rica em gorduras monoinsaturadas e antioxidantes.
Ovos: ricos em gorduras saturadas e colesterol.
Aminoácidos & Peptídeos
Os aminoácidos são moléculas orgânicas essenciais na produção de proteínas,
que constituem diversos tecidos do organismo, como músculos, cartilagens,
tendões e cabelos, além de algumas substâncias hormonais.

Os aminoácidos são divididos em dois grupos:

naturais, também conhecidos como não essenciais, que são produzidos


pelo organismo (12 no total);

essenciais, que não são produzidos pelo organismo e precisam ser obtidos
por meio da alimentação (8 no total).

Alimentos ricos em proteínas, como carnes, peixes, ovos, leite e


leguminosas, são fontes importantes de aminoácidos essenciais.

A ligação entre os aminoácidos é chamada de ligação peptídica.

Peptídeos são biomoléculas formadas por dois ou mais aminoácidos, unidos


por ligações peptídicas. Eles diferem das proteínas por possuírem menos
aminoácidos em sua composição.

Os peptídeos são encontrados em diversas formas na natureza,


desempenhando funções como hormônios, neurotransmissores, enzimas,
entre outras.

Os alimentos ricos em aminoácidos e peptídeos são os mesmos ricos em


proteínas.
Proteínas
As proteínas são moléculas orgânicas essenciais para
a vida e são encontradas em todos os tipos de células
e nos vírus. Elas desempenham diversas funções no
organismo, como transporte de substâncias,
catalisação de reações químicas, defesa
imunológica, armazenamento de nutrientes e
suporte estrutural.

Elas são compostas por aminoácidos ligados entre si através de ligações


peptídicas.

Os tipos de estruturas das proteínas

Desnaturação das proteínas


A desnaturação de proteínas ocorre quando a estrutura tridimensional da
proteína é alterada, o que pode levar à perda da sua atividade biológica. Isso
geralmente ocorre quando as proteínas são expostas a condições extremas de
pH, temperatura ou presença de substâncias químicas.
Um exemplo comum de desnaturação de proteína é o cabelo humano. O cabelo
é composto principalmente de queratina, uma proteína fibrosa que é
responsável pela sua resistência e elasticidade. Quando o cabelo é exposto ao
calor, seja por meio de secador, chapinha ou outros processos de tratamento
capilar, a proteína da queratina começa a se desdobrar e perder sua estrutura
tridimensional. Isso resulta em cabelos danificados, quebradiços e sem brilho.

Exemplo de Proteínas importantes: Enzimas


As enzimas são proteínas que agem como catalisadoras de reações químicas
nos organismos vivos. Elas são capazes de acelerar essas reações ao diminuir a
energia necessária para que elas ocorram, tornando assim a reação mais rápida
e eficiente.

As enzimas são altamente específicas em relação às reações que catalisam.

O teste do pezinho é feito para


detectar várias possíveis doenças
em recém-nascidos, entre elas, as
mucopolissacaridoses, doenças
ocasionadas devido a erros na
fabricação de enzimas no
organismo, o que muitas vezes é
fatal.

Funções das proteínas


O músculo é composto principalmente
por proteínas, daí a importância de
uma alimentação rica em proteínas
para criar músculos.

As proteínas são macromoléculas com


diversas funções importantes no
organismo, dentre as quais podemos
destacar:
Catalisar reações químicas: as enzimas são proteínas que aceleram as reações
químicas no organismo;

Transporte: algumas proteínas transportam substâncias no corpo, como


a hemoglobina, que transporta oxigênio no sangue;

Armazenamento: algumas proteínas, como a ferritina, são responsáveis


por armazenar ferro no organismo;

Proteção: as imunoglobulinas são proteínas responsáveis pela defesa do


organismo contra agentes patogênicos;

Movimento: as proteínas musculares, como a miosina e actina, são


responsáveis pelo movimento dos músculos;

Estrutura: algumas proteínas são responsáveis pela manutenção da


estrutura dos tecidos, como o colágeno presente na pele, ossos e
cartilagens;

Regulação: algumas proteínas são responsáveis por regular processos


biológicos no organismo, como a insulina, que regula os níveis de glicose
no sangue.

Alimentos ricos em Proteínas


Leguminosas: feijão, lentilha, ervilhas, soja e derivados, como tofu;

Castanhas e sementes: amêndoas, pistache, castanha-de-caju, nozes,


avelãs, semente de abóbora, gergelim e chia;

Grãos integrais: arroz, trigo, quinoa , arroz, milho, aveia.

Aves, como frango, peru e pato;

Frutos do mar, como peixe, crustáceos e moluscos;

Ovos;

Leite e derivados;

Carne vermelha.
Ácidos Nucleicos

Os ácidos nucleicos são macromoléculas compostas por nucleotídeos. Existem


dois tipos de ácidos nucleicos: o DNA e o RNA. Eles são responsáveis por
codificar e traduzir as informações genéticas para a síntese de proteínas nos
organismos vivos.

Os ácidos nucleicos DNA e RNA têm funções cruciais nos seres vivos. O DNA é
o material genético que armazena as informações genéticas hereditárias,
que são transmitidas de geração em geração. Ele contém as instruções para
a síntese de todas as proteínas do organismo, que são fundamentais para a
estrutura e função celular.

Já o RNA tem várias funções importantes no processamento e na expressão do


DNA. Ele é responsável por traduzir as informações genéticas contidas no
DNA para a síntese de proteínas específicas, bem como no controle do
metabolismo e da divisão celular. Além disso, também tem funções
estruturais, como na composição de ribossomos, que são as organelas celulares
responsáveis pela síntese de proteínas.
Esquema simplificado de uma molécula de DNA e de uma molécula de RNA.
Exercícios
01) (PUC - RJ) Uma dieta alimentar pobre em carboidratos e rica em proteínas
deve conter, respectivamente:

a) pouca carne e muitos farináceos.


b) pouco leite e muitas verduras.
c) pouca carne e muitas verduras.
d) pouco leite e muito açúcar.
e) poucos farináceos e muita carne.

02) (Uece) Além de participar da construção do corpo dos organismos, as


proteínas exercem diversas funções. Podemos afirmar, corretamente, que as
proteínas actina e miosina estão envolvidas no processo de:

a) transporte de oxigênio no tecido sanguíneo.


b) cobertura protetora da pele.
c) contração muscular.
d) sinapse nas terminações nervosas.

03) Sabemos que a síntese de uma proteína consiste na união de aminoácidos


de acordo com a sequência determinada em um ____. Esse ácido nucléico, por
sua vez, é sintetizado a partir de uma molécula de ____ que serviu como molde.

Marque a alternativa que indica corretamente o nome das moléculas que


completam os espaços.

a) RNA; DNA.
b) DNA; RNA.
c) Proteínas; DNA.
d) DNA, aminoácidos.
e) Aminoácidos, DNA.

04) (ETEC/2020) Na alimentação humana, a preservação da saúde depende dos


nutrientes utilizados pelo organismo, pois tanto os de origem vegetal quanto
animal são importantes na obtenção de energia, na formação de novas células
e na regulagem do metabolismo celular.

considere que, após uma determinada refeição, com o processo digestivo


totalmente realizado, verificou-se que as substâncias absorvidas pelo sistema
digestório, em maior quantidade foram os aminoácidos, que certamente foram
obtidos dos alimentos, que predominavam nessa refeição, tais como

a) batata e mandioca
b) arroz e salada de folhas
c) macarrão
d) polenta frita
e) contrafilé na brasa

05) (Enem/2014) Na década de 1940, na Região Centro-Oeste, produtores rurais,


cujos bois, porcos, aves e cabras estavam morrendo por uma peste
desconhecida fizeram uma promessa, que consistiu em não comer carne e
derivados até que a peste fosse debelada. Assim, durante três meses, arroz,
feijão, verduras e legumes formaram o prato principal desses produtores.

O Hoje, 15 out. 2011 (adaptado).

Para suprir o déficit nutricional a que os produtores rurais se submeteram


durante o período da promessa, foi importante eles terem consumido
alimentos ricos em

a) vitaminas A e E.
b) frutose e sacarose.
c) aminoácidos naturais.
d) aminoácidos essenciais.
e) ácidos graxos saturados.

06) (FASEH/2020) Relacione adequadamente as proteínas presentes no


organismo humano com suas respectivas localizações e

funções.

1. Colágeno. 3. Queratina.

2. Mioglobina. 4. Actina e Miosina.


( ) Músculos; responsável por armazenar gás oxigênio.
( ) Epiderme e anexos; responsável pela proteção contra desidratação.
( ) Músculos; permite a realização de sua contração e distensão.
( ) Derme, tendões, ossos e córneas; propicia resistência à tração mecânica.

07) (PUC-RJ) Atletas devem ter uma alimentação rica em proteínas e


carboidratos. Assim devem consumir preferencialmente quais os tipos de
alimentos, respectivamente?
__________________________________________________________________________________

08) (UFCSPA) Proteínas são moléculas grandes com muitas funções metabólicas
e estruturais. Associe os diferentes tipos de proteínas (coluna da esquerda) às
respectivas funções nos organismos (coluna da direita).

1. Actina 3. Amilase

2. Hemoglobina 4. Glucagom

( ) Proteína catalisadora
( ) Proteína reguladora
( ) Proteína estrutural
( ) Proteína transportadora

09) Quem opta por dieta vegana precisa ter o cuidado de substituir a fonte de
proteínas que a carne vermelha fornece. Para suprir essa carência quais os
alimentos devem ser incluídos?

__________________________________________________________________________________

10)
GONSALES, F.

A união desses “tijolinhos” forma________________________________________________.


Metabolismo celular e energético - Respiração celular

O metabolismo energético é o conjunto de reações que consomem e


liberam energia, o que os torna essenciais para manter a atividade
celular e, consequentemente, para preservar a célula “viva”!

O metabolismo tem quatro funções específicas:

1 obter energia energia química química pela degradação degradação de


nutrientes nutrientes ricos em energia oriundos do ambiente;

2 converter as moléculas dos nutrientes em unidades fundamentais


precursoras das macromoléculas celulares;

3 reunir e organizar estas unidades fundamentais em proteínas, ácidos


nucléicos e outros componentes celulares;

4 sintetizar e degradar biomoléculas necessárias às funções especializadas


das células.

Fontes de energia metabólica


Os carboidratos, gorduras e proteínas são produtos de alto conteúdo energético
ingerido pelos animais, para os quais constituem a única fonte energética e de
compostos químicos para a construção de células. Estes compostos seguem
rotas metabólicas diferentes, que têm como finalidade produzir compostos
finais específicos e essenciais para a vida.

A glicose (C6H12O6) é o combustível energético das células. Quando ela é


quebrada libera a energia de suas ligações químicas e resíduos. É essa energia
que permite a realização das funções metabólicas da célula.

Quais são os tipos de metabolismo energético?


O metabolismo energético é dividido de acordo com a reação que ocorre,
podendo ser classificado como reação de síntese ou de decomposição. Abaixo,
entenda cada um dos processos metabólicos:

Anabolismo: As reações anabólicas resultam na produção de substâncias,


em que moléculas simples se transformam em moléculas mais complexas.
Esse processo ocorre com o consumo ou fixação de energia.

Exemplo de processos anabólicos: Fotossíntese

Catabolismo: As reações catabólicas acabam por transformar moléculas


mais complexas em outras mais simples, o que resulta no oposto do
anabolismo. Essas reações liberam a energia contida nas ligações químicas
dos compostos que foram “quebrados”.

Exemplos de processos catabólicos: Respiração Celular e Fermentação

Atenção! A respiração celular e a fermentação, embora resultem na síntese de


ATP, são classificadas como processos catabólicos, uma vez que a produção
dessa molécula decorre da quebra de moléculas de glicose. Por esse motivo,
esses processos de degradação da glicose são considerados reações
catabólicas.

"Pelas reações anabólicas que o ser vivo constrói seu corpo e é


pelas reações catabólicas que os seres vivos conseguem a
matéria-prima e a energia necessárias à vida."
Respiração Celular
A respiração celular é uma das vias metabólicas mais elegantes, majestosas e
fascinantes na Terra.

Respiração celular é uma via metabólica que quebra glicose e produz ATP.

C6H12O6(glicose) + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + Energia (ATP + calor)

Pode ser realizado de duas formas:

Respiração aeróbica: na presença do gás oxigênio do ambiente;

Respiração anaeróbica: na ausência de gás oxigênio.

A respiração celular ocorre nas mitocôndrias, em presença de oxigênio, e é


divida em três etapas:

Glicólise

Ciclo do ácido cítrico (ou ciclo de Krebs)

Fosforilação oxidativa.
Glicólise
A primeira etapa da respiração celular é a glicólise, que ocorre no citoplasma
das células.

Ela consiste em um processo bioquímico em que a molécula de glicose (C6H12O6)


é quebrada em duas moléculas menores de ácido pirúvico ou piruvato (C3H4O3),
liberando energia.

Pode ser dividida em duas fases principais: a fase de investimento de energia e


a fase de rendimento de energia.

Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo de Krebs


Ciclo do ácido cítrico, refere-se a primeira molécula formada durante as reações
do ciclo — citrato.

Ciclo de Krebs, por seu descobridor, Hans Krebs.

Essa é a etapa em que cada piruvato ou ácido pirúvico (que foi produzido na
etapa anterior) entra na mitocôndria. O ciclo de Krebs ocorre na matriz
mitocondrial.

O Ciclo de Krebs corresponde a uma sequência de oito reações. Ele tem a


função de promover a degradação de produtos finais do metabolismo dos
carboidratos, lipídios e de diversos aminoácidos. Essas substâncias são
convertidas em acetil-CoA, com a liberação de CO2 e H2O e síntese de ATP.

É verdade que o ciclo do ácido cítrico não produz muito ATP diretamente. No
entanto, pode produzir bastante ATP indiretamente, por meio dos NADH e
FADH2 gerados. Esses carreadores de elétrons se conectam com a última parte
da respiração celular, depositando seus elétrons na cadeia transportadora de
elétrons para conduzir a síntese das moléculas de ATP através da fosforilação
oxidativa.
Fosforilação oxidativa
A Fosforilação oxidativa ocorre na membrana mitocondrial interna.
A corrente de transporte de elétrons forma um gradiente de prótons através da
membrana mitocondrial interna, que leva à síntese do ATP via osmose química.

Nessa etapa, as moléculas NADH e FADH2, transportadoras de elétrons


produzidas no ciclo de ácido cítrico, doarão elétrons para a cadeia de
transporte de elétrons ou cadeia respiratória.

A fosforilação oxidativa é formada por dois componentes estreitamente ligados:


a cadeia de transporte de elétrons e a quimiosmose. Na cadeia de transporte
de elétrons, os elétrons passam de uma molécula para outra, e a energia
liberada durante essa transferência é usada para formar um gradiente
eletroquímico. Na quimiosmose, a energia armazenada no gradiente é usada
para formar ATP.

E qual será o papel do oxigênio neste contexto?


O oxigênio fica no final da cadeia de transporte de elétrons, onde ele aceita
elétrons e prótons para formar água. Se o oxigênio não estiver lá para aceitar
elétrons (por exemplo, se a pessoas não estiver respirando oxigênio suficiente),
o ATP não será produzido pela quimiosmose. Sem quantidades suficientes de
ATP, as células não podem realizar reações necessárias para seu funcionamento
e, após um certo período de tempo, podem até morrer.

Saldo energético da respiração celular


O saldo energético da respiração celular é um tema muito controverso, sendo
considerado por muitos pesquisadores um valor muito difícil de ser estimado,
existindo uma série de variáveis que podem reduzir o rendimento do ATP.

Alguns autores consideram o rendimento líquido de uma única molécula de


glicose como sendo de 36 moléculas de ATP, outros, no entanto, acreditam que
o total seria de 30 a 32 ATP. Nesse último, caso teríamos:

2 ATP formados no processo de glicólise,

2 ATP gerados no ciclo do ácido cítrico,

cerca de 26 ou 28 ATP formados no processo de fosforilação oxidativa.


Diferença entre respiração celular e fermentação
Respiração celular e fermentação são processos realizados para obtenção de
energia, no entanto, ambos apresentam algumas diferenças.

Quadro comparativo entre os processos de respiração celular e


fermentação

Respiração celular Fermentação

Tipo de Aeróbio Anaeróbio


respiração

Etapas Glicólise, o ciclo do ácido cítrico (ou ciclo de Glicólise


Krebs) e a fosforilação oxidativa

Saldo 32 2
energético
(ATP)

Ai, que câimbra!


Você já reparou que quando está
exausto, o corpo e as pernas
começam a falhar?

O dia para João, um pedreiro, foi cheio:


acordou cedo, foi para o trabalho de
trem, andou até o serviço, ficou o dia
inteiro trabalhando no Sol. Quando
estava voltando para casa, dessa vez de ônibus, deu aquela corridinha para
pegá-lo e... Câimbra!

João sentiu uma dor grande na perna após um exercício leve... Mas também
pudera! Gastou tanta energia o dia todo!

Qual a relação entre a câimbra e os processos de respiração celular na presença


e na ausência de oxigênio? Em outras palavras, por que via João gerou energia
durante todo o seu dia de trabalho e agora no final do dia, quando correu para
pegar o ônibus?
Exercícios
01) (IFBA/2017) Muitos dizem que Usain Bolt não corre, voa. Ou que o
jamaicano não é de carne e osso. Eis as explicações de John Brewer, diretor da
Escola de Saúde Esportiva e Ciências Aplicadas da Universidade de St. Mary’s,
na Inglaterra: […] Muitos nem se preocupam em respirar, já que isso os tornaria
mais lentos. E nesta alta intensidade o oxigênio não importa. […] Ele criou uma
alta porcentagem de energia anaeróbica, o que resulta em falta de oxigênio. Por
isso vemos que ele, como os outros atletas, respira profundamente. A frequência
cardíaca começa a baixar e a se estabilizar, mas o ácido lático se deslocará dos
músculos ao sangue, o que pode causar tonturas e náuseas. Mas, claro, Bolt está
eufórico e parece com bastante energia. Isso ocorre pela liberação de endorfina,
o ópio natural do corpo, (…) que permite a Bolt aproveitar sua nova façanha
olímpica. A diferença é que 80% da musculatura de Usain Bolt é composto por
‘fibras rápidas’.
Considerando-se o alto desempenho do atleta Usain Bolt e as vias metabólicas
de obtenção de energia por parte do organismo, podemos avaliar para esta
situação que:
a) A respiração celular como via exclusiva de obtenção de energia, por
degradar completamente a molécula orgânica com maior aproveitamento
energético, condição que possibilita o êxito do atleta.
b) A fermentação láctica como estratégia de obtenção de energia, condição
que leva o organismo a consumir maior quantidade de matéria orgânica
para compensar a ausência do oxigênio no processo.
c) A fermentação láctica como a via metabólica utilizada, condição que leva
às náuseas e tonturas em virtude do álcool etílico produzido.
d) A ausência de mitocôndrias nos músculos do atleta favorece o processo
da fermentação láctica, pois serve como estratégia que aumenta suas
chances de melhor desempenho.

02) Após a glicólise, o piruvato é oxidado para produzir o dióxido de carbono,


NADH, e uma molécula que contém 2 dos 3 carbonos do piruvato.
Qual é o produto da oxidação do piruvato que entra no Ciclo de Krebs?
a) Dióxido de Carbono
b) Acetil CoA
c) NADH
d) Glicose
03) A glicólise é uma das etapas da respiração celular, processo responsável pela
produção do ATP necessário para o organismo. A respeito da glicólise, marque
a alternativa incorreta:

a) A glicólise engloba cerca de dez reações químicas diferentes.


b) Na glicólise ocorre a quebra da glicose em duas moléculas de ácido
pirúvico.
c) A glicólise ocorre na matriz mitocondrial.
d) O saldo positivo de ATP no final da glicólise é de duas moléculas.
e) A glicólise é uma etapa anaeróbia.

04) (UFPA) O processo de respiração celular é responsável pelo(a):


a) consumo de dióxido de carbono e liberação de oxigênio para as células.
b) síntese de moléculas orgânicas ricas em energia.
c) redução de moléculas de dióxido de carbono em glicose.
d) incorporação de moléculas de glicose e oxidação de dióxido de carbono.
e) liberação de energia para as funções vitais celulares.

05) Observe as reações químicas a seguir e identifique a alternativa que indica


corretamente a equação geral da respiração celular.
a) 6CO2 + 2H2S→ CH2O + H2O +2S
b) C6 H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O
c) CO2 + 4 H2 → CH4 + 2H2O
d) 6CO2 + 12H2O → C6 H12O6 + 6O2 + 6H2O

06) Na glicólise, a glicose é quebrada em duas moléculas. Quantos carbonos tem


cada uma dessas moléculas?

__________________________________________________________________________________

07) (UFRGS) As células animais para a produção de energia necessitam de


oxigênio, enzimas e substrato. Em relação ao processo de produção de energia,
considere as afirmações abaixo.

I. A fosforilação oxidativa ocorre nas mitocôndrias.


II. Na fase aeróbia, ocorre alta produção de ATP.
III. A glicólise possui uma fase aeróbia e outra anaeróbia.
Quais estão corretas?

__________________________________________________________________________________

08) No final da glicólise, qual o saldo positivo de ATP?

__________________________________________________________________________________

09) (UFMS-adaptada) As mitocôndrias são corpúsculos citoplasmáticos, em


geral com forma de bastonetes, extremamente importantes para o
funcionamento celular, pois são responsáveis pela_____________________________.

10) (Faetec 2007 - adaptada) Se as células musculares podem obter energia


por meio da respiração aeróbica ou da fermentação, quando um atleta desmaia
após uma corrida de 1000 m, por falta de oxigenação adequada de seu cérebro,
o gás oxigênio que chega aos músculos também não é suficiente para suprir as
necessidades respiratórias das fibras musculares, que passam a
acumular__________________________________________________.
Metabolismo celular e Energético

Fotossíntese

Luz do sol
Luz do sol
Que a folha traga e traduz.
Em ver de novo
Em folha, em graça
Em vida, em força em luz
Céu azul
Que venha até
Onde os pés
Tocam a terra
E a terra inspira
E exala seus azuis
Caetano Veloso

Ao ler esse belíssimo poema de Caetano Veloso, você se pergunta: como a folha
traga e traduz a luz do Sol? E a resposta para essa pergunta eu posso te dar em
uma só palavra: fotossíntese!

Fotossíntese, o combustível da biodiversidade


Nosso planeta é vivo e a fotossíntese é o combustível que mantém a diversidade
biológica.

A fotossíntese é a responsável pela energia que promove a construção de um


organismo de forma direta (plantas, algas e cianobactérias) e de forma indireta
(outros organismos).
Os organismos fotossintéticos conseguem fabricar moléculas grandes por meio
de outros tipos de energia, por isso são chamados autotróficos. As plantas e as
algas verdes são organismos autotróficos, e mais especificamente
fotoautotróficos, pois necessitam da luz (foto significa luz) solar para conseguir
produzir tais moléculas.

Em plantas e algas, a fotossíntese ocorre no interior dos cloroplastos. Já em


cianobactérias, é realizada junto a lamelas membranosas presentes na parte
líquida do citoplasma.

Todas as partes verdes de uma planta possuem cloroplastos. Os cloroplastos


são verdes, pois contêm pigmentos que refletem e transmitem luz verde.
É,exatamente, graças às moléculas de clorofila dos cloroplastos que as plantas
são verdes. A clorofila é um pigmento que está presente na membrana dos
tilacóides dos cloroplastos, exatamente onde a fotossíntese ocorre.

Cloroplastos - São organelas presentes no


interior de algumas células de plantas e de
outros organismos que realizam
fotossíntese.

A fórmula de conversão da fotossíntese é a seguinte.


Na Fotossíntese, moléculas grandes são combinadas para formar moléculas
orgânicas ainda maiores, como o amido, a celulose, açúcares, entre outras que
as plantas necessitam no dia a dia. E não só as plantas aproveitam essa energia
solar capturada e convertida em energia química, mas também aqueles que se
alimentam das plantas (animais herbívoros) e os que se alimentam deles
(carnívoros) e os que se alimentam desses últimos, e assim vai…

Uma coisa fundamental deste processo é que, como disse, os organismos


fotossintéticos capturam CO² da atmosfera para realizar a etapa química, na
qual eles convertem esse gás carbônico em compostos orgânicos que os demais
organismos podem usar em seu anabolismo.

A fotossíntese pode ser dividida em duas fases distintas. A primeira é a fase


fotoquímica, antigamente chamada fase clara, pois depende da luz para ocorrer,
ou seja, envolve a captura da energia solar. A segunda parte é a chamada etapa
química, pois sua ocorrência independe das condições luminosas.

A etapa dependente da luz ocorre nos tilacóides, e a da formação da matéria


orgânica ocorre no estroma dos cloroplastos.

Clorofilas
Há cinco tipos principais de clorofilas: clorofilas a, b, c e d, mais uma molécula
relacionada encontrada nos procariontes chamada de bacterioclorofila. Nas
plantas, a clorofila a e a clorofila b são os principais pigmentos fotossintéticos.
As moléculas de clorofila absorvem comprimentos de onda azul e vermelho,
como mostrado pelos picos nos espectros de absorção acima.

A absorção ótima da luz ocorre


em diferentes comprimentos de
onda para diferentes
pigmentos. Imagem modificada
de "The light-dependent
reactions of photosynthesis:
Figure 4," de OpenStax College,
Biology (CC BY 3.0)

Fotoquímica
Fotólise da água
A palavra fotólise significa “quebra pela luz”, uma referência à primeira
etapa da fotossíntese ser desencadeada pela presença dos raios luminosos.
Desse processo participa a clorofila. Em presença de luz, moléculas de
clorofila ficam em um estado ativado (ou excitado) e isso desencadeia uma
reação química de análise, em que a água (H2O) é transformada em
hidrogênio.

Fotofosforilação
Fotofosforilação significa adição de fosfato (fosforilação) em presença de luz
(foto). A substância que sofre adição de fosfato inorgânico (Pi) é o ADP
(adenosina difosfato ou difosfato de adenosina), formando ATP (adenosina
trifosfato ou trifosfato de adenosina). Esse processo ocorre no estroma do
cloroplasto.
Fase Química
Formação da matéria orgânica
Nesta etapa da fotossíntese, não há necessidade direta de luz ou clorofila: ela
se realiza independentemente da presença desses dois fatores, mas precisa
da energia armazenada no ATP, produzido na fotofosforilação, e precisa dos
hidrogênios provenientes da fotólise da água. Assim, dizemos que essa etapa
depende indiretamente da luz. Dessa etapa, participa o CO2 do ar
atmosférico. Esse ciclo ocorre no estroma.

A partir de açúcares simples, como a glicose, a planta produz os açúcares


mais complexos, como o amido.

É nessa etapa que ocorre o chamado Ciclo de Calvin-Benson, uma sequência


de reações que podem ser divididas em três etapas: fixação, redução e
regeneração do receptor.

Fotossíntese artificial
A fotossíntese artificial consiste em uma tecnologia que imita o processo de
fotossíntese para a produção de energia renovável. Ela é uma alternativa
sustentável, entretanto. Dessa forma, uma pesquisa desenvolveu uma técnica
que aumenta a eficiência da produção dessa energia verde. A tecnologia
consiste em incorporar fragmentos de algas encapsulados nos sistemas de
energia solar.

As algas são organismos fotossintetizantes, quando os pequenos fragmentos


absorvem a luz solar, esta é direcionada para as extremidades do fragmento.
Com isso, incorporando as pequenas partes das algas nas placas solares, a
energia absorvida entra em contato com as placas e aumenta a eficiência do
painel solar.

Fotossíntese vs. Respiração Celular


Em nível das reações gerais, a fotossíntese e a respiração celular são processos
quase opostos. Eles diferem apenas na forma de energia absorvida ou liberada,
como mostrado no diagrama abaixo.
Fatores que afetam
Concentração de dióxido de carbono: É geralmente o fator limitante da
fotossíntese para as plantas terrestres em geral, devido a sua baixa
concentração na atmosfera, que é em torno de 0,04%.

Temperatura: Para a maioria das plantas, a temperatura ótima para os


processos fotossintéticos está entre 30 e 38 °C . Acima dos 45 °C a
velocidade da reação decresce, pois cessa a atividade enzimática.

Água: A água é fundamental como fonte de hidrogênio para a produção


da matéria orgânica. Em regiões secas as plantas têm a água como um
grande fator limitante.

Morfologia foliar
Exercícios
01) Quais das seguintes equações resumem corretamente o processo de
fotossíntese?

a) Dióxido de carbono + água ⟶ glicose + oxigênio


b) glicose + oxigênio ⟶ dióxido de carbono + água
c) dióxido de carbono + glicose ⟶ água + oxigênio
d) dióxido de carbono + oxigênio ⟶ água + glicose

02) Qual das seguintes afirmativas são verdadeiras em relação à fotossíntese e


à respiração celular?

a) Fotossíntese e respiração celular são realizadas por todas as plantas e


animais.
b) Tanto a fotossíntese quanto a respiração celular ocorrem nos cloroplastos
da célula.
c) Fotossíntese produz dióxido de carbono e a respiração celular utiliza
dióxido de carbono.
d) Fotossíntese e respiração celular são processos quase contrários.

03) (PUC-SP) – A propriedade de “captar vida na luz” que as plantas apresentam


se deve à capacidade de utilizar a energia luminosa para a síntese de alimento.
A organela (I), onde ocorre esse processo (II), contém um pigmento (III) capaz de
captar a energia luminosa, que é posteriormente transformada em energia
química. As indicações I, II e III referem-se, respectivamente a:

a) Mitocôndria, respiração, citocromo.


b) Cloroplasto, fotossíntese, citocromo.
c) Cloroplasto, respiração, clorofila.
d) Mitocôndria, fotossíntese, citocromo.
e) Cloroplasto, fotossíntese, clorofila.

04) (Enem 2020 PPL) As plantas, em sua fase de crescimento, necessitam de


grande quantidade de carbono, sequestrado pela fotossíntese, para a produção
de biomassa.
O sequestro de carbono pelas plantas é aumentado

a) Reciclando papel.
b) Mantendo intactas as florestas nativas.
c) Fazendo o replantio das áreas degradadas.
d) Evitando a queima de madeira e de áreas de floresta.
e) Substituindo a madeira de bens duráveis por materiais alternativos.

05) (Enem 2015) A indústria têxtil utiliza grande quantidade de corantes no


processo de tingimento dos tecidos. O escurecimento das águas dos rios
causado pelo despejo desses corantes pode desencadear uma série de
problemas no ecossistema aquático.

Considerando esse escurecimento das águas, o impacto negativo inicial que


ocorre é o(a):

a) Eutrofização.
b) Proliferação de algas.
c) Inibição da fotossíntese.
d) Fotodegradação da matéria orgânica.
e) Aumento da quantidade de gases dissolvidos.

06) Qual organela é a responsável pela fotossíntese nas plantas?

_________________________________________________________________________________

07) Responda:

a) As bactérias podem realizar um ou mais tipos de reações químicas, tais como


fermentação, quimiossíntese, respiração celular ou fotossíntese. De acordo com
a reação realizada, as bactérias podem ser divididas em dois grupos, conforme
o tipo de nutrição: autotróficas e heterotróficas. Dentre as reações citadas, quais
delas relacionam-se exclusivamente com o tipo de nutrição autotrófica?

__________________________________________________________________________________
08) (UNICAMP/2011) As substâncias orgânicas que nutrem as plantas são
produzidas por meio da fotossíntese em células dotadas de cloroplastos,
localizadas principalmente nas folhas. Nesse processo, que tem a luz como
fonte de energia, moléculas de água (H2O) e de gás carbônico (CO2) reagem,
originando moléculas orgânicas. As moléculas de água são absorvidas
principalmente através da raiz, e o CO2, através dos estômatos.

a)Que processo permite que a planta utilize parte das substâncias orgânicas
produzidas na fotossíntese como fonte de energia para suas células? Em que
consiste esse processo?

__________________________________________________________________________________

09) (UFRGS/2017) No bloco superior abaixo, são citadas duas estruturas


presentes nos cloroplastos; no inferior, características dessas estruturas.
Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.

1 – Tilacoides
2 – Estroma

( ) A luz absorvida pelo pigmento é transformada em energia química.

( ) Enzimas catalisam a fixação de CO2.

10) Certas plantas utilizadas como ornamento possuem folhas vermelhas. Estes
vegetais realizam a fotossíntese? Explique.

__________________________________________________________________________________
Ácidos Nucleicos: DNA e RNA

Os ácidos nucleicos são macromoléculas presentes em todas as células


vivas. Eles constituem os genes e são responsáveis pelo
armazenamento, transmissão e tradução das informações genéticas.
Existem dois tipos de ácidos nucléicos: o DNA e o RNA.

Os ácidos nucléicos são substâncias ácidas presentes no núcleo das células, e


estão envolvidas no armazenamento, na transmissão e no processamento das
informações genéticas de uma célula. Existem dois tipos de ácidos nucléicos: o
ácido desoxirribonucléico (DNA) e o ácido ribonucléico (RNA).

As moléculas comandam a atividade da matéria viva, coordenando e dirigindo


a química celular por meio da síntese de proteínas, e transmitindo as
características biológicas de uma geração a outra, através do processo
reprodutivo.

Estrutura dos ácidos nucleicos


Os ácidos nucleicos são formados pelos
nucleotídeos, moléculas compostas por
três componentes:

Pentoses: são carboidratos cuja


molécula é formada por cinco
carbonos;

Bases nitrogenadas: são compostos cíclicos que contêm nitrogênio. As


bases nitrogenadas são cinco: adenina, citosina, guanina, timina e uracila;

Fosfato: um radical derivado da molécula do ácido fosfórico, composto


químico responsável pela propriedade ácido dos ácidos nucleicos.

Pirimidinas e Purinas
A pirimidina e a purina são as bases que constituem os ácidos nucléicos. Uma
diferença importante entre as moléculas de DNA e de RNA diz respeito a essas
bases nitrogenadas. No DNA existem quatro bases: duas são purinas (adenina
e guanina) e duas são pirimidinas (citosina e timina). O RNA também é
constituído por somente quatro bases. Três são as mesmas que o DNA (adenina,
guanina e citosina) e a quarta é a uracila em vez da timina. A timina diferencia
da uracila somente por um grupo metila.

O DNA
A História por trás do DNA

Em 1953, James Watson e Francis Crick apresentaram, através de um artigo na


revista Nature, o modelo de dupla hélice para estrutura do DNA.

A descrição do modelo helicoidal por Watson e Crick baseou-se no estudo das


bases nitrogenadas de Erwin Chargaff, que empregando a técnica de
cromatografia conseguiu identificá-las e quantificá-las.

As imagens e dados por difração de raios X obtidos por Rosalind Franklin, que
trabalhava com Maurice Wilkins no King's College
London, foram decisivos para a dupla chegar ao
modelo apresentado. A histórica “fotografia 51” foi a
prova crucial para a grande descoberta.

No ano de 1962, Watson, Crick e Wilkins receberam o


Prêmio Nobel de Medicina pela estrutura descrita.
Franklin, que havia falecido quatro anos antes, não
teve seu trabalho reconhecido.

James Watson e Francis Crick com seu famoso


modelo da estrutura do DNA
Funções e Estrutura do DNA
O DNA é o ácido nucleico responsável por armazenar
as informações hereditárias. As informações
genéticas nessa molécula estão organizadas em
unidades chamadas de genes, os quais são
herdáveis."

Esse ácido nucleico é formado por dois


polinucleotídios dispostos de maneira espiralada em
torno de um eixo imaginário (dupla-hélice). As
cadeias de açúcar-fosfato estão organizadas mais
externamente e estão unidas por meio de ligações
de hidrogênio estabelecidas entre os pares de bases
nitrogenadas dispostos mais internamente. O açúcar
encontrado nos nucleotídeos do DNA é a
desoxirribose.

Vale salientar que as bases nitrogenadas dos nucleotídeos pareiam-se de


maneira específica. A adenina só se pareia com a timina, enquanto a guanina
sempre se pareia com a citosina. Com isso, temos que as duas cadeias na dupla-
hélice do DNA são complementares, assim, ao sabermos a sequência de base
de uma cadeia, sabemos imediatamente as bases da outra cadeia.

Um fato curioso é que as moléculas de DNA são muito longas, sendo formadas
por vários nucleotídeos. O DNA é a maior macromolécula da célula.

Além do núcleo celular, o DNA também está presente nas mitocôndrias e nos
cloroplastos, organelas capazes de sintetizá-lo.

As funções do DNA são:


Transmissão de informações genéticas: as sequências de nucleotídeos
pertencentes às fitas de DNA codificam informações. Essas informações são
transferidas de uma célula mãe para as células filhas pelo processo de
replicação do DNA.
Codificação de proteínas: as informações que o DNA carrega são utilizadas para
produção de proteínas, sendo o código genético responsável pela diferenciação
dos aminoácidos que as compõem.

Síntese de RNA: a transcrição do DNA produz RNA, que é utilizado para


produzir proteínas através da tradução.

Antes da divisão celular, o DNA é duplicado para que as células produzidas


recebam a mesma quantidade de material genético. A quebra da molécula é
feita pela enzima DNA-polimerase, dividindo as duas fitas e se refazendo em
duas novas moléculas de DNA.

Desnaturação do DNA
Em extremos de pH ou quando aquecidos, o DNA nativo sofre desenrolamento
reversível e separação (fusão) das fitas. Isso ocorre devido ao fato de os pares
de bases G ≡ C serem mais estáveis que os pares A = T, pois possuem ponto de
fusão maior. Fitas simples de DNA desnaturado de duas espécies podem formar
um dúplex híbrido e o grau de hibridização depende da extensão da sequência
homóloga. A hibridização é fundamental para importantes técnicas usadas para
estudar e isolar genes específicos e RNA.

O RNA
O RNA é um ácido nucleico relacionado com a síntese
de proteínas. Além disso, algumas moléculas de RNA
apresentam função catalítica(acelera reações), sendo
denominadas de ribozimas.

A principal função do RNA é copiar e transportar todas


as informações contidas no DNA até as estruturas
responsáveis pela elaboração de proteínas.

As moléculas de RNA, diferentemente das moléculas


de DNA, apresentam-se como cadeias simples. Em
algumas situações, o pareamento ocorre, mas com
bases presentes em uma mesma cadeia. Essas
combinações conferem ao RNA a formação de
estruturas tridimensionais. O açúcar do RNA é a ribose e suas bases
nitrogenadas são a citosina, guanina, adenina e uracila. A adenina só se pareia
com a uracila, e a guanina sempre se pareia com a citosina."
A estrutura do RNA é formada por:
Ribonucleotídeos: ribose, fosfato e bases nitrogenadas.
Bases púricas: adenina (A) e guanina (G).
Bases pirimídicas: citosina (C) e uracila (U).

Tipos de RNA
RNA mensageiro (RNAm): o RNAm codifica as proteínas, uma vez que possui as
informações do DNA. Ele é traduzido no processo de formação das proteínas,
chamado de tradução;

RNA transportador (RNAt): O RNAt, ou RNA de transferência, transporta os


aminoácidos que constituirão a nova proteína. Ele identifica a sequência de
três nucleotídeos que codificam um aminoácido (chamada de códon), e
garante que o aminoácido correspondente àquela informação seja
adicionado à cadeia em formação;

RNA ribossomal (RNAr): Esse RNA forma os ribossomos, que são os locais
onde ocorrem a síntese de proteínas. É importante destacar que 80% do RNA
presente na célula é desse tipo.

Diferença RNA & DNA


Fatos curiosos sobre o DNA
Dia Internacional do DNA: 25 de Abril

1 Mais de 99% do nosso DNA é igualzinho ao dos


outros seres humanos.

2 Se você desdobrasse o DNA contido em suas


células e o reagrupasse em linha reta, poderia ir a
lua várias vezes!

3 Somos constituídos por 8% dos restos dos


vírus que havia no Planeta há 50 milhões de anos.

4 Aproximadamente dois gramas de DNA poderia armazenar toda a


informação digital do mundo.

5 Quase 50% do nosso DNA é composto apenas por sequências repetitivas

Existem elementos móveis no nosso DNA – os transposons. Transposons são


sequências de DNA móveis, que se repetem várias vezes no nosso DNA. Essas
sequências são capazes de criar cópias de si mesmas, e as cópias são inseridas
em outras regiões do genoma. Dessa forma, os transposons vão se
multiplicando como parasitas no material genético.

6 Nosso DNA tem 3,2 bilhões de pares de nucleotídeos – mas não é o maior
de todos- O maior genoma que conhecemos atualmente é o da ameba
Amoeba dubia, que tem 670 bilhões de letras, mais de 200 vezes maior do que
o humano. Entre as plantas, o maior genoma é o da Paris japonica, natural do
Japão, que tem 149 bilhões de pares de letras e é 50 vezes maior do que o
humano. Entre os animais, um dos maiores genomas conhecidos é o do peixe
Protopterus aethiopicus, com 130 bilhões de letras, 40 vezes maior do que o
nosso.

7 Somos 65% bananas e 95% chimpanzés - Temos


muito código genético em comum com as bananas
e mais ainda com os chimpanzés. É claro que não é
preciso interpretar isso literalmente. Em termos de
comportamento, milhares de anos de evolução nos
separam dos nossos parentes símios.

8 O que faz com que cada pessoa seja única é apenas 0,01% do DNA
9 No interior das células são produzidas por dia até 10 mil lesões no DNA.
Mas nós somos capazes de substituir as partes danificadas por outras novas.

10 A mutação é um fenômeno normal no desenvolvimento do


DNA.

11 As quimeras realmente existem: são animais cujo corpo guarda DNAs


diferentes.

Os antigos gregos chamavam de quimeras os monstros com a cabeça e o


pescoço de um leão, um corpo de cabra e o rabo de serpente. Hoje em dia, os
biólogos denominam essa forma como sendo qualquer organismo compos-
tos de DNAs diferentes.
Por exemplo, em 1953, pela primeira vez foi descoberta uma mulher cujo
sangue era o resultado de uma mistura de dois grupos diferentes. A causa
disso era porque ela tinha células-tronco de seu irmão e que se encontravam
em seu corpo. Mas em 1996 se descobriu que esse fenômeno não era tão
raro.

12 O DNA dos gêmeos não é 100% coincidente. E isso cria sérias dificuldades
para a polícia - O DNA dos gêmeos é similar somente no momento da
concepção. Quanto maior a idade, maior será a diferença.
Exercícios
01) Considere uma molécula de DNA sem qualquer mutação e que apresente
16% de bases nitrogenadas de citosina. Determine os percentuais de guanina e
de timina encontrados nessa molécula, justificando suas respostas.

02) Suponha que o gene envolvido na cegueira em ratos seja constituído de


1000 pares de base (pb). Destes 1000 pb, 200 correspondem à Adenina. Qual a
quantidade de cada uma das bases nitrogenadas nesse gene? Justifique sua
resposta apresentando os cálculos realizados na resolução deste item.

03) As bases nitrogenadas que compõem um nucleotídeo podem ser divididas


em pirimidinas e purinas. Quais bases podem ser classificadas como
pirimidinas?

04) O ácido desoxirribonucleico (DNA) e o ácido ribonucleico (RNA) são os dois


tipos de ácidos nucleicos existentes. Podemos diferenciar o DNA e o RNA
analisando, por exemplo, as bases nitrogenadas que ocorrem nessas moléculas.
Qual base nitrogenada não ocorre no DNA?

05) Qual o nome do açúcar encontrado na molécula de DNA?

06) No DNA, há dois polinucleotídeos, ou cadeias, que são complementares. Se


sabemos a sequência de bases de uma das cadeias, é possível identificar a
sequência presente na outra cadeia. Qual seria a sequência de bases da cadeia
complementar se uma das cadeias do DNA apresentasse a seguinte sequência:
AGGTCGC?

a) TCCAGCG.
b) UCCAGCG.
c) CAAGTAT.
d) UAAUTAT.
e) TCCUGCG.
07) Quanto à estrutura de uma molécula, como podemos diferenciar o DNA do
RNA?

a) A molécula de DNA, em geral, é uma tripla hélice, enquanto o RNA é uma


cadeia simples.

b) A molécula de DNA, em geral, é uma dupla hélice, enquanto o RNA é uma


cadeia simples.

c) A molécula de RNA, em geral, é uma tripla hélice, enquanto o DNA é uma


cadeia simples.

d) A molécula de RNA, em geral, é uma dupla hélice, enquanto o DNA é uma


cadeia simples.

e) A molécula de RNA, em geral, é uma dupla hélice, enquanto o DNA é uma


tripla hélice.

(Urca) Os biólogos sabem que na evolução da vida antes da galinha veio o ovo
amniótico e antes da origem do DNA houve o RNA:

08) “(…) As propriedades mensageiras e catalíticas poderiam ter estado


inicialmente combinadas numa única espécie molecular no chamado ‘mundo
do RNA’.”

Vieyra, A. e Souza Barros, F., 2000. Teorias da origem da vida no século XX. Em
ElHani, C.N. e Videira, A.A.P. (Orgs), 2000. O Que é Vida: para entender a biologia
do século XXI. Editora Relume Dumará.

Além dessa capacidade autocatalítica encontrada em RNAs específicos


(chamados ribozimas), assinale abaixo a alternativa que contém mais duas
diferenças comparativas entre RNA e DNA.

a) Ribose e uracila.

b) Adenina e guanina.

c) Citosina e timina.

d) Timina e adenina.

e) Ácido fosfórico e desoxirribose.


09) A unidade básica de um ácido nucleico é o nucleotídeo. Observe a sua
estrutura na imagem a seguir.

Os números 1, 2 e 3 correspondem, respectivamente, aos componentes:

a) Ponte de hidrogênio, ácido e base

b) Carbonato, ribose e desoxirribose

c) Fosfato, pentose e base nitrogenada

d) Nitrato, açúcar e base fosfatada

10) (ENEM 2013) O DNA (ácido desoxirribonucleico), material genético de seres


vivos, é uma molécula de fita dupla, que pode ser extraída de forma caseira a
partir de frutas, como morango ou banana amassados, com uso de detergente,
de sal de cozinha, de álcool comercial e de uma peneira ou de um coador de
papel. O papel do detergente nessa extração de DNA é

a) aglomerar o DNA em solução para que se torne visível.


b) promover lise mecânica do tecido para obtenção do DNA.
c) emulsificar a mistura para promover a precipitação do DNA.
d) promover atividades enzimáticas para acelerar a extração do DNA.
e) romper as membranas celulares para liberação do DNA em solução.
Síntese de proteínas

As proteínas são moléculas orgânicas formadas pela união de uma série


determinada de aminoácidos, unidos entre si por ligações peptídicas. Trata-
se das mais importantes substâncias do organismo, já que desempenham
inúmeras funções: dão estrutura aos tecidos, regulam a atividade de órgãos
(hormônios), participam do processo de defesa do organismo (anticorpos),
aceleram todas as reações químicas ocorridas nas células (enzimas), atuam no
transporte de gases (hemoglobina) e são responsáveis pela contração
muscular.
A Síntese proteica é o processo através do qual as proteínas são produzidas. É
um processo rápido, que ocorre em todas as células do organismo, mais
precisamente nos ribossomos, organelas encontradas no citoplasma e no
retículo endoplasmático rugoso.

É essencial para todos os tipos de células. Ele é realizado tanto por aquelas que
possuem o núcleo definido (células eucariontes), quanto por aquelas que não
possuem carioteca (células procariontes).

A produção de proteínas possibilita que a célula mantenha seu crescimento.


Isso acontece porque essas moléculas orgânicas atuam nas estruturas celulares
desempenhando funções plásticas ou construtoras no organismo.
Como acontece a síntese proteica?
A produção das proteínas acontece nos cromossomos e, para que ela aconteça,
é necessária a atuação dos ácidos nucleicos, nomeadamente, o DNA (ácido
desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico). Uma vez que o DNA possui
todas as informações genéticas dos organismos vivos, é a partir dele que tem
início a síntese proteica. Mas é o RNA quem realiza todo o processo.

Todas as proteínas iniciam pela mesma trinca AUG, que codifica o


aminoácido Metionina.

Dicionário
Polipeptídeo - cadeia de aminoácidos

Códon - trinca de bases

Existe uma correspondência entre a sequência de bases nitrogenadas, que


compõem o códon do RNAm, e os aminoácidos a ele associados que se
denomina código genético. A combinação de trincas de bases formam 64
códons diferentes aos quais correspondem 20 tipos de aminoácidos que
comporão as proteínas.

Assim, se tivermos a seguinte sequência de nucleotídeos no RNAm, quais


códons formarão uma proteína?

1 DNA (gene) TTTATACAGCGGGTTTGAGACTAATTGG

2 RNA mensageiro AAAUAUGUCGCCCAAACUCUGAUUAACC

3 Proteína formada a partir do gene (como todas as proteínas começam em


AUG, todas as bases antes do AUG devem ser desconsideradas).

AAAU.AUG.UCG.CCC.AAA.CUC.UGA.UUAACC
Códons
As células decodificam mRNAs lendo seus nucleotídeos em grupos de três,
chamados de códons. Os códons em um RNAm são lidos durante a tradução,
começando com um códon de início e continuando até que um códon de parada
é alcançado (Stop Codon).

1º. Transcrição
Na transcrição, uma sequência de DNA é reescrita, ou transcrita, para um
"alfabeto" semelhante ao de RNA. Nos eucariotas, a molécula de RNA deve ser
sujeita a um processamento para se tornar um RNA mensageiro (mRNA) maduro.

Nesse processo, as bases pareiam-se:

a adenina do DNA se liga à uracila do RNA,

a timina do DNA com a adenina do RNA,

a citosina do DNA com a guanina do RNA,

e assim sucessivamente, havendo a intervenção da enzima RNA-polimerase.

A sequência de 3 bases nitrogenadas de RNAm, forma o códon, responsável


pela codificação dos aminoácidos. Dessa forma, a molécula de RNAm replica a
mensagem do DNA, migra do núcleo para os ribossomos, atravessando os
poros da membrana plasmática e forma um molde para a síntese proteica.

2º. Ativação de aminoácidos


Nessa etapa, atua o RNA transportador (RNAt), que leva os aminoácidos
dispersos no citoplasma, provenientes da digestão, até os ribossomos. Numa
das regiões do RNAt está o anticódon, uma sequência de 3 bases
complementares ao códon de RNAm. Para que esse processo ocorra é preciso
haver energia, que é fornecida pelo ATP.

3º. Tradução
Na fase de tradução, a mensagem contida no RNAm é decodificada e o
ribossomo a utiliza para sintetizar a proteína de acordo com a informação dada.

No citoplasma, acontece a chamada tradução, que pode ser simplificada como


a conversão das informações presentes no RNAm em uma molécula de
proteína. Perceba que o processo de síntese proteica, grosso modo, é a
conversão de informações genética do DNA para o RNA e, por fim, para as
proteínas.
Mas antes que as proteínas sejam efetivamente produzidas e possam
desempenhar suas funções, algumas etapas do processo de tradução precisam
ser cumpridas e outros componentes precisam entrar em ação. Além do RNA
mensageiro, a síntese proteica necessita do RNA transportador (RNAt) e RNA
ribossômico (RNAr) para sua efetivação.
O RNA transportador é o responsável por fornecer as moléculas de
aminoácidos que servirão para a síntese das proteínas.

O RNA ribossômico realiza a leitura da sequência de códons apresentados


pelo RNA mensageiro.
Mutações
Por vezes as células cometem erros ao copiar a informação genética causando
mutações. As mutações podem ser irrelevantes ou podem afetar a forma como
as proteínas são formadas e como os genes são expressados.

Substituições

Uma substituição muda um só par de bases ao substituir uma base por outra.

Existem três tipos de mutações de substituição:

Mutações silenciosas não afetam a sequência de aminoácidos durante a


tradução.

Mutações nonsense resultam num codão de stop onde deveria estar um


aminoácido, causando uma paragem prematura da tradução.

Mutações missense mudam o aminoácido codificado pelo codão.

Inserções e deleções

Uma inserção ocorre quando uma ou mais bases são adicionadas a uma
sequência de DNA. Uma deleção ocorre quando uma ou mais bases são
removidas de uma sequência de DNA.

Erros e equívocos habituais


Os aminoácidos não são produzidos durante a síntese de proteínas.

As mutações nem sempre têm efeitos drásticos ou negativos - As


mutações são a fonte da variabilidade genética.

Resumindo:
Mecanismo de transcrição em 3D. Do Dna à proteína
Exercícios
01) Qual dos modelos a seguir descreve melhor como informações genéticas de
um retrovírus são eventualmente traduzidas em proteínas?

a) O RNA viral é retrotranscrito em DNA, que então se integra ao genoma do


hospedeiro. O DNA viral integrado é, então, transcrito e traduzido em
proteínas virais.
b) O RNA viral entra em uma célula hospedeira e se dirige diretamente a um
ribossomo. O ribossomo, então, traduz o RNA viral em proteínas virais.
c) O DNA viral é transcrito em RNA, que se integra a uma fita do RNAm do
hospedeiro. O RNA viral integrado é, então, traduzido em proteínas virais.
d) O DNA viral entra em uma célula hospedeira e se dirige diretamente ao
núcleo. Em seguida, enzimas no núcleo transcrevem o DNA viral em RNAm
viral, que é então traduzido em proteínas virais.

02) O modelo abaixo representa o dogma central da biologia molecular, que


descreve o fluxo unidirecional de informações genéticas durante a expressão
gênica.

Qual das alternativas a seguir impediria o RNAm maduro de ser traduzido em


proteína?

a) Uma substância que cause uma mutação na fita molde de DNA


b) Uma substância que impeça a transferência de aminoácidos para a cadeia
polipeptídica em crescimento
c) Uma substância que bloqueie o sítio ativo da RNA polimerase
d) Uma substância que impeça a remoção de sequências não codificantes do
pré RNAm
03) O modelo a seguir representa o estágio de alongamento da tradução de
proteínas.

Qual seta representa um aminoácido sendo adicionado a uma cadeia


polipeptídica em crescimento?

a) seta 1
b) seta 2
c) seta 3
d) seta 4

04) Pesquisadores desenvolveram uma droga que interrompe a expressão


gênica em uma espécie de fungo parasita. A droga funciona impedindo a ligação
complementar do RNAt com uma molécula de RNAm.

Esta droga tem como alvo mais provável o

a) ribossomo
b) núcleo
c) retículo endoplasmático rugoso
d) Complexo de golgi

05) Na etapa de finalização da síntese proteica, a produção da proteína é


interrompida quando encontra-se um códon denominado de códon de
terminação. Assim que esse códon é encontrado, o fator de liberação atua
liberando a cadeia formada. Dentre os códons abaixo, qual não representa um
códon de terminação?
a) UAA.
b) UAG.
c) UGA.
d) AUG.
06) Algumas drogas afetam a produção de energia na célula. Como esse evento
pode interferir na síntese de proteínas?

07) (Enem 2018 – PPL- adaptada) A ricina, substância tóxica extraída da


mamona, liga-se ao açúcar galactose presente na membrana plasmática
de muitas células do nosso corpo. Após serem endocitadas, penetram
no citoplasma da célula, onde destroem os ribossomos, matando a célula
em poucos minutos.
SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed, 2009 (adaptado).

Por que o uso dessa substância pode ocasionar a morte de uma pessoa?

08) (UNIFESP-adaptada) Com a finalidade de bloquear certas funções celulares,


um pesquisador utilizou alguns antibióticos em uma cultura de células de
camundongo. Entre os antibióticos usados, a tetraciclina atua diretamente na
síntese de proteína, a mitomicina inibe a ação das polimerases do DNA e a
estreptomicina introduz erros na leitura dos códons do RNA mensageiro.

A tetraciclina atua diretamente em que parte da célula?

09) (PUC-RS-2001-adaptada) Na síntese proteica, observam-se os seguintes


eventos:

I. o gene (segmento de DNA) é transcrito em RNA mensageiro;


II. o RNA mensageiro combina-se com um complexo de ribossomo, RNAs
transportadores e aminoácidos;
III. a proteína é sintetizada.

Num experimento de laboratório hipotético, realizou-se uma síntese


proteica utilizando-se:

DNA de um gene humano, RNAs transportadores de ovelha e


aminoácidos de coelho.

Ao final do experimento, obteve-se uma proteína de qual ser?


10) Explique por que é um erro dizer que as mutações são eventos terríveis para
as espécies?
Divisão Celular I - Mitose

Introdução
O que o seu intestino, o fermento da massa do pão e um sapo em
desenvolvimento têm em comum? Entre outras coisas, todos eles possuem
células que realizam mitose, dividindo-se para produzir mais células que são
geneticamente idênticas a elas mesmas.

Por que esses organismos e tecidos tão diferentes precisam de mitose? As


células intestinais têm que ser substituídas à medida que se desgastam; as
células da levedura precisam se reproduzir para manter a sua população
crescendo; e um girino precisa gerar novas células à medida que cresce e se
torna mais complexo.

Assista no início e no fim da aula:


https://www.youtube.com/watch?v=N97cgUqV0Cg

O que é mitose?
Mitose é um tipo de divisão celular em que uma célula (a célula-mãe) se divide
para produzir duas novas células (as filhas) que são geneticamente idênticas a
ela. No contexto do ciclo celular, a mitose é a parte do processo de divisão em
que o DNA do núcleo das células é dividido em dois conjuntos iguais de
cromossomos.

A grande maioria das divisões celulares que ocorrem no nosso corpo envolvem
a mitose. Durante o desenvolvimento e o crescimento, a mitose preenche o
corpo do organismo com células e, ao longo da vida de um organismo, substitui
células velhas e desgastadas por novas e manutenção da homeostase. Para
eucariontes unicelulares como a levedura, as divisões mitóticas são, na verdade,
a sua forma de reprodução, adicionando novos indivíduos à população.

Em todos esses casos, o "objetivo" da mitose é assegurar que cada célula-filha


receba um conjunto inteiro e perfeito de cromossomos. Células com quantidade
excessiva ou insuficiente de cromossomos não costumam funcionar direito e
podem, inclusive, não sobreviver ou até mesmo causar câncer. Então, quando
as células sofrem mitose, elas não dividem seu DNA aleatoriamente e jogam-no
em pilhas para as células-filhas. Em vez disso, elas separam seus cromossomos
duplicados em uma série de etapas cuidadosamente organizadas.

Mitose e o ciclo celular


Para se dividir, uma célula deve completar várias tarefas importantes: ela
precisa crescer, copiar seu material genético (DNA), e dividir-se fisicamente em
duas células-filhas. As células realizam estas tarefas em uma série de etapas
previsíveis e organizadas que constituem o ciclo celular.

O ciclo celular envolve a interfase e a fase mitótica, a qual inclui a mitose e a


citocinese.

Em células eucarióticas, ou células com núcleo, os estágios do ciclo celular são


divididos em duas fases principais: interfase e a fase mitótica (M).

Durante a interfase, a célula cresce e faz uma cópia de seu DNA.

Durante a fase mitótica (M), a célula separa seu DNA em dois conjuntos e
divide seu citoplasma, formando duas novas células.
Interfase
Durante um tempo, acreditava-se que nada acontecia na célula entre o
surgimento da célula e sua divisão. No entanto, nessa fase, a célula encontra-se
em intensa atividade metabólica, sendo observado também o seu
crescimento. A interfase é a fase mais longa do ciclo celular e divide-se em
três etapas: G1, S e G2.

G1: nesta etapa, conhecida como “primeiro intervalo”, a célula cresce e torna-
se fisicamente maior, copia organelas, e fabrica os componentes moleculares
que precisará nas etapas posteriores.

S: Nessa etapa, conhecida como “síntese”, ocorre a divisão do material


genético. Ela também duplica uma estrutura organizadora de microtúbulos
chamada de centrossomo. Os centrossomos ajudam a separar o DNA
durante a fase M. Essa é a fase mais longa da interfase;

G2: nessa etapa, conhecida como “segundo intervalo”, ocorre a síntese de


proteínas, como a tubulina, que formará os microtúbulos do fuso mitótico,
e RNA. No entanto, isso acontece em menor quantidade do que na etapa G1.
Começa a reorganizar seu conteúdo em preparação para a mitose. A fase G2
termina com o início da mitose.

É importante destacar que durante todas as etapas da interfase estarão


ocorrendo a síntese de proteínas e a produção das estruturas celulares.

Algumas células não passam pelo processo de divisão celular, diz-se, então,
que essas células permanecem em uma etapa G1 prolongada ou etapa G0.

Saída do Ciclo Celular e G0


Em G0, a célula não está ativamente se preparando para dividir, está apenas
desempenhando suas funções. Por exemplo, pode conduzir sinais como um
neurônio (como aquele no desenho abaixo) ou armazenar carboidratos como
uma célula do fígado. G0 é um estado permanente para algumas células,
enquanto outras podem reiniciar a divisão caso recebam os sinais corretos.

A mitose é regulada por diferentes classes de proteínas, iniciando-se


quando uma delas, as ciclinas, atingem determinadas concentração no
citoplasma e ativa o fator promotor da mitose (MPF) proteico
citoplasmático, que inicia a condensação dos cromossomas.

Fases da Mitose
A mitose consiste em quatro fases básicas: prófase, metáfase, anáfase, telófase.

Dá para lembrar a ordem das fases com o famoso mnemônico:

[ProMETo] a Ana Telefonar.

Prófase
Os cromossomos começam a se condensar (o que facilita sua separação
mais tarde).

O fuso mitótico começa a se formar. O fuso é uma estrutura feita de


microtúbulos, fibras fortes que são parte do "esqueleto" da célula. Sua
função é organizar os cromossomos e movê-los durante a mitose. O fuso
cresce entre os centrossomos a medida que eles se separam.

O nucléolo (ou nucléolos, no plural), uma parte do núcleo onde são


formados os ribossomos, desaparece. Esse é um sinal de que o núcleo está
prestes a se romper.

Os cromossomos se condensam ainda mais, de maneira a ficarem bem


compactos.

O envoltório nuclear se rompe, liberando os cromossomos.

O fuso mitótico cresce mais, e alguns microtúbulos começam a "capturar"


os cromossomos.

(Centrômeros são regiões do DNA onde as cromátides irmãs são mais


firmemente conectadas).

"A prometáfase não é uma fase descrita por todos


os autores. Muitos consideram apenas a prófase,
metáfase, anáfase e telófase como sendo fases da
mitose."
Metáfase
Todos os cromossomos estão alinhados na placa
metafásica (não se trata de uma estrutura física, é
apenas um termo para o plano em que os
cromossomos estão alinhados).

Acontece o ponto de checagem do fuso que ajuda a


garantir que as cromátides irmãs se dividam
uniformemente entre as duas células-filhas quando se
separarem na próxima etapa. Se um cromossomo não
estiver adequadamente alinhado ou ligado, a célula para a divisão até que o
problema seja resolvido.

Anáfase
As cromátides irmãs se separam uma da outra
e são empurradas em direção às extremidades
opostas da célula.

A proteína "cola" que mantém as cromátides


irmãs unidas é quebrada, permitindo que
elas se separem. Cada uma é agora um
cromossomo único. Os cromossomos de
cada par são empurrados em direção aos
pólos opostos da célula.
Os microtúbulos não ligados aos cromossomos se alongam e se empurram
separando os pólos da célula, tornando-a mais longa.

Nessa etapa, vemos o alongamento da célula e no final da etapa de anáfase


observa-se que há, em cada extremidade, uma coleção completa de
cromossomos.

Telófase
O fuso mitótico é dividido em seus "blocos de construção".

Dois novos núcleos são formados, um para cada conjunto de cromossomos.


As membranas nucleares e os nucléolos reaparecem.
Os cromossomos começam a se descondensar
e voltam a sua forma "filamentosa".

Nessa fase, a mitose é finalizada e os núcleos das


células-filhas entram em interfase.

Citocinese

A citocinese é a divisão do citoplasma, que


dá origem às duas células-filhas.
Geralmente, a citocinese ocorre ao final da
telófase. A citocinese é um processo que
ocorre de maneira diferente nas células
vegetais e nas células animais.

Enquanto nas células animais, observa-se a


formação de um sulco que leva à divisão, na célula; vegetal, o que se verifica é a
formação da placa celular que se forma na região mediana da célula e cresce
para fora.

Quando a citocinese termina, temos duas células novas, cada uma com um
conjunto completo de cromossomos idênticos aos da célula-mãe. As células-
filhas podem agora começar suas próprias "vidas" celulares e - dependendo do
que decidirem ser quando
crescerem - podem, elas também,
realizar mitose, repetindo o ciclo.
Utilização da mitose pelos seres humanos
Este processo biológico é rentabilizado pelo homem de diferentes modos:

como uma técnica agrícola - regeneração de plantas inteiras a partir de


fragmentos (por exemplo, cultivo de begónias, roseiras, árvores de fruta e
outras);

em laboratório - onde bactérias geneticamente modificadas são postas a


reproduzirem-se rápida e assexuadamente, através de duplicação mitótica
(por exemplo, para produzir insulina);

na exploração de cortiça - a casca dos sobreiros é regenerada por mitose; e


em muitas outras actividades que se tornam possíveis graças à existência
deste processo de duplicação celular.

O que é Câncer?
Câncer é o nome dado a um grupo de doenças que surgem devido a uma
multiplicação desordenada de células capazes de invadir tecidos e de espalhar-
se para outras partes do corpo. Diferentemente das células normais que
possuem uma divisão mais lenta, as células cancerosas podem dividir-se de
maneira indefinida e rapidamente. Em razão dessa divisão exagerada, essas
células acumulam-se, formando tumores, que também recebem o nome de
neoplasias malignas. O processo que leva à formação do câncer é denominado
carcinogênese ou oncogênese.

A metástase ocorre quando células cancerosas desprendem-se do tumor


original e iniciam um outro tumor (tumor metastático) em outro local. Essas
células podem ser levadas para outros locais via corrente sanguínea.

Assista no início e no fim da aula:


https://www.youtube.com/watch?v=N97cgUqV0Cg
Exercícios
01) Uma célula somática, em início de intérfase, com quantidade de DNA nuclear
igual a X, foi colocada em cultura para multiplicar-se. Considere que todas as
células resultantes se duplicaram sincronicamente e que não houve morte
celular.

a) Indique a quantidade total de DNA nuclear ao final da 1a, da 2a e da 3a


divisões mitóticas.

b) Indique a quantidade de DNA por célula na fase inicial de cada mitose.

02) O ciclo celular corresponde ao conjunto de transformações que ocorre em


uma célula desde sua formação até o momento em que sofre mitose e origina
duas células filhas idênticas. Esse ciclo celular é composto por duas etapas: a
interfase e a mitose. A interfase é dividida em três fases, G1, S e G2, e a mitose
é dividida em quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase.

a) Em qual das sete fases do ciclo celular a célula sofre intenso crescimento? Em
qual das sete fases é possível verificar cromossomos condensados ao máximo?

03) No início do desenvolvimento embrionário de muitos animais, o ciclo celular


normalmente consiste na fase S e na divisão celular.

a) Que fenômeno marcante ocorre na fase S do ciclo celular?

b) A partir do zigoto, quantas mitoses são necessárias para gerar um embrião


com 16 células?

04) Quando há um corte na pele, os fibroblastos migram para a região


danificada e produzem fibras colágenas, promovendo o fechamento do corte
ou a cicatrização.

a) Que tipo de divisão celular ocorre no processo da cicatrização?

b) Geneticamente, como são as células-filha em relação à célula que lhes deu


origem nesse tipo de divisão celular?
05) (Fuvest-2001) A vinblastina é um quimioterápico usado no tratamento de
pacientes com câncer. Sabendo-se que essa substância impede a formação de
microtúbulos, pode se concluir que sua interferência no processo de
multiplicação celular ocorre na:

a) condensação dos cromossomos.


b) descondensação dos cromossomos.
c) duplicação dos cromossomos.
d) migração dos cromossomos.
e) reorganização dos nucléolos

06) (UFla/ PAS-2001) Nos seres multicelulares, a mitose é um processo que tem
como principal função:

a) o movimento celular.
b) a produção de gametas.
c) a produção de energia.
d) a expressão gênica.
e) o crescimento.

07) (Fuvest-1997) Analise os eventos mitóticos relacionados a seguir:

I. Desaparecimento da membrana nuclear.

II. Divisão dos centrômeros.

III. Migração dos cromossomos para os pólos do fuso.

IV. Posicionamento dos cromossomos na região mediana do fuso.

Qual das alternativas indica corretamente sua ordem temporal?

a) IV - I - II - III.

b) I - IV- III - II.

c) I - II - IV - III.

d) I - IV - II - III.

e) IV - I - III - II.
08) (UniFor-2000) Em organismos unicelulares, divisão por mitose significa:

a) crescimento.
b) regeneração.
c) recombinação.
d) reprodução.
e) gametogênese.

09) (UFSCar-2009) Considere que as abelhas da espécie Partamona helleri


possuem 34 cromossomos, sendo que as fêmeas originam-se por reprodução
sexuada e os machos, por partenogênese. É esperado que fêmeas e machos
tenham nos núcleos de suas células somáticas, respectivamente:

a) 34 e 17 cromossomos.
b) 68 e 34 cromossomos.
c) 17 e 34 cromossomos.
d) 34 e 68 cromossomos.
e) 51 e 17 cromossomos.
Divisão Celular II - Meiose

Introdução
Você já deve ter percebido que os filhos se parecem muito com os pais
biológicos e até mesmo com os avós e os irmãos. Alguns acham que o bebê é a
cara da mãe, enquanto outros acham que é a cara do pai.

O que dizem para você?


Com quem da família você se parece?

Na verdade, as crianças são uma boa mistura de ambos e carregam os traços


de toda a família sanguínea. Como isso é possível?

Meiose

A meiose é utilizada apenas para um propósito no corpo humano: a produção


de gametas - as células sexuais, ou espermatozóides e óvulos. Seu objetivo é
fazer células filhas com exatamente metade dos cromossomos da célula inicial.
Em animais, a meiose acontece apenas nos ovários e nos testículos.

Para explicar de outra forma, a meiose em humanos é o processo de divisão


que nos leva de uma célula diplóide - com dois conjuntos de cromossomos -
a células haplóides - com apenas um conjunto de cromossomos. Em humanos,
as células haploides feitas a partir da meiose são os espermatozóides e os
óvulos. Quando um espermatozóide e um óvulo se unem na fertilização, os dois
conjuntos haplóides de cromossomos formam um conjunto diploide completo:
um novo genoma.

Em muitos aspectos, a meiose é muito semelhante à mitose. A célula passa por


etapas similares e usa estratégias semelhantes para organizar e separar os
cromossomos. Na meiose, contudo, a célula tem uma tarefa mais complexa.
Ainda precisa separar as cromátides-irmãs (as duas metades de um
cromossomo duplicado), como na mitose. Mas também deve separar os
cromossomos homólogos, os pares de cromossomos similares mas não
idênticos que um organismo recebe de seus dois genitores.

Estes objetivos são alcançados na meiose através de um processo de divisão em


duas etapas. Pares homólogos separam-se durante a primeira parte da divisão
celular, chamada de meiose I. As cromátides-irmãs separam-se durante a
segunda parte, chamada de meiose II.

Meiose é um tipo de divisão celular que se caracteriza pela formação de quatro


células-filhas, as quais apresentam apenas a metade dos cromossomos da
célula da qual se originaram.

Fases da meiose

Meiose I: Etapa reducional, pois o número de cromossomos é reduzido pela


metade.

Meiose II: Etapa equacional, o número de cromossomos das células que se


dividem mantém-se o mesmo nas células que se formam.

Meiose I
Prófase I

Como na mitose, os cromossomos começam a se condensar, mas na meiose I,


eles também pareiam. Cada cromossomo cuidadosamente se alinha com o seu
par homólogo, de forma que os dois se combinem ao longo de suas porções
correspondentes por todo seu comprimento.

Este processo, no qual os cromossomos homólogos trocam partes, é chamado


de crossing-over, também, chamado de permutação, processo caracterizado
pela troca de partes entre os cromossomos homólogos. Esse fenômeno é muito
importante para que haja maior variabilidade genética na espécie.

Os pontos onde acontecem crossovers são mais ou menos aleatórios, levando


à formação de cromossomos novos e "remisturados" com combinações únicas
de alelos.

Metáfase I
Nesse momento, há cromossomos muito condensados e presos às fibras do
fuso que se formaram durante a prófase I. Os cromossomos ficam dispostos na
região mediana da célula.

Anáfase I
Os homólogos são separados e levados para pólos
opostos da célula. Contudo, as cromátides-irmãs de
cada cromossomo permanecem unidas uma à outra e
não se separam. Não ocorre o rompimento dos
centrômeros, havendo a migração de cromossomos
inteiros.

Telófase I
Os cromossomos chegam aos pólos opostos da célula. Em alguns organismos,
a membrana nuclear se reorganiza e os cromossomos se descondensam, mas
em outros, esta etapa é pulada — já que as células rapidamente vão entrar em
outro ciclo de divisão, a meiose II. A citocinese
geralmente ocorre ao mesmo tempo que a
telófase I, formando duas células-filhas
haplóides.

No final da meiose I, há duas células com metade do número de


cromossomos da célula-mãe. Podemos considerar essa etapa como
reducional.

Meiose II
As células passam da meiose I para a meiose II sem copiar o seu DNA. A meiose
II é um processo mais curto e mais simples do que a meiose I, e pode ser que
você ache mais útil pensar na meiose II como a "mitose das células haploides".

É considerada uma divisão equacional.

As células que entram na meiose II são aquelas formadas na meiose I. Estas


células são haplóides — têm apenas um cromossomo de cada par homólogo —
mas seus cromossomos ainda consistem de duas cromátides-irmãs. Na meioses
II, as cromátides-irmãs se separam, formando células haplóides com
cromossomos não duplicados.

Prófase II
Ocorre a condensação dos cromossomos e a duplicação dos centríolos. O
nucléolo e a carioteca voltam a desaparecer.

Metáfase II
Os centríolos estão prontos para serem duplicados e os cromossomos
organizam-se na região equatorial da célula.

Anáfase II
As cromátides-irmãs separam-se com separação dos centrômeros e migram
para cada um dos pólos da célula, puxadas pelas fibras do fuso.
Telófase II
As fibras do fuso desaparecem e os cromossomos já encontram-se nos pólos
da célula. A carioteca surge novamente e o nucléolo se reorganiza. Por fim,
ocorre a citocinese e o surgimento de 4 células-filhas haplóides.

Por fim, ocorre a citocinese e a formação das células-filhas.

Meiose como fonte de variabilidade


As duas razões principais para que possamos ter vários gametas geneticamente
diferentes são:

Crossing-over. Os pontos nos quais os homólogos se cruzam e trocam


material genético são escolhidos mais ou menos ao acaso, e eles serão
diferentes em cada célula que passa por meiose. Se a meiose ocorrer
muitas vezes, como em humanos, os crossovers vão acontecer em muitos
pontos diferentes.

Orientação aleatória dos pares homólogos. A orientação aleatória dos


pares de homólogos na metáfase I permite que a produção de gametas
tenha muitas variedades diferentes de cromossomos homólogos.

Em uma célula humana, a orientação aleatória de pares homólogos, por si só,


possibilita a formação de mais de 8 milhões de tipos diferentes de gametas. Ao
agregarmos nisso o crossing-over, o número de gametas geneticamente
diferentes que você—ou qualquer outra pessoa—pode produzir é efetivamente
infinito.

Mutação
Mutação é uma alteração natural ou induzida por algum agente mutagênico,
que ocorre no genoma (material genético do organismo ou vírus). Ela pode
ocorrer tanto em células somáticas como em células germinativas, podendo,
assim, ser herdada.

Quando ocorrem em células germinativas (células que originam os gametas),


essas mutações são passadas aos descendentes, podendo causar diversas
desordens genéticas, o surgimento de síndromes, malformações e aborto.
Importância das Mutações
As mutações, muitas vezes, são relacionadas a algo ruim, principalmente por
estarem ligadas ao surgimento de alguns tipos de tumores e síndromes.
Entretanto, as mutações podem criar novos alelos e novos genes, contribuindo
para uma maior variabilidade genética.

A variabilidade genética amplia a capacidade das populações de lidarem com


mudanças ambientais e está sujeita à seleção natural, que eliminará ou
preservará um determinado fenótipo (conjunto de características observáveis
em um organismos) gerado por um determinado genótipo, sendo um fator
essencial no processo evolutivo. Geralmente, quando a mutação faz surgir uma
característica que confere uma determinada vantagem ao indivíduo, ela é
preservada. O genótipo das espécies é fruto de mutações vantajosas, que foram
preservadas ao longo do tempo pela seleção natural.

Mitose versus Meiose


São ambos processos de divisão nuclear que ocorrem ao longo do ciclo de vida
dos organismos mas apresentam aspectos que os distinguem.
Mitose Meiose

Ocorre em células sexuais para produção


Ocorre em células somáticas
de gâmetas

Origina quatro células-filhas com metade


Origina duas células-filhas, cujo número de
do número de cromossomas da célula
cromossomas é igual ao da célula mãe
mãe

Ocorre em células diploides e haploides Nunca ocorre em células haploides

Não há emparelhamento de cromossomas


Há emparelhamento de cromossomas
homólogos (cada cromossoma comporta-
homólogos
se de forma independente do outro)

Há crossing-over entre cromatídeos de


Quase nunca ocorre crossing-over
cromossomas homólogos

As células-filhas podem continuar a dividir- As células-filhas não podem sofrer mais


se divisões meióticas

Centrômeros dividem-se
Centrômeros dividem-se
longitudinalmente apenas na anáfase II
longitudinalmente na anáfase
(divisão equacional)

Ocorrem duas divisões sucessivas


Só ocorre uma divisão (primeira dita reducional e a segunda
equacional, semelhante à mitose)
Exercícios
01) Sobre a meiose, responda às questões propostas.

a) Por que a meiose é conhecida como divisão reducional?

b) Por que a meiose pode ser considerada uma fonte de variabilidade genética?

02) Observe o esquema que representa, de forma resumida, uma célula animal
germinativa produzindo, após o término da meiose, quatro gametas com suas
respectivas combinações gênicas.

Explique por que ocorreu a produção de gametas com essa combinação gênica,
dando o nome do processo e em que momento da meiose ele ocorre.

03) (FUVEST - 2001 - 2a fase)

a) A célula de um animal, esquematizada, encontra-


se na anáfase da primeira divisão da meiose. O que
permite essa conclusão?
(Unicamp-2003) Texto para as questões 4 e 5

“Nos animais a meiose é o processo básico para a formação dos gametas. Nos
mamíferos há diferenças entre a gametogênese masculina e a feminina.”

04) Nos machos, a partir de um espermatócito primário obtêm-se 4


espermatozóides. Que produtos finais são obtidos de um oócito primário? Em
que número?

05) Se um espermatócito primário apresenta 20 cromossomos, quantos


cromossomos serão encontrados em cada espermatozóide? Explique

06) (UFC-2003) Sabendo-se que uma determinada espécie de vertebrado possui


número cromossômico 2n=50, 3.

Assinale a alternativa que associa corretamente o tipo de célula à sua


quantidade de cromossomos.

a) hepatócito - 25
b) ovogônia - 25
c) neurônio - 50
d) fibra muscular - 25
e) óvulo - 50

07) (UECE-2002) Mitose e Meiose são tipos de divisões celulares, que


apresentam as seguintes características diferenciais:

a) a mitose ocorre exclusivamente nas células somáticas, nunca no plasma


germinativo
b) a meiose possibilita a recombinação genética, ingrediente constituinte da
variabilidade genética
c) mitose e meiose se alternam no processo de reprodução assexuada dos
seres unicelulares
d) mitose e meiose sempre ocorrem num mesmo organismo vivo.
08) (VUNESP-2007) Assinale a alternativa que representa a associação correta
entre o tipo de divisão celular e os processos que ocorrem durante a divisão.

a) Mitose – produção de gametas com redução no número de cromossomos.


b) Meiose – ocorrência de crossing-over ou permutação na Prófase I.
c) Meiose – número de células-filhas ao fim do processo é o dobro do
número de células-mãe.
d) Meiose – produção de células 2n, após a Meiose I.
e) Mitose – emparelhamento dos cromossomos homólogos na Prófase.

09) (Fuvest-2002) Os dois processos que ocorrem na meiose, responsáveis pela


variabilidade genética dos organismos que se reproduzem sexuadamente, são:

a) duplicação dos cromossomos e pareamento dos cromossomos


homólogos.
b) segregação independente dos pares de cromossomos homólogos e
permutação entre os cromossomos homólogos.
c) separação da dupla-hélice da molécula de DNA e replicação de cada umas
das fitas.
d) duplicação dos cromossomos e segregação independente dos pares de
cromossomos homólogos.
e) replicação da dupla-hélice da molécula de DNA e permutação entre os
cromossomos homólogos.

10) (FUVEST) Na meiose de uma espécie de planta, formam-se 16 tétrades ou


bivalentes. Qual o número diplóide da espécie?

a) 4
b) 8
c) 16
d) 32
e) 64

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