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Origem das primeiras células vivas

Caio Rangel
Essa teoria conhecida como teoria da evolução química ou teoria da
evolução molecular, foi proposta primeiramente pelo biólogo inglês
Thomas Huxley (1825-1895), e foi aprofundada anos depois pelo
biólogo inglês John Burdon s. Haldane (1892-1964) e pelo
bioquímico russo Aleksandr I. Oparin (1892-1980)

 Thomas Huxley

Esta e uma das teorias mais bem aceitas pelo meio científico para
explicar a origem da vida na terra. Nessa teoria a vida surgiu por
meio de substâncias químicas existentes na terra primitiva teriam
reagido entre si, assim dando origem a moléculas orgânicas, cada
vez mais complexas que teriam sido percussoras dos primeiros
seres vivos.

De acordo com as pessoas defensoras dessa teoria, compostos


inorgânicos, como carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo,
entre tantos outros, acabaram se combinado, assim dando origem
as moléculas orgânicas como aminoácidos, açucares e outros.
A partir do longo do tempo as moléculas orgânicas formadas
também foram se juntando, originando moléculas mais complexas,
como proteínas, carboidratos e outros. Porém essas moléculas
adquiriram tamanho e complexidade que conseguiram se duplicar
originado outras moléculas.

Atualmente a hipótese melhor aceita, atualmente e que os primeiros


seres vivos eram autotróficos (autotróficos: são seres capazes de
produzir o próprio alimento.) e não heterotróficos (heterotróficos:
seres incapazes de produzir o próprio alimento). Para os
estudiosos, não havia moléculas orgânicas o suficiente para que os
primeiros seres vivos tivessem capacidade de se desenvolver ou
sobreviver sem antes ter a criação da autotrofia.

Hoje em dia acredita-se que todos os seres vivos surgiram por meio
de processos evolutivos, a partir das espécies já existentes, e
continuam em evolução.

Estudiosos do Campus Médico da Universidade do Colorado e da


Universidade de Londres, fizeram uma pesquisa para tentar
descobrir por que as moléculas eram são a base de toda vida no
planeta terra e porque elas evoluem do jeito que fazem. Então eles
criaram uma teoria da evolução que se baseou na transformação
dos sistemas moleculares em evolução em um quadro onde as
ferramentas da mecânica estatística podem ser aplicadas, abrindo
uma nova janela para a evolução da proteína.

Através dessa pesquisa, descobriram que poderiam prever taxas de


evolução de proteínas com base em suas propriedades
bioquímicas.
 John Burdon s. Haldane

 Aleksandr I. Oparin
As células podem ser definidas como a unidade estrutural e
funcional de todo organismo vivo. Existem dois tipos básicos de
células, os procariontes e as eucariontes.

Procariontes: relativamente uma célula mais simples e não


contendo envoltório nuclear ou carioteca

Eucariontes: células mais complexas e mais desenvolvidas que


contêm inúmeros compartimentos e uma estrutura membranosa.

E dito que as primeiras células vivas que surgiram na terra


foram os procariontes. E isso deve ter ocorrido a 3,5 bilhões
de anos atras. Naquela época a atmosfera provavelmente continha
vapor de água, amônia, metano, hidrogênio, sulfeto de hidrogênio e
gás carbônico. O oxigênio só surgiu por conta da reação
fotossintética das células autotróficas.

Antes de surgir a primeira célula teriam existido grandes


massas líquidas, ricas em substâncias de composição muito
simples.

Estas substâncias, sob a ação do calor e radiação ultravioleta vinda


do Sol e de descargas elétricas de tempestades frequentes,
combinaram-se quimicamente para constituírem os primeiros
compostos contendo carbono. Substâncias relativamente
complexas teriam aparecido espontaneamente.

Em 1953 o cientista Stanley Miller (1930-2007) fez um experimento


que comprovarão essas teorias ditas anteriormente. Em um
recipiente fechado ficou desferindo descargas elétricas, nesse
recipiente contia vapor de água, Hidrogênio, Metano e amônia,
descobriu que se formavam aminoácidos, tais como alanina, glicina,
e ácidos aspárticos e glutâmicos. Também foram produzidos
açúcares, ácidos graxos e as bases nitrogenadas que formam parte
do DNA e RNA (DNA e RNA são ácidos nucléicos que possuem
diferentes estruturas, mas que apresentam funções indispensáveis
para o metabolismo e a reprodução de um organismo. Enquanto
o DNA é responsável por armazenar as informações genéticas dos
seres vivos, o RNA atua na produção de proteínas.).

 Stanley Miller e sua


Máquina que comprovou
a teoria.

É razoável supor-se que a primeira célula a surgir foi precedida por


agregados de micelas que apresentavam apenas algumas das
características hoje consideradas peculiares dos seres vivos
(metabolismo, crescimento e reprodução).
A hipótese autotrófica é uma das teorias que tentam explicar
como os primeiros seres vivos da Terra obtinham os nutrientes
necessários para a sua sobrevivência. Em oposição à chamada
hipótese heterotrófica, a hipótese autotrófica afirma que os
primeiros seres vivos eram capazes de produzir seu próprio
alimento. Esses organismos, provavelmente, realizavam o processo
de quimiossíntese (A quimiossíntese é o processo que garante a
produção de compostos orgânicos independentemente da energia
luminosa.), que hoje pode ser observado, por exemplo,
acontecendo em algumas bactérias que vivem em ambientes
extremos.

Mais para entendermos um pouquinho mais sobre a teoria


autotrófica devemos saber mais sobe os organismos heterotróficos
e autotróficos (isso será também utilizado na teoria heterotrófica)

Heterotróficos: Todos os animais, protozoários, fungos e algumas


bactérias são seres heterotróficos.
Esses organismos não são capazes de realizar fotossíntese e, por
isso, devem alimentar-se de outros seres.

Autotrófica: Recebem o nome de autótrofos organismos que têm a


capacidade produzir seu próprio alimento utilizando a luz (através
da fotossíntese) ou energia química (através da quimiossíntese).
Por esse motivo, são conhecidos também como seres produtores.
Os autótrofos transformam material inorgânico em orgânico.

A hipótese autotrófica afirma que os primeiros seres vivos que


surgiram em nosso planeta eram capazes de produzir seu próprio
alimento. Vivendo em um ambiente completamente hostil, esses
seres teriam sido capazes de retirar do ambiente a energia
necessária para a produção da matéria orgânica de que
precisavam.
Provavelmente, os primeiros seres vivos não eram
fotossintetizantes, como plantas e algas, mas
sim quimiossintetizantes, um processo realizado por
algumas bactérias. Isso significa que não utilizavam a luz solar para
produção de seu alimento, e sim a energia proveniente da oxidação
de compostos inorgânicos presentes na Terra primitiva.

A hipótese autotrófica é sustentada no fato de que atualmente é


possível observar-se bactérias quimiossintetizantes vivendo em
locais extremos, como as fontes hidrotermais, que se destacam
pela presença de vários metais e água em altíssima temperatura.

A principal crítica feita a essa hipótese é o fato de que os primeiros


seres vivos que se estabeleceram no planeta eram muito simples e,
provavelmente, não tinham o aparato necessário para a realização
de processos autotróficos. Vale salientar que a hipótese autotrófica
também apresenta críticas, uma vez que não se sabe se a
quantidade de matéria orgânica disponível no meio seria suficiente
para sustentar os novos organismos que estavam sendo formados.

A hipótese heterotrófica afirma que os primeiros seres vivos que


surgiram em nosso planeta eram organismos heterotróficos, ou
seja, não eram capazes de produzir seu próprio alimento. de acordo
com essa ideia, os seres alimentavam-se por meio da absorção da
matéria orgânica no meio. Uma das críticas feitas a essa hipótese é
de que, na Terra primitiva, provavelmente, existia pouca matéria
orgânica, o que dificultaria a manutenção e a reprodução dos novos
organismos.

A hipótese heterotrófica afirma que os primeiros organismos vivos


em nosso planeta apresentavam uma nutrição heterotrófica, sendo,
portanto, incapazes de produzir seu próprio alimento.
Diferentemente da hipótese autotrófica, que afirma que os primeiros
organismos vivos eram seres quimiossintetizantes, a hipótese
heterotrófica diz que os primeiros seres vivos absorviam moléculas
orgânicas simples que estavam disponíveis nos oceanos
primitivos, onde provavelmente a vida surgiu.

Para obtenção de energia a partir da matéria orgânica absorvida, os


primeiros organismos provavelmente realizavam fermentação, um
processo em que organismos produzem energia sem a necessidade
de oxigênio – elemento que não estava disponível em quantidades
adequadas na Terra primitiva. Na fermentação dois processos
acontecem: a quebra da molécula de glicose (glicólise) e a redução
do piruvato.

Com o passar do tempo, as condições ambientais no planeta foram


se modificando. O alimento disponível para os seres heterotróficos
foi diminuindo à medida que os gases da atmosfera foram
mudando, a Terra foi resfriando e as tempestades diminuindo, uma
vez que esses fatores eram importantes para a síntese das
moléculas orgânicas. Com o surgimento dos seres autotróficos
fotossintetizantes, observou-se um aumento dos níveis de oxigênio
na atmosfera, uma vez que, durante a fotossíntese, esse gás é
liberado. Com o aumento dos níveis de oxigênio, outros processos
para obtenção de energia podiam ocorrer.

A hipótese heterotrófica, assim como a hipótese autotrófica,


também possui críticas. A maior crítica é a de que os primeiros
organismos vivos, provavelmente, não conseguiriam obter a
quantidade de alimento necessária para o seu desenvolvimento em
um ambiente em grande transformação. Segundo os críticos, a
hipótese mais provável é de que os primeiros seres eram
quimiossínteses, ou seja, autotróficos. Esta, porém, é uma hipótese
que também recebe críticas, sendo destacado o fato de que os
primeiros seres vivos eram, possivelmente, muito simples para
sintetizarem seu alimento.

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