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ADRIELLE

INTRODUÇÃO

Origem da vida. Não conhecemos com segurança a resposta a essa questão, e por isso
os cientistas formularam várias hipóteses e continuam discutindo - como sempre
acontece nas questões difíceis. Mas todas as teorias têm pontos em comum

Uma teoria muito defendida por cientistas é a teoria da evolução química ou Teoria da
evolução molecular, proposta inicialmente pelo biólogo inglês Thomas Huxley e
aprofundada anos depois pelo também biólogo inglês John Burdon S. Haldane e pelo
bioquímico russo Aleksandr I. Oparin, e os testes posteriormente dos cientistas
Stanley Miller e Harold Urey .

A evolução química é a hipótese mais aceita para a origem da vida no planeta.

DESENVOLVIMENTO

Segundo essa hipótese, associações entre moléculas geraram agrupamentos cada vez
mais complexos até que promoveu o surgimento da vida.

Os autores acreditavam que as condições físicas e químicas da atmosfera primitiva


tenham contribuído com a formação das primeiras moléculas orgânicas, chamadas de
coacervados.

No interior desses pequenos grupos de moléculas, os coacervados, ocorriam diversas


reações químicas, que foram os tornando mais complexos e estáveis.

Experimento de Miller
Para estudar o surgimento das primeiras moléculas orgânicas, o químico Stanley
Miller realizou um experimento que simulava a atmosfera primitiva e as condições
que permitiram o surgimento das primeiras moléculas orgânicas.

O cientista utilizou materiais que continham elementos que compõem moléculas


orgânicas, tais como: oxigênio (O), carbono (C), hidrogênio (H) e nitrogênio (N). O
experimento aconteceu em um ambiente que simulava a atmosfera primitiva, ou seja,
havia altas temperaturas e muitas descargas elétricas. Dessa forma, o pesquisador
conseguir produzir matéria orgânica a partir de elementos simples.

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Segundo essa teoria, a vida teria surgido a partir de um processo de evolução química,
onde compostos inorgânicos combinaram-se originando moléculas orgânicas simples
(açúcares, aminoácidos, bases nitrogenadas, ácidos graxos etc.), que se combinaram
produzindo moléculas mais complexas como proteínas, lipídeos, ácidos nucleicos etc.,
que deram origem a estruturas com capacidade de autoduplicação e metabolismo,
dando origem aos primeiros seres vivos.

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A teoria da evolução molecular, também chamada de teoria da evolução química, é


uma das hipóteses mais aceitas pela comunidade científica para explicar a origem da
vida. Segundo esta teoria, substâncias químicas existentes na Terra primitiva teriam
reagido entre si, originando moléculas orgânicas cada vez mais complexas que teriam
sido precursoras dos primeiros seres vivos. De acordo com a teoria da evolução
química, os organismos vivos teriam surgido, ao menos alguma vez na história da
Terra, a partir de um processo abiogênico — é importante ressaltar que aqui este
termo é usado num sentido diferente da geração espontânea, que caiu em descrédito.

Na década de 1920, o cientista russo Aleksander Oparin (1894-1980) e o inglês John


Haldane (1892-1964) propuseram, independentemente, cenários bastante similares
sobre como a vida teria surgido na Terra de forma abiogênica, aqui apresentados de
forma sintetizada. Embora não exista um consenso sobre qual era a composição
química da atmosfera primitiva, acreditava-se inicialmente que ela era formada
principalmente por metano (CH4), amônia (NH3), gás hidrogênio (H2) e vapor d’água
(H20), com pouquíssimo gás oxigênio (O2) — o que tornava o ambiente bastante
redutor. Ambientes redutores favorecem a ligação entre átomos de carbono, por isso
Haldane e Oparin hipotetizaram que estes ambientes teriam favorecido a formação de
compostos orgânicos a partir de moléculas simples. Neste período, a Terra também
estava passando por um processo de resfriamento, o que teria favorecido o acúmulo
de água nas depressões da crosta, originando os mares primitivos. Descargas elétricas
e a radiação UV, que eram bastante intensas, teriam sido a fonte de energia para a
síntese de moléculas orgânicas a partir da união de moléculas presentes na
atmosfera. Levadas pelas chuvas, essas moléculas recém-formadas teriam se
acumulado nos mares primitivos, formando uma “sopa primitiva”, extremamente rica
em matéria orgânica. Nessa sopa, moléculas orgânicas teriam se agregado, formando
coacervados — grupos de moléculas orgânicas envoltos por moléculas de água — que,
em algum momento teriam adquirido a capacidade de regular suas próprias reações e
de se autoduplicar, dando origem às primeiras formas de vida.

Em 1953, os cientistas Stanley Miller e Harold Urey realizaram um experimento para


testar, em laboratório a hipótese de Oparin e Haldane. Para isso eles elaboraram um
sistema fechado simulando as condições supostamente existentes na Terra primitiva
— incluindo os mares primitivos, os gases atmosféricos, relâmpagos etc. E o resultado
foi a formação de moléculas orgânicas, incluindo vários aminoácidos encontrados em
organismos atuais.

Evidências mais recentes sugerem que a atmosfera da Terra primitiva era diferente
da considerada no experimento de Miller e Urey. Entretanto, em experimentos
similares simulando atmosferas neutras (nem redutoras, nem oxidantes) também
houve a produção de moléculas orgânicas. Além disso, ainda que a atmosfera
primitiva como um todo não fosse um ambiente redutor, a atmosfera perto de
aberturas vulcânicas é um ambiente redutor. Assim, é possível que os primeiros
compostos orgânicos tenham sido formados próximos a vulcões.
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Quando o planeta, no início uma massa de gases, esfriou o suficiente, foram se


formando as rochas em sua parte mais externa e uma atividade vulcânica intensa
encheu o espaço ao redor com vapores e gases como a água, dióxido de carbono,
metano e muitos outros. Alguns desses gases desapareceram, reagindo quimicamente
entre si ou com as substâncias das primitivas rochas. Outros permaneceram,
formando a atmosfera: metano, amônio, água, hidrogênio. Não havia oxigênio naquela
atmosfera.

Com o prosseguimento da queda de temperatura, o vapor de água se condensou,


apareceram poças, lagos e os oceanos. Essa água era riquíssima em substâncias
químicas. Sob a ação do calor, descargas elétricas, raios ultra-violeta, acabaram
ocorrendo reações químicas com a formação de moléculas de um grande número de
substâncias. Entre essas, com toda a probabilidade, já se encontravam os
componentes mais simples das proteínas e ácidos nucléicos atuais.

Reações químicas posteriores acabaram dando origem a moléculas que tinham a


propriedade de se reproduzirem, isto é, dar origem a outras moléculas iguais a si. Era
o início da vida. Alguns cientistas acreditam que esse processo foi favorecido pelo
fenômeno da adsorção que teria ocorrido sobre a superfície de argilas. Isto, de certa
maneira, daria sentido à afirmação da Bíblia de que "do barro fomos feitos...".

As condições ambientais mudaram muito desde aquela época. Elas não são adequadas,
atualmente, para iniciar o processo que conduziu aos organismos vivos da atualidade.
São, porém, apropriadas para permitir, possibilitar a sobrevivência dos organismos
existentes.

Mas, se a vida tem por base reações químicas, se consome e produz substâncias
químicas, obviamente, é necessário manter-se as condições ambientais em estado
apropriado para a sobrevivência.

A presença - ao mesmo tempo, no mesmo lugar e em condições adequadas - de


moléculas de substâncias capazes de dar origem a outras por sua vez capazes de se
reproduzirem, na opinião de alguns cientistas, é um evento de tão baixa probabilidade
que é possível ser o nosso planeta o único onde floresceu a vida. Essa baixíssima
probabilidade dá até ensejo aos que, preferindo a verdade religiosa à verdade
científica, achem que foi necessária a intervenção de um Criador para o surgimento
dos seres vivos. Outros, porém, acreditam que a vida é uma decorrência, em
condições favoráveis inevitável, das propriedades da matéria.

Espontânea ou criada, a Vida deve ser preservada - no sentido mais amplo, isto é,
incluíndo todos os seres vivos!
SEMELHANÇA DAS TEORIAS PANSPERMIA E EVOLUÇÃO QUÍMICA

As duas teorias não entram em conflito, pois tanto os defensores da panspermia


quanto os da evolução química concordam que, onde quer que a vida tenha se
originado, o processo deve ter ocorrido por evolução molecular. Outro ponto que os
defensores de ambas as teorias concordam é que para que tenha surgido vida na
Terra, as condições ambientais foram fundamentais, como água em estado líquido,
moléculas orgânicas e fonte de energia para as reações químicas.

VÍDEO

➔ Quem fez essa teoria foi Oparin e Haldane, dois cientistas que no século 20
(1920) chegaram às mesmas conclusões ao mesmo tempo. Estudaram muito
sobre como teria sido a terra na época primitiva.

➔ Há milhares de anos (mais ou menos 4,5 bilhões de anos) a Terra não era como
a conhecemos hoje.

➔ A atividade vulcânica era absoluta, tinha lava para todos os lados, e com essa
atividade vulcânica foram liberados muitos gases para atmosfera, que era
diferente da que nós temos atualmente. Gases metanos, harmônicos,
hidrogênio e o vapor de água eram liberados. A Terra também estava passando
por uma fase de resfriamento, o que permitia que a água caísse do céu,
havendo diversas tempestades constantes. Tínhamos o mar primitivo, que era
raso e muito quente. Tinham tempestades constantes e também elétricas.

➔ Terra primitiva pelo conceito de Oparin e Haldane: radiação ultravioleta, gás


metano, gás harmônico, gás hidrogênio, vapor d’água, eletricidade e constante
interferência na composição química desses gases.

➔ Na atmosfera descrita por esses cientistas temos átomos semelhantes ao que


temos atualmente, como o carbono, hidrogênio e o nitrogênio. Acredita-se que
esses gases presentes na atmosfera antes do início da vida, estavam expostos a
essa radiação e a toda eletricidade, o que fazia com que essas moléculas de
átomos se quebrassem e se juntassem depois novamente. Então tínhamos
formação de moléculas orgânicas na própria atmosfera. Elas chegavam no mar
primitivo por conta das chuvas constantes. Então no mar primitivo formamos
os primeiros coacervados, que são conjuntos de moléculas orgânicas envoltos
por moléculas de água. Os coacervados são importantes porque tivemos pela
primeira vez na história do planeta uma estrutura que possui um meio interno
e um meio externo. Esse meio interno contribui a interação entre diferentes
moléculas, dando origem ao metabolismo primitivo.
➔ Da mesma forma que pode ter acontecido a formação de coacervados, ao longo
do tempo pode ter surgido a primeira célula, com membrana, formados por
fosfolipídios, com proteínas, citoplasma com ácidos nucleicos, como o DNA e
RNA. A partir do momento que surgiu ácidos nucleicos, uma molécula
informacional (DNA e RNA) temos vida, pra ter vida tem que existir a
capacidade de reprodução.

➔ Oparin e Haldane pararam nos coacervados, pois não dominavam a genética.

➔ Em 1953, veio um outro cientista, chamado Stanley Miller, que fez testes pois
queria ter certeza das hipóteses de Oparin e Haldane estavam corretas. Então
ele montou um experimento, com uma vidraria que tinha diferentes
componentes, o primeiro tinha água, que era submetido a fervura. Com isso a
água fervia e movimentava o sistema todo da vidraria, na mesma direção. No
próximo compartilhamento, ele batizou de compartilhamento atmosfera, que
era onde ele colocava os gases que Oparin e Haldane acreditavam existir na
atmosfera primitiva da Terra, ele submeteu esses gases a eletricidade, pra ver
se realmente existia formação daquela matéria orgânica que os primeiros
cientistas tinham previsto na atmosfera. A região abaixo da atmosfera deveria
simular a condensação, que precipitaria no próximo compartimento, que era o
compartimento oceano. Ou seja, se no compartimento atmosfera formasse
alguma molécula orgânica, ela deveria aparecer no compartimento oceano, da
mesma forma que Oparin e Haldane disseram que surgiram os coacervados no
mar primitivo. Quando Miller analisou as amostras da água do compartimento
oceano, ele encontrou os aminoácidos. Aminoácido é a menor parte da
proteína. Proteína existe em todas as células, são responsáveis por revisar
reações químicas, estruturas de uma célula, etc. Então com a formação de
moléculas orgânicas, com a estrutura da vidraria de Miller, é possível dizer que
a teoria de Oparin e Haldane estivesse correta. É possível que a vida tenha
surgido num ambiente tão improvável, como a Terra Primitiva. E a partir daí
devem ter surgido as primeiras células e os primeiros coacervados.
ARGUMENTOS, CONTRA-ARGUMENTOS E REFUTAÇÕES

criacionismo: existe algum fato ou dado científico que prove essa teoria?
ou ela só é baseada em crença e fé?

MIRELLE
INTRODUÇÃO

A evolução química é a hipótese mais aceita para a origem da vida no


planeta. Segundo essa hipótese, associações entre moléculas geraram
agrupamentos cada vez mais complexos até que promoveu o surgimento
da vida.

Os autores acreditavam que as condições físicas e químicas da


atmosfera primitiva tenham contribuído com a formação das primeiras
moléculas orgânicas, chamadas de coacervados.

No interior desses pequenos grupos de moléculas, os coacervados,


ocorriam diversas reações químicas, que foram os tornando mais
complexos e estáveis.

COMO STANLEY MILLER PROVOU A TEORIA

Miller colocou os elementos da Terra primitiva em seu laboratório


para comprovar a ideia de Oparin e Haldane. Os compostos da atmosfera
foram inseridos em um balão que recebia descargas elétricas, simulando
os relâmpagos das tempestades que ocorriam na Terra Primitiva. O
sistema era aquecido, reproduzindo as altas temperaturas ao mesmo
tempo que um condensador liberava gotículas de água, representando as
chuvas.

Após uma semana, a água do reservatório continha aminoácidos,


substâncias simples que podem ter sido o marco inicial da vida na Terra.

MEUS ARGUMENTOS

Existem várias coisas que sustentam a teoria da evolução química. Entre


as principais, podemos citar o registro fóssil, as homologias e as
evidências celulares e moleculares.

FÓSSEIS- Podem ser definidos como restos ou vestígios de seres vivos


que ficaram preservados em rochas, gelo, âmbar ou outros materiais.
Eles são considerados evidências da evolução porque esse registro
mostra frequentemente organismos bastante diferentes do que vemos
hoje. Vale destacar também que, nos fósseis, é possível verificar estágios
intermediários que mostram semelhanças entre seres ancestrais e seus
descendentes.

ORGÃOS VESTIGIAIS- Os órgãos vestigiais são estruturas que se


encontram atrofiadas e sem função aparente em um organismo. A
presença desses órgãos pode ser interpretada como uma evidência da
evolução, uma vez que a estrutura, hoje sem grande função aparente,
pode ter sido no passado extremamente importante para os ancestrais
daquela espécie.

EVIDÊNCIAS MOLECULARES E CELULARES- Quando falamos em


células, é possível perceber que existem diferenças entre um tipo
celular e outro, entretanto, algumas características são bastante
similares. Além disso, é fundamental citar que todos os seres vivos são
constituídos por essas estruturas, sendo uma evidência, portanto, que
temos ancestrais em comum. Analisando o nível molecular, é possível
perceber ainda as informações contidas em nosso DNA e as relações
entre as diferentes espécies. São muitos os genes compartilhados entre
os seres vivos, o que sugere certo parentesco. Estudos indicam que o
mapa genético do macaco bonobo, por exemplo, é 98,7% igual ao do ser
humano, mostrando que somos parentes próximos desses seres.
Aleksandr Oparin
John Burdon Sanderson Haldane (J.B.S.)
Stanley Miller
Harold Clayton Urey

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