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ORIGEM E EVOLUÇÃO DA PROTO-TERRA
Vários modelos teóricos foram propostos para explicar a formação da Terra. Mas actualmente o
modelo mais aceite baseia-se na Hipótese Nebular, formulada no sec. XVIII por Laplace e
reformulada no sec. XX por Carlos Weizracker.
Hipótese Nebular - Segundo este modelo a Terra formou-se a partir da contracção gravítica da
enorme nebulosa de gases (hélio e hidrogénio) e poeiras cósmicas metálicas e rochosas.
Acreção: processo pelo qual, na nebulosa solar primitiva, corpos sólidos se agregaram para
formarem planetas.
Diferenciação: processo pelo qual, os materiais constituintes da Terra fundiram com o aumento de
temperatura, permitindo a separação da Terra em várias zonas, com composição química e física
diferentes e densidade crescente:
A Atmosfera primitiva originou dos gases da nebulosa que deram origem a terra.
Durante o período da acreção a atmosfera era muito densa, constituída por hidrogénio (H2),
amoníaco (NH3), metano (CH4), hélio (He) e néon (Ne). Posteriormente a Terra sofreu um
aquecimento que provocou alterações na sua atmosfera. Erupções vulcânicas frequentes libertaram
para o espaço grandes quantidades de gases, formando uma atmosfera secundária menos densa
constituída por azoto (N), dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (MO), vapor de água
(H2O (g)), mais os gases da atmosfera inicial, mas no entanto sem a presença de oxigénio no estado
livre – Atmosfera redutora.
Nota: Actualmente a composição da atmosfera é muito diferente, uma vez que contém os dois
principais constituintes que são o Azoto e o Oxigénio no estado livre – Atmosfera Oxidante.
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OBS: O O2 surgiu a partir da dissociação das moléculas de H2O e não só.
Os Oceanos originaram dos vapores de água libertados durante as erupções vulcânicas. O vapor de
água arrefeceu, condensou e formou grandes nuvens que ao caírem em forma de chuva,
acumularam e formaram pequenos mares. E com a sua acumulação surgiram os oceanos.
De todos os planetas do sistema solar, a Terra é o único onde se conhece a existência de vida,
devido a:
Massa da Terra: massa suficiente para originar a força de gravidade necessária a retenção de
uma atmosfera;
OBS: Os planetas exteriores recebem pouca energia solar. Os interiores mais próximos do sol do
que a terra, recebem excesso de radiações solares, condições essas, que não são compatíveis com o
desenvolvimento de vida.
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Como surgiu a vida?
O aparecimento da vida na terra é um tema que desde antiguidade tem apaixonado o espírito
humano.
Defende que a vida foi criada por Deus no momento uno de criação, e as espécies por ele criado,
mantém-se fixa no tempo e não mudam.
Esta teoria foi rejeitada por não conseguir provar a existência de Deus.
2. TEORIA DA BIOGENESE
Defende que todos os seres vivos provêm de outros pré-existentes e da mesma espécie. Foi
formulada por Redi e defendida por Pasteur, Spallanzani, Fox, Oparin.
Esta teoria foi aceite, mas faltava aos seus defensores explicar como é que surgiu a primeira forma
de vida.
Diz que a vida veio de espaço em forma de esporos, transportados pelos meteoritos. Foi defendida
por Arrhenius e Kelven.
b) Os esporos mesmo que tivessem surgido no espaço não suportariam as diferentes condições do
espaço durante a travessia;
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Considera que a vida surgiu de um modo súbito (repentino) e espontâneo a partir da matéria
inorgânica.
Ex: Ratos podem surgir de roupas sujas e velhas, Peixes de algas em decomposição e moscas e
mosquitos de lamas ou carnes em putrificação.
Esta teoria foi proposta por Aristóteles A.C. e defendida por Descartes, Newton e Van Helmont.
NOTA: Face a essas situações muitos cientistas começaram a abandonar o barco. E a ideia de que a
vida teria organizado na própria Terra foi partilhada por alguns deles. Mas, o problema que se
levantou foi se os primeiros organismos teriam sido Autotróficos ou Heterotróficos.
HIPÓTESE AUTOTRÓFICA
Defende que os primeiros seres vivos eram autotróficos, isto é, capazes de fazer a síntese dos
compostos orgânicos a partir de matérias inorgânicas.
Esta hipótese foi rejeitada porque o metabolismo envolvido na autotrofia é muito complexo e
certamente não ocorria em seres simples que na Terra existia.
HIPÓTESE HETEROTRÓFICA
Diz que os primeiros seres vivos eram heterotróficos simples e que resultaram de um longo
processo de evolução pré-biológico. Esses seres alimentavam de matérias orgânicas sintetizadas na
Terra primitiva.
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HIPÓTESE DE OPARIN (1924) – HALDANE (1929)
Na formulação da hipótese, Oparin e Haldane admitiram que o ambiente da Terra primitiva seria
muito diferente da actual e basearam nas seguintes condições ou pressupostos que provavelmente
existia:
Forte aquecimento da superfície terrestre, por acção das radiações ultravioletas devido a
falta da camada protectora de Ozono;
Os gases da atmosfera primitiva hidrogénio (H2), amoníaco (NH3), metano (CH4) e vapor de água
(H2O (g)), sujeitos a acção de radiações muito intensas desencadearam numerosas reacções
químicas, das quais formaram vários compostos orgânicos simples chamados monómeros (Ex:
monossacarídeos, ácidos gordos, aminoácidos, bases azotadas e glicerol).
Os monómeros formados na Terra primitiva, foram arrastadas pela chuva, para os lagos e oceanos,
onde se acumularam e formaram compostos orgânicos complexos chamados polímeros (proteína,
lípidos, ácidos nucleícos e polissacarídeos).
A mistura de monómeros e polímeros no oceano primitivo formaria uma solução designada por
Haldane de Sopa Primitiva ou caldo quente primitivo e que terá servido de alimento dos
primeiros seres vivos.
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2. FORMAÇÃO DE ESTRUTURAS PRÉ-BIOLÓGICAS
A essa agregação espontânea de moléculas orgânicas em soluções dispersas nos oceanos Oparin deu
o nome de Coacervados.
Por selecção natural muitos sistemas moleculares foram destruídos, mas outros evoluíram a
adquiriram:
Capacidade de reproduzir;
Capacidade de crescer;
Teriam sido esses sistemas moleculares que originaram os primeiros seres vivos, muito
rudimentares – Protobiotes ou Pré-biontes (são sistemas naturais que apresentam um certo grau de
organização), que utilizavam a fermentação para retirar a energia das substâncias orgânicas, não só
porque não havia oxigénio livre no meio, mas também porque é o meio mais simples de obter
energia e portanto o primeiro a aparecer.
NOTA: Com esta hipótese esses dois cientistas defenderam a hipótese heterotrófica.
E, segundo eles, os primeiros seres vivos eram heterotróficos e alimentavam de matéria orgânica
sintetizada na Terra primitiva e os compostos orgânicos podiam formar-se a partir de matérias
inorgânicas na ausência dos seres vivos;
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Nos anos 50 Miller tentou recriar no laboratório as condições da atmosfera primitiva postuladas por
Oparin e Haldane e montou um dispositivo e simulou num balão as condições da atmosfera
primitiva.
Uma semana depois, examinou a água contida no tubo em “U” e verificou que este líquido tinha
passado de incolor a laranja avermelhado, apercebendo-se que tinha sintetizado numerosos
compostos orgânicos simples (Ex: monossacarídeos, ácidos gordos, aminoácidos, bases azotadas e
glicerol).
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Fox tentou testar a possibilidade de os aminoácidos formados na atmosfera primitiva poderem
formar proteínas na ausência dos seres vivos. Para isso simulou no laboratório as condições que se
pensava terem existido na Terra primitiva. Colocou então uma mistura de 18 aminoácidos diferentes
e colocou-os sobre um pedaço de lava e introduziu-os num forno a 170ºc durante várias horas.
OBS: As microsferas são estruturas idênticas aos coacervados, dai a razão de serem designados de
microgotas.
Apresentam uma estrutura química própria, podendo ocorrer reacções químicas no seu
interior;
NOTA: As microgotas apresentavam características idênticas às das células vivas, mas eram
desprovidos do dinamismo energéticos que caracterizam a vida.
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Miller ao simular em laboratório as condições que admitia ter existido na Terra primitiva, abriu
caminho a muitas investigações sobre e evolução pré-biológica.
Fox conseguiu provar que era possível a formação de substâncias mais complexas a partir de outras
mais simples – evolução química ou molecular.
OBS: Depois dos trabalhos de Miller e Fox em 1953, o caminho ficou aberto para mais
investigações sobre a evolução pré-biológica, isto é, outros investigadores têm aprofundado e
ampliado os trabalhos desses referidos cientistas, variando as fontes energéticas ou as misturas de
que partem de forma a obter as mesmas moléculas básicas da vida.
5- EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
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Os novos seres heterotróficos passaram a depender dos seres autotróficos e com novas
disponibilidades energética fizeram com que o grau de complexidade dos seres aumentasse tendo
surgido multicelularidade e consequentemente os seres pluricelulares.
Com o aumento de oxigénio na atmosfera e por acção das radiações ultravioletas, formou-se
acamada protectora de Ozono, e a partir daqui os seres vivos abandonaram a água iniciaram a sua
conquista do meio terrestre acabando por acontecer a expansão biológica.
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SUB-TEMA II – ORGANIZAÇÃO CELULAR
1- ESTUDO DA CITOLOGIA
Biologia - é a ciência que estuda os seres vivos. Bio = Vida e Logia = Ciência.
Organização Celular - Nos seres vivos, uma enorme quantidade de moléculas inorgânicas e
orgânicas se reúne, formando a célula. A célula é a unidade fundamental dos seres vivos, sendo
capaz, por exemplo, de se nutrir, crescer e reproduzir. Alguns seres vivos são unicelulares, mas a
maioria é pluricelular. As células semelhantes se reúnem, formando um tecido. Tecidos semelhantes
formam um órgão. Órgãos com funções semelhantes se organizam em sistemas ou aparelhos. O
conjunto de sistemas forma um organismo. Organismos da mesma espécie agrupam-se numa
determinada região, formando uma população. A população mantém, relações com populações de
outras espécies que habitam o mesmo local, formando uma comunidade. Uma comunidade
representa o conjunto de todas as espécies vivas que habitam determinado ambiente, como uma
floresta. A comunidade influi nos factores físicos e químicos do ambiente – como chuva, o solo e a
temperatura – e esses factores também influi na comunidade.
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Nutrição, Crescimento, Respiração e Metabolismo. Um organismo vivo é instável e frágil. A
nutrição não só garante ao ser vivo a reconstrução das partes desgastadas, mas também a formação
de novas células, durante o período de crescimento. o processo de reconstrução ou crescimento do
corpo é acompanhado pelo processo de respiração celular. Também, o organismo pode construir
grandes moléculas formadoras de partes de células – esse processo é chamado anabolismo (ana =
erguer), que são transformações de síntese ou construção. E quebrar moléculas de alimento, obtendo
energia – processo denominado catabolismo (cata = para baixo), que são transformações de análise
ou decomposição. O conjunto dos dois processos é chamado metabolismo (metabole =
transformar).
Reprodução e Hereditariedade - O ser vivo envelhece e morre, mas antes disso ele se
reproduz. Os filhotes são semelhante aos pais, esse fenómeno chama-se hereditariedade. Quanto à
reprodução, ela pode ser:
- Assexuada - é quando um pedaço do corpo do ser vivo se separa, cresce e origina um novo
indivíduo. Na reprodução assexuada, os descendentes recebem cópias iguais do DNA do indivíduo
original e, consequentemente, possuem as mesmas características
- Sexuada - Nos animais, é quando acontece união de células especializadas, o gâmeta (óvulo e
espermatozóide). Nos vegetais, é quando acontece união de células especializadas, o gâmeta
(oosfera e anterozóide).
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Evolução - É o processo pelo qual os seres vivos se transformam ao longo do tempo.
Mutação - acontece quando o DNA produz cópias com erro, que pode ser causado tanto por
uma falha durante a duplicação, como pela exposição do organismo à radioactividade ou a certos
produtos químicos. Surge assim, uma molécula-filha, diferente da original.
Selecção Natural - quando a mutação é vantajosa, ela tende a se espalhar pela população.
Mas quando ela é prejudicial ela fica rara e pode desaparecer. O processo pelo qual o ambiente
determina quais os organismos com maior possibilidade de sobrevivência são chamados de selecção
natural.
Desde antiguidade verificaram que lasca de cristal transparente e com superfícies curvas dão
imagens ampliadas dos objectos.
No sec. XVI Galileu inventou Telescópio a partir dos óculos usados para a leitura;
Acredita-se que o microscópio óptico composto com dois lentes tenha sido inventado em 1590 por
Hans Janssen e seu filho Zacharias Janssen.
Tudo indica, porém, que o primeiro a fazer observações microscópicas de materiais biológicos foi o
neerlandês Antonie Van Leeuwenhoeck (1632 - 1723). Em 1683 Leeuwenhoeck inventou o
microscópio óptico simples, que dava uma imagem mais nítida e rigorosa do que o microscópio
óptico composto. Ele observou microrganismo;
No século XIX, o botânico escocês Robert Brown (1773-1858) desvendou um reduzido corpo
dentro de diversos exemplares de células, chamado por ele de núcleo.
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Para o botânico alemão Matthias Shleiden (1804-1881) a célula era apenas um componente
essencial a todos os vegetais.
Em 1839 o zoólogo alemão Theodor Shwann (1810-1882) utilizou o mesmo conceito para
aplicação aos animais, dando início a teoria celular de Shwann e Schleiden, afirmando assim que
todos os seres vivos, animais ou não, são concebidos por células. Estes concluíram que, todos os
seres vivos são formados por células. Assim apareceu a Teoria Celular.
Em 1930 Zworkin inventou o microscópio electrónico que permite observar e estudar a ultra –
estrutura celular;
Teoria celular
A teoria da célula, desenvolvida primeiramente em 1838 por Schleiden e por Schwann, indica que:
e todas elas contêm informação genética necessária para funções de regulamento da célula, e
para transmitir a informação para a geração seguinte de células.
A partir do questionamento sobre a origem celular, o médico alemão Rudolf Virchow, em 1858,
declarou que as células tinham a capacidade de se reproduzir, ou seja, uma célula origina-se da
outra, e mais do que isso, ele afirmava que as causas das doenças estavam vinculadas directamente
a problemas celulares e que as células carregavam consigo heranças genéticas (hereditariedade).
Organóides ou organelas foram desvendadas no decorrer do século XIX, essas eram incumbidas de
exercer distintas funções internas das células, com o passar do tempo foi sendo aceita a ideia de que
a célula é a mais reduzida porção de um todo em um organismo, conservando sua particularidade da
vida, então as células são capazes de se nutrir, crescer e multiplicar dentro de um organismo.
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4- INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MICROSCOPIA
A parte óptica
Ocular – sistemas de lentes, junto da qual se coloca a
vista.
Objectivas – sistemas de lentes, junto da qual se
coloca o objecto a observar.
Espelho – serve para reflectir a luz que recebe da
fonte luminosa.
Condensador – distribui regularmente a luz reflectida
pelo espelho sobre o objecto.
Diafragma – regula a intensidade luminosa.
A parte mecânica
Base ou Pé – suporta todo o corpo do microscópio.
Coluna ou Braço – peça fixa a base e que suporta todas as outras peças do microscópio.
Platina ou Mesa ou Porta objecto – placa onde se coloca o material a observar.
Pinça – dispositivo que serve para fixar o material a observar.
Revólver – é um disco móvel que suporta 2 a 3 objectivas.
Parafuso Macrométrico – para movimentos de grandes dimensões
Tubo ou Canhão – é um tubo onde na parte superior encontra sistema ocular ena parte inferior o
revólver com as objectivas.
Funciona com um conjunto de lentes (ocular e Amplia a imagem por meio de feixes de
objectiva) que ampliam a imagem transpassada electrões, estes dividem-se em duas categorias:
por um feixe de luz que pode ser:
Microscópio de Varredura
Microscópio de campo claro Microscópio de Transmissão.
Microscópio de fundo escuro
Microscópio de contraste de fase
Microscópio de interferência
1. Deve ser transportado utilizando as duas mãos, sendo uma na base e a outra na coluna;
3. Na observação:
Para focar, utilize primeiro o parafuso macrométrico para deslocar o tubo ou a platina até
que a objectiva fique muito perto da preparação;
Para observar com ampliações superiores basta rodar o revólver/canhão para a objectiva
pretendida e fazer pequenos ajustes com o parafuso micrométrico. Caso perca a imagem,
retome a pequena ampliação e repita as operações;
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A qualidade de um microscópio depende do seu poder de ampliação e de resolução máxima.
Poder Ampliador: número de vezes que as dimensões da imagem são superiores ás dos objectos.
Limite de Resolução do Microscópio: é a distância mínima a que devem estar dois pontos para que
possam ser observados.
AMO
TI
TI ===To
AMO Aobj
=To xx AMO
Aobj xx
AMO
Aoc
Aoc
AMO – Ampliação do Microscópio Óptico TI – Tamanho da Imagem
Aobj – Ampliação da Objectiva To – Tamanho do Objecto
Aoc – Ampliação da Ocular AMO – Ampliação do Microscópio Óptico
Dimensões em Citologia
Dimensões Símbolo
Virtual – a imagem forma – se atrás da lente na ocular, não se pode projectar no alvo;
Microscópio óptico
Vantagens Desvantagens
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É mais barato e de fácil transporte; Tem menor poder de ampliação;
Tem maior poder de resolução (200nm); Não permite observar a ultra estrutura celular;
Permite observar uma imagem colorida; O período de tempo de observação de uma célula
(viva) é muito curto;
Permite observar células vivas e não vivas;
Microscópio electrónico
Vantagens Desvantagens
Tem maior poder de ampliação; As células não podem ser observadas vivas
Permite observar a ultra estrutura celular; As células não podem ser observadas com as cores
naturais
Permite observar células não vivas;
O objecto tem de ser cortado em camadas
Permite observar por um período de tempo mais extremamente fina
longo
A grande ampliação dada e o seu correspondente
poder de resolução, por vezes possibilita apenas a
observação de uma parte do organito celular, pois a
área do objecto que é visualizado varia inversamente
a ampliação utilizada
Preço elevado
Microscópio
Tipo de radiação Utiliza luz ou fotões para Utiliza feixe de electrões para
produzir imagem produzir imagem
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Métodos científicos
3º Recolha de dados – procura de informações sobre o problema. Para isso devem ser feitas
inquéritos, entrevistas e consultas bibliográficas.
OBS: O material a observar é colocado entre a lâmina e a lamela: segurando a lamela, de modo a
que ela faça um ângulo de 45º com a lâmina, deixa-se cair lentamente.
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Preparação Temporária – preparação de curta duração em que o meio de montagem utilizado é a
água ou corantes de actuação muito rápida.
Coloração vital – aparentemente, o conteúdo celular é homogénea, por isso temos de recorrer a
estratégias que permitam melhor visualização do conteúdo celular. Para superar este problema os
citologistas desenvolveram técnicas de coloração que consistem em mergulhar a célula numa
substância denominada corante, capaz de tingir diferencialmente uma
ou mais partes celulares. Para realizar preparações temporárias utilizam-
se corantes vitais porque podem ser usados em células vivas sem as
matarem. Estão em concentrações muito baixas, a fim de diminuir a
toxicidade nas células.
Os corantes básicos
Corantes básicos ou nucleares Estruturas evidenciadas
Azul-de-metileno Cora o núcleo de azul
Vermelho neutro Acumula-se em vacúolos
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Água iodada Cora o núcleo e amiloplastos
Os corantes ácidos
Corantes ácidos ou citoplasmáticos Estruturas evidenciadas
Eosina Citoplasma
Fucsina ácida Citoplasma
Os corantes neutros
Corantes neutros Estruturas evidenciadas
Violeta de Genciana Cromossomas de células vivas em divisão
Soluto de Lugol Grãos de amido, paredes celulósicas
Os corantes também podem ser classificados de acordo com a sua origem e, deste modo, podem ser
naturais (se provêm da natureza) ou artificiais (se são fabricados em laboratório).
a) Corantes Naturais – são produzidos na natureza e permitem a observação de célula viva, pois
não alteram e nem destroem o material biológico. Ex: Carmim, hematoxilina, orceína, anil, etc.
OBS: Na técnica de coloração por imersão o material biológico fica imerso durante alguns minutos
no corante seleccionado.
Na técnica de coloração por irrigação substitui-se o meio de montagem de uma preparação já
efectuado por outro, que neste caso é o corante.
b) Por agentes químicos - Os fixadores podem ser de natureza química (Ex: álcool, formol, ácido
acético).
2. Técnica de Cortes Finos – consiste em cortar o material biológico em fina camada para que
possa ser atravessada pelos raios luminosos. É uma técnica mais complexa e muito usada em
histologia. A fim de se obter cortes de espessura regular e finos usa-se um aparelho denominado
micrótomo. O material a cortar é inserido em medula de sabugueiro e o conjunto é incluso no
cilindro central oco do micrótomo de Ranvier.
Micrótomo de mão improvisado:
Realiza-se uma incisão longitudinal sobre um pequeno fragmento
de medula de sabugueiro ou de uma rolha de cortiça. Na incisão
introduz-se o material biológico a submeter a corte. Aperta-se
com um fio todo o conjunto, apara-se o material que vai para
além de face de corte e fazem-se cortes o mais finos possível.
3. Montagem
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a) Técnica de Esfregaço – É uma técnica que permite a separação de células em meio líquido. Este
método é usado na observação de sangue e outros líquidos orgânicos, em que se coloca uma gota do
líquido sobre uma lâmina, e com a
ajuda de uma outra lâmina ou
lamela se espalha bem, o que
provoca a dissociação de alguns
elementos celulares e a sua
aderência ao vidro. Forma-se assim
uma fina camada de células,
facilitando a observação. Depois de
seco o material pode ser corado e
fixado.
b) Técnica de Esmagamento - Este método é usado nos casos em que existe uma aderência fraca
entre as células do tecido a observar. Para visualizar as células, basta colocar um pequeno
fragmento do tecido entre a lâmina e a
lamela e fazer uma pequena pressão com
o polegar. Provoca-se assim um
esmagamento do tecido, o que faz com
que as células se espalhem, formando
uma fina camada, que é facilmente
atravessada pela luz. (Ex. Polpa de
Tomate, raiz da cebola, etc.)
As células Procarióticas foram as primeiras a aparecerem. Por evolução das células Procarióticas
apareceram as Eucarióticas.
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O termo Procariótica surgiu da junção de Pró (latim) e Carion (grego) em que Pró significa primeiro
e Carion significa núcleo.
Procarióticas Eucarióticas
Tamanho e São mais pequenos e mais simples São maiores e mais complexos
complexidade
Molécula de DNA Tem uma molécula de DNA circular Tem mais de uma molécula de
DNA no núcleo
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As células Eucarióticas também podem ser divididas em células animais e vegetais. Apesar de apresentarem
diferenças estruturais, ambas possuem três constituintes fundamentais.
A célula animal e a célula vegetal são células eucarióticas que se assemelham em vários aspectos
morfológicos como:
I. BIOELEMENTOS
II. BIOMOLÉCULAS
Pela análise elementar, constatou-se que dos aproximadamente 100 elementos químicos existentes
na Natureza, uns 70 podem ser encontrados nos seres vivos, mas nem todos são necessários ou
comuns a todos os seres vivos. No entanto, 22 são considerados elementos essenciais e destes, 16
estão em todas as espécies e só 4 são abundantes. Os bioelementos classificam-se em:
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I.1. Bioelementos primários - que aparecem em média em 96% na matéria viva e são o
carbono, hidrogénio, oxigénio, azoto, fósforo e enxofre.
I.2. Bioelementos secundários - que aparecem em um nível próximo de 3,3% e são o cálcio,
sódio, magnésio, potássio e cloreto.
I.3. Oligoelementos – que são componentes que ocorrem na matéria viva a taxas inferiores a
0,7% e é também essencial para a vida. Ex.: ferro, manganês, zinco, cobre, flúor, iodo, boro,
silício, vanádio, cobalto, selénio, molibdénio e zinco.
II. BIOMOLÉCULAS - substâncias químicas sintetizadas por seres vivos e que participam na
estrutura e no funcionamento dos mesmos.
Pela análise química revelou-se que a matéria viva dos seres vivos é constituída por elementos e
compostos químicos que são chamados de biomoléculas Estas podem ser classificadas como:
a) Água
a) Substâncias minerais
a) Glícidos
b) Lípidos
c) Prótidos
d) Ácidos nucleicos
2.1. Biomoléculas inorgânicas – são de origem mineral que não possuem carbono na sua
constituição e provem basicamente do meio físico externo.
2.1.a) Água
A água é constituída por dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio, unidos por ligações
covalentes. A molécula da água é electricamente neutra. O átomo do oxigénio apresenta em duas
determinadas zonas excesso de carga negativa, e cada átomo de hidrogénio apresenta excesso de
carga positiva. No que respeita à carga eléctrica, possuem duas zonas de excesso de cargas positivas
e duas zonas com excesso de carga negativa. Quando um átomo de hidrogénio com carga positiva
pertencente a uma molécula de água se aproxima de um átomo com carga negativa, como por
exemplo o átomo de oxigénio de outra molécula de água, a força de atração entre eles provoca a sua
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ligação. Este tipo de ligação provocada por forças electrostáticas é conhecida por pontes de
hidrogénio ou ligação de hidrogénio. Cada molécula de água pode ligar-se por pontes de
hidrogénio a quatro outras moléculas.
A água pode ser encontrada em três estados físicos diferentes: Sólido, Liquido e Gasoso.
Capacidades de ionização da água - Duas moléculas de água podem ser ionizadas pelas forças de
atração por pontes de hidrogénio estabelecidas entre elas. Se um ião de hidrogénio tiver uma certa
tendência em dissociar-se do átomo de oxigénio ao qual está covalentemente ligado pode transferir-se
para o átomo de oxigénio de outra molécula de água ao qual está ligado por pontes de hidrogénio. Como o
electrão do átomo de hidrogénio transferido fica com o átomo do oxigénio a que estava ligado formam-se
dois iões
-
H2O H+ + OH
Força de coesão entre suas moléculas – deve-se a existência de pontes de hidrogénio que mantêm
as moléculas juntas, porque o oxigénio tem uma carga ligeiramente negativa, enquanto os átomos
de hidrogénio tem uma carga ligeiramente positiva. A interação entre diferentes dipolos elétricos
em uma molécula provoca uma atração líquida.
Elevada força de adesão - é a tendência que a água tem de se aderir às outras substâncias e deve-
se a pontes de hidrogénio da água que são responsáveis pelas ligações a serem estabelecidos entre
as moléculas.
O calor específico Grande - a água absorve grandes quantidades de calor que é utilizado para
quebrar as ligações de hidrogénio e poder passar ao estado de vapor;
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O ponto de ebulição da água - está diretamente relacionada à pressão atmosférica. Por exemplo,
no cume do Everest, a água ferve a aproximadamente 68 ° C, enquanto ao nível do mar, este valor
sobe para 100 º.
Conductividade elétrica - A água pura tem uma conductibilidade elétrica relativamente baixa,
mas esse valor aumenta significativamente com a dissolução de uma pequena quantidade de
material iónico, tais como cloreto de sódio.
2.1.b) Sais minerais - estão presentes nos seres vivos sob duas formas: imobilizados como
componentes da estrutura esqueléticas e, portanto, pouco solúveis. (Exemplo: na casca dos ovos,
esqueletos e carapaças) e dissolvidos em água na forma de íons – exemplos:
Cálcio (Ca++): Componente importante dos ossos e dos dentes. Essencial à coagulação do sangue.
Importante no funcionamento normal dos nervos e músculos.
Sódio (Na+): Mais abundante no meio extracelular. Importante no balanço de líquidos do corpo;
essencial para a condução do impulso nervoso.
2.2. Biomoléculas orgânicas - são as que possuem carbono na sua constituição e que
verdadeiramente caracterizam os seres vivos. Estas podem ser classificadas como:
2.2.c) Prótidos/Proteínas
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Compostos orgânicos ternários
formados por carbono, hidrogénio e
oxigénio na proporção de 1:2:1. O
hidrogénio e o oxigénio estão nas (CH
(CH22O)
O)nn ou
ou C
C nnH
H2n2nO
Onn
mesmas proporções que na água.
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2- Oligossacarídeos (geralmente C12H22O11) – são glícidos resultantes da ligação de 2 a 10
monossacarídeos.
Ex: Maltose = glicose + glicose; Sacarose = glicose + frutose; Lactose = glicose + galactose;
Quanto às propriedades químicas, só alguns dos oligossacarídeos é que são açúcares redutores.
Quanto às propriedades físicas, as moléculas de polissacarídeos são todas grandes, não são doces,
insolúveis ou dificilmente solúveis na água e não cristalinos
- Função de reserva energética (ex: Os glícidos simples como glicose e frutose fornecem energia
mecânica às células e os glícidos complexos como amido e glicogénio reservam energia mecânica
nas células).
- Função estrutural (ex: celulose e quitina entram na composição química da parede celular)
Fórmula geral
Ácido gordo – é constituído por uma longa cadeia linear hidrocarbonatada com 12 a 24 átomos de
carbono ligados a um grupo carboxilo.
R- representa a cadeia hidrocarbonada
Ácidos gordos saturados - são os ácidos gordos que apresentam ligações covalentes simples e são
encontradas nos animais.
Ácidos gordos insaturados - são os ácidos gordos que apresentam ligações duplas e
tripla e são encontrados nos vegetais.
Trata-se de uma reacção de esterificação em que se forma uma ligação éster com a libertação de
uma molécula de água.
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1.1. Lípidos Simples – são moléculas constituídas por uma molécula de álcool e uma, dois ou
três moléculas de ácidos gordos.
GLICEROL
Ácidos gordos
Ceras -São ésteres de álcool e ácidos gordos, mas o álcool nunca é um glicerol.
Glicerídeos -São ésteres constituídos por ácidos gordos e glicerol, são principais constituintes dos
óleos e das gorduras.
Ácidos gordos
1.2. Lípidos Complexos - são lípidos que para além de terem glicerol e ácidos gordos possuem
outros elementos como o fósforo e o azoto. Ex: Fosfolípidos, Glicolípidos
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Os fosfolípidos - São lípidos que resultam da reacção do glicerol com duas moléculas de ácidos
gordos e uma molécula de ácido fosfórico (fosfato) na forma de ácido fosfórico (H 3PO4). Este fosfato
liga-se normalmente a uma base azotada ou a um glicerol.
Glirerol
Ácidos Gordos
Ácido Fosfórico
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2. Não derivados de um Álcool (glicerol) e ácidos gordos
2.1. Esteróides - são lípidos que na sua constituição não possuem glicerol nem ácidos gordos.
2.2. Carotenos - são lípidos que na sua constituição não possuem glicerol nem ácidos gordos.
São untuosas, Insolúveis na água; São solúveis no Éter, Acetona e Benzeno; Deixa mancha no
papel, nos tecidos ou em superfícies rugosas; Não são destiláveis porque se decompõe pelo
aquecimento
Função energética – tem poder calorífico e reservam óleos em sementes, frutos, etc.
Função protectora - revestem as folhas e frutos das plantas, assim como pele e pelos dos animais
tornando – as impermeáveis à água. Ex. Ceras.
São compostos quaternários de Carbono, Hidrogénio, Oxigénio e Azoto, podendo por vezes ter
outros elementos como o enxofre, magnésio, fósforo, etc.
1. Aminoácidos (a. a)
2. Péptidos (resulta da ligação de 2 a 99 aminoácidos)
3. Proteínas (resulta da ligação de 100 ou mais aminoácidos)
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1. Aminoácidos (a. a) - São unidades constituintes dos prótidos e são assim chamados porque
contém um grupo amina (NH2) e um grupo ácido ou carboxilo (COOH). Possuem também um
carbono central, um hidrogénio e um radical que varia de acordo com o aminoácido.
As proteínas possuem complexas estruturas espaciais, que podem ser organizadas em quatro níveis,
crescentes em complexidade:
1 - Estrutura Primária - resulta da sequência linear dos aminoácidos constituintes unidos por
ligações peptídicas
3 - Estrutura Terciária – resulta de uma proteína com estrutura secundária que pode enrolar-se e
dobrar-se sobre si mesma tornando-se globular. As diferentes regiões ficam suficientemente
próximas de modo a estabelecerem ligações entre os radicais de alguns aminoácidos.
4 - Estrutura Quaternária - Surge apenas nas proteínas oligoméricas, isto é, as várias cadeias
polipeptídicas se organizam e estabelecem interligações entre elas.
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2.2.d) Ácidos nucleicos
- Ácido Ribonucleico (RNA, ARN) - é constituído apenas por uma cadeia polinucleotídica.
Estrutura do nucleotídeo
Cada nucleotídeo, por sua vez, é formada por três tipos de moléculas:
um açúcar do grupo das pentoses (monossacarídeos com cinco átomos de carbono) açúcares
podem ser representados por dois tipos de pentoses – ribose no RNA e desoxirribose no
DNA.
um radical “fosfato”, derivado da molécula do ácido ortofosfórico (H3PO4). O radical
fosfato não varia no nucleotídeo
uma base orgânica azotada/nitrogenada – no DNA encontram-se a adenina (A), guanina (G),
timina (T) e citosina (C) e no RNA adenina (A), guanina (G), uracilo (U) e citosina (C)
Essas bases têm formas complementares. A adenina é complementar de timina (no DNA) ou de
uracilo (no RNA), a citosina é complementar de guanina.
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as púricas: adenina (A) e guanina (G)
Duplicação de DNA ou
processo de replicação semi-conservativa
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Nucleotídeos livres, que existem na célula, começam a ser atraídos pelas bases de DNA na
parte em que as cadeia estão separadas obedecendo à regras de ligação A-T e G-C e vice-
versa.
À medida que se vão emparelhando às cadeias de DNA abertas, os nucleotídeos unem-se
entre si, originando duas novas cadeias complementares que se vão enrolando em torno das
originais.
Cada cadeia da molécula antiga ficará com uma nova parceira, idêntica à anterior, com a
qual permanecerá unida até que uma nova duplicação aconteça.
Formam-se assim duas moléculas de DNA onde antes havia uma.
As duas moléculas têm exatamente a mesma sequencia de bases, que é idêntica à da
molécula original.
Funções do DNA:
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Contém grande quantidade de informações, passando-as de geração a geração.
Faz cópias de si mesma, uma vez que as informações são passadas às células-filhas.
Tipos de RNA
Distingue-se três tipos de RNA, de acordo com a função que desempenham na síntese proteica:
RNA ribossómico - forma a partir do DNA da região do nucléolo e entra na constituição dos
ribossomas e é importante na descodificação do RNA mensageiro.
RNA mensageiro - Forma-se a partir de um filamento de DNA que lhe serve de molde. Traz
transcrita a mensagem inscrita no DNA, do núcleo para o citoplasma com a sequência dos
aminoácidos da proteína que vai sintetizar. Sua formação chama-se transcrição.
RNA de transferência - as suas moléculas também são formadas a partir de um molde de DNA, mas
com 80 a 100 nucleotídeos apenas. Constitui-se de um único filamento dobrado sobre si mesmo,
com aspecto de "folha de trevo". Transporta os aminoácidos necessários para a síntese da proteína.
Cada RNA transporta apenas um aminoácido.
DNA RNA
Mitocôndrias, cloroplastos e Ribossoma, nucléolo e
LOCALIZAÇÃO
principalmente no núcleo principalmente no citoplasma
PENTOSE Desoxirribose Ribose
BASES PÚRICAS Adenina e Guanina Adenina e Guanina
BASES PIRIMÍDICAS Citosina e Timina Citosina e Uracilo
Dupla - com duas cadeias em Simples - com uma cadeia de
ESTRUTURA
hélice nucleótidos
ORIGEM Replicação Transcrição
ENZIMA HIDROLÍTICA Desoxirribonuclease DNAase Ribonuclease RNAase
ENZIMA SINTÉTICA DNA-polimerase RNA-polimerase
FUNÇÃO Informação genética Síntese de proteínas
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ULTRA-ESTRUTURA CELULAR E SUAS FUNÇÕES
1. Membrana citoplasmática e
2. Organitos ou organelos (divididos em três classes)
2.1. Sistemas endomembranares,
2.2. Sistemas membranares semi-autónomos e
2.3. Sistemas não membranares.
1. MEMBRANA CITOPLASMÁTICA
ESTRUTURA
A membrana plasmática apresenta uma estrutura trilaminar, isto é, é constituída por três lâminas:
uma lâmina central de cor clara (zona das caudas apolares dos fosfolípidos) e duas lâminas laterais
de cor escuras (zona das cabeças polares dos fosfolípidos)
FUNÇÕES
Propôs um modelo em que a Membrana Plasmática seria constituída por uma camada
monomolecular de lípidos, estes encontravam-se encostados uns aos
outros, formando uma única camada.
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4º James Danielli e Hugh Davson (1935 e 1950)
Este modelo embora explicava a passagem de substância lipossolúveis não conseguiu explicar a sua
permeabilidade em relação as substâncias polares, isto levou a que fosse revisto.
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Segundo este modelo a membrana é constituída por:
Bicamada fosfolipídica, cuja as cabeças polares estão voltadas para interior e exterior da célula
e as caudas voltadas para o interior da membrana.
Dois tipos de proteínas:
- Proteínas extrínsecas ou periféricas – que se encontram ligadas as cabeças polares dos
fosfolípidos.
- Proteínas intrínsecas ou integradas – que flutuam na bicamada fosfolipídica podendo ou não
atravessa – la completamente.
Colesterol entre os fosfolípidos que mantêm a membrana fluida.
Glícidos ligados aos fosfolípidos (Glicolípidos) e às proteínas (glicoproteínas)
OBS: Este modelo é actualmente mais aceite porque explica a composição química da membrana e
os vários fenómenos que ocorrem a nível da membrana.
Assim, o transporte de substâncias através da membrana pode ou não ser mediado por moléculas
transportadoras específicas, denominadas permeases.
A- osmose
B- difusão simples
É importante referir que tanto a osmose como a difusão simples são processos de transporte
passivo, porque a sua ocorrência não implica gastos de energia (ATP) por parte da célula.
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A- Osmose
O fenómeno de osmose pode ocorrer em três casos, nas células animais ou vegetais.
1º CASO:
Quando uma célula (animal ou vegetal) é colocada num meio isotónico (em que o soluto é igual
nos dois meios), isto é, num meio em que a entrada de água por osmose é exactamente igual à saída
de água por osmose e o volume celular não se altera.
2º CASO:
3º CASO:
Quando uma célula (animal ou vegetal) é colocada num meio hipotónico, a água entra por osmose,
levando a um aumento do volume celular.
Quando uma célula (animal ou vegetal) é colocada num meio muito hipotónico, a entrada de água
pode ultrapassar a capacidade elástica da membrana e dar-se a lise celular (rebentamento da
célula). Esta situação não ocorre nas células vegetais, devido à existência de parede celular
B- Difusão Simples
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A água não é a única substância a movimentar-se através da membrana plasmática, várias outras
substâncias o fazem através de um fenómeno designado por difusão simples.
Segundo a Lei da Difusão, as moléculas movimentam-se do meio onde a sua concentração é mais
elevada para o meio em que a sua concentração é mais baixa, isto é, a favor do seu gradiente de
concentração.
A difusão simples é considerado um tipo de transporte passivo, pois ocorre devido à agitação
térmica das moléculas e não implica gastos energéticos (ATP) para a célula.
Legenda: Difusão de dois solutos diferentes separados por uma membrana permeável a ambos.
2- O TRANSPORTE MEDIADO
A- Difusão facilitada
B- Transporte activo
A- Difusão Facilitada
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Neste caso, há participação de proteínas transportadoras específicas – permeases – que existem na
membrana plasmática e promovem a passagem dessas substâncias.
B- Transporte Activo
A nível celular existem situações em que as substâncias deslocam-se do local onde existem em
menor concentração para o local onde existem em maior concentração, isto é, contra o seu
gradiente de concentração.
Este tipo de transporte designa-se por transporte activo e para que ocorra é necessário que haja
gasto de energia (ATP), para causar a alteração conformacional das proteínas transportadoras.
Deste modo, o transporte activo é um tipo de transporte mediado, que se realiza com dispêndio
de energia para a célula e contra o gradiente de concentração.
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3- TRANSPORTE DE PARTÍCULAS
Este processo permite o transporte de substâncias do meio extra para o intracelular, através de
vesículas limitadas por membranas, a que se dá o nome de vesículas de endocitose ou endocíticas.
Estas são formadas por invaginarão da membrana plasmática, seguida de fusão e separação de um
segmento da mesma. Há dois tipos de endocitose: pinocitose e fagocitose
Pinocitose - as vesículas são de pequenas dimensões e a célula ingere moléculas solúveis que, de
outro modo, teriam dificuldades em penetrar a membrana.
Fagocitose - este processo é muito semelhante à pinocitose, sendo a única diferença o fato de o
material envolvido pela membrana não ser solúvel.
Enquanto na endocitose as substâncias entram nas células, existe um processo inverso: a exocitose.
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2. ORGANITOS OU ORGANELOS
Os organitos ou organelos estão dentro da célula
envolvidos pelo citoplasma.
Organitos ou Organelos – são estruturas celulares com funções especializadas e que se encontram
dispersas no citoplasma das células vivas.
Inclusões – são estruturas que aparecem nas células e que ocorrem na maioria das vezes devido a
patologias, essas inclusões podem ser citoplasmáticas ou nucleares.
Constituído por uma rede de vesículas e tubos ramificados que se comunicam entre si.
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Tipos de retículo endoplasmático
È a partir do retículo endoplasmático que se formam vesículas de transição que estão na origem dos
dictiossomas, onde se formam as vesículas de secreção que são responsáveis pelo esvaziamento do
conteúdo celular para fora da célula
OBS
Através das vesículas de transição certas substâncias passam do retículo endoplasmático para as
cisternas de Complexo de Golgi, aí estão associados a outras que penetram directamente do
citoplasma formando vesículas de secreção que se desprendem e vêm libertar produtos produzidos à
superfície da membrana citoplasmática.
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LISOSSOMAS
Lisossomas primários ou vesículas golgianas – são vesículas que formam a partir dos sáculos
dos dictiossomas, que não intervém na digestão de estruturas celulares.
A principal função dos lisossomas é a digestão intracelular, por acção das suas enzimas. Pois:
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Relações funcionais existentes entre lisossomas e o complexo de Golgi
OS PEROXISSOMAS OU MICROCORPOS
Contém enzimas que catalisam reacções de oxi-redução (a mais comum é a catalase que degrada o
peróxido de hidrogénio - água oxigenada H2O2 – e que é um produto tóxico resultante de reacções
do metabolismo celular).
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promovem a conversão de lípidos em glícidos.
VACÚOLOS
Nas células animais os vacúolos são raros e de pequenas dimensões não têm nenhum nome
específico.
Tipos de vacúolos.
Vacúolos digestivos são responsáveis pela degradação das substâncias ingeridas pelas
células.
Vacúolos de reserva -são responsáveis pela reserva se algumas substâncias que entram nas
células como por exemplo: compostos orgânicos e iões inorgânicos.
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NÚCLEO
A membrana nuclear apresenta poros que permitem a troca de substâncias com o citoplasma.
Funções do núcleo
MITOCONDRIAS
São esféricos ou em forma de bastonetes, limitados por duas membranas lipoproteícas, sendo uma
externa lisa e uma interna com invaginações formando cristas. Possui uma matriz viscosa no seu
interior onde se encontra enzimas, ribossomas, ATP, DNA e RNA;
Funções:
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CLOROPLASTOS
Os cloroplastos são organitos de forma ovóide exclusivos das plantas e algumas algas. Possuem
dupla membrana (uma interna e outra externa) e um complexo sistema de membranas achatadas que
são os tilacóides. Estes, contêm um pigmento chamado clorofila que são responsáveis pela cor
verde das plantas.
Os cloroplastos tem uma matriz granulosa chamada estroma onde se encontram as lamelas, os
tilacóides, DNA, RNA; ribossomas e enzimas;
Função:
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2.3. Sistemas não membranares.
RIBOSSOMAS
São pequenos organitos não membranares formados por RNAr (acido ribonucleico ribossómico) e
proteínas.
São constituídos por duas subunidades de tamanho desigual (pequena subunidade e grande
subunidade)
Funções:
PAREDE CELULAR
A parede celular é uma estrutura extra celular que envolve células, sendo composta por diferentes
substâncias dependendo do organismo.
Funções
Função:
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CENTRÍOLO
Estão localizados perto do núcleo e é formado por dois cilindros
de arranjo microtubular constituído por 9 grupos de 3
microtúbulos.
Função:
CÍLIOS E FLAGELOS
Função
Basicamente locomotora
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
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Ciências da Terra e da vida, 10º ano; Elsa Oliveira, Carmem Pedrosa, Rosa Pires, Do Big-
Bang à Célula.
Ciências da Terra e da vida, 10º ano; Elsa Oliveira, Carmem Pedrosa, Rosa Pires, Do Big-
Bang ao Homem
Ciências da Terra e da vida, 10º ano; Amparo Dias da Silva, Fernanda Gramaxo, Jorge
Mesquita, Maria Ermelinda Santos, Terra Universo de Vida
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