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Subsistemas terrestres
Teste 1 Ciclo das rochas
Princípios de raciocínio geológico. Idade e história da Terra
GRUPO I
Velígeras anormais
Os oceanos funcionam como sumidouros do dióxido de carbono (CO2) atmosférico. A absorção
deste gás e o aumento da sua concentração na água do mar conduzem a um aumento da concen-
tração de ácido carbónico (H2CO3), a uma diminuição da concentração de ião carbonato (CO32–)
e a uma diminuição do pH dos oceanos. Este fenómeno é conhecido por acidificação oceânica.
As referidas alterações modificam a dinâmica dos ecossistemas marinhos e desafiam a adapta-
ção de várias espécies, em especial daquelas que, tal como a ostra japonesa, Crassostrea gigas, são
dependentes do ciclo do carbono inorgânico do oceano, para, por exemplo, produzirem as suas
conchas.
Num dos seus estádios, a larva de Crassostrea gigas passa pela fase de velígera. A velígera é planc-
tónica, distinguindo-se pela sua concha larvar formada, sobretudo, por depósitos de carbonato
de cálcio (CaCO3), resultante da reação de precipitação entre os iões cálcio (Ca2+) e os iões carbo-
nato (CO3 2–).
Foi desenvolvida uma investigação para avaliar os efeitos do aumento do carbono antropogénico
no ecossistema marinho, em particular, na sobrevivência e na formação da concha em larvas de
ostra japonesa. No âmbito da referida investigação, foram colocadas larvas em três tanques de
cultivo: um a pH 8,1 (valor médio de pH nos oceanos), um a pH 7,7 e outro a pH 7,4 (os dois últimos
obtidos através da difusão de CO2 puro).
Os gráficos 1 e 2 da figura 1 apresentam os resultados registados nos três tanques relativos à
mortalidade de velígeras e à percentagem de velígeras anormais (com deformações na concha),
respetivamente.
80 80
pH = 8,1 pH = 8,1
Taxa de mortalidade (%)
70 70
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 0 20 40 60 80 100 120 140 160
Tempo após fecundação (horas) Tempo após fecundação (horas)
Fig. 1 Resultados obtidos na investigação.
Baseado em Barros, P. (2012). Análise do efeito da acidificação dos oceanos no desenvolvimento larvar de Crassostrea gigas».
UNL-FCT. Lisboa. Retirado de Teste Intermédio, Biologia e Geologia, março de 2014.
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Teste 1
Cotação
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GRUPO II
Erupção supervulcânica
Os supervulcões são ocorrências monstruosas do vulcanismo. Definidos pela capacidade de ex-
pelirem mais de 1000 km3 de material para a atmosfera, são mil vezes maiores do que a erupção
de 1980 do Monte de Saint Helens – a mais destrutiva na história registada dos EUA.
Os geólogos nunca testemunharam uma erupção supervulcânica mas, pela análise de vestí-
gios de cataclismos anteriores, conseguem reconstituir detalhes alarmantes. Estas erupções
fazem chover detritos e uma destruição ardente sobre regiões geográficas tão grandes quanto
a Europa, mas são os gases que injetam na estratosfera que podem implicar grandes catástro-
fes. Numa supererupção, uma pluma de gás escaldante seria «cuspida» até quase ao limite
do espaço. Ao estabilizar-se, espalhar-se-ia por todo o globo, formando um véu de aerossóis
de sulfatos que persistiria durante vários anos, trazendo o chamado inverno vulcânico. O véu
refletiria e absorveria a radiação solar recebida, aquecendo a atmosfera superior e impedindo
o calor de chegar à superfície. O resultado seria uma instabilidade extrema no sistema climá-
tico. As temperaturas à superfície cairiam rapidamente, levando ao colapso agrícola e à fome.
Alguns até especulam que estas condições poderiam conduzir a uma nova idade do gelo (Fig. 2).
Estas supererupções catastróficas são raras e a última de que temos conhecimento ocorreu há
27 mil anos, na Nova Zelândia. É um fenómeno inevitável. Não fazemos ideia de quando acon-
tecerá a próxima erupção de um supervulcão e não temos absolutamente nenhum meio de a
evitar. Muitos peritos crêem que o supervulcão sob o Parque Nacional de Yellowstone já devia
ter entrado em erupção.
Revista Ciência Hoje (outubro de 2016; adaptado).
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Nuvem de cinzas Aumento da formação de nuvens Aquecimento estratosférico Diminuição da camada de ozono
A cinza suspensa bloqueia Os aerossóis de sulfatos atuam também A luz solar recebida é refletida e Cloro, bromo e outros aerossóis
a luz solar durante várias como núcleos de condensação de nuvens, absorvida, aquecendo a atmosfera interferem com a química
semanas e todo o tráfego aéreo contribuindo para a formação de nuvens mais superior e afetando a circulação de atmosférica, promovendo a
– incluindo o que transporta densas e bloqueando ainda mais a luz solar. ar e os padrões meteorológicos. diminuição da camada de ozono.
ajuda à região – é perturbado.
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Colapso da biologia 5
marinha
A perturbação na Véu de aerossóis
circulação e a reduzida A extensa dispersão
ressurgência das de partículas de
águas profundas sulfatos bloqueia
dificulta o fluxo de a luz solar durante
nutrientes, ameaçando anos, fazendo cair
toda a cadeia as temperaturas à
alimentar oceânica. superfície de forma
abrupta.
9
6
Caos na circulação oceânica 8 7
As baixas temperaturas da Repercussões
superfície oceânica alteram Morte da vegetação Chuvas ácidas Cinzas e detritos soterram casas,
a normal circulação oceânica, Enterradas pela cinza, devastadas pela chuva Aerossóis de sulfatos combinam-se com água e estradas, redes elétricas, sistemas
modificando os padrões ácida ou sufocadas por temperaturas estivais precipitam sob a forma de chuva ácida. A chuva ácida de saneamento e terras agrícolas,
meteorológicos globais de geladas, as colheitas falham e o gado morre, destrói a vegetação, contamina os solos, acidifica lagos, contribuindo para a fome e o
formas imprevisíveis. provocando a fome generalizada. danifica estruturas e origina doenças respiratórias. aparecimento de doenças.
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Teste 1
Cotação
1. Seria expectável que a libertação de elevadas quantidades de CO2, pela atividade vulcâ- 7
nica, conduzisse a um ; no entanto, a formação de um véu de aerossóis leva a um
.
(A) arrefecimento global … aumento do efeito de estufa
(B) aquecimento global … bloqueio da radiação solar
(C) arrefecimento global … aumento da camada de ozono
(D) aquecimento global … aumento da filtração dos raios UV
4. Eventos como estas erupções supervulcânicas, podem levar a uma aproximação às con- 7
dições existentes na atmosfera primitiva da Terra, pois
(A) a quantidade de CO2 na atmosfera não irá variar muito.
(B) a diminuição dos seres fotossintéticos na biosfera, aumenta o CO2 e diminui o O2.
(C) a presença de O3 na estratosfera irá aumentar.
(D) ao nível da biosfera o processo de respiração diminui o CO2 e aumenta o O2.
8. Explique como é que uma rocha magmática vulcânica pode originar uma rocha mag- 15
mática plutónica.
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GRUPO III
f
Calcários, margas e arenitos (*) Margas e conglomerados Auréola de metamorfismo
Cotação
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Teste 1
Cotação
7. Os dioritos e os gabros são exemplos de rochas , que, tal como o granito, possuem 7
textura .
(A) magmáticas plutónicas … foliada (C) metamórficas … foliada
(B) magmáticas plutónicas … fanerítica (D) metamórficas… fanerítica
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