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CENTRO DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
Maceió - 2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
Maceió - 2021
INTRODUÇÃO
Um dos maiores problemas ambientais enfrentados por todo o mundo é a poluição
de corpos hídricos superficiais, que influencia significativamente na saúde humana e do
ambiente. Sua principal origem está no lançamento de esgotos domésticos e industriais
não tratados, ou fora dos padrões exigidos na legislação, mesmo após o tratamento, que
representa os maiores números de volume e carga de natureza orgânica. Por estes motivos,
existem diversos estudos sobre a influência do desenvolvimento dos centros urbanos,
crescimento populacional e de atividades econômicas, na poluição hídrica.
Ao longo dos rios as cargas de poluentes sofrem certas alterações, os valores das
novas concentrações podem ser calculados em diversos pontos do corpo hídrico por meio
de equações, assim como o processo de autodepuração, responsável pela neutralização
natural das cargas poluidoras, pode ser calculado pelo modelo de Streeter-Phelps, para
determinar os parâmetros de DBO, Nitrogênio Total, Fósforo Total e Coliformes
Termotolerantes.
OBJETIVOS
METODOLOGIA
O primeiro passo para o estudo foi a escolha de 5 municípios dos 36 que compõem
a bacia hidrográfica do Rio Mundaú, entre os 17 municípios pernambucanos e 19
alagoanos, os escolhidos foram todos pertencentes ao estado de Alagoas, são eles: Murici,
Satuba, Rio Largo, União dos Palmares e Branquinha.
A carga remanescente dos poluentes para cada município foi calculada por meio
de dados obtidos pelo IBGE e Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR), onde
foram determinados os tipos de esgotamento sanitário e a existência de métodos de
tratamento. Os valores de eficiência de remoção da carga poluidora dos tipos de
esgotamento e tratamento foram considerados para aqueles que contam com sistema de
tratamento, para os municípios que não possuem lagoa anaeróbia-facultativa ou fossa
séptica os valores de remoção foram desconsiderados.
Com todos os dados coletados até esse ponto e os cálculos de acordo com as
eficiências de remoção dos poluentes, foi gerada a tabela 5.
Municípios Vazão Rio (m³/s) Área da Seção (m²) Esgoto (m³/s) DBO (mg/L) P. Total (mg/L) N. Total (mg/L) C.T. (org/L)
União dos Palmares 0,2371 24 0,0441 225 21,484 68,675 452356250
Rio Largo 0,46456 18,6 0,0518 575 30,781 98,25 1156250000
Satuba 0,46456 12 0,0118 588,75 30,656 97,95 1181250000
Murici 0,36549 39,6 0,0216 245 22,453 71,625 496043750
Branquinha 0,32418 63 0,0055 620 31,203 99,825 1240625000
Fonte: Autor, 2021.
Sabendo que:
Co= concentração inicial do componente analisada, no ponto de mistura (mg/L);
Qr= vazão do rio a montante do lançamento dos despejos (m³/s);
Qe= vazão do efluente (m³/s);
Cr= concentração do componente analisado no rio, a montante do lançamento dos
despejos (mg/L);
Ce=concentração do componente analisado no efluente (mg/L).
Para o cálculo da autodepuração do rio foram adaptadas para o caso diversas
fórmulas descritas abaixo.
∗
𝐿(𝑥) = 𝐿𝑜 ∗ 𝑒 (2)
Sabendo que:
L= componente analisado (mg/L);
Lo= componente após a mistura (mg/L);
X= posição em relação ao ponto de descarga do efluente (m);
V= velocidade média do fluxo da água (m/s);
k1= coeficiente de reaeração (s-1).
,
𝐾𝑑 = 0,30 ∗ ,
(3)
∗ ∗ ∗ ∗
𝐷 = 𝐷𝑜 ∗ 𝑒 + ∗ 𝑒 −𝑒 (5)
Sabendo que:
D= déficit de oxigênio (mg/L);
Ka= coeficiente de reaeração (s-1);
Kd= coeficiente de degradação (s-1);
Kr= coeficiente de remoção, neste caso (s-1);
Do= déficit inicial de OD no rio (mg/L).
,
𝐾𝑎 = 3,93 ∗ , (6)
Sabendo que:
U= velocidade média do fluxo da água;
H= altura da lâmina d´água.
T=20, assumindo temperatura de 20ºC.
Para encontrar as quantidades de nitrogênio total e fósforo total nas misturas o
coeficiente de decaimento (k) considerado para este poluente foi 0,15 dia-1, os
Coliformes Termotolerantes foram calculados analogamente aos outros parâmetros, a não
ser pelo seu valor de K que foi utilizado 0,9 dia-1. Utilizando o software Excel foram
calculados esses parâmetros a partir das equações descritas acima e apresentados em
tabelas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
65
55
45
CONCENTRAÇÃO (MG/L)
35
25
15
-5
-15
DISTÂNCIA ATÉ A FOZ (KM)
Logo após, pelo modelo de Streeter-Phelps, foi gerada a tabela com os parâmetros
de nitrogênio total, coliformes termotolerantes e fósforo total, a partir dos dados de vazão,
temperatura, área e velocidades de cada mistura/lançamento presentes na tabela 6.
A partir da tabela 7, foram gerados três gráficos para as curvas de nitrogênio total,
fósforo total e coliformes termotolerantes, a fim de que seja realizada uma análise do
comportamento dos dados obtidos.
Gráfico 2: Concentrações de Nitrogênio Total ao longo do trecho analisado.
Nitrogênio Total
25
15
10
(MG/L)
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
DISTANCIA ATÉ A FOZ (KM)
Coliformes Termotolerantes
TERMOTOLERANTES (ORG/100ML)
CONCENTRAÇÃO DE COLIFORMES
120000000
100000000
80000000
60000000
40000000
20000000
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
DISTANCIA ATÉ A FOZ (KM)
Fósforo Total
3,5
CONCENTRAÇÃO DE FÓSFORO TOTAL
3
2,5
2
1,5
(MG/L)
1
0,5
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
DISTANCIA ATÉ A FOZ (KM)
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS