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Universidade Federal de Santa Maria

Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental

Disciplina: ESA 867 – Qualidade das Águas ----- 2022/2


Profa. Dra. Ana Beatris Souza de Deus Brusa Data: 22/09/2022

LISTA DE EXERCÍCIOS: LEGISLAÇÃO

1 - Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F), assinalando o incorreto e tornando a assertiva correta.
A Portaria de Potabilidade é a que classifica os cursos d´água quanto ao uso é de uso obrigatório
em todo território nacional.
A verificação do cumprimento da Portaria de Potabilidade da água é de responsabilidade da União,
dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Toda a água destinada ao consumo humano deve obedecer ao padrão de potabilidade e está
sujeita à vigilância da qualidade da água, nesta estão incluídas as águas minerais desde que esta
estejam engarrafadas.
Deve-se informar à população sobre a qualidade da água fornecida para o seu consumo, bem
como os riscos à saúde associados.
As Concessionárias de Saneamento, que fornecem água para consumo humano, através de um
veículo (por exemplo, caminhão pipa) também devem assegurar que esta água apresente um teor
mínimo de cloro residual livre. E este valor deve ser inferior a 1,0 mg/l.
É necessário e responsabilidade da Concessionária colocar uma placa ou adesivo no veículo que
transporta água com as seguintes informações: ÁGUA para CONSUMO HUMANO e os dados de
endereço e telefone para contato da Concessionária.
É possível misturar a água obtida através de solução alternativa coletiva ou individual, para fins de
consumo humano, com a água da rede de distribuição, pois ambas são fornecidas pela
Concessionária de Saneamento.
As metodologias analíticas para determinação dos parâmetros previstos na Resolução CONAMA
no. 357/2005 devem atender às normas nacionais ou internacionais mais recentes de potabilidade,
tais como: I - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater de autoria das
instituições American Public Health Association (APHA), American Water Works Association
(AWWA) e Water Environment Federation (WEF); II - United States Environmental Protection
Agency (USEPA); III - normas publicadas pela International Standartization Organization (ISO); e IV
- metodologias propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
É possível utilizar o ozônio para a desinfecção da água, no entanto, para a sua aplicação deverá
ser verificada a temperatura da água e o tempo de contado do desinfectante com a água.
É obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre ou 2 mg/L de cloro
residual combinado ou de 0,2 mg/L de dióxido de cloro em toda a extensão somente da rede de
distribuição.

continua

ESA 867 – Qualidade das Águas ----- Profa. Dra. Ana Beatris Souza de Deus Brusa
1 – (continuação) Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F), assinalando o incorreto e tornando a
assertiva correta.
Quando é utilizado o ozônio ou a radiação ultravioleta como desinfetante, deverá ser adicionado
cloro ou dióxido de cloro, de forma a manter residual mínimo no sistema de distribuição
(reservatório e rede), pois estes desinfectantes não possuem um residual que posso evitar a
contaminação dos reservatórios e rede de distribuição da água.
É necessária a complementação com flúor para evitar a cárie dentária conforme a Portaria nº
635/GM/MS, de 30 de janeiro de 1976, no entanto o teor do íon fluoreto não pode ultrapassar o
VMP de 1,5 mg/l.
No sistema de distribuição de água potável o pH da água necessário esta na faixa de 6,0 a 9,5; e
na classificação dos cursos d´água o pH da água do rio deverá estar na faixa de 6,0 a 9,0.
Com relação ao teor máximo de cloro residual livre em qualquer ponto do sistema de
abastecimento deverá ser de no máximo 2 mg/L.
O padrão organoléptico, para uma água apresentar conformidade com o padrão potabilidade, deve
possuir Cor Verdadeira < 15 mgPt-Co/l , Turbidez < 5 UT.
Os padrões referentes aos enterococos aplicam-se, somente, às águas marinhas, conforme
disposto na Resolução CONAMA no. 274/2000. Esta resolução é referente aos padrões de
lançamento de efluentes, domésticos e/ou industriais.
As águas serão consideradas impróprias para banho, segundo Resolução CONAMA no. 274/2000,
quando no trecho avaliado, o valor obtido na última amostragem for superior a 2500 NMP/100 ml
de coliformes fecais (termotolerantes) ou 2000 NMP/100 ml de Escherichia coli ou 400 NMP/100 ml
de enterococos.
Águas onde haja floração de algas ou outros organismos que não oferecem riscos à saúde humana
podem ser utilizadas para banho.
Conforme as Diretrizes Ambientais para o Enquadramento dos corpos de água dar-se-á de acordo
com as normas e procedimentos definidos pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos-CNRH e
Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos. E este será definido pelos usos preponderantes mais
restritivos da água, atuais ou pretendidos.
A Resolução CONAMA nº 357/2005, apresenta a classificação dos corpos de água e diretrizes
ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de
lançamento de efluentes, e dá outras providências. No entanto, os padrões de lançamento de
efluentes não são mais válidos nesta resolução, sendo substituído pela Resolução CONSEMA nº
355/2017.
Na Resolução CONAMA nº 357/2005 estão fixados os critérios e padrões de emissão de efluentes
líquidos para as fontes geradoras que lancem seus efluentes em águas superficiais no Estado do
Rio Grande do Sul.

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2 – O que é padrão de potabilidade?
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3 – O que é Vazão de referência?


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4 – O que é Capacidade de suporte do corpo receptor?


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5 - Diferencie a Portaria de Potabilidade da Resolução CONAMA no 357/2005, indicando a sua


finalidade.
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6 - Diferencie a Resolução CONAMA no 357/2005 da Resolução CONAMA no 430/2011, indicando a


sua finalidade.
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___________________________________________________________________________________
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7 - Qual é o parâmetro (variável) que teve de ser monitorado pelas instituições ou órgãos
fornecedores de “água potável”?
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8 - O que é sistema alternativo de abastecimento de água?


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9 - Seu Pedro coletou três amostras de água de rios diferentes, estas foram analisadas em um
laboratório confiável. No quadro abaixo estão apresentados os resultados obtidos. Como Seu Pedro é
leigo em qualidade da água, solicita a você ajuda para interpretá-los.
Parâmetro Amostra 1 Classe Amostra 2 Classe Amostra 3 Classe
pH 5 6,7 8,9
OD (mg/l) 2,5 6,4 5,2
DBO (mg/l) 3 2 3,5
Turbidez (mg/l) 38,5 23 100
Cor (mg/l) Natural 14 18
Alumínio (mg/l) 0,10 0,05 0,10
Arsênio (mg/l) 0,05 0,002 0,05
Bário (mg/l) 1,2 0,65 0,5
Chumbo (mg/l) 0,013 0,0001 0,001
Cloretos (mg/l) 249 250 145
Ferro total (mg/l) 5,2 0,13 0,01
Manganês (mg/l) 0,05 0,02 0,10
Níquel (mg/l) 0,025 0,02 0,0025
Nitrato (mg/l) 10 10 10
STD (mg/l) 498 100 50
Sulfatos (mg/l) 232 100 50
Colif. Termotolerantes (NMP/100ml) 200 200 1.000

10 - Completar:
a) Uma amostra de água é dita ______________________desde que os parâmetros
___________________________________ atendam ao padrão de _________________,
podendo ser consumida sem riscos a saúde da população.
b) O principal representante dos coliformes termotolerantes é a _______________________, de
origem exclusivamente fecal.
c) As cianobactérias ou cianofíceas (algas azuis) podem produzir toxinas _________________ com
efeitos adversos à saúde. Estas ocorrem em manancial superficial, principalmente com elevados
níveis de _________________ (nitrogênio e fósforo).

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11 - Classificar os cursos d'água superficiais do quadro 2 e 3 quanto aos possíveis usos de suas
águas, segundo a Resolução CONAMA no 357/2005. Mencionar qual deve ser o uso destas águas.
Quadro 2 – Resultados das análises realizadas nos Rios A e B.
Parâmetros RIO A Classe RIO B Classe
Alumínio dissolvido (mg/L) 0,011 0,05
Arsênio (mg/L) 0,02 0,001
Bário (mg/L) 1,00 0,90
Chumbo (mg/L) 0,04 0,03
Cloretos (mg/L) 200 180
Cloro Residual Total (mg/L) 0,01 0,01
Colif. Fecais (NMP/100 mL) Zero 3000
Colif. Totais (NMP/100 mL) 1000 12.000
Cor (mg/L) Natural 45
DBO (mg/L) 8 10
Ferro dissolvido (mg/L) 0,30 5
Fluoretos (mg/L) 1,25 1,50
Mercúrio (mg/L) 0,0002 0,0006
Nitrato (mg/L) 8 14
Nitrito (mg/L) 0,75 1
OD (mg/L) 6 4,0
pH 5 9
Turbidez (UNT) 40 34
Fósforo total (mg/L) 0,025 0,0025
ólidos Dissolvidos Totais (mg/L) 500 250
Sulfatos (mg/L) 100 300

Quadro 3 – Resultados das análises realizadas nas Amostras 1, 2 e 3.


Parâmetros Amostra 1 Classe Amostra 2 Classe Amostra 3 Classe
Coliformes totais (NMP/100ml) 14.500 2.567 1.250
Salinidade (%o) 0,50 15 31
Carbono orgânico total (mg/l) NA 2,40 2,60
Zinco (mg/l) 0,12 0,08 0,05
Nitrogênio amoniacal total (mg/l) 0,15 0,40 0,25
Nitrato (mg/l) 8 1,00 0,55
pH 7 6 9
Ferro dissolvido (mg/l) 0,35 0,50 0,25
OD (mg/l) 3 5 6
Alumínio 0,25 1,20 1,55
Arsênio (mg/L) 0,09 0,001 0,06
Chumbo 0,09 0,001 0,05
Fluoretos (mg/L) 1,40 1,60 1,40

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12 – Complete o quadro com relação às formas de abastecimento da população, tipo de
classificação (Solução alternativa individual ou Solução alternativa coletiva ou Sistema de
Abastecimento) e o Responsável pelo controle.
Forma de Abastecimento Tipo de Classificação Responsável pelo Controle
(ver obs.)
Fonte individual (cisterna residencial,
poço residencial, entre outros)
Fonte comunitária (cisterna, poço,
chafariz entre outros)
Clubes com abastecimento próprio,
sem rede de distribuição, com
canalização
Campings ou Resorts com
abastecimento próprio, sem rede de
distribuição, com canalização
Creches, escolas e postos de saúde
com abastecimento próprio
Veículo transportador (caminhão
pipa)
Condomínios verticais com
abastecimento próprio, sem rede de
distribuição, com canalização
Condomínios horizontais com
abastecimento próprio, sem rede de
distribuição, com canalização
Condomínios horizontais com
abastecimento próprio, com rede de
distribuição
Abastecimento sob administração de
Serviços Municipais ou Estaduais,
com rede de distribuição
Abastecimento terceirizado à
iniciativa privada, com rede de
distribuição
Obs.: No Tipo de Classificação completar com Solução Alternativa Individual ou Solução
Alternativa Coletiva ou Sistema de Abastecimento de Água

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