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Assane Kanna

Poluição do Meio
Licenciatura em Ensino de Química

Universidade Rovuma
Nacala-Porto
2021
Assane Kanna

Poluição do Meio

Licenciatura em Ensino de Química

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Química Ambiental, Regime
de Ensino à Distância, 4º ano, 2º
Semestre, Licenciatura em Ensino de
Química, leccionada pelo Docente:

PhD. Lázaro G. Cuinica

Universidade Rovuma

Nacala-Porto

2021
Índice
Introdução ........................................................................................................................................3

1.Poluição.........................................................................................................................................4

1.1.Poluição do solo, água e ar (causas e consequências) ...............................................................4

1.1.1.Poluição do solo ......................................................................................................................4

1.1.2.Poluição da água .....................................................................................................................5

1.1.3.Poluição do ar .........................................................................................................................6

1.2.Contaminação do solo, água e ar atmosférico (causas e consequências) ..................................8

1.2.1.Contaminação do solo .............................................................................................................8

1.2.2.Contaminação do água ...........................................................................................................9

1.2.3.Contaminação do ar atmosférico .........................................................................................10

1.3.Gestão de resíduos sólidos .......................................................................................................10

1.4.Smog fotoquimico ....................................................................................................................11

1.5.Compostagem ..........................................................................................................................15

Fases da compostagem ...................................................................................................................16

Conclusão.......................................................................................................................................17

Bibliografia ....................................................................................................................................18
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Introdução

Química ambiental como sendo uma ciência que se ocupa em salvaguardar e manter o equilíbrio
da natureza e do bem-estar do meio ambiente junto do seu abiota, ecossistema.

Porém, o presente trabalho faz a abordagem sobre um tema imprescindível para o meio
ambiente, que é a poluição do meio: poluicao do solo, agua e ar, contaminação do solo, água e ar
atmosférico, gestão de residuos sólidos, compostagem e smog fotoquimico.

Poluição é a degradação do meio ambiente que ocorre por meio de alterações químicas ou
físicas, devido, por exemplo, ao lançamento de substâncias. Esse processo de degradação pode
desencadear prejuízos a todos os seres vivos, à saúde humana, ao bem-estar e também à
economia. Esse processo de degradação pode desencadear prejuízos a todos os seres vivos, à
saúde humana, ao bem-estar e também à economia. A poluição pode ocorrer devido às ações do
homem, mas também pode ter causas naturais.

Existem diversas formas de poluição, como a atmosférica, que é a poluição do ar, a poluição da
agua, a poluição solo, entre outras.
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1. Poluição

Poluição entende-se a introdução pelo homem, directa ou indirectamente de substâncias ou


energia no ambiente, provocando um efeito negativo no seu equilíbrio, causando assim danos na
saúde humana, nos seres vivos e no ecossistema.

A poluição pode ser definida como a introdução no meio ambiente de qualquer matéria ou
energia que venha a alterar as propriedades físicas, químicas ou biológicas desse meio,
afectando, ou podendo afectar, por isso, a "saúde" das espécies animais ou vegetais que
dependem ou tenham contacto com ele, ou que nele venham a provocar modificações
físicoquímicas nas espécies minerais presentes.

Apesar de existirem várias interpretações do termo «poluição» a definição de Holdgate


(Alloway, 1995) para poluição é largamente aceite como sensual: a poluição é a introdução, pelo
homem, de substâncias e energia no ambiente, susceptiveis de causas problemas de saúde
pública em organismos vivos ou sistemas ecologicos, prejudicar estruturas ou sua funcionalidade
e interferir com usos legitimos do ambiente.

Segundo o Portal do Meio Ambiente (1996). ―Poluição é a deposição no ambiente de


substâncias ou resíduos, independentemente da sua forma, bem como a emissão de luz, som e
outras formas de energia, de tal modo em quantidade tal que o afecta negativamente”.

1.1. Poluicao do solo, água e ar (causas e consequências)


1.1.1. Poluição do solo

O solo é um recurso e como tal deverá ser utilizado. Contudo, qualquer alteração indesejável das
características físicas, químicas, ou biologicas do ar, do solo e da água que podem afectar, ou
afectarão, prejudicialmente a vida do homem ou a das espécies desejaveis, os nossos processos
indústriais, as condições de vida e o património cultural, ou que pode, ou poderá deteriorar os
nossos recursos em matérias-primas são considerados poluição (Odum, 1997).

Muitas vezes as actividades humanas causam ou agravam problema do solo, inclusão a erosão e
esgotamento do minerais do solo. Tais actividades não promovem o uso sustentavel do solo, isto
é, não existe uma preocupação com a sua preservação de modo a que as gerações futuras possam
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usufruir deste, uma vez que usado de uma forma sustentavel é capaz de se renovar ano após ano
por processos naturais (Raven & Berg, 2004).

Causas

As principais causas da poluição do solo, são:

 Descarte de lixo
 Produtos químicos
 Resíduos indústriais
 Esgoto lançado em rios e no solo
 Vazamento de petróleo
 Água poluída lançada pelas indústrias
 Chuva ácida
 Perfuração errada do solo
Consequências

As principais consequências da poluicao do solo, são:

 Redução de fertilidade do solo


 Perda de nutrientes
 Desequilíbrio ecológico
 Aumento da salinidade
 Redução da vegetação
 Problemas de saúde pública

1.1.2. Poluição da água

Muitos acidentes com navios petrolíferos liberam grandes quantidades de óleos e petróleo na
água levando a grandes prejuízos ao fitoplâncton e aos animais marinhos como aves, peixes,
mariscos, entre outros. Este derramamento petrolífero torna o local em águas negras, impedindo
a passagem da radiação solar para o fundo das águas, fazendo com que os sere aeróbicos se
extingam.
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Poluição da água é a introdução de partículas estranhas ao ambiente natural, bem como induzir
condições em um determinado curso ou corpo de água, directa ou indirectamente, sendo por isso
potencialmente nocivos à fauna, flora, bem como populações humanas vizinhas a tal local ou que
utilizem essa água.

Causas

 A actividade agrícola é potencialmente poluidora porque o uso de pesticidas e


fertilizantes químicos pode infiltrar no solo e atingir o lençol freático.
 A actividade doméstica tem destaque pelo uso de detergentes, os quais potencializam o
crescimento do fitoplâncton e algas que, quando morrem, esgotam a oferta de oxigénio.
 Actividades indústriais
Consequências

 Provocar doenças
 Eutrofização.

1.1.3. Poluição do ar
A atmosfera contém o ar, um recurso natural que constitui um dos elementos básicos para a vida
da maioria dos seres vivos. O ar atmosférico é uma mistura de gases normalmente constituída
por 78% de nitrogénio/Azoto molecular (N2), 21% de oxigénio molecular (O2), 0,03% de dióxido
de carbono (CO2) e, a restante porção por vapor de água e gases raros (Monjane, A; et al., 2008).

Monjane A. et al., (2008) considera que “o ar está poluído quando nele existir
uma ou mais substâncias químicas em quantidades suficientes para causar danos nos seres
vivos, infra-estruturas ou alterar o clima”

A poluição do ar é a mudança na composição básica do ar causada pela emissão de poluentes, ou


seja, gases nocivos, impróprios ou inconvenientes à saúde, à vida animal e vegetal e ao bem-estar
público.

A poluição do ar é uma mistura perigosa de gases residuais, poeira e outras pequenas partículas
formadas na atmosfera. A poluição do Ar tem muitas origens: os carros, os caminhões, os trens,
os barcos os aviões e as indústrias são fontes de Poluição.
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O nível de poluição ou da qualidade do ar é medido pela quantificação das substâncias poluentes


presentes no mesmo. Considera-se poluente do ar qualquer substância que pela sua concentração
possa torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem público, danoso aos
materiais, fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às
actividades normais da comunidade.

Na perspectiva de Carvalho (2009) afirma que dentre as diversas formas de degradação


ambiental, a poluição do ar atmosférico é uma das que mais prejuízos trazem à civilização,
afectando a saúde humana, os ecossistemas e o património histórico-cultural, assim como o
clima.

Considera-se poluente atmosférico qualquer substância presente no ar e que pela sua


concentração possa torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo á saúde, inconveniente ao bem-estar
público, danoso às matérias, á fauna e à flora ou, ainda, prejudicial à segurança, ao uso da
propriedade e actividades normais da comunidade (Lisboa & Kawano, 2007).

A qualidade do ar de uma região é influenciada directamente pelos níveis de poluição


atmosférica, os quais estão vinculados a um complexo sistema de fontes emissoras estacionárias
(indústrias, queima de lixo, emissões naturais, entre outras) e móveis (veículos automotores,
aviões, trens). A magnitude do lançamento dessas emissões, seu transporte e diluição na
atmosfera, determinam o estado actual da qualidade do ar atmosférico (Cunha, 2002).

A elevação dos níveis de poluentes na atmosfera traz consigo uma série de problemas as pessoas,
tais como irritação nos olhos e na garganta e problemas respiratórios, principalmente para as
pessoas que já tem predisposição a eles, como os portadores de doenças crónicas do tipo asma e
bronquite, pela frequente emissão de poluentes na atmosfera. (Albert, 1985).

A poluição do ar pode ser definida como o resultado da alteração das características físicas ou
químicas ou biológicas da atmosfera de forma a causar danos ao homem ou fauna ou flora ou
flora ou aos materiais ou de forma a restringir o pleno uso e gozo da propriedade.

É caracterizada pela presença de gases tóxicos e partículas líquidas ou solidas no ar.


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Causas

As principais causas de poluição do ar, são:


 Erupções vulcânicas
 Incêndios florestais
 Fábricas de papel e cimento
 Indústrias químicas, refinarias e as siderúrgicas
 Os escapamentos dos veículos automotores: emitem gases como o monóxido de carbono
(CO), dióxido de carbono (CO2), o óxido de azoto (NO), o óxido de enxofre (SO2) e
hidrocarbonetos.

Consequências

A emissão excessiva de poluentes tem provocado sérios danos à saúde.

As principais consequências de poluição do ar, são:


 Problemas respiratórios (bronquite crônica e asma)
 Alergia
 Lesões degenerativas no sistema nervoso ou órgãos vitais
 Câncer
 Redução da camada de ozónio
 O efeito estufa
 A precipitação de chuva acida.

1.2. Contaminação do solo, água e ar atmosferico (causas e consequências)


1.2.1. Contaminação do solo

A contaminação está correlacionada com o grau de industrialização e intensidade do uso de


produtos químicos.

Causas

Alguns dos principais contaminantes do solo, são:


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 Metais pesados,
 Medicamentos,
 Fertilizantes e pesticidas,
 Componentes químicos,
 Desmatamento
 Poluição do lixo, entre outros.

Consequências
 Alterações Climáticas: o desmatamento causa uma mudança no ciclo da chuva e isso é
um factor que contribui para o aquecimento global e a perda de ecossistemas.
 Perda de fertilidade do solo: os produtos químicos usados nos solos reduzem sua
fertilidade de modo que a produção de alimentos diminui.
 Impacto na saúde humana

1.2.2. Contaminação da água

Denominamos de água contaminada aquela que é capaz de colocar em risco a saúde da


população graças à presença de agentes patogênicos, tais como bactérias e protozoários, e
substâncias tóxicas, como metais pesados. Essa água, diferentemente da potável, não deve ser
utilizada para consumo humano e nem mesmo para fins recreativos.

De uma maneira simplificada, podemos dizer que a água contaminada é um tipo de água poluída
que provoca problemas à saúde. Sendo assim, podemos concluir que toda água contaminada é
poluída, mas nem toda água poluída está contaminada.

Causas

A contaminação da água pode ocorrer de várias maneiras, destacando-se:


 Poluição por esgoto
 Metais pesados
 Agrotóxicos
 Fertilizantes
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Todos esses tipos de contaminação ocorrem principalmente como consequência do descarte


inadequado dessas substâncias e por acidentes que poderiam ser evitados se fossem seguidas as
regras básicas de segurança.

Consequências
 Esses contaminantes provocam envenenamento, desencadeiam danos ao sistema nervoso,
fígado e rins e podem provocar até mesmo câncer.
 Provocar doenças

1.2.3. Contaminação do ar atmosférico

A cada ano, os países industrializados geram milhões de toneladas de contaminantes. Os


contaminantes mais comuns e amplamente dispersos são o monóxido de carbono, o dióxido de
enxofre, os óxidos de nitrogénio, o ozono, o dióxido de carbono ou as partículas em suspensão.
O nível de poluição é medido pela concentração de contaminantes (microgramas por metro
quadrado de ar ou, no caso dos gases, o número de moléculas de contaminantes por milhão de
moléculas de ar).
Os contaminantes do ar provêm de diversas fontes, como fábricas, centrais termoeléctricas,
veículos motorizados, no caso de emissões provocadas pela actividade humana, podendo
igualmente provir de meios naturais, como no caso de incêndios florestais, ou das poeiras dos
desertos. (Derisio,1992).

1.3. Gestão de resíduos sólidos

Resíduo é definido na Lei Alemã de Gestão de Resíduos e Reciclagem (KrW-/AbfG) como


produtos móveis que se destinam pelos proprietários a serem eliminados ou cuja eliminação de
uma forma adequada é imprescindível para salvaguardar o bem-estar público e para proteger o
meio-ambiente (Russo, 1995).

A gestão de resíduos consiste na adoção de uma série de ações que envolvem as fases de colecta,
transporte, transbordo, tratamento, destinação e disposição final ambientalmente apropriadas.

A gestão de resíduos permite o melhor aproveitamento da matéria-prima e a redução da agressão


ao meio ambiente.
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a gestão de resíduos precisa assegurar o reaproveitamento e reciclagem máximos, bem como a


redução dos rejeitos — que são os materiais que não apresentam viabilidade técnica e econômica
para o processo de reciclagem. Cada gerador se responsabiliza pelos resíduos produzidos, os
quais devem ser segregados na fonte.

Seu principal objectivo é minimizar os impactos negativos no meio ambiente. Os impactos


decorrentes da geração dos resíduos podem ser minimizados através de um gerenciamento eficaz
em todas as etapas da gestão dos resíduos sólidos.

1.4. Smog fotoquímico

A palavra smog foi usada inicialmente para descrever a combinação de fumaça e nevoeiro que
cobria Londres durante anos 1950. A principal causa desta nuvem nociva era o dióxido de
enxofre. Hoje, contudo é mais habitual dizer smog fotoquímico, o qual se forma pelas reacçcões
dos escapes dos automóveis na presença da luz solar (Chang & Goldsby, 2013, p.921).

Smog é um termo que provém da combinação entre as palavras . smoke . e . fog .


(fumaça e neblina na língua inglesa). É a mistura de névoa (gotículas de vapor d.água) com
partículas de fumaça: é formada quando o grau de umidade na atmosfera é elevado e do ar está
praticamente parado. O aumento da incidência de raios UV na superfície da terra pode agravar o
fenômeno (Medeiros, 2005).

Smog fotoquímico é a poluição do ar, sobretudo em áreas urbanas, por ozônio e outros
compostos originados por reações fotoquímicas, reações químicas causadas pela luz solar. O
efeito visível disto é uma camada roxa acinzentada na atmosfera.

Smog fotoquímico é formado pela reacção fotoquímica dos escapes dos automóveis na presença
da luz solar. Ee uma reacção complexa que envolve óxidos de nitrogénio, ozónio e
hidrocarbonetos (Chang & Goldsby, 2013, p.921).

Ele se caracteriza por acumulo de fumaça marrom e nebulosa, que contem ozónio e outros
agentes oxidantes e provoca os efeitos prejudiciais (Spiro & Stigliani, 2009, p.161).

Causas
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Os óxidos de nitrogénio e os hidrocarbonetos volateis são principais ingredientes da formação


de smog fotoquímico, uma condição que aflige um número crescente de cidades e seus arredores.
O smog fotoquímico pode se formar sempre que uma grande quantidade de gases de exaustão
automotivos e indústriais é confinada por uma camada de inversão térmica sobre a localidade
que seja, ao mesmo tempo, exposta ao sol.

Além do ozônio gases do efeito estufa como os óxidos de nitrogênio (NOx) e os hidrocarbonetos
liberados pela combustão incompleta da gasolina contribuem para o smog fotoquímico. O NOX é
uma combinação de nitrogênio e oxigênio que se formam em razão da alta temperatura na
câmara de combustão. Os hidrocarbonetos (HC) são combustíveis não queimados ou
parcialmente queimados que são expelidos pelo motor e alguns tipos de hidrocarbonetos reagem
na atmosfera promovendo a formação do "smog" fotoquímico (Medeiros, 2005).

Os escapes dos automóveis consistem principalmente em NO, CO e vários hidrocarbonetos não


queimados, estes gases são chamados poluentes primários porque desencadeiam uma série de
reacções fotoquímicas que produzem poluentes secundários. São os poluentes secundários –
principalmente NO2 e O3 – os responsaveis pela acumulação do smog (Chang & Goldsby, 2013,
p.921).

A mistura de poluentes no ar, no Smog fotoquímico, pode conter:

 Óxidos de nitrogênio, como o dióxido de nitrogênio


 Ozônio troposférico
 Composto orgânico volátil Compostos orgânicos voláteis (VOCs)
 Nitrato de peroxilacetila (PAN)
 Aldeídos
O óxido nitrico

O óxido nitrico é o produto da reacção entre o nitrogenio atmosférico e o oxigênio a altas


temperaturas dentro do motor de um automóvel:

( ) ( ) ( )

Uma vez liberado para a atmosfera, o óxido nitrico é oxidado para dióxido de nitrogênio
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( ) ( ) ( )

A luz solar causa a decomposição fotoquímica de NO2 (em comprimentos de onda inferiores a
400 nm) em NO e O:

( ) ( ) ( )

O oxigênio atómico é uma especie altamente reactiva que pode iniciar várias reacções
importantes, uma das quais é formação de ozônio:

( ) ( ) ( )

Onde M é uma substância inerte como N2.

O ozônio (O3)

O ozônio (O3) é um oxidante fotoquímico e o maior responsável pelos "smogs". Enquanto na


atmosfera superior, ele é benéfico para a vida, constituindo uma barreira natural aos raios
ultravioletas que atingem a Terra, ao nível do solo, em altas concentrações, torna-se um
problema para a saúde e o meio ambiente (MEDEIROS, 2005).

O ozônio ataca a ligação na borracha:

Onde R representa grupo de átomos C e H. Em área de smog, esta reacção pode causar rachadura
nos pneus dos automóveis. Reacções semelhantes também são prejudiciais para os tecidos dos
pulmões e outras substâncias biologicas. O ozônio pode se formar também uma série de reacções
muito complexa envolvendo hidrocarboneto não queimados, óxidos de nitrogénios e oxigénios.
Um dos produtos destas reacções é o nitrato de peroxiacetila, PAN:
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Aa medida que a concentração de hidrocarbonetos não queimados e aldeidos aumentam no ar, as


concentrações de NO2 e O3 também aumentam rapidamente. As qualidades reais, obviamente,
dependem do local, do trafego e das condições climáticas, mas a sua presença é sempre
acompanhada de nevoeiro, a oxidação de hidrocarbonetos produz vários intermediários
orgânicos, como alcoois e ácidos carboxílico, que são todos menos volateis do que os próprios
hidrocarbonetos. Estas substâncias acabam por se condensar em pequenas gotas de líquido. A
dispersão destas gotas no ar, chamada de aerossol, dispersa a luz solar e reduz a visibilidade.
Esta interação também faz o ar parecer enevoado. À medida que o mecanismo da formação do
smog fotoquímico fica mais bem compreendido, esforços adicionais tem sidos feitos para reduzir
a acumulação de poluentes primários.

Consequências

As consequências de smog fotoquímico, são:

 O PAN é um poderoso lacrimogénio ou produtor de lágrimas e causa dificuldades


respiratórias.
 Rachadura nos pneus dos automoveis provoca por reacções de PAN;
 Reacções semelhantes do PAN também são prejudiciais para os tecidos dos pulmões e
outras substâncias biologicas.
 Irritação dos olhos
 Dor de cabeça
 Problemas pulmonares
 Doenças cardiovasculares
 O PAN tem a maior toxicidade para as plantas, atacando as folhas mais jovens causando
―bronzeamento‖ e ―revestimentos‖ das suas superficies.
 Ozônio danifica as plantas
 Chuvas acidas
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Figura 1: Uma dia de smog na cidade de Nova York.


Fonte: Chang e Goldsby (2013).

1.5. Compostagem

De acordo Kiehl (1985), a compostagem é o processo biológico de decomposição e de


reciclagem da matéria orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal formando um
composto, isto é, É a produção do composto (adubo) orgânico formado por matéria orgânica
(Mo) humidificada, obtida a partir da transformação (decomposição biológica) de restos
orgânicos (sobras de culturas, frutas, verduras, dejectos de animais, etc.) pela acção microbiana
do solo.
Compostagem é o processo biológico de decomposição e de reciclagem da matéria orgânica
contida em restos de origem animal ou vegetal formando um composto, isto é, é a produção do
composto (adubo) orgânico formado por matéria orgânica (Mo) humidificada, obtida a partir da
transformação (decomposição biológica) de restos orgânicos (sobras de culturas, frutas, verduras,
dejectos de animais, etc.) pela acção microbiana do solo.

Todo produto de origem vegetal e animal que aplicado ao solo em quantidades, épocas e
maneiras adequadas, proporciona melhoria de suas características físicas, químicas, físico-
químicas e biológicas. Efectua correcções de reacções químicas desfavoráveis ou de excesso de
toxidez e, fornece às raízes os nutrientes suficientes para produzir colheitas compensadoras com
produtos de boa qualidade, sem causar danos ao solo, à planta e ao meio ambiente.
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A compostagem representa uma alternativa de tratamento de resíduos, particularmente os


resíduos orgânicos. Estes sofrem decomposição por acção de microrganismos e tem como
produto final o composto ou húmus.

Como consequência desse fenómeno, o tratamento e o destino final dos resíduos sólidos tornou-
se um processo de grande importância nas políticas sociais e ambientais dos países que procuram
enveredar por uma política orientada no modelo de desenvolvimento sustentável.

Regra geral, a maior fracção destes resíduos é ocupada pela matéria orgânica e um dos processos
mais utilizados para lidar com esse material é a compostagem.

Fases da compostagem

O processo de compostagem é realizado por uma diversificada população de microrganismos e


envolve pelo menos duas fases:

1ª Fase de digestão: o ataque dos microrganismos a matéria orgânica resulta na libertação de


elementos químicos importantes como o nitrogénio, fósforo, cálcio e magnésio. Estes passam da
forma imobilizada (ligados a compostos orgânicos) para a forma de nutrientes minerais
(disponíveis para as plantas)., nesta etapa a temperatura pode chegar a 65-70oC, e num período
de 15 dias é possível eliminar os microrganismos patogénicos

2ª Fase de maturação: Após o período de degradação activa da matéria orgânica, indicado pelo
decaimento da temperatura, tem-se inicio o período de maturação do composto orgânico.

E nesta fase que ocorre a formação do húmus. A massa de compostagem assumira uma
coloração escura (característica de material humificado) e a temperatura continuara a decair ate
se igualar a do ambiente. O húmus, devido ao seu papel vital na manutenção da qualidade do
solo, é factor chave para que o composto seja de boa qualidade. Ele exerce o importante papel de
prover efeitos benéficos na estrutura, na compatibilidade e na capacidade de retenção de água do
solo. Os principais constituintes do húmus são os ácidos húmicos.
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Conclusão

Consideramos uma substância como poluente, quando a sua concentração local for maior que
aquela que existente naturalmente no ecossistema e suficiente para causar danos a este. Além das
substâncias químicas, o calor e o som também são considerados poluentes da atmosfera.

A poluição ambiental é qualquer atividade capaz de causar danos ao meio ambiente. É resultado
do excesso de liberação de poluentes, matérias ou energia.

As formas de poluição devem ser combatidas pelas atitudes diárias de cada indivíduo bem como
por meio da elaboração de políticas de prevenção e fiscalização.

Resíduos Sólidos define como ―todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de
atividades humanas em sociedade‖.

Smog é o termo usado para definir o acúmulo da poluição do ar nas cidades que forma uma
grande neblina de fumaça no ambiente atmosférico próximo à superfície.

O smog fotoquímico acontece quando há liberação de gases altamente prejudiciais, tais como os
óxidos de nitrogênio (NO e NO2).

Motores de automveis e sistemas de transporte de transporte publico mais eficientes ajudariam a


diminuir a poluicao do ar em areas urbanas. Uma inovacao tecnologica recente para combater o
smog fotoquimico consiste em aplicar uma camada de um catalizador de platina platina sobre os
radiadores dos automoveis e os compressores de ar-condicionado. Desta maneira, um carro em
andamento pode purificar o ar que flui sob a capota convertendo o ozonio e o monoxido de
carbono em oxigenio e dioxido de carbono:

( ) ( ) ( ) ( )

Compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem


urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de
reciclagem do lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que os micro-organismos,
como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica, transformando-a
em húmus, um material muito rico em nutrientes e fértil.
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Bibliografia

Albert, L. A. (1985). Curso básico de toxicologia ambiental. Instituto Nacional de sobre


Recursos Bióticos. Organização Pan-Americana de Salud.

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Cunha, R. M.P. (2002). Estudo do Transporte de Poluentes na Região do Pólo Petroquímico, Rs.

Derisio, J.C. (1992). Introdução ao controle da poluição ambiental. CETESB, 201p.


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Medeiros, S.B. (2005). Química Ambiental. 3 ed. Revista e ampliada, impressão Copysim.
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