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INSTITUTO SUPERIOR METROPOLITANO DE ANGOLA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA ENGENHARIA E CIÊNCIA

HANANDA FERNANDES

HÉLDER FRANCISCO

JOICY BORGES

JÚLIA MIALA

JÚLIA PEREIRA

POLUIÇÃO DO SOLO: PONTUAL E DIFUSA

(o). Docente:

Morais Satuda

LUANDA,2023
INSTITUTO SUPERIOR METROPOLITANO DE ANGOLA
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA ENGENHARIA E CIÊNCIA

HANANDA FERNANDES

HÉLDER FRANCISCO

JOICY BORGES

JÚLIA MIALA

JÚLIA PEREIRA

JOSÉ PIRES

Turma: LGM2M
Curso: Geologia e Minas
Grupo: 8

O Docente

___________________
INTRODUÇÃO

A poluição da água é uma ameaça à saúde pública directa e indirectamente. Uma água
de baixa qualidade também ameaça o habitat de peixes e outros seres aquáticos, implica
em impactos nas pescarias comerciais e recreacionais, pode levar ao encerramento de
cultivos de mariscos alimentícios, além de causar prejuízos no turismo (Bricker et al.,
1999; Lapointe and Bedford, 2007).

Diversas actuações podem provocar este incidente, trazendo consequências,


muitas vezes, irreparáveis para o meio ambiente. O lançamento de cargas com
alto potencial poluidor em solos e corpos de água levam à alterações físicas, químicas e
biológicas, que acarretam prejuízos nos ecossistemas.
A crescente redução na quantidade de corpos de água apropriados para abastecimento
doméstico e o aumento constante da demanda têm levado pesquisadores a estudarem
alternativas para o controle da poluição ambiental. Essas alterações poderão ser ou não
representativas para os usos que as águas do corpo receptor se destinam, dependendo da
intensidade da carga de poluentes lançada. O reuso para fins não-potáveis tem sido
impulsionado em todo o mundo em razão da crescente dificuldade de atendimento a uma
demanda cada vez maior de água para o abastecimento público doméstico, e da escassez
crescente de mananciais de qualidade adequada para abastecimento após o tratamento
convencional da água.
Neste trabalho foram levantados alguns estudos recentes referentes às principais formas
de poluição de solos e ecossistemas aquáticos e os impactos mais comumente observados.
OBJECTIVO GERAL:

-Estudar os impactos da poluição no solo, abordando tanto os casos pontuais quanto


difusos.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

• Identificar fontes específicas de poluição do solo;


• Avaliar a extensão e intensidade da poluição difusa em áreas agrícolas;
• Desenvolver estratégias de remediação para locais pontuais contaminados;
• Analisar os efeitos de longo prazo da poluição do solo na biodiversidade;
PROBLEMÁTICA

A poluição do solo seja pontual ou difusa, compromete a qualidade do solo


afectando ecossistemas a saúde humana e a produção agrícola. Desta forma
traça-se a seguinte pergunta de partida:

- Como reduzir os impactos ambientais causados pela poluição no solo?


JUSTIFICATIVA

A realização deste trabalho é vital para entender a extensão da poluição do solo


em uma determinada região. A poluição do solo é um dos riscos
ambientais mais imprevisíveis. Diversas a ctuações podem provocar
este incidente trazendo consequências muitas vezes irreparáveis para
o meio ambiente.
SOLUÇÃO

Adoptar medidas de prevenção, controle e remediação, integrando práticas


sustentáveis na agricultura e implementando tecnologias de tratamento nos solos
poluídos. As medidas práticas que poderiam diminuir o nível de concentração
dos metais observados são: redução do chumbo na produção de tintas, redução
dos teores de cobre nas pastilhas de freios e o aumento de áreas verdes
tratamento de esgoto da cidade, o escoamento pluvial urbano, intensificada com
a velocidade do escoamento, gerando uma capacidade de arraste maior e
consequentemente uma maior carga de poluentes arrastada para os corpos
hídricos.

CONSEQUÊNCIAS

• Pontual:

- Contaminação aguda em áreas específicas.


- Danos diretos à fauna, flora e recursos hídricos locais.

• Difusa:

- Acúmulo gradual de poluentes em extensas áreas.


- Impactos na qualidade da água devido à lixiviação de substâncias químicas.
- Prejuízos à saúde humana pela ingestão de alimentos contaminados.
1- Poluição do solo

Dentre todos os elementos e compostos que formam ou compõe um solo natural temos
substâncias que pela sua natureza podem ser considerados poluentes não pelo facto de
se encontrarem em quantidades ínfimas ou em nível de traço que uma substância pode
ser definida como poluente. Este por sua vez é poluído quando este contém qualquer
tipo de substância que alteram suas características físicas ou químicas tornando-o
desfavorável aos seres vivos. As substâncias que promovem esta alteração são
denominadas poluentes, dos poluentes os que mais afetam o solo são de origem de
atividades industriais, atividades agrícolas e o lixo doméstico.

Um solo é contaminado quando este contém agentes causadores de doenças (como:


substâncias tóxicas, vírus, bactérias, micróbios, vermes, protozoários, entre outros). As
substâncias tóxicas quando em baixa concentração podem existir no solo e não causar
doenças, mas serão consideradas agentes de contaminação quando a sua concentração
atingir certo valor que possa causar qualquer tipo de doença nos seres vivos.

A poluição acontece devido ao conctacto de resíduos tóxicos com o solo


dependendo do acidente a substância podem penetrar nos lençóis freáticos,
trazendo riscos para a saúde dos moradores da região.
Além disso, diversos componentes químicos, quando utilizados em larga
escala, trazem inúmeros reflexos negativos como:

• Perda da fertilidade;
• Desequilíbrio ecológico;
• Liberação de gases poluentes;
• Contaminação da água;
2- Poluentes do solo

A poluição do ambiente é qualquer modificação ou alteração do mesmo. Tais situações


implicam um desequilíbrio que afecta todas as características do solo e alteram todos os
processos que ocorrem mudando a fertilidade do solo.

Uma porção definida de terra superficial ou subterrâneo cujas características originais


foram modificadas pela acção humana ao incorporar algum agente de contaminação. Os
agentes de poluição podem ser classificados em:

• Poluição física: Quando ocorrem alterações nos parâmetros como temperatura e


radioatividade.

• Poluição biológica: Quando ocorrem alterações como a putrefação de espécies


patogênica.

• A poluição química: Quando ocorre a incorporação de elementos ou de compostos em


concentrações que alterem a composição original do solo.

O critério para definir um limite máximo de concentração para potenciais contaminantes


no solo leva em consideração a capacidade do solo em degradar estas espécies sem perder
suas características originais sem portanto gerar um risco de dano ao meio ambiente. A
variedade e quantidade de poluentes no solo são imensas tais como:

• Contaminantes inorgânicos: os materiais inorgânicos também se encontram


presente de forma natural no solo. A quantidade desses compostos inorgânicos é
regulada pelos ciclos biológicos associados a cada um no solo, o desequilíbrio
acontece quando ocorre um aumento da concentração de alguns destes compostos
dentro do ciclo, o que é considerado como poluição alterando assim o ciclo e a
capacidade regulatória do solo.

• Metais pesados: esses tipos de metal se encontram presentes naturalmente no solo,


mas sempre se apresentam em pequenas quantidades. O risco ocorre quando estes
se acumulam em grandes quantidades no solo.
• Poluentes orgânicos: é o maior grupo de poluentes pois são inúmeras substâncias
que na maioria são produzidas pelo homem. Estas substâncias têm efeitos
diferentes sobre o meio ambiente e muitos deles altamente tóxicos.

Fig.1-Solo degradado por causa da poluição

Autor: Freepik
3- Formas de poluição do solo

São várias as formas de poluição do solo com origem antrópicas comuns entre elas podem
ser (não excludentes):

• Superficial: devido ao acúmulo de resíduos descarregados acidentalmente ou


voluntariamente na superfície do solo.

• Subterrânea: corresponde ao acumulo de resíduos em aterros. A contaminação é muito


complexa, e o indicio de uma contaminação fica evidenciada apenas como uma aparente
mudança na textura da superfície do solo.

• Descarga clandestina: consiste em um derramamento ou descarga de qualquer produto


de forma ilegal. É uma das formas mais perigosas de poluição devido à presença de
substâncias perigosas e do não conhecimento do foco poluente.

• Descarga acidental: são aqueles em que a fonte da contaminação é acidental,


principalmente por falta de conhecimento ou por negligência na gestão dos poluentes.
São os casos de vazamento de substâncias tóxicas de tanques, em acidentes, com a
liberação do conteúdo no meio ambiente.

Fig2.- Formas de poluição do solo

Autor: BrasilEsc
4- - Fontes de Poluição

As principais fontes foram classificadas quanto à sua forma de inserção no meio e quanto
à sua origem.

• Fontes Pontuais ou Fixas


Correspondem às fontes que podem ser relacionadas a um ponto específico de
descarga na escala de trabalho adotada (1:250.000), as principais fontes de
poluição pontuais obtidas, classificadas de acordo com a atividade geradora dos
poluentes são: cargas poluidoras de origem doméstica.
As cargas poluidoras de origem doméstica referem-se aos pontos de lançamento
de esgotos coletados em áreas urbanas. São considerados como fontes pontuais de
poluição directa dos cursos de água onde são lançados podendo também afectar
as águas subterrâneas e solos de forma indirecta. Os esgotos domésticos
caracterizam-se pela grande quantidade de matéria orgânica biodegradável
responsável por significativa depleção do oxigênio nos cursos de água como
resultado da estabilização pelas bactérias. Estes efluentes líquidos apresentam
ainda nutrientes e organismos patogênicos que podem causar efeitos deletérios no
corpo receptor dificultando ou mesmo inviabilizando o seu uso para um outro fim.
Este tipo de situação acontece por motivos específicos em regiões onde
é fácil ter dimensão da área poluída. Acidentes
envolvendo tombamento de cargas ou a falta de uma destinação
correcta para os lixos tóxicos (baterias, pilhas, componentes
eletrônicos, entre outros) podem ocasionar poluições deste tipo .
• Fontes Difusas
As fontes difusas de poluição caracterizam-se por apresentar ampla área de
contribuição provindo de actividades que depositam poluentes de forma esparsa,
podendo chegar aos corpos de água apenas de forma intermitente associado aos
períodos de chuvas. Constituem tema de extrema dificuldade para a caracterização
pois associam-se a grandes áreas exigindo numerosos pontos de monitoramento e
a poluentes com baixas concentrações que necessitam muitas vezes de cuidadosos
métodos de amostragem e técnicas relatório analíticas sofisticadas. Esta
acontece em grandes territórios e se espalha pela água do solo ou ar.
Os defensivos agrícolas como herbicidas e inseticidas e não só afastam
as pragas, mas também causam a poluição quando usados sem que haja
controle. As actividades industriais também podem provocar este tipo
de poluição, metais pesados e componentes químicos, caso descartados
inadequadamente, poluem de forma bastante agressiva o local onde foi
despejado.

Fig3.- Poluição Difusa

Autor: Linkedln
5- Recuperação do Solo

Actualmente há diversas técnicas para a recuperação de solos e também de águas


subterrâneas contaminadas. A seleção da técnica apropriada é um processo muito
completo e envolve o conhecimento de diversas e detalhadas características do
local e do poluente além disso deve-se ter um estudo da viabilidade econômica e
da viabilidade técnica da aplicação do processo adequado ou das várias
alternativas para o local e o poluente específico. Para aplicação de qualquer
método de recuperação deve-se atentar para todos os aspectos de ordem
institucional, legal e política. Inicialmente é necessária uma remediação adequada
à protecção da saúde dos seres humanos e também à do meio ambiente. Assim é
importante considerar:
• Incertezas quanto à disposição do poluente no terreno;
• Persistência, toxidez, mobilidade e tendência à bioacumulação das substâncias;
• Riscos à saúde humana a curto e longo prazo;
• Risco potencial à saúde e meio ambiente associado com escavação, transporte,
disposição ou confinamento.
• Custos de manutenção;
• Caso de a remediação não funcione, custos de limpeza e procedimentos
adequados;

5.1- Tipos de tratamento do solo


Os tipos de tratamento variam consoante a sua poluição, eles podem ser:

• Tratamento Térmico
Para o tratamento térmico a altas temperaturas é necessário um grande consumo
de energia, que pode ser contornado em determinados situações, com
temperaturas mais baixas e consequentemente diminuindo o consumo de energia.
Nesse processo sempre há a possibilidade de emissões gasosas de contaminantes
perigosos, mas se realizado de forma adequado, com o tratamento das emissões
pode-se minimizar ou eliminar outros tipos de poluição ambiental, outro fator é
onde depositar os resíduos sólidos. O material necessário para a acomodação deste
tipo de tratamento pode ser semimóvel, sendo que os custos financeiros dependem
do processo em geral e também do teor de umidade, tipo de solo e concentração
de poluentes, bem como de medidas de segurança e das regulamentações
ambientais em vigor. A aplicabilidade deste sistema é adequada a muitos
poluentes, por exemplo, óleos e petróleo, solventes clorados e não-clorados,
cianetos e outros.

• Tratamento Físico-Químico
Os métodos atualmente mais usados baseiam-se na lavagem do solo
(Extração, ou lixiviação do solo). Estes métodos se baseiam no princípio
da transferência de um contaminante do solo para um outro meio, que pode
ser uma fase líquida ou gasosa. O principal produto obtido com a técnica
é o solo tratado e os poluentes concentrados. O processo de tratamento
depende das características do contaminante, ou mais especificamente no
tipo de interação do contaminante com o solo e do contaminante com a
fase adequada. Outros fatores a se considerar para a utilização deste
sistema de tratamento são as características do solo, a quantidade de solo
a ser tratado, as variações na concentração do contaminante, o destino do
solo tratado e tratamento e eliminação de águas residuais. Um exemplo
são as argilas que possuem elevada afinidade por grande parte das
substâncias poluentes, para a separação dos contaminantes desse tipo de
local é necessário romper as possíveis ligações entre estes e as partículas
do solo e a transferência para outra fase, ou ainda extrair as partículas do
solo que estão contaminadas. Nessa técnica outros processos e
mecanismos podem ser necessários como filtros para tratamento de
líquidos e do ar para evitar novas formas de contaminação. Este tratamento
não é viável quando a fração de argila do solo for superior a 30%, devido
ao custo elevado e à quantidade de resíduo contaminado gerada.
• Tratamento Biológico
Nos métodos biológicos utilizam-se micro-organismos para metabolizar
compostos químicos. O solo possui um grande número de micro-
organismos que se adaptam as fontes de energia e carbono disponíveis. No
tratamento biológico, os micro-organismos naturais e já presentes naquele
ambiente, são estimulados a degradar os contaminantes. A estimulação é
realizada com a criação de um ambiente propício, com controle de
temperatura, pH, umidade, fornecimento de oxigênio, nutrientes, etc. Em
certas situações é adequado o uso de micro-organismos específicos ou a
micro-organismos geneticamente modificados para metabolizar poluentes
muito persistentes conseguir uma otimização da biodegradação.

As principais técnicas biológicas de tratamento incluem:


• “Landfarming - (sistema de tratamento de resíduos através de um
processo biotecnológico, que utiliza a população microbiana do solo para
a degradação destes).

• Compostagem: decomposição aeróbia (sob presença de oxigênio) ou


decomposição (sob ausência de oxigênio), em resíduos orgânicos por
populações microbianas in situ, sob condições totais ou parcialmente
controladas que produzem um material parcialmente estabilizado.

• Reatores biológicos - unidades onde ocorre a remoção da matéria


orgânica pela ação de micro-organismos aeróbios submetidos à aeração,
presença constante de ar. O tratamento biológico do solo diminui os riscos
para a saúde pública, bem como para o ecossistema e ao contrário da
incineração ou dos métodos químicos não interfere nas propriedades
naturais do solo.
6- Impactos ambientais gerados pela poluição dos solos

A poluição provoca diversos impactos tanto ao meio ambiente quanto à sociedade. A


poluição do solo pode causar inúmeras consequências, como:

• Perda da fertilidade do solo,

• Desequilíbrio ecológico,

• Problemas de saúde pública,

• Liberação de gases poluentes,

• Aumento da salinidade, contaminação de alimentos e contaminação de


fontes de água e lençóis freáticos.

Tudo isso impacta directamente na saúde da população e no bem-estar social. Além


disto os incidentes envolvendo a poluição do solo podem levar décadas para serem
remediados, gerando custos muitas vezes imprevisíveis ao longo prazo. É
fundamental investir em programas de prevenção e mitigação ao risco ambiental.
CONCLUSÃO

Conclui-se que a poluição dos solos, seja de forma pontual ou difusa, representa
um desafio ambiental significativo, acontecem em grandes territórios e espalha-
se pela água, solo ou ar, contaminação pontual ocorre localmente e muitas vezes
devido a vazamentos de produtos químicos industriais ou descarte inadequado de
resíduos. Por isto é que a poluição difusa é mais ampla e decorre de atividades
cotidianas, como agricultura intensiva e uso indiscriminado de fertilizantes.
Ambas as formas comprometem a qualidade do solo ameaçando a saúde dos
ecossistemas e a segurança alimentar. Uma abordagem integrada e consciente é
essencial para mitigar esses impactos negativos e promover a sustentabilidade
ambiental. As práticas como tratamento de resíduos domésticos e industriais, uso
de substâncias biodegradáveis, reflorestamento e proteção de matas nativas, além
de saneamento básico e controle de pragas são essenciais no combate à
degradação das superfícies.
REFÊRENCIAS BIBLIOGRAFICAS
https://sigrh.sp.gov.br/public/uploads/documents/6980/cap7pg161a206.pdf
https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/574/1/49-54FCT2005-7.pdf
https://blog.brkambiental.com.br/tipos-de-poluicao/
https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/574/1/49-54FCT2005-7.pdf
https://www.todamateria.com.br/poluicao-do-solo/

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