Você está na página 1de 10

Aula № 3

Petrologia Ígnia (Magmáticas)


As Rochas Ígneas ou Magmáticas são aquelas formadas a partir de materiais
fundidos no interior da Terra. Este material fundido, que corresponde ao
protomaterial de origem das rochas ígneas, recebe a denominação de Magma, que é
um termo geral utilizado para denominar misturas de material fundido e eventuais
cristais ou materiais sólidos que se encontrem neste. Quando este material extravasa
e flui em superfície, é denominado Lava. Em compensação, quando há referências
ao líquido magmático, entende-se que este corresponde apenas à parte fundida,
excluindo-se assim os possíveis cristais ou materiais sólidos que ocorram dispersos
neste. O magma pode solidificar-se em subsuperfície, e neste caso dá origem às
rochas plutônicas, ou em superfície com exposição subaérea, e neste caso dá origem
às rochas vulcânicas.

Rochas Magmáticas Intrusivas (ou ainda plutônicas ou abissais):


São rochas formadas nas partes profundas da litosfera, consolidando as
massas magmáticas nas fraturas e nas falhas, mas não chegando a atingir a
superfície. O resfriamento acontece de forma lenta, com a cristalização de todos os
minerais. De modo geral, este tipo de rocha apresenta uma estrutura maciça. Como
o resfriamento das rochas intrusivas é mais lento, os cristais crescem bastante,
deixando as rochas com cristais visíveis, como é o caso do granito.
Rochas Magmáticas Extrusivas (ou ainda vulcânicas ou efusivas):
São formadas a partir do resfriamento da lava dos vulcões, ou pelo magma
expelido através . A consolidação ocorre na superfície ou nas proximidades dela,
sendo que a consolidação é considerada rápida. Tendo o resfriamento rápido, não há
muito tempo para a expansão dos cristais, portanto as rochas extrusivas possuem
texturas mais finas.
O Vidro Vulcânico
A obsidiana, além de vidro de dragão para a série, nada mais é que um tipo
de vidro vulcânico. Diferentemente dos minerais, que tem uma estrutura cristalina
característica, o vidro vulcânico é somente um sólido amorfo. Esse sólido
é proveniente do rápido arrefecimento e solidificação do magma. Esse processo
rápido impede a formação de uma rede cristalina que o constitua como um mineral.
O vidro vulcânico pode ser chamado também de vulcanito, já que é uma
rocha vulcânica, assim como aquelas que formam os basaltos, andesitos ou riolitos.
Materiais amorfos ou substâncias amorfas referem-se a estruturas que não têm
ordenação espacial de longa distância (atomicamente), como sólidos regulares. Em
geral, acredita-se que seja o oposto da estrutura do cristal. As substâncias amorfas
não têm uma estrutura atômica clara.
Algumas substâncias comuns do dia a dia são amorfas, como vidro,
poliestireno e até marshmallows.
Os materiais amorfos são geralmente preparados por resfriamento de
materiais fundidos. Esse resfriamento reduz a mobilidade das moléculas. Materiais
como metais são difíceis de preparar como materiais rígidos amorfos.

COR DAS ROCHAS ÍGNEAS/MAGMÁTICAS.

As cores das rochas magmáticas tem uma relação directa com a composição
mineralogica das rochas.
A crosta continental é constituída por rochars com muito baixo teor de
magnésio e ferro e com alto teor de sódio, potássio, alumínio e silício denominadas
rochas félsicas. O granito é uma rocha representativa de composição Félsica.
A composição Félsica da a rocha uma cor mais clara predominantemente (expemplo
o granito é uma amostra da composição félsica).
Por outro lado a crosta oceânica é composta de rochas conteúdo relativamente
elevado de magnésio e ferro e baixo teor de sódio, potássio, alumínio e silicío mas
não tanto quanto as rochas do manto, denominadas rochas Máficas.
As rochas máficas devido a sua composição rica em magnesio e ferro são escuras,
ou com minerais de cor predominantimente escuras.

Do ponto de vista químico, as rochas ígneas são classificadas em:


• Ácidas(mais de 66% de sílica), como o granito e o riolito;
• Intermediárias (52 de 66% de sílica), como o sienito e diorito;
• Básicas (45 a 52% de sílica), como o gabro e o basalto;
• E ultrabásicas (menos de 45% de sílica),como o peridotito.
Essa classificação nada tem a ver com o conceito de acidez (pH) usado em
química, e a quantidade de sílica tem pouca relação com quantidade de quartzo. As
rochas ácidas são geralmente claras e as ultrabásicas, escuras.
Normalmente as rochas ácidas são tambem rochas Félsicas, as intermediarias
possuem cor um pouco mais escuras que as rochas félsicas mas ainda claras.
Basicas tendem a ser rochas máficas, ultrabasicas tambem sao máficas.

Ex. O preto- balsato vizicular de composição máfica e basica, cor


predominantimente escura e clara Pumice – tem a composição félsica e ácida de
cor predominatimente clara. Essas duas rochas são vulcanicas.

Texturas de Rochas Ígneas/magmaticas


As texturas de rochas magmáticas são as feições globais e locais das rochas
que descrevem as características de seus minerais constituintes (forma, dimensões,
estrutura interna), e as relações que estes minerais guardam entre si (contatos,
disposição, distribuição de tamanhos, etc.). Em geral, seis parâmetros conseguem
descrever com alguma precisão as características texturais das rochas magmáticas.
São estes: i) grau de cristalinidade; ii) grau de visibilidade; iii) granulação; iv)
tamanho relativo dos cristais; v) forma geométrica dos cristais; vi) articulação entre
os cristais. Além destes, também é possível descrever as texturas das rochas
magmáticas de acordo com sua trama cristalográfica, ou seja, de acordo com a
disposição espacial relativa entre as espécies minerais que constituem uma
determinada rocha.
Grau de cristalinidade: refere-se à proporção entre material vítreo e material
cristalino em uma rocha. É classificado como:
• Holocristalina: rocha constituída só de material cristalino
• Hipocristalina: rocha constituída predominantemente de material cristalino
• Hipovítrea: rocha constituída predominantemente de material vítreo
• Holovítrea: rocha constituída só de material vítreo

Grau de visibilidade: indica a fração cristalina de uma rocha visível com a vista
desarmada. É classificado como:
• Fanerítica: constituída integralmente de material cristalino identificável com
a vista desarmada
• Subfanerítica: constituída apenas parcialmente por material cristalino
identificável com a vista desarmada
• Afanítica: não contém material cristalino identificável com a vista
desarmada
Granulação: classificação baseada no tamanho dos cristais observáveis na amostra.
Classifica-se como:

• Gigante: cristais com mais de 10 cm


• Muito grossa: cristais entre 3 e 10 cm
• Grossa: cristais entre 1 e 3 cm
• Média: cristais entre 1 e 10 mm
• Fina: cristais entre 0,1 e 1 mm
• Densa: cristais entre 0,009 e 0,1 mm
• Vítrea: sem cristais (material vítreo)

Tamanho relativo dos cristais: comparação relativa das dimensões dos


diversos cristais de uma rocha, enquadrando as rochas nas categorias:

• Equigranular: os cristais de uma rocha tem aproximadamente o mesmo


tamanho
• Inequigranular: os cristais apresentam dimensões variáveis
• Megaporfirítica: coexistem na rocha grandes cristais (fenocristais), inseridos
numa matriz de granulação média
• Porfirítica: rochas com pequenos fenocristais, imersos numa matriz de
granulação fina a densa.; o termo pórfiro é usado para os casos em que os
fenocristais perfazem mais de 50% do volume da rocha
• Vitrofírica: coexistem pequenos cristais, inseridos numa matriz
essencialmente vítrea (vitrófiros)

Forma geométrica dos cristais: caracterização textural fundamentada na


proporção entre minerais euédricos (minerais delimitados por faces externas
cristalinas), subédricos (parcialmente delimitados por faces cristalinas) e anédricos
(desprovidos de faces cristalinas) constituintes da rocha.

• Panidiomórfica ou Automórfica: predominam minerais com formas euédricas


• Hipautomórfica ou Hipidiomórfica: predomínio de minerais com formas
subédricas
• Xenomórfica ou Alotriomórfica: Predominam minerais com formas anédricas

Articulação entre os cristais: descrição da superfície limítrofe entre os minerais,


onde estes estão em contato, o que contribui para as características de resistência
mecânica das rochas. Os contatos mais comuns podem ser:

• Planares: ocorrem por justaposição (mosaico ou de calçamento)


• Irregulares: Contatos por imbricamento mineral (côncavo-convexo ou
serrilhad
ESTRUTURAS DE ROCHAS ÍGNEAS
Estruturas magmáticas são feições globais observadas nas rochas, que não
dependem dos tipos de minerais que as compõem, e dão evidências das condições
nas quais ocorreu o resfriamento e a consolidação de magmas e lavas. As principais
estruturas estão ligadas ao resfriamento, à movimentação do magma e às variações
locais nas condições de cristalização.

ESTRUTURAS DE ROCHAS VULCÂNICAS (EXTRUSIVAS OU


EFUSIVAS)
Ex. Como rochas efusivas são originárias de magmas (ou lavas) que se
consolidam em superfície, em contato com o ar e, em alguns casos, com corpos
d’água.
São caracterizadas por resfriamento relativamente rápido, o que gera
estruturas típicas da cristalização quase instantânea das fases minerais presentes.
Além disso, magmas que chegam a extravasar para a superfície costumam ter alto
conteúdo de fases voláteis que, após o alívio da pressão em que estavam confinados
antes do extravasamento, se desmisturam rapidamente do fluido magmático e geram
frequentes estruturas de escape. A última característica comum em rochas efusivas
são estruturas que preservam as feições de movimentação deste magma enquanto se
consolida.
As principais estruturas de rochas Extrusivas/Vulcânicas são:
• Vesicular: cavidades com aspecto de “bolhas aprisionadas” na rocha, que
costumam concentrar-se principalmente no topo de derrames, por
representarem a região com menor pressão e menor temperatura dentro da
lava extravasada, em contato direto com a água ou o ar.
• Amigdaloidal: cavidades, assim como as vesículas, preenchidas por minerais
secundários de baixa temperatura relacionados à cristalização de fluidos ricos
em íons aprisionados no interior de um derrame.
• Escoriácea: estrutura de desgaseificação do magma em rochas efusivas que
sofreram processo de solidifação muito rápido, gerando uma massa
essencialmente vítrea contendo uma concentração muito grande de vesículas,
típica de topos de corridas de lavas e de alguns tipos de piroclastos.
• Celular: estrutura do tipo escoriácea, em que as cavidades possuem tamanhos
e formas regulares, bastante próximas, assemelhando-se a aglutinados de
células.
• Ocelar: estruturas também arredondadas ou elípticas formadas pela
cristalização de líquidos imiscíveis com o líquido magmático original,
gerando “gotas” de composição distinta dispersos pela rocha.
• Cordada: estrutura comum em topos de derrames de lavas, em que há o
resfriamento e a consolidação da superfície, “repuxando” e “retorcendo” à
medida que a parte inferior, ainda parcialmente fluida, se movimenta
lentamente, gerando estruturas em forma de cordas retorcidas, também
denominadas pahoehoe.
• Fluidal: comum em derrames, são dadas pela orientação de materiais
planares de acordo com a direção de fluxo das lavas durante a consolidação,
quer sejam estes minerais tabulares, prismáticos ou planares, relictos de
rochas retiradas do assoalho que se orientam, ou mesmo a forma alongada e
orientada de um conjunto de vesículas.
• Fratura conchoidal: regiões de ruptura dos vidros vulcânicos ou de rochas
de granulação densa ou muito fina; são arredondadas, côncavas, com
dimensões variáveis e apresentando superfícies mais ou menos lisas e
brilhantes, de acordo com a quantidade de vidro presente na rocha.
• Perlítica: feições esféricas na rocha semelhantes a pérolas, resultantes da
desvitrificação de material vulcânico gerado a partir de resfriamento rápido,
secundária e posterior à sua solidificação.
• Compacta: estrutura predominante nas rochas ígneas, aquela em que a massa
de cristais é distribuída homogeneamente, sem feições especiais ou que se
destacam à vista.
• Esferulítica: concentração de estruturas arredondadas cujo material de
preenchimento apresenta-se como acículas dispostas radialmente a partir de
um núcleo, e são formadas pelo resfriamento rápido localizado do fluido
magmático.
• Almofadada: típico de lavas que se consolidaram em ambiente subaquático,
em que o contato da lava com a água gera um resfriamento super-rápido da
camada externa, numa forma de gota ou almofada, enquanto o interior
progressivamente se resfria. gerando uma crosta vítrea na parte externa e
cristais progressivamente maiores, embora ainda muito pequenos, nas partes
internas. Isto pode gerar fraturas radiais concêntricas, que seguem a geometria
da “almofada”.
ESTRUTURAS DE ROCHAS PLUTÔNICAS (Intrusivas ou abissais )
As rocha plutônicas são formadas pela solidificação do magma em subsuperfície
(nem profundidade), o que lhes confere maior tempo para resfriamento, limita a
movimentação do líquido magmático e pode gerar diferenças significativas de
acordo com a posição relativa das diferentes porções do magma no interior da
câmara magmática. Neste sentido, as estruturas ligadas ao resfriamento serão
caracterizadas por cristais maiores e mais bem formados, e as estruturas ligadas à
movimentação se concentrarão principalmente nas bordas do corpo ígneo, onde há
maior e mais rápida transferência de temperatura com as rochas encaixantes,
facilitando a solidificação e a preservação das estruturas de fluxo.
As principais estruturas de rochas Intrusivas/plutônicas são:

• Compacta: assim como nas rochas vulcânicas, é a estrutura predominante,


como uma massa de cristais distribuída homogeneamente, sem feições
especiais ou que se destacam à vista; no caso das rochas plutônicas, entretanto,
os cristais costumam ser maiores do que nas rochas vulcânicas.
• Miarolítica: geralmente encontrada em rochas ácidas de colocação rasa, é
caracterizada pela presença de bolhas aglutinadas com dimensões
centimétricas a decimétricas, cujo molde interno é recoberto por cristais
euédricos idênticos aos da rocha em que se encontram.
• Fluidal: a estrutura fluidal de rochas plutônicas pode se desenvolver nas
bordas das câmaras magmáticas, onde pode ocorrer a movimentação por
correntes de convecção no próprio fluido magmático e, pela transferência de
calor entre estas regiões e as rochas encaixantes, serem preservadas feições
que representam o sentido de fluxo no interior da câmara. A estrutura fluidal
em rochas plutônicas também pode ser tipificada pela orientação de
megacristais de acordo com espirais mais ou menos regulares formadas pelo
turbilhonamento do magma em fluxo laminar.
• Xenolítica: estrutura que consiste na presença de fragmentos de rochas
diversas englobadas pelo magma plutônico em sua movimentação ou
ascensão, podendo consistir em fragmentos das rochas encaixantes ou de
rochas encontradas pelo caminho com composições muito distintas daquela
encontrada na rocha magmática em si.
• Bandada: sucessão de diferentes litologias em geometria aproximadamente
planar em um corpo magmático diferenciado, gerando estratos de diferentes
composições com dimensões desde milimétricas até métricas.
• Schlieren: estrutura em que há a formação de lentes com maiores
concentrações de minerais máficos ou félsicos em relação à composição geral
da rocha, orientadas de acordo com a direção do fluxo magmático.
Significados:

Acículas- que se parece com agulhas


Efusivas: (Em que há efusão; fervoroso)
fases voláteis- quando o magma tem uma maior percentagem de silicatos fundidos.
Fase gasosa/ matérias voláteis: muitas vezes fica aprisionado nos poros ou mesmo
entre os minerais alguns fluidos e em condições de temperatura mais alta são
soltos como materiais gasosos.

Fontes do magma: Manto superior do planeta- É considerado sólido apesar de ter


uma parte dele que é fundida.
A Crosta do planeta- Apartir de eventos geológicos pode submeter algumas rochas
em condições de temperatura e pressão vão fazer algumas rochas entrarem em
fusão. ( limites entre as placas tectônicas, aonde elas estão se chocando e podem
ser empurrados para grandes profundidades aumento a pressão e temperatura )

Pahoehoe: Tipo de derrame basáltico ticos

materiais planares: regiões do material que apresenta diferentes estruturas


cristalinas ou diferentes orientações cristalográficas

Líquidos imisciveis: A presente prática tem como finalidade demonstrar


propriedades de misturas heterogêneas (misturas que apresentam duas ou mais
fases e os componentes da mistura são perceptíveis).

minerais secundários-minerais que proveem da decomposição de outros


minerais(Os minerais secundários representam os grãos que sofreram
intemperismo e transformaram-se em outros materiais que podem ser argila,
colóide ou mesmo íon.) os minerais sofreram transformações quimicas,
passarama ater carga e a interagir entre outros, tem a presença de
cargas(capacidade de troca de cateões e capacidade de troca de aniões).

Câmera magmática:
LocalLocal onde ocorre a acumulação do magma, cujas profundidades variam
entre 5 a 20 quilómetros, umas situadas na crosta terrestre outras já no manto
superior.
É a partir das câmaras magmáticas que os magmas ascendem à superfície
originando fenómenos vulcânicos.

Você também pode gostar