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GEOlogia

● Magmatismo-rochas magmáticas
Para se formar uma rocha magmática tem que haver o quê? Magma.
Para termos magma quais são as condições de profundidade e
temperatura? ➕50km

●Diversidade de magmas
O magma vai resultar da fusão parcial ou total de diferentes rochas pré-
existentes e por isso nós podemos ter de diversos tipos de magmas.
3 tipos de magma:
• Basáltico -pobre rico em sílica (magma básico)
-erupções efusivos
-menos viscoso e mais fluido (1200 C)
-os magmas basálticos são expelidos, principalmente,
ao longo dos riftes e dos pontos quentes, tendo-se originado a partir de
rochas do manto.
Nos limites das placas, os limites divergentes (zonas de rifte) e no
interior das placas (pontos quentes).
-se arrefecer à superfície vai se formar o basalto
(textura afanítica ou agranular )e o gabro o arrefecimento foi rápido os
minerais não vão ser vistos a olho nu(minerais desenvolvem-se pouco
ou nada)
• Riolítico - muito rico em sílica(magma ácido)
-muito viscoso (800 C)
-erupções explosivas
-originam- se a partir da fusão parcial das rochas
constituintes da crusta continental (limites convergentes e placas
continentais).
- em profundidade origina o granito mas se arrefecer à
superfície originará o riólito.
• Andesítico - zonas de colisão de placas (continental e oceânica)
-erupções mistas (1000 C)
- formam-se essencialmente em zonas de subducção
e relacionam-se em zonas vulcânicas
-origina à superfície o andesito em profundidade
chama-se diorito.
➥Em cada família as rochas tem exatamente a mesma composição
química (cor), a diferença vai ser no tamanho e na forma dos minerais
que está associado à textura.
➥Para se formar magma a temperatura tem que ser elevada acima de
800C. Existem outros dois fatores que também pode ocorrer magma
para alem das temperaturas elevadas: nos riftes a diminuição da
pressão porque no rifte a pressão é menor que a pressão de
profundidade, o material quando atinge essa zona sofre uma diminuição
de pressão e possibilita a formação de magma. Nas zonas de
subducção existe a presença de agua porque numa zona de subducção
há colisão de duas placas e uma delas subduca e arrasta consigo
sedimentos que se tinham depositado mas entre os sedimentos há
presença de poros e nesses poros à agua. A água faz baixar o ponto de
fusão e por isso possibilita a formação de água.
➥ O magma que se forma mais abundante no nosso planeta é o
basáltico (80%). Andesítico (10%) e o Ríolito (10%).
➥ Os principais fatores externos que condicionam a formação de
cristais são: agitação do meio que se formam; o tempo; o espaço
disponível; e a temperatura. O que é preciso para que os minerais
cresçam mais? O meio tem que ser mais calmo, é preciso que o
arrefecimento seja mais lento (quanto mais lento demorar o
arrefecimento mais desenvolvidos serão os cristais), se os minerais
tiverem mais espaço maior será a probabilidade de se desenvolverem e
a temperatura tem que ser lentamente.
➥ A possibilidade dos átomos, durante o arrefecimento originam as
posições de equilíbrio e formarem a malha elementar ou malha
cristalino tem a forma paralelepipédica e depois vai se repetir no
espaço de modo a criar´a estrutura cristalina, isso vai se refletir na
textura fanerítica ou granular de todas as rochas que são intrusivas.
Nas rochas extrusivas esta magmentar não existe. O que significa isso?
Como o arrefecimento foi rápido os átomos que compõe os minerais
não conseguiram atingir as posições de equilíbrio. Vai surgir 2 texturas:
Se o arrefecimento for rápido a textura é afanítica ou agranular em que
os minerais não são visíveis a olho nu mas poderão ser vistas ao
microscópico petrográfico.
O extremo, o arrefecimento é muito rápido e nesse caso nem ao
microscópico petrográfico não vamos conseguir observar os minerais-
textura vítrea.
➥ Os silicatos que são os principais minerais constituintes das rochas
magmáticas
Minerais isomorfos- Estrutura interna idêntica
Forma externa semelhante
Composição química diferente
Ex: plagioclase (anortite-silicato de Ca)
(albite-silicato de Na)
Minerais polimorfos- Estrutura interna diferente
Forma externa diferente
Composição química idêntica
Ex: diamante e grafite ( C )
Calcite e aragonite (CaCo)
➥ O magma vai iniciar o processo de arrefecimento mas quando o
magma começa a arrefecer vai se iniciar o processo de Cristalização ou
seja formação de cristais que vão constituir os minerais esse processo
vai depender totalmente do local onde o arrefecimento está acontecer.
• Se o arrefecimento for à superfície ou muito perto a velocidade de
arrefecimento é elevada não há tempo para que muita das
substâncias constituintes do magma cristalizem e então vai surgir
a textura vítrea ou amorfa, significa que só algumas substâncias
conseguem cristalizar e as que cristalizam são aquelas que
tiverem o ponto de fusão mais elevado.
• Se o magma arrefecer em profundidade então esse arrefecimento
será gradual (a velocidade é menor)e neste caso os minerais não
têm a mesma temperatura de formação, o que nós vamos ter é
uma formação sequencial de minerais. A partir do momento que
começa o arrefecimento começa a cristalização só que essa
cristalização é fracionada(é por etapas) porque os minerais não
vão cristalizar todos ao mesmo tempo.

➥ Primeiro formam-se os minerais de mais alto ponto de fusão


seguidos dos restantes por ordem decrescente ou seja os últimos
minerais a cristalizar são os que têm o ponto de fusão mais baixo.

➥ A cristalização fracionada por sua vez está associado ao processo


diferenciação magmática. O que quer dizer?
Se nós temos o magma arrefecer numa câmara magmática e se os
minerais não cristalizam todos ao mesmo tempo o que vai acontecer é
que cristalizaram os primeiros minerais os minerais passaram para o
estado sólido, como é que fica a densidade deles? Fica maior. Na
câmara magmática esses minerais se passam para o estado sólido se
cristalizam vão se deslocar para baixo ou seja têm tendência a
deslocarem-se para o fundo da câmara magmática ou seja separam-se
do magma original mas à uma parte em que se vai manter liquido.
➥ Segundo Bowen nós vamos ter 2 séries:
• a série dos minerais ferromagnesianos ou descontinua- estes
minerais não são isomorfos.
• a série dos minerais plagioclase ou continua- são minerais
isomorfos ou seja minerais que só tem de diferença a composição,
a primeira a formar-se é a anortite que é plagioclase cálcica ela
tem o ponto de fusão mais elevado.
➥ quando as plagioclases se formam a temperaturas altas elas são
constituidas por cálcio e só depois pelo sódio.

As rochas magmáticas podem classificar-se de acordo com a


profundidade a que consolidam os magmas que lhes dão origem.
•Rochas plutónicas, ou intrusivas: resultam da consolidação lenta do
magma em profundidade (granito, gabro, diorito);
•Rochas vulcânicas, ou extrusivas: resultam da consolidação do
material magmático à superfície ou próximo dela (basalto, riólito,
andesito);
A natureza dos magmas e as diferentes condições de consolidação das
rochas influenciam as características que apresentam, nomeadamente a
cor, a textura e a composição química e mineralógica.
Cor
A cor da rocha está relacionada com a abundância relativa dos diferentes
minerais que a constituem. Uma vez que os diferentes minerais se
desenvolvem em diferentes condições, o estudo desta característica
revela-se da maior importância, porque permite a associação da rocha a
um ambiente de formação específico.
•Minerais félsicos: Minerais como o quartzo ou os feldspatos
potássicos, em que predominam a sílica e o alumínio, apresentam
uma coloração clara;
•Minerais máficos: minerais como a piroxena ou a olivina, com
elevado teor de ferro e magnésio, apresentam uma coloração
escura.
A maior ou menor abundância destes minerais nas rochas determina a
sua cor, pelo que podem assim classificar-se em:
•Rochas leucocratas: apresentam cor clara, devido à predominância
de minerais claros, como feldspatos e quartzo (ex.: granito e riólito);
•Rochas melanocratas: apresentam cor escura, devido à
predominância de minerais escuros, tais como olivina, piroxena ou
biotite (ex.: basalto e gabro);
•Rochas mesocratas: apresentam cor intermédia, sem
predominância de qualquer um dos diferentes tipos de minerais (ex.:
diorito e andesito).

Textura
A textura de uma rocha corresponde ao seu aspeto e traduz quer o grau de cristalização quer a
disposição, a forma e as dimensões relativas dos minerais que a constituem e depende, do modo como
ocorreu o arrefecimento do magma que está na sua origem.

Composição química e mineralógica


A caracterização das rochas quanto à sua composição química depende,
da sua composição mineralógica. Essa caracterização é feita, atendendo à
percentagem de sílica existente nas rochas, podendo ser associada a
outras características.
3. Cristalização e diferenciação dos magmas
À medida que os magmas vão arrefecendo no interior das câmaras
magmáticas, verifica-se a cristalização de minerais com estrutura e
composição química bem definidas. Uma vez que os materiais
cristalizados se separam do magma, formam-se frações magmáticas com
composição diferente do magma inicial – magma residual. Este processo,
designado por diferenciação magmática, permite que a partir de um só
magma inicial se formem rochas muito diferentes.

Fatores que contribuem para a diferenciação magmática


1) Cristalização fracionada
Este mecanismo que permite a formação sequencial dos diferentes
minerais.
Durante o arrefecimento dos magmas, os minerais não cristalizam todos
ao mesmo tempo. Primeiro formam-se os minerais com ponto de fusão
mais elevado e, seguidamente, a partir da fração magmática restante, vão
cristalizando outros, numa sequência decrescente de pontos de fusão.
Norman Bowen estabeleceu uma ordem segundo a qual se processa a
formação dos principais minerais que constituem as rochas magmáticas.
No modelo sequencial que propôs, Bowen considerou a existência de 2
séries de minerais:
Série descontínua: corresponde a minerais ferromagnesianos (ricos em Fe
e Mg), cuja estrutura cristalina difere ao longo da sequência de
cristalização; chama-se descontínua porque, por diminuição da
temperatura, o mineral anteriormente formado com o líquido/magma
residual, formando um mineral com composição química e estrutura
interna diferentes, estável nas novas condições de temperatura;
Série contínua: corresponde a minerais do grupo das plagioclases que
mantêm a mesma estrutura cristalina ao longo da sequência de
cristalização; chama-se contínua porque a alteração gradual de iões nas
plagioclases não altera a sua estrutura interna (minerais isomorfos);
Na série descontínua, a olivina é o primeiro mineral a cristalizar, ao qual
se seguem a piroxena, a anfíbola e, por fim, a biotite.
Na série contínua, o balanço entre o cálcio e o sódio, constituintes as
plagioclases, vai-se alterando ao longo da sequência, formando-se, em
primeiro lugar, plagioclases cálcicas e, por último, plagioclases sódicas.
No final formam-se feldspatos potássicos, a moscovite e o quartzo,
esgotando-se o magma residual. Pela análise da série reacional de Bowen,
é possível compreender:
•Quais os minerais que estão associados às diferentes rochas
magmáticas;
•Que a associação, numa mesma rocha, de olivina e quartzo é pouco
provável e a sua ocorrência em simultâneo é muito limitada;
•Que, se não houver separação dos minerais que se vão formando
existem fenómenos que ocorrem simultaneamente com o
arrefecimento do magma; se os cristais forem separados do líquido
remanescente, um mesmo magma pode formar 2 rochas diferentes;
•Que os minerais formados a altas temperaturas são menos estáveis
quando submetidos às condições de meteorização que ocorrem na
superfície terrestre. As olivinas e as piroxenas alteram-se
rapidamente, ao contrário do quartzo, que é mais resistente.
Neste processo de cristalização fracionada, uma parte dos minerais
formados a altas temperaturas reage com o magma remanescente,
transformando-se noutros minerais. Por exemplo, os minerais de olivina
que não se diferenciam do magma residual reagem com ele formando
cristais de piroxena. Estes, uma vez formados, podem reagir também com
o magma residual, originando cristais de anfíbola, e assim
sucessivamente. Este fenómeno acontece também na série contínua.

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