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As rochas magmáticas:
estão bem representadas no nosso país: os granitos, que afloram em extensas áreas localizadas, abundam
nas zonas continentais; os basaltos são as rochas características dos arquipélagos dos Açores e da
Madeira;
conferem às paisagens aspetos muito característicos que influenciam a flora e a fauna, condicionando a
fixação e desenvolvimento das atividades humanas;
são estudadas com base em observações feitas em vulcões submarinos ou continentais, em dados
experimentais obtidos em laboratório e em dados referentes à variação da temperatura com a
profundidade da Terra;
• sabe-se, atualmente, que se podem formar através da solidificação de magmas resultantes da fusão parcial
de outras rochas, sendo os três principais, de acordo com o teor em sílica, o basáltico, o andesítico e o
riolítico:
Magma – material de origem profunda, formado por uma mistura complexa de silicatos em fusão,
entre 800 e 1500º, com uma percentagem variável de gases dissolvidos, podendo conter ainda cristais
em suspensão.
Magma basáltico Magma andesítico Magma riolítico
— contém cerca de 50% de Si02 — contém cerca de 60% de Si02 - contém cerca de 70% de Si02
— o teor em gases dissolvidos é — tem bastantes gases - o teor em gases dissolvidos é
pequeno; dissolvidos; elevado;
— o basalto e o gabro são os — o andesito e o diorito são os - o riólito e o granito são os
exemplos mais frequentes. exemplos mais comuns. exemplos mais frequentes.
Magmas Basálticos
o Nos riftes:
— a subida de magmas relaciona-se com correntes ascendentes de materiais do manto, as correntes de
convecção;
— admite-se que este magma resulta da fusão parcial do peridotito, que é uma rocha do manto com
composição química semelhante à do basalto, mas mais rica em minerais ferromagnesianos;
o Nos pontos quentes:
Podem ter dois tipos de textura, de acordo com as condições de arrefecimento do magma:
— durante a ascensão, que pode ser lenta, o arrefecimento do magma é gradual, conduzindo à formação
de cristais, resultando uma textura hemi-cristalina;
— quando atinge a superfície, a lava com temperaturas de 1200ºC sai e arrefece muito rapidamente não
permitindo que ocorra cristalização, pelo que resulta uma textura vítrea.
Magmas Andesíticos
Formam-se principalmente nas zonas de subducção e estão relacionados com zonas altamente
vulcânicas, tais como as ilhas Aleutas e os Andes, daí o seu nome;
São originados pela subducção de uma placa oceânica sob uma placa continental, mas ainda se
sabe muito pouco sobre estes magmas;
A sua composição depende da quantidade e da qualidade do material rochoso do fundo oceânico
que sofre subducção;
Resultam de material que inclui água, sedimentos depositados ricos em argila e material rochoso
com origem na crusta oceânica e na crusta continental, que aprofunda quando a placa é
subductada;
A água, que pode ser transportada para grandes profundidades, fica sujeita a elevada pressão e
temperatura o que facilita a fusão dos materiais rochosos, que originam magmas com diferentes
composições;
Originam rochas mais ricas em sílica do que os magmas basálticos e incluem um mineral do
grupo dos andesíticos: feldspatos — andesite;
São muito ricos em gases porque resultam da fusão de rochas ricas em água e dióxido de
carbono;
A presença de água faz baixar o ponto de fusão dos minerais mas, em zonas próximas da
superfície, ou seja, com baixa pressão, este efeito deixa de se verificar,
então:
• Os fatores internos são, por exemplo, a disposição ordenada dos átomos ou dos iões que formam a rede
tridimensional cujo modelo geométrico regular é característico de cada espécie mineral:
Diferenciação magmática
— em profundidade, que é o que se verifica com a maior parte dos magmas que arrefecem ainda nas
câmaras magmáticas;
— à superfície ou próximo dela, situação em que o arrefecimento é brusco, assim como as variações
de pressão e temperatura, pelo que muitos minerais não chegam a cristalizar.
À medida que o magma vai ascendendo, a sua temperatura vai gradualmente baixando verificando-se um
gradiente de pontos de cristalização dos diferentes minerais que fraccionadamente vão cristalizando —
cristalização fracionada.
Devido ao efeito gravítico, estes minerais podem separar-se do magma residual (que não cristalizou) por
serem mais densos ou menos densos do que ele, — diferenciação gravítica.
Este magma, cuja composição química já é diferente da inicial, pode continuar a ascender e pode reagir com
rochas encaixantes que atravessa, alterando ainda mais a sua composição inicial por um processo de
assimilação magmática.
Cristalização fracionada:
• O Petrólogo americano Norman Bowen investigou o comportamento dos magmas e a forma como ocorre a
cristalização durante o seu arrefecimento:
— concluiu que os minerais possuem diferentes pontos de cristalização, cristalizando primeiro os que têm
um ponto de fusão mais elevado, seguidos dos restantes por ordem decrescente dos respetivos pontos de
fusão — cristalização fracionada;
Diferenciação gravítica
• Este mecanismo de diferenciação explica o aparecimento de massas rochosas constituídas por um mineral
com composição química global diferente da do magma que o originou.
Assimilação magmática
• Um magma pode reagir com as rochas encaixantes por onde vai passando, provocando a fusão dessas
rochas;
• O material rochoso fundido vai ser adicionado ao magma — assimilação —, pelo que a sua composição
química inicial pode ser alterada;
Mistura de magmas
As séries refletem fenómenos que ocorrem simultaneamente, com o arrefecimento do magma, se não houver
separação dos minerais que se vão formando.
Se os cristais forem separados do líquido remanescente, um mesmo magma pode originar rochas diferentes.
Nota: Apenas 10% de um magma basáltico pode diferenciar-se num magma riolítico pelo que não é esta a
principal matéria-prima para a formação dos granitos.
As últimas frações do magma, constituídas por água com voláteis e outras substâncias — sílica, plagióclase
sódica e feldspato potássico — em solução constituem as soluções hidrotermais, que podem preencher
fendas existentes nas rochas e aí cristalizam formando filões, como, por exemplo, os filões de quartzo. Os
filões podem ser constituídos por um só mineral ou por vários minerais associados.
As rochas magmáticas são agregados naturais e coerentes constituídos por vários minerais que conservam
individualmente as suas propriedades.
Para se observarem minerais pormenorizadamente recorre-se ao uso do microscópio, mas é necessário
efetuar lâminas extremamente finas para poderem ser atravessadas pela luz.
Como os silicatos são os minerais mais abundantes nas rochas magmáticas, utiliza-se a percentagem em
sílica para estabelecer uma classificação química para estas rochas;
relativamente aos minerais que constituem as rochas, distinguem-se dois grandes grupos, os minerais
essenciais e os minerais acessórios:
minerais essenciais — são minerais cuja presença confere caráter à rocha e determina a sua
designação. O mais citados são o quartzo, o feldspato (potássico e calcossódico), a moscovite, a
biotite, a piroxena, a anfíbola e a olivina.
minerais acessórios — são minerais que não afetam o aspeto fundamental da rocha, que ocorrem em
quantidades diminutas e que, geralmente, só são visíveis ao microscópio.
Destaca-se como exemplo a magnetite, o zircão, a apatite, o rútilo e a turmalina.
os minerais podem agrupar-se de acordo com as tonalidades que apresentam e, assim, as rochas
magmáticas podem classificar-se de acordo com o índice da cor.
Cor:
a tonalidade das rochas pode fornecer indicações sobre o tipo de minerais que as constituem;
resulta a seguinte classificação dos minerais:
minerais félsicos — têm cor clara como o quartzo e a moscovite (potássio + sílica);
minerais máficos — têm cor escura como a biotite e a olivina (magnésio + ferro).
as rochas onde predominam uns ou outros minerais possuem tonalidades diferentes, sendo classificadas
em leucocratas, mesocratas, melanocratas e holomelanocratas:
Textura: