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Evolução Histórica da Microbiologia

Curso de Farmácia

Período Manhã/ IMED 03 Disciplina: Psicologia Sala: 04

Nomes:
Fátima
Joana Victorino
Marília Percina Laice
Meri Jonas Nhambe
Tania Denisy John
Zilpa Isabel

Docente:

Maputo
2019
Índice
0. Introdução..................................................................................................................1

0.1. Objectivos...........................................................................................................1

0.1.1. Objectivo geral............................................................................................1

0.1.2. Objectivos específicos.................................................................................1

0.1.3. Metodologia.................................................................................................1

1. Conceitos...................................................................................................................2

1.1. Comportamento..................................................................................................2

1.2. Comportamentalismo..........................................................................................2

2. Primeiros comportamentalistas.................................................................................2

3. Surgimento do comportamentalismo.........................................................................2

3.1. Antecedentes históricos......................................................................................3

4. O comportamentalismo radical operante de Skinner.................................................4

5. O comportamentalismo e a educação........................................................................5

6. Impacto do comportamentalismo na Educação.........................................................6

6.1. Vantagens do comportamentalismo na educação...............................................6

6.2. Desvantagens do comportamentalismo na educação..........................................6

6.3. Contribuição do comportamentalismo para a educação.....................................6

7. Críticas ao comportamentalismo...............................................................................7

8. Conclusão..................................................................................................................8

9. Bibliografia................................................................................................................9
0. Introdução

O presente trabalho tem por objectivo abordar aspectos gerais da teoria


comportamentalista buscando suas influências antecedentes bem como demonstrar
alguns conceitos relevantes e contribuições para o corpo de conhecimento da Psicologia
e para constituição de uma ciência do comportamento.
Será abordado com maior ênfase o comportamentalismo radical, numa perspectiva
skinneriana, embora se levantem também alguns aspectos referentes ao
comportamentalismo metodológico, dada sua importância histórica para o progresso da
ciência comportamental. Além das contribuições do comportamentalismo, apresentar-
se-ão, também, algumas considerações referentes a eventuais controvérsias que o
envolvem.

Princípios e conceitos elaborados por comportamentalismo para a explicação do


comportamento humano, e em especial suas formulações sobre a educação e o ensino,
são pontos de ancoragem desta tentativa de identificar as possíveis contribuições e do
impacto decorrente da análise behaviorista no processo de ensino e aprendizagem e na
educação em geral.

0.1. Objectivos
0.1.1. Objectivo geral

 Analisar a teorias comportamentalista.

0.1.2. Objectivos específicos

 Identificar os precursores das teorias comportamentalismo, Descrever as teorias


comportamentalista.
 Aplicar a teoria comportamentalista na educação.

0.1.3. Metodologia
Para a elaboração deste trabalho, baseamo-nos na recolha de dados bibliográficos.
Usamos também o método indutivo, do qual partimos do ínfimo ao geral, para
chegarmos a conclusões provavelmente aceites de modo a interpretarmos os dados
colectados.
1. Conceitos
1.1. Comportamento
Segundo Lilla (2008, p. 15) o comportamento tem sido definido como sendo o
conjunto das reações ou respostas que um organismo apresenta às estimulações do
ambiente. Todo o organismo está continuamente recebendo estimulações do ambiente e
reagindo a elas.
1.2. Comportamentalismo
Etimologicamente, do inglês behavior> comportamento/conduta mais ismo> estudo.
Desta feita, o behaviorismo, no sentido etimológico, é o estudo de comportamento.
Segundo Ozmon (2003, p. 208) o behaviorismo é uma corrente da filosofia
formulada por John Waston, no início do Século XX (1913), também chamado
comportamentalismo, que representou um marco fundamental na história da psicologia,
segundo a qual a aprendizagem é entendida como sendo a associação entre uma resposta
desejada e um estímulo reforçador que segue a reposta. Portanto, o comportamentalismo
é um estudo científico puramente objectivo do comportamento humano.
De acordo com Tavares (2005, p. 92) por comportamentalismo entende-se um
estudo científico, puramente objectivo, do comportamento humano.
2. Primeiros comportamentalistas
 Ivan Pavlov (1849-1936)
 John B. Watson (1878-1958)
 Burrhus Frederic Skinner (1904-1990)
 Edward Lee Thorndike (1874-1949)
 Edwin Gunthrie (1886-1959)
 Clark Hull (1884-1952)

3. Surgimento do comportamentalismo
O termo behaviorismo está associado ao nome do psicólogo americano John B.
Watson (1878-1958) e em particular ao seu livro Behaviorism, publicado em 1925. Nos
seus estudos sobre o comportamento, Watson rejeitou tudo o que não pudesse ser
observado, medido com objectividade. Conceitos como mente, espírito, consciência,
pessoalidade, interiorização, aprecem desprovidos de significados para o seu estudo por
não serem susceptíveis de uma observação objectiva, mensurável. (Tavares, 2005, 92)
De acordo com Lilla (2008, p. 17) O Behaviorismo nasce com Watson e tem um
desenvolvimento grande nos Estados Unidos, em função de suas aplicações práticas.
Tornou-se importante por ter definido o facto psicológico, de modo concreto, a partir da
noção do comportamento (behavior, do inglês). Essa abordagem surge com John B.
Watson, em 1913, e basicamente traz a ideia de que todo estímulo elicia uma resposta,
com a fórmula comportamental básica: E – R (sendo que E = estímulo e R = resposta do
indivíduo). Essa abordagem traz para a Psicologia da época a serventia da quantificação
(mensuração) do comportamento humano, já que o capitalismo institui a necessidade de
um parâmetro mais prático para a análise humana e suas relações com o trabalho.
Os primeiros experimentos foram feitos com ratos brancos em laboratórios, assim
como outros animais, tais como: pombos e sapos, por questões éticas e determinantes
das ciências biológicas e humanas.
Segundo Moreira (1999, p. 14) “A tónica da visão de mundo behaviorista está nos
comportamentos observáveis e mensuráveis do sujeito”, considerando as respostas aos
estímulos externos e na consequência da emissão das respostas. Possui esta escola a
ideia de que o comportamento é controlado pelas consequências, significando que a
manipulação de eventos posteriores à exibição de comportamento pode ser controlada.
Conforme Gazzaniga e Heatherton (2005, p. 52) trata-se de “Uma abordagem
psicológica que enfatiza o papel das forças ambientais na produção do comportamento”.
Entende-se, pois, tratar de uma escola que possui por objecto o comportamento,
adoptando métodos de investigação da experimentação e observação que eram
pertinentes às ciências naturais, por meio da ideia de continuidade entre as espécies.
3.1. Antecedentes históricos
No séc. XIX, conforme Schultz e Schultz (2012, p. 28), antes de Watson aparecer
com o seu manifesto behaviorista, vários estudos experimentais já eram realizados por
pesquisadores sobre o comportamento animal, a exemplo de Edward Lee Thorndike
(1874-1949) que se dedicou aos estudos da aprendizagem humana e de não humanos,
formulando a sua Lei do Efeito. Para Thorndike a aprendizagem consistia então em
estabelecer uma conexão, a nível do sistema nervoso, entre estímulo e reacção,
conseguida após uma serie de tentativas e erros. (Tavares, 2005, p. 94).
Com base em varias experiencias, Thorndike enunciou as suas três leis da
aprendizagem que guiam à volta da ideia de que a aprendizagem anda associada a um
esforço que é recompensado. São elas: a lei do efeito, a lei do exercício ou frequência e
a lei da maturidade específica. (Idem)
Lei do efeito – a conexão entre um estímulo e uma reacção é reforçada ou
enfraquecida consoante a satisfação, a ausência de satisfação ou o aborrecimento que
acompanha a acção.
Lei do exercício ou frequência – a repetição, por si só, não conduz à
aprendizagem. Mas resulta em aprendizagem se for acompanhada de resultados
positivos.
Lei da maturidade especifica – (readiness). Se um organismo estiver preparado
para estabelecer a conexão entre estímulo e a reacção, o resultado não será agradável e a
aprendizagem será inibida.

4. O comportamentalismo radical operante de Skinner

Assinala Dittrich (2004, p. 65) que seguindo o percurso de Watson, Skinner iniciou
sua carreira estudando o reflexo, demonstrando seu interesse não simplesmente
a possibilidade do condicionamento, ou sua suficiência para explicar a aprendizagem,
mas principalmente a variabilidade do reflexo. Em vista disso, ele buscava as leis da
variabilidade, o que, de certa forma, já começava a afastá-lo da lógica mecanicista,
mesmo tomando o reflexo como objecto de estudos.
Foi, segundo Rodrigues (2005, p. 43), a elaboração skinneriana que definitivamente
afastou o mecanicismo, assinalando a bidirecionalidade, variabilidade e dependência
mútua das relações entre respostas e estímulos, e o carácter probabilístico da
determinação das primeiras, uma perspectiva ainda não inteiramente explorada na
própria ciência do comportamento.
Conforme Gazzaniga e Heatherton (2005), Skinner desenvolveu o processo
chamado modelagem que envolve reforçar comportamentos que são cada vez mais
semelhantes ao comportamento desejado. Foi utilizado para ensinar habilidades sociais
apropriadas a pessoas mentalmente doentes, linguagem às crianças autistas e
habilidades básicas.
Assinalam Fademan e Frager (2002, p. 194) que Skinner possui uma posição neo-
hedonística experimental, actualizando o condutismo watsoniano ao sustentar um
behaviorismo predominantemente empírico, recorrendo a um princípio geral, simples e
fecundo, o do reforço, trazido directamente da doutrina pavloviana do condicionamento,
enriquecido com o sentido dado por Thorndike na revisão da Lei do Efeito. Com isso,
criou verdadeira tecnologia experimental com a qual apurou o controlo das condições
determinantes antecedentes como variáveis independentes, e da observação das
respostas como variáveis dependentes, sem as restrições comportamentais com que se
conseguia a correlação precisa entre os estímulos e as respostas no condicionamento
clássico ou respondente.
Há que se entender que reforçamento, segundo Fademan e Frager (2002, p. 195) é
“[...] um reforço qualquer que aumenta a probabilidade de uma resposta”. Esses reforços
podem primários e secundários.
Os reforços primários, são recompensas físicas directas. Já os reforços secundários,
são estímulos neutros que se associaram a reforços primários de modo a actuarem como
recompensas. (Idem)
O reforço positivo, para Gazzaniga e Heatherton (2005, p. 109) é aquele que
aumenta a probabilidade de um comportamento ser repetido ao administrar um estímulo
agradável, geralmente é referido como recompensa. Já o reforço negativo, é aquele que
aumenta o comportamento pela remoção de um estímulo adverso.
O condicionamento operante proposto por Skinner, segundo Gazzaniga e
Heatherton (2005, p. 191), “[...] é o processo de aprendizagem em que as consequências
de uma acção determinam a probabilidade de ela ser realizada no futuro”.
Na visão de Schultz e Schultz (2012) e Morris e Maisto (2004), o comportamento
operante é visto por Skinner como o melhor representante da situação típica de
aprendizagem. Assim, a Lei da Aquisição é entendida como a força de um
comportamento operante aumenta quando, em seguida, recebe um estímulo reforçador.
Procedeu, pois, aos esquemas de reforço que são as condições que envolvem diferentes
razões ou intervalos de tempo entre reforços. Há que se distinguir o condicionamento
operante do respondente. Nesse sentido, Fademan e Frager (2002) entendem que o
condicionamento respondente é comportamento reflexo, ou seja, o organismo responde
automaticamente a um estímulo. Ex: piscar o olho mediante a incidência da luz e
afastar a mão do calor do fogo. (p. 199)
5. O comportamentalismo e a educação
Segundo Ozmon (2003, p. 213) a teoria comportamentalista aparece num momento
em que, na educação, dominava a pedagogia de transmissão, a qual, Skinner
considerava o seu mecanismo de controlo “confuso, quase cego e acidental”. Skinner
defendia vigorosamente a evolução cultural controlada. Admitia que, de facto, “não
sabíamos qual é o melhor modo de educar as crianças, de educar cidadãos eficientes ou
de construir uma sociedade boa, mas sustentava que podíamos desenvolver maneiras
melhores do que as que temos agora”. Para este autor a mudança de cultura e dos
indivíduos passa pela mudança do comportamento, o que para tal devem ser alteradas as
contingências de reforço1, nomeadamente o ambiente cultural e social.
6. Impacto do comportamentalismo na Educação
De acordo com Ozmon, (2003, p. 216) as ideias do behaviorismo percutiram no
processo educativo, no seu todo e sobretudo nas metodologias e estratégias perseguidas
pelos professores. Assim, o behaviorismo irá influenciar a educação nos seguintes
campos:
 Nas Estratégias e Metodologias
1. Estudantes necessitam de notas e outros incentivos para aprender
cumprir as tarefas escolares;
 Tecnologia Educacional:
1. Instrução programada linear;
2. Instrução programada ramificada.
 Projecto de material instrucional
6.1. Vantagens do comportamentalismo na educação
 Alta eficiência da aprendizagem de dados e processos;
 Aluno activo, emitindo as respostas que o sistema permitir;
 Um reforço imediato é dado;
 Facilitação de memorização que é muito importante para nomes;
 Um ambiente motivacional é dado.
6.2. Desvantagens do comportamentalismo na educação
 O aluno não questiona os objectivos nem o método e nem participa em sua
selecção;
 O aluno não problematiza a realidade nem lhe é pedida uma análise crítica da
mesma;
 O aluno não tem oportunidade de criticar as mensagens (conteúdos) do
programa;
 Tendência ao individualismo;
 Costume de dependência de uma fonte externa para o estabelecimento de
objectivos, métodos e reforços: desenvolvimento da necessidade de um líder;
 Falta de desenvolvimento de consciência crítica e de cooperação;

1
Condições sobre as quais um comportamento ocorre, que reforçam e influenciam a direcção futura e a
qualidade do comportamento.
 Eliminação do conflito como ingrediente vital da aprendizagem social;
6.3. Contribuição do comportamentalismo para a educação
Uma das contribuições do comportamentalismo para a educação está no
planeamento da instrução, que deverá ser detalhada, de modo a facilitar uma visão do
processo ensino-aprendizagem que o professor desencadear, bem como o
acompanhamento constante da execução desse planeamento por meio de avaliações
frequentes que proporcionem um feedback imediato do desempenho do aluno. (Ibid.,
218)
O pensamento comportamentalista contribuiu decisivamente para a formulação de
um corpus ideológico, e de um quadro de referência teórico, científico e técnico. Tanto
ao nível da análise das tarefas a realizar, como no da escolha dos instrumentos,
passando pela altura de apontar as normas de acção. (Idem)
7. Críticas ao comportamentalismo
Em Punished by Rewards, d Alfie Kohn, as suposições básicas do behaviorismo são
criticadas como sendo intrinsecamente objectáveis e contraproducentes.
Um problema é que o behaviorismo parte da pesquisa animal com pombos
e ratos. Kohn argumenta que o comportamento humano não é o mesmo que o
comportamento desses animais. Além disso, ele pensa que o behaviorismo
tornou-se difundido na vida moderna. Por exemplo as crianças são
subornadas desde o nascimento com recompensas, como doces e mesadas,
para manipular o seu comportamento. Quando adultas, elas são
recompensadas com dispositivos como pagamento por mérito, promoções
hierárquicos e títulos especiais. Já foi até proposto pagar para que as crianças
leiam os livros e façam suas tarefas. Kohn acredita que estamos destruindo a
motivação intrínseca. As crianças não devem ser recompensadas para
aprender, porque o aprendizado tem o seu próprio valor e a sua própria
recompensa. A questão moral é se a pessoa deve ser recompensada para fazer
o que deve ser feito. Kohn teme que a influência da teoria behaviorista esteja
destruindo as noções de eu, de responsabilidade individual e de auto
confiança. (Ozmon, 2003, p. 223)
8. Conclusão
Realizado o trabalho, constata-se que o comportamentalismo surge como uma
resposta a demandas da Psicologia que se pretendia, e ainda se pretende, científica.
Mostrou-se bastante estruturado em termos de método e pressupostos e deixou
inegáveis contribuições à Psicologia.
Esperar, no entanto, que uma determinada corrente teórica encerre todo o
conhecimento em torno de uma ciência seria ingenuidade. O comportamentalismo
continua desenvolvendo seu corpo de conhecimento e críticas são necessárias para o
enriquecimento científico.
Durante a análise da relação das teorias, foi percebido que os autores convergem no
que se refere à necessidade de um desenvolvimento prévio para a programação de
actividades que promovam a aprendizagem; à importância dada ao meio social na
aquisição de novos conceitos; à aprendizagem e ao papel do professor no processo de
ensino-aprendizagem
9. Bibliografia

DITTRICH, Alexandre.  Behaviorismo radical, ética e política: aspectos teóricos do


Compromisso social. São Paulo: UFScar, 2004.
FADIMAN, James; FRAGER, Robert. Teorias da personalidade. São Paulo: Habra,
2002.
GAZZANIGA, Michael; HEATHERTON, Todd. Ciência psicológica: mente, cérebro e
Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2005.
LILLA, Márcia. Psicologia Geral. Brasília, Unisa, 2008.
MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e
Universitária Ltda., 1999.
MORRIS, Charles; MAISTO, Alberto.  Introdução à Psicologia. São Paulo: Prentice
Hall, 2004
OZMON, H. A., Craver, S. M.; Fundamentos de Filosofia da Educação; 6ª ed; Artmed;
RS; 2003.
RODRIGUES, Almir Sandro. Teorias da aprendizagem. Curitiba: IESDE, 2005.
SCHULTZ, Duane; SCHUTLZ, Sydney. História da Psicologia moderna. São Paulo:
Cengage Learning, 2012.
TAVARES, J. Isabel, Alarção. A Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem,
Coimbra, Almedina, 2005.

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