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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Consequência da violação dos Valores Morais (Aborto e Suborno)

Nome: Preselina Pérola de Fátima Mahundla


Código: 708191440

Curso: Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Introdução a Filosofia
2º Ano

Maputo, Maio de 2020


Índice
0. Introdução.........................................................................................................................1

0.1. Objectivo Geral..........................................................................................................1

0.2. Objectivos Específicos...............................................................................................1

0.3. Metodologia...............................................................................................................1

1. Contextualização...............................................................................................................2

1.1. Aborto........................................................................................................................2

1.2. Corrupção..................................................................................................................3

2. Procedimentos para a realização do aborto.......................................................................3

3. Classificação e Aspectos Clínicos do Aborto...................................................................4

3.1. Diagnóstico e Tratamento Consoante o Tipo Clínico................................................4

4. Consequências do Aborto.................................................................................................5

4.1. Consequências psicológicas do Aborto.....................................................................5

4.1.1. Sobre os demais membros da família.................................................................5

4.2. Consequências Físicas do Aborto..............................................................................5

4.3. Consequências sociais do Aborto..............................................................................5

5. Corrupção..........................................................................................................................6

5.1. Corrupção activa (Suborno).......................................................................................7

4.3. Consequências da corrupção Activa (Suborno)..............................................................8

6. Conclusão........................................................................................................................10

7. Bibliografia.....................................................................................................................11
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0. Introdução
O diploma ministerial № 60/2017 é aprova as normas clínicas sobre Aborto Seguro,
Cuidados Pós-Aborto e define as condições em que a interrupção voluntária da gravidez deve ser
efectuada nas Unidades Sanitárias do Serviço Nacional, em anexo que é parte integrante do
presente diploma ministerial.

Nos termos do presente Diploma Ministerial, a gravidez só pode ser interrompida numa
Unidade Sanitária acreditada e certificada por um médico ou profissional de Saúde capacitado
para o efeito, nos casos em que: Ponha em risco a vida da mulher; Coloque em risco a saúde
física da mulher; Constitua um risco para a saúde mental da mulher; Resulte de violência sexual,
incluindo violação ou incesto, etc.,

A corrupção é um crime contra os direitos humanos e os desenvolvimentos, pois reduz a


capacidade do Estado realizar investimento, financiar e melhor administrar ascensão de políticas
sociais.

A presente pesquisa enquadra no trabalho científico que foi proposto da cadeira de , cujo
tema é Consequência da violação dos Valores Morais (Aborto e Suborno). Com esse trabalho
não pretende-se trazer um estudo acabado mais sim dar a conhecer sobre os pressupostos gerais
desse tema.

0.1. Objectivo Geral


 Compreender as consequências da violação dos Valores Morais.

0.2. Objectivos Específicos


 Contextualizar os conceitos de Aborto e Suborno.
 Descrever os pressupostos do Aborto e Suborno.
 Analisar violação dos Valores Morais (Aborto e Suborno).

0.3. Metodologia
Segundo Gil (2008, p. 50) A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Para a materialização dos
objectivos deste trabalho, definiu-se o: Método bibliográfico.
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1. Contextualização

1.1. Aborto
Aborto é muito mais que uma questão médica, ou uma questão ética ou uma questão legal.
É, acima de tudo, uma questão humana, que envolve o homem e a mulher como indivíduos, como
casal e como membros das sociedades. (Tietze, 1978)
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aborto é a interrupção da gravidez até a
20ª ou 22ª semana e com produto da concepção pesando menos que 500g, classificação esta para
Países Desenvolvidos. Em Países Subdesenvolvidos como o nosso, considera-se aborto até as 28
semanas de gravidez. Isto é devido as nossas condições de atenção neo-natal aos fetos com
menos de 28 semanas que são considerados inviáveis.
As Conferências das Nações Unidas reconhecem os direitos sexuais e reprodutivos. A IV
Conferência Mundial sobre Direitos Humanos, Viena (1993) definiu que os direitos das mulheres
e raparigas são parte inalienável, integral e indivisível dos Direitos Humanos universais, e a
violência de género, inclusive a gravidez forçada, é incompatível com a dignidade e o valor da
pessoa humana.
A Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (ICPD), Cairo (1994) e
Conferência Mundial sobre a Mulher, Beijing (1995): definiram que os direitos reprodutivos são
constituídos por Direitos Humanos reconhecidos nos diversos tratados e convenções
internacionais e incluem o direito de toda pessoa a ter controlo e decisão sobre as questões
relativas à sua sexualidade e reprodução, livres de coerção, discriminação e violência, e de
dispor de informações e meios adequados que lhes garantam o mais elevado padrão de saúde
sexual e saúde reprodutiva; deste modo o tema do aborto inseguro deve ser tratado de forma
humana e solidária.
As Conferências de População e Desenvolvimento (ICPD) em Cairo (1994) e a IV
Conferência Internacional sobre a Mulher em Beijing (1995) definem como Saúde Reprodutiva:
“um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não de mera ausência de
enfermidade ou doença, em todos os aspectos relacionados com o sistema reprodutivo, suas
funções e processos”.
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1.2. Corrupção
A Lei n.º 6/2004, nos artigos 7 e 9, define a corrupção em dois sentidos: primeiro, a
corrupção passiva como sendo a solicitação de vantagem patrimonial ou não patrimonial por
funcionário ou agente do Estado para realizar ou omitir acto contrário ou não contrário ao dever
do seu cargo; e corrupção activa como sendo o oferecimento de vantagem patrimonial ou não
patrimonial a funcionário ou agente do Estado para realizar um acto contrário aos deveres do seu
cargo.

2. Procedimentos para a realização do aborto


De acordo com o Art. 4 do diploma Ministerial n.º 60/2017 o aborto só se pode realizar com
o consentimento informado da mulher grávida, excepto quando a mulher não seja capaz de dar
este consentimento. Em caso de menor de idade, o Aborto só pode ter lugar a pedido e com o
consentimento dos progenitores, tutores, representante legal, ou uma outra pessoa que seja
reconhecida como tendo a guarda legal da mulher grávida, quando o guardião natural ou legal
não possa ser encontrado ou se recuse a dar o seu consentimento ou ainda, por uma outra pessoa
adulta, mesmo que sem responsabilidade legal, mas que actue como confidente. Em caso de
situações omissas, deve ser o comité de US a analisar caso-a-caso, desde que se garanta o acesso
e os direitos sexuais e reprodutivos da mulher grávida. O consentimento para a interrupção da
gravidez deve ser expresso na forma escrita. Nos casos em que o consentimento tiver que ser
prestado pela mulher grávida que não saiba assinar, este poderá ser prestado, utilizando os meios
apropriados aplicáveis para situações similares. É dispensado o consentimento da mulher
grávida, quando esta não se encontre em condições de o fazer.
De acordo com o diploma Ministerial n.º 60/2017, de 20 de Setembro estabelece os seguintes
Métodos para Aborto:
i. Métodos Abortivos Médicos (Aborto Médico): uso de fármacos para terminar ou
interromper a gravidez. Também se usam termos como “aborto não cirúrgico” ou “aborto
medicamentoso”.
ii. Métodos Abortivos Cirúrgicos (Aborto Cirúrgico): uso de procedimentos
transcervicais para terminar ou interromper a gravidez. Ela inclui a aspiração intrauterina
a vácuo, quer seja manual (AMIU) ou eléctrica (AEIU) ou dilatação cervical e evacuação
por aspiração ou curetagem (D&E).
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3. Classificação e Aspectos Clínicos do Aborto

3.1. Diagnóstico e Tratamento Consoante o Tipo Clínico


Os abortos podem ser espontâneos, quando acontece a perda natural de uma gravidez, ou
induzidos, quando é resultado de um processo de interferência externa no qual a gravidez é
interrompida antes que o feto se torne viável (28 semanas de gestação).
Também podem ser classificados como seguros, caso seja praticado numa US e por pessoal
credenciado ou inseguro quando o procedimento foi feito ou por uma pessoa não capacitada ou
num lugar sem condições higiénicas e de biossegurança.
3.2. Tipos de Abortos
Retratando legal e doutrinalmente, de acordo com Arruda (2007), poderíamos restringir o
aborto em:
Natural ou espontâneo: Quando o próprio corpo da mulher acaba por praticar o abortamento, ou
seja, a expulsão do feto/embrião/óvulo fecundado; indiferente penal, portanto (ARRUDA, 2007).
Acidental: O nosso Código Penal não admite a forma culposa do aborto, portanto, se, p.ex., uma
mulher grávida ingere uma substância tóxica, ofensiva ao feto, sem saber da característica lesiva
de tal substância, não trará a ela as consequências penais. Cabendo aqui, outros sim, porventura,
a figura do perdão judicial, se possível fosse à figura culposa, atingindo-a de tal forma que a
punição tornar-se-ia despicienda. Outro exemplo plausível também, e muito frequente, seria o
caso da mãe desconhecer o fato da gestação e causar de alguma forma culposa a prática abortiva.
Indiferente penal mais uma vez (ARRUDA, 2007).
Legal: Previsto no artigo 3 do diploma Ministerial n.º 60/2017:

a) Idade gestacional máxima de 12 semanas;


b) Em caso de doença crónica degenerativa ou malformação congénita, clinicamente
comprovada, ou por doença infecto-contagiosa no período referido no n.º 1, estendido até
16 a 24 semanas;
c) Fetos inviáveis, cuja interrupção da gravidez pode ocorrer em qualquer momento de
gestação;
d) Violação sexual ou incesto directamente confirmada pela mulher ou rapariga, ou
comprovada através de denúncia ou por queixa policial.
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4. Consequências do Aborto
Fala-se muito de aborto, poucas vezes, porém, se fala de suas complicações, seus danos e
consequências.

4.1. Consequências psicológicas do Aborto


Para a mãe
Queda na auto-estima pessoal pela destruição do próprio filho; frigidez (perda do desejo
sexual); aversão ao marido ou ao amante; culpabilidade ou frustração de seu instinto materno;
desordens nervosas, insônia, neuroses diversas; doenças psicossomáticas; depressões;
(Fernandes, 2014, p.27)

4.1.1. Sobre os demais membros da família


Problemas imediatos com os demais filhos por causa da animosidade que a mãe sofre.
Agressividade - fuga do lar - dos filhos, medo destes de que os pais se separem, sensação de que
a mãe somente pensa em si. (Perez, 2012, p 87)
Sobre os filhos que podem nascer depois:
Atraso mental por causa de uma malformação durante a gravidez, ou nascimento prematuro.

4.2. Consequências Físicas do Aborto


Em relação as consequências físicas, Diniz (2008) ressalva que a infecção é apontada pela
literatura, como uma das principais complicações do aborto induzido. De forma que mulheres
que se submetem a tal procedimento demandam diversos cuidados de saúde, considerando que a
mortalidade é uma pequena amostra da problemática. Dados referentes à hospitalização por
Amblose confirmam a magnitude do fenómeno. Para avançar no cuidado é preciso compreender
a mulher, não apenas fisicamente, mas como ser humano que vivencia tal situação e sem dúvida,
experimenta sofrimento e sentimentos dolorosos (Silveira, 2012, p.103).
Infecção por DST`S também é uma característica apresentada pelas mulheres que praticam o
aborto, embora declarem que utilizam métodos contraceptivos (Silveira, 2012, p.105).

4.3. Consequências sociais do Aborto


O relacionamento interpessoal, frequentemente, fica comprometido depois do aborto
provocado.
Entre os esposos ou futuros esposos:
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Antes do matrimónio: muitos jovens perdem a estima pela jovem que abortou, diminuindo a
possibilidade de casamento; depois do casamento: hostilidade do marido contra a mulher, se não
foi consultada sobre o aborto; hostilidade da mulher contra o marido, se foi obrigada a abortar
(Silveira, 2012, p.114). O relacionamento dos esposos pode ficar profundamente comprometido.
É evidente que as consequências, a longo prazo, sobre a saúde da mãe podem complicar
seriamente a estabilidade familiar. (Idem)
Entre a mãe e os filhos:
Muitas mulheres temem a reacção dos filhos por causa do aborto provocado; Perigo de filhos
prematuros e excepcionais, com todos os problemas que isso; representa para a família e a
sociedade. (Silveigra, 2012, p.107).

5. Corrupção
A Lei n.º 6/2004, nos artigos 7 e 9, define a corrupção em dois sentidos: primeiro, a
corrupção passiva como sendo a solicitação de vantagem patrimonial ou não patrimonial por
funcionário ou agente do Estado para realizar ou omitir acto contrário ou não contrário ao dever
do seu cargo; e corrupção activa como sendo o oferecimento de vantagem patrimonial ou não
patrimonial a funcionário ou agente do Estado para realizar um acto contrário aos deveres do seu
cargo.

Em termos de formas de corrupção patentes nesta noção, apenas ressalta a solicitação e o


oferecimento de suborno. Como vemos, nesta definição não cabem, por exemplo, as figuras do
desvio de fundos, tráfico de influências, enriquecimento ilícito e branqueamento de proventos da
corrupção.

Johnston (1982) apresenta três perspectivas para explicar a corrupção:

a) As explanações personalísticas. pelas quais a corrupção é vista como "más acções de


gente ruim" como vinda do povo da fragilidade da natureza humana. Seu foco está na
investigação psicológica ou na ganância e racionalização humanas como causas:

b) As explanações institucionais. Para as quais a corrupção decorre de problemas de


administração que podem ser de pelo menos dois tipos o decorrente de estímulo exercido por
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líderes corruptos que levam a corrupção a se reproduzir intra e interinstitucionalmente e o


advindo dos "gargalos" criados por leis e regulamentos que trazem rigidez à burocracia: e

c) As explanações sistémicas. Para as quais a corrupção emerge da interacção do governo


com o público. Constituindo parte integrante do sistema político. Como uma entre as várias
formas de influência. (p.154)

De acordo de Aristóteles, apud Martins (2008, p 13), “[...] todos os seres vivos nascem,
crescem, desenvolvem o seu corpo, atingem o ápice e depois começam um processo de
decadência e degeneração corporal que culmina com a morte.” Nesse ciclo, salienta-se a forma e
a celeridade com que a degeneração do corpo ocorre, em razão de doença, que leva à morte.
Nesse estágio, denominado de corrupção, surge primeira acepção naturalística do termo. O verbo
utilizado pelos gregos para indicar o termo corrupção é diaphthora que, nas palavras de Martins
(2008, p. 29), “[...] é a destruição, a ruína, danos aos valores e a ordem”.

5.1. Corrupção activa (Suborno)


O artigo 500 do Código penal diz que o crime de corrupção activa ou suborno aplica-se aquele
que der ou prometer dar a outrem, por si ou por interposta pessoa, dinheiro ou outra vantagem
patrimonial ou não patrimonial que não lhe seja devida, para praticar:

a) Actos que impliquem violação dos deveres do seu cargo ou omissão ou demora de acto
que tenha o dever de praticar, será condenado na pena de prisão até dois anos e multa até um
ano;

b) Actos não contrários aos deveres do seu cargo e cabendo nas suas funções, será condenado
na pena de prisão até um ano e multa até um mês.

2. Se os actos ou omissões ou demora nos actos previstos nos números anteriores visarem
obter ou forem idóneos a causar uma distorção da concorrência ou um prejuízo patrimonial para
terceiros, o autor da corrupção activa será condenado na pena de prisão de dois a oito anos e
multa até dois anos.

3. Cessam as disposições deste artigo nos casos previstos nos números 4 dos artigos 501 e
502 se o autor da corrupção activa, voluntariamente, aceitar o repúdio da promessa ou a
restituição do dinheiro ou da vantagem patrimonial que havia feito ou dado.
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4. O autor da corrupção activa é isento de pena nos casos em que provar que o cometimento
do crime resultou de solicitação ou exigência de outrem, como condição para a prática de actos
da respectiva competência e participar o crime às autoridades competentes.

4.3. Consequências da corrupção Activa (Suborno)


A consequência da corrupção na economia de um Estado é a redução dos investimentos, uma
vez que os empresários consideram o suborno como imposto nocivo. Martins (2006, p. 7),
exprime que “[...] as empresas e investidores reduzem o fluxo de investimentos devido à
integração do suborno como factor de desconto no cálculo da rentabilidade de projectos e
procuram investir em países onde o nível de corrupção é menor”, resultando no vínculo
obrigatório do particular ao frequente pagamento e no silêncio da transacção entre as partes.

Este procedimento forma uma rede ou organização, em que a prática apenas se realiza com
componentes já integrantes, inviabilizando a incorporação de novos adeptos. Della Porta e
Vennucci, apud Rose-Ackerman (2001, p. 16), defendem que “[...] los funcionarios públicos
puede que limiten sus tratos a personas dentro del circuito, a amigos de confiazan y a familiares
para evitar ser descubiertos.

O acto de corromper, em contratos de licitações e concessões, ensejo mais condições de


obras e programas governamentais, uma vez que a empresa ganhadora obrigatoriamente não
preenche os requisitos legais. O trabalho realizado é caracterizado por baixa qualidade de
serviços, logo, atribuindo, ao sector público, a ineficiência de bens e serviços. Segundo Martins
(2008, p. 141), “[...] um sistema corrupto pode levar a infra-estrutura e a serviços públicos
inferiores,” gerando transtornos que dificultam o atendimento à necessidade pública.

Outro ponto é a má distribuição de renda, efectuada pelo poder executivo, responsável pelos
baixos salários e por alguns crimes. Dois factores são influentes para a má distribuição de renda
e pela desigualdade social: primeiro, a abertura económica, no sistema capitalista, cujas
diferenças fazem parte da constituição desse sistema; segundo, a ineficiência do sector público
em atender os critérios de desenvolvimento humano, isto é, de suprir as necessidades básicas no
âmbito económico, social e cultural dos cidadãos carentes. Ainda pode-se acrescentar:

 Diminui a credibilidade e o fluxo dos investimentos no país;


 Aumentando muito o custo operacional do país;
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 Afecta negativamente a competitividade do país, ao elevar o custo do investimento;


 Gera perda arrecadação tributária;
 Aumenta os índices de condições de pobreza;
 Aumenta a desigualdade social;
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6. Conclusão
As altas taxas de mortalidade materno-infantil em decorrência do aborto têm chamado a
atenção para a magnitude do problema, originado de procedimentos ilegais cometidos por
mulheres que não desejam gerar esse filho por inúmeras causas.
Constata-se que o aborto pode ser acometido por diversas variáveis em condições precárias
em locais que realizam a prática de abortos, causando as mulheres sintomas perigosos para
saúde, efeitos que podem ser caracterizados como: hemorragia, infecções, perfuração do útero.
A ilegalidade do aborto não inibe a prática quando a mulher está determinada a realizá-lo,
sendo muitas vezes executado de forma insegura, não tendo consciência das repercussões físicas
e psíquicas desse ato.
A corrupção activa ou Suborno é um crime comum podendo ser praticado por qualquer
pessoa. Previsto no artigo 500 do Código Penal se da pelo oferecimento de dinheiro ou bens para
que o agente público faça algo que dentro de suas funções não deveria fazer ou deixar de fazer
algo que deveria fazer. Um exemplo de corrupção activa é oferecer ao guarda de trânsito
dinheiro para que ele não lhe de uma multa. O simples facto de oferecer suborno ao guarda já
configura o crime de corrupção activa, independente de o guarda aceitar ou não a oferta.
Em Moçambique é punido nos termos da lei a uma pena de 2 a 8 anos de prisão em atenção
ao Art. 318 (corpo) do CP; prisão até 1 ano de acordo com o Art. 9 da Lei Anti-corrupção
(6/2004) e multa até 2 meses em atenção ao Art. 8 do mesmo diploma legal.
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7. Bibliografia
Arruda, Igor. (2014). Considerações gerais acerca do aborto. Recuperado em
http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais

Diploma Ministerial n.º 60/2017, de 20 de Setembro.

Diniz, Debora. (2008). Aborto e saúde pública: 20 anos de pesquisas no Brasil; Brasília, Brasil:
UnB;
Fernandes, Adilson. (2014). Aborto Provocado: Aspectos Éticos e Legais. Faculdade promove
de Brasília, 16-107. Recuperado em http://www.facenf.uerj.br/v21esp2/v21e2a07.pdf>
Johnston. M. (1982) Political corrupriol1 al1d pllhlic policy il1 Alllerica. Monterey.
Brooks/Cole.
Lei n. 6/2004, de 14 de Junho.
Martins, José António (2008). Corrupção. São Paulo, Brasil: Globo.
Perez, Barbara. (2012). Aborto Provocado: Representações Sociais Da Mulher.Rio de Janeiro,
Brasil: UERJ
Rose-Ackerman, Susan (2001). La Corrupción y Los Gobiernos: causas, consecuencias y
Reforma. Argentina: Siglo Ventiuno.
Silveira, Carlos. (2012). Prática do aborto na sociedade contemporânea: perspectivas jurídicas,
Morais, económicas e religiosas. Rio Grande, Brasil: UERJ

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