Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Projeto Health4Family
Lisboa
Fevereiro 2021
Curso Licenciatura de Enfermagem
Projeto Health4Family
Lisboa
Fevereiro 2021
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5
1. ELABORAÇÃO DO PROJETO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE ........................... 6
1.1 Diagnóstico de Situação .................................................................................................. 6
1.1.1 Identificação e caracterização rigorosa da população-alvo.................................. 6
1.1.2. Caracterização rigorosa dos determinantes do contexto ..................................... 7
1.1.3. Identificação de recursos internos e externos ....................................................... 7
1.1.4. Identificação rigorosa dos problemas na perspetiva de Educação para a Saúde
............................................................................................................................................. 9
1.1.5. Identificação das necessidades de Educação para a Saúde ............................... 10
1.1.6. Seleção e fundamentação da escolha do modelo de Educação para a Saúde... 10
1.2. Objetivos Gerais e Objetivos Específicos................................................................... 11
1.3 Proposta de Atividades ................................................................................................. 12
1.4 Avaliação do Projeto de Educação para a Saúde....................................................... 13
2. PLANEAMENTO PEDAGÓGICO DA SESSÃO QUE SEGREDOS ESCONDEM OS
RÓTULOS? .............................................................................................................................. 15
2.1 Escolha fundamentada do tema da sessão de Educação para a Saúde .................... 15
2.2 Formulação de objetivos da sessão de Educação para a Saúde ................................ 15
2.3 Mobilização de conteúdos ............................................................................................ 16
2.4 Definição de estratégias ................................................................................................ 17
2.5 Organização e fundamentação da avaliação .............................................................. 19
CONCLUSÃO......................................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 21
APÊNDICES
Apêndice I – Dados recolhidos dos processos clínicos da Sra. D. Jacinta Santos, do Sr.
José Santos e de Ana Santos
Apêndice II – Dados recolhidos na entrevista com a enfermeira da família Santos
Apêndice III – Dados recolhidos na consulta marcada pela Sra. D. Jacinta na USF
Rosa dos Ventos no dia 15 de janeiro de 2021
Apêndice IV – Dados recolhidos na visita domiciliária à família onde foi aplicada a
versão portuguesa autorizada do Questionário europeu de literacia para a saúde (HLS-
EU-PT)
Apêndice V - Explicação detalhada da Análise SWOT
Apêndice VI - Cronograma das atividades propostas
Apêndice VII- Avaliação Formativa
Apêndice VIII - Inquérito de satisfação
Apêndice IX - Plano da sessão Que segredos escondem os rótulos?
Apêndice X – Instrumento de avaliação dos resultados de aprendizagem da sessão Que
segredos escondem os rótulos
Apêndice XI – Instrumento de avaliação da eficiência da sessão Que segredos
escondem os rótulos?
Apêndice XII – Póster À Descoberta da Roda dos Alimentos
Apêndice XIII – Slides da Apresentação Oral
Apêndice XIV – Certificado de Participação
ANEXOS
Anexo I - Situação A com dados adicionais
Anexo II - Versão portuguesa autorizada do Questionário europeu de literacia para a
saúde (HLS-EU-PT)
Anexo III - Nutri-score
Anexo IV - Descodificador de Rótulos a entregar no final da sessão Que segredos
escondem os rótulos?
ÍNDICE DE TABELAS
5
1. ELABORAÇÃO DO PROJETO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
1.1 Diagnóstico de Situação
A situação que fez surgir a necessidade de elaboração do projeto de Educação para a
Saúde Health4Family encontra-se referida abaixo em formato original. Posteriormente, foram
acrescentados dados, pelo que se pode consultar a reformulação da mesma situação no Anexo
I.
A Sr.ª D. Jacinta Santos tem 30 anos, é casada com o Sr. José Santos há sete anos e
têm uma filha de cinco anos. O marido trabalha no ramo imobiliário e ela é secretária num
hospital há dez anos, onde passa por períodos de muito stress. Nos últimos cinco anos tem
vindo a aumentar de peso e a ter alterações dos valores da tensão arterial, bem como de
alguns valores de análises ao sangue. Sente-se triste com a sua imagem, mencionando que a
roupa não lhe serve e se cansa com facilidade. Seguindo o conselho do marido decidiu
marcar uma consulta na USF, da sua área de residência. Como enfermeiro/a desta Unidade,
qual seria a sua intervenção para com esta utente e respetiva família.
7
confrontação com os fatores positivos e negativos identificados” (Ferrito, Ruivo & Nunes,
2010, p.14) na situação para a qual se está a processar o desenvolvimento do projeto
Health4Family. Uma explicação mais detalhada da análise SWOT pode ser consultada no
Apêndice V.
• Suporte Familiar
• Literacia em Saúde de nível suficiente
Forças
• Capacidade financeira
• Sr. José ter preferência por refeições à base de peixe
Sra. D. Jacinta:
• Trabalhar em ambiente hospitalar
Fatores
• Trabalha em regime de horário fixo
Positivos
• Existência de copa no local de trabalho que permite
Oportunidades
levar comida caseira
Em relação a toda a família:
• Residência próxima de um local que permite fazer
exercício físico
• Colaboração entre a Unidade de Saúde Familiar
(USF) Rosa dos Ventos e a família Santos
Sra.D. Jacinta:
• Hábitos alimentares relacionados com a sua cultura
alentejana
• Mecanismo de coping: consumo de chocolate
• Baixa autoimagem e autoestima
• Estar em pré-obesidade - IMC 27
Fraquezas
• Tensão arterial normal alta
• Dados laboratoriais sanguíneos alterados
Sr. José:
• Estar em pré-obesidade - IMC 25
Fatores
• Tensão arterial normal alta
Negativos
Família:
• Hábitos alimentares deficitários, que conduzem a
uma má nutrição
• Vida sedentária
8
• Stress relacionado com o emprego da Sra. D. Jacinta
e com a ausência frequente do Sr. José
Ameaças
• Proximidade do local de trabalho da Sra. D. Jacinta a
um restaurante de fast-food
9
observáveis, a título de exemplo, a tensão arterial normal alta. A evolução tem sido crescente
ao longo dos últimos cinco anos.
11
saber interpretar a informação nutricional que se encontra presente nos rótulos dos produtos
alimentares; enumerar duas estratégias para aumentar o consumo de água; aumentar o
consumo de água diário, para um litro no final do primeiro mês e para um litro e meio a partir
do segundo mês; reduzir a quantidade de sal para 5g por dia no máximo nos adultos, e 3g por
dia no máximo para Ana Santos; reduzir o IMC da Sra. D. Jacinta de 27 kg/m2 para 25 kg/m2
nos próximos seis meses; reduzir os valores da Sra. D. Jacinta de colesterol total, colesterol
LDL e triglicéridos, para valores padrão, no prazo de 6 meses; aumentar os valores da Sr. D.
Jacinta de colesterol HDL, para valores padrão, no prazo de seis meses; identificar os
benefícios da atividade física; planear atividade física em família; aumentar atividade física
com duração de 30 minutos, três vezes por semana; colocar em prática duas novas estratégias
de coping para lidar com o stress; melhorar o autoconceito e autoimagem da Sra. D. Jacinta.
Para a formulação destes objetivos foi utilizada a Taxonomia de Bloom e tido em
conta os domínios da aprendizagem: domínio cognitivo, domínio psicomotor e domínio
afetivo.
12
A terceira atividade intitula-se À descoberta da Roda dos Alimentos e está planeada
para decorrer a 22 de fevereiro de 2021, na USF Rosa dos Ventos com duração de 45 minutos,
das 18h às 18h45m. Como propósito, definiu-se: explorar o tema da Roda dos Alimentos e
capacitar para a aplicação da mesma nas refeições diárias.
A quarta atividade intitula-se Que segredos escondem os rótulos? e está planeada para
decorrer a oito de março de 2021, na USF Rosa dos Ventos com duração de 30 minutos, das
18h às 18h30m. Como propósito, definiu-se: informar e capacitar para a compra de alimentos
saudáveis.
A quinta atividade intitula-se À (re)descoberta do Parque das Nações e está planeada
para decorrer a 21 de março de 2021, nos arredores da residência da família no Parque das
Nações, com duração de 60 minutos, das 10h às 11h. Como propósito, definiu-se: criar um
peddy paper com vista a conhecer o espaço público ao redor da Residência para implementar
algumas atividades físicas em família.
A sexta atividade intitula-se O que vejo quando me olho ao espelho? e está planeada
para decorrer a cinco de abril de 2021, na USF Rosa dos Ventos, com duração de 30 minutos,
das 18h às 18h30m. Como propósito, definiu-se: explorar o tema da autoestima e
autoimagem.
A sétima atividade intitula-se Como lidar com o stress? e está planeada para decorrer
a 19 de abril de 2021, na USF Rosa dos Ventos, com duração de 30 minutos, das 18h às
18h30m. Como propósito, definiu-se: explorar o tema do stress e mecanismos de coping.
A oitava atividade intitula-se Culinária saudável em família e está planeada para
decorrer a um de maio de 2021, em contexto domiciliário da família, com duração de 45
minutos, das 10h45m às 11h30m. Como propósito, definiu-se: integrar toda a família na
confeção de refeições.
A nona atividade intitula-se O caminho é mais importante do que a chegada e está
planeada para decorrer a 17 de maio de 2021, na USF Rosa dos Ventos, com duração de 30
minutos, das 18h às 18h30m. Como propósito, definiu-se: efetuar um jogo pedagógico com
imagens de forma a consolidar as aprendizagens adquiridas sobre a alimentação saudável e a
atividade física e aplicar o instrumento de avaliação sumativa do projeto Health4Family.
13
Esta avaliação divide-se em três etapas: primeiro uma avaliação de diagnóstico ou
inicial onde se “Pretende justificar a pertinência da ação de formação, e neste sentido está
associada ao diagnóstico das necessidades de formação” e onde se percebe “os conhecimentos
e as capacidades dos formandos” (Siglas, 2013, p. 72), em segundo a avaliação formativa que
ocorre “no decurso da própria acção de formação e visa garantir as condições propícias à
realização da aprendizagem, permitindo o apoio permanente ao formando, o conhecimento do
grau de domínio dos objectivos pedagógicos, diagnosticar dificuldades de aprendizagem,
introduzir acções correctivas” (Rego, s.d., p.111), e por último a avaliação sumativa que,
segundo Siglas (2013, p. 72) é onde se verifica se foram alcançados os objetivos propostos, e
caso não o tenham sido, fazer algumas adaptações.
No que diz respeito à avaliação de diagnóstico, a mesma foi realizada na etapa
“Diagnóstico de Situação” através da aplicação dos instrumentos aí referidos.
Relativamente à avaliação formativa, recorreu-se ao método interrogativo, através da
elaboração questões ao longo das sessões, e foram desenvolvidos instrumentos de avaliação
no decurso das atividades. Adicionalmente, foi desenvolvida uma tabela de registo semanal
do consumo de água, sal, açúcar, fruta, hortícolas e exercício físico que pode ser consultada
no Apêndice VII.
Na avaliação sumativa, recorreu-se aos seguintes indicadores de avaliação: de
processo, onde está inserida a taxa de participação nas atividades realizadas em família, que
representa o quociente entre o número de elementos da família que participaram de forma
ativa nas atividades e o número de elementos da família presentes nas atividades; de
resultado, que se refere ao quociente entre o número de objetivos alcançados e o número de
objetivos definidos no projeto; e de atividade, que é o quociente do número de atividades que
foram realizadas e o número de atividades planeadas no projeto.
Na nona atividade, irá ser aplicado um inquérito de satisfação, disponível no Apêndice
VIII, para avaliar o grau de satisfação em relação: à duração das sessões e do projeto; à
importância e pertinência dos temas abordados nas sessões; à dinâmica, desenvolvida entre os
intervenientes; ao ambiente, devido ao facto de algumas atividades terem sido desenvolvidas
no domicílio e no seu arredor, e outras na USF Rosa dos Ventos; ao formador, a título de
exemplo a comunicação, pois é crucial para construir a “relação que os técnicos de saúde
estabelecem com os utentes” (Teixeira, s.d., p. 616).
14
2. PLANEAMENTO PEDAGÓGICO DA SESSÃO QUE SEGREDOS
ESCONDEM OS RÓTULOS?
2.1 Escolha fundamentada do tema da sessão de Educação para a Saúde
Tendo em conta o diagnóstico da situação e os objetivos do projeto, foram planeadas
nove atividades. Dessas atividades, foi a atividade quatro Que segredos escondem os rótulos?
selecionada para desenvolver o plano de sessão.
Foi verificada a necessidade de desenvolver o tema da rotulagem junto da família
Santos, nomeadamente sobre a leitura, interpretação, avaliação e aplicação da informação
nutricional presente nos rótulos das embalagens dos produtos alimentares. De acordo com
evidências científicas, "os consumidores têm dificuldade em interpretar a informação
nutricional obrigatória que está presente nos rótulos dos produtos alimentares.” (PNPAS,
2020b, p.32), dificuldade essa também diagnosticada na família.
“Em 2019, os hábitos alimentares inadequados dos portugueses foram o quinto fator
de risco que mais contribuiu para a perda de anos de vida saudável” (PNPAS, 2020b, p.15).
Considera-se o desenvolvimento de competências de leitura e interpretação de rótulos
fundamentais para ajudar o consumidor a tomar decisões na compra dos produtos alimentares
e optarem por produtos mais saudáveis, o que acaba por se refletir numa melhoria dos hábitos
alimentares e, consequentemente, numa melhoria da qualidade de vida e numa menor perda
de anos de vida saudável, tal como se pretende que se verifique na família Santos.
15
2.3 Mobilização de conteúdos
Para a seleção de conteúdos a abordar e, tendo em conta os objetivos formulados
anteriormente, bem como as características da população-alvo (idade, literacia, estado de
saúde, atitudes e conhecimentos), foram definidos três conceitos-chave: alimentação saudável,
rotulagem alimentar nutricional e nutrientes.
“O que se come e como se come é hoje aceite como sendo fator determinante do
estado de saúde ou de doença do indivíduo” (Faculdade Ciências da Nutrição e Alimentação
da Universidade do Porto, Instituto do Consumidor, 2004, p.8). De facto, os hábitos
alimentares, associados a um estilo de vida saudável, desempenham um papel fundamental no
controlo de doenças não transmissíveis cada vez mais presentes em países desenvolvidos. A
alimentação saudável deve, então, ser uma alimentação completa, variada e equilibrada, tendo
em conta a alimentação mediterrânica e baseada na nova Roda dos Alimentos.
Por outro lado, a capacidade de compreender corretamente os rótulos nutricionais
ajuda igualmente a promover escolhas alimentares mais saudáveis. Apesar da evidência
científica mostrar que “os consumidores têm dificuldade em interpretar a informação
nutricional obrigatória nos rótulos dos produtos alimentares” (PNPAS, 2020b, p.32), a
capacitação por parte dos profissionais de saúde assume uma importância fulcral, sendo um
tema considerado de extrema importância “na medida em que permite aos consumidores
fazerem escolhas alimentares mais adequadas às suas necessidades e preferências,
contribuindo igualmente para um correto armazenamento, preparação e consumo dos
alimentos” (Associação Portuguesa de Nutricionistas, 2017, p. 4).
Nesse sentido, o Nutri-score apresenta-se como o modelo de rotulagem em que a
probabilidade dos consumidores escolherem produtos alimentares mais saudáveis aumenta
três a cinco vezes, por oposição à ausência de sistema (PNPAS, 2020b, p. 33). O Nutri-score
consiste, assim, numa representação gráfica colorida, que também utiliza letras. O sistema
classifica o perfil nutricional de um produto alimentar em cinco categorias mutuamente
exclusivas. Um algoritmo inovador baseado em critérios nutricionais, validado
cientificamente, e que classifica os produtos, entre verde, associado à letra A, e vermelho,
associado à letra E (Goiana-Da-Silva, F., et al., 2019) e conforme Anexo III.
Segundo a Direção Geral de Fiscalização e Controlo da Qualidade Alimentar (2002), a
rotulagem deve obrigatoriamente conter as seguintes referências: denominação de venda do
produto, composição, data limite de consumo, nome do responsável pela rotulagem, a
quantidade líquida, o número de lote, escritas em língua portuguesa, de forma visível e
legível.
16
Para uma correta interpretação da informação nutricional constante nos rótulos,
consideramos ainda importante capacitar a família Santos para a compreensão dos diferentes
nutrientes e que alimentos estão incluídos em cada um dos grupos, tais como as proteínas,
presentes essencialmente, na carne, peixe, ovos, leguminosas e laticínios; os hidratos de
carbono (glícidos), encontrados em maiores quantidades em cereais e derivados (massa, arroz,
farinha e pão), leguminosas, tubérculos (batata), fruta, açúcar e mel; Gorduras (lípidos),
presentes em produtos de origem animal e vegetal, como natas, manteiga, margarina, gema de
ovo, azeite, óleos, frutos secos. Importante ainda destacar a gordura saturada presente em
alimentos de origem animal “especialmente como gordura de constituição das carnes, peles
das aves, produtos de charcutaria e óleos parcialmente hidrogenados, os quais se podem
encontrar em muitos alimentos processados”, e cujo “consumo excessivo aumenta o risco de
doenças cardiovasculares.” (Associação Portuguesa de Nutricionistas, 2010, p. 14)
Nos alimentos podemos ainda encontrar os aditivos, que são pequenas "adições" feitas
aos mesmos, como por exemplo: os corantes (E100; E180) que tem como função corar os
alimentos; os conservantes (E200; E252; E280; E285), prolongar a durabilidade dos
alimentos; os intensificadores de sabor (E620; E640), reforçar um gosto existente e os
acidificantes (E260; E297), aumentar a acidez.
O açúcar e o sal, presentes nos alimentos, naturalmente ou artificialmente, e quando
consumidos em quantidades elevadas são, igualmente, um fator de risco. Associado ao
consumo de açúcares podemos destacar a Diabetes, o aumento da gordura abdominal,
aumento de cáries, e envelhecimento precoce da pele. Relativamente ao sal, quando
consumido em excesso é uma das principais causas da hipertensão arterial, com risco
acrescido de possível Acidente Vascular Cerebral (AVC), obesidade e retenção de líquidos.
Por fim, o plano de sessão encontra-se disponível no Apêndice IX.
17
ações do formador destinadas a fazer desenvolver nas pessoas a capacidade de obter novos
conhecimentos e modificar atitudes e comportamentos” (Siglas, 2013, p. 36).
Após uma análise minuciosa dos vários métodos, tendo em consideração as vantagens
e desvantagens de cada um e, ainda os objetivos da sessão Que segredos escondem os
rótulos?, considerou-se que o mais pertinente seria a conjugação dos seguintes métodos
pedagógicos: expositivo, interrogativo, demonstrativo e ativo.
O método expositivo vai ser utilizado ao longo de toda a sessão na apresentação dos
temas. O referido método apresenta-se vantajoso para o ensino dos conceitos selecionados
para transmitir à família Santos, possibilita a utilização de meios visuais e audiovisuais, que
vão ser úteis visto que a sessão decorrerá em formato online devido à situação pandémica
causada pelo vírus Sars-Cov-2. A eficácia deste método pode ser comprometida uma vez que
“exige um grande domínio da comunicação linguística” e da “capacidade de empatia e
comunicação do formador” e “nem sempre provoca motivação” (Siglas, 2013, p. 39).
O método interrogativo surge no desenvolvimento da sessão, após a aplicação do
método expositivo, de forma a “facilitar a retenção de conhecimentos” (Siglas, 2013, p. 42).
Permite obtenção de feedback constante em relação às aprendizagens de cada elemento da
família pela formulação de perguntas diretas. Assim, mostra-se indicado para favorecer “a
participação dos formandos” (Siglas, 2013, p. 42). Um dos obstáculos associados a este
método passa pela exigência de “mais tempo que o método expositivo” (Siglas, 2013, p. 42).
O método demonstrativo, que visa a “transformação do saber teórico em saber prático”
(Siglas, 2013, p. 44), vai ser utilizado para verificar a capacidade que os formandos
adquiriram pela sua capacidade de seleção de dois alimentos de cada grupo nutricional. O
recurso a este método torna-se benéfico pois possibilita a “transmissão de conhecimentos
teóricos e práticos”, bem como “a participação dos formandos, dialogando, observando e
realizando” (Siglas, 2013, p. 45), adequando-se ao desenvolvimento do domínio psicomotor.
Do ponto de vista das suas desvantagens, este método exige recursos específicos.
O método ativo é adequado na prossecução dos objetivos do domínio afetivo, sendo
uma relevante vantagem o desenvolvimento da iniciativa e criatividade da família Santos,
possibilitando intervenção de todos na sessão e “impede a sensação de voltar à escola”
(Siglas, 2013, p. 46) para a Sra. D. Jacinta e para o Sr. José. É necessário um maior gasto de
tempo para este método do que para os restantes.
Em relação às técnicas utilizadas para a sessão, estas foram selecionadas de acordo
com os métodos: para o método expositivo, a exposição de conteúdos; para o método
interrogativo, a técnica das perguntas; para o método demonstrativo, a demonstração ou
18
apresentação por parte do formador e a aplicação pelo formando e, por último, para o método
ativo, o trabalho de grupo e jogos pedagógicos.
A sessão Que segredos escondem os rótulos? vai ser realizada, via on-line, em casa da
família Santos, devido ao contexto pandémico atual, causado pelo Sars-Cov-2 e terá a duração
de 30 minutos. Para esta sessão vão ser utilizados os seguintes recursos didáticos: recursos
naturais, que contemplam alimentos saudáveis (maçã) e alimentos não saudáveis (chocolate e
batatas fritas); recursos pedagógicos tais como a entrega de descodificador de rótulos e de um
certificado de participação, no final da sessão (via e-mail) que se encontram no Anexo IV e no
Anexo XIV respectivamente, e como a apresentação em formato PowerPoint; recursos
tecnológicos, como um computador, a Internet, e a aplicação Microsoft Teams.
19
CONCLUSÃO
A promoção de uma alimentação saudável, aliada à prática de exercício físico é, sem
dúvida, um dos temas e uma das principais preocupações a que muitas organizações de saúde,
nacionais e internacionais, tentam dar resposta ao longo dos últimos anos. De facto, o rápido
crescimento epidémico de doenças não-transmissíveis, já responsável por 60% das mortes
mundiais, está claramente relacionada com mudanças nos padrões alimentares globais e ao
aumento do consumo de gorduras, sal e açúcares industrialmente processados, segundo o
World Health Report (2002, p.4).
Os projetos de Educação para a Saúde desempenham, por isso, um “papel fulcral no
desenvolvimento de cidadãos e sociedades saudáveis, sustentáveis e felizes” (Carvalho, A. et
al., 2017, p. 6), sendo uma das principais estratégias de Promoção da Saúde. A Promoção da
Saúde enquanto “processo que visa aumentar a capacidade dos indivíduos e das comunidades
para controlarem a sua saúde, no sentido de a melhorarem”, não se apresenta assim como uma
“responsabilidade exclusiva do sector da saúde”, mas exige igualmente “estilos de vida
saudáveis para atingir o bem-estar”. (Carta de Ottawa, 1986).
A elaboração deste projeto de Educação para a Saúde, permitiu-nos assim trabalhar uma
das principais problemáticas com que muitas famílias se deparam nos dias de hoje, e em
especial, no atual contexto de pandemia. A capacitação para a realização de uma alimentação
saudável, para a escolha consciente e informada dos alimentos e para a prática de exercício
físico, permite assim que as famílias e comunidades possam “realizar totalmente o seu
potencial de saúde” e que sejam “capazes de controlar os fatores que a determinam.” (Carta
de Ottawa, 1986).
Este trabalho permitiu-nos ainda perceber que, para uma maior efetividade das ações de
Educação para a Saúde, estas intervenções não se devem apresentar como sendo ações de
carácter isolado, mas sim com uma continuidade (e pertinência) ao longo da duração do
projeto.
A construção deste projeto, com base na metodologia de trabalho de projeto foi, sem
dúvida, um dos maiores desafios que encontrámos, mais especificamente, sermos capazes de
avaliar a situação como um todo, olhando para todas as dimensões envolvidas e adequar a
nossa intervenção de modo a ser eficaz.
Contudo, consideramos que apesar das dificuldades, o desenvolvimento de um projeto de
Educação para a Saúde mostrou ter um papel muito significativo no treino de competências
fundamentais para a nossa futura prática profissional, uma vez que a Educação para a Saúde é
transversal a qualquer área de enfermagem.
20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Associação Portuguesa de Nutricionistas. (2017). Rotulagem alimentar: um guia para uma
escolha consciente. Acedido a 28 de janeiro de 2021.
https://www.apn.org.pt/documentos/ebooks/Ebook_Rotulagem.pdf
Carvalho, A., Matos, C., Minderico, C., Taveira de Almeida, C., Abrantes, E., Mota, E. ...
Lima, R. (2017). Referencial de Educação para a Saúde. Acedido a 5 de janeiro de
2021.
https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Esaude/referencial_educacao_saude_vf_junho2
017.pdf
Carta de Ottawa (1986). In: 1ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde. Ottawa,
Canadá, Acedido a 4 de fevereiro de 2021. https://www.dgs.pt/documentos-e-
publicacoes/carta-de-otawa-pdf1.aspx
21
Ferrito, C., Nunes, L. & Ruivo M. (2010). Metodologia de projeto: Colectânea descritiva de
etapas. Revista Percursos. 15, 1-37.
Goiana-Da-Silva, F., Cruz-E-Silva, D., Gregório, M., Nunes, A., Calhau, C., Hercberg, S. ...
Araújo, F. (2019). Nutri-Score: Uma Ferramenta de Saúde pública para Melhorar os
Hábitos alimentares da População Portuguesa. Revista Científica da Ordem dos Médicos.
Mar; 32 (3): 175-178. Acedido a 3 de fevereiro de 2021.
https://doi.org/10.20344/amp.11627.
22
Siglas (2013). Manual do Curso de Formação Inicial de Formadores. Siglas: Formação,
Serviços e Entretenimento Lda. Entidade com Curso de Formação homologado e
reconhecido pelo IEFP.
World Health Organization - Regional Office for Europe [s.d]. Acedido a 30 de janeiro de
2021. https://www.euro.who.int/en/health-topics/disease-prevention/nutrition/a-healthy-
lifestyle/body-mass-index-bmi
World Health Organization. (2002). The World Health Report 2002. Reducing Risks,
Promoting Healthy Life. Acedido a 4 de fevereiro de 2021.
https://www.who.int/whr/2002/en/
23
APÊNDICES
Apêndice I – Dados recolhidos dos processos clínicos da Sra. D. Jacinta
Santos, do Sr. José Santos e de Ana Santos
Sra. D. Jacinta
Através da consulta do processo clínico da Sra. D. Jacinta Santos, tomou-se conhecimento
que:
• Nasceu a 07/01/1991 em Ferreira do Alentejo, distrito de Beja
• Atualmente reside no Parque das Nações em Lisboa
• Possui seguro de saúde como complemento
• A sua gravidez foi acompanhada na USF Rosa dos Ventos
• No início da sua gravidez, portanto há cerca de seis anos, apresentava IMC de 21
kg/m2 e pesava 60,0 quilogramas (kg). Registou um aumento de peso durante a
gravidez de 18 kg. Perdeu apenas 6, 6 kg no pós-parto ficando com de IMC 25 kg/m2
e com peso de 71, 4 kg.
• Não apresenta doenças crónicas
• Última consulta na USF foi uma consulta de planeamento familiar a 20/11/2018
Sr. José
Através da consulta do processo clínico do Sr. José Santos, tomou-se conhecimento que:
• Nasceu a 26/07/1986 em Ericeira, distrito de Lisboa
• Possui seguro de saúde como complemento
• Não apresenta doenças crónicas
• Última consulta na USF foi a 19/06/2017 devido a laringite
Ana Santos
Através da consulta do processo clínico de Ana Santos, tomou-se conhecimento que:
• Nasceu a 04/11/2015 em Lisboa
• Tem seguro de saúde como complemento
• A sua mãe foi acompanhada na USF Rosa dos Ventos durante a gravidez e todas as
consultas de acompanhamento infantil de Ana Santos foram aí realizadas
• Fez todas as imunizações propostas pelo Programa Nacional de Vacinação
• Até à data, apresenta parâmetros de desenvolvimento infantil adequados para a sua
idade
• A sua última visita à USF ocorreu a 22/10/2020 para a consulta dos 5 anos (Exame
Global de Saúde) onde apresentou um IMC de 15 kg/m2, situando-se perto da curva de
percentil 50.
Apêndice II – Dados recolhidos na entrevista com a enfermeira da família
Santos
Sra. D. Jacinta Santos
Através de uma breve entrevista com a enfermeira da família Santos, tomou-se conhecimento
que:
• A Sra. D. Jacinta acompanha sempre a sua filha nas consultas e que é uma mãe
preocupada
• Na maioria das vezes, aparenta estar cansada e apresenta olheiras escuras e marcadas
• A enfermeira de família mencionou ainda que a aparência da Sra. D. Jacinta é
ligeiramente descuidada
Sr. José
Através de uma breve entrevista com a enfermeira da família Santos, tomou-se conhecimento
que:
• Não houve muitos contactos com o Sr. José, uma vez que não costuma acompanhar a
filha nas consultas, daí a enfermeira de família apenas ter contactado com ele um
número reduzido de vezes.
• Costuma recorrer à USF para a inoculação de vacinas e em caso de esporádicas
doenças agudas, no entanto, já não recorre a este serviço de saúde há alguns anos
• Sempre que o consultou encontrava-se sozinho, portanto sem acompanhamento
Ana Santos
Através de uma breve entrevista com a enfermeira da família Santos, tomou-se conhecimento
que:
• Ana Santos é uma criança assídua nas consultas estipuladas
• É alegre, gosta de brincar e é colaborativa em todos os procedimentos que são
efetuados
• Apresenta um desenvolvimento contínuo regular para a sua idade e sexo
• Tem comportamentos e verbalizações de carinho para com a mãe
Apêndice III – Dados recolhidos na consulta marcada pela Sra. D. Jacinta
na USF Rosa dos Ventos no dia 15 de janeiro de 2021
Sra. D. Jacinta
Através da realização da consulta marcada pela Sra. D. Jacinta, tomou-se conhecimento que:
• Viveu em Ferreira do Alentejo até aos 20 anos e desde então habita em Lisboa
• É católica não praticante
• Pratica uma alimentação sem qualquer tipo de restrição
• Não consome bebidas alcoólicas
• Stress laboral devido ao grande volume de trabalho, acentuado nos últimos meses
devido à pandemia causada pelo vírus Sars-Cov-2
• Devido ao stress laboral faz refeições “fora de horas”, ficando muitas horas sem
comer, o que acaba por levar a que na refeição principal (almoço ou jantar) coma em
maior quantidade
• Muitas vezes não toma o pequeno-almoço
• Nem sempre consegue levar comida confecionada de casa para o seu local de trabalho,
onde possui uma copa, acabando por consumir comida pré-congelada ou fast-food ao
almoço, esta última devido ao facto de ter um restaurante de comida rápida perto do
seu local de trabalho. Aponta como motivo a falta de tempo
• Uma vez que nasceu e cresceu em Ferreira do Alentejo, foi habituada a comer muito
carne, pelo que demonstra preferência por carne em oposição ao peixe
• Consome apenas entre um e dois copos de água por dia, não consumindo mais
nenhuma bebida incluindo refrigerantes
• Refugia-se no chocolate como mecanismo de coping, sendo que este consumo é mais
marcado à noite, chegando mesmo a consumir meia tablete de chocolate diariamente
• Em casa prefere cozinhar, sobretudo por causa da filha, preparando mais
frequentemente pratos de carne e hidratos de carbono (arroz, massa ou batatas), com
pouco recurso a vegetais, salada ou sopa. Diz também que gosta de vegetais e fruta,
mas que perde tempo a prepará-los e como sabe que a filha consome esses alimentos
na escola não sente necessidade em confecioná-los
• Efetuaram-se medições antropométricas, para determinar o peso, altura e Índice de
Massa Corporal (IMC) atual. Foram determinados os seguintes valores: altura de 1, 69
metros; peso de 77, 100 quilogramas; IMC de 27 kg/m2. Segundo a OMS (Tabela 1),
um IMC de 27 kg/m2 corresponde a um estado nutricional de pré-obesidade. Esta é
uma condição que se tem vindo a agravar nos últimos cinco anos
• Desde o nascimento da filha, a Sra. D. Jacinta e o Sr. José tornaram-se mais
sedentários, pois antes da gravidez praticavam juntos algumas caminhadas junto ao rio
Tejo. Atualmente não fazem qualquer tipo de atividade física porque sabe que se irá
sentir muito cansada
• Sente-se triste com a sua falta de resistência pois gostaria de conseguir acompanhar a
filha nas suas brincadeiras
• Apresenta valores de tensão arterial de 138/87 mmHg, que segundo a Sociedade
Portuguesa de Hipertensão (para. 7) se classifica em normal alta
• Os últimos dados laboratoriais de análises ao sangue, efetuadas há cerca de um mês,
apresentaram os seguintes valores: Colesterol total - 219 mg/dL, Triglicéridos – 220
mg/dL, HDL Colesterol – 42 mg/dL, LDL Colesterol – 115 mg/dL. Isto é, apresenta
elevados valores de colesterol total, LDL colesterol e triglicéridos, e baixos valores de
HDL colesterol.
• Antecedentes familiares de saúde: a sua mãe apresenta obesidade grau I e tem
hipertensão arterial, porém a restante família não apresenta problemas de saúde
significativos, tanto do lado da Sra. D. Jacinta como do lado do seu marido.
• Em relação ao seu padrão de sono, referiu ter insónia inicial com duração habitual de
uma hora, que dorme entre seis a sete horas seguidas todas as noites e que durante o
dia se sente com uma ligeira sonolência que tenta contrariar através do consumo de
café. Refere também que já se habituou a esta situação pois desde que foi mãe foram
poucas as noites que dormiu mais do que oito horas
• Menciona que não gosta de se ver ao espelho, não gosta do seu corpo e, por isso, não
sente vontade de se arranjar, como por exemplo, maquilhar-se
• Reconhece que o seu estilo de vida não é o ideal mas não sabe o que fazer para
melhorar
Ana Santos
Através da realização da consulta marcada pela Sra. D. Jacinta, tomou-se conhecimento que:
• Frequenta o pré-escolar
• Pratica ginástica como atividade extracurricular
• O seu pequeno-almoço costuma ser torradas de pão de forma com manteiga e uma
caneca de leite
• O lanche da manhã, almoço e lanche da tarde são efetuados na escola em período
escolar. O seu almoço costuma ser sopa, um prato de carne ou peixe e salada. Já os
lanches são fruta, iogurte ou pão.
• O jantar feito em casa costuma ser um prato de carne ou peixe (com maior frequência
carne) e hidratos de carbono (arroz, massa ou batatas). Durante o fim de semana o
almoço corresponde às mesmas características do jantar habitualmente feito em dias
úteis em casa. O pequeno-almoço mantém-se, porém nos lanches (manhã e tarde), por
vezes, come pão com creme de chocolate e batatas fritas
• Acompanha as refeições com um copo de leite ou água e não bebe líquidos fora das
refeições
• Gosta de todo os tipos de comidas
• É principalmente a mãe que a vai pôr e buscar à pré-escola, no entanto, o pai vai
buscá-la pontualmente quando pode
Apêndice IV – Dados recolhidos na visita domiciliária à família onde foi
aplicada a versão portuguesa autorizada do Questionário europeu de
literacia para a saúde (HLS-EU-PT)
Família Santos
Através da realização da visita domiciliária, tomou-se conhecimento que:
• A família vive no quarto andar de um prédio com elevador
• Apresenta um valor de rendimento mensal superior às suas necessidades, pelo que
consideram que vivem sem dificuldades
• Dispõem de condições sanitárias adequadas
• Possuem eletrodomésticos essenciais e de condições adequadas para a confeção e
condicionamento de bens alimentares
• Após a aplicação da versão portuguesa autorizada do Questionário europeu de
literacia para a saúde (HLS-EU-PT) (Anexo II) e tratamento dos respetivos dados, foi
possível aferir que tanto a Sra. D. Jacinta como o Sr. José possuem um nível suficiente
de literacia em saúde
• No final da visita, verbalizaram que estavam contentes por começarem este projeto
juntos, visto que antevêem dificuldades mas que em família julgam que será mais fácil
transpô-las
Atividade
1
Atividade
2
Atividade
3
Atividade
4
Atividade
5
Atividade
6
Atividade
7
Atividade
8
Atividade
9
Apêndice VII- Avaliação Formativa
Registo semanal do consumo de água, sal, açúcar, fruta, hortícolas e exercício físico
Consumo de água
(L/dia)
Valor diário de
referência: 1.5L1/2L2 dia
Consumo de sal
(colheres/dia)
Valor diário de
referência: 5g/dia3
Valor seguro e
adequado: 2g/dia4
Consumo de açúcar
(colheres/dia)
Valor diário de
referência: 25g/dia5
Consumo de fruta
(porções/dia, tipo de
fruta)
Referência: 3 a 5
porções6
Consumo de
hortícolas
(porções/dia)
Referência: 3 a 5
porções7
Atividade física Tempo: Tempo: Tempo: Tempo: Tempo: Tempo: Tempo:
(tempo e tipo de
atividade por dia)
Fontes:
1
Direção-Geral da Saúde – Programa Nacional para a promoção da alimentação saudável. https://alimentacaosaudavel.dgs.pt/roda-dos-alimentos/
2
European Food Safety Authority (EFSA). https://www.efsa.europa.eu/en/interactive-pages/drvs
3
Direção-Geral da Saúde. https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/estrategia-para-a-reducao-do-consumo-de-sal-na-alimentacao-em-portugal-relatorio-pdf.aspx
4
European Food Safety Authority (EFSA). O valor de referência é designado de "seguro" porque toma em conta as evidências que descrevem a relação entre a ingestão de sódio e
o risco de Doença Cardiovascular na população em geral e "adequado" de acordo com a definição de uma ingestão adequada. https://www.efsa.europa.eu/en/interactive-
pages/drvs
5
Direção-Geral da Saúde. https://www.dgs.pt/em-destaque/o-desafio-de-reduzir-o-consumo-de-acucar-no-dia-a-dia.aspx
6
Direção-Geral da Saúde – Programa Nacional para a promoção da alimentação saudável. https://alimentacaosaudavel.dgs.pt/roda-dos-alimentos/
7
Direção-Geral da Saúde – Programa Nacional para a promoção da alimentação saudável. https://alimentacaosaudavel.dgs.pt/roda-dos-alimentos/
8
Direção-Geral da Saúde – Programa Nacional para a promoção da atividade física. https://www.sns.gov.pt/wp-content/uploads/2017/10/DGS_PNPAF2017_V7.pdf
Apêndice VIII - Inquérito de satisfação
AVALIAÇÃO SUMATIVA
Inquérito de satisfação
Inadequado Adequado
Inadequado Adequado
Inadequado Adequado
Inadequado Adequado
Confusa Clara
Os conteúdos foram apresentados de forma compreensível?
Confusa Clara
Inadequado Adequado
Confusa Clara
Inadequado Adequado
Nenhuma Completa
Inacessível Acessível
7. A informação disponibilizada foi suficiente?
Insuficiente Suficiente
Inadequado Adequado
Inadequado Adequado
Fraca Forte
Insuficiente Suficiente
12. A linguagem utilizada pelo enfermeiro(a) foi apropriada para a compreensão dos
conteúdos?
Inapropriada Apropriada
Nenhuma Bastante
Inadequada Adequada
15. Como classifica a duração do projeto face à quantidade dos temas abordados e os
objetivos estabelecidos?
5. Comentário final.
Apêndice IX - Plano da sessão Que segredos escondem os rótulos?
Plano de sessão (antes)
Data: Oito de março de 2021 Formador: Enfermeira da USF Rosa dos Ventos
Objetivos:
Objetivo geral: Informar e capacitar para a compra de alimentos saudáveis.
Objetivos específicos:
• Comparar os valores nutricionais presentes nos rótulos do mesmo produto com marcas distintas;
• Enumerar, pelo menos, três constituintes de um rótulo;
• Selecionar dois alimentos que pertençam a cada grupo nutricional apresentado;
• Enumerar, pelo menos, uma função de cada um dos nutrientes abordados;
• Relacionar cada letra e cor do Nutri-score com a qualidade nutricional;
• Identificar dois tipos de aditivos alimentares;
• Nomear pelo menos duas consequências negativas devido ao consumo excessivo de sal;
• Nomear pelo menos duas consequências negativas devido ao consumo excessivo de açúcar.
Recursos didáticos:
• Naturais (alimentos saudáveis e não saudáveis),
• Pedagógicos (rótulos e slides)
• Tecnológicos (internet e aplicação “Microsoft Teams”)
Instrumento(s) de avaliação:
• Instrumento de avaliação dos resultados de aprendizagem da sessão Que segredo escondem os rótulos?
• Instrumento de avaliação da eficiência da sessão Que segredo escondem os rótulos?
Avaliação Formativa
Após a temática inicial da “Alimentação saudável”: Mostrar três imagens: uma maçã,
um chocolate e um pacote de batatas fritas. Perguntar qual é o alimento mais saudável.
Após temática dos “Nutrientes”: Mostrar três imagens de alimentos para cada
nutriente abordado e pedir para dizer qual dos alimentos não é representativo do respetivo
nutriente.
Após temática dos “Rótulos: Mostrar imagem de um rótulo e pedir para identificar
quais os constituintes dos rótulos presentes, de acordo com os que foram abordados.
Avaliação Sumativa
1. Observe os seguintes rótulos e compare os valores nutricionais presentes nos mesmos:
Lípidos dos quais saturados: 0,9 g Lípidos dos quais saturados: 0,1 g
Hidratos de carbono dos quais açúcares: 13,4 Hidratos de carbono dos quais açúcares: 3,3
g g
https://auchaneeu.auchan.pt/vida-saudavel/nutricao/nutri-score-marca-
propria/#1573039517745-7206efb7-327b
5. Dizer uma função de cada um dos seguintes grupos de nutrientes: proteínas, hidratos
de carbono, lípidos.
Instruções de preenchimento:
· Colocar uma cruz (x) no campo que quer assinalar.
· Nas perguntas de resposta aberta, deverá responder dentro da caixa de texto
SIM NÃO
Úteis
Pertinentes
Interessantes
Adequados
SIM NÃO
De fácil compreensão
A um ritmo adequado
Adequada
Motivante
Criativa
Eficaz
Integrativa/ Inclusiva
Pertinente
SIM NÃO
Foram pertinentes
Ajudaram-me a compreender
Promoveram a participação
SIM NÃO
Foi pertinente
Ajudou-me a compreender
Promoveu a participação
Considero as imagens dos alimentos eram:
SIM NÃO
Percetíveis
Adequadas
Compreensíveis
Agradáveis
SIM NÃO
Percetível
Adequada
Compreensível
Agradável
SIM NÃO
Útil
Pertinente
A sessão decorreu via on-line devido ao contexto pandémico. Tendo em conta esta situação,
pedimos que responda às próximas perguntas:
Quais foram as maiores desvantagens?
SIM NÃO
Comentário final:
Taxa de adesão:
número de pessoas presentes ___
número de pessoas convocadas ___
Taxa de participação:
Número de pessoas que deu opinião e falou da sua experiência ___
Número de pessoas presentes ___
Notas:
Apêndice XII – Póster À Descoberta da Roda dos Alimentos
Apêndice XIII – Slides da Apresentação Oral
Apêndice XIV – Certificado de Participação
ANEXOS
Anexo I - Situação A com dados adicionais
Apresentamos a situação A com o acréscimo dos dados considerados úteis. Os
mesmos encontram-se sublinhados.
A Sra. D. Jacinta Santos tem 30 anos, é casada com o Sr. José Santos há sete anos e
têm uma filha, Ana Santos, de cinco anos, que frequenta o pré-escolar. O marido tem 35
anos, apresenta excesso de peso e trabalha no ramo imobiliário e ela é secretária num
hospital há dez anos, onde passa por períodos de muito stress e onde passa grande parte do
seu tempo sentada. Nos últimos cinco anos tem vindo a aumentar de peso e a ter alterações
dos valores da tensão arterial, bem como de alguns valores de análises ao sangue,
nomeadamente colesterol total, LDL, HDL e triglicéridos encontram-se elevados. Sente-se
triste com a sua imagem, mencionando que a roupa não lhe serve e se cansa com facilidade e
que não consegue brincar e acompanhar a sua filha como deseja.
Seguindo o conselho do marido decidiu marcar uma consulta na USF Rosa dos Ventos, da
sua área de residência no Parque das Nações.
Como enfermeiro/a desta Unidade, qual seria a sua intervenção para com esta utente e
respetiva família.
Anexo II - Versão portuguesa autorizada do Questionário europeu de
literacia para a saúde (HLS-EU-PT)
Fonte: Marques, J. P. D. (2015). Literacia em Saúde: Avaliação através do European Health
Literacy Survey em português num serviço de internamento hospitalar (Dissertação de
Mestrado). ISCTE Business School, Lisboa.
Anexo III - Nutri-score
Abaixo encontram-se duas imagens do tipo de rotulagem Nutri-Score. Esta escala é baseada
em cores e letras como se pode ver e apresenta cinco categorias de qualidade nutricional,
sendo que a letra A e a cor verde correspondem à melhor qualidade nutricional e a letra E e
cor vermelha correspondem à pior qualidade nutricional.
Fonte:
https://auchaneeu.auchan.pt/vida-saudavel/nutricao/nutri-score-marca-
propria/#1573039517745-7206efb7-327b
Anexo IV - Descodificador de Rótulos a entregar no final da sessão Que
segredos escondem os rótulos?
Fonte: https://nutrimento.pt/activeapp/wp-content/uploads/2015/11/Cart%c3%a3o-Rotulos-
para-impress%c3%a3o.pdf