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SUMÁRIO
2.1 Universalidade...................................................................................... 9
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7.3 Programa Nacional de Imunização — PNI ......................................... 34
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14.3.2 Funcionalidades ......................................................................... 63
INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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1 A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
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intervenções esporádicas em saúde, especialmente em resposta a epidemias, como
campanhas de vacinação. Isso foi evidenciado no final do século XIX e no início do
século XX, durante o saneamento do Rio de Janeiro e a extensa campanha de
vacinação contra a varíola (CARVALHO, 2013).
A maioria da população, que não tinha recursos, buscava socorro na medicina
popular, recorreu aos serviços oferecidos pelas instituições conhecidas como Santas
Casas de Misericórdia. Estas instituições eram responsáveis por abrigar e tratar os
pobres e pessoas com problemas de saúde mental (ORDONEZ, 2017).
Durante muitas décadas, as Santas Casas foram a única alternativa de
assistência e tratamento disponível para aqueles sem recursos financeiros. Elas foram
implicações para instituições religiosas e, inicialmente, estavam ligadas ao conceito
de caridade, abrangeram o período que se estendeu do século XVIII até 1837
(MERELES, 2018).
Quanto ao financiamento para a construção e manutenção dessas instituições,
a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades
Filantrópicas (CMB, 2020) afirma que “desde sua origem, até o início das relações
com os governos, as Santas Casas foram criadas e mantidas pelas doações das
comunidades, viveram períodos áureos, em que construíram seus patrimônios que
foram boa parte destes tombados como patrimônio histórico”.
No Brasil, a atuação das Santas Casas passou por duas fases distintas: a
primeira, que ocorreu aproximadamente do século XVIII até 1837, tinha um caráter
predominantemente caritativo; uma segunda fase, de 1838 a 1940, teve uma
abordagem mais filantrópica (CMB, 2020).
O cenário da saúde no Brasil antes da criação do Sistema Único de Saúde
(SUS) era notavelmente diferente em comparação com a situação atual. Naquela
época, a saúde era conceituada como ausência de doença, com a assistência
centrada principalmente em instituições médicas e hospitalares. A promoção da saúde
era uma responsabilidade exclusiva do Ministério da Saúde (MS), e todas as ações
de saúde eram centralizadas no nível do governo federal, sem a participação ativa
dos estados e municípios.
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2 SURGIMENTO DO SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988
e regulamentado pelas leis 8.080/90 e 8.142/90, relativas à participação da população
nos serviços de saúde (BRASIL, 1990a, 1990b). A Constituição, em seus artigos 196,
197 e 198, criou o SUS com base nas seguintes considerações:
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local e a esfera estadual para aprovar e implantar o plano municipal de saúde
(CARVALHO, 2020).
Apresenta também princípios fundamentados em valores éticos e solidários,
para orientar o sistema de saúde: inclusividade (garantia de que todos os cidadãos
brasileiros tenham o direito de utilizar os serviços do SUS); imparcialidade (a oferta
de serviços deve ser determinada com base nas necessidades individuais de cada
cidadão ou população, promove a justiça social); e abrangência (os serviços devem
abranger a prevenção de doenças, a promoção da saúde, a cura e a reabilitação,
atender de forma integral às necessidades de saúde da população em geral). Detalhes
adicionais sobre esses princípios serão considerados posteriormente (SOLHA, 2014).
A implantação do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o Sistema
Unificado e Descentralizado de Saúde — SUDS; depois, a incorporação do Instituto
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social — INAMPS, ao Ministério da
Saúde; e pôr fim a Lei Orgânica da Saúde (Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990),
finalmente o SUS (HANNA SOBRINHO, 2014). A figura 1 relata os Princípios e
diretrizes do SUS:
Fonte: https://encurtador.com.br/aluEX
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Os princípios e diretrizes do SUS estão na Constituição Federal de 1988,
regulamentados e confirmados no capítulo II, artigo 7º da lei 8.080/90:
2.1 Universalidade
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indivíduos segurados pela Previdência Social ou aqueles que buscavam atendimento
na rede privada (ARCARI, 2020).
Devido à história do sistema de saúde no Brasil e à prevalência da cultura de
consumo nas sociedades contemporâneas, muitos associam equivocadamente a
ideia de universalidade à gratuidade. No entanto, a universalidade implica a noção de
direito, torna inadequada qualquer referência a pagamento ou gratuidade. No Brasil,
o direito à saúde é um direito social, de caráter coletivo, e não um direito individual
condicionado ao pagamento (MATTA, 2020).
A saúde é reconhecida como um direito civil de todos os indivíduos, o Estado
deve garantir esse direito. O acesso aos serviços de saúde será assegurado a todas
as pessoas, independentemente de gênero, raça, ocupação ou outras características
sociais, ou pessoais (BRASIL, 2020).
A universalidade do Sistema Único de Saúde (SUS) não representa apenas o
direito à saúde assegurado por meio de políticas públicas, mas também enfatiza o
direito à vida e à igualdade de acesso, sem discriminação com base em raça, gênero,
religião ou qualquer outra forma de diferenciação dos cidadãos brasileiros (MATTA,
2020).
Além disso, para garantir o acesso universal, é necessário levar em
consideração a gravidade do risco à saúde, considerar a vulnerabilidade da pessoa e
a classificação cronológica, com respeito às particularidades condicionais por lei para
pessoas com necessidades especiais.
Os riscos individuais e coletivos deverão sempre prevalecer sobre quaisquer
outros critérios. Por exemplo, se um indivíduo for aguardar um determinado exame
devido a uma condição específica, como uma endoscopia para investigar uma
gastrite, e outra pessoa para ser adicionada à lista depois dele para o mesmo exame,
mas para investigar um câncer de estômago, esta última terá prioridade na fila devido
à gravidade do caso (SOLHA, 2014).
2.2 Integralidade
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a oferecer todas as ações requeridas por essa atenção integral. Dessa forma, o SUS
deve desenvolver ações, em relação ao ambiente e às pessoas, destinadas à
promoção, à proteção e à recuperação da saúde, bem como à reabilitação. (ARCARI,
2018).
A integralidade fundamenta-se no entendimento de que as pessoas têm o
direito de serem atendidas no conjunto de suas necessidades, individuais e coletivas,
e que, os serviços de saúde devem estar organizados de modo a oferecer todas as
ações requeridas por essa atenção integral.
Sobre esse princípio:
2.3 Equidade
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gestão e produção (MATTA, 2020). O propósito desse princípio é reduzir essas
desigualdades. Embora todos tenham direito aos serviços, as pessoas não são iguais
e, portanto, possuem necessidades específicas. Em termos simples, a equidade
envolve tratar de maneira diferenciada aqueles que estão em situações desiguais,
direcionar mais recursos para onde a carência é mais pronunciada (BRASIL, 2020).
As orientações do novo sistema de saúde serviram como base para
implementar as mudanças permitidas, fortalecer o processo de descentralização,
permitir que cada município passasse a gerenciar as ações de saúde conforme as
necessidades locais.
Esse conceito implica em buscar a equidade, em vez de tratar todas as pessoas
de maneira idêntica, visa agir com justiça, diminui as disparidades sociais. Dada a
extensão dos graves problemas civis no país, muitos indivíduos enfrentam
dificuldades para atender necessidades básicas que garantem uma vida saudável,
como a educação. Isso limita o acesso a informações cruciais e a capacidade de
empreender ações para preservar sua saúde, colocar-se em uma posição de maior
vulnerabilidade (SOLHA, 2014).
Regionalização e hierarquização
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diferentes administrações, para atender às necessidades de saúde da população de
forma abrangente, com qualidade e eficiência.
O sistema se organiza por meio da integração das atividades e serviços de
saúde entre as unidades governamentais, forma as redes de saúde, como destacado
por Arcari (2018, p. 94).
Participação Popular
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A participação popular e o controle social em saúde, entre os princípios do
Sistema Único de Saúde (SUS), destacam-se como elementos de importância
significativa, social e política, pois garantir que a população desempenhe um papel
ativo na elaboração e fiscalização das políticas de saúde públicas.
Para efetivar esse princípio, é fundamental estabelecer conselhos e
conferências de saúde específicas para a formulação de estratégias, bem como para
o monitoramento e avaliação da implementação das políticas de saúde (BRASIL,
2020).
Esse princípio envolve a organização e a participação da comunidade na
administração do SUS, regulamentado legalmente por meio de conselhos e
conferências de saúde no âmbito nacional, estadual e municipal (ARCARI, 2018).
A participação não ocorre sem possibilidade de conflitos. É importante
considerar que as necessidades da população nem sempre coincidem com as
respostas dadas pelo Estado em relação à oferta e à estrutura dos serviços de saúde.
Além disso, essas necessidades podem diferir das percepções dos profissionais de
saúde e dos interesses privados, que frequentemente experimentam influências na
opinião pública contra o Sistema Único de Saúde (SUS) em vários benefícios. Isso é
evidenciado pela cobertura midiática que muitas vezes destaca apenas as
dificuldades e falhas do sistema (basta observar as notícias e programas de televisão
que se concentram predominantemente nessas questões) (SOLHA, 2014).
A Lei n.º 8.142, de 28 de dezembro de 1990, estabelece as diretrizes para a
participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e aborda
as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde, além
de tratar de outras questões relacionadas.
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3 AVANÇOS E DESAFIOS DO SUS
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3.3 Regionalização da assistência à saúde
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Os gestores de saúde desempenham funções em dois domínios interligados: o
domínio político e o domínio técnico. No domínio político, o compromisso principal é
com a população, e os gestores atuam como agentes de gestão de saúde voltados
para o interesse público, em oposição a interesses particulares ou privados. Nesse
sentido, é relevante destacar a participação e a contribuição dos conselhos nacionais
de representação dos gestores estaduais (CONASS) e municipais (CONASEMS), que
constituem espaços formais na relação entre os entes federados e sua participação
nas Comissões Intergestores Tripartites (CITs), Comissões Intergestores Bipartidas
(CIBs) e Comissões Intergestores Regionais (CIRs). Além disso, os conselhos de
saúde permanentes e deliberativos, que fazem parte da estrutura decisória do SUS,
(BRASIL, 2009).
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dezembro de 2017, uma edição extraordinária do Diário Oficial da União publicou a
Portaria n.º 3.992, que dinamiza um novo modelo de financiamento para o SUS.
Desde a publicação da Portaria n.º 204/2007, os blocos de financiamento foram
incluídos como blocos financeiros, cada um com uma conta-corrente vinculada,
abrangendo os cinco blocos de custeio: atenção básica, média e alta complexidade
ambulatorial e hospitalar, assistência farmacêutica, vigilância em saúde e gestão do
SUS, além do Bloco de Investimento (BRASIL, 2007). A nova Portaria trouxe
mudanças significativas, cuja inclusão da fusão dos antigos blocos de financiamento
de custeio em um único bloco, mantiveram grupos de ações dentro desse Bloco de
Custeio. Esses grupos de ações devem refletir a destinação dos recursos no final de
cada exercício, bem como o que foi previsto no Plano de Saúde e na Programação
Anual de Saúde dos entes envolvidos.
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os repassados pela União e pelo estado. O município desenvolve suas próprias
políticas de saúde e também é um dos parceiros na adoção de políticas
nacionais e estaduais de saúde. Coordena e planeja o SUS ao nível municipal,
segundo as normas federais. Pode estabelecer parcerias com outros
municípios para garantir o atendimento pleno de sua população, para
procedimentos de complexidade que estejam acima daqueles que pode
oferecer (BRASIL,2020).
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O Conselho de Saúde, no âmbito de atuação
(Nacional, estadual ou Municipal), em caráter
permanente e deliberativo, órgão colegiado
composto por representantes do governo,
Conselhos de Saúde prestadores de serviço, profissionais de saúde e
usuários, atua na formulação de estratégias e no
controle da execução da política de saúde na
instância correspondente, inclusive nos aspectos
econômicos e financeiros, cujas decisões serão
homologadas pelo chefe do poder legalmente
constituído em cada esfera do governo.
Cabe a cada Conselho de Saúde definir o número
de membros, que obedecerá a seguinte composição:
50% de entidades e movimentos representativos de
usuários; 25% de entidades representativas dos
trabalhadores da área de saúde e 25% de
representação de governo e prestadores de serviços
privados conveniados, ou sem fins lucrativos.
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Conselhos de São reconhecidos como entidades que representam
Secretarias os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar
Municipais de Saúde de matérias referentes à saúde, desde que
(Cosems) vinculados institucionalmente ao Conasems, na
forma que dispuserem seus estatutos.
Fonte: saúde.gov.br
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4 LEGISLAÇÃO BÁSICA DO SUS
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Fonte: Arcari, 2018
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6 DIREITOS E DEVERES DOS USUÁRIOS DO SUS
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Em 2017, o CNS formou um Grupo de Trabalho encarregado de revisar e
atualizar a Portaria n.º 1.820, de 13 de agosto de 2009, que trata dos direitos e deveres
dos usuários da saúde. Além disso, o CNS lançou uma consulta pública à sociedade
em abril de 2017 para ampliar a participação social no processo (FENAFAR, 2018).
O documento foi apresentado e aprovado pelo plenário durante a 61ª Reunião
Extraordinária do CNS em 9 de agosto de 2017, quando os conselheiros nacionais de
saúde aprovaram a Resolução n.º 553, que estabelece as diretrizes dos Direitos e
Deveres da Pessoa Usuária da Saúde.
I. Direito a saúde
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II. Tratamento adequado
➢ Nos serviços de saúde haverá igual visibilidade aos direitos e deveres das
pessoas usuárias e das pessoas que trabalham no serviço.
➢ A rede de Serviços do SUS utilizará as tecnologias disponíveis para facilitar o
agendamento de procedimentos nos serviços em todos os níveis de
complexidade.
➢ Os serviços de saúde serão organizados segundo a demanda da população, e
não limitados por produção ou quantidades de atendimento pré-determinados.
➢ A utilização de tecnologias e procedimentos nos serviços deverá proporcionar
celeridade na realização de exames e diagnósticos e na disponibilização dos
resultados.
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➢ Haverá regulamentação do tempo de espera em filas de procedimentos.
➢ A lista de espera de média e alta complexidade deve considerar a agilidade e
transparência.
➢ As medidas para garantir o atendimento incluem o cumprimento da carga
horária de trabalho dos profissionais de saúde.
➢ Nas situações em que ocorrer a interrupção temporária da oferta de
procedimentos como consultas e exames, os serviços devem providenciar a
remarcação destes procedimentos e comunicar aos usuários.
➢ As redes de serviço do SUS devem se organizar e pactuar no território a oferta
de plantão de atendimento 24 horas, inclusive nos finais de semana.
➢ Cada serviço deverá adotar medidas de manutenção permanente dos
equipamentos, bens e serviços para prevenir interrupções no atendimento.
➢ É direito das pessoas, na rede de serviços da saúde, ter atendimento
humanizado, acolhedor, livre de qualquer discriminação, restrição ou negação
em virtude de idade, raça, cor, etnia, religião, orientação sexual, identidade de
gênero, condições econômicas ou sociais, estado de saúde, de anomalia,
patologia ou deficiência.
IV. Direitos
Toda pessoa deve ter seus valores, culturais e direitos respeitados na relação
com os serviços de saúde.
Escolha o tipo de plano de saúde que melhor lhe convier, segundo as
exigências mínimas constantes da legislação e a informação pela operadora
sobre a cobertura, custos e condições que está adquirindo.
Sigilo e a confidencialidade de todas as informações pessoais, mesmo após
a morte, salvo nos casos de risco à saúde pública.
Acesso da pessoa ao conteúdo do seu prontuário ou de pessoa por ele
autorizada e a garantia de envio e fornecimento de cópia, em caso de
encaminhamento a outro serviço ou mudança de domicílio. Obtenção de
laudo, relatório e atestado sempre que justificado por sua situação.
Obtenção de laudo, relatório e atestado sempre que justificado por sua
situação de saúde.
Consentimento livre, voluntário e esclarecido, a quaisquer procedimentos
diagnósticos, preventivos ou terapêuticos, salvo nos casos acarretem risco à
saúde pública, considerando que o consentimento anteriormente dado
poderá ser revogado a qualquer instante, por decisão livre e esclarecida, sem
que sejam imputadas à pessoa sanções morais, financeiras ou legais.
Pleno conhecimento de todo e qualquer exame de saúde admissional,
periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função, ou demissional
realizado e seus resultados.
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A indicação de sua livre escolha, a quem confiará a tomada de decisões par
a eventualidade de tornar-se incapaz de exercer sua autonomia.
O recebimento ou a recusa à assistência religiosa, espiritual, psicológica e
social.
A liberdade, em qualquer fase do tratamento, de procurar segunda opinião ou
parecer de outro profissional, ou serviço sobre seu estado de saúde, ou sobre
procedimentos recomendados.
A não-participação em pesquisa que envolva ou não tratamento experimental
sem que tenha garantias claras de sua liberdade de escolha e, no caso de
recusa em participar ou continuar na pesquisa, não poderá sofrer
constrangimentos, punições ou sanções pelos serviços de saúde.
O direito de se expressar e ser ouvido nas suas queixas, denúncias,
necessidades, sugestões e outras manifestações por meio das ouvidorias,
urnas e qualquer outro mecanismo existente, sendo sempre respeitado na
privacidade, no sigilo e na confidencialidade.
A participação nos processos de indicação e eleição de seus representantes
nas conferências, nos conselhos de saúde e nos conselhos gestores da rede
SUS (BRASIL, 2011, p.3-4).
V. Corresponsabilidade
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Comunicar à autoridade sanitária local a ocorrência de caso de doença
transmissível, quando a situação requerer o isolamento ou quarentena da
pessoa, ou quando a doença constar da relação do Ministério da Saúde.
Não dificultar a aplicação de medidas sanitárias, bem como as ações de
fiscalização sanitárias, bem como as ações de fiscalização sanitária (BRASIL,
2011, p.5-7).
VII. Participação
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De acordo com a estrutura democrática do Brasil, qualquer indivíduo possui o
direito de acompanhar os órgãos de controle social como forma de participação
cidadã, observado o regulamento interno de cada instância. Os gestores do Sistema
Único de Saúde (SUS), nas três esferas de governo, comprometem-se a cumprir
essas diretrizes.
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7.1 Estratégia Saúde da Família — ESF
Composição da ESF:
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➢ Conhecer a realidade das famílias sob sua responsabilidade e identificar os
problemas de saúde mais comuns e situações de risco enfrentadas pela
população.
➢ Executar procedimentos de vigilância à saúde e vigilância epidemiológica nas
diferentes fases da vida, segundo a qualificação de cada profissional.
➢ Garantir a continuidade do tratamento, faz referência adequada quando
necessário.
➢ Prestar assistência integral, atende de maneira contínua e racionalizada às
demandas, promove a saúde por meio da educação sanitária.
➢ Promover ações colaborativas com organizações formais e informais na
comunidade para enfrentar conjuntamente os problemas de saúde.
➢ Fomentar discussões contínuas sobre cidadania com a equipe e a comunidade,
enfatiza os direitos de saúde e suas bases legais.
➢ Estimular a formação e/ou participação ativa nos conselhos locais de saúde e
no Conselho Municipal de Saúde.
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em visitas domiciliares, e permite uma elaboração conjunta de planos terapêuticos, o
que amplia e aprimora as intervenções no território e na saúde de grupos
populacionais. Essas ações de saúde também podem envolver a cooperação com
outros setores, com ênfase especial na prevenção e promoção da saúde.
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Em 1975, o PNI foi institucionalizado, consolidado a utilização de imunizantes
no país. Este plano passou a coordenar as atividades de imunização realizadas
rotineiramente na rede de serviços e elaborou diretrizes baseadas na experiência da
Fundação de Serviços de Saúde Pública (FSESP), que oferece serviços abrangentes
de saúde por meio de sua própria rede. A legislação específica sobre imunizações e
vigilância epidemiológica (Lei 6.259 de 30/10/1975 e Decreto 78.231 de 30/12/76)
destacou as atividades permanentes de vacinação e fortaleceu institucionalmente o
Programa (BRASIL, 2020).
A partir de 1980, após a erradicação da varíola, iniciou-se a 1ª Campanha
Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, para vacinar todas as crianças menores
de 5 anos em um único dia. O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu na Paraíba
em março de 1989, conforme o Ministério da Saúde (2018). Em setembro de 1994, o
Brasil e os países das Américas receberam o certificado da Comissão Internacional
para a Certificação da Ausência de Circulação Autóctone do Poliovírus Selvagem nas
Américas, atestaram a eliminação da doença e do vírus no continente.
De 1990 a 2003, o PNI fez parte da Fundação Nacional de Saúde. A partir de
2003, passou a fazer parte da DEVEP/SVS — Secretaria de Vigilância em Saúde,
integrada na Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI).
Ao longo do tempo, o PNI alcançou avanços importantes na consolidação da
estratégia de vacinação nacional. As metas atuais incluem a eliminação do sarampo
e do tétano neonatal, além do controle de outras doenças imunopreveníveis, como
difteria, coqueluche, tétano acidental, hepatite B, meningite, febre-amarela, formas
graves da tuberculose, rubéola e caxumba em alguns estados.
O PNI adquire, distribui e estabelece diretrizes para o uso de imunobiológicos
especiais destinados a situações e grupos populacionais específicos, atendidos nos
Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). A cooperação também
é responsável pela implantação do Sistema de Informação e pela consolidação dos
dados de cobertura vacinal em todo o país (BRASIL, 2020).
O objetivo principal do Programa é oferecer vacinas de qualidade a todas as
crianças nascidas anualmente no país, busca alcançar coberturas vacinais de 100%
de forma subterrânea em todos os municípios e bairros. Atualmente, o PNI faz parte
do programa da Organização Mundial da Saúde, com apoio técnico, operacional e
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financeiro da UNICEF, além de contribuições do Rotary Internacional e do Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Dentre os desafios enfrentados pelo SUS, destaca-se a falta de preparação dos
profissionais de saúde para adotar uma abordagem integral no atendimento,
considerar a pessoa na totalidade, abranger aspectos emocionais, sociais e
biológicos. Muitas vezes, os pacientes são atendidos sem que haja um olhar gentil por
parte dos profissionais. Isso levanta a questão de como é possível estabelecer um
vínculo quando o paciente não se sente realmente visto. Por outro lado, alguns
profissionais tendem a focar apenas nos aspectos sociais e psicológicos,
desconsidera a presença de doenças biológicas. Encontrar um equilíbrio entre essas
duas perspectivas é um desafio significativo, mas factível.
Para garantir que uma população seja reconhecida e valorizada como parte
ativa do processo de saúde-doença, é necessário promover uma maior
corresponsabilidade entre gestores, profissionais de saúde e a comunidade. Além
disso, é fundamental consideração e respeito à diversidade cultural do Brasil, entre
outras medidas.
Nesse contexto, a Política Nacional de Humanização (PNH) foi desenvolvida
não apenas para transformar a interação entre profissionais de saúde e a população,
mas também para promover uma abordagem humanizada entre os próprios
profissionais e serviços de saúde. A humanização deve ser um elemento presente em
toda a Rede de Atenção à Saúde (RAS), desde a gestão dos serviços até as situações
de cuidado prestado à população. Para esse objetivo, as diretrizes específicas da PNH
são:
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➢ Acolhimento: a prática da escuta ativa, alinhada com as diretrizes da PNAB
(Política Nacional de Atenção Básica).
➢ Valorização do trabalho e do trabalhador da saúde.
➢ Promoção de grupos, coletivos e redes, incentiva a construção coletiva da
saúde e fortalece tanto as redes informais de apoio à comunidade quanto as
redes formais já existentes.
Estrutura da PNH:
➢ Princípios
➢ Método
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➢ Diretrizes
➢ Dispositivos
Princípios:
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responsabilidades. Os usuários dos serviços de saúde não são só pacientes,
os trabalhadores não só cumprem ordens: as mudanças acontecem com o
reconhecimento das diversas faces do papel de cada um. Um SUS humanizado
reconhece cada pessoa como legítima cidadã de direitos e valoriza e incentiva
sua atuação na produção de saúde.
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a um cuidado humanizado no ambiente domiciliar, próximo à convivência
familiar.
➢ Estudos indicam que o bem-estar, carinho e atenção por parte da família,
combinados com uma assistência adequada em saúde, desempenham um
papel fundamental na recuperação de enfermidades.
➢ Pacientes que passaram por procedimentos cirúrgicos e normais no período de
recuperação, quando recebem cuidados em seu próprio domicílio, apresentam
uma redução significativa dos riscos relacionados à contaminação e infecção.
➢ O programa “Melhor em Casa” representa um avanço na gestão do sistema
público de saúde todo, contribui para a desocupação de leitos hospitalares e,
consequentemente, melhora o atendimento e a regulação dos serviços de
urgência nos hospitais.
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➢ Representem a reintrodução de doença erradicada;
➢ Apresentem gravidade elevada; ou
➢ Extrapolem a capacidade de resposta da direção estadual do Sistema Único
de Saúde;
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7.8 Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB)
Fonte: https://brasilsorridente.com.br/
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especializados, insere a criação de Centros de Especialidades Odontológicas e
Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias, além da adição de flúor nas estações
de tratamento de água para abastecimento público. O programa também abrange o
Brasil Sorridente Indígena e está interligado com outras iniciativas do Ministério da
Saúde, o que contribui para compreender sua abrangência e impacto.
A entrada no Sistema Único de Saúde (SUS) é feita por meio das Unidades
Básicas de Saúde (UBS) ou por meio das equipes de saúde. A Atenção Básica
assume a responsabilidade pelo atendimento inicial dos pacientes e pela referência
aos serviços especializados somente em situações de maior complexidade (BRASIL,
2020).
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sociedade para enfrentar o desafio do complexo social de garantir a assistência
farmacêutica a toda a população do país. A Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ),
responsável pela operacionalização do programa, desempenha um papel crucial na
coordenação da estruturação das unidades, aquisição de medicamentos,
abastecimento das farmácias e capacitação dos profissionais, garante sua integração
contínua e segurança nos sistemas de saúde locais.
A priorização da aquisição de medicamentos por meio de laboratórios
farmacêuticos públicos serve como estímulo à produção desses medicamentos. O
Programa Farmácia Popular do Brasil está alinhado com as prioridades do governo
em atender às necessidades de saúde da população brasileira.
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de 9 de julho de 2013, e n.º 2.095, de 24 de setembro de 2013. Esses protocolos
desempenham um papel fundamental na promoção da segurança do mesmo.
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O principal objetivo do PSE é contribuir para a formação completa dos
estudantes, por meio de ações que visam promover, prevenir e prestar assistência em
saúde. Isso é feito com o propósito de enfrentar as vulnerabilidades que afetam o
pleno desenvolvimento de crianças e jovens matriculados na rede pública de ensino.
Os beneficiários do PSE incluem estudantes da Educação Básica, gestores e
profissionais da educação e saúde, bem como a comunidade escolar. Além disso, o
programa tem um alcance mais amplo, abrange estudantes da Rede Federal de
Educação Profissional e Tecnológica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
As atividades relacionadas à educação e saúde promovidas pelo PSE são
realizadas em Territórios definidos conforme a área de abrangência da Estratégia
Saúde da Família, conforme definido pelo Ministério da Saúde. Isso possibilita a
criação de núcleos e conexões entre os recursos públicos de saúde e educação, como
escolas, centros de saúde e áreas de lazer, como praças e ginásios esportivos.
A definição dos Territórios Locais no PSE é resultado de estratégias acordadas
entre a escola, com base em seu projeto político-pedagógico, e a unidade básica de
saúde. O planejamento dessas ações do PSE considera o contexto escolar e social,
bem como o diagnóstico local e a capacidade operacional em saúde escolar.
A escola é o ambiente institucional central para a integração da educação e da
saúde e um espaço propício para a convivência social e o estabelecimento de relações
que favorecem a promoção da saúde por meio de uma abordagem de Educação
Integral.
Para atingir seus objetivos e obter sucesso, o PSE é composto por cinco
componentes essenciais:
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Mais do que uma estratégia de integração das políticas setoriais, o PSE se
propõe a ser um novo desenho da política de educação e saúde já que:
➢ Trata a saúde e educação integrais como parte de uma formação ampla para
a cidadania e o usufruto pleno dos direitos humanos;
➢ Permite a progressiva ampliação das ações executadas pelos sistemas de
saúde e educação com vistas à atenção integral à saúde de crianças e
adolescentes;
➢ Promove a articulação de saberes, a participação de estudantes, pais,
comunidade escolar e sociedade em geral na construção e controle social da
política pública.
➢ Pré-natal;
➢ Parto e nascimento;
➢ Puerpério e atenção integral à saúde da criança;
➢ Sistema logístico (transporte sanitário e regulação).
A Rede Cegonha é uma estratégia lançada em 2011 pelo governo federal para
proporcionar às mulheres saúde, qualidade de vida e bem-estar durante a gestação,
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parto, pós-parto e o desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida.
Tem o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir os direitos sexuais
e reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes. A proposta qualifica os
serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no planejamento familiar, na
confirmação da gravidez, no pré-natal, no parto e no puerpério (28 dias após o parto).
A Rede sistematiza e institucionaliza um modelo de atenção ao parto e ao
próximo nascimento sendo discutido e construído no País desde a década de 80, com
base no pioneirismo e na experiência de médicos e enfermeiras, obstetras e
neonatais, obstetrizes, parteiras, doulas, acadêmicos, antropólogos, sociólogos,
gestores, formuladores de políticas públicas, gestantes, grupos feministas, ativistas e
instituições de saúde, dentre outros.
49
➢ Prevenir o consumo excessivo e a dependência de substância como álcool e
outras drogas, bem como minimizar os danos resultantes do uso dessas
substâncias.
➢ Facilitar a reintegração e a reabilitação de indivíduos com transtornos mentais
e com necessidades relacionadas ao uso de álcool e outras drogas, por meio
do acesso a oportunidades de trabalho, renda e habitação solidária.
➢ Produzir e disponibilizar informações sobre os direitos das pessoas, estratégias
50
➢ Coordenar e implementar a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) em Santa
Catarina, a partir das diretrizes do Ministério da Saúde;
➢ Suporte aos municípios para incentivar a implantação dos dispositivos e pontos
de atenção da RAPS, articulados com os outros pontos da rede, por meio de
análise de projetos dos municípios ou região de saúde, visitas, reuniões,
articulação entre os vários serviços e setores, vistorias e pareceres para
implantação dos pontos de atenção;
➢ Acompanhamento e avaliação dos pontos da Rede de Atenção Psicossocial
mediante supervisões dos serviços in loco; em parceria com as Equipes de
Controle, Avaliação e Auditoria e Vigilância Sanitária;
➢ Qualificação dos profissionais da Rede de Atenção Psicossocial, em parceria
com outros setores da SES;
➢ Articulação com outros setores como Educação, Assistência Social, Ministério
Público, Poder Judiciário, Segurança Pública e outros;
➢ Coordenação e/ou participação de Comissões, Câmaras Técnicas, Conselhos
e outros relacionados à área de atenção em Saúde Mental no Estado;
➢ Participação na discussão e implantação de políticas direcionadas às
populações específicas como população indígena, população infanto-juvenil,
população privada de liberdade e população em situação de rua.
51
Atualmente, a Rede engloba mais de 200 Bancos de Leite Humano distribuídos
por todos os estados do país, alguns deles oferece serviços de coleta em domicílio. A
RBLH-BR também inclui mais de 300 Postos de Coleta (PCs) de leite humano.
O modelo brasileiro é reconhecido internacionalmente devido ao seu avanço
tecnológico pioneiro, que alia custos baixos a altos padrões de qualidade. Além disso,
o leite humano é distribuído conforme as necessidades específicas de cada bebê,
aumenta a eficácia dessa iniciativa na redução da mortalidade neonatal. Em 2001, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou a RBLH como uma das iniciativas
mais eficazes na redução da mortalidade infantil global durante a década de 1990. No
período de 1990 a 2012, a taxa de mortalidade infantil no Brasil diminuiu em 70,5%.
➢ Residências;
➢ Locais de trabalho;
➢ Vias públicas
52
O SAMU funciona como um serviço gratuito e disponível 24 horas por dia,
oferece orientações e despacho de veículos equipados com equipes treinadas. Os
cidadãos podem acessá-lo através do número “192” e contatá-lo por meio de uma
Central de Regulação das Urgências.
O atendimento pelo SAMU tem início com uma chamada telefônica na qual são
fornecidas diretrizes iniciais. Essa conexão é gratuita tanto para telefones fixos quanto
móveis. Os operadores de atendimento telefônico identificam a emergência e coletam
informações iniciais sobre as vítimas e seu local. Posteriormente, as chamadas são
encaminhadas a um Médico Regulador, que fornece orientações de assistência às
vítimas e mobilização de ambulâncias quando necessário.
As ambulâncias do SAMU estão estrategicamente posicionadas para otimizar
o tempo de resposta entre as chamadas da população e o transporte para serviços
hospitalares de referência. A prioridade é prestar atendimento às vítimas o mais rápido
possível, isso inclui o envio de médicos conforme a gravidade da situação. As
unidades móveis podem ser ambulâncias tradicionais, motolâncias, ambulanchas ou
aeronaves médicas, conforme a disponibilidade e as necessidades específicas de
cada situação, garantem uma ampla cobertura de atendimento.
53
informações, na melhoria dos processos de acolhimento e no gerenciamento do
acesso aos serviços que a compõem.
Com base na avaliação do perfil epidemiológico e demográfico do Brasil, a
Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde destaca que os principais
desafios em urgência e emergência envolvem doenças do sistema circulatório, como
o Infarto Agudo do Miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral, além do aumento da
violência e dos acidentes de trânsito. Portanto, a Rede de Urgência e Emergência
concentra seus esforços na reorganização das linhas de cuidados prioritários
relacionados a traumatologia, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares no
contexto da assistência hospitalar, buscam uma integração eficaz com os demais
pontos de atenção à saúde (BRASIL, 2020).
Sistemas:
55
11 PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DO TABAGISMO — PNCT
O uso do tabaco passou a ser reconhecido como um fator de risco para várias
doenças a partir da década de 1950. No Brasil, movimentos de controle do tabagismo
liderados por profissionais de saúde e sociedades médicas surgiram na década de
1970. A atuação governamental, a nível federal, começou a se estruturar em 1985
com a formação do Grupo Assessor para o Controle do Tabagismo no Brasil e, em
1986, com a criação do Programa Nacional de Combate ao Fumo.
Desde o final da década de 1980, o Ministério da Saúde, por meio do Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), articula a gestão e
governança do controle do tabagismo no Brasil. Isso envolve a implementação de um
conjunto de ações nacionais que compõem o Programa Nacional de Controle do
Tabagismo (PNCT).
O PNCT visa reduzir a prevalência de fumantes e a morbimortalidade
relacionada ao consumo de produtos derivados do tabaco no Brasil. Isso é feito por
meio de ações educativas, de comunicação, de atenção à saúde e de apoio a medidas
legislativas e econômicas. O programa visa principalmente prevenir o início do
tabagismo entre crianças, adolescentes e jovens, promover o abandono do tabagismo
e proteger a população da exposição à fumaça ambiental do tabaco, reduzir os danos
individuais, sociais e ambientais causados por esses produtos (BRASIL, 2020).
O PNCT também coordena a Rede de Tratamento do Tabagismo no Sistema
Único de Saúde (SUS) e realiza campanhas educativas. Além disso, promove
ambientes livres de tabaco.
O Brasil ratificou a Convenção-Quadro da OMS para o Controle do Tabaco
(CQCT/OMS) em novembro de 2005, tornou-se parte do primeiro tratado internacional
de saúde pública para conter a epidemia global do tabagismo. A implementação do
PNCT passou então a fazer parte da Política Nacional de Controle do Tabaco, que
cumprirá as medidas e diretrizes do CQCT/OMS.
O INCA desempenha um papel central nessa política, articula a internalização
das ações e medidas do CQCT/OMS relacionadas à saúde. Ele também atua como
Secretaria-Executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-
Quadro da OMS para o Controle do Tabaco (CONICQ), coordena a participação e o
56
alinhamento de todos os setores do governo aos objetivos e medidas previstas no
tratado (BRASIL, 2020).
O Programa Nacional de Controle do Tabagismo se destaca na implementação,
que tratam de educação, comunicação, treinamento, conscientização do público e
medidas de redução de demanda relacionadas à dependência e ao abandono do
tabaco. Além disso, por meio de sua atuação na rede, contribui para a promoção de
um ambiente propício à implementação de todas as medidas de controle do tabaco
no país, mesmas aquelas fora da governabilidade do setor saúde.
Essa rede faz parte de um programa nacional que atua na governança da
Política Nacional de Controle do Tabaco, envolve outros setores do governo federal,
organizações não governamentais e, em alguns casos, governos estaduais que se
organizaram para essa especificamente. Essa estrutura de governança está alinhada
com as obrigações gerais previstas na CQCT/OMS, introduz o estabelecimento de
mecanismos de coordenação nacional para o controle do tabaco.
57
➢ VI — Laboratórios Locais — LL; e
➢ VII — Laboratórios de Fronteira — LF.
58
13 CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS)
60
necessárias às ações de saúde, em consonância com as diretrizes da Política
Nacional de Saúde;
➢ Manter o acervo das bases de dados necessárias ao sistema de informações
em saúde e aos sistemas internos de gestão institucional;
➢ Assegurar aos gestores do SUS e órgãos congêneres o acesso aos serviços
de informática e bases de dados, mantidos pelo Ministério;
➢ Definir programas de cooperação técnica com entidades de pesquisa e ensino
para prospecção e transferência de tecnologia e metodologia de informática em
saúde, sob a coordenação do Secretário-Executivo;
➢ Apoiar estados, municípios e o Distrito Federal na informatização das
atividades do SUS.
61
população brasileira. O DATASUS também disponibiliza links em várias cidades do
Brasil, com conexões a todos os Núcleos Estaduais do Ministério da Saúde, Funasa,
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Casa do Índio e às 27 secretarias
estaduais de saúde (BRASIL, 2020).
62
14.3.1 Benefícios
14.3.2 Funcionalidades
63
expostas. Isso contribui para a compreensão da situação epidemiológica em uma
determinada área geográfica.
O SINAN pode ser operacionalizado em níveis administrativos locais, como nas
unidades de saúde, segue a descentralização preconizada pelo Sistema Único de
Saúde (SUS). A maioria das notificações é inserida nos sistemas pelas Secretarias
Municipais de Saúde. Caso um município não disponha de recursos computacionais,
os dados serão inseridos nas regionais de Saúde (BRASIL, 2017).
A Ficha Individual de Notificação (FIN) é preenchida pelas unidades de
assistência de saúde para cada paciente quando há suspeita de um agravo
compulsório ou de interesse nacional, estadual ou municipal. Essas fichas são então
enviadas aos serviços responsáveis pela vigilância epidemiológica das Secretarias
Municipais de Saúde, que, por sua vez, repassam os dados para as Secretarias
Estaduais de Saúde (SES) em intervalos regulares, conforme cronograma previsto
pela SVS.
Se não houver suspeita de doença, as unidades de saúde devem preencher
um formulário de notificação negativa, que deverá ser entregue dentro dos mesmos
prazos estabelecidos para uma notificação positiva. Isso ajuda a garantir que os
profissionais de saúde e o sistema de vigilância estejam atentos à ocorrência desses
eventos e evitem subnotificações. Caso os municípios não forneçam dados ao SINAN
por dois meses consecutivos, os recursos do Piso de Assistência Básica são
suspensos.
Além da Ficha Individual de Notificação (FIN) e da Notificação Negativa, o
sistema também disponibiliza a Ficha Individual de Investigação (FII), a qual é um guia
de investigação que ajuda a identificar a fonte de infecção, os modos de transmissão
da doença e a transmissão. ou exclusão da suspeita. Além disso, planilhas de surtos
e boletins de acompanhamento de casos de hanseníase e tuberculose são usados
para coleta de dados (BRASIL, 2017).
A Portaria GM/MS n.º 47, de 3 de maio de 2016, estabelece os critérios para
monitoramento da regularidade na alimentação do Sistema de Informação de Agravos
de Notificação (SINAN), do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) e
do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), a fim de manter os repasses de
recursos do Piso Fixo de Vigilância em Saúde (PFVS) e do Piso Variável de Vigilância
em Saúde (PVVS) do Bloco de Vigilância em Saúde.
64
A Portaria GM/MS n.º 1.378, de 9 de julho de 2013, regulamenta as
responsabilidades e define diretrizes para a execução e financiamento das ações de
Vigilância em Saúde nos âmbitos federal, estadual, distrital e municipal, referente ao
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
O Manual de Normas e Rotinas visa estabelecer um padrão para a utilização
do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) em todas as esferas do
governo.
65
Embora o SIPNI tenha sido implantado em 2010, sua adoção mais ampla foi
limitada pela falta de equipamentos de informática em todas as salas de vacina do
país. Os principais objetivos do SIPNI incluem:
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➢ Auxilia o pagamento em função da programação físico-financeira;
➢ Gera mensalmente informações para o crédito bancário;
➢ Atualiza o banco de dados nacional do SUS (BD Nacional);
➢ Produz relatórios com informações detalhadas que auxiliam os processos de
Controle, Avaliação e Auditoria;
➢ Gera os arquivos compatíveis com diversos aplicativos como TABNet e
TABWin
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
67
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Usuária da Saúde, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br.Acesso:22
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novos gestores municipais de saúde. Brasília, DF, 2009.Disponivel em:
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novos gestores municipais de saúde. CONASEMS, Conselho Nacional de
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de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único
de Saúde — SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação
interfederativa, e dá outras providências. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7508.htm.
Acesso 22 set. 2023.
BRASIL. Lei n.º 13.427, de 30 de março de 2017. Altera o art. 7º da Lei n.º 8.080, de
19 de setembro de 1990, que “dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências”, para inserir, entre os
princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), o princípio da organização de
atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de
violência doméstica em geral. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13427.htm. Acesso em:
22 set. 2023.
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a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento
dos serviços correspondentes, instituindo o Sistema Único de Saúde (SUS).
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72