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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ


CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

FRANCISCO SOUSA SOUTO


JOSÉ NADSON ALMEIDA CIPRIANO
LIVIO RAFAEL QUEIROZ MOTA
JEFETER PEREIRA DA SILVA

PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO EM CASA DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL


NA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS EM FORTALEZA

FORTALEZA - CEARÁ
2022
1

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ


CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

FRANCISCO SOUSA SOUTO


JOSÉ NADSON ALMEIDA CIPRIANO
LIVIO RAFAEL QUEIROZ MOTA
JEFETER PEREIRA DA SILVA

PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO EM CASA DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL


NA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS EM FORTALEZA

TCC apresentado ao Curso de Graduação em


Educação Física do Centro Universitário Estácio
do Ceará, como requisito final para obtenção do
título de bacharel em Educação Física.

Orientador: Prof. Dra. Juliana Osório Alves

FORTALEZA - CEARÁ
2022
2

SUMÁRIO

1
5
INTRODUÇÃO.........................................................................................
1.1 JUSTIFICATIVA
...................................................................................
2
6
OBJETIVOS.............................................................................................
2.1 Objetivo
6
Geral...............................................................................
2.2 Objetivo Específico....................................................................... 6
3 REFERENCIAL
7
TEÓRICO......................................................................
3.1 COVID-19 e Isolamento
7
Social.....................................................
3.2 Importância do exercício físico durante a pandemia.................... 7
3.3 Fatores associados à prática de exercícios físicos em casa
durante a 9
pandemia....................................................................................

4
11
METODOLOGIA......................................................................................
4.1 Tipo de
11
Estudo..............................................................................
4.2 Local e
11
Período.............................................................................
4.3 População e
11
Amostra....................................................................
4.4 Critério de inclusão....................................................................... 12
4.5 Coleta de Dados........................................................................... 12
4.6 Aspectos
12
éticos.............................................................................
3

4.7 Análise de
12
Dados..........................................................................
5 RESULTADO E
13
DISCUSSÃO..................................................................
6
18
CONCLUSÃO…………………………………………………………………
REFERÊNCIA............................................................................................
19
.
ANEXO A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
20
.....
ANEXO B – Instrumento de coleta – Questionário............................. 21

RESUMO

A COVID-19 é uma doença com alto grau de contágio quando comparadas a outras
infecções respiratórias, e com elevadas taxas de mortalidade em idosos,
principalmente quando associadas a outras doenças respiratórias, a hipertensão
arterial, a doenças cardiovasculares, a diabetes mellitus e a obesidade forçando
assim a necessidade de tomada de medidas de distanciamento social para conter a
propagação do vírus. O comportamento relacionado à prática de atividade física
apresentou redução após as medidas de distanciamento social. O presente estudo
visa mostrar as principais dificuldades encontradas na realização de exercícios em
casa durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. Com isso, buscou identificar quais
os motivos que afetaram o comportamento ligado às práticas de exercício e outros
fatores. Realizou-se em primeiro momento um levantamento bibliográfico com banco
de dados do google acadêmico. A pesquisa foi desenvolvida pela plataforma Google
Forms, convites eletrônicos foram enviados para pessoas que participaram da
pesquisa e residem na cidade de Fortaleza – no período de fevereiro a abril de 2022,
para pessoas que alegaram ter praticado exercícios físicos em casa durante a
4

pandemia da COVID-19 e ter acima de 18 anos. Foram obtidas 109 respostas,


porém foram excluídas do estudo aquelas pessoas que alegaram não terem
praticado exercícios físicos em casa. Com isso, o presente estudo levou em
consideração as respostas de 78 pessoas que alegaram terem praticado exercícios
físicos em casa, sendo elas 38 homens e 40 mulheres, com idades de 18 a 60 anos.
Foi observado que a principal dificuldade da prática de exercícios físicos durante o
isolamento foi a falta de equipamentos/materiais, porém a maior parte dos indivíduos
conseguiram realizar progressões nos treinos, mesmo que só uma parte dos
entrevistados tivessem acompanhamento profissional. Os mesmos tinham que
adaptar os exercícios para poderem fazer a prática de exercícios em casa.
Baseando-se nos objetivos/motivações dos entrevistados, a maioria da população
buscava o exercício físico por sensação de prazer e bem-estar e visando uma
melhora na saúde, praticando assim 3 ou mais vezes na semana. Por fim, esse
estudo mostra a importância do exercício físico, além da aderência ao mesmo pós
prático individual.

Palavras-chave: isolamento social; inatividade física;pandemia.

ABSTRACT

The Covid-19 is a disease with a high degree of contagion when compared to other
respiratory infection, and high mortality rates in the elderly, especially when
associated with other respiratory diseases, arterial hypertension, cardiovascular
diseases, diabetes mellitus and obesity (RAIOL, 2020) forcing the necessity to take
action of social distancing to stop the propagation of the virus. The behavior related
to the practice of physical education showed a reduction after social distancing
measures (Costa et al, 2020). The study has as objective to show the main
difficulties found in the realization of the exercises at home during the pandemy of
Covid-19 in Brazil. With that, sought to identify the reasons that have affected the
behavior related to the practice of exercises and other factors. At first, a bibliographic
survey was carried out with the academic google database.The survey was
developed through the Google Forms platform, electronic invitations were sent to
people who participated in the survey and live in Fortaleza city - in the period of
february through april of 2022, to people who claimed to have practiced physical
exercises at home during the pandemy of Covid-19 and be over 18 years-old. 109
responses were obtained, but those people who claimed not to have practiced
physical exercises at home were excluded from the study. So, the study has taken in
consideration the responses of 78 people who claimed to have practiced physical
exercises at home, from those who 38 were men and 40 women, with ages between
5

18 to 60 years-old. Was observed that the main difficulty of the practice of exercises
during the isolation period was the lack of equipment and materials,however, most of
the individuals managed to make progress in training, even though only a part of the
interviewees had professional follow-up. They had to adapt the exercises to make
them at home. Based on the objectives and motivations of the interviewed, most of
the population sought physical exercise for a feeling of pleasure and well-being and
aiming for improvement in their health, practicing three or more times a week. Finally,
this study is important for the context of the pandemic by analyzing the adaptation,
frequency and routine of people who chose to exercise during the social isolation of
the COVID 19 pandemic and for its adhesion even after individual post practice.

Keywords: social isolation; physical inactivity; pandemic.

1 INTRODUÇÃO

A COVID-19 é uma doença com alto grau de contágio quando comparadas a


outras infecções respiratórias, e com elevadas taxas de mortalidade em idosos,
principalmente quando associadas a outras doenças respiratórias, a hipertensão
arterial, a doenças cardiovasculares, a diabetes mellitus e a obesidade (RAIOL,
2020) forçando assim a necessidade de tomada de medidas de distanciamento
social para conter a propagação do vírus.
No entanto, as medidas costumam prejudicar a saúde física e mental das
pessoas durante este período. Assim, o exercício físico regular parece ser uma
alternativa que minimize os efeitos colaterais do distanciamento social na saúde
humana (Costa et al, 2021). Mesmo com indicações das práticas de exercício
regular, academias, por serem locais onde acontece aglomerações que podem
contribuir para a disseminação do vírus, foram fechadas (Mattos et al, 2020). Além
de academias, locais como clubes esportivos e até espaços fitness de condomínio,
foram fechados por serem locais que possivelmente facilitariam a propagação do
6

vírus, aumentando a dificuldade da prática de exercício durante a pandemia (Raiol,


2020).
Portanto, entre os vários impactos causados pela pandemia de COVID-19,
nota-se a diminuição de atividade física e de exercício físico, apesar dos efeitos
benéficos na redução dos níveis de depressão, melhorias nas condições
musculares, cognitivas, cardiovasculares e imunológicas, as quais são importantes
para manutenção da saúde em tempos de pandemia (Mattos et al, 2020). Com isso,
o presente estudo visa identificar quais fatores dificultaram a prática de exercícios
em casa durante o isolamento social causado pela pandemia COVID-19.
O comportamento relacionado à prática de atividade física apresentou
redução após as medidas de distanciamento social (Costa et al, 2020). O presente
estudo visa mostrar as principais dificuldades encontradas na realização de
exercícios em casa durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. A nova realidade
pandêmica motivou a elaboração do projeto, sendo importante ressaltar o interesse
pessoal dos autores com o tema, já que foram afetados diretamente com a proibição
do funcionamento de academias e outros espaços de prática de atividade física.
Com isso, o presente estudo visou identificar quais os motivos que afetaram o
comportamento ligado a práticas de exercício. Acredita-se que este possa incentivar
futuros estudos relacionados ao tema, já que vivemos esse período de pandemia e
essas dificuldades foram vivenciadas em nosso país.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 COVID-19 e Isolamento Social

Segundo Mattos et al (2020), no ano de 2020 a história do mundo ficou


marcada pela doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que causou inúmeros
casos e óbitos em todos os continentes do planeta. A inexistência de uma vacina
específica ou algum remédio para essa doença com alto grau de contágio, gerou
seu enfrentamento por meio de prevenções como medidas de etiqueta respiratória e
distanciamento social, causando enclausuramento de milhares de pessoas,
principalmente idosos, que ficou conhecido como “grupo de risco” da COVID-19
(Huang C, 2019 apud Mattos et al, 2020).
A COVID-19 é uma doença com alto grau de contágio quando comparadas a
outras infecções respiratórias, e com elevadas taxas de mortalidade em idosos,
7

principalmente quando associadas a outras doenças respiratórias, a hipertensão


arterial, a doenças cardiovasculares, a diabetes mellitus e a obesidade (Jordan,
Adab e Cheng, 2020 apud Raiol, 2020).
Em fevereiro de 2020 foi confirmado o primeiro caso de COVID-19 no Brasil
(Cascella et al, 2020 apud Costa et al, 2020). Com o aumento do número de casos
em vários países, a organização mundial da saúde (OMS) classificou a COVID-19
como uma pandemia, pois no Brasil e em vários países, com o número de casos
aumentando exponencialmente e com as recomendações da OMS, foram
anunciadas séries de medidas restritivas para a contenção do contagio do vírus,
sendo uma das principais delas o distanciamento social (Costa et al, 2020).
De acordo com Silva et al (2020) esse meio acabou sendo o melhor para
evitar a propagação da COVID-19. Junto a isso algumas práticas sociais, visando a
saúde da população de uma forma geral, estiveram sendo indicadas por
autoridades, para que assim pudesse prevenir um colapso nos sistemas de saúde
(Silva et al, 2020)

2.2 Importância do exercício físico durante a pandemia


Manter a prática de exercício físico durante a pandemia do COVID-19 foi
muito desafiador, mas de grande importância para os dias de isolamento social. É
um desafio ficar fisicamente ativo quando se passa por longos períodos em casa,
trazendo assim alguns malefícios para saúde, como prejudicar os processos
cognitivos das pessoas somado ao momento de estresse causado pelo isolamento
social (Hall et al, 2020 apud Junior, 2020).

De acordo com Pitanga, Beck e Pitanga (2020), o aumento dos níveis de


atividade física na população pode auxiliar no combate a obesidade e a outros
agravos cardiometabólicos, além de melhorar a saúde mental. Com isso a atividade
física, por ter seus benefícios no sistema imunológico e trazendo melhoras também
para a saúde mental, foi enfatizada nos discursos (Silva et al, 2020). Considerando o
cenário que a maior parte da população estava em casa, a prática de atividade física
acabou sendo mediada por meios tecnológicos como redes e mídias sociais,
ressaltando a importância de sua prática mesmo com academias fechadas durante o
período da pandemia (Silva et al, 2020). Assim, com o distanciamento social, os
exercícios deveriam serem feitos em casa ou ao ar livre, como exercícios aeróbicos
8

e resistidos, utilizando-se dos protocolos básicos como máscara e distanciamento


social, sendo bom para maximizar os efeitos positivos no sistema imunológico (Raiol,
2020) e consequentemente minimizando os possíveis efeitos do COVID-19.

Levar em consideração que a prática regular da atividade física para


diferentes sistemas orgânicos traz benefícios, considera-se que o aumento dos
níveis de atividade física para população poderá deixar as pessoas melhor
preparadas para futuras pandemias similares a atual, pois pessoas com os sistemas
cardiovascular, metabólico, imunológico e saúde mental ajustado, podem conseguir
suportar melhor os efeitos de possível contágio por infecções virais (Junior, 2020).

Neste cenário foram recomendadas atividades de fortalecimento muscular


que poderiam ser feitos em casa, como flexões, agachamentos, alongamentos,
preferivelmente acompanhados de formas online, por exemplo: com vídeos
explicando exercícios, com aplicativos e com orientação do Profissional de
Educação Física (Junior, 2020) assim com uma supervisão adequada, poderá ter
melhora não só nos resultados imunológicos mas também na segurança, no
rendimento, na motivação, e nos aspectos físicos de uma forma geral. A utilização
da tecnologia digital de forma individual ou coletiva pode auxiliar os profissionais a
acompanharem seus alunos de forma remota. O lado negativo dos aplicativos é que
não tem profissionais que estejam identificando se as pessoas estão fazendo os
exercícios de forma correta ou não, algumas pessoas com restrições podem
prejudicar-se fazendo exercícios não adequados a elas.

Concluindo, o aumento dos níveis de atividade física pode melhorar a função


imunológica e, todos estes aspectos em conjunto, podem fazer com que possamos
estar mais bem preparados, tanto para a atual pandemia do COVID-19, quanto para
outras futuras pandemias (Pitanga, Beck e Pitanga, 2020), tornando assim de
grande importância continuar praticando atividades física.

2.3 Fatores associados à prática de exercícios físicos em casa durante a


pandemia

Durante o isolamento social algumas pessoas continuaram treinando com


acompanhamento de profissionais de forma remota, já outras buscaram se exercitar
9

baseando-se em aplicativos de musculação, danças, treinos funcionais, entre outros.


O número de downloads de aplicativos voltados às atividades físicas em casa,
principalmente, entre os meses de março à abril de 2020, não significa
necessariamente que a população vem se exercitando de acordo com o que é
proposto pelos aplicativos, pois, a adesão aos mesmos não tem garantia que foram
realmente utilizados da forma correta (Marciel e Lima, 2021). Porém, de acordo com
Cruz et al (2021), treinos feitos de forma online atingiram positivamente homens e
mulheres, sendo assim, a prática de exercícios físicos é classificada como uma
opção não farmacológica, de baixo custo e sendo viável para manutenção da saúde
nesse momento da pandemia.

De acordo com Costa et al (2020), o maior nível de atividade física durante a


pandemia está associado ao sexo (feminino e masculino), local de residência
(campo e metrópole) e grupo de risco (idosos, obesos, hipertensos, entre outros).
Embora estes fatores já influenciassem a prática de atividade física antes mesmo
das medidas de distanciamento, os resultados demonstram que no período da
pandemia eles apresentam uma redução no seu poder de predição, e esta redução
é maior para o sexo e grupo de risco (Costa et al, 2020).

Considerar as variáveis fisiológicas juntos aos aspectos motivacionais é um


desafio, pois a prática de exercício físico sem ou com pouca supervisão pode
aumentar as dificuldades comportamentais na prática e adesão de um programa de
treinamento (Neto et al, 2020). Assim, as variáveis psicobiológicas devem ser
enfatizadas em um programa de treinamento eficiente para indivíduos sedentários,
onde os exercícios e as intensidades devem ser enfatizadas para promover uma
sensação prazerosa durante a prática (Neto et al, 2020). E para indivíduos que já
eram praticantes antes das medidas de isolamento social e estão acostumados com
a demanda física, podem ser estimulados com exercícios que buscam resultados
físicos e estéticos (Neto et al, 2020). Para o real estudo, não foram achados estudos
com as reais dificuldades apresentadas aos indivíduos que passaram pela pandemia
do COVID-19, com isso, esse estudo buscou, a partir de dados coletados, identificar
quais os fatores e dificuldades das práticas de exercício físico em casa durante a
pandemia do COVID-19.
10

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de Estudo


Segundo Denzin e Lincoln (2006) apud Augusto (2013), uma pesquisa
qualitativa envolve uma abordagem interpretativa do mundo, o que significa que
seus pesquisadores estudam as coisas em seus cenários naturais, tentando
entender os fenômenos em termos dos significados que as pessoas a eles
conferem. Assim, o estudo trata-se de um estudo qualitativo com caráter descritivo e
base populacional.
Realizamos em primeiro momento um levantamento bibliográfico com banco
de dados do google acadêmico. Após a revisão bibliográfica, os participantes
preencheram um termo de Consentimento Livre e Esclarecido –T.C.L.E (Anexo A)
para esclarecer as finalidades e procedimentos adotados durante o estudo.
Utilizamos um questionário pelo Google Forms com questões citadas no (Apêndice
A). Questionário é, Segundo Parasuraman (1991), um conjunto de questões, feito
para gerar os dados necessários para se atingir os objetivos do projeto. Com o
11

resultado do questionário, utilizamos gráficos para demonstrar o resultado dos


fatores mais e menos destacados.

3.2 Local e Período


A pesquisa foi desenvolvida pela plataforma Google Forms, convites
eletrônicos foram enviados através de aplicativos de mensagens para as pessoas
que participaram da pesquisa e residirem na cidade de Fortaleza – no período de
fevereiro a abril de 2022.

3.3 População e Amostra


A população foi composta por 109 pessoas fisicamente ativas, maiores de 18
anos, que alegaram terem praticado exercícios físicos durante o isolamento social
devido a pandemia causada pela COVID-19. A população escolhida foi por meio de
amostra por conveniência, não tendo grupo ou local especifico para a coleta de
dados. Bem como gênero para os participantes, somente foi exigido que a
população fosse maior de idade.

3.4 Critério de Inclusão


Estar fisicamente ativo
, ter praticado exercícios físicos em casa durante a pandemia da COVID-19,
ter acima de 18 anos. Foram excluídas do estudo aquelas pessoas que alegaram
não terem praticado exercícios físicos em casa durante o isolamento social.

3.5 Coleta de Dados


Como embasamento teórico utilizamos estudos em sua maioria do ano de
2020, com o tema voltado para a situação marcada do ano, a pandemia do COVID-
19. Foi elaborado e aplicado um questionário por meio de um formulário no Google
Forms para não ter troca de matérias. O questionário utilizado conseguimos obter o
resultado das maiores dificuldades da prática de exercícios físicos dentro do
contexto de isolamento social

3.6 Aspectos Éticos


12

No questionário aplicamos um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido –


T.C.L.E (ANEXO A), buscando esclarecer as finalidades do estudo e procedimentos
que adotamos.

3.7 Análise de Dados


De acordo com as respostas coletadas, foi realizado análise quantitativa das
suas respectivas respostas, organizados por meio de gráficos na plataforma excel e
na plataforma google forms, para melhor visualização e entendimento por parte do
leitor e dos pesquisadores.

4 RESULTADOS

O presente estudo foi composto por 109 pessoas, porém foram excluídas do
estudo aquelas pessoas que alegaram não terem praticado exercícios físicos em
casa. Com isso, o presente estudo levou em consideração as respostas de 78
pessoas que alegaram terem praticado exercícios físicos em casa, sendo elas 38
homens e 40 mulheres, com idades de 18 a 60 anos.
Iniciando as análises, baseando-se nos gráficos apresentados abaixo, quando
relacionado a prática de exercícios físicos com a idade, foi observado que as
pessoas da idade de 18 a 30 anos contém uma frequência maior de exercícios
físicos durante o isolamento social quando comparados a pessoas da idade 31 a 60
anos, obtendo o resultado de 5 pessoas para 1x semanal (2,9%) / 0 pessoas para 1x
semanal (0%); 11 pessoas para 2x semanais (6,38%) / 3 pessoas para 2x semanais
(15%); 42 pessoas para 3x semanais (90,72%) / 17 pessoas para 3x semanais
(85%), respectivamente.
13

Em relação à prática de exercícios físicos quando comparado a gênero e a


frequência da prática, foi obtido que os homens praticam exercícios em uma
frequência semanal maior que as mulheres, mesmo que a quantidade de homens e
mulheres não seja a mesma. Nos resultados, para homens e mulheres (H/M)
respectivamente, obteve que, 1/4 praticam 1x semanal; 5/9 praticam 2x semanais;
32/27 praticam 3x semanais.

Sobre os entrevistados
serem fisicamente ativos antes
da pandemia e atualmente (pós
pandemia), obteve-se o
resultado de aumento para
pessoas ativas antes e depois
da pandemia, analisando que
78,2% (61 pessoas) eram ativas
antes da pandemia e no pós
pandemia 92,3 (72 pessoas) se consideram fisicamente ativas. Isso demonstra que
obteve-se uma maior aderência na prática de exercícios físicos pós pandemia
quando comparado ao contexto antes da pandemia. Percebendo assim que as
pessoas buscaram meios de praticar exercícios físicos pós pandemia, melhorando o
estilo de vida, situação de saúde, e por outros motivos também analisados.
Dentro do questionário foi dado a opção de 3 motivos/objetivos para a prática
de exercícios físicos durante a pandemia: “Por sensação de prazer”; “Visando
14

melhorar a saúde”; “Por estética”; porém teve a opção do entrevistado adicionar


outro motivo/objetivo da prática que não estava na lista. Assim, de acordo com o
questionário aplicado, o que levou as pessoas a praticarem exercícios físicos
durante o isolamento social foi a sensação de prazer (20,3% / 15 pessoas), visando
melhora da saúde (70,3% / 52 pessoas), estética (9,5% / 7 pessoas), ocupar a
mente, ser atleta, rotina, performance esportiva, condicionamento físico, hipertrofia e
manter uma boa composição corporal. Percebendo que, o motivo maior para a
prática de exercícios físicos durante o isolamento se deu visando melhorar a saúde.

Baseando-se nas dificuldades de prática de exercícios físicos durante o


isolamento propostas pelo questionário como: comorbidade, massa corporal, falta de
equipamentos, falta de orientação profissional, falta de material, aspectos
motivacionais, frequência, sensação de insegurança e tempo para a prática, obteve-
se que:
21,8% / 17 pessoas não
tiveram nenhuma dificuldade;
6,4% / 5 pessoas tiveram
dificuldade pela falta de
orientação profissional;
35,9% / 28 pessoas tiveram
dificuldade pela falta de
material; 11,5% / 9 pessoas
tiveram dificuldades na frequência da prática; 2,6% / 2 pessoas tiveram dificuldade
em separar um tempo para a prática; 19,2% / 15 pessoas não se sentiam motivadas
para a prática de exercícios durante o isolamento; 2,6% / 2 pessoas tiveram
insegurança para a prática; Dores, problemas respiratórios e medo não constou
como uma dificuldade encontrada para a prática de exercícios físicos nesse período;
Assim, a falta de material, seguido a motivação, foram as maiores causas de
15

dificuldades encontradas para os indivíduos que praticaram exercícios físicos


durante a pandemia.
A adaptação das pessoas para a prática de exercícios físicos durante o
isolamento social, foi analisada a partir das opções: “Já sabia como realizar”;
“Consegui adaptar para treinar em casa”; “Tive dificuldade em adaptar para fazer em
casa”; “Tive auxílio com o profissional”. Obteve-se que 19,2% / 15 pessoas já
sabiam realizar os
movimentos; 47,4% / 37
pessoas conseguiram se
adaptar para treinar em
casa; 16,7% / 13 pessoas
teve dificuldade em se
adaptar para o exercício
em casa; 16,7% / 13 pessoas tiveram auxílio/acompanhamento com o profissional.
Assim, obteve que a maioria das pessoas entrevistadas se adaptaram bem à prática
de exercícios em casa durante o isolamento social, seja sozinho ou com auxílio de
um profissional de Educação Física.

Por fim, foi analisado quais as formas de orientações que os indivíduos


buscavam para as práticas de exercícios físicos durante o isolamento e se faziam ou
não progressão de exercício em seu treino. Sobre as formas de orientação, de
acordo com o gráfico abaixo, obteve-se que 38,5% / 30 pessoas consultaram pela
internet; 20,5% / 16 pessoas se adaptaram com o que já sabia; 33,3% / 26 pessoas
buscaram orientação com um profissional da área; 7,7% / 6 pessoas não buscaram
orientação para seus treinos. Com isso percebe-se que a maior parte dos
entrevistados buscavam auxílio na internet quando apresentavam dúvidas sobre a
realização de exercícios. Já sobre a progressão de exercícios durante a prática de
exercícios físicos durante o isolamento social, foi analisado que 37,2% / 29 dos
entrevistados não faziam progressão de exercícios durante o isolamento social por
sempre fazer os mesmos e estar acostumados a ele (34,6%) e por medo de se
machucar (2,6%). Já os 62,8% / 49 dos entrevistados informaram que fizeram a
progressão dos seus exercícios por ter orientação profissional (23,1%) e por buscar
sempre se superar (39,7%). Percebendo assim que a maioria dos entrevistados
16

obtiveram uma progressão em seus exercícios e consequentemente uma melhora


em seus resultados.

5 DISCUSSÃO

O presente estudo observou que as pessoas buscavam exercícios físicos


visando uma melhora da saúde, concordando com Júnior (2020), onde dizia que a
prática regular da atividade física para diferentes sistemas orgânicos traz benefícios
para indivíduo, considerando que o aumento dos níveis de atividade física para
população poderá deixar as pessoas melhor preparadas para futuras pandemias
similares a atual, pois pessoas com os sistemas cardiovascular, metabólico,
imunológico e saúde mental ajustado, podem conseguir suportar melhor os efeitos
de possível contágio por infecções virais. Homens e mulheres, de diferentes idades,
praticaram exercícios físicos durante o isolamento social, obtendo diferentes
frequências semanais de treino. Com isso, foram analisadas as dificuldades
apresentadas para a diminuição dessa frequência semanal de treinos durante o
isolamento, obtendo que a falta de material e motivação, foram as maiores causas
de dificuldades encontradas perante muitas outras. Quando perguntados sobre o
que faziam quando tinham dúvidas sobre realizações de exercícios, a maior parte
dos entrevistados respondeu que buscava auxílio na internet concordando assim
com Silva et al (2020), onde informou que a maior parte da população estava em
casa e perante isso a prática de atividade física acabou sendo mediada por meios
tecnológicos como redes e mídias sociais, ressaltando a importância de sua prática
mesmo com as academias fechadas durante o período da pandemia. Sobre a
aderência da população em práticas de exercícios físicos antes da pandemia e pós
pandemia, obteve-se um percentual maior de pessoas que atualmente (pós
17

pandemia) passaram a ter uma vida mais ativa, se considerando uma pessoa
fisicamente ativa. Por fim, para uma melhora dos treinos dessas pessoas, a maior
parte dos entrevistados buscavam fazer progressões em seus treinos visando mais
o fato de "se superar", o que pode ser entendido como aspecto motivacional, já outra
parte dos entrevistados só realizaram progressões em seus respectivos treinos por
terem orientação profissional. Já cerca de 34,6% dos participantes, não realizaram
progressões em seus treinos e simplesmente repetiam o treinamento que já estavam
acostumados a fazer, observando que o rendimento dessa pessoa pode ou não ter
tido uma evolução tão quanto pessoas que fizeram treinos progressivos.

6 CONCLUSÃO

O presente estudo mostra que, sobre perfis de gênero e idade, os homens


praticaram com maior frequência mais exercícios físicos no isolamento social do que
as mulheres, e pessoas com idade de 18 a 30 anos aderiram a uma maior prática de
exercícios em relação a pessoas com idades de 31 a 60 anos, o que pode ser por
razões culturais ou pelas dificuldades apresentadas no estudo. Com isso, a principal
dificuldade encontrada na prática de exercícios físicos em casa foi a falta de material
necessário para esta, sendo assim, os entrevistados tiveram que fazer adaptações,
como buscar orientações e se reinventar para conseguir manter uma rotina de
exercícios físicos durante o isolamento social, ainda que alguns fossem
acompanhados por profissionais. Por fim, o presente estudo mostrou que a
aderência da rotina de exercícios físicos pós pandemia teve um aumento quando
18

comparado ao período pré pandemia, já que os entrevistados buscavam exercícios


físicos por motivos de saúde e qualidade de vida. Com isso, entende-se que os
indivíduos conseguiram se conscientizar sobre a prática de exercícios físicos.
Esse estudo se faz importante para o contexto da pandemia por analisar a
adaptação, frequência e rotina das pessoas que optaram por fazer exercícios físicos
durante o isolamento social da pandemia COVID 19. Mostrando a importância do
exercício físico, além da aderência ao mesmo pós prática individual.

REFERÊNCIAS

1. Raiol RA - Praticar exercícios físicos é fundamental para a saúde física e


mental durante a Pandemia da COVID-19 - Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 3,
n. 2, p. 2804-2813 mar./apr. 2020. ISSN 2595-6825

2. Costa et al - Influência do distanciamento social no nível de atividade física


durante a pandemia do COVID-19 - Rev Bras Ativ Fís Saúde.
2020;25:e0123

3. Mattos et al - Recomendações de atividade física e exercício físico durante a


pandemia Covid-19: revisão de escopo sobre publicações no Brasil - Rev
Bras Ativ Fís Saúde. 2020;25:e0176

4. Maciel e Lima - O uso de aplicativos para prática de atividade física em casa


durante a pandemia da covid-19 - Revista CPAQV – Centro de Pesquisas
Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.13| Nº. 1| Ano 2021| p. 2
19

5. Neto et al - Treinamento físico em casa durante a pandemia do COVID-19


(SARS-CoV-2): abordagem fisiológica e comportamental - Rev Bras Fisiol
Exerc 2020;19(2supl):S9-S19

6. Cruz et al - Prática de exercício físico, ingestão alimentar e estado de


ansiedade/estresse de participantes do Projeto MOVIP em meio à pandemia
de COVID-19 - U rev. 2019; 45(1):13-21. DOI: 10.34019/1982-
8047.2019.v45.1697

7. Pitanga, Beck e Pitanga - Inatividade física, obesidade e COVID-19:


perspectivas entre múltiplas pandemias - Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2020;
25:e0114

8. Junior - Alimentação saudável e exercícios físicos em meio à pandemia da


COVID-19 - ano II, vol. 3, n. 9, Boa Vista, 2020

9. Silva et al - Prática de atividade física em meio à pandemia da COVID-19:


estudo de base populacional em cidade do sul do Brasil - Ciência & Saúde
Coletiva, 25(11):4249-4258, 2020

10. Augusto et al - Pesquisa Qualitativa: rigor metodológico no tratamento da


teoria dos custos de transação em artigos apresentados nos congressos da
Sober (2007-2011) - RESR, Piracicaba-SP, Vol. 51, Nº 4, p. 745-764, Out/Dez
2013 – Impressa em Fevereiro de 2014

11. PARASURAMAN, A - Marketing research - 2. ed. Addison Wesley Publishing


Company, 1991.

ANEXO A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido –T.C.L.E

Os alunos Nadson Almeida, Lívio Rafael, Francisco Sousa e Jefeter Pereira do Curso
de Educação Física do Centro Universitário Estácio do Ceará – FIC junto com a professora
Professor Doutora Juliana Osório Alves, estamos desenvolvendo uma pesquisa que tem
como tema DIFICULDADES DA PRÁTICA DE EXERCÍCIO EM CASA DURANTE A
PANDEMIA COVID-19, e venho, na oportunidade, solicitar sua participação voluntária neste
estudo, respondendo a um questionário contendo perguntas sobre o assunto em questão.
Com vistas a esclarecer as finalidades e procedimentos adotados durante o estudo,
solicitamos a leitura cuidadosa de cada item:
1. As informações coletadas no questionário somente serão utilizadas para a
construção desta pesquisa;
2. Todas as informações serão sigilosas e o anonimato do participante desta pesquisa
será preservado;
3. As informações coletadas durante o estudo serão arquivadas em fichas de
anotações sob a tutela do pesquisador responsável;
4. Em nenhum momento, o participante desta pesquisa terá algum tipo de ônus
financeiro;
5. O participante tem liberdade de desistir a qualquer momento de participar da
pesquisa.
20

Em caso de maiores esclarecimentos, entre, por gentileza, em contato diretamente com o


pesquisador:

Nome:
Bairro:
Cep
Cidade:
Telefone:
RG:

Dados do Entrevistado:
Nome: ____________________________________________________________________
Endereço: _________________________________________________________________
Telefones para contato: _________________ E-mail: _______________________________

CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIMENTO
Declaro que, após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter
entendido o que me foi explicado, concordo em participar da pesquisa que tem como título:
DIFICULDADES DA PRÁTICA DE EXERCÍCIO EM CASA DURANTE A PANDEMIA
COVID-19

Fortaleza, _______ de ______________ de 2021

_______________________________ ______________________________

Assinatura do(a) entrevistado(a) Assinatura do pesquisado

ANEXO B – Instrumento de coleta - Questionário

EXERCÍCIO FÍSICO E PANDEMIA

Por favor, responda a estas perguntas, se estiver praticado exercícios físicos


durante o momento de isolamento social e estiver fisicamente ativa(o).

IDADE: ( ) 18 A 30 ( ) 31 A 60 ( ) 61+

GÊNERO: ( ) MASCULINO ( ) FEMININO ( ) OUTRO

Vamos para as perguntas:

1. Você se considera uma pessoa fisicamente ativa atualmente?


( ) SIM ( ) NÃO
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2. Você se considerava uma pessoa fisicamente ativa antes da pandemia do


COVID-19?
( ) SIM ( ) NÃO

3. Praticou exercícios físicos durante o isolamento social solicitado durante a


pandemia do COVID-19?
( ) SIM ( ) NÃO

4. Você tem alguma comorbidade? (Diabete, obesidade, problema respiratório,


hipertensão...)
( ) SIM ( ) NÃO Se SIM, qual: ________________________________

5. Você se considera uma pessoa acima do peso?


( ) Sim, um pouco
( ) Sim, bastante
( ) Não, acredito que esteja no peso ideal
( ) Não, abaixo do peso ideal

6. Quantas vezes na semana você praticava exercícios físicos no isolamento?


( ) 1 ( ) 2 ( ) 3+

7. Porque você buscava fazer exercício físico em casa durante o isolamento?


( ) Por sensação de prazer
( ) Visando melhorar a saúde
( ) Por estética
( ) Outro: ____________________________________________________

8. A falta de equipamentos para práticas de exercícios em casa foi prejudicial na


sua rotina ?
( ) SIM ( ) NÃO

9. Falta de orientação profissional durante o isolamento se mostrou ser um


obstáculo?
( ) SIM, pois tinha dúvidas sobre realizações dos exercícios
( ) SIM, pois tinha medo de fazer sem supervisão por achar perigoso
( ) NÃO, pois já sabia treinar sozinho
( ) NÃO, pois tive acompanhamento profissional

10. Sobre os exercícios a serem feitos em casa durante o isolamento:


( ) Já sabia como realizar.
( ) Consegui adaptar para treinar em casa
( ) Tive dificuldade em adaptar para fazer em casa
( ) Tive auxílio com o profissional

11. Quando tinha dúvidas na realização dos exercícios onde buscava orientação?
( ) Internet
( ) Orientação profissional
( ) Amigos
22

12. Você fazia progressões nos seus exercícios durante o isolamento?


( ) NÃO, sempre fiz os mesmos
( ) NÃO, pois tinha medo de se machucar
( ) SIM, pois tive orientação profissional
( ) SIM, pois buscava sempre se superar

13. Qual a principal dificuldade que você encontrou ao praticar exercícios físicos
durante o isolamento social? Marque as opções que mais se identifica:
( ) Nenhuma
( ) Falta de orientação profissional
( ) Falta de material
( ) Frequência
( ) Tempo
( ) Motivação
( ) Dores
( ) Problemas respiratórios
( ) Medo
( ) Insegurança
( ) Outros: ________________________________________________________

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