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CADERNO DE

PROCESSO DE
TRABALHO EM SAÚDE

M arco s R o d rig u es - @ m arco s .g rm


M E D 1 8 M C - 20 22.1
O material que você está utilizando...
FOI PRODUZIDO POR UM ESTUDANTE (EU)
Fiz este material com base nas aulas do docente ministradas no período em que paguei esta disciplina. Aqui, compilei todas as informações
dos slides e observações feitas pelo professor em sala junto com possíveis anotações de veteranos, monitorias e pesquisas externas feitas
em outras bibliografias. Todas as referências utilizadas (incluindo o nome do(s) docente(s) ou monitor(es)) estão ao fim de cada conteúdo. A
edição deste material é de minha autoria, mas não possuo os créditos das informações aqui contidas, salvo alguns macetes que crio para
memorizar nomes e classificações. Logo, qualquer erro neste material é de minha responsabilidade.
NÃO PODERÁ, JAMAIS, SER COPIADO E/OU VENDIDO
Como já dito, a edição deste material é de minha autoria, mas eu não possuo os créditos dos conteúdos. Copiar parcial ou integralmente
este material, sem dar os devidos créditos, configura-se como plágio, que é um crime previsto pelo Código Penal. Esse material não poderá,
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material, entre em contato comigo.
PODE SOFRER ATUALIZAÇÕES
Como também sou um estudante, este material pode conter alguns erros que passaram despercebidos por mim, sendo passível de
atualizações. Se você encontrar algum erro, entre em contato comigo para que eu possa atualizar o material. Meu instagram está no rodapé
de todas as folhas do material e também no rodapé desta apresentação que você está lendo. No cabeçalho de todas as folhas do material,
consta a última data em que o arquivo foi modificado/atualizado.

POSSUI UM SUMÁRIO NAVEGÁVEL


Isso significa que você pode clicar em alguns dos tópicos do sumário e ir diretamente para a folha em que ele está localizado neste
material. Você pode utilizar, também, este sumário para revisar os tópicos da disciplina — ao finalizar seus estudos, volte ao sumário e tente
explicar a si mesmo, com suas próprias palavras e sem consultar o material detalhado, cada um dos tópicos do assunto que você acabou de
ver.

POSSUI ESQUEMA DE CORES E TAMANHOS PARA HIERARQUIZAÇÃO DE TÓPICOS


No material, cada cor e cada tamanho de título simboliza um nível na hierarquização de tópicos:

Título do Tópico Subtópico 1 Subtópico 2 Subtópico 3


conteúdo

FOI FEITO PARA SER UTILIZADO, PREFERENCIALMENTE, POR MEIOS DIGITAIS


O material está adaptado para ser utilizado de forma digital (tablet, computador, celular, etc.). Algumas imagens ou textos podem ficar um
pouco pequenos se este material for impresso, o que compromete a sua qualidade. Entretanto, nada impede de você imprimi-lo, desde que
não o comercialize. Se você prefere estudar por meios físicos, imprima-o!
COMO ME AJUDAR?
Compartilhando este material com seus colegas e entrando em contato comigo caso perceba algum erro!

Bons estudos!
"Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por
dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível."
-Thomas Jefferson

Marcos Rodrigues
@ M A R C O S . G R M
Medicina 18MC UNINASSAU - 2022.1
CURRÌCULO: lattes.cnpq.br/3055080814315560
A R C O S.G
M R M
@

Que a imensidão da Medicina seja o combustível que impulsiona sua curiosidade e seu
desejo de compreender os mistérios do universo. Que, durante este semestre, sua
jornada de estudos seja repleta de insights e conquistas, levando-o a novas fronteiras
do entendimento e inspirando-o a deixar sua marca na Medicina.

Por mais difícil que pareça, lembre-se que você não está sozinho nesta caminhada.
Não tenha medo de pedir ajuda.
Última modificação em: 18/12/2022 MEDICINA – 2º PERÍODO – PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE

Sumário
SOBRE A DISCIPLINA ............................................. 1
CONSTRUÇÃO SOCIAL DA APS ................................ 11
MINHA EXPERIÊNCIA COM A DISCIPLINA .............................. 1
PROCESSO DE CONSTRUÇÃO SOCIAL DA APS ........................ 11
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA PELO PROFESSOR (JULIANA EM 2022.2) 1
MACRO E MICROPROCESSOS BÁSICOS ............................... 11
GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO SUS ......... 2 MACROPROCESSOS BÁSICOS ........................................ 11
Territorialização ........................................... 11
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE ............................. 2
Classificação dos Territórios ........................... 11
Modelos Assistenciais ....................................... 2
Fase de Apropriação do Território .................... 12
Sistema Público Universal ............................... 2
Cadastramento Familiar .................................. 12
Sistema de Seguro Social ................................ 2
Fases do Cadastramento Familiar ..................... 12
Sistema de Dominância de Mercado (Seguros
Análise do Território ...................................... 12
Privados) ................................................... 2
Modelos Assistenciais Alternativos ..................... 2 APS E ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA (AAE) . 14
Modelo de Flexner x Modelo Dawson ..................... 2
INTRODUÇÃO ...................................................... 14
Modelo de Flexner (Relatório Flexner, 1910) ......... 2
MODELOS DE ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA .............. 14
Modelo de Dawson (Relatório Dawson, 1920) ......... 2
Modelo de Atenção em Sistemas Locais de Saúde
GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO SUS .................... 3
(SILOS) ....................................................... 14
Diretrizes Básicas ........................................... 3
Modelo do Ponto de Atenção Secundária (PASA) ...... 14
Objetivos Gerais da Assistência à Saúde ................. 3
FUNÇÕES DAS EQUIPES DE AAE DIANTE DAS EQUIPES DA APS ....... 14
Decreto 7.508/2011 ......................................... 3
Função Assistencial ........................................ 14
ORGANIZAÇÃO DO SUS (DECRETO 7.508/2011) ................... 3
Ferramentas para Operacionalizar a Organização dos
Do Planejamento da Saúde ................................ 3
Serviços ................................................... 15
REGULAÇÃO DA SAÚDE.............................................. 3
Função Educacional ........................................ 15
Princípios e Diretrizes ...................................... 3
Função Supervisional ...................................... 15
Regionalização da Saúde em Pernambuco ............ 3
Função de Pesquisa Clínica e Operacional.............. 15
Da Assistência à Saúde (Decreto 7.508/2011) ........ 3
Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde PROGRAMAS DE PROVIMENTO E GEOGRAFIA MÉDICA ..... 17
(COAP) ..................................................... 4
INTRODUÇÃO ...................................................... 17
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS)................................. 4
Interiorização .............................................. 17
Modelo de Atenção Piramidal ............................. 4
PROJETO RONDON ................................................ 17
Modelo Horizontal em Redes .............................. 4
PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE E SANEAMENTO
Sistemas Fragmentados x Sistemas Integrados ......... 4
(PIASS) .......................................................... 17
Atenção Primária como Ordenadora do Cuidado ....... 5
PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (PISUS)
Níveis de Complexidade da Assistência .................. 5
.................................................................. 18
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS)........................... 6 PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE (PITS) .... 18
PROGRAMA DE VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA
CONCEITO DE APS ................................................. 6
(PROVAB) ...................................................... 18
Conceituação de APS Reconhecida no Brasil (Ministério
PROGRAMA MAIS MÉDICOS (PMM) ................................. 19
da Saúde) ..................................................... 6
Projeto Mais Médicos para o Brasil (PMMB) ............ 19
Fundamentos e Diretrizes da APS ......................... 7
Sobre os Municípios ........................................ 20
ATRIBUTOS DA APS (7) ............................................ 7
Sobre os Médicos Contratados ........................... 20
Atributos Essenciais (4 primeiros) ........................ 7
Pontos Positivos e Negativos do PMM ................... 20
Atributos Derivados (3 últimos)........................... 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................ 20
FUNÇÕES ESSENCIAIS DA APS (3) ................................... 7
MODELOS DE APS .................................................. 7 REVISÃO DE PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE ......... 21
ATENÇÃO BÁSICA NO BRASIL ........................................ 8
Gerenciamento dos Serviços de Saúde no SUS ...... 21
Estratégia Saúde da Família (ESF) ........................ 8
Atenção Primária à Saúde (APS) ....................... 21
Estratégia Agente Comunitário de Saúde (EACS) ....... 8
Atenção Básica no Brasil ............................... 21
Agente Comunitário de Saúde (ACS) ................... 8
Estratégia Saúde da Família (ESF) .................... 22
TIPOS DE EQUIPE ................................................... 8
Construção Social da APS ............................... 22
Equipe de Saúde da Família (eSF) ........................ 8
Parâmetros para Programação das Ações Básicas de
A eSF é Pautada na Territorialização .................. 9
Saúde...................................................... 22
Atribuições Comuns a Todos os Membros da Equipe . 9
APS e Atenção Ambulatorial Especializada .......... 23
Atribuições do Médico ................................... 9
Programas de Provimento e Geografia Médica ...... 23
Equipe da Atenção Primária (eAP)........................ 9
Equipe de Saúde Bucal .................................... 10
Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica
(NASF-AB) ................................................... 10

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Esta apostila/transcrição foi desenvolvida por um estudante e não substitui a aula do docente e/ou a leitura de bibliografias complementares.
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Sobre a Disciplina
-QUANDO PAGUEI A DISCIPLINA: 2022.2
-PROFESSOR EM 2022.2: Juliana Lopes Bibliografia Recomendada pelo
Minha Experiência com a Professor (Juliana em 2022.2)
Disciplina -Quando paguei a disciplina, a professora não definiu uma
bibliografia específica para usar. Mas, como se trata de
-NO MEU SEMESTRE, A MATÉRIA FOI BEM TRANQUILA, MAS uma matéria de SUS, os próprios cadernos do SUS costumam
TIVEMOS MUITAS ATIVIDADES: Se nos semestres seguintes a ser suficientes
disciplina seguir a mesma dinâmica, a matéria vai ser bem -No lugar de livros específicos, no meu semestre, a
leve em questão de conteúdo, mas vocês vão ter algumas professora disponibilizou pelo Teams materiais-texto do SUS
atividades para realizar no decorrer do semestre. No meu e alguns artigos para estudar que são bons, mas acho que
semestre, tivemos que entregar umas 5 atividades, a não são suficientes para estudar o conteúdo que cai na
maioria bem simples, exceto o trabalho final que foi, de prova (que foi, praticamente, só o que ela deu em aula). Se
fato, bem trabalhoso (porque envolveu uma visita à USF e a for usar esses materiais que a professora disponibilizou
construção de um relatório) e a correção dele também foi (pelo menos no meu semestre), é bom pegar e
um pouco rígida (teve até banca de avaliação). Então complementar com essa apostila aqui (ou outra de sua
fiquem preparados e organizem o tempo para não ficarem preferência), porque nela tem o que foi dado na sala.
acumulados com outras matérias mais densas, como -Os 3 materiais-texto disponibilizados pela professora em
Anatomia e Fisiologia 2022.2 que eu achei os melhores (e usei algumas partes
-A PROVA É TRANQUILA SE VOCÊ ESTUDAR O QUE A para fundamentar essa apostila), foram:
PROFESSORA DEU EM SALA: Se você estudar direito (ou
seja, entendendo o assunto) focando no conteúdo que foi
dado em aula, a prova vai ser extremamente simples. No
meu semestre, a provam eram mistas (com questões
abertas e fechadas), mas as abertas geralmente eram
perguntas bem gerais. Apesar disso, a turma geralmente ia
bem nas provas
-SOBRE A FALTA DE MATERIAIS: No meu semestre, tive um
pouco de dificuldade de achar uma apostila, transcrição ou
resumo de veterano que desse para acompanhar a linha de
raciocínio da professora durante as aulas. E não encontrei.
O melhor material que achei foi o de Isabel Gallindo, por
isso também usei as anotações dela para fundamentar essa
apostila. Mas já adianto que, para quem gosta de usar
apostila durante a aula, não dá pra usar direito porque a
apostila é bem teórica/legislativa e as aulas da professora
costumam ser bem exemplificadas. A apostila vai te dar o
entendimento teórico/legislativo e a aula vai te dar o
entendimento aplicado (senti mais ou menos isso)
-A PROFESSORA COSTUMA SOLICITAR DOIS VOLUNTÁRIOS
PARA SEREM AJUDANTES (“ESCRIBAS”) DURANTE A AULA:
Geralmente a professora explica como funciona isso na
primeira aula. Os escribas serão responsáveis por assistir a
aula e, na próxima semana, durante a aula, fazer uma
revisão do que foi visto na aula que você foi escriba. Quem
é escriba ganha uma pontuação extra na prova ou na média
(não lembro ao certo). Não é difícil e é uma garantia de
ponto extra, então se ofereça como voluntário assim que a
professora chegar na sala. E NÃO FALTE na semana seguinte
a que você foi escriba, porque você só ganha a pontuação
se fizer a revisão na semana seguinte.

1
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Gerenciamento de Serviços de Saúde no SUS


-PAUTADA PRINCIPALMENTE EM:
Organização dos Serviços de  Regulação da Atenção à Saúde
 Participação social

Saúde 

Gestão do trabalho
Educação na saúde
 Responsabilidade sanitária
Modelos Assistenciais Modelo de Flexner x Modelo Dawson
-MODELOS ASSISTENCIAIS: São combinações de tecnologias
utilizados pela organização dos serviços de saúde em Modelo de Flexner (Relatório Flexner, 1910)
determinados espaços-populações incluindo ações sobre o
-Reforma das escolas médicas (reorganizou e regulamentou
ambiente, grupos populacionais, equipamentos
o funcionamento)
comunitários e usuários de diferentes unidades e
-Introdução da racionalidade científica no ensino médico
prestadores de serviços de saúde
-Desconsideração de fatores sociais, econômicos,
-CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE SAÚDE:
culturais...
 Sistema Público Universal -Conhecimento científico como o único seguro
 Sistema de Seguro Social -Estímulo às pesquisas biológicas
 Sistema de Dominância de Mercado (de Seguros -Valorização da especialização médica
Privados) -CRÍTICAS:
 Modelos Assistenciais Alternativos  Transformação do médico em mercadoria
Sistema Público Universal  Método focado na doença
 Formação médica que não supria as reais necessidades da
-Financiamento público com recursos de impostos sociedade
 Pode existir outras fontes de financiamento além  Visava o mecanicismo (modelo Taylorista/Fordista), com
dos impostos (como pagamentos diretos de o corpo sendo visto como máquina
usuários e outros insumos), mas a maior parte do  Foco na microbiologia
financiamento e gestão é feita pelo Estado Modelo de Dawson (Relatório Dawson, 1920)
-Acesso universal aos serviços, que são prestados por
-JUSTIFICATIVA: Organização nova e ampliada, distribuída
fornecedores públicos
em função das necessidades da comunidade
-Trabalhadores profissionais e não profissionais dependem
-4 PRINCÍPIOS:
do Estado
 Estado como provedor e controlador de políticas
Sistema de Seguro Social de saúde
-Modelo em que a participação é obrigatória  Esforços coordenados ou trabalho em equipe nos
-Financiamento por contribuições de empresários e serviços de saúde
trabalhadores  Desenvolvimento de instituições especialmente
-Por definição, só cobre os contribuidores e seu grupo designadas para diagnósticos e tratamento de
familiar casos agudos
-Sistema desenvolvido na Alemanha  Medicina curativa e preventiva sem separação
-Implantado primeiramente na Rússia e no Brasil em
Sistema de Dominância de Mercado (Seguros Ribeirão Preto
Privados) -Acrescentou a visão humanística no modelo flexneriano
-Criticou fortemente o modelo flexneriano (separava a
-Organização tipicamente fragmentada, descentralizada e
medicina preventiva da curativa)
com escassa regulação pública (tendência que está sendo
-Valorização da formação generalista e humanista
mudada)
-Atenção básica como prioridade
-Comparando com outros modelos, este limita a ação do
-Ações/serviços acessíveis a todas as classes da população
Estado a uma escassa regulação
-As unidades de saúde devem possuir níveis de
-Modelo mais próximo e o dos EUA
complexidade
Modelos Assistenciais Alternativos -TROUXE CONCEITOS COMO:
-Visam à integralidade da atenção e a diminuição do  Atenção primária à saúde
impacto dos problemas de saúde  Referência
 Medicina da família (originou a ESF)
-Propõem-se a concretizar os princípios e diretrizes da
 Hierarquização e racionalização observando as
Regulação da Saúde (universalidade, acessibilidade,
necessidades da comunidade
regionalização, integralidade, participação social e controle
 Acolhimento e vínculo
social)  Garantia à integralidade da assistência (serviços
-Baseado em oferta organizada e ações pragmáticas, preventivos e curativos)
considerando o perfil epidemiológico para controle dos  Atuação em equipe multiprofissional
problemas de saúde  Atribuição de relevância ao histórico clínico
2
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-São PORTAS DE ENTRADA às ações e serviços de saúde nas


Gerenciamento de Serviços de Redes de Atenção à Saúde os serviços de:
 Atenção primária
 Atenção de urgência e emergência
Saúde no SUS 

Atenção psicossocial
Especiais de acesso aberto (para a pessoa que, por
agravo ou situação laboral, necessita de atendimento
Diretrizes Básicas especial)

-Descentralização
-Financiamento
-Regionalização
-Regulação da Atenção à Saúde
Do Planejamento da Saúde
-Participação social -Gestão do trabalho -O processo de planejamento da saúde será ASCENDENTE E
-Responsabilidade sanitária INTEGRADO, do nível local até o federal, ouvidos os
respectivos CONSELHOS DE SAÚDE, compatibilizando-se as
Objetivos Gerais da Assistência à necessidades das políticas de saúde com a DISPONIBILIDADE
DE RECURSOS financeiros
Saúde
-EQUIDADE NO ACESSO: Às ações/serviços em todos os
Regulação da Saúde
níveis de complexidade
-ALOCAÇÃO DE RECURSOS DE CUSTEIO DA ASSISTÊNCIA: Princípios e Diretrizes
Pela lógica de atendimento às necessidades de saúde da
-Universalidade -Acessibilidade
população
-Regionalização -Hierarquização
-LIMITES FINANCEIROS FEDERAIS: Para assistência de
-Descentralização -Integralidades
média e alta complexidade, compostos por parcela
-Participação social e controle social
destinada ao atendimento da população própria e pela
parcela das referências recebidas de outros municípios Regionalização da Saúde em Pernambuco
-TRANSPARÊNCIA:
 Dos pactos intergestores nos termos de
compromisso para garantia de acesso
 Dos recursos federais, estaduais e municipais
destinados ao custeio da assistência à saúde

Decreto 7.508/2011
-DECRETO 7.508/2011: As regiões de saúde serão
instituídas pelo estado, em articulação com os municípios,
respeitando as diretrizes gerais pactuadas na Comissão
Intergestores Tripartite (CIT)  Estratégia para enfrentar a
fragmentação da atenção

Organização do SUS (Decreto


7.508/2011)
Da Assistência à Saúde (Decreto 7.508/2011)
-ART. 3: Constituído pela conjunção de ações e serviços de
PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE -A integralidade da assistência à saúde se INICIA E SE
executados pelos ENTES FEDERATIVOS, de forma direta ou COMPLETA na Rede de Atenção à Saúde, mediante
indireta, mediante PARTICIPAÇÃO COMPLEMENTAR DA referenciamento do usuário na REDE REGIONAL E
INICIATIVA PRIVADA, sendo organizado de forma INTERESTADUAL, conforme pactuado nas Comissões
REGIONALIZADA E HIERARQUIZADA Intergestores
-ART. 5: Para ser instituída, a REGIÃO DE SAÚDE DEVE -RELAÇÃO NACIONAL DE AÇÕES E SERVIÇOS DE
CONTER, no mínimo, ações e serviços de: SAÚDE(RENASES): Compreende todas as ações e serviços
 Atenção Primária que o SUS oferece aos usuários para atendimento da
 Urgência e Emergência integralidade da assistência à saúde
 Atenção Psicossocial  OBS: A União, os estados, o Distrito Federal e os
 Atenção ambulatorial especializada e hospitalar Municípios pactuarão nas respectivas Comissões
 Vigilância em saúde Intergestores as suas responsabilidades em relação ao rol
de ações e serviços constantes da RENASES
-Os ENTES FEDERATIVOS definirão os elementos em relação
-RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS
às REGIÕES DE SAÚDE:
ESSENCIAIS(RENAME): Compreende a seleção e a
 Seus limites geográficos
padronização de medicamentos indicados para atendimento
 População usuária das ações e serviços
de doenças ou de agravos no âmbito do SUS
 Rol de ações e serviços que serão ofertados
 OBS: O estado, o Distrito Federal e o Município poderão
 Responsabilidades, critérios de acessibilidade e adotar relações específicas e complementares de
escala para conformação dos serviços medicamentos em consonância com a RENAME
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Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde


(COAP)
-FUNÇÃO: Visa a organização e a integração das ações e
dos serviços de saúde, sob a responsabilidade dos entes
federativos em uma Região de Saúde, com a finalidade de
garantir a integralidade da assistência aos usuários

Redes de Atenção à Saúde (RAS)


-REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS): Conjunto de ações e
serviços de saúde articulados em nível de complexidade
crescente. Trata-se de um conjunto de pontos (postos de
saúde primário, centros secundários de especialidades e
diagnóstico, hospitais...) que se comunicam entre si,
interligados por meio dos sistemas de informação,
comunicação e logística
-Estratégia para enfrentar a fragmentação da atenção
-ASSEGURA:
 O acesso ao cuidado integral
 A melhoria da gestão clínica
 A promoção da saúde
-Modelo de atenção regionalizado, com redes de atenção à
 O uso racional dos recursos
saúde, garantindo acesso com qualidade
-LOGÍSTICA:
-Centrado no usuário
 Operação de transporte de paciente, equipamentos e
-Atenção Primária como ordenadora de Rede, com
insumos
 Medicamentos, materiais médico-hospitalares
resolutividade sobre 80% dos problemas de saúde
 Material para exames -Redes regionalizadas e integradas de atenção à saúde
 Manutenção de equipamentos imprimem uma maior racionalidade sistêmica na utilização
- MUDANÇAS NA ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS: Modelo dos recursos
piramidal  Modelo horizontal em redes

Modelo de Atenção Piramidal


-Fragmentação da atenção
-Baixa resolutividade da Atenção Primária
-Dificuldade de acesso aos níveis de maior complexidade
-Estruturação da assistência baseada na atenção secundária
e terciária
-Estrangulamentos na rede de serviços de saúde

Sistemas Fragmentados x Sistemas


Integrados
-SISTEMAS FRAGMENTADOS:
 Organizado por componentes isolados
 Orientado para a atenção a condições agudas
Modelo Horizontal em Redes  Organização por níveis hierárquicos
-SISTEMAS INTEGRADOS:
-RELATÓRIO DAWSON (1920): Propunha disponibilizar os  Organizado por um contínuo de atenção
serviços de saúde segundo as necessidades da população e  Orientado para a atenção a condições crônicas
integrar as ações curativas com as preventivas  Organizado por uma rede horizontal
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Atenção Primária como Ordenadora


do Cuidado
-Deve ser estruturante do sistema
-Rede estruturada a partir das necessidades da população
-Deve ser gestora do cuidado
-Deve coordenar e direcionar a integralidade, ordenando a
rede
-Relação de corresponsabilidade

Níveis de Complexidade da
Assistência
-ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF): Resolução de cerca
de 80% dos problemas. Porta de entrada prioritária do
sistema de saúde
-MÉDIA COMPLEXIDADE: Resolução de 15% dos problemas
de saúde. Serviços de especialidades
-ALTA COMPLEXIDADE: Resolução dos 5% restantes dos
problemas. Serviços de maior complexidade

REFERÊNCIAS
Aulas e slides da professora Juliana
Resumo PTS – Isabel Soares Gallindo

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Atenção Primária à Saúde (APS)


Conceito de APS Conceituação de APS Reconhecida no
-DEFINIÇÃO FEITA PELA CONFERÊNCIA DE ALMA-ATA:
Cuidados essenciais baseados em métodos de trabalho e
Brasil (Ministério da Saúde)
tecnologias de natureza prática, cientificamente críveis e -CONCEITOS DE APS RECONHECIDOS NO BRASIL: Ministério
socialmente aceitáveis, universalmente acessíveis na da Saúde reconhece “Atenção Básica” e “Atenção Primária”
comunidade aos indivíduos e às famílias, com a sua total como equivalentes (Política Nacional de Atenção
participação e a um custo suportável para as comunidades e Básica/PNAB, 2017)
países, à medida que se desenvolvem num espírito de -CONCEITO DE ATENÇÃO BÁSICA (POLÍTICA NACIONAL DE
autonomia e autodeterminação  Apontava a SAÚDE COMO ATENÇÃO BÁSICA/PNAB, 2017):
DIREITO HUMANO  Conjunto de ações de saúde individuais, familiares
-ELEMENTOS ESSENCIAIS DA APS: e coletivas
 Educação em saúde  Envolvem promoção, prevenção, proteção,
 Saneamento básico diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de
 Programa materno-infantil (incluindo imunização e danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde
planejamento familiar)  Desenvolvidos por práticas de cuidado integrado e
 Prevenção de endemias
gestão qualificada
 Tratamento apropriado de doenças e danos comuns
 Realizada com equipe multiprofissional
 Provisão de medicamentos essenciais
 Promoção de alimentação saudável
 Dirigida à população em território definido
 Valorização das práticas complementares  Equipes assumem responsabilidade sanitária pelo
-APS COMO ATENÇÃO PRIMÁRIA SELETIVA: APS como território definido
programa focalizado em pessoas e regiões pobres  Principal porta de entrada e centro de
 Programa específico destinado a populações e comunicação da RAS
regiões pobres  Coordenadora do cuidado e ordenadora das ações
 Oferecimento de um conjunto de tecnologias e serviços disponibilizados na rede
simples e de baixo custo  Ofertada integralmente e gratuitamente a todas as
 Oferecimento de equipe de baixa qualificação pessoas, de acordo com suas necessidades e
profissional demandas do território, considerando os
 Ausência de referenciamento a níveis de atenção determinantes e condicionantes de saúde
de maior densidade tecnológica  Proibição de qualquer exclusão baseada em idade,
-APS COMO NÍVEL PRIMÁRIO DO SISTEMA DE ATENÇÃO À sexo, raça/cor, etnia, crença, nacionalidade,
SAÚDE: APS como primeiro nível de atenção do sistema de orientação sexual, identidade de gênero, estado
saúde de saúde, condição socioeconômica, escolaridade,
 Modo de organizar e fazer funcionar a porta de limitação física, intelectual, funcional e outras
entrada do sistema de saúde  Deve adotar estratégias que permitam minimizar
 Ênfase na função resolutiva dos serviços da APS desigualdades e iniquidades a fim de evitar
diante dos problemas mais frequentes de saúde exclusão social de grupos que possam sofrer
 Orientação diante dos problemas de saúde mais estigmatização ou discriminação
frequentes para minimizar custos e satisfazer as -OBJETIVO DE ATENÇÃO BÁSICA: Desenvolver uma atenção
demandas da população mais necessitada integral que impacte na situação de saúde e autonomia das
 Restrição às ações de atenção de primeiro nível pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das
-APS COMO ESTRATÉGIA DE ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE coletividades
ATENÇÃO À SAÚDE: APS como estratégia de organização de
todo o sistema de atenção à saúde:
 Apropriação, recombinação e reordenamento de
todos os recursos do sistema
 Visa a satisfazer as necessidades, demandas e
representações da população
 Articulação da APS como parte e como
coordenadora de uma Rede de Atenção à Saúde
(RAS), dirigindo o sistema de atenção à saúde
-PROPOSTA DE RENOVAÇÃO DA INTERPRETAÇÃO DA APS
PELA ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS):
Deve ser interpretada como um sistema de enfoque de
saúde e de direitos humanos a fim de alcançar melhorias na
equidade em saúde, fortalecendo seus atributos

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Fundamentos e Diretrizes da APS


-Território adscrito
-Acesso universal e contínuo a serviços de saúde
-Adscrição dos usuários (cadastro por meio da visitação)
-Coordenação da integralidade (APS como centro da rede)
-Ampliação de autonomia dos usuários

Atributos da APS (7)


-APS DE QUALIDADE: Só haverá quando os 7 atributos
forem operacionalizados em sua totalidade

Atributos Essenciais (4 primeiros) -ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA: Reconhecimento das


-PRIMEIRO CONTATO: Acessibilidade e uso dos serviços necessidades das famílias em razão do contexto físico,
para cada problema. Reconhecimento como porta de econômico e social em que vivem, exigindo análise
entrada dos serviços de saúde, quando a população e a situacional e sua integração em problemas intersetoriais
equipe identificam aquele serviço como primeiro recurso a -COMPETÊNCIA CULTURAL: Relação horizontal entre a
ser buscado quando há um problema/necessidade de saúde equipe de saúde e a população, respeitando as
-LONGITUDINALIDADE: Existência do aporte regular de singularidades culturais e preferências das pessoas e suas
cuidados pela equipe de saúde junto aos usuários e seu uso famílias. Reconhecimento do indivíduo como inserido em
consistente ao longo do tempo em um ambiente de relação um contexto cultural
mútua de confiança e humanização entre equipe, indivíduos
e famílias. Capacidade de lidar com o crescimento e as
transformações dos indivíduos e grupos do território no
decorrer de um período de anos. Deve haver uma relação
interpessoal intensa que expresse a confiança mútua entre
os usuários e profissionais. Relação entre profissionais e
pacientes
-INTEGRALIDADE: Foco no paciente. Prestação de um
conjunto de serviços que atendam às necessidades da
Funções Essenciais da APS (3)
população adscrita nos campos da promoção, prevenção, -RESOLUBILIDADE: Os cuidados primários devem ser
cura, cuidado, reabilitação e paliação e reconhecimento resolutivos e capacitados (cognitiva e tecnologicamente)
adequado dos problemas biológicos, psicológicos e sociais para atender a 85% da demanda da APS
que causam as doenças. Para sua garantia, é necessária -COORDENAÇÃO: Exercício, pela APS, de centro de
uma rede de serviços em diferentes níveis, funcionando de comunicação das RAS, tendo condições de ordenar os fluxos
forma sinérgica, integrada e articulada. Foco no paciente e contrafluxos de pessoas, produtos e informações entre os
pelo ponto de vista biopsicossocial diferentes componentes das redes
-COORDENAÇÃO: Capacidade de garantir a continuidade da -RESPONSABILIZAÇÃO: Conhecimento e relacionamento
atenção por meio da equipe de saúde, reconhecendo íntimo, nos microterritórios sanitários, da população
problemas que requerem seguimento constante. Função de adscrita, incluindo a responsabilização econômica e
centro de comunicação das RAS. Foco no profissional sanitária em relação a ela

Atributos Derivados (3 últimos)


-FOCALIZAÇÃO NA FAMÍLIA: Consideração da família como
sujeito de atenção, exigindo interação da equipe de saúde
com a família dos usuários e o conhecimento integral e
singular de seus problemas de saúde. Na avaliação das
necessidades individuais para a atenção integral, deve-se
considerar o contexto familiar e seu potencial de cuidado e
de ameaça à saúde, incluindo o uso de ferramentas de
abordagem familiar (ecomapa e genograma).
Reconhecimento do indivíduo como inserido em um
Modelos de APS
contexto familiar -No Brasil, vigoram diferentes modelos de estruturação da
APS, mesmo sob o nome genérico de Estratégia Saúde da
Família (ESF)
-MODELO TRADICIONAL: Médicos e enfermeiros
generalistas, sem formação específica em saúde da família,
atendem a população com ênfase em consultas
-MODELO SEMACHKO: Baseado em uma tríade de médicos
especialistas (clínico, ginecologista-obstetra e pediatra).
Oriundo da experiência russa de organização de cuidados
primários
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-MODELO DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE  CARÁTER RESOLUTIVO: Tenta ao máximo resolver


ESTRITO SENSO: Centralidade do cuidado se faz por meio o problema e se não conseguir, encaminha para
de consultas médicas propiciadas por especialistas em outro nível de atenção para ser resolvido
medicina de família e comunidade. Baseado nos modelos  INTEGRALIDADE E LONGITUDINALIDADE: Deve
europeu e canadense acompanhar a família durante todo seu ciclo de
-MODELO DE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF): vida. Deve incluir do recém-nascido ao idoso,
Cuidado primário centrado em uma equipe sadios ou doentes, de forma integral e contínua
multiprofissional, trabalhando de forma interdisciplinar e  ATENDIMENTO INDIVIDUAL E COLETIVO
por meio de um conjunto de encontros clínicos que INTEGRAL: Prestar o atendimento individual, mas
envolvem consultas individuais e atividades em grupo. também o coletivo, de forma integral  Caráter
Estudos indicam superioridade da ESF em relação aos peculiar que não se encontra em serviços de alta
modelos tradicionais no cumprimento dos atributos da APS complexidade, cujo foco tende a ser ao problema
-MODELOS MISTOS: Articulam diferentes modelos em uma pontual apresentado pelo paciente
única equipe de saúde da família  CRIAÇÃO DE VÍNCULOS DE
CORRESPONSABILIDADE: Facilita a identificação e
Atenção Básica no Brasil o atendimento aos problemas de saúde da
comunidade
Estratégia Saúde da Família (ESF) Estratégia Agente Comunitário de
-Baseada nos modelos de medicina comunitária de Cuba e
do Canadá
-INÍCIO EM JUNHO/1991: Com a implantação do PROGRAMA
Saúde (EACS)
DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (PACS) -Considerada parte da Saúde da Família
-AVANÇO DO PACS EM 1994: Foram formadas as primeiras -MUNICÍPIOS ONDE HÁ SOMENTE A EACS: Toma-se o
equipes de Saúde da Família, incorporando e ampliando a cenário como um momento de transição para a Saúde da
atuação dos agentes comunitários Família
-TRANSIÇÃO DE “PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA” PARA -AÇÕES DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS’s):
“ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA”: Antes era “programa”, São acompanhadas e orientadas por um
com a ideia de ser temporário. Em 2006 vira “estratégia”, enfermeiro/supervisor lotado em uma Unidade Básica de
focando na reorientação do sistema de saúde no Brasil e Saúde
prioritária para a expansão e consolidação da Atenção -OS ACS’s PODEM SER ENCONTRADOS EM 2 SITUAÇÕES EM
Básica RELAÇÃO À REDE DO SUS:
 Ligados a uma UBS ainda não organizada na lógica da
 UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA (USF): Unidade
Saúde da Família
pública de saúde, com equipe multiprofissional
 Ligados a uma Unidade de Saúde da Família como
que assume a responsabilidade por uma membro da equipe multiprofissional
determinada população
-INCORPORA OS PRINCÍPIOS DO SUS: Universalização, Agente Comunitário de Saúde (ACS)
descentralização, integralidade e participação da -Deve ser, preferencialmente, uma pessoa da comunidade,
comunidade adaptada às realidades culturais  Contratação por
-PRINCIPAIS OBJETIVOS: concurso público dificultou a contratação de pessoas
 Reorganização da prática assistencial em novas específicas com boa relação com seus vizinhos
bases e critérios -PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES:
 Substituição do modelo de assistência por atenção  Mapear sua microárea de atuação
 Centrada na família, compreendendo seu ambiente  Cadastrar e atualizar as famílias de sua área
físico e social  Identificar situações de risco
-FUNÇÕES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA:  Realizar visita domiciliar e acompanhamento mensal das
famílias sob sua responsabilidade (pelo menos 1 vez por
 Ser base
mês)
 Ser resolutiva  Coletar dados para análise da situação das famílias
 Coordenar o cuidado  Promover a mobilização e a educação comunitária
 Ordenar as redes
-PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
 PRINCIPAL PORTA DE ENTRADA DO SUS: Deve ser
Tipos de Equipe
a principal porta de entrada do SUS e centro de
comunicação das Redes de Atenção à Saúde Equipe de Saúde da Família (eSF)
 PRIORIZA AÇÕES DE: Promoção, proteção e -COMPOSIÇÃO MÍNIMA: Equipe multidisciplinar
recuperação da saúde. Foco principal no evitar o  1 médico
adoecimento e não apenas no tratar da doença  1 enfermeiro
o OBS: Não foca somente na promoção e  1 auxiliar ou técnico de enfermagem
prevenção, mas também a cura. Há foco  Agentes comunitários de saúde
maior na promoção e prevenção, mas não o NOVA PORTARIA DE 2017: Quantidade de
se limita a ele ACSs é de acordo com a percepção de
necessidade do gestor de saúde

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-PODEM SER ACRESCENTADOS: -Atualização contínua das informações, priorizando


 EQUIPE DE SAÚDE BUCAL: 1 cirurgião dentista, 1 situações a serem acompanhadas no planejamento local
auxiliar de saúde bucal (ASB), 1 técnico em saúde -Garantir a integralidade da atenção por meio de 1) ações
bucal de promoção da saúde, prevenção de agravos e curativas e
 AGENTES DE COMBATE A ENDEMIAS (ACE) 2) da garantia de atendimento da demanda espontânea
-INSERÇÃO DE NOVAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS NAS -Realizar busca ativa e notificação de doenças e agravos de
EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA: Em alguns municípios, notificação compulsória e de outros agravos e situações de
várias categorias vêm desenvolvendo ações de importância importância local
e impacto na qualidade de vida da população dentro da ESF -Realizar escuta qualificada às necessidades dos usuários
em parceria com os membros da equipe mínima  Atuação -Responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a
do NASF-AB coordenação do cuidado mesmo quando esta necessita de
-A EQUIPE É CAPACITADA PARA: atenção em outros pontos no sistema de saúde
 Conhecer a realidade das famílias pelas quais é -Garantir a qualidade do registro das atividades nos
responsável sistemas nacionais de informação na Atenção Básica
 Identificar os principais problemas de saúde e situações -Participar de atividades de educação permanente em
de risco aos quais a população que ela atende está saúde
exposta -Realizar visitas domiciliares e atendimentos em domicílio
-ORGANIZAÇÃO DE UMA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA:
 Definição e descrição do território da abrangência Atribuições do Médico
 Adscrição da clientela -Seguem a portaria 2436/2017
 Diagnóstico da saúde da comunidade -Realizar a atenção à saúde às pessoas e famílias sob sua
 Organização da demanda
responsabilidade
 Enfoque na atenção à saúde da família e da comunidade
-Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos
 Estímulo à participação e controle social
cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado
 Organização de um espaço de co-gestão coletiva na
equipe
ou necessário, no domicílio ou demais espaços
 Identificação dos serviços de referência no nível comunitários, em conformidade com protocolos, diretrizes
secundário e terciário clínicas e terapêuticas
 Monitoramento da situação no seu território de -Realizar estratificação de risco e elaborar plano de
abrangência cuidados para as pessoas que possuem condições crônicas
 Educação permanente em saúde no território, junto aos demais membros da equipe
A eSF é Pautada na Territorialização -Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos
de atenção, respeitando fluxos locais, e mantendo sob sua
-O território define em si a ADSTRIÇÃO dos usuários,
responsabilidade o acompanhamento do plano terapêutico
propiciando RELAÇÕES DE VÍNCULO, AFETIVIDADE E prescrito
CONFIANÇA entre pessoas e/ou famílias e grupos a -Indicar a necessidade de internação hospitalar ou
profissionais/equipes, promovendo REFERÊNCIAS PARA O domiciliar, mantendo a responsabilização pelo
CUIDADO, assim, garantindo a continuidade e a acompanhamento da pessoa
resolutividade das ações de saúde e a LONGITUDINALIDADE -Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos
do cuidado ACS e ACE, em conjunto com os outros membros da equipe
-TERRITORIALIZAÇÃO: Mapeamento da área e microárea. -Exercer outras atribuições que sejam de sua
No mínimo 2.000 e máximo 4.000 pessoas por eSF, responsabilidade na sua área de atuação
considerando a classificação geográfica do município (IBGE)
 ÁREA: Conjunto de microáreas sob Equipe da Atenção Primária (eAP)
responsabilidade de 1 eSF
-COMPOSIÇÃO MÍNIMA:
 MICROÁREA: Espaço geográfico que corresponde à
área de atuação de 1 Agente Comunitário de Saúde  Médico preferencialmente da especialidade
(ACS). Espaço geográfico delimitado onde residem Medicina de Família e Comunidade
cerca de 400 a 750 pessoas  Enfermeiro preferencialmente especialista em
Saúde da Família
-PODE-SE ACRESCENTAR A ESTA COMPOSIÇÃO: Por conta
da redução de custos
 Cirurgião-dentista generalista ou especialista em
Saúde da Família
 Auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal
 Agente Comunitário de Saúde (ACS)
 Agente de Combate às Endemias (ACE)
-CRÍTICAS: Muito criticado porque não colocou o ACS como
integrante da composição mínima Retrocesso no serviço
de saúde, pois volta com a visão puramente curativa das
Atribuições Comuns a Todos os Membros da Equipe ações e serviços de saúde
-Participar do processo de territorialização e mapeamento -PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE EQUIPE DE ATENÇÃO
da área de atuação da equipe PRIMÁRIA E EQUIPE DE SAUDE DA FAMÍLIA: Equipe de
-Identificar grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos, atenção primária não tem obrigatoriedade de possuir ACS
inclusive aqueles relativos ao trabalho
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Equipe de Saúde Bucal


-Vinculado a uma eSF ou a uma eAP
-COMPOSIÇÃO:
 Cirurgião dentista
 Auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal
-MODALIDADE I: Cirurgião-dentista e auxiliar em saúde
bucal (ASB) ou técnico em saúde bucal (TSB)
-MODALIDE II: Cirurgião-dentista, TSB e ASB (ou outro TSB)

Núcleo Ampliado de Saúde da


Família e Atenção Básica (NASF-AB)
-O QUE É: Equipe multiprofissional e interdisciplinar
composta por categorias de profissionais da saúde,
complementar às equipes que atuam na Atenção Básica.
Atuam de maneira integrada para dar suporte (clínico,
sanitário e pedagógico) aos profissionais das eSF
-OBJETIVO: Ampliar a abrangência, o escopo e a
resolubilidade das ações da Atenção Básica
-Fazem parte de Atenção Básica, mas não se constituem
como serviços com unidades físicas independentes ou
especiais e não são de livre acesso para atendimento
individual ou coletivo (estes, quando necessários, devem
ser regulados pelas equipes de Atenção Básica)

REFERÊNCIAS
Aulas e slides da professora Juliana Lopes

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Construção Social da APS


Processo de Construção Social Macroprocessos Básicos
da APS Territorialização
-TERRITÓRIO SOLO: Definido a partir de critérios
-BASE: Macroprocessos e microprocessos básicos de Atenção
geográficos e com uma visão estática. Não acompanha as
Primária à Saúde
mudanças ocorridas no território pela entrada de novos
-PAREDES: Macroprocessos de atenção aos eventos agudos
atores, mudanças ambientais, novas tecnologias, etc.
e macroprocessos de atenção às condições crônicas
-TERRITÓRIO PROCESSO: Definido por critérios geográficos,
estabilizadas, enfermidades e pessoas hiperutilizadoras
políticos, econômico, sociais e culturais, com uma visão
-TETO: Macroprocessos de atenção preventiva
dinâmica que acompanha as mudanças permanentes no
-TELHADO: Macroprocessos de demandas administrativas
território
-JANELAS: Macroprocessos de atenção domiciliar e atenção
-PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO: Conjunto de
paliativa
atividades que transformam um território solo (estático) em
um território processo (dinâmico):
 Definição de território área e microárea
 Cadastramento das famílias
 Diagnóstico local
 Conhecimento de subpopulações alvos

-RESULTADOS ESPERADOS DA TERRITORIALIZAÇÃO:


 Estabelecer as áreas de responsabilidades das
Macro e Microprocessos Básicos 
equipes de saúde
Viabilizar o planejamento diagnóstico de
-MACROPROCESSOS BÁSICOS: identificação e priorização dos problemas de saúde
 Territorialização  Viabilizar a programação, operacionalização e
 Cadastramento das famílias monitoramento das ações de saúde
 Classificação de risco dos familiares -METAS:
 Diagnóstico local  Cadastrar 100% da população residente no
 Estratificação de risco das condições crônicas território
 Programação e monitoramento por estratos de  Identificar 100% das lideranças comunitárias e
riscos entidades associativas e representativas da
 Agenda comunidade residente no território
 Contratualização  Construir o mapa inteligente, destacando os
-MICROPROCESSOS BÁSICOS: aspectos geográficos, ambientais, sociais e
 Recepção marcando os problemas identificados em cada área
 Acolhimento e preparo Classificação dos Territórios
 Vacinação
-TERRITÓRIO-DISTRITO: Delimitação de um território
 Curativo
administrativo assistencial que congrega diferentes pontos
 Farmácia da Rede de Atenção à Saúde
 Coleta e exames
 Procedimentos terapêuticos
 Higienização e esterilização
 Gerenciamento de resíduos

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-TERRITÓRIO-ÁREA: Território-processo de -DEFINIÇÃO DO PERFIL INSTITUCIONAL:


responsabilidade de uma equipe de Saúde da Família (eSF)  Histórico da unidade de saúde
ou equipe de Atenção Básica (eAB)  Localização
 Tipologia
 Formas de acesso (topografia e transporte urbano)
 Horário de atendimento
 Recursos humanos (número de profissionais por
categoria)
 Existência e atuação de conselhos locais de saúde

Cadastramento Familiar
-Forma de se aproximar e estabelecer vínculo com os
usuários. Feita pela ficha de cadastramento familiar e
individual
 OBS: Pessoas em situação de rua também devem
ser cadastradas
-TERRITÓRIO-MICROÁREA: Organização dos dados do
-OBJETIVO: Conhecer as famílias residentes nas áreas de
território-área em faixas específicas (microáreas),
responsabilidade das equipes de saúde, relacionando os
possibilitando um conhecimento mais preciso da sua
seus integrantes, a situação de moradia e outras
população adscrita
informações necessárias para a programação das ações de
saúde
-META: Identificar e cadastrar 100% das famílias residentes
na área de responsabilidade
Fases do Cadastramento Familiar
-FASE PREPARATÓRIA: Apresentar e discutir a metodologia
utilizada, assim como o instrumento a ser aplicado
-FASE DE EXECUÇÃO: Agendar previamente as visitas,
orientar a família e abordar sobre educação em saúde
acerca das condições e problemas identificados
Fase de Apropriação do Território -UTILIZAÇÃO:
-Realizar discussões na equipe de saúde para compreensão  Lançar os dados do cadastro no e-SUS ou no
do processo de territorialização Sistema de Informação Gerencial do município
-Avaliar a territorialização atual (área de abrangências e  Realizar momentos de apresentação e discussão da
microáreas) equipe sobre os dados coletados, para
-Entrevistar lideranças-chaves existentes no território área conhecimento da situação de saúde das famílias de
para a identificação e priorização dos problemas de saúde cada microárea
das famílias  Usar as informações para estratificação por grau
 Identificação da percepção do usuário/comunidade de risco e para programação de ações necessárias
sobre o funcionamento da UAPS para a melhoria da condição familiar
 Colaboração na definição do território -ATUALIZAÇÃO:
-Fazer uma análise comparativa, considerando os principais  Atualizar o cadastro sempre que houver uma
elementos alteração importante da composição ou condição
 Distância máxima de um domicílio e a UAPS familiar
 Barreiras geográficas ou de grande esforço  Considerar as mudanças dinâmicas do território
 Áreas de risco ambiental e/ou urbano que possam implicar em alterações da base
 Malha viária, pavimentação e transporte populacional (como obras viárias, conjuntos
 Proporção entre população e equipe de saúde populacionais, assentamentos urbanos, etc.)
-Fazer o mapa inteligente  Realizar, anualmente, uma revisão completa do
-Marcar no mapa os problemas de maior relevância na cadastro das famílias
comunidade
-Atualizar o cadastro das famílias residentes no território Análise do Território
-Identificar a rede social de parcerias -Perfil demográfico, epidemiológico e assistencial
-Localização de: Número de pessoas adscritas pela eSF/eAB
 Pontos de Atenção à Saúde (UBS, hospitais, UPA, -Perfil de atendimento e de encaminhamentos da unidade
escolas, creches, serviços sociais, associações num dado período
comunitárias, campos de futebol, parques, etc.) -Serviços ou programas de outros setores acessíveis à
 Estabelecimentos de controle sanitário população na Rede Pública
 Áreas de risco ambiental (lixão, áreas de risco de -Perfil territorial e ambiental (condições de moradia, áreas
deslizamento, inundação ou outros riscos) de vulnerabilidade social, equipamentos comunitários para
 Áreas de invasões ou assentamentos, favelas, etc. promoção de cidadania e organização e suporte social)

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Aulas e slides da professora Juliana Lopes

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APS e Atenção Ambulatorial Especializada (AAE)


Introdução Modelo do Ponto de Atenção
-ATENÇÃO BÁSICA:
 DEFINIÇÃO: Caracterizada por um conjunto de ações de
Secundária (PASA)
saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a -MODELO DO PONTO DE ATENÇÃO SECUNDÁRIA
promoção e a proteção da saúde, a prevenção de AMBULATORIAL (AAE): Característico de organização em
agravos, o diagnóstico, tratamento, reabilitação, redes. Comunicação orgânica entre os pontos de atenção,
redução de danos e manutenção da saúde  É a principal
com a coordenação da APS
porta de entrada e centro de comunicação da Rede de
 Gestão de base populacional, governo pela
Atenção à Saúde
 OBJETIVO: Desenvolver uma ATENÇÃO INTEGRAL que Atenção Primária, uso de ferramentas de gestão,
impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e sistema fechado
nos determinantes sociais e condicionantes de saúde das  Ponto de atenção à saúde com comunicação em
coletividades rede com outros níveis de atenção
-A PROBLEMÁTICA DA ATENÇÃO AMBULATORIAL  Atenção focada no cuidado do profissional
ESPECIALIZADA (AAE): Constitui-se um problema multiprofissional e interdisciplinar
importante no sistema de atenção à saúde e no SUS, pois:  Relação entre especialista e generalista (relação
 Configura-se como uma participação de vazio pessoal com trabalho clínico conjunto)
assistencial e cognitivo  Decisões clínicas articuladas em protocolos
 É analisada e operada na logística dos sistemas clínicos, construídos com base em evidências
fragmentos de atenção à saúde  Atenção com plano de cuidado individual
-SOLUÇÃO DA PROBLEMÁTICA DA AAE: Por novas formas elaborado de forma conjunta por generalistas e
de organização das relações entre a APS e a AAE sem, especialistas
necessariamente, aumentar a oferta de serviços  Programação feita na Estratégia Saúde da Família,
ambulatoriais secundários  “Precisamos nos adequar ao com estratificação de risco
trabalho em redes e direcionar os esforços no sentido da  Prontuários clínicos familiares eletrônicos,
qualificação do cuidado” integrados em rede

Modelos de Atenção Função assistencial, supervisional, educacional e
de pesquisa
 Pagamento por orçamento global

Ambulatorial Especializada Funções das Equipes de AAE


Modelo de Atenção em Sistemas Locais
Diante das Equipes da APS
de Saúde (SILOS) -PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS EQUIPES DE AAE:
-Característico de sistemas fragmentados. Segue os  Função assistencial
modelos dos Centros de Especialidades Médicas (CEM)  Função educacional
-CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS (CEM):  Função supervisional
 Gestão de oferta, sistema aberto, autogoverno,  Função de pesquisa clínica e operacional
sem uso de ferramentas de gestão, programação -OBS: Para que sejam desempenhadas adequadamente, é
feita na própria unidade preciso que os profissionais tenham ciência dessas
 Unidade isolada e sem comunicação fluida com atribuições no momento de contratação e que seja
outros níveis de atenção providenciado o necessário para sua concretização
 Relação entre especialista e generaliza ou inexiste
ou se faz por referência-contrarreferência, sem
Função Assistencial
trabalho conjunto -FUNÇÃO ASSISTENCIAL: Desempenhada por uma equipe
 Decisões clínicas não articuladas em diretrizes multiprofissional, que atua de maneira interdisciplinar,
clínicas aprofundando o manejo clínico dos usuários
 Prontuários clínicos individuais, não integrados em  ATENÇÃO CONTÍNUA: Ciclos de atendimentos
redes individuais sequenciais  Avaliação clínica por
 Atenção focada no cuidado do profissional médico todos os profissionais e prescrição das condutas e
especialista recomendações, sistematizadas em um único plano
 Acesso regulado pelos gestores da saúde de cuidado, incluindo atendimentos e exames
 Atenção sem plano de cuidado individual diagnósticos complementares
 Função meramente assistencial
 Pagamento por procedimento

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 PARA OS USUÁRIOS ATENDIDOS NO


Ferramentas para Operacionalizar a Organização AMBULATÓRIO: Devem ser feitas ações educativas
dos Serviços durante o ciclo de atenção contínua, de modo que
fortaleçam o autocuidado
-CADASTRAMENTO DE eSF’S: O ambulatório de
-MODALIDADES DE APOIO EDUCACIONAL:
especialidade deve ter o cadastro de todas as unidades e
 EDUCAÇÃO PERMANENTE: Apoio para que os
equipes da APS dos municípios de sua área de abrangência
profissionais da APS desenvolvam competências de
-MAPA DE PESSOAL E ENCONTROS PRESENCIAIS: A equipe
conhecimento. Um dos temas que mais devem ser
especializada deve conhecer, por nome, os profissionais
pautados nos encontros é a estratificação de risco
generalistas das Equipes de Saúde da Família (eSF)  Isso
do usuário com condição crônica. Devem ser
pode ser favorecido por encontros de planejamento comuns
valorizadas iniciativas criativas das equipes, na
às equipes, por visitas recíprocas ou por ações de educação
medida em que cresce a vinculação entre os
permanente. Para isso, também é fundamental a
profissionais
regionalização, que fixa os profissionais de referência no
território sanitário  MATRICIAMENTO: Equipe da AAE desempenha
-TECNOLOGIA DA COMUNICAÇÃO: Uso de e-mail, chats de função de matriciadora, deixando o
discussão, aplicativos de mensagem instantânea etc.  acompanhamento longitudinal como atribuição da
Favorece a tendência de crescimento e diversificação da APS  Deslocamento dos profissionais da AAE até
vinculação entre os profissionais as unidades da APS (ou o inverso), quando
-COMPARTILHAMENTO DO CUIDADO: Ação de compartilhar necessário. O apoio tem duas dimensões: (1) o
as ações de cuidado dos usuários com condições crônicas suporte de retaguarda assistencial/dimensão
de difícil manejo que requerem atenção especializada assistencial que origina uma ação clínica direta
focal com os usuários em um atendimento e (2) suporte
-ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PELA APS: Unidades da APS pedagógico/dimensão técnico-pedagógica, que
devem compartilhar a relação de usuários estratificados gera ação e apoio educativo com e para a equipe,
como alto e muito alto risco como um pré-cadastro que como um momento de discussão de casos mais
oriente a organização da agenda do ambulatório de complexos
especialidade  SEGUNDA OPINIÃO: Função importante da equipe
-PROGRAMAÇÃO DA ATENÇÃO DA POPULAÇÃO-ALVO: especializada, podendo se desenvolvendo em
Programação da atenção aos usuários de alto e muito alto diferentes modalidades de apoio à APS (via
risco  A elaboração da programação da AAE pode ser telefone, chats de discussão, aplicativos de
realizada pelas duas equipes técnico-gerenciais, mensagem instantânea, e-mail, etc.)
propiciando a pactuação de metas complementares e a
continuidade dos fluxos de atenção
Função Supervisional
-GESTÃO DE AGENDA: Agendamento de usuários para -FUNÇÃO SUPERVISIONAL: Envolve ações de apoio
atendimento no ambulatório deve ser realizado institucional às equipes da APS  Trata-se do
diretamente pela equipe da APS, sem necessidade de monitoramento cruzado APS-AAE e usuário
mecanismos ou profissionais regulares intermediários  AÇÕES DE SUPERVISÃO E EDUCAÇÃO
-MONITORAMENTO DE AGENDA: Monitoramento de PERMANENTE: Devem ser monitoradas
comparecimento ao atendimento na AAE deve ser diário. A (integrando o painel de indicadores de processos)
programação e o envio da relação de usuários e avaliadas no aspecto de qualidade do manejo
potencialmente beneficiários (permitindo conhecimento clínico e de impacto na estabilização clínica dos
prévio da demanda) facilitam e simplificam o mecanismo usuários
de agendamento
-PLANOS DE CUIDADOS: Forma ideal para a comunicação Função de Pesquisa Clínica e
entre as equipes da APS e AAE sobre o cuidado elaborado
para os usuários atendidos. É necessário que sejam
pactuados o instrumento de plano de cuidado a ser usado,
Operacional
sua elaboração inicial e a atualização conjunta pela equipe, -FUNÇÃO DE PESQUISA CLÍNICA E OPERACIONAL: Pode ser
além das modalidades de envio e os mecanismos de agregada ao AAE com o objetivo de gerar evidências sobre o
monitoramento manejo de usuários com condição crônica e seu impacto na
estabilização clínica e nos indicadores finais de
Função Educacional morbimortalidade  “Geração de materiais científicos”

-FUNÇÃO EDUCACIONAL: Direcionada para profissionais da


APS e da AAE e usuários atendidos no ambulatório  Visa à
qualificação do manejo clínico pelos profissionais da APS
 CONHECIMENTO RECÍPROCO, PROXIMIDADE E
VINCULAÇÃO ENTRE AS EQUIPES: Presenciais ou à
distância, com horário protegido na agenda dos
profissionais da APS e da AAE REFERÊNCIAS
Aulas e slides da professora Juliana Lopes
Resumo de PTS – Izabel Soares Gallindo

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Programas de Provimento e Geografia Médica


-PRESSUPOSTOS:
Introdução  CONSTITUIÇÃO DE 1988 E LEIS 8080/90 E
8142/90: Saúde como um direito de todos e dever
-UM DOS GRANDES DESAFIOS PARA A CONSOLIDAÇÃO DO do Estado
SUS: Distribuição geográfica dos profissionais e serviços de  ART. 200: SUS como ordenador da formação de
saúde recursos humanos em saúde
-CENÁRIO:  MP 621 DE 7 DE JUL. DE 2013: Criação do
 Dificuldades dos municípios menores em prover Programa Mais Médicos
médicos  LEI 12871 DE 22 DE OUT. DE 2013: Capítulos da
 Grande expansão da rede pela APS Formação Médica no Brasil e Projeto Mais Médicos
 Crescimento do número de postos de trabalho para o Brasil
médico -PROCESSOS PARA VIABILIZAR A INTERIORIZAÇÃO DE
 Intenção dos médicos de permanecer nas grandes SAÚDE:
cidades e em áreas mais desenvolvidas  Mapeamento de serviços
 Identificação de áreas de escassez
 Definição de estratégias
-POLÍTICA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO
PRIMÁRIA: Envolveu principalmente os projetos:
 Projeto Rondon
 PIASS
 PISUS
 PITS
 PROVAB
 Mais Médicos
-PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA:
 CRIAÇÃO: Em 1994, como uma estratégia de Projeto Rondon
reorientação assistencial a partir de Atenção Primária
-ORIGEM: 1967, fim em 1989
 COMPOSIÇÃO MÍNIMA: Médico, enfermeiro, técnico de
enfermagem e agentes comunitários de saúde, com -OPERAÇÃO PILOTO/OPERAÇÃO ZERO: Primeira operação
possibilidade de acrescentar profissionais de saúde bucal do projeto, em 1967  Houve levantamento de
 CARGA HORÁRIA: 40h semanais necessidades locais, de pesquisa e assistência médica
 AUMENTO CONSIDERÁVEL NO NÚMERO DE EQUIPES DE durante 28 dias
SAÚDE DA FAMÍLIA ENTRE 1999 E 2000: Crescimento -PRINCIPAL OBJETIVO: Proporcionar a formação do jovem
considerável de Equipes de Saúde da Família, pois houve universitário como cidadão e o desenvolvimento sustentável
modificações no formato de financiamento de comunidades pouco assistidas
 Intensificar o sentimento de responsabilidade
social e coletiva
 Desenvolver a cidadania
 Despertar o sentimento de defesa dos interesses
nacionais (época de Ditadura Militar)
-DINÂMICA: Promovia atividades de extensão universitária,
levando estudantes voluntários às comunidades carentes e
isoladas do interior do país, onde participavam de caráter
assistencial, organizadas pelo governo. Não atuava somente
na área da saúde, mas também em áreas como cultura,
direitos humanos, trabalho, educação, etc.

Programa de Interiorização das


Interiorização
-MOVIMENTO MIGRATÓRIO E INTERIORIZAÇÃO: Os
principais fatores são:
Ações de Saúde e Saneamento


Ganho monetário
Características locais do local que vai receber o (PIASS)
profissional
-ORIGEM: 1979 (Decreto 84.219), com atuação de 1980-
 Características individuais do profissional que vai
1985
se mudar
 Força do mercado

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-FINALIDADES BÁSICAS: Intensificação de serviços básicos -OBRIGAÇÕES DOS MUNICÍPIOS:


de saúde e saneamento  Promover a organização da atenção básica em seu
 Implantar e implementar uma estrutura de rede território
básica de serviços de assistência médico-sanitária  Garantir alimentação e moradia
em localidades de até 20 mil habitantes,  Assegurar a disponibilidade de uma unidade básica
sobretudo na região nordeste do país de saúde
 Instalar e operar sistemas simplificados de  Fornecer os equipamentos necessários para a
abastecimento de água e soluções domiciliares prestação da atenção básica
para destino de dejetos em povoados, vilas e  Viabilizar a realização de exames laboratoriais
cidades de pequeno porte básicos de diagnóstico
 Assegurar o fornecimento de vacinas,
Programa de Interiorização do medicamentos essenciais e outros insumos básicos
para o funcionamento da unidade

Sistema Único de Saúde  Garantir o quantitativo necessário de auxiliares de


enfermagem e de agentes comunitários de saúde,
observadas as diretrizes do PACS
(PISUS)  Assegurar transporte adequado para o transporte
de pacientes, de acordo com a indicação médica
-ORIGEM: 1993. Durou apenas 11 meses (não sobreviveu à  Assegurar o suporte necessário para a referência e
sucessão de 1994) contrarreferência
-PRINCIPAIS OBJETIVOS: Interiorização de uma equipe  Garantir o transporte dos integrantes do Programa
mínima além do médico, visando à descentralização e à para o desenvolvimento de suas atividades no
municipalização do atendimento concebido enquanto município
direito universal -INCENTIVOS AOS PROFISSIONAIS:
 Curso introdutório (80h)
Programa de Interiorização do  Tutoria e supervisão continuadas, participação em
cursos, material institucional e bibliográfico

Trabalho em Saúde (PITS)  Curso de especialização em Saúde da Família (360h


presenciais e à distância)
 Condições adequadas para o desempenho de suas
-ORIGEM: 2001 (Decreto 3745)
atividades, como instalações, equipamentos e
-PRÉ-REQUISITOS:
insumos
 População até 20 mil habitantes
 Certificação de participação do Programa
 Taxas de mortalidade infantil maior ou igual a 30,
 Bolsa mensal através do CNPq, a título de
50 e 60 por mil nascidos vivos
incentivo e ajuda de custo (com critérios de
 Municípios prioritários no controle da malária,
distância até a capital e vias de acesso)
hanseníase e tuberculose
 Seguro obrigatório de vida e acidentes pessoais
-OBJETIVOS DO PROGRAMA:
 Moradia, alimentação e transporte para o
 Ampliar a cobertura das ações e serviços do SUS
desenvolvimento de suas atividades
 Impulsionar a reorganização da atenção básica de


saúde no país
Fortalecer o Programa de Saúde da Família
Programa de Valorização do
 Estimular a fixação de médicos e enfermeiros em
municípios carentes de assistência à saúde, na
forma de treinamento em serviço
Profissional da Atenção Básica
-DIRETRIZES BÁSICAS DO PROGRAMA:
 Conferir prioridade às necessidades de saúde das
regiões desprovidas ou carentes de serviços e de
(PROVAB)
profissionais de saúde, especialmente de médicos -ORIGEM: 1 de setembro de 2011 (Portaria 2.087). Iniciativa
e enfermeiros do Ministério de Saúde e da Educação
 Apoiar a organização da atenção à saúde, em -OBJETIVO: Estimular e valorizar o profissional de saúde
especial os cuidados básicos, valendo-se, para que atue em equipes multiprofissionais no âmbito da
tanto, de princípios e estratégias do Programa de Atenção Básica e da Estratégia de Saúde da Família
Saúde da Família -PROGRAMA DIRECIONADO PARA:
 Conceder incentivos aos profissionais que o  Profissionais médicos, enfermeiros e cirurgiões-
integrarem dentistas que já tenham concluído sua graduação
 Assegurar orientação, supervisão e educação na respectiva área e que sejam portadores de
permanente aos profissionais que o integrarem, registro profissional junto ao respectivo conselho
mediante articulação com o Ministério da de classe
Educação e com instituições de ensino superior  Municípios considerados áreas de difícil acesso e
 Contribuir na organização de sistemas de referência e provimento de populações de maior
contrarreferência para pacientes que requeiram vulnerabilidade
assistência especializada ou hospitalização
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-COMPROMISSOS DO MUNICÍPIO:  Aumentar a provisão de médicos em locais de


 Contratar, pelo prazo mínimo de 12 meses, os difícil provimento ou alta vulnerabilidade
profissionais médicos, enfermeiros e cirurgiões-  Desenvolver e intensificar a formação de médicos
dentistas com remuneração equivalente a especialistas em Medicina de Família e
praticada pela Estratégia de Saúde da Família Comunidade
 Oferecer moradia para a equipe contratada,  Estimular a presença de médicos no SUS
quando houver necessidade, a partir de critérios -INSTITUI A AGÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO DA
estabelecidos em editais específicos ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (ADAPS): Serviço social
-INCENTIVOS AO MÉDICO: autônomo, na forma de pessoa jurídica de direito privado
 Recebe bolsa federal de 10 mil reais sem fins lucrativos, de interesse coletivo e de utilidade
 Exerce atividade supervisionada por uma pública  Finalidade de promover, em âmbito nacional, a
instituição de ensino (preceptoria) execução de políticas de desenvolvimento da atenção
 Obrigatoriedade de realizar curso de pós- primária à saúde
graduação teórico-prático com 12 meses de -LOCAIS DE DIFÍCIL PROVIMENTO:
duração  Municípios de pequeno tamanho populacional, baixa
 Deve cumprir a carga horária de 32h na unidade de densidade demográfica e distância relevante de centros
urbanos, conforme classificação estabelecida pelo IBGE
saúde e de 8h destinadas ao curso de
 Distritos Sanitários Especiais Indígenas ou comunidades
especialização
ribeirinhas
 RECEBE BONIFICAÇÃO EM EDITAIS DE RESIDÊNCIA -LOCAIS DE ALTA VULNERABILIDADE: Municípios com alta
MÉDICA: Após ser avaliado e desde que aprovado proporção de pessoas cadastradas nas equipes de saúde da
com conceito satisfatório no PROVABE e que família e que receberam benefício financeiro do Programa
pretender o ingresso em qualquer Programa de Bolsa Família, benefício de prestação continuada ou
Residência Médica, receberá uma bonificação de benefício previdenciário no valor máximo de 2 salários
10% em sua pontuação no referido certame mínimos

Programa Mais Médicos (PMM) Projeto Mais Médicos para o Brasil


-ORIGEM: 2013  Instituído pela Medida Provisória
621/2013 (Lei 12.871 de outubro de 2013), regulamentada (PMMB)
pela Portaria Conjunta 1.369 dos Ministérios da Saúde e da -ORDEM DE PRIORIDADE DE CONTRATAÇÃO: Vínculo CLT
Educação 1. Médicos formados em universidades brasileiras ou
-OBJETIVO GERAL: O projeto foi parte de um pacto para com diploma revalidado no país (inclusive médicos
melhoria do atendimento aos usuários do SUS, através da aposentados)
aceleração dos investimentos em infraestrutura e na 2. MÉDICOS BRASILEIROS formados em universidades
ampliação do número de médicos nas regiões carentes do estrangeiras com habilitação para exercício da
país  Levar profissionais para áreas mais carentes ao Medicina no exterior
mesmo tempo em que melhora a infraestrutura das 3. MÉDICOS ESTRANGEIROS com habilitação para
unidades de saúde e amplia a formação de médicos exercício da Medicina no exterior (por meio de
especialistas intercâmbio internacional)
 Contratação de médicos para atuarem nas -NOMENCLATURAS:
unidades básicas de saúde nas regiões prioritárias  MÉDICO PARTICIPANTE: Médico intercambista ou médico
do SUS com regime de 40h semanais, com bolsa formado em universidade brasileira ou com diploma
federal de 10 mil reais e supervisão de uma revalidado
universidade, por um período de 3 anos, podendo  MÉDICO INTERCAMBISTA: Médico formado em
ser renovado 1 vez universidade estrangeira com habilitação para exercício
da Medicina no exterior
-PRINCIPAIS PILARES:
-METAS DO PMMB:
 MELHORIA DE INFRAESTRUTURA: Ampliação e
 Ampliar a quantidade de atendimentos
melhoria de infraestrutura no sistema de saúde
 Proporcionar maior resolutividade à Atenção
 FORMAÇÃO PARA O SUS: Ampliação da oferta na
Primária, evitando encaminhamentos
graduação e residência médica, mudança no eixo
desnecessários a hospitais
dos locais de formação e reorientação da formação
 Ampliar a qualidade do pré-natal e do
 PROVIMENTO EMERGENCIAL: Editais de chamadas
acompanhamento de crianças até os 5 anos de
nacional e internacional  Cooperação
idade
internacional
 Ampliar a qualidade no acompanhamento de
-OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
pacientes portadores de hipertensão arterial e
 Promover o acesso universal e igualitário da
diabetes
população às ações e aos serviços do SUS,
 Ampliar a qualidade do acompanhamento
especialmente nos locais de difícil provimento ou
preventivo do câncer de mama e de colo de útero
alta vulnerabilidade
 Ampliar a taxa de cura do paciente com
 Fortalecer a atenção primária à saúde, com ênfase
diagnóstico de tuberculose
na saúde da família
 Ampliar a qualidade do acompanhamento de
 Valorizar os médicos da atenção primária à saúde,
pacientes portadores de HIV
principalmente no âmbito da saúde da família
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Sobre os Médicos Contratados


-O programa tem 2 anos de especialização
-No período de especialização, o profissional médico pode
receber até 18 mil reais
-VALOR DA REMUNERAÇÃO (BOLSA ESPECIALIZAÇÃO): 12
mil reais + possíveis gratificações

Sobre os Municípios
-MUNICÍPIOS PRIORITÁRIOS:
 Com 20% ou mais da população vivendo em
extrema pobreza
 Estar entre os 100 municípios com mais de 80 mil
habitantes com os mais baixos níveis de receita
pública per capita e alta vulnerabilidade social de
seus habitantes
 Estar situado em área de atuação do Distrito
Sanitário Especial Indígena (DSEI/SESAI/MS), órgão
integrante da Estrutura Regimental do Ministério
da Saúde
 Estar nas áreas referentes aos 40% dos setores
censitários com os maiores percentuais de
população em extrema pobreza dos municípios Pontos Positivos e Negativos do PMM
-MUNICÍPIOS ELEGÍVEIS: Aqueles que possuam áreas em -PONTOS POSITIVOS DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS:
uma das situações elencadas no inciso III, podendo  Levou atendimento à saúde para regiões precárias
participar do Projeto mediante manifestação de interesse e
 Expansão e consolidação da Atenção Primária
celebração do termo de adesão e compromisso
 Aumentou a acessibilidade de ingresso nos cursos
-COMPROMISSOS DOS MUNICÍPIOS:
de Medicina e em programas de residência médica
 Não substituir os médicos que já componham as
-POSSÍVEIS PONTOS NEGATIVOS DO PROGRAMA MAIS
equipes de atenção básica pelos participantes do
MÉDICOS:
projeto
 Focava na quantidade de profissionais, e não na
 Manter, durante a execução do projeto, as equipes
qualidade de atendimento
de atenção básica atualmente construídas com
 Precarização dos vínculos de trabalho, expressa na
profissionais médicos não participantes do projeto
forma de contratação dos profissionais do PMM
 Oferecer MORADIA, ALIMENTAÇÃO E ÁGUA
 Não garantia a vinculação do médico à Atenção
POTÁVEL para o médico participante do projeto,
Primária
conforme critérios estabelecidos pelo edital
 Compromisso de adesão ao Programa de ATENÇÃO: Esses pontos positivos e negativos foram pontos que
Requalificação de Unidades Básicas de Saúde pesquisei. Na aula com a minha turma, a professora não chegou a
(Requalifica UBS), do Ministério da Saúde, em caso detalhar esses pontos. Então, se forem estudar por aqui,
de infraestrutura inadequada para execução das recomendo aprofundarem um pouco nesses pontos positivos e
ações do projeto especialmente nos negativos, porque costuma ser questão aberta
de prova.

Considerações Finais
-Desigualdades distributivas
-Estreita relação entre características socioeconômicas e
atratividade profissional
-Feminização da Medicina como tendência mundial
-Novos estudos para atualização dos cenários

REFERÊNCIAS
Aulas e slides da professora Juliana Lopes
Resumo de PTS – Isabel Soares Gallindo

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Revisão de Processo de Trabalho em Saúde


 MODELO HORIZONTAL EM REDES: Formulado por
Gerenciamento dos Serviços de Saúde no SUS Dawson. Redes regionalizadas e integradas. APS
-MODELOS ASSISTENCIAIS: Combinações de tecnologias como ordenadora da rede e resolutiv. de 80%.
para organizar os serviços de saúde Sistema de referência e contrarreferência
 PÚBLICO UNIVERSAL: Financiamento público, acesso Passagem modelo piramidal  horizontal em redes
univ., dependência do Estado
-NÍVEIS DE COMPLEXIDADE DA ASSISTÊNCIA:
 DE SEGURO SOCIAL: Contribuição de trab., cobertura
restrita a trabalhadores e suas famílias
 ESF: Resolutiv. 80%. Porta de entrada prioritária
 DE DOMINÂNCIA DE MERCADO: Fragmentada,  MÉDIA COMPLEXIDADE: 15% restantes.
descentralizada, escassa regulação pública Especialidades
 ALTERNATIVOS: Integralidade da atenção, consideração  ALTA COMPLEXIDADE: 5% restantes
do perfil epidemiológico, educação em saúde, respons.
sanitária
Atenção Primária à Saúde (APS)
-FLEXNER X DAWSON: -DEFINIDA INICIALMENTE PELA CONFERÊNCIA DE ALMA
 MODELO FLEXNER: Cientificismo, especialização, foco ATA: Reconhecimento da saúde como direito humano
na doença, desconsideração de fatores socioeconômicos  ELEMENTOS ESSENCIAIS DA APS: Educação em
 MODELO DAWSON: Estado como provedor, medicina saúde, saneamento básico, prevenção, valorização
curativa+preventiva, generalismo, níveis de
de práticas complementares...
complexidade de atenção, atenção básica como
prioridade, equipe multi
 APS COMO ESTRATÉGIA DE ORGANIZAÇÃO DO
-SISTEMAS FRAGMENTADOS E INTEGRADOS: SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE: Reordenamento
 FRAGMENTADOS: Componentes isolados, foco em de todos os recursos do sistema tendo a APS como
condições agudas, hierarquizações centro coordenador de uma rede
 INTEGRADOS: Continuidade da atenção, foco em  APS NO BRASIL: “Atenção Básica” (Política
condições crônicas, rede horizontal Nacional de Atenção Básica/PNAB)
-GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS NO SUS:
 OBJETIVOS GERAIS: Equidade no acesso, limites
Atenção Básica no Brasil
financeiros federais por níveis de complexidade, -CARACTERÍSTICAS:
transparência dos pactos intergestores (tripartite)  Ações de saúde individuais, familiares e coletivas
e de recursos  Promoção, prevenção, cura, reabilitação e vigilância
 Equipe multi
 DECRETO 7508/2011: Evitar a fragmentação da
 Território bem definido
atenção. Estabelecimento de regiões de saúde
 Responsabilidade sanitária sob um território bem
pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite definido
(CIT)  Principal porta de entrada e centro de comunicação das
-ORGANIZAÇÃO DO SUS: RAS
 Promoção, proteção e recuperação da saúde feita -ATRIBUTOS ESSENCIAIS:
pelos estados com participação complementar do  PRIMEIRO CONTATO: Reconhecimento como porta
setor privado de entrada ou primeiro recurso a ser buscado pela
 Organização regionalizada e hierarquizada população
 1 REGIÃO DEVE CONTER: AP, urg. e emerg.,  LONGITUDINALIDADE: Acompanhamento durante
atenção psicossocial, ambulatorial e vigilância todo o ciclo de vida em um ambiente de confiança
 Planejamento da saúde de forma ascendente e e humanização
integrado  INTEGRALIDADE: Atendimento das demandas
-REGULAÇÃO DA SAÚDE: biopsicossociais por meio de uma rede de serviços
 Integralidade da assistência se inicia e se completa diversos funcionando sinergicamente de forma
na Rede de Atenção à Saúde por meio do articulada
referenciamento na rede regional e interestadual  COORDENAÇÃO: Função de centro de comunicação
 RENASES: Relação Nacional de Ações e Serviços de das RAS
Saúde -ATRIBUTOS DERIVADOS
 RENAME: Relação Nacional de Medicamentos  FOCALIZAÇÃO NA FAMÍLIA: Consideração da
Essenciais família e do contexto familiar como aspecto
-REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS): Conjunto de pontos relevante na saúde
articulados entre si em nível de complex. crescente.  ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA: Reconhecimento do
Comunicação feita pelos sistemas de informação. Estratégia contexto socioeconômico do indivíduo e sua
para evitar a fragmentação da atenção família
 ASSEGURA: Integralidade do cuidado, melhoria da  COMPETÊNCIA CULTURAL: Respeito às
gestão, racionalidade de recursos singularidades culturais e preferências das pessoas
 MODELO PIRAMIDAL: Fragmentação da atenção,
dificuldade de acesso, estrangulamento de serviços

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-FUNÇÕES ESSENCIAIS: -EQUIPE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA (eAP):


 RESOLUTIVIDADE: Resolução de +80% das  COMPOSIÇÃO MÍNIMA: 1 médico e 1 enfermeiro
demandas pref. especialista em Saúde da Família
 COORDENAÇÃO: Centro de comunicação das RAS,  PODE-SE ADICIONAR: ACS, dentista, ASB, agente
ordenando fluxos e contrafluxos de pessoas e de combate às endemias  Críticas
informações -NÚCLEO AMPLIADO DE SAÚDE DA FAMÍLIA E ATENÇÃO
 RESPONSABILIZAÇÃO: Responsabilidade sanitária BÁSICA (NASF-AB): Equipe multiprofissional e
sob o território adscrito interdisciplinar. Atuam no suporte da eSF
Estratégia Saúde da Família (ESF) Construção Social da APS
-ANTES PROGRAMA, HOJE ESTRATÉGIA: Era temporário, -CONSTRUÇÃO SOCIAL DA APS:
virou estratégia em 2006  Reorientação do sistema de  BASE: Macro e microprocessos básicos de Atenção
saúde no Brasil com foco na consolidação da Atenção Básica Primária
-FUNÇÕES BÁSICAS: Ser base, resolutiva, coordenar o  PAREDES: Macroprocessos de atenção às condições
cuidado e ordenar as redes agudas e crônicas
-PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:  TETO: Macroprocessos de atenção preventiva
 Principal porta de entrada do SUS  TELHADO: Macroprocessos administrativos
 Priorização de ações de promoção, proteção e  PORTA E JANELAS: Macroprocessos de atenção
recuperação da saúde, mas também cura domiciliar e paliativa
 Ser integral e longitudinal no atendimento -MACROPROCESSOS BÁSICOS: Territorialização,
individual e coletivo cadastramento, estratificação de risco, monitoramento...
 Criação de vínculos -MICROPROCESSOS BÁSICOS: Recepção, acolhimento,
-AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE (ACS): vacinação, farmácia, curativo...
Preferencialmente alguém da comunidade -TERITORIALIZAÇÃO:
 Mapear sua área de atuação  TERRITÓRIO SOLO: Critérios geográficos. Estático
 Cadastrar e atualizar famílias, identificando  TERRITÓRIO PROCESSO: Diversos critérios.
situações de risco Dinâmico
 Visitas domiciliares  TERRITORIALIZAÇÃO: Território solo  Território
 Mobilização e educação comunitária processo
-EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA (eSF):  METAS: Cadastramento de 100% da população,
 COMPOSIÇÃO MÍNIMA: 1 médico, 1 enfermeiro, 1 identificação de todas as lideranças comunitárias e
técnico de enfermagem, agentes comunitários de entidades associativas e construção do mapa
saúde inteligente
 PODE-SE ADICIONAR À EQUIPE: 1 cirurgião- -CLASSIFICAÇÃO DOS TERRITÓRIOS:
dentista, 1 auxiliar de saúde bucal (ASB), agente  TERRITÓRIO DISTRITO: Agrega diferentes pontos
de combate a endemias da Rede de Atenção à Saúde
 ÁREA: Min. 2.000 máx. 4.000 pessoas.  TERRITÓRIO ÁREA: Território processo de 1 eSF ou
Responsabilidade de 1 eSF eAB. Mín. 2.000, máx. 4.000
 MICROÁREA: Atuação de 1 ACS. 400-750 pessoas  TERRITÓRIO MICROÁREA: Território de 1 ACS
 ATRIBUIÇÕES COMUNS: -FASE DE APROPRIAÇÃO DO TERRITÓRIO:
o Participar da territorialização  Discussões entre a equipe
o Identificar situações de risco  Entrevista de lideranças-chave
o Atualizar os sistemas de informação  Análise de acessibilidade
o Promover ações de saúde, prevenção e  Perfil sociodemográfico e ambiental
curativas  Identificação e priorização de demandas
o Escuta qualificada  Identificação de pontos de apoio social
o Responsabilidade sanitária da região -CADASTRAMENTO FAMILIAR: Forma de estabelecer vínculo
o Educação permanente em saúde com os usuários. Cadastro no e-SUS, atualização constante.
o Realizar visitas domiciliares Pessoas em situação de rua também devem ser cadastrados
 ATRIBUIÇÕES DO MÉDICO:
o Consultas clínicas, pequenos proced.
Parâmetros para Programação das Ações Básicas
cirúrgicos ou atividades individuais ou em de Saúde
grupo quando necessário
o Elaborar estratificação de risco e plano de -SEMANANAS POR ANO: 42 (já descontando férias e
cuidados semanas usadas para capacitações)
o Fazer encaminhamentos quando -CONSULTAS MÉDICAS POR EXPEDIENTE: 4 usuários/hora,
necessário e se responsabilizar pelo 16 pacientes por expediente (4h de expediente). Tempo
acompanhamento médio de 15min. por consulta
o Indicar, se necessário, internamento e -CONSULTAS MÉDICAS EM ESPECIALIDADES BÁSICAS: 1,5
manter responsabilidade sobre o por habitantes/ano (preconização do Ministério da Saúde)
acompanhamento -CONSULTAS DE ENFERMAGEM: 2,5 consultas/hora. Em
o Planejar, gerenciar e avaliar a atividade média, 24min. por consulta
dos ACS junto com outros profissionais
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-PROGRAMA DE VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DA


APS e Atenção Ambulatorial Especializada ATENÇÃO BÁSICA (PROVAB) (2011): Estimular e valorizar o
-MODELOS DE ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA: profissional de saúde que atue em equipes
 MODELO DE ATENÇÃO EM SISTEMAS LOCAIS DE multiprofissionais  Bolsa de 10 mil, especialização,
SAÚDE (SILOS): Modelo dos Cetros de preceptoria, bonificação de 10% na residência
Especialidades Médicas: -PROGRAMA MAIS MÉDICOS (2013): Melhoria do
o Unidade isolada e sem comunicação fluida atendimento aos usuários do SUS. Contratação por 3 anos,
o Comunicação generalista-especialista podendo ser renovado 1 vez
inexistente ou feita por referência-  PILARES:
contrarreferência o MELHORIA DE INFRAESTRUTURA
o Ausência de um prontuário integrado em o FORMAÇÃO PARA O SUS: Ampliação da
redes oferta de graduação e residência e
o Decisões clínicas não articuladas mudança do eixo dos locais de formação
 MODELO DO PONTO DE ATENÇÃO SECUNDÁRIA o PROVIMENTO EMERGENCIAL: Chamada
AMBULATORIAL (AAE): Modelo do Ponto de nacional e internacional
Atenção Secundária Ambulatorial (PASA):  PROJETO MÉDICOS PARA O BRASIL:
o Unidade com comunicação em rede com o ORDEM DE PRIORIDADE: Médicos
outros níveis de atenção formados no Brasil ou com diploma
o Foco no cuidado pelo profissional revalidado, médicos brasileiros formados
multiprofissional e na no exterior, médicos estrangeiros
interdisciplinaridade  MUNICÍPIOS PRIORITÁRIOS: Pobreza extrema, alta
o Decisões clínicas articuladas vulnerabilidade social, Distrito Sanitário Especial
o Prontuário integrado em rede Indígena
o Plano de cuidado feito de forma conjunta  COMPROMISSOS DOS MUNICÍPIOS:
por generalistas e especialistas o Não substituir médicos que já compunham
-FUNÇÕES DAS EQUIPES DE AAE (3): equipes de atenção básica
 ASSISTENCIAL: Feita por uma equipe o Moradia, alimentação e água potável para
multiprofissional que atua de maneira o médico contratado
interdisciplinar em uma atenção contínua  PONTOS POSITIVOS:
o Cadastramento de eSF’s, mapa de pessoal o Levou atendimento à saúde para regiões
(saber generalistas pelo nome), uso de precárias
tecnologias da comunicação, fazer o o Expansão e consolidação da Atenção
compartilhamento do cuidado, receber a Primária
estratificação de risco da APS, gerir o Aumentou a acessibilidade de ingresso nos
agenda cursos de Medicina
 EDUCACIONAL: Possibilita a vinculação entre as  PONTOS NEGATIVOS:
equipes de APS e AAE o Focava na quantidade de profissionais, e
o EDUCAÇÃO PERMANENTE não na qualidade de atendimento
o MATRICIAMENTO: AAE desempenha o Precarização dos vínculos de trabalho,
função matriciadora, podendo gerar ações expressa na forma de contratação dos
clínicas diretas ou suporte pedagógico profissionais do PMM
o SEGUNDA OPINIÃO o Não garantia a vinculação do médico à
 SUPERVISIONAL: Monitoramento cruzado APS-AAE Atenção Primária
e usuário
 PESQUISA CLÍNICA E OPERACIONAL: Geração de
evidência sobre manejo de usuários
Programas de Provimento e Geografia Médica
-PROJETO RONDON (1967): Formação do jovem
universitário como cidadão e desenvolvimento sustentável
de comunidades pouco assistidas
-PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE E
SANEAMENTO (PIASS) (1979): Intensificação de serviços
básicos de saúde e saneamento
-PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE (PISUS) (1993): Interiorização de uma equipe
mínima além do médico, visando À descentralização e
municipalização
-PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE
(PITS) (2001): Reorganização da atenção básica de saúde
no país, visando a estimular a fixação de médicos e
enfermeiros em municípios carentes  Curso de
especialização em Saúde da Família, bolsa mensal CNPq,
moradia, alimentação e transporte do profissional
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P2 – Medicina XVIII (UNINASSAU/Recife) @marcos.grm Encontrou algum erro? ENTRE EM CONTATO COMIGO!
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