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de Consulta
de Enfermagem
com ênfase na
saúde sexual e
reprodutiva
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Vários autores.
Bibliografia.
ISBN 978-65-00-81244-2
23-173570 CDD-610.73
Endereço do Cofen:
Conselho Federal de Enfermagem
SCLN QD 304, Lote 09, Bloco E, Asa Norte, Brasília – DF
CEP.: 70736-550 | Tel.: (61)3329-5800 | Fax: (61) 3329-5801
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Organizadores:
Dannyelly Dayane Alves da Silva Costa
Eduardo Araújo Pinto
Maria Luiza Bezerra Oliveira
Elaboração/autores
Betânia Maria Pereira dos Santos
Dannyelly Dayane Alves da Silva Costa
Eduardo Araújo Pinto
Elisanete Lourdes Carvalho
Gabrielle Almeida Rodrigues
Manoel Carlos Neri da Silva
Maria Luiza Bezerra Oliveira
Renné Cosmo da Costa
Sintia Nascimento dos Reis
Valdecy Herdy Alves
Vera Cristina Augusta Marques Bonazzi
Colaboradores:
Antônio Marcos Freire Gomes
Betânia Maria Pereira dos Santos
Claudio Luiz da Silveira
Daniel Menezes de Souza
Dannyelly Dayane Alves da Silva Costa
Emília Maria Rodrigues Miranda Damasceno Reis
Gilney Guerra de Medeiros
Helga Regina Bresciani
Ivone Amazonas Marques Abolnik
Josias Neves Ribeiro
Leocarlos Cartaxo Moreira
Lisandra Caixeta de Aquino
Marcio Raleigue Abreu Lima Verde
Osvaldo Albuquerque Sousa Filho
Silvia Maria Neri Piedade
Tatiana Maria Melo Guimarães
Vencelau Jackson da Conceição Pantoja
Wilton José Patrício
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Fala da Presidenta
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PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 7
Consulta de Enfermagem.................................................................................................................. 12
• Coleta de dados de Enfermagem.......................................................................................................................... 13
• Diagnósticos de Enfermagem.................................................................................................................................. 14
• Planejamento de Enfermagem................................................................................................................................ 15
• Implementação de Enfermagem............................................................................................................................ 15
• Avaliação de Enfermagem.......................................................................................................................................... 16
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Conclusão ............................................................................................................................................... 63
Referências ............................................................................................................................................ 64
Apêndice I ............................................................................................................................................... 69
• Fichas de 1º consulta e retorno para planejamento sexual e reprodutivo ............................. 69
Apêndice II .............................................................................................................................................. 76
• Diagnóstico de Enfermagem / CIPE (Classificação Internacional para a
Prática de Enfermagem) ............................................................................................................................................ 76
Apêndice IV ............................................................................................................................................ 87
• Consentimento informado para cessão de imagem e voz ................................................................ 87
Anexo I ...................................................................................................................................................... 88
• Check List para descartar gestação................................................................................................................. 88
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PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Introdução
Nas últimas décadas acompanhamos as mudanças na área da Saúde
Sexual e da Saúde Reprodutiva, e especialmente, nos temas relacionado
ao Planejamento Reprodutivo. Dentro dessa temática, o Conselho Federal
de Enfermagem (COFEN), legitimando as conquistas da categoria, com a
qualificação de enfermeiros para a realização de Consultas de enfermagem
em Saúde Sexual e reprodutiva, bem como, o manejo clinico nos mais diversos
métodos contraceptivos, tem ampliado o acesso aos usuários do Sistema
Único de Saúde (SUS) e garantir resolutividade na assistência ao cuidado na
saúde das mulheres, homens, família e coletividade.
Desde o dia dois de março de 2023 passou a vigorar a lei 14.443 de 2022(BRASIL,
2022), que altera a Lei do Planejamento Familiar de 1996(BRASIL, 1996), para
determinar prazo para oferecimento de métodos e técnicas contraceptivas e
disciplinar condições para esterilização voluntária no âmbito do planejamento
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É notório que por muitos anos, desde o ano de 2000, nas farmácias dos mais
diversos Estados Brasileiros, existia o insumo Dispositivo Intrauterino de Cobre
(DIU) disponível como um método contraceptivo no Sistema Único de Saúde
(SUS), no entanto, as pessoas que apresentavam limitações dos demais métodos
contraceptivos e precisavam do DIU, continuavam procurando o acesso a este
insumo nas redes privadas por falta de profissionais que garantissem acesso na
rede SUS. Privilegiando o uso deste método apenas para uma população bem
restrita e violando todos os direitos do SUS de universalidade, integralidade,
acessibilidade e equidade.
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Consulta de
Enfermagem
A Consulta de Enfermagem é um espaço amplo de produção de cuidado integral
à saúde das mulheres, homens e famílias. Isto implica em assumir a concepção
de integralidade em saúde considerando as dimensões que constituem os
seres humanos e as peculiaridades próprias de cada pessoa, esforçando-se
para promoção do cuidado holístico de forma a fortalecer os princípios e
diretrizes do SUS.
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ETAPA 1
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ETAPA 2
O diagnóstico de enfermagem
É um julgamento clínico sobre respostas humanas reais ou, teóricos
apresentados pelo indivíduo/casal. Proporciona uma seleção de intervenções
para atingir resultados pelos quais o enfermeiro é encarregado. Os diagnósticos
de enfermagem referem-se à maneira que o cliente, a família, e a comunidade
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ETAPA 3
Planejamento de Enfermagem
Determinação dos resultados que se esperam alcançar e das ações ou
intervenções de enfermagem que serão realizadas, face às respostas da
pessoa, família ou coletividade humana, em um dado momento do processo de
saúde ou doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem; após o
agrupamento de informações relacionadas a saúde reprodutiva/ sexualidade/
alterações ginecológicas para que a pessoa tenha um plano de cuidado de
acordo com suas necessidades (Resolução Cofen nº 358/2009).
ETAPA 4
Implementação de enfermagem
Fazem parte do plano assistencial, o qual é traçado visando garantir a
integralidade do cuidado da saúde sexual e reprodutiva, buscando alcançar a
meta ou os resultados preestabelecidos. Estas são consideradas estratégias
utilizadas pelos enfermeiros para promover, manter e restaurar o estado
de saúde da pessoa, família ou coletividade humana. (Resolução Cofen
nº 358/2009)
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ETAPA 5
Avaliação de Enfermagem
Processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas
respostas da pessoa, família ou coletividade humana, em um dado momento
do processo de saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções
de enfermagem alcançaram o resultado esperado e se há a necessidade de
mudanças ou adaptações na saúde sexual e reprodutiva. (Resolução Cofen
nº 358/2009).
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Planejamento Sexual
e Reprodutivo
Com o intuito de ampliar e facilitar o acesso ao planejamento reprodutivo, a
Consulta de Enfermagem pode ser ofertada nos diversos níveis de assistência
à saúde. Este atendimento está amparado pela lei do exercício profissional
(7.498/86). Na Atenção Primária e Especializada, a atuação dos profissionais de
saúde, no que se refere ao planejamento reprodutivo, envolve, principalmente,
três tipos de atividades: aconselhamento, atividades educativas, atividades
clínicas (BRASIL, 2013).
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FORMA
CONTRACEPTIVOS CONCENTRAÇÃO FARMACÊUTICA/
DESCRIÇÃO
Enantato de noretisterona
50 mg/mL + 5 mg/mL Solução injetável
+ valerato de estradiol
Etinilestradiol +
0,03 mg + 0,15 mg
levonorgestrel
Comprimido
Levonorgestrel 0,75 mg e 1,5 mg
Noretisterona 0,35 mg
Dispositivo intrauterino
plástico com cobre (DIU Modelo T 380 mm2
de cobre)
Levonorgestrel 19,5 mg
Dispositivo Intrauterino (Kyleena®) Kyleena
hormonal Levonorgestrel 52mg Mirena
(Mirena®)
160 mm X 49 mm e
Preservativo Peniano
160 mm X 52 mm
Esterilização feminina -
Procedimento cirúrgico
laqueadura
Esterilização masculina -
Procedimento cirúrgico
vasectomia
Implante liberador de
68 mg Implante CT BL X 1 APLIC
etonogestrel
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Método de planejamento Uso consistente e Tal como usado Tal como usado
familiar correto comumente comumente
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A Taxas em grande parte dos Estados Unidos. Dados da melhor fonte disponível conforme deter-
minado pelos autores.
B Trussell J and Aiken ARA, Contraceptive efficacy. In: Hatcher RA et al. Contraceptive Technology,
21st revised edition. New York, Ardent Media, 2018.
C Taxas de países em desenvolvimento. Dados de autorrelatos em pesquisas de base populacional.
D Polis CB et al. Contraceptive failure rates in the developing world: an analysis of Demographic
and Health Survey data in 43 countries. New York: Guttmacher Institute, 2016.
E Fonte: Hatcher R et al. Contraceptive technology. 20th ed. New York, Ardent Media, 2011.
F Fonte:Trussell J. Contraceptive failure in the United States. Contraception. 2004:70(2): 89–96.
G Taxa de gravidez para mulheres que deram à luz
H Taxa de gravidez para mulheres que nunca tiveram filhos
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ANTICONCEPCIONAL
CONDIÇÃO ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL DIU DE MÉTODOS DE
MINIPÍLULA
ATUAL ORAL* Combinado Progestágeno COBRE BARREIRA**
(mensal) (trimestral)
1
Idade < 40 anos 1 1 1 1 1
A: 2
Não aplicável
(preservativo deve ser
Gravidez B B C C 4
utilizado pela dupla
proteção)
1
Amamentação:
D: 1
menos de 6 sem 4 4 3 3 (diafragma não
E: 3
do parto aplicável se <= 6
semanas pós-parto)
Amamentação: 6
sem a 6 meses do 3 3 1 1 1 1
parto
Amamentação:
mais de 6 meses 2 2 1 1 1 1
do parto
Obesidade 2 2 1 1 1 1
HAS
controlada em 3 3 2 1 1 1
acompanhamento
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PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
ANTICONCEPCIONAL
CONDIÇÃO ANTICONCEPCIO- INJETÁVEL DIU DE MÉTODOS DE
MINIPÍLULA
ATUAL NAL ORAL* Combinado Progestágeno COBRE BARREIRA**
(mensal) (trimestral)
HAS + portadora de
4 4 3 2 1 1
doença vascular
História atual de
4 4 3 3 1 1
TEP/ TVP
Histórico TEP/
TVP + uso atual de 4 4 2 2 1 1
anticoagulante oral
História prévia de
4 4 2 2 1 1
TEP/TVP
2 (introdução do
Isquemia cardíaca método)
4 4 3 1 1
(prévia ou atual) 3 (manutenção do
método)
2 (introdução do
método)
AVC (prévio ou atual) 4 4 3 1 1
3 (manutenção do
método)
Diabetes há mais
de 20 anos OU com
doença vascular 3/4 3/4 3 2 1 1
(nefro, retino ou
neuropatias)
2 (introdução do 2 (introdução do 1 (introdução do
Enxaqueca sem aura método) método) método)
2 1 1
(<35 anos) 3 (manutenção do 3 (manutenção do 2 (manutenção do
método) método) método)
2 (introdução do 2 (introdução do
4 (introdução do 4 (introdução do método) método)
Enxaqueca com aura 1 1
método) método) 3 (manutenção do 3 (manutenção do
método) método)
Câncer (CA) de
4 4 4 4 1
mama atual
Histórico de CA de
mama – ausência de 3 3 3 3 1
evidência por 5 anos
Uso atual de
3 2 1 3 1
anticonvulsivantes**
Continuação do Quadro 3 - Critérios de Elegibilidade da OMS para contraceptivos por condição clínica
Fonte: WHO, 2015; BRASIL 2016.
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Legenda:
A – O DIU de cobre é categoria 2 para mulheres com idade menor ou igual a 20 anos pelo maior
risco de expulsão (maior índice de nuliparidade) e por ser faixa etária considerada de maior risco
para contrair IST.
B – Ainda não há riscos demonstrados para o feto, para a mulher ou para a evolução da gestação
nesses casos quando usados acidentalmente durante a gravidez.
C – Ainda não há riscos demonstrados para o feto, para a mulher ou para a evolução da gestação
nesses casos quando usados acidentalmente durante a gravidez, MAS ainda não está definida a
relação entre o uso do acetato de medroxiprogesterona na gravidez e os efeitos sobre o feto.
D – O DIU de cobre é categoria 1 se: a) For introduzido em menos de 48 horas do parto, com ou
sem aleitamento, desde que não haja infecção puerperal (cat. 4); b) For introduzido após quatro
semanas do parto.
E – O DIU de cobre é categoria 3 se introduzido entre 48 horas e quatro semanas após o parto.
F – Categoria 4 para colocação de DIU de cobre em casos de DIP atual, cervicite purulenta, clamí-
dia ou gonorreia.
G – Em quaisquer casos, inclusive DIP atual, o DIU de cobre é categoria 2, se o caso for continua-
ção do método (usuária desenvolveu a condição durante sua utilização), ou se forem outras IST que
não as listadas na letra.
Notas:
* Anticoncepcionais com dose menor ou igual a 35 mcg de etinilestradiol.
** Diafragma, preservativo vaginal, peniano e espermicida.
*** anticonvulsivantes: fenitoína, carbamazepina, topiramato, oxcarbazepina, barbitúricos,
primidona. Não entra nessa lista o ácido valproico.
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Mulher com 30 a 39
anos e mais de um ano
Consulta de enfermagem
de vida sexual ativa, sem
com orientação e avaliação
anticoncepção Se houver dificuldade
para a preconcepção,
observando a presença das para acesso ao serviço de
Mulher com 40 a 49 referência, encaminhar
seguintes situações:
anos, mais de seis meses usuários para consulta
de vida sexual ativa, sem médica, para iniciar a
anticoncepção; abordagem do casal
infértil
Cônjuges em vida
Quando não apresentar sexual ativa, sem uso
as situações: de anticonceptivos,
e que possuem fator
O Enfermeiro deverá: impeditivo de concepção
Suspender quaisquer (obstrução tubária Se quiserem orientações
métodos anticoncepcionais bilateral, amenorreia sobre adoção:
em uso e avaliar a prática prolongada, azoospermia
sexual do casal (frequência etc.) independentemente Informar que qualquer
das relações sexuais, do tempo de união; pessoa com mais de
prática de sexo vaginal com 18 anos pode adotar,
ejaculação na vagina, uso Ocorrência de duas ou independentemente do
de lubrificantes e de duchas mais interrupções estado civil. Para quem
após a relação sexual) optar pela adoção, orientar
sobre o Cadastro Nacional
de adoção a ser feito em
qualquer Vara da Infância
e Juventude ou no fórum
mais próximo.
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PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Importante:
Priorizar a decisão da mulher Orientações e abordagem
de iniciar ou não o uso do Situação 2 durante a consulta de
método anticoncepcional A mulher, o homem enfermagem construindo
ou o casal manifesta o vínculo para reavaliação do uso
(não apenas no início da vida
do método escolhido. “Volte
sexual). desejo de interromper
quando quiser.” Encoraje a
uso da anticoncepção
Considerar que, muitas mulher, o homem ou o casal que
vezes, a escolha do método se sinta à vontade para retornar
por parte da mulher, quando quiser – por exemplo,
Situação 3 caso tenha problemas, dúvidas
homem ou casal é resultado
ou queira usar outro método;
dos processos sociais e A mulher, o homem
caso ela tenha alguma alteração
históricos permeados ou o casal manifesta na saúde; ou se a mulher achar
de sensações, emoções, o não desejo ou a não que pode estar grávida;
recordações e fantasias demanda em iniciar
Explicar que o uso métodos
vividas por eles. uso de anticoncepção. contraceptivos não protegem
contra IST/HIV/AIDS abordando
a necessidade da proteção
pelos preservativos;
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PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Quando Começar?
Se está mudando de método não hormonal: a qualquer
O que orientar? momento do mês.
A eficácia do método depende da Se em uso do DIU: iniciar imediatamente após retirada. Utilizar
método de apoio por sete dias;
usuária;
Mudança de método hormonal: imediatamente. Se estiver
Não protege contra Infecções mudando de injetáveis, poderá iniciar quando a injeção de
sexualmente transmissíveis (IST); repetição já tiver sido dada;
AOC: tomar uma dose diariamente, se Ausência de menstruação (não relacionada ao parto): se não
possível sempre no mesmo horário. grávida, a qualquer momento. Uso de método de apoio por sete
Iniciar nova cartela no dia certo. Iniciar dias;
o AOC no meio do ciclo menstrual não Após uso de ACE (anticoncepção de emergência): tomar ou
é contraindicado, mas pode provocar reiniciar uso no dia em que parar de tomar a ACE. Uso de método
alterações menstruais naquele ciclo; de apoio por 7 dias.
Minipílula: tomar uma dose Se após gestação: Amamentando de forma exclusiva ou
diariamente, sempre no mesmo não, com mais de seis semanas do parto: iniciar a minipílula
a qualquer momento se há certeza razoável de que não está
horário, sem interrupções. É um
grávida. Método de apoio por sete dias. Recomenda-se que os
método com boa eficácia se associado AOCs não sejam usados em mulheres nos primeiros seis meses
à amamentação. do pós-parto que estejam amamentando, avaliar critérios de
elegibilidade em cada pessoa.
O que fazer nos casos de esquecer de
Após aborto (espontâneo ou não): imediatamente. Se iniciar nos
tomar o AOC? sete dias depois de aborto, não necessita de método de apoio.
Tomar uma pílula assim que se notar o Se mais que sete dias, iniciar desde que haja certeza razoável de
esquecimento dela. que a mulher não está grávida;
Esqueceu uma, ou duas pílulas, ou Não amamentando: 1) para início de AOC: pode iniciar o uso de
atrasou o início da nova cartela em AOC em qualquer momento após o 21º dia do pós-parto, desde
um ou dois dias? Tomar uma pílula de que com certeza razoável de que não está grávida; 2) Para início
imediato e tomar a pílula seguinte no de minipílula: se menos de quatro semanas do parto, começar
a qualquer momento (sem necessidade de método de apoio)
horário regular. Nesses casos, o risco
– não é um método muito eficaz para mulheres que não estão
de gravidez é muito baixo. amamentando
Esqueceu de tomar três ou mais
pílulas? Tomar uma pílula de imediato
e utilizar outro método contraceptivo Como Utilizar?
de apoio por sete dias. Caso a usuária AOC: iniciar preferencialmente entre o 1º e o 5º dia do ciclo
tenha feito sexo nos últimos cinco menstrual. Manter o intervalo de sete dias entre as cartelas, no
dias, avaliar necessidade de uso do caso do AOC monofásico.
anticoncepcional de emergência. Se Minipílula: ingerir 1 comprimido ao dia, sempre no mesmo
o esquecimento tiver ocorrido na 3ª horário, sem intervalo entre as cartelas.
semana da cartela, iniciar nova cartela
após sete dias.
Quais os efeitos colaterais/adversos mais comuns?
Vômitos ou diarreia? Se vomitar nas
primeiras duas horas após tomar o Alterações da menstruação, náuseas ou tonturas,
AOC, pode tomar outra pílula assim alterações do peso (AOC), alterações de humor ou no
que possível. Continuar tomando as desejo sexual, acne (AOC), cefaleia comum (AOC),
pílulas normalmente. enxaqueca, sensibilidade dos seios, dor aguda na parte
inferior do abdômen (minipílula) etc.
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PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
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PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Se após gestação:
Não amamentando: 1) para AI trimestral, se menos de quatro semanas, iniciar a qualquer momento (sem necessidade de
método de apoio); 2) para AI mensal, se menos de quatro semanas do parto, iniciar a qualquer momento a partir do 21º dia do
parto; 3) para ambos AI, se mais que quatro semanas do parto, iniciar a qualquer momento desde que com certeza razoável de
que não está grávida. Se a menstruação tiver retornado, começar tal como mulheres que apresentam ciclos menstruais
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Como orientar:
Consulta de enfermagem com
orientação para o uso do preservativo. Não têm efeitos colaterais hormonais,
Orientar ao uso correto do preservativo;
Orientar que o preservativo ajuda a proteger tanto da gravidez
quando as ISTs, inclusive o HIV;
Orientar sobre quando o preservativo romper, escorregar, ou sair
da genitália o uso do AE para prevenir a gravidez;
Importante Orientar o uso de lubrificante a base de água para diminuir o risco
Os profissionais de saúde devem promover, de ruptura do preservativo.
apoiar e ampliar o acesso aos serviços Realizar o acompanhamento do(a) usuário(a) sobre a satisfação e
de saúde e aos insumos de prevenção, adaptação ao uso do método.
especialmente aos preservativos.
As Unidades de Saúde devem garantir o
acesso às informações e orientar o uso
de preservativos por meio de atividades Efeitos colaterais/adversos: Complicações
educativas em diversos espaços, como Alergia ou Irritação (coceira, vermelhidão, erupção e/ou
atendimento individual, atividades em inchaço) na genitália, virilha ou coxas durante, ou após o uso de
grupo, atividades extramuros, sala de preservativos. Sugira tentar outras marcas de camisinhas, ou que
espera e visita domiciliar. não contenha látex em sua composição. Avaliar necessidade de
Além disso, é importante incluir o tema tratamento dos efeitos adversos.
do uso do preservativo em trabalhos com
grupos de mulheres, grupos de mães e
planejamento reprodutivo, reforçando a
possibilidade de dupla proteção contra a
gravidez e as IST/HIV.
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O que orientar?
Possui alta eficácia de 99,9%.
Consulta de enfermagem Proteção de longo prazo contra gravidez (03 anos de acordo com o fabricante).
com orientação e avaliação A mulher retorna rapidamente à fertilidade quando retirado o implante.
para inserção do Implante Não protege contra Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Subdérmico. Esclarecer sobre os eventos adversos (possível aumento do fluxo menstrual,
pode haver ausência de menstruação ou menstruação irregular, aumento do
peso, sensibilidade mamária, cefaleia, acne).
Orientar sobre os sinais de alarme (dor, calor, rubor no local da inserção,
elevação da pressão arterial persistente).
Retornar a Unidade de Básica de Saúde onde foi realizado o procedimento em
caso de sinais de alarme.
Realizar as consultas de retorno conforme seguimento.
O Enfermeiro possui competências técnicas, e poderá adquirir habilidades, se for capacitado, para a inserção
e remoção de implantes subdérmico, dentre eles o Implanon conforme parecer do COFEN Nº 277/2017.
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5 – Se após gestação:
Logo após o parto: a qualquer momento até 48 horas depois de dar à luz (exigirá um profissional com treinamento
específico em inserção pós-parto). Se já se passaram mais de 48 horas após o parto, retarde a inserção do DIU por
quatro semanas ou mais.
Após quatro semanas do parto: ela poderá colocar o DIU a qualquer momento desde que haja certeza razoável de que
não está grávida.
Após aborto (espontâneo ou não): imediatamente se houver certeza razoável de que não está grávida e não houver
infecção. Não há necessidade de um método de apoio.
Se houver infecção, trate-a ou encaminhe a usuária e ajude-a a escolher outro método. Se ela ainda quiser colocar o
DIU, ele poderá ser inserido após a infecção ter desaparecido completamente.
IMPORTANTE: manter método de apoio em todas as situações acima mencionadas até a primeira revisão do DIU com
45 dias.
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3. Avaliação de critérios:
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Procedimentos
• Explicar o procedimento à mulher, responder perguntas e esclarecer suas
dúvidas e confirmar o desejo de inserção do DIU, solicitando assinatura
do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Quando menor
de 18 anos solicitar a assinatura do responsável e disponibilizar 01 cópia
para todas as mulheres que estão sendo atendidas;
• Realizar lavagem básica das mãos com água e sabão ou higienizar com
álcool gel a 70%;
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• A maioria dos fabricantes do DIU orienta utilizar técnica retrátil para sua
colocação. Neste sistema, o tubo de aplicação, carregado com o DIU, é
inserido até o fundo, conforme medida indicada pelo histerômetro e, em
seguida, o tubo de inserção é retirado parcialmente, enquanto o êmbolo
interno é mantido fixo. Isto libera as hastes do DIU e o coloca em posição.
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• Não é necessário realizar USG, após a inserção, como rotina. Deve ser
realizada quando existe dúvida se o DIU está corretamente posicionado
e na condução de casos com suspeita ou presença de complicações.
• Agendar consulta de retorno com 45 dias, três meses e seis meses após
inserção. Recomenda-se as demais revisões anualmente.
Sintomas de sangramento
Assintomática
ou cólica
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CONSULTA DE RETORNO Fluxograma 11: Seguimento e complicação após inserção do DIU
Avaliar o uso correto, efeitos
secundários e fornecer as orientações
que se fizerem necessárias
Deve haver fácil acesso ao
acompanhamento e agenda aberta para
consultas em caso de intercorrências
A USG de rotina não é necessária já que
o diagnóstico só indica a retirada do DIU
caso este já se encontre parcialmente Seguimento após inserção do DIU. Verificar
no canal cervical 45 dias após a inserção do DIU e, posicionamento
Primeiro retorno após a primeira subsequentes a cada seis meses no do DIU e Sinais
menstruação depois da inserção; primeiro ano, depois retornos anuais. de infecção.
Nos retornos, acompanhar o prazo de
duração do DIU e da data de remoção;
Avaliar e pesquisar condições clínicas
que possam indicar a descontinuação
do método;
Retorno de Retorno pela paciente
Avaliar a aceitabilidade do método Seguimento (Demanda espontânea)
Sim Fio visível? Não DIU em processo Não Sangramento e Fluxo menstrual
de expulsão? dor intensa, febre ausente
Fio do mesmo Não Solicitar USG
tamanho da Endovaginal Sim Orientar retorno
inserção ? Agendar o de seguimento ,
Retirar o DIU; Avaliação especular;
retorno o mais Orientar sobre ISTs Realizar teste rápido
descartar USG Endovaginal;
Sim precoce possível Oferecer Testagem de gravidez (atraso
gravidez atual, Ibuprofeno 600mg
Oferecer HIV, Sífilis, Hepatite menstrual maior que 14
Orientar oferecer método de 12/12h por 5
outro método BeC. dias), se resultado positivo
retorno de contraceptivo dias Retonor para
contraceptivo de escolha. Se seguir fluxo de gravidez
seguimento. avaliação de exames com DIU
até resultado a escolha for
Orientar sobre mais precoce possivel.
dos exames. o DIU, realizar
ISTs Oferecer Se febre avaliar DIP. se resultado negativo
Testagem HIV, teste rápido de
gravidez e inserir retornar para avaliação
Sífilis, Hepatite com 30 dias e gravidez
BeC. DIU no momento
Sim negativa novamente,
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da consulta; usar
método de apoio encaminhar para
Fio maior ou até a primeira ginecologista para
menor deixado revisão com 45 avaliação da amenorréia.
na inserção? dias. Orientar sobre
ISTs, Oferecer
testagem HIV, sífilis,
Hepatite B e C.
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Não
Fio visualizado após varredura Descartar gravidez, ofertar um método contraceptivo de
apoio e contraceptivos orais de emergência (se apropriados)
devem ser recomendados até que o DIU seja confirmado
Sim para estar devidamente localizado na cavidade uterina.
Realizar USG
Cuidados de rotina
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Durante a inserção do DIU, realiza-se o pinçamento do colo uterino com a pinça Pozzi e uma
tração suave para retificar o colo e realizar a histerometria para avaliar o tamanho do útero. Estes
procedimentos podem estimular a reação vasovagal em mulheres susceptíveis.
Nesta situação deve-se seguir o fluxograma abaixo:
Já inseriu o DIU?
Não Sim
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Sangramento genital
O efeito adverso mais frequente entre as usuárias do DIU de cobre é o
sangramento genital irregular ou aumento do fluxo menstrual. Estas mudanças
não são geralmente prejudiciais à mulher, e diminuem e desaparecem dentro
de alguns meses após a inserção. As usuárias de DIUs de cobre têm uma média
de 13 dias de sangramento ou spotting no primeiro mês depois da inserção,
diminuindo para uma média de seis dias após 12 meses da inserção (WHO,
2018).
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A perfuração uterina é uma complicação rara e que pode ocorrer durante a inserção do DIU. Ela
se caracteriza por uma perfuração do útero que ocorre acidentalmente durante a histerometria
(medição do útero) ou durante a colocação do dispositivo. A chance de ocorrer é de 0,4 a 1,4 em
cada 1000 inserções.
Em caso de suspeitas de perfuração uterina, deve-se seguir o fluxograma abaixo:
Perfuração Uterina
Mantenha a mulher em repouso e
observe os sinais vitais por 1 hora
Sim Não
Recomenda-se: Recomenda-se:
Liberar a mulher Se a mulher Solicite RAIO-X
para casa; apresentar taquicardia
Aconselhar a evitar e hipotensão ou
referir aumento da
relações sexuais por
dor ao redor do útero,
2 semanas; Encaminhe para
encaminhar para
Fornecer nível mais elevado de avaliação médica.
contracepção cuidados.
alternativa e
acompanhamento
de aconselhamento
após 1 semana.
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Figura 8: Perfuração
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Importante
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Sim Não
Tratamento medicamentoso
Ciprofloxacina, 500 mg, VO,
Manter Retirar o DIU dose única (não recomendado
consultas de Encaminhar ao para menores de 18 anos) +
rotina caso a Ginecologista Azitromicina, 1 g, VO, dose única
mulher deseje
manter DIU
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Sim Não
em caso de apresentar
sangramento no 1o
O profissional deve
ou 2o trimestre, essa
avaliar a possibilidade
gestante deve ser
de retirada do DIU
encaminhada para
ainda no 1 trimestre
unidade de referência
(Maternidade), para uma
avaliação hemodinâmica.
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Dor Pélvica
Usuárias de DIU que retornam à consulta com queixa de dor pélvica ou
abdominal devem ser avaliadas quanto as causas ginecológicas tais como
doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica, aborto, perfuração uterina
ou expulsão, endometriose, endometrite, ruptura de cistos ovarianos e
também acerca das causas não ginecológicas como infecção/litíase urinária,
constipação e outras doenças intestinais. Uma coleta de dados detalhada com
história do ciclo menstrual, vida sexual, uso do método contraceptivo, avaliando
início, intensidade, localização e duração da dor e fatores associados como
náuseas, vômitos, sudorese, taquicardia e hipotensão. Complementando com
o exame físico completo para detectar as causas das queixas para que seja
estabelecido o plano terapêutico mais adequado.
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Dor Pélvica
Sim Não
Dor Pélvica Anti-infamatórios não hormonais (crises de dor): piroxicam, 20-40 mg por dia;
nimesulida, 100 mg de 12/12 horas;
ibuprofeno, 600mg; ou diclofenaco, 50 mg de 8/8 horas – iniciar 2 a 3 dias antes
da menstruação e
piroxican 20 mg ou nimesulida 100 mg de 12/12 horas
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Conclusão
Com intuito de ampliar o acesso universal aos métodos de concepção e
contracepção e o aumento da cobertura das ações reprodutivas, o Conselho
Federal de Enfermagem, apresenta este protocolo para reafirmar a força
do cuidado de enfermagem para o alcance das metas dos objetivos do
Desenvolvimento Sustentável do Milênio até 2030 para redução da Mortalidade
Materna e Infantil.
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Referências
BRASIL. Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996. Regula o § 7º do art. 226
da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece
penalidades e dá outras providências. 1996.
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Reis, Ana Paula; Góes, Emanuelle Freitas; Pilecco, Flávia Bulegon; Almeida, Maria
da Conceição Chagas; Diele-Viegas, Luisa Maria et al. Desigualdades de gênero
e raça na pandemia de Covid-19: implicações para o controle no Brasil. Saúde
debate 44 (spe4) • Dez 2020 • https://doi.org/10.1590/0103-11042020E423.
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PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Garcia TR, Nóbrega MML, Cubas MR. CIPE®: uma linguagem padronizada para
a prática profissional. In: Garcia TR, (Org.). Classificação internacional para a
prática de enfermagem: versão 2019/2020. Porto Alegre: Artmed; 2020, p. 21-
34.
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PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Hubacher D, Chen PL, Park S. Side effects from the cooper IUD: do they
decrease over time? Contraception. 2009; 79(5):356-62.
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DADOS DE PRÉ-CONSULTA
DADOS ANTROPOMÉTRICOS E SINAIS VITAIS :
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
IDENTIFICAÇÃO:
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24. Profissão/Ocupação:__________________________________________________________________________________
25. Endereço:_________________________________________________________________________________________________
27. COITARCA:______________________________________
qual(is) ______________________________________________________________________
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por quê?______________________________________________________________________________
HISTÓRIA PATOLÓGICA
49. Familiar: __________________________________________________________________________________________________
RESULTADO DE EXAMES
55: Exame de gravidez no dia consentido: 0-Não( ) 1-Sim ( ), ________/________/_______
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EXAME FÍSICO
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Histerometria:__________________________cm,
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
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DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
PLANEJAMENTO/ IMPLEMENTAÇÃO
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RESULTADOS DE ENFERMAGEM
AVALIAÇÃO
_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
ENFERMEIRO/COREN
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DADOS DA PACIENTE:
Paciente: ______________________________________________________________________________________________________________________________
Cartão SUS: ________________________________________________________ CPF: __________________________________________________________
Leia cuidadosamente este folheto antes de assinar. Tenho certeza de ter entendido todas as vantagens, desvantagens
e possíveis problemas que podem ocorrer com o uso do Dispositivo intra-uterino Tcu-380ª ( DIU). Se você tiver alguma
dúvida pergunte-nos.
1- DECLARO para os devidos fins, e sob as penas da lei, que fui orientada de maneira clara e compreensível sobre todas
as implicações e consequências do implante de Dispositivo Intra-Uterino (DIU) e estou ciente dos requisitos para sua
realização. O DIU é um pequeno objeto de cobre que será colocado dentro do útero, por profissionais, podendo ser
retirado a qualquer momento, se houver necessidades ou se for meu desejo retirá-lo.
2- DECLARO ainda que fui orientada sobre os riscos inerentes ao implante do DIU, tais como infecção, migração, perfuração
uterina de 1 a 2 a cada 1000 inserções, expulsão de 40 a cada 1000 inserções, entre outras complicações. Além disso, tenho
conhecimento que o referido dispositivo pode causar alteração do ciclo menstrual, sangramento menstrual prolongado e
volumoso, sangramento no intervalo entre menstruação e cólicas de maior intensidade.
3- DECLARO que fui orientada quanto a necessidade de procurar o serviço de saúde nos seguintes sinais de alarme:
febre acima de 38ºC, dor no baixo ventre sem melhoras com uso de analgésico, dor durante ou após relação sexual,
menstruação com volume aumentado (04 a 06 absorventes em 1 hora), atraso menstrual de 2 ou mais semanas, perceber
ao toque o corpo plástico do dispositivo no orifício do colo ou canal vaginal e presença de secreção com odor fétido.
4- DECLARO estar ciente de que o DIU não é um método contraceptivo 100% eficaz, podendo apresentar percentual
de falhas. O DIU Tcu380A pode variar de 6 a 8 a cada 1000 inserções, não podendo ser descartada a possibilidade de
gravidez após sua inserção, razão pela qual eximo o profissional de qualquer responsabilidade que venha ocorrer.
5- DECLARO também, que estou ciente que para diminuir a possibilidade de complicações e aumentar a eficácia do
método, é muito importante que sejam seguidas as informações realizadas pelo profissional de saúde, bem como à
necessidade de acompanhamento regular após a implantação do dispositivo. O mesmo deverá ser trocado dentro prazo
estipulado pelo fabricante.
Assim, considerando que todas as informações acima foram prestadas de forma clara e que foram por mim compreendidas,
tendo esclarecidas todas as minhas dúvidas.
DECLARO estar satisfeita com as informações e que compreendo os riscos e as consequências inerentes ao procedimento
de implante de DIU, concordando com as condutas necessárias à sua realização, incluindo realização do teste de gravidez
no momento da consulta.
DECLARO a ciência e entendimento das informações contidas no presente instrumento, aceitando o compromisso
de respeitar integralmente as instruções fornecidas pelo profissional, em razão de sua não observância ser capaz de
acarretar riscos e efeitos colaterais.
Eu ____________________________________________________________________________________ estou ciente que estou realizando uma Consulta de
Enfermagem com inserção do Dispositivo intrauterino, conforme a Lei do exercício profissional 7498/86 e Pareceres
Técnicos Cofen 017/2010 e 278/2016, Resolução Cofen 690/2022.
Responsável legal para pacientes menores de 18 anos:____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________
Assinatura do Paciente Assinatura do Representante Legal
(Se menor de 18 anos)
____________________________________________________________________________________
Enfermeiro/Coren
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NOME: ___________________________________________________________________________________
CPF: ______________________________________________________________________________________
ASSINATURA: ___________________________________________________________________________
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