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orçamento na saúde
pública
Profa. Marcia Mascarenhas Alemão
Indaial – 2020
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Profa. Marcia Mascarenhas Alemão
A367g
ISBN 978-65-5663-021-2
CDD 614
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico, estamos iniciando a disciplina Gestão Financeira e
Orçamento na Saúde Pública. O objetivo desta disciplina é o aprofundamento
dos conhecimentos em gestão financeira e orçamentária na Saúde Pública.
Para que possamos conhecer mais sobre este tema, antes de mais
nada, temos que alinhar conceitos e entendimento, o que será tratado na
Unidade 1. Estão apresentados nesta unidade o Sistema Único de Saúde
e a relevância de conhecimento sobre as entradas de recursos e o seu uso
na prestação de serviço à saúde. Também estão apresentados os aspectos
conceituais e técnicos da Gestão Financeira e Orçamentária e os sistemas de
informação para orçamento e financiamento na saúde.
III
Esperamos que você participe das atividades, leia o material e que
este estudo traga informações preciosas para que no futuro você possa
desempenhar com excelência seu papel como profissional.
Bons estudos!
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
VI
Sumário
UNIDADE 1 – ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA
E ORÇAMENTÁRIA.......................................................................................................1
VII
TÓPICO 3 – SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA ORÇAMENTO E
FINANCIAMENTO NA SAÚDE....................................................................................59
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................59
2 A INFORMAÇÃO NA SAÚDE ..........................................................................................................60
3 LEGISLAÇÕES DAS INFORMAÇÕES EM SAÚDE ....................................................................63
3.1 O DATASUS . ....................................................................................................................................65
4 PRINCIPAIS FONTES DE INFORMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E DO
FINANCIAMENTO NA SAÚDE .......................................................................................................66
4.1 SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE ORÇAMENTOS PÚBLICOS EM SAÚDE (SIOPS)........67
4.2 SISTEMA DE GESTÃO DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS DO SUS (SGIF)......................69
4.3 SISTEMA DE GERENCIAMENTO FINANCEIRO DO SUS (SISGERF)..................................69
5 OUTRAS FONTES DE INFORMAÇÕES EM SAÚDE..................................................................70
5.1 REDE INTERAGÊNCIA PARA INFORMAÇÕES DA SAÚDE (RIPSA)..................................70
5.2 OS PRINCIPAIS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE..................................................71
5.2.1 Conjunto Mínimo de Dados da Atenção à Saúde (CMD) . ...............................................73
5.2.2 Comunicação de Informação Hospitalar e Ambulatorial (CIHA) ...................................73
5.2.3 Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)...............................................74
6 SISTEMA DE GERENCIAMENTO DA TABELA DE PROCEDIMENTOS,
MEDICAMENTOS, ÓRTESES, PRÓTESES E MATERIAIS ESPECIAIS DO SUS..................74
7 OUTROS IMPORTANTES SISTEMAS DO SUS...........................................................................75
8 A SALA DE APOIO À GESTÃO ESTRATÉGICA (SAGE)...........................................................76
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................78
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................80
AUTOATIVIDADE..................................................................................................................................81
VIII
3 CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA E DESPESA PÚBLICA...........................................................114
3.1 AS RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS.............................................................................................115
3.2 CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA ............................................................116
3.2.1 Classificação da Receita Orçamentária por Natureza......................................................116
3.2.2 Etapas da receita orçamentária . .........................................................................................121
3.3 AS DESPESAS PÚBLICAS.............................................................................................................121
3.3.1 Definição dos Programas – Ciclo do Planejamento e orçamento ..................................122
4 CODIFICAÇÃO DA ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA ..................125
4.1 CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS.............................................................................................125
4.1.1 Programação Orçamentária Qualitativa ...........................................................................126
4.1.2 Programação Orçamentária Quantitativa .........................................................................126
4.2 PLANO ORÇAMENTÁRIO (PO) . ..............................................................................................129
4.3 CLASSIFICAÇÃO DOS COMPONENTES DAS METAS FÍSICAS.........................................130
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................132
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................134
IX
4.2 EQUILÍBRIO ECONÔMICO E FINANCEIRO DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS.........180
4.3 OS SISTEMAS DE FATURAMENTO DO SUS...........................................................................181
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................183
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................184
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................239
X
UNIDADE 1
ASPECTOS CONCEITUAIS E
TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA
E ORÇAMENTÁRIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, daremos início ao Tópico 1 da nossa disciplina de Gestão
Financeira e Orçamento na Saúde Pública. Lembrando que, ao decorrer
deste livro, você será instigado a refletir e raciocinar, a partir da bagagem de
conhecimentos que vislumbram auxiliá-lo na compreensão da importância da
gestão financeira e orçamentária na saúde pública. Neste primeiro tópico, antes
de iniciar a discussão sobre a questão central da disciplina, convêm entendermos
o Sistema Único de Saúde e o contexto de sua fundamentação legal e a relação
entre planejamento, orçamento e financiamento na saúde. Então, estude com
muita atenção! Se surgir alguma dúvida, releia o conteúdo e busque esclarecê-
la no material complementar. Temos importantes referências bibliográficas de
material didático fornecido pelo Ministério da Saúde, pelas leis e portaria que
fundamentam os conceitos aqui apresentados que poderão ser consultados, em
caso de necessidade de maiores esclarecimentos.
FONTE: Os autores
3
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
2 A SAÚDE NO BRASIL
Nosso momento atual é marcado por intensas e rápidas mudanças no
âmbito econômico, cultural, social e político. No âmbito da saúde, principalmente
no Brasil, destacam-se as mudanças ocorridas ao longo das últimas décadas,
que alteram o perfil dos atendimentos prestados na saúde e, consequentemente,
aumentam a necessidade de consumo dos recursos.
NOTA
4
TÓPICO 1 | SUS E A GESTÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS
5
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
epidemias. Foi o tempo do combate à febre amarela, cólera, varíola e malária com
atuação marcante de Oswaldo Cruz “limpando” o caminho para que a economia
se expandisse (CARVALHEIRO; MARQUES, MOTA, 2008).
NOTA
E
IMPORTANT
6
TÓPICO 1 | SUS E A GESTÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS
No final dos anos 1970, ocorre a falência do modelo vigente, com a crescente
insatisfação da população, dos setores de saúde e dos profissionais da saúde, além
do crescente custo da expansão. Vários problemas afligiam a população brasileira,
principalmente nas periferias urbanas, trazendo a discussão sobre a saúde para
o centro da sociedade: explosão urbana, ausência de saneamento básico, serviços
de saúde deficientes, gerando crises técnicas e financeiras; desnutrição infantil,
acidentes de trabalho, epidemias e surtos de doenças transmissíveis, dentro
outros (FLEURY; OUVERNEY, 2009).
7
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
NOTA
TUROS
ESTUDOS FU
8
TÓPICO 1 | SUS E A GESTÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS
Para que sejam consideradas ASPS os gastos devem ser destinados às ações
e serviços públicos de saúde de acesso universal, igualitário e gratuito; devem
estar em conformidade com objetivos e metas explicitados nos Planos de Saúde
de cada ente da Federação; devem ser de responsabilidade específica do setor da
saúde, não se aplicando a despesas relacionadas a outras políticas públicas que
atuam sobre determinantes sociais e econômicos, ainda que incidentes sobre as
condições de saúde da população.
3 FUNDAMENTOS DO SUS
Entender o Sistema Único de Saúde (SUS) e a sua complexidade é o nosso
propósito aqui. Assim, para compreendermos a dimensão do SUS é importante
saber que ele é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde do mundo
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019), além de ser uma das mais importantes políticas
públicas de proteção social praticada para melhoria do bem-estar do povo
brasileiro (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE/ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DE SAÚDE, 2018).
Vamos nos orientar pela legislação básica e pelo que está apresentado
na Constituição Federal de 1988 para compreendermos os fundamentos deste
que é o maior sistema de saúde público mundial e a sua relevância na saúde do
brasileiro. Iniciamos apresentando que o Sistema Único de Saúde foi criado pela
CF/88 e regulamentado pela Lei n° 8080/1990 (BRASIL, 1990b) conhecida pela Lei
Orgânica da Saúde e pela Lei n° 8.142/90 (BRASIL, 1990a).
9
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
DICAS
Sugerimos também a consulta ao livro interativo O que é o SUS? da Coleção Temas em Saúde
Interativa de autoria do Jaimilson Silva Paim, no link: http://www.livrosinterativoseditora.
fiocruz.br/sus/1/.
Na Disposição Preliminar, em seu Artigo 1º, está definido que “esta Lei
regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados,
isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas
naturais ou jurídicas de direito público ou privado”.
10
TÓPICO 1 | SUS E A GESTÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS
E
IMPORTANT
11
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
NOTA
NOTA
12
TÓPICO 1 | SUS E A GESTÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS
13
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
• Princípio da equidade: prevê que todos são iguais perante o SUS e que seu
atendimento será conforme as suas necessidades. Representa tratar diferente
os diferentes, disponibilizar a assistência de forma a atender às necessidades
específicas de cada um. Os serviços de saúde devem considerar que cada grupo
ou classe social ou de uma região específica vivem de forma diferente, com
seus problemas específicos, com distintas formas de viver, de adoecer.
NOTA
14
TÓPICO 1 | SUS E A GESTÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS
15
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
E
IMPORTANT
16
TÓPICO 1 | SUS E A GESTÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS
Isso significa que mesmo quando não há uma atuação direta na prestação
de serviços de saúde, o Estado atua regulando o funcionamento dos prestadores
privados. Vale salientar que a Lei do SUS define que a possibilidade de atuação
do setor privado de forma complementar ao setor público. Portanto, os
serviços de saúde que não forem executados pelos órgãos públicos, podem ser
complementados pelo setor privado.
E
IMPORTANT
17
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
E
IMPORTANT
18
TÓPICO 1 | SUS E A GESTÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS
19
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Uma grande discussão é sabermos por que o Estado deve atuar no setor
saúde. Por que não podemos deixar o mercado atuar sem a intervenção do Estado?
NOTA
20
TÓPICO 1 | SUS E A GESTÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS
21
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
22
AUTOATIVIDADE
2 O Sistema Único de Saúde (SUS) foi instituído pela Constituição Federal (CF)
de 1988 e consolidado pelas Leis Orgânicas da Saúde n° 8.080 e n° 8.142/90.
No que concerne aos princípios do SUS podemos afirmar que estão corretas
as seguintes afirmações, EXCETO:
3 Sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) podemos afirmar que estão corretas
as seguintes afirmações, EXCETO:
23
c) ( ) O Princípio da equidade prevê que todos são iguais perante o SUS e que
seu atendimento será conforme as suas necessidades.
d) ( ) O princípio da Regionalização é o princípio doutrinário que visa
atender ao princípio de que os serviços de saúde devem ser articulados
em níveis de complexidade.
a) ( ) Hospitalar e ambulatorial.
b) ( ) Centratizada e coletiva.
c) ( ) Regionalizada e hierarquizada.
d) ( ) Coletiva e centralizada.
24
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Já vimos no Tópico 1 a complexidade para a conceituação de saúde, o SUS
e seus fundamentos e o papel que o Estado desempenha na definição de políticas
de saúde que fundamentam as ações e serviços públicos de saúde.
25
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
FONTE: Os autores
26
TÓPICO 2 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
FONTE: Os autores
27
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
28
TÓPICO 2 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
FONTE: Os autores
29
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
última instância, o custo existe e é arcado pela população por meio de pagamento
direto ao prestador, por pagamento de mensalidade de planos de saúde ou via
pagamento de impostos e contribuições. O que temos que compreender é quem
vai financiar a prestação de serviços.
30
TÓPICO 2 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
FONTE: Os autores
E
IMPORTANT
31
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
NOTA
32
TÓPICO 2 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
dos profissionais da saúde pelo custo dos serviços presados. Isso faz com que o
profissional da saúde tenha que levar em conta a dimensão econômica quando
decide por um procedimento ou tratamento e, consequentemente, reduza o uso
dos recursos técnicas que não sejam estritamente necessários (COUTTOLENC;
ZUCCHI, 1998).
33
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Coordenar
Organizar Pessoal
Planejar
Produção Financeiro
ADMINISTRAÇÃO
Dirigir
Materiais Marketing
FONTE: Os autores
NOTA
36
TÓPICO 2 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
37
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TUROS
ESTUDOS FU
TUROS
ESTUDOS FU
• Eficiência e custo
39
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
40
TÓPICO 2 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
41
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
E
IMPORTANT
Essas ações ou responsabilidades são voltadas para os atores externos (ou stakeholders
externos) como os órgãos de auditoria ou supervisão, como também para os atores
internos como a direção ou outros gerentes para tomada de decisão interna.
TUROS
ESTUDOS FU
42
TÓPICO 2 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
FONTE: Os autores
43
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
• Foco em atividades ou
departamentos da organização
Tático Gerentes • Orientação de médio prazo
• Definem as principais ações a
empreender em cada unidade
FONTE: Os autores
TUROS
ESTUDOS FU
44
TÓPICO 2 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
E
IMPORTANT
45
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
E
IMPORTANT
46
TÓPICO 2 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
E
IMPORTANT
NOTA
47
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Planejamento empresarial
Premissas
Sistemas de
informações
Base de dados Planejamento gerenciais
de desempenho
passado Estratégico
Expectativas
dos interesses
internos Visão, Plano de
Missão, Controle
Médio e
Objetivos, Orçamento do
Expectativas Longo
Estratégias Orçamento
dos interesses Prazo
e Políticas
externos
Avaliação:
Riscos, forças, Revisão e
Oportunidades Validação
e Ameaças Realizado
48
TÓPICO 2 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
NOTA
49
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
NOTA
E
IMPORTANT
50
TÓPICO 2 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
51
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
52
TÓPICO 2 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
NOTA
53
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
NOTA
• Projetar a produção dos diversos programas e serviços tendo como base a necessidade
ou demanda da população, alinhada com as prioridades e políticas da instituição
• Estimar a quantidade de insumos – pessoal, material, serviços de terceiros etc. –
necessários para cumprimento das metas pactuadas.
• Identificar os custos dos recursos em termos monetários necessário para a produção
proposta.
• Nota-se a necessidade de conhecer os custos dos serviços e programas que se pretender
produzir.
54
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
56
c) ( ) O planejamento financeiro busca saber o volume e os tipos de recursos
necessários para atingir os objetivos da organização, definindo como
eles são aplicados ou utilizados que por sua vez representa estabelecer
um plano ou orçamento integrado das atividades.
d) ( ) Quando falamos de alocação de recursos, é fundamental que o gestor
financeiro busque alocar os recursos da melhor forma possível, isto é,
com eficiência, ou seja, gerar mais lucro para o acionista ou financiador.
57
58
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, trabalharemos com as informações em saúde, sua importância
e relação com outros conceitos básicos amplamente estudados nas organizações
de hoje que são os conceitos de Tecnologias da Informação (TI), Sistemas de
Informação, (SI), Sistemas de Informação em Saúde (SIS).
59
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
FONTE: Os autores
2 A INFORMAÇÃO NA SAÚDE
Primeiramente, quando falamos em informação em saúde, é preciso
ter em mente que a Lei do SUS, a Lei n° 8080/90, definiu em seu Art. 47 que o
“Ministério da Saúde, em articulação com os níveis estaduais e municipais do
Sistema Único de Saúde (SUS), organizará, no prazo de dois anos, um sistema
nacional de informações em saúde, integrado em todo o território nacional,
abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de serviços” (BRASIL,
1990b). Dessa forma, quando falamos de informação e sistemas de informação
estamos falando de uma exigência legal prevista com a criação do SUS.
60
TÓPICO 3 | SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO NA SAÚDE
NOTA
61
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Este entendimento está alinhado à Teoria dos Sistemas. Segundo essa teoria,
para termos um sistema, é necessária a integração entre todos os componentes
da realidade do que está sendo representado. Assim a representação do todo
é possível por meio do conhecimento e os fluxos entre as partes. Usando esse
conceito para os sistemas de informação, temos que estes estão fundamentados
na comunicação e conhecimentos das partes que o compõem.
E
IMPORTANT
NOTA
62
TÓPICO 3 | SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO NA SAÚDE
Além da exigência legal imposta pela Lei do SUS, em 2011 foi promulgada
a Lei n° 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação (LAI) publicada
em 18 de novembro de 2011 que entrou em vigor 180 dias após essa data, ou seja,
em 16 de maio de 2012. Essa lei, apesar de não ser uma lei específica ao setor
saúde, alterou o acesso a qualquer tipo de informação. É um marco no acesso à
informação por regulamentar o direito de qualquer pessoa, conforme previsto
na Constituição, de solicitar e receber, de forma gratuita, informações públicas
produzidas ou custodiadas pelos órgãos e entidades públicos, de todos os entes
e Poderes (FEDERAL, 2019). A LAI conceitua informações, no seu Art. 4°, inciso
63
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
I, como dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção
e transmissão de conhecimento, registrados em qualquer suporte ou formato
(BRASIL, 2011d).
Como meio de alicerçar a estrutura desta PNIIS, bem como garantir a sua
existência e a sua aplicabilidade, foram pactuados princípios que definem que a
informação em saúde destina-se a atender ao cidadão, a permitir o controle social.
É elemento estruturante para a universalidade, a integralidade e a equidade social
na atenção à saúde, dentre outros.
NOTA
64
TÓPICO 3 | SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO NA SAÚDE
3.1 O DATASUS
A responsabilidade pela disponibilização das informações de saúde
que subsidiem análises da situação sanitária, tomadas de decisão baseadas em
evidências e elaboração de programas de ações de saúde é do Departamento de
Informática do SUS – DATASUS, do Ministério da Saúde.
65
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
66
TÓPICO 3 | SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO NA SAÚDE
67
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
E
IMPORTANT
68
TÓPICO 3 | SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO NA SAÚDE
DICAS
69
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
E
IMPORTANT
NOTA
70
TÓPICO 3 | SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO NA SAÚDE
DICAS
71
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Demográfico/econômico-
Censos populacionais periódicos ou ocasionais.
social e cultural
Sistemas de Fatura e
Sistemas de produção ambulatorial e hospitalar, Controle
Pagamento das ações de
de Renais Crônicos, regidos por legislação específica.
saúde
72
TÓPICO 3 | SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO NA SAÚDE
NOTA
73
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
74
TÓPICO 3 | SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO NA SAÚDE
DICAS
75
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Suspensão da transferência
do MAS nos casos de não
Sistema de Informações
alimentação por três meses
Hospitalares do SUS
consecutivos, ausência
(SIH-SUS)
de ressarcimento por
procedimentos Faec.
Registra e disponibiliza
Banco de Preços on-line as informações das
Não há previsão de suspensão
em Saúde compras públicas e privadas
pagamento.
de medicamentos e produtos
para a saúde.
76
TÓPICO 3 | SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO NA SAÚDE
DICAS
Acadêmico, veja mais sobre a Sala de apoio à gestão estratégica (SAGE): http://
sage.saude.gov.br/.
DICAS
77
UNIDADE 1 | ASPECTOS CONCEITUAIS E TÉCNICOS DA GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
LEITURA COMPLEMENTAR
Embora tal princípio não deva ser levado ao extremo (pois isso resultaria
possivelmente numa queda da qualidade), tem a vantagem de chamar a atenção
para o fato de que não se pode desvincular as dimensões técnica e econômica
da prestação de serviços de saúde, sejam eles públicos ou privados. Por outro
lado, implica que a informação sobre o seu custo é imprescindível para um
gerenciamento adequado dos serviços.
78
TÓPICO 3 | SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO NA SAÚDE
FONTE: COUTTOLENC, B. F.; ZUCCHI, P. Gestão de Recursos Financeiros. São Paulo: Faculdade
de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998.
CHAMADA
79
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
80
AUTOATIVIDADE
81
c) ( ) A alimentação dos dados é opcional a todos os entes que podem
informar os recursos recebidos pelos três entes federados.
d) ( ) O SIOPS é reconhecido pela qualidade, confiabilidade e amplitude dos
relatórios e dados que produz, sendo que seus dados são utilizados
por outros órgãos como as assembleias legislativas, os tribunais de
contas, Ministério Público, Conselhos de Saúde, dentre outros.
82
UNIDADE 2
ORÇAMENTO NA SAÚDE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
83
84
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, na Unidade 1, vimos os aspectos conceituais que nos
auxiliarão na compreensão deste tópico que se inicia. Caso tenha ficado alguma
dúvida, recomendamos que volte à Unidade 1, busque as leituras complementar
e refaça as autoatividades. Precisamos buscar a compreensão da legislação, dos
procedimentos e dos conceitos contábeis referentes ao planejamento e à execução
do orçamento público, compreendendo que a padronização contábil possibilita
aos usuários o acesso a informações consistentes e tempestivas para a tomada de
decisão. Essa padronização abrange aspectos do setor público, destacando-se a
gestão do orçamento público.
85
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
E
IMPORTANT
86
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO SOB ENFOQUE DO SUS
Para que a informação contábil possa ser útil para os usuários e dar suporte
à tomada de decisão é necessário que tenha características qualitativas que são:
87
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
E
IMPORTANT
88
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO SOB ENFOQUE DO SUS
89
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
NOTA
90
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO SOB ENFOQUE DO SUS
E
IMPORTANT
91
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
DICAS
O que temos que saber é que existem princípios e normas gerais que são
aplicadas no âmbito do setor público além das especificas para a saúde, conforme
veremos a seguir.
92
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO SOB ENFOQUE DO SUS
E
IMPORTANT
93
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
Em 1964, foi instituída a Lei n° 4.320 que tinha status de lei complementar
que instituiu as “Normas Gerais de Direito Financeiro para a elaboração e controle
dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal”. Essas normas foram consideradas como um estatuto de finanças públicas
e incorporou importantes avanços. Pode-se destacar como avanço a introdução
da técnica do orçamento-programa a nível federal (GONÇALVES, 2010).
E
IMPORTANT
94
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO SOB ENFOQUE DO SUS
E
IMPORTANT
DICAS
95
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
96
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO SOB ENFOQUE DO SUS
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
DICAS
Plano Operativo
Anual
Orçamento
FONTE: A autora
98
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO SOB ENFOQUE DO SUS
E
IMPORTANT
99
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
O PPA deve ser enviado para aprovação do Poder Legislativo até o dia
31 de agosto do primeiro ano de mandato. No caso do Governo Federal deve ser
encaminhado ao Congresso Nacional. Para os Governos Estaduais, o PPA deve
ser encaminhado às Câmaras Estaduais. Nos municípios, o Prefeito deve enviar o
PPA para aprovação dos vereadores na Câmara Municipal.
NOTA
100
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO SOB ENFOQUE DO SUS
• O primeiro PPA – Governo Collor: o primeiro PPA foi apresentado pelo Governo
Collor e deveria vigorar para o período de 1991-1995. O PPA apresentado foi
aprovado pelo Congresso Nacional quase sem discussões e emendas. Esse
período teve como característica a renúncia do Presidente Collor, antes que se
concretizasse o processo de impeachment.
• O segundo PPA (1996-1999) – Brasil em Ação: o segundo PPA referiu-se ao
Governo Fernando Henrique Cardoso – Governo FHC – e vigorou entre 1996 a
1999. Construção de um Estado moderno e eficiente; redução dos desequilíbrios
espaciais e sociais; inserção competitiva e modernização produtiva. O programa
“Brasil em Ação” foi o laboratório para desenvolvimento da metodologia
utilizada durante o período de governo FHC. Neste período foi regulamentada
a integração do planejamento com a programação orçamentária. Além disso,
reformulou o conceito de Programa como instrumento de acompanhamento e
avaliação dos resultados governamentais, definindo que estes seriam avaliados
mediante indicadores integrados às ações, cada uma com produtos e metas
definidos, definindo a classificação funcional-programática por meio de função
e subfunção, pelas três esferas de governo.
• PPA (2000-2003) – Avança Brasil: o Decreto n° 2.829 e a Portaria PO n° 42, de
14 de abril de 1999, estabeleceram normais e conceitos de um novo formato
de PPP, a partir de 2000. O objetivo foi trazer a gestão estratégica para o setor
público, definindo responsabilidades e controle da execução por meio de
variáveis gerenciais, consolidada em um sistema de informações. A proposta
foi criar mecanismos de incentivos à parceria público-privada, valorizar a
descentralização para os Estados, Municípios e Terceiro Setor, buscando
melhorar os resultados dos programas governamentais.
101
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
DICAS
E
IMPORTANT
Podemos apresentar que a função da LDO é integrar o PPA e a LOA. A LDO foi
Instituída pela CF/88, representando um instrumento inovador em matéria de organização
orçamentária (BRASIL, 2016).
103
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
E
IMPORTANT
FONTE: A autora
104
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O desempenho do setor público não deve ser compreendido por meio dos
dados contábeis ou financeiros, mas também temos que saber o quanto os
recursos utilizados se transformaram em ações e serviços para a população.
• Para que a informação contábil possa ser útil para os usuários e dar suporte à
tomada de decisão é necessário que tenha características qualitativas que são:
serem relevantes, terem representação fidedigna, serem compreensíveis aos
usuários, deve estar disponível, ter comparabilidade.
105
• Os instrumentos de planejamento e orçamento do setor público espelham
decisões políticas e constituem um conjunto organizado de receitas e despesas
aprovadas com a finalidade de dar cumprimento formal e legal à matéria.
106
AUTOATIVIDADE
107
c) ( ) O PPA deve conter as diretrizes, objetivos e metas da Administração
Pública, sintetizando as estratégias de curto prazo e a operacionalização
do meio dos programas definidos no PPA.
d) ( ) LDO antes de ser uma lei aprovada é uma diretriz orçamentária
proposta pelos governantes representando a conexão entre este plano
estratégico e o plano operacional a ser executado.
a) ( ) A informação contábil, para que seja útil, deve ser comparável, isto é,
ter um padrão entre todos os entes federados.
b) ( ) É necessário que a divulgação da informação contábil sendo que o
benefício da divulgação deve ser superior ao custo de elaboração da
informação.
c) ( ) Devemos compreender que o orçamento público é dinâmico, isto é, se
modifica conforme a sociedade evolui.
d) ( ) O orçamento moderno é um instrumento administrativo onde a
participação popular é fundamental na decisão da aplicação dos
recursos pela administração.
108
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, conheceremos a relação entre o orçamento e os programas
de governos, compreendendo o que representa a estrutura programática
orçamentária e o modelo lógico da organização dos programas. Também
apresentaremos a classificação das receitas e despesas e a sua codificação. O ciclo
do planejamento nos permite compreender as ações que devem ser realizadas
completam este tópico.
2 O ORÇAMENTO E OS PROGRAMAS
O orçamento é um instrumento que expressa as receitas e despesas de
um indivíduo, organização ou governo, relativamente a um período de execução
determinado (GONÇALVES, 2010). Enfatizaremos, a seguir, o orçamento
como instrumento que expressa a alocação dos recursos públicos que são
operacionalizados por meio de diversos programas. Os programas permitem a
integração entre o Plano Plurianual e o orçamento.
NOTA
109
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
Para que fosse viável a execução do programa foi necessário prever quanto
de recursos seriam necessários. Esses valores estimados devem estar identificados
quando da construção do processo orçamentário do município.
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
110
TÓPICO 2 | ETAPAS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
• simplificação metodológica;
• realismo fiscal;
• integração entre planejamento e avaliação;
• visão estratégica e foco em resultados.
111
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
E
IMPORTANT
113
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
NOTA
E
IMPORTANT
114
TÓPICO 2 | ETAPAS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
E
IMPORTANT
115
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
1. natureza de receita;
2. indicador de resultado primário;
3. fonte/destinação de recursos;
4. esfera orçamentária.
Para que seja possivel identificar como os recursos entram para os cofres
públicos, o código identificador da natureza de receita é composto de níveis,
conforme apresentado no Manual de Contabilidade do Tesouro Nacional.
116
TÓPICO 2 | ETAPAS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
C O E DDDD T
Desdobramentos para
Categoria identificação de
Origem Espécie Tipo
Econômica peculiaridades da
receita
FONTE: Brasil (2019b, p. 10)
117
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
118
TÓPICO 2 | ETAPAS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
DICAS
119
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
Classificação Detalhamento
Receita Orçamentária pública: são as receitas executadas
pelas entidades públicas.
Quanto às entidades
Receita Orçamentária privada: são aquelas executadas
executoras do orçamento
por entidades privadas, aprovadas por ato do conselho
superior.
120
TÓPICO 2 | ETAPAS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
121
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
NOTA
122
TÓPICO 2 | ETAPAS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
E
IMPORTANT
• Elaboração.
• Estudo e Aprovação.
• Execução.
• Avaliação.
123
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
124
TÓPICO 2 | ETAPAS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
Vigência
OF
OSS
LEGENDA:
OF - Orçamento Fiscal
OIE - Orçamento de Investimento do Estado
OSS - Orçamento da Seguridade Social
125
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
126
TÓPICO 2 | ETAPAS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
127
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
Identificar se a despesa
pertence ao Orçamento
Classificação Esfera
XX Fiscal (F), da Seguridade
por Esfera Orçamentária
Social (S) ou de Investimento
das Empresas Estatais (I).
Não corresponde
necessariamente a uma
Órgão
XX unidade administrativa.
Orçamentário
Classificação Conjunto de unidade
Institucional orçamentária.
Qualitativa
Unidade
Especificam as categorias de
Orçamentária XXX
programação.
– UO
O maior nível de agregação
das diversas áreas de
atuação do setor público.
Reflete a competência
Função XX institucional do órgão,
Classificação como, por exemplo, cultura,
Funcional educação, saúde, defesa,
que guarda relação com os
respectivos Ministérios.
Evidencia a natureza da
Subfunção XXX
atuação governamental.
128
TÓPICO 2 | ETAPAS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
numérico alfanuméricos Numéricos
AÇÃO SUBTÍTULO
FONTE: Brasil (2019b)
E
IMPORTANT
DICAS
129
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
130
TÓPICO 2 | ETAPAS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
131
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
132
• A classificação das despesas permite que seja possível a compreender
como as despesas são utilizadas nas ações e serviços além de propiciar o
acompanhamento social da utilização desses recursos.
133
AUTOATIVIDADE
134
4 Estão corretas as afirmações a seguir, EXCETO:
135
136
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Após quase vinte anos de promulgação da Lei n° 8.080/90, denominada
Lei Orgânica do SUS, foi publicado o Decreto n° 7.508/2011 que regulamenta, em
alguns aspectos, a organização do SUS e o planejamento da saúde. Além disso,
a Lei Complementar n° 141/2012 que regulamenta a Emenda Constitucional n°
29/2000 dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados pelos entes federados
na saúde, dentre outras atribuições.
2 PLANEJAMENTO DO SUS
Recapitularemos alguns conceitos apresentados no Tópico 1 sobre a
legislação do SUS e apresentar os instrumentos de planejamento e os princípios.
Primeiro, temos que recordar que os fundamentos do SUS estão definidos na
CF/88, onde está apresentado sobre a Seguridade Social, os deveres do Estado
e diretrizes da organização do SUS. O que estava apresentado na CF/88 foi
regulamentado por leis complementares e ordinárias.
137
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
NOTA
E
IMPORTANT
138
TÓPICO 3 | O ORÇAMENTO E SUA RELAÇÃO COM O PLANEJAMENTO DO SUS
Região de Saúde
Região de Saúde
FONTE: A autora
139
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
140
TÓPICO 3 | O ORÇAMENTO E SUA RELAÇÃO COM O PLANEJAMENTO DO SUS
DICAS
141
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
Princípio 5 – o planejamento deve ser ascendente e integrado: exige que as ações e serviços
sejam complementares e organizadas. Estabelece o planejamento regional como a base
para definição das metas e indicadores de planejamento da política de saúde. Para isso,
a legislação estabelece que cada ente da Federação cumpra seu papel específico, gerando
complementaridade. Cada ente cumprindo seu papel específico permite que os demais
também realizem suas atividades, o que exige que o planejamento seja integrado. Para
que haja a integração, é necessário que haja articulação funcional (BRASIL, 2016).
E
IMPORTANT
142
TÓPICO 3 | O ORÇAMENTO E SUA RELAÇÃO COM O PLANEJAMENTO DO SUS
E
IMPORTANT
143
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
NOTA
E
IMPORTANT
145
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
146
TÓPICO 3 | O ORÇAMENTO E SUA RELAÇÃO COM O PLANEJAMENTO DO SUS
DICAS
• quais as ações que acontecerão no ano específico a que se refere o PAS que
permitirão garantir o alcance dos objetivos e o cumprimento das metas
pactuadas no PS;
• os indicadores que serão utilizados para monitorar o OS;
• a previsão da alocação dos recursos orçamentários necessários ao cumprimento
do PS.
147
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
DICAS
DICAS
148
TÓPICO 3 | O ORÇAMENTO E SUA RELAÇÃO COM O PLANEJAMENTO DO SUS
LEGISLATIVO
APROVA
CONTROLE SOCIAL
149
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
Encaminhamento da PAS
Antes da entrega da
do Plano de Saúde ao § 2° art. 36 LC n°
LDO do exercício PAS
respectivo Conselho de 141, de 2012
correspondente
Saúde, para Aprovação.
Entrega do Projeto de
Até 15 de abril LDO Art. 165 CF 1988
LDO na Casa Legislativa.
Registro da pactuação
§ 2° art. 4 Resolução
Anual Sispacto das Diretrizes, Objetivos,
n° 5, de 2013
Metas e Indicadores.
Art. 39 LC n° 141,
Preenchimento do
de 2012, Cap. I Dec.
30 de janeiro SIOPS Sistema referente ao
n° 7.827, de 2012,
exercício (ano) anterior.
Port. n° 53, de 2013
150
TÓPICO 3 | O ORÇAMENTO E SUA RELAÇÃO COM O PLANEJAMENTO DO SUS
Envio do Relatório de
Relatório de Art. 36 LC n° 141,
30 de março Gestão ao Conselho de
Gestão de 2012
Saúde.
Art. 39 LC n° 141,
Preenchimento do
de 2012, Cap. I Dec.
30 de março SIOPS Sistema referente ao
n° 7.827, de 2012,
bimestre anterior.
Port. n° 53, de 2013
Apresentação do RDQA
Relatório no Conselho de Saúde e
Detalhado do na Casa Legislativa da § 5° art. 36 LC n°
Maio
Quadrimestre esfera correspondente 141, de 2012
Anterior referente ao
Quadrimestre anterior.
Art. 39 LC n° 141,
Preenchimento do
de 2012, Cap. I Dec.
30 de maio SIOPS Sistema referente ao
n° 7.827, de 2012,
bimestre anterior.
Port. n° 53, de 2013
Encerramento do período
da Sessão Legislativa. § 2° Art. 35, art. 165
Junho LDO
Sanção do Chefe do CF 1988
Poder Executivo da LDO.
Art. 39 LC n° 141,
Preenchimento do
de 2012, Cap. I Dec.
30 de julho SIOPS Sistema referente ao
n° 7.827, de 2012,
bimestre anterior.
Port. n° 53, de 2013
Entrega do Projeto
30 de agosto do ano de Lei do PPA na
PPA Art. 165 CF 1988
de gestão Casa Legislativa
correspondente.
Entrega do Projeto de
30 de agosto LOA Art. 165 CF 1988
LOA na Casa Legislativa.
Apresentação do RDQA
Relatório no Conselho de Saúde e
Detalhado do na Casa Legislativa da § 5° Art. 36 LC n°
Setembro
Quadrimestre esfera correspondente 141, de 2012
Anterior referente ao
Quadrimestre anterior.
Art. 39 LC n° 141,
Preenchimento do
de 2012, Cap. I Dec.
30 de setembro SIOPS Sistema referente ao
n° 7.827, de 2012,
bimestre anterior.
Port. n° 53, de 2013
Art. 39 LC n° 141,
Preenchimento do
de 2012, Cap. I Dec.
30 de novembro SIOPS Sistema referente ao
n° 7.827, de 2012,
bimestre anterior.
Port. n° 53, de 2013
151
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
Encerramento da Sessão
Dezembro do ano Legislativa. Sanção § 2° art. 35, art. 165
PPA
de gestão do Chefe do Poder CF 1988
Executivo do PPA.
Encerramento da Sessão
Legislativa. Sanção § 2° art. 35, art. 165
Dezembro LOA
do Chefe do Poder CF 1988
Executivo da LOA.
Oferecer qualificação, na
formação de educação
permanente, para
atuar na formulação de
estratégias e assegurar
Educação Art. 44 Lei n° 141,
Permanente o efetivo controle social
Permanente de 2012
da execução da política
de saúde, especialmente
os representantes de
usuários e trabalhadores
de saúde.
Cabe ao Ministério da
Saúde definir e publicar,
utilizando metodologia
pactuada, os montantes
a serem transferidos § 1° art. 17 LC n°
Anual Metodologia
a cada Estado, ao 141, de 2012
Distrito Federal e a cada
Município, para custeio
das ações e serviços
públicos de saúde.
152
TÓPICO 3 | O ORÇAMENTO E SUA RELAÇÃO COM O PLANEJAMENTO DO SUS
NOTA
153
UNIDADE 2 | ORÇAMENTO NA SAÚDE
Antes da data de
Avaliar e emitir parecer § 2° art. 36 LC n° 141, de
encaminhamento da
conclusivo sobre a 2012;/ Inciso I art. 5° PRT
LDO do exercício
Programação Anual de Saúde. n° 2.135, de 2013
correspondente
CHAMADA
154
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
155
AUTOATIVIDADE
156
4 Com relação aos instrumentos de planejamento da saúde estão corretas as
seguintes afirmações, EXCETO:
157
158
UNIDADE 3
FINANCIAMENTO DA SAÚDE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
159
160
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 1, iniciaremos lembrando que anterior à promulgação da
CF/88, as ações de saúde eram basicamente de caráter curativo e para os poucos
que tinham “a carteirinha do INAMPS” e também com poucas ações de saúde
pública.
Porém, a discussão sobre quem e como seriam financiados esta saúde como
direito sempre foi motivo de grandes e profundas discussões que se estendem
até os dias de hoje. Buscaremos, neste tópico, compreender sobre as fontes de
financiamento da saúde pública compreendendo a gestão dos fundos de saúde
e os mecanismos de transferência e alocação dos recursos aos prestadores de
serviços de saúde.
161
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
2 FINANCIAMENTO SUS
O financiamento tem sido apontado como um dos maiores desafios
enfrentados para a construção do Sistema Único de Saúde, sendo a preocupação
permanente de todos os envolvidos, sejam os gestores de saúde ou da população.
162
TÓPICO 1 | ABORDAGEM MACROECONÔMICA: CAPTAÇÃO DE RECURSO
163
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
E
IMPORTANT
Com relação ao financiamento, temos que entender que o SUS foi criado
inserido no Sistema de Seguridade Social (Saúde, Previdência e Assistência Social)
e financiado com recursos do Tesouro Nacional, especificamente da Seguridade
Social, acrescido de outros recursos dos tesouros estaduais e municipais (UGÁ;
PORTO; PIOLA, 2014).
164
TÓPICO 1 | ABORDAGEM MACROECONÔMICA: CAPTAÇÃO DE RECURSO
E
IMPORTANT
165
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
E
IMPORTANT
• vigilância em saúde;
• atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de complexidade;
• assistência terapêutica e recuperação de deficiências nutricionais;
• capacitação de pessoal de saúde do SUS;
• desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualidade;
• insumos específicos dos serviços de saúde, como: imunobiológicos, sangue e
hemoderivados, medicamentos e equipamentos médico-odontológicos;
• saneamento básico aprovado pelo Conselho de Saúde, de acordo com legislação
vigente;
• saneamento básico de comunidades indígenas e quilombolas;
166
TÓPICO 1 | ABORDAGEM MACROECONÔMICA: CAPTAÇÃO DE RECURSO
NOTA
167
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
TUROS
ESTUDOS FU
168
TÓPICO 1 | ABORDAGEM MACROECONÔMICA: CAPTAÇÃO DE RECURSO
169
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
170
TÓPICO 1 | ABORDAGEM MACROECONÔMICA: CAPTAÇÃO DE RECURSO
171
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
Bloco de Custeio
Conta bancária única
para Bloco Custeio
• Atenção Básica;
• Assistência Farmacêutica;
• Média e Alta Complexidade;
• Vigilância em Saúde;
• Gestão do SUS.
Financiamento
2 Blocos de
Bloco de Investimento
Conta bancária única
para o Bloco de
Investimento
• Atenção Básica;
• Atenção Especializada;
• Vigilância em Saúde;
• Desenvolvimento de Tecnologias;
• Gestão do SUS.
172
TÓPICO 1 | ABORDAGEM MACROECONÔMICA: CAPTAÇÃO DE RECURSO
Desta forma, ao final do ano, a execução dos recursos deve estar vinculada:
à finalidade definida em cada Programa de Trabalho do Orçamento Geral da
União que deu origem aos repasses realizados, em cada exercício financeiro;
ao estabelecido no Plano de Saúde e na Programação Anual, submetidos ao
respectivo Conselho de Saúde; ao cumprimento do objeto e dos compromissos
pactuados e/ou estabelecidos em atos normativos específicos e pactuados nas
instâncias decisórias do SUS.
E
IMPORTANT
173
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
E
IMPORTANT
Os valores que estão nas contas antigas devem ser executados normalmente como
anteriormente ocorria. Com relação ao Bloco de Investimento, os valores dos recursos
pendentes de parcelas referentes a propostas e projetos de investimento com execução
financeira iniciada em data anterior à entrada em vigor da Portaria n° 3.992/2017 serão
transferidos pelo FNS para as mesmas contas em que foram transferidas as parcelas
anteriores.
174
TÓPICO 1 | ABORDAGEM MACROECONÔMICA: CAPTAÇÃO DE RECURSO
PAB Fixo
Atenção Básica
ESF+NASF+ESB+
PAB Variável
ACS+PMAQ
Qualifar-sus
Assistência
Farmacêutica
Programa de
Ass. Farmacêutica
Teto da MAC
Bloco Custeio
Rede Cegonha
ta
Con Gestão do SUS
a
ú c
n i
Piso fixo de
vigilância em saúde
(PFVS) parcela
Incentivos pontuais
para ações de
serviços de vigilância
em saúde IPVS
175
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
Ampliação do Programa de
âmbito do programa requalificação de
de requalificação UBS - construção
de UBS
Incentivo para
Implantação de construção de
ações e serviços pólos de academia
de saúde da saúde - básica (PI)
176
TÓPICO 1 | ABORDAGEM MACROECONÔMICA: CAPTAÇÃO DE RECURSO
Estruturação da
rede de serviços de
atenção básica
de saúde
Atenção Básica
Estruturação da
atenção à
saúde bucal
Estruturação
Atenção de unidades de
Especializada atenção especializada
em saúde
Conta única
Investimento Desenvolvimento
de Tecnologias
Gestão do SUS
Vigilância
em Saúde
E
IMPORTANT
177
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
178
TÓPICO 1 | ABORDAGEM MACROECONÔMICA: CAPTAÇÃO DE RECURSO
• Ex post (pós-pagamento)
179
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
• Ex ante (pré-pagamento)
• Esquemas mistos
180
TÓPICO 1 | ABORDAGEM MACROECONÔMICA: CAPTAÇÃO DE RECURSO
182
RESUMO DO TÓPICO 1
• O SUS tem dois sistemas cujo foco principal é o pagamento de faturas por
produção de serviços: o Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS),
para informação do atendimento hospitalar e o Sistema de Informações
Ambulatoriais (SIA/SUS).
183
AUTOATIVIDADE
184
a) ( ) Todas as transferências de recursos que ocorrerem que financie o SUS
deve ser processadas pelos Fundos Nacional de Saúde.
b) ( ) O principal sistema informatizado para registrar as transferências
realizadas pelo FNS é o SIOPS, sendo que os repasses entre os entes
federados são realizados por meio de celebração de convênios.
c) ( ) Os sistemas de gestão de recursos desenvolvidos pelo FNS consolidam
os dados cadastrais e financeiros dos credores. As contas bancárias são
abertas pelo SUS em instituições financeiras conveniadas.
d) ( ) Anterior à mudança ocorrida em 2017, os recursos eram transferidos
para atender as ações e os serviços de saúde através de seis blocos
de financiamento ou blocos financeiros. Com essa mudança ocorrida
em 2017 as transferências passam a ser organizados e transferidas na
forma dos apenas dois blocos de financiamento: Bloco de Custeio das
Ações e dos Serviços Públicos de Saúde e Bloco de Investimento na
Rede de Serviços Públicos de Saúde.
185
186
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Já estudamos no Tópico 1 a importância da captação dos recursos, a
dificuldade que temos em definir o montante de recursos que cada ente federado
deve disponibilizar para atender às exigências legais da saúde como direito de
todos os cidadãos.
DICAS
187
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
FONTE: A autora
188
TÓPICO 2 | ABORDAGEM MICROECONÔMICA: UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
Apesar de não termos que falar de cortes de custos, temos que considerar
que racionalizar o uso dos recursos é um dos maiores desafios do SUS. A criação
de mecanismos que racionalizem a alocação de recursos de forma a termos ações
mais custo-efetivas nas ações de saúde é um grande desafio porque não são
poucos os recursos utilizados.
Também a Carta dos direitos dos usuários da saúde (BRASIL, 2007b) dispõe
que é direito do cidadão ter atendimento resolutivo com qualidade sempre que
necessário, sendo garantidas informações sobre seu estado de saúde e informações
sobre o custo das intervenções das quais se beneficiou.
189
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
NOTA
Vamos lá! Se houver dúvidas quanto aos tópicos anteriores, releia, refaça as
atividades.
DICAS
FONTE: A autora
191
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
Conceitos Descrição
192
TÓPICO 2 | ABORDAGEM MICROECONÔMICA: UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
Conceitos Descrição
193
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
DICAS
Para os autores, Sistemas de acumulação de Custos são a forma como os custos são acu
mulados e apropriados aos produtos e serviços (por processo ou por ordem) (BRUNI; FAMÁ,
2002). Os Métodos de Custeio são como e quais custos (e despesas) devem ser alocados
aos produtos (Custeio por Absorção, Custeio Direto, Custeio ABC). Os Tipos de Custos
são opções de mensuração dos elementos obtidos pelo sistema de acumulação (Custo
estimado, custo padrão).
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TÓPICO 2 | ABORDAGEM MICROECONÔMICA: UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
A A
Pacientes B B
C C
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UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
Ambulatórios
UTI Internações
SND Farmácia
Rouparia CME Creche
Telefonia Diretoria
Gerências Financeiro
Compras
196
TÓPICO 2 | ABORDAGEM MICROECONÔMICA: UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
E
IMPORTANT
O custo total de um Centro de Custo é dividido pelo resultado produzido por aquele
centro de custo e esse índice de custo total é utilizado para transferir custos aos centros
de custos diretos ou aos produtos que usam os centros de custos durante o período
(NAKAGAWA, 2001).
197
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
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TÓPICO 2 | ABORDAGEM MICROECONÔMICA: UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
Camargos e
Considera somente os custos diretos
Gonçalves (2004).
da produção. Usado, normalmente, de
forma pontual.
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200
TÓPICO 2 | ABORDAGEM MICROECONÔMICA: UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
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TÓPICO 2 | ABORDAGEM MICROECONÔMICA: UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
203
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
Legislação Detalhamento
204
TÓPICO 2 | ABORDAGEM MICROECONÔMICA: UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
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UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
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TÓPICO 2 | ABORDAGEM MICROECONÔMICA: UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
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UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
“esse custo é adequado?”. Para saber se está adequado, precisamos que o gestor
administrativo ou assistencial nos informe se o processo e o consumo dos recursos
está adequado. Veja que responder a essa questão é muito mais complexo. A quarta
envoltória de complexidade leva à quarta questão: “e quanto aos resultados?”. Isto
é, usar os recursos nos seus devidos processos gera que resultados? Aumentou
a qualidade, reduziu indicadores que devem ser reduzidos como tempo de
permanência de internação, ou outro qualquer indicador. Temos assim que esses
quatro questionamentos encerram um ciclo completo (compreende desde quanto
custa até quais os resultados alcançados e os caminhos percorridos), o qual pode
ser chamado domínio de processos (GONÇALVES et al., 2016).
E
IMPORTANT
208
TÓPICO 2 | ABORDAGEM MICROECONÔMICA: UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
TUROS
ESTUDOS FU
DICAS
209
RESUMO DO TÓPICO 2
• Os métodos de custeio definem como deve ser feito o custeio dos produtos
210
• Apesar de não termos que falar de cortes de custos, temos que considerar que
racionalizar o uso dos recursos é um dos maiores desafios do SUS.
211
AUTOATIVIDADE
212
4 Considerando a metodologia de Custeio por Atividades podemos afirmar,
exceto:
213
214
UNIDADE 3
TÓPICO 3
DESAFIOS DO FINANCIAMENTO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, aprofundaremos sobre os desafios do financiamento do
setor saúde. Inicialmente, um dado que nos faz refletir sobre este desafio é de
que os gastos com saúde em 1948 representavam 3% do PIB Mundial. Conforme
informação apresentada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS),
em 2004, o gasto passou para 8,7% do PIB Mundial. No período de 1998-2003, a
taxa média anual de crescimento dos gastos em saúde foi de 5,7% (FUNDAÇÃO
OSWALDO CRUZ, 2012).
Esse aumento do gasto em saúde faz com que nos países desenvolvidos e
em desenvolvimento, que já investem parte considerável de recursos em saúde,
haja uma preocupação maior com a eficiência, efetividade e equidade nos gastos.
Isso porque já foi comprovado que apenas aumentar a quantidade de gastos
em saúde não é condição suficiente para garantir uma melhora na saúde da
população (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2012).
215
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
Nos quase 30 anos do SUS continuamos com desafios que precisam ser
compreendidos. As mudanças ocorridas ao longo dos últimos anos desenham
um cenário que precisamos conhecer. Vamos, ao longo deste tópico, conhecer
sobre a eficiência e alocação dos recursos na saúde no Brasil, aprofundar sobre a
questão se o SUS é subfinanciado ou subgerenciado e compreender as principais
mudanças recentes que impactam no seu funcionamento.
DICAS
FONTE: A autora
216
TÓPICO 3 | DESAFIOS DO FINANCIAMENTO
217
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
Nos países mais pobres, o financiamento da saúde conta com uma maior
participação dos recursos proveniente do desembolso direto (ANDREAZZI,
2003).
E
IMPORTANT
O setor hospitalar tem sido apontado como o grande vilão nos gastos
da saúde. Temos que compreender que o nosso modelo de assistência à
saúde é hospitalocêntrico (LA FORGIA; COUTTOLENC, 2009). O modelo
hospitalocêntrico é aquele cuja assistência à saúde está centrada nos hospitais
(LOBATO; GIOVANELLA, 2009). Centrar o sistema de saúde em hospitais
significa que temos uma assistência mais curativa que preventiva. Isso faz com
que a preocupação dos gestores seja maior com os hospitais do que com a atenção
primária. Também temos que conhecer como são distribuídos e utilizados os
hospitais no Brasil para que possamos compreender seus gastos.
219
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
que a governança, entendido aqui como controle do gasto público, tem impacto
na qualidade dos gastos públicos e na efetividade da gestão de recursos e, por
último, na eficiência e na qualidade da prestação de serviços.
Temos que saber que, apesar de todas as limitações que ainda temos no
SUS e na gestão hospitalar, temos no setor saúde uma movimentação ou quase
uma revolução na busca por melhor uso dos recursos. Em todo o setor público,
temos, desde os anos 1990, princípios básicos são preconizados na administração
pública, tais como: equilíbrio fiscal, transparência dos gastos públicos, qualidade
destes gastos (MIRANDA FILHO, 2003). A avaliação de desempenho das
organizações públicas e um início de uma gestão pública mais voltada para os
resultados criaram uma urgente necessidade de um sistema de informações de
custos utilizados como indicadores de resultados e de processos.
220
TÓPICO 3 | DESAFIOS DO FINANCIAMENTO
221
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
3 MUDANÇAS RECENTES
Dentre diversas mudanças que ocorreram no setor saúde, precisamos
compreender duas delas pelo impacto e relevância no âmbito geral da gestão
do SUS. A primeira, referente a abertura do capital estrangeiro na saúde. A
segunda é referente ao contingenciamento de despesas de saúde por vinte anos.
Detalharemos porque precisamos conhecer melhor sobre estas duas mudanças.
222
TÓPICO 3 | DESAFIOS DO FINANCIAMENTO
Além da redução dos valores gastos, temos também que considerar que ao
longo para os próximos anos estima-se um o aumento das necessidades de saúde
da população e, portanto, de seu financiamento, em razão do envelhecimento da
população (MOUTINHO; DALLARI, 2019). Portanto, haverá retrocesso na saúde
pública e nos níveis de eficácia e efetividade do direito à saúde.
223
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
Por serem muito recentes, tais mudanças ainda não foram evidenciadas
na prática de gestão atual, apesar dos diversos estudos que inferem os impactos
negativos que delas advirão.
DICAS
224
TÓPICO 3 | DESAFIOS DO FINANCIAMENTO
verdade que temos poucos recursos investimos no SUS, o que nos permite falar
que ele é subfinanciado. Porém, também temos que entender que se gasta mal os
recursos. É um grande desafio para os gestores do SUS a busca pela melhora na
qualidade dos gastos. Neste contexto, os desafios do financiamento passam por
questões técnicas e políticas.
Isso passa pela necessidade de discutirmos o SUS, fora dos “muros” dos
postos de saúde e hospitais. Esse assunto precisa ser de toda a sociedade (como é
feito na Inglaterra, onde o sistema de saúde deles é quase como uma “religião”).
225
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
226
TÓPICO 3 | DESAFIOS DO FINANCIAMENTO
DICAS
Você pode aprofundar sobre os assuntos que serão tratados neste tópico
consultando as seguintes leituras:
FONTE: A autora
227
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
LEITURA COMPLEMENTAR
228
TÓPICO 3 | DESAFIOS DO FINANCIAMENTO
229
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
podemos esquecer que toda a discussão da lei complementar 141, de 2012, para
definir o que são ações e serviços públicos de saúde aconteceu para fazer com que
o dinheiro do SUS não vazasse para outras ações como, por exemplo, merenda
escolar. Não desconhecemos que a nutrição seja um fator importante para as
condições de vida e saúde da população, mas houve um longo debate sobre o que
efetivamente definiria um serviço público de saúde, de modo que corremos o risco
de perder esse núcleo de ações e programas que é essencial para o funcionamento
do SUS. Então, essa PEC é extremamente perversa. E também é bom lembrar que
a proposta original do governo federal era a desvinculação por completo dos
pisos mínimos da saúde e da educação. Em suma, existe um conjunto de forças
que tem por objetivo flexibilizar esse gasto mínimo, seja pela desvinculação direta
– ou seja, não ter mais o piso –, seja por juntar saúde e educação, seja pela pressão
crescente da política de austeridade fiscal. A tendência é de arrocho. E, ao mesmo
tempo, veremos um aumento da importância das emendas parlamentares na
composição do orçamento do SUS, já que em 2019 o Congresso Nacional decidiu
que as emendas apresentadas por bancadas também são impositivas, ou seja,
obrigatórias a partir de 2020 – o que já era verdade para as emendas individuais
desde 2016.
230
TÓPICO 3 | DESAFIOS DO FINANCIAMENTO
É uma falácia dizer que plano de saúde desafoga o SUS. Pelo contrário,
a experiência internacional ensina que o fortalecimento da saúde suplementar
fragiliza politicamente a capacidade que o setor público tem de construir consenso
na sociedade para ampliar os recursos destinados à saúde. No capitalismo,
a força do Estado de Bem-Estar Social decorre também da presença da classe
média [como usuária dos serviços públicos] e da legitimidade [desses serviços]
junto às classes populares. Um mercado forte significa um Estado frágil, sem
capacidade de financiamento e sem sustentabilidade para garantir os recursos
que a população precisa. Além do mais, é outra falácia dizer que o SUS não
atende todo mundo. Urgência, emergência, hemodiálise, remédios de alto custo,
transfusão de sangue, vigilância sanitária e epidemiológica, vacinação; são todos
exemplos que provam isso. O gargalo que existe é no que se refere a consultas
com especialistas, cirurgias eletivas e exames de média e alta complexidade.
Esse braço, subsidiado, é a cereja do bolo do mercado de planos de saúde. Esse
mercado não quer dividir com o Estado os procedimentos de alto custo, as
enfermidades de alto risco. Nessa seara, ele quer socializar os custos, haja vista a
figura emblemática do ressarcimento [das operadoras ao SUS, motivo de disputa
231
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
232
TÓPICO 3 | DESAFIOS DO FINANCIAMENTO
233
UNIDADE 3 | FINANCIAMENTO DA SAÚDE
Até agora, no debate sobre o Médicos pelo Brasil, a leitura mais corrente
sobre o significado da Adaps é que a agência seria um novo Inamps. Você tem
pontuado que essa comparação não faz muito sentido. Por quê?
FONTE: <http://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/entrevista/a-adaps-pode-reforcar-a-tendencia-de-
privatizacao-da-gestao>. Acesso em: 18 mar. 2020.
234
RESUMO DO TÓPICO 3
• O setor hospitalar tem sido apontado como o grande vilão nos gastos da saúde.
Isso faz com que a preocupação dos gestores seja maior com os hospitais do
que com a atenção primária.
• A atenção hospitalar do SUS vivencia uma crise crônica que vem se arrastando
por anos, que pode ser percebida em três dimensões principais, que representam
riscos para o setor: subfinanciamento; baixa capacidade gerencial; e ineficiência
de escala.
235
• Os sistemas de saúde são eficientes quando, para um volume específico de
recursos, conseguimos fazer o máximo de prestação de serviços. Ou quando
prestamos um serviço com um custo menor (sem perder a qualidade). Isso
representa a eficiência técnica. Quando os recursos são aplicados em atividades
que podem trazer maiores benefícios do que outras, temos a eficiência
alocativa. Economia de escala ocorre quando existe uma redução nos custos
médios à medida que aumenta o volume das atividades. A eficiência pode
corresponder a um maior controle e gerenciamento dos recursos, o que pode
afetar a qualidade.
CHAMADA
236
AUTOATIVIDADE
237
4 Considerando que os desafios do setor hospital podemos afirmar, exceto:
a) ( ) O setor hospitalar tem sido apontado como o grande vilão nos gastos
da saúde. Isso faz com que a preocupação dos gestores seja maior com
os hospitais do que com a atenção primária.
b) ( ) O gerenciamento dos recursos no setor hospitalar apontam para
questões críticas de gestão da saúde que são: falta de controle,
ineficiências técnicas e alocativas, baixa qualidade dos serviços, falta de
responsabilização.
c) ( ) A atenção hospitalar do SUS vivencia uma crise crônica que vem se
arrastando por anos, que pode ser percebida em três dimensões
principais, que representam riscos para o setor: subfinanciamento;
baixa capacidade gerencial; e ineficiência de escala.
d) ( ) No SUS os hospitais são fundamentais por termos um consumo de
recursos baixo para a quantidade de serviços prestado.
238
REFERÊNCIAS
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239
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216 da Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990;
revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8
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intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras
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